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“Para alcançar os objetivos de redução de pobreza , são grandes desafios.

Então, primeiro tem


que ter um compromisso político muito sério da parte do governo. Nós não podemos trabalhar
como trabalhávamos, temos que mudar, todos temos que mudar. Precisamos de alianças,
precisamos de uma estratégia interessante de financiamento para o desenvolvimento,
precisamos trabalhar com uma visão global, mas com o buscar de soluções locais, atendendo a
cada província, a cada distrito onde realmente há muita necessidade e muita oportunidade de
melhorar a qualidade de vida da população.”

Em Moçambique: Políticas públicas fragilizam pobreza

O BANCO Mundial considera que a estabilidade macroeconómica e as políticas públicas


implementadas em Moçambique têm resultado em grandes avanços na redução da pobreza.
Falando ontem, à margem da Conferência Nacional sobre Pobreza e Desenvolvimento, Luís
Pereira, representante do grupo Banco Mundial em Moçambique, destacou a importância do
evento, considerando que o mesmo permite uma maior focalização das políticas públicas com
vista à melhoria da eficiência e da qualidade das intervenções do Estado na economia.

Maputo, Sexta-Feira, 12 de Fevereiro de 2010:: Notícias

Mercê do trabalho desencadeado quer pelo Governo, quer pelos parceiros nacionais e
internacionais, a pobreza absoluta em Moçambique registou nos últimos anos um decréscimo
de 54 porcento para cerca de 45 porcento, actualmente.

Comentando o papel do Fundo de Investimento de Iniciativas Locais, vulgo sete milhões,


anualmente alocados aos distritos para o financiamento de projectos de geração de alimentos
e emprego, Luís Pereira defendeu que a ideia da sua instituição é que a fase seguinte de
reformas em matérias de redução da pobreza passa pela descentralização de algumas
iniciativas via municípios.

“Entendemos que é muito positivo que tenha sido feita uma reflexão sobre a maneira como se
vai dar iniciativas sociais aos municípios e, ao mesmo tempo, repensar-se os mecanismos de
financiamento a esses municípios”, sustentou o representante do Banco Mundial.

Por seu turno, Vasco Correia Nhabinde, director Executivo do Centro de Estudos Económicos e
Gestão, explicou que o que se está a fazer agora é um levantamento dos aspectos que se pensa
poderem contribuir para o desenvolvimento e redução da pobreza em Moçambique.

“É preciso dizer que estamos a fazer pesquisas, não só para o consumo da Universidade, mas
também para o próprio Governo. Nós achamos que aquilo que a UEM pode fazer em termos
de pesquisas, os resultados que encontrar no campo também podem ajudar o Governo na
tomada de medidas, nas políticas, quer orçamentais quer locativas ou até de redução da
pobreza”, sustentou Vasco Nhabinde.
Garantindo que estas são as primeiras pesquisas realizadas desde a criação, no ano passado do
CEEG, a nossa fonte garantiu que a sua faculdade está decidida a prosseguir com a iniciativa,
pelo que ainda este ano poderá ter lugar mais uma conferência para a divulgação de outros
resultados de estudos que eventualmente sejam concluídos.

Durante a conferência de ontem, o docente Salomão Munguambe foi responsável pela


apresentação do tema “Orçamento de Investimento de Iniciativa Local, seu impacto económico
no camponês moçambicano: um modelo de alocação de recursos da família”. Realizada por
uma vasta equipa de profissionais, a pesquisa resultou numa amostra do distrito da Manhiça,
onde foram inquiridas efectivamente cerca de 50 pessoas.

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