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Sumário
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Sumário ........................................................................................................................................................ 2
Módulo 1: Fundamentos da Manutenção Produtiva Total ............................................................................. 6
Lição 1: Objetivos do módulo .................................................................................................................... 6
✓ O que é Manutenção?........................................................................................................................ 6
✓ O que é TPM? ................................................................................................................................... 6
✓ Quais são os 8 Pilares do TPM? ........................................................................................................ 6
Lição 2: Definindo Manutenção ................................................................................................................. 6
O que é Manutenção? ........................................................................................................................... 6
Tipos de manutenção ............................................................................................................................ 7
Manutenção Preditiva ............................................................................................................................ 7
Manutenção Preventiva ......................................................................................................................... 8
Manutenção Corretiva ........................................................................................................................... 9
Lição 3: O que é TPM? ............................................................................................................................. 9
Definição ............................................................................................................................................... 9
Lição 4: Valores e Missão ....................................................................................................................... 10
Três principais valores ......................................................................................................................... 10
Missão da TPM ................................................................................................................................... 10
Lição 5: História da Manutenção Produtiva Total .................................................................................... 10
Lição 6: Oito Pilares da Manutenção Produtiva Total .............................................................................. 11
Lição 7: Principais perdas relacionadas ao TPM ..................................................................................... 12
As seis grandes perdas da TPM .......................................................................................................... 12
As sete grandes perdas da Produção de Ohno ................................................................................... 13
Lição 8: Bases de Controle ..................................................................................................................... 14
Controle de Qualidade Total (TQC) ..................................................................................................... 14
TQC versus TPM ................................................................................................................................. 14
Lição 9: Indicadores de Sucesso ............................................................................................................ 14
Overall Equipment Effectiveness (OEE) .............................................................................................. 14
Módulo 2: Manutenção Planejada .............................................................................................................. 15
Lição 1: Objetivos do módulo .................................................................................................................. 15
✓ O que é Manutenção Planejada? ..................................................................................................... 15
✓ Quais são os principais indicadores? ............................................................................................... 15
Lição 2: Escopo da Manutenção Planejada ............................................................................................ 15
O que é Manutenção Planejada? ........................................................................................................ 15
Escopo da Manutenção Planejada ...................................................................................................... 16
A padronização na Manutenção Autônoma ......................................................................................... 16
Lição 3: O que é SMED? ........................................................................................................................ 17
O que é Setup? ................................................................................................................................... 17
Quais são as fases de aplicação do SMED? ....................................................................................... 17
Lição 4: Matriz de Criticidade .................................................................................................................. 18
Classificação ABC de Máquinas e Equipamentos ............................................................................... 18
Lição 5: 4 Indicadores da Manutenção Planejada ................................................................................... 20
Primeiro Indicador – MTTR: Mean Time To Repair ................................................................................ 20
Segundo Indicador – MTBF: Mean Time Between Failures.................................................................... 20
Terceiro Indicador – MTTF: Mean Time To Failure ................................................................................. 21
Quarto Indicador – MTTF: Mean Time To Failure ................................................................................... 21
Lição 6: Apoio aos Grupos de Manutenção Autônoma............................................................................ 21
Módulo 3: Manutenção Autônoma .............................................................................................................. 22
Lição 1: Objetivos do módulo .................................................................................................................. 22
✓ O que é Manutenção Autônoma? .................................................................................................... 22
✓ Quais sãos os passos para implementar a Manutenção Autônoma? ............................................... 22
Lição 2: Escopo da Manutenção Autônoma ............................................................................................ 22
Conceito da Manutenção Autônoma .................................................................................................... 22
Necessidade dos Cinco Sentidos ........................................................................................................ 22
Exemplo de uso dos cinco sentidos para identificação de anomalias .................................................. 23
Lição 3: Registro de Anomalias ............................................................................................................... 23
Lição 4: 7 Passos da Manutenção Autônoma ......................................................................................... 25
Lição 5: 7 Passos da Manutenção Autônoma - Passo Zero .................................................................... 25
Lição 6: 7 Passos da Manutenção Autônoma - Passo Um ...................................................................... 26
Lição Ponto a Ponto ............................................................................................................................ 26
Lição 7: 7 Passos da Manutenção Autônoma - Passo Dois .................................................................... 27
Identificação de fontes de sujeira ........................................................................................................ 27
Lição 8: 7 Passos da Manutenção Autônoma - Passo Três .................................................................... 27
Lição 9: 7 Passos da Manutenção Autônoma - Passo Quatro................................................................. 28
Dois estágios da implantação da Manutenção Autônoma.................................................................... 28
Passo Quatro ...................................................................................................................................... 28
Lição 10: 7 Passos da Manutenção Autônoma - Passo Cinco ................................................................ 29
Lição 11: 7 Passos da Manutenção Autônoma - Passo Seis................................................................... 30
Lição 12: 7 Passos da Manutenção Autônoma - Passo Sete .................................................................. 31
Lição 13: Indicadores da Manutenção Autônoma.................................................................................... 31
Lição 14: 12 Passos para a Implantação do TPM ................................................................................... 32
Passo Um: Apoio da Direção da Empresa ........................................................................................... 33
Passo Dois: Introdução, Educação e Campanha Divulgação .............................................................. 33
Passo Três: Estrutura da Promoção .................................................................................................... 33
Passo Quatro: Políticas e Metas Básicas ............................................................................................ 34
Passo Cinco: Planejamento Mestre Implementação ............................................................................ 34
Passo Seis: TPM Kick-off – Evento Oficial de Início ............................................................................ 34
Passo Sete: Início dos Pilares principais (MA – MP – ET - MF – SSMA) ............................................. 34
Passo Oito: Controle Inicial de Novos Produtos e Equipamentos ........................................................ 34
Passo Nove: Estabelecimento Manutenção Qualidade ....................................................................... 35
Passo Dez: Melhorar Eficiência Operacional e Departamentos Administrativos .................................. 35
Passo Onze: Sistemas de Segurança, Higiene e Meio Ambiente ........................................................ 35
Passo Doze: Aplicação Total e Novos Patamares Performance .......................................................... 35
Referências............................................................................................................................................. 35
Direitos desta edição reservados
A Voitto Treinamento e Desenvolvimento
www.voitto.com.br
Leonardo Pinez tem contribuído nos últimos 18 anos com a inovação e excelência operacional de
empresas como ArcelorMittal, Renault, BASF, John Cockerill e Usiminas, atuando na produção,
manutenção e áreas transacionais, transformando projetos em EBITDA. Suas principais
competências são: Gestão de programas de TPM (Manutenção Autônoma) e 5S, Gestão de
Produção, Processo e Manutenção. Implementação da cultura Six Sigma (gestão, desenvolvimento
e treinamento). Identificação de oportunidades de ganho e redução de custos, baseado em “Cost
Deployment”. Lean Manufacturing focado em realização de Kaizens, tempos e métodos e redução
de atividades sem valor agregado.
É PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida, copiada, transcrita ou mesmo transmitida por
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Módulo 1: Fundamentos da Manutenção Produtiva Total
✓ O que é Manutenção?
✓ O que é TPM?
O que é Manutenção?
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos usa as seguintes definições para Manutenção: Qualquer
atividade - como testes, medições, substituições, ajustes e reparos - destinada a reter ou restaurar
uma unidade funcional em um estado especificado no qual a unidade pode executar suas funções
necessárias. Todas as medidas tomadas para reter o material em condições de uso ou para restaurá-
lo. Incluindo inspeção, testes, manutenção, classificação quanto à capacidade de manutenção,
reparo, reconstrução e recuperação.
De acordo com Moraes (2008), manutenção é desde um mal necessário a uma parte integrante dos esforços
estratégicos de produtividade das empresas. Também tem sua classificação abrangida como a
preocupação única com a disponibilidade do equipamento à priorização da efetividade do negócio
por meio do gerenciamento dos custos e à priorização da integridade das pessoas e do meio ambiente.
Desde a simples satisfação da produção até um dos coadjuvantes na garantia do devido atendimento ao
cliente por meio da melhora da confiabilidade dos equipamentos e processos. Essas são algumas
maneiras que se pode entender a manutenção.
Tipos de manutenção
Nós dividimos a manutenção em dois grandes grupos:
1. Manutenção Planejada: A manutenção planejada são atividades que têm o grande objetivo de
detectar, prevenir ou mesmo reduzir erros e falhas em equipamentos.
Dentro do grande grupo da Manutenção Planejada, nós temos: manutenção preditiva, manutenção
preventiva e manutenção corretiva programada. Já a Manutenção Não Planejada, contém: manutenção
corretiva não programada.
Manutenção Preditiva
A manutenção preditiva é uma técnica utilizada para descobrir os intervalos de tempo que são mais
adequados, de acordo com as necessidades das máquinas, para realizar as intervenções e
manutenções das mesmas. São feitas inspeções para coletas de dados em cada equipamento para que a
manutenção seja feita no momento certo. Consequentemente, há um aumento do tempo útil da máquina e
prevenção de falhas que podem parar a produção (gerando mais gastos).
A manutenção preditiva segue alguns passos para que seja feita de maneira correta. É necessário
fazer um planejamento inicial para definir as ferramentas que serão utilizadas e as máquinas que serão
inspecionadas. Logo, há uma coleta de dados para avaliar o desempenho padrão das máquinas. Porém,
após essa etapa é necessária uma verificação contínua das máquinas, a fim de saber se há alguma alteração
nas características de cada componente. Feitas as inspeções, os dados encontrados serão constantemente
comparados com o resultado padrão de cada operação. Dessa forma, caso haja alguma alteração, o
operador saberá que a máquina precisa de ajustes. Todo o material coletado deve ser armazenado para
criação de um registro, com datas, tipos de máquinas e todos os dados encontrados. Assim, os
funcionários podem ter acesso às informações e compará-las quando for necessário, além de criar uma
rotina de inspeções. Contudo, é essencial que todas as etapas tenham um acompanhamento periódico
(melhoria contínua), para que os dados estejam sempre atualizados e as manutenções sejam feitas no
momento mais adequado.
Manutenção Preventiva
A manutenção preventiva é aquela feita em intervalos periódicos, seguindo um plano de manutenção
pré-estabelecido. É uma manutenção com base no tempo de vida do equipamento. O seu objetivo é reduzir
a probabilidade de falhas, inspecionando a máquina em intervalos seguros e realizando trocas de peças.
Porém, essa intervenção nem sempre é no momento mais adequado, como na manutenção preditiva. Para
realizá-la, são seguidos alguns critérios, pois a manutenção sem planejamento e sem base de dados pode
ser bem mais custosa.
É importante, para realizar o planejamento, que sejam definidos os melhores gatilhos para a intervenção
na máquina. Pode-se escolher cada um dos 3 primeiros separadamente ou fazer uma combinação deles
(misto).
✓ Tempo: determina o intervalo de tempo com que a manutenção deve ser feita. Independente de não
apresentar falhas, ao chegar no tempo pré-estabelecido (exemplo: 6 meses) a manutenção deverá
ser realizada.
✓ Horas de funcionamento: independente do tempo, esse gatilho leva em consideração as horas que
a máquina realmente estava ativa (exemplo: 1500 horas de funcionamento).
✓ Misto: caso seja necessário, pode-se estabelecer mais de um gatilho, sendo que o que vier primeiro
determinará o momento da manutenção (exemplo: 6 meses ou 2000 peças).
Para realizar esse tipo de manutenção, podemos preencher um formulário que deve conter pontos
imprescindíveis para o processo. Em primeiro lugar, é preciso definir quais as atividades serão
realizadas, ou seja, especificar quais equipamentos serão analisados, em uma ordem de prioridade.
Dessa forma, o profissional responsável pela manutenção pode otimizar o serviço. Outro ponto importante
para destacar no formulário é a data e hora que a manutenção será realizada. Assim, é possível que toda a
equipe se prepare para a parada dos equipamentos determinados, sem causar danos à produção.
Para que não haja perda de tempo, desencontros ou atividades repetidas, é essencial pré-estabelecer
quais os profissionais irão executá-las. Assim, o processo já se inicia com os profissionais certos e de
forma coordenada. Além disso, para facilitar o processo, as ferramentas e recursos necessários para a
operação também devem ser definidos. O controle desses materiais se dá para que não haja falta de algum
deles no momento da manutenção. Novamente, para que os funcionários se programem e estejam cientes
da manutenção preventiva, o tempo de preparação e execução deve ser incluído. Por último, porém um
ponto de extrema importância, o custo. Cada operação deve ter seu valor calculado para controle. Assim, é
possível determinar se esse tipo de manutenção ainda é viável ou se o orçamento foi de acordo com o
esperado.
Manutenção Corretiva
A manutenção corretiva é a intervenção feita nas máquinas e equipamentos após algum dano ter
ocorrido no mesmo. A sua intenção é corrigir a falha o quanto antes, para que a máquina volte a seu estado
normal de produção. Apesar de ainda ser utilizada como o principal tipo de manutenção por muitas
empresas, o seu custo é elevado. Deve-se realizar um plano de manutenção, levando em consideração
o tipo de equipamento e as falhas que podem ocorrer. Ela pode atuar com reparos ou reposição de
peças danificadas, de forma programada ou emergencial.
A manutenção corretiva não programada, acontece após uma paralisação repentina, que necessita de
peças sobressalentes e da disponibilidade dos técnicos, gera um custo alto para a empresa, que precisa
rapidamente parar sua produção por tempo indeterminado. Porém, essa correção também pode ser
realizada após a ocorrência de algum acidente ou imprevisto na produção, onde o dano já é drástico no
momento em que ocorre.
Definição
A Manutenção Produtiva Total (TPM) é um método para efetuar a gestão de equipamentos que
identifica, elimina e combate as perdas existentes. Gerando melhoria na produtividade, maximiza a
utilização dos ativos da empresa, aumenta o índice de disponibilidade e confiabilidade dos equipamentos
pela integração homem x máquina, garantindo produtos de alta qualidade e preços competitivos.
A TPM é uma metodologia de melhoramento, com uma aproximação inovadora à manutenção, que
conduz à optimização dos equipamentos, eliminando falhas e possíveis causas de falha (Gosavi, 2006),
promove a manutenção autónoma executada pelos operadores de produção, integrada nas suas atividades
diárias, o que leva a um aumento da produtividade conseguida à custa de uma maior disponibilidade
dos equipamentos e de uma melhoria da qualidade dos produtos produzidos (Volkswagen Autoeuropa,
2002).
Da definição original da TPM (Nakajima, 1991), autoria do Instituto Japonês de Engenheiros de Unidades
Industriais, impulsionador do JIPM, constam as cinco metas seguintes:
Missão da TPM
Como uma empresa é um organismo complexo, a melhoria dos resultados da manutenção foi sendo limitada
pela interface com os demais setores da produção, gerando a necessidade de evolução da abrangência dos
princípios básicos do TPM aos demais setores da produção. Assim, em 1989, a definição deste foi revisada
e passou a abranger todo o setor de Produção, passando a focar o Processo Produzir e a eliminação de
todas as perdas desse processo, além das perdas dos equipamentos. Nos dias atuais, evoluindo a forma,
o TPM passou a englobar todos os setores da empresa, estabelecendo um sistema de gestão
totalmente integrado, focando o atendimento às diretrizes do negócio da empresa, passando a contribuir
com todos os setores, além da manutenção (JIPM, 2008).
Lição 6: Oito Pilares da Manutenção Produtiva Total
De acordo com Marocco, a Manutenção Produtiva Total visa ao envolvimento de toda a força de
trabalho, gestores e direção na sua implantação e execução, cada qual contribuindo conforme sua
capacidade. Cada organização possui suas características individuais, porém, os pilares de sustentação são
princípios que, quando respeitados, possibilitam o funcionamento pleno desta filosofia nos diversos
ambientes. É necessário que se conheça os pilares em que está fundamentada.
A JIPM propõe oito frentes de gestão para o gerenciamento da Manutenção Produtiva Total. O objetivo
principal da TPM é eliminação contínua de perdas:
1) Manutenção Autônoma: É a manutenção dos equipamentos feita pelos operadores, para garantir alto
nível de produtividade. As atividades de Manutenção Autônoma começam nos equipamentos e se estendem
a toda produção. O objetivo deste pilar é conscientizar o operador de sua responsabilidade com seu
equipamento de trabalho através das atividades da manutenção autônoma. O Quadro 8 relata os passos da
implantação da Manutenção Autônoma.
2) Manutenção Planejada: É o pilar responsável por todo o planejamento da manutenção em seu nível
macro. A responsabilidade de gestão desse pilar é do setor de manutenção da empresa e seus executores
são os mantenedores, os quais têm formação técnica que permite maior conhecimento dos equipamentos.
O objetivo é aumentar a eficiência global dos equipamentos (OEE), com aumento da disponibilidade
operacional.
5) Concepção: A execução de manutenção de equipamentos pode ter deficiências por falta de informações
referentes ao histórico de funcionamento. É imprescindível, assim, uma gestão unificada de manutenção de
novos equipamentos.
6) Manutenção da Qualidade: Através do eficiente reparo das máquinas de produção a TPM tem como
meta “zero defeito” de produtos. O setor responsável por controle de qualidade e gerenciamento do sistema
de gestão de qualidade deve atuar em conjunto com a gestão da manutenção, para atingir os objetos
comuns.
7) TPM Office: É o uso da metodologia da Manutenção Produtiva Total, em todos os setores de uma
empresa. Organizam-se os processos com o fim de otimizá-los, em rapidez, qualidade e confiabilidade. O
objetivo é reduzir perdas administrativas.
8) Segurança, Saúde e Meio Ambiente: Frente de gestão que objetiva o nível zero de acidentes ambientais
e do trabalho. Tem importância na medida em que torna obrigatória, através das leis e de requisitos
ambientais e de segurança do trabalho, a prevenção de acidentes. Desta forma, o pressuposto para boa
gestão dessa frente é manter o ambiente de trabalho em boas condições, limpo e seguro.
2) Perda por mudança de linha e regulagens: A perda por mudança de linha ou regulagem causa a parada
de produção. O objetivo da gestão da produção é minimizar essas paradas através de atividades de melhoria
contínua que apontem qual a melhor metodologia envolvendo o planejamento e a gestão da produção.
3) Perda por operação em vazio e pequenas paradas: A perda por operação em vazio e pequeno paradas
é motivada por pequenas inatividades da produção como, por exemplo, o enrosco de tampa no dispensador
de tampa.
4) Perda por queda de velocidade: A perda por queda de velocidade de produção é minimizada através
da atuação conjunta dos pilares Manutenção Autônoma e Manutenção Planejada, que garantem o bom
funcionamento e a confiabilidade de máquinas e equipamentos.
5) Perda por defeitos gerados no processo de produção: A perda por defeitos gerados no processo de
produção é relativa a repetições de processos defeituosos e ao retrabalho. A Manutenção Produtiva Total
atua para que máquinas e equipamentos funcionem com alta disponibilidade e qualidade na manufatura de
produtos.
6) Perda no início da operação e por queda de rendimento: A perda no início da operação e por queda
de rendimento é a perda no período gasto para estabilização do processo demandando tempo e estudo. A
TPM através do pilar controle inicial a minimiza.
2) Perda por espera: É a perda quando os processos não atuam de forma harmônica. Há sempre algum
elemento do sistema produtivo não agregando valor. Em conformidade com Liker, esse tipo de perda
consiste no tempo em que nenhum processo é feito. Pode ser espera do operador, quando fica ocioso
assistindo um processo de operação; do processo, quando ocorre falta ou atraso de matéria prima
(stockout), atraso no processamento de lotes, atraso devido a gargalos; e pôr fim do lote, quando peças já
passaram por um determinado processo têm que esperar o restante do lote para seguir para a próxima
etapa.
3) Perda por transporte: De acordo com Shingo, os procedimentos de transporte não aumentam o valor
agregado, desperdiçam tempo e recursos. A melhoria do layout e a racionalização dos meios de transporte
reduzem esse tipo de perda.
4) Perda por Processamento: Perdas ocasionadas pela ineficiência de todo processo de produção ou de
máquinas e equipamentos de forma isolada. Shingo sugere metodologias de engenharia e análise de valor
para minimizar essas perdas.
5) Perda de Estoque: De acordo com Liker, os estoques são fenômenos não lucrativos sob forma de matéria
prima, material em processo ou bens acabados, causando longos tempos de processamento, obsolescência,
mercadorias danificadas, atrasos, custos de manutenção de estoque e de transportes. Segundo Shingo, há
três estratégias para acabar com desperdício de estoque: reduzir os ciclos de produção, eliminar quebras e
defeitos atacando as raízes dos problemas e reduzir tamanhos de lotes através da troca de ferramentas
rápidas e redução dos tempos de setups.
7) Perda por produtos defeituosos: Conforme Liker, a produção de peças e produtos defeituosos, reparos,
retrabalhos, substituições na produção e inspeções significam perdas com material, manuseio, tempo e
esforço.
Lição 8: Bases de Controle
Após a implantação da TPM na década de 80, a função manutenção ganhou reconhecimento como o
principal responsável para a melhoria do OEE. Segundo Barros e Lima (2009), o OEE permite medir o
grau de eficiência de uma máquina, de uma linha de produção e até mesmo de uma unidade industrial.
O OEE resulta da multiplicação de três fatores, disponibilidade, desempenho e qualidade. Segue a equação:
O objetivo principal da Manutenção Planejada é evitar que a máquina deixe de operar por problemas
imprevistos decorrentes no processo. Para cumprir este requisito, a manutenção planejada conta
principalmente com duas formas de atuação: a manutenção preventiva e a manutenção preditiva. A
primeira busca prevenir a interrupção da máquina por meio da gestão de seus sobressalentes. A segunda
procura investigar constante e periodicamente indícios de qualquer anormalidade no processo, de modo que
o combate seja posteriormente planejado.
Escopo da Manutenção Planejada
Tendo isso em vista, um grande aliado da TPM na padronização das técnicas de manutenção é o
CAPDO. O ciclo CAPDO é uma ferramenta da qualidade derivada do PDCA, criado pelos estudiosos
japoneses na década de 1980 para a resolução de problema em um processo estável. A principal
diferença com o PDCA é que o uso da ferramenta CAPDO inicia-se coma verificação (C) ou estudo
dos resultados atuais, confrontando-os com os resultados esperados, e parte deste ponto para o trabalho
da resolução do problema que está ocorrendo em um determinado processo estável (Howell, 2006). A
seguir são descritos os procedimentos existentes nas quatro etapas da ferramenta da qualidade CAPDO:
checar, analisar, planejar e executar, utilizadas na redução/eliminação das perdas dos processos.
D C
P A
Lição 3: O que é SMED?
O Single Minute Exchange of Dies (SMED), que em português significa Troca Rápida de Ferramenta, é um
método que tem como objetivo reduzir o tempo necessário para execução da operação de setup para
que o tempo seja inferior a dez minutos, ou seja, um número expresso em um único dígito.
Em fábricas, onde uma máquina é alternada entre vários tipos de ferramentas (uma para produzir cada
produto), o tempo de troca das ferramentas pode acarretar um alto lead time, diminuindo assim a
produtividade. Para reduzir esse efeito e diminuir o tempo de setup, existe a metodologia SMED. O SMED,
foca a atenção exatamente na simplificação de todo o processo de setup. Desta forma, na teoria, é possível
que qualquer operador seja capaz de realizar regularmente o setup.
O que é Setup?
Setup é o conjunto de todas as operações a serem realizadas na máquina ou no processo produtivo,
a fim de mudar a produção de um produto para outro. Dessa forma, o tempo de setup ocorre em indústrias
que utilizam o mesmo equipamento para produzir diferentes produtos em sua linha de produção. E existem
dois tipos de setup:
✓ Setup interno: São as atividades de setup que só podem ser realizadas com a máquina parada. São
exemplos de setup interno: montagem, desmontagem, testes, ajustes de posição, altura e pressão.
✓ Setup externo: São as atividades de setup realizadas com a máquina funcionando. Exemplo:
preparação e limpeza.
Este sistema é também aplicável ao estabelecimento de prioridades, como o caso em questão, a fim de
permitir a classificação de máquinas e equipamentos conforme seu grau de importância para o setor
produtivo. Trata-se de uma classificação determinante para desenvolvimento de uma política de
manutenção adequada, com a avaliação da criticidade das máquinas frente ao impacto de suas falhas ao
processo produtivo.
Este método de classificação ABC foi adaptado JIPM - Japan Institute of Plant Maintenance, em 1195. Para
sua utilização, é necessária uma base de critérios de criticidade que nos permite definir uma
classificação em classes (A, B ou C).
Estabelecendo Prioridades de acordo com a JIPM:
EFEITOS
100%
95%
80%
A
A B C
EQUIPAMENTOS
2. Qualidade do produto: Algumas máquinas realizam processos de alta precisão e, dessa maneira,
o menor nível de desalinhamento pode acarretar em perda de qualidade do produto fabricado.
4. Confiabilidade da máquina: Esse critério faz uso do indicador MTBF, abordado previamente, que
trata do tempo decorrido entre falhas em uma máquina.
5. Tempo de Reparo: Esse critério faz uso do indicador MTTR, ‘Mean Time to Recovery’, que
representa o tempo médio necessário para substituir ou reparar um componente defeituoso, ou
mesmo para que a máquina volte a funcionar.
6. Custos de manutenção: Dinheiro a ser gasto no conserto de uma máquina específica que venha a
apresentar falhas. Esse gasto varia de acordo com a falha ocorrida, porém, de maneira geral, é
possível inferir se o ativo requer altos gastos com peças de reposição e etc. Por exemplo, se o ativo
for importado, pode ser que os custos de reposição de peças defeituosas sejam mais elevados.
Cada uma das máquinas analisadas deve ser classificada nestes seis critérios citados acima, segundo três
níveis de impacto:
A: alto impacto;
B: médio impacto;
C: sem impacto.
O MTTR é um indicador menor/melhor, ou seja, devemos trabalhar para mantê-lo baixo. Ao adicioná-lo
ao exemplo do motor elétrico, suponha que durante o mesmo período a equipe de manutenção levou para
colocar o motor elétrico de volta a operação em cada uma das situações:
✓ Falha 1: 9 horas
✓ Falha 2: 15 horas
✓ Falha 3: 12 horas
✓ Nesse caso o MTTR será: 9 + 15 + 12 / 12 = 12 horas.
Com isso, conseguimos mensurar qual é a lucro cessante, ou melhor, o quanto a empresa deixa de ganhar
quando esse equipamento quebra. Se considerarmos hipoteticamente que tal maquinário gera R$ 5 mil
por hora, o prejuízo dessa empresa com a falha desse equipamento será por volta de R$ 60 mil (5.000 x
12). Muito melhor do que manter o MTTR baixo, é evitar as quebras. O gestor de manutenção deve
incentivar suas equipes a utilizarem técnicas de manutenção preditiva e sensitiva que avaliam a condição
de saúde das máquinas, identificando os “sintomas” em tempo real para que o ativo não perca sua
performance a ponto de chegar em uma situação crítica de quebra.
A forma mais eficiente de administrar esse indicador é aplicá-lo a cada equipamento. Assim, as ações
podem ser aplicadas de forma individual, facilitando as ações. Levando em conta também que cada
equipamento apresentará um ciclo de vida diferente.
Para exemplificar, imagine que durante um determinado período o motor elétrico de uma fábrica operou 140
horas até falhar, depois mais 190 horas e por fim 215 horas. Nesse caso o MTBF será:
Logicamente, quanto maior o MTBF melhor, já que os equipamentos estão demorando mais para falharem,
ou seja, você conseguiu obter uma frequência menor de quebras.
Terceiro Indicador – MTTF: Mean Time To Failure
O MTTF e o MTBF têm grande similaridade em termos de propósito pois ambos controlam a confiabilidade
do equipamento, contudo a visão do MTTF é “estatisticamente posso crer que o equipamento opera
X horas e após deve falhar”.
Assim como no MTBF, no MTTF desejamos aumentar o número pois quanto maior for o MTTF é sinal
que operaremos mais tempo sem falhar. O MTTF também impacta na programação de manutenções,
inventário de spare parts (sobressalentes) dimensionamento de equipe de turno.
Vamos observar alguns indicadores que mostram o apoio da Manutenção Planejada para com a
Manutenção Autônoma:
1. Desenvolver a visão crítica, com olhos que de fato enxerguem os problemas: A mudança de paradigma
é importante neste caso pois muitas coisas podem parecer normais, quando de fato não são;
2. Desenvolver o sentido de ouvir anormalidades é essencial para poder distinguir os tipos de ruídos
que provocarão problemas maiores;
3. Desenvolver a sensibilidade do olfato que possa identificar alterações nos cheiros dos
equipamentos.
4. Aproximar-se do equipamento, tocar em suas partes para identificar possíveis vibrações e
alternâncias de temperaturas;
5. Não há evolução se todos estes pontos não forem transmitidos para os responsáveis para a resolução
dos mesmos, falar é essencial neste processo.
1. Azul: A operação tem conhecimento e capacidade para resolver este problema, por isso quando a
responsabilidade pela solução do problema é da operação, a etiqueta é azul.
E junto a isso, nós temos dois tipos de etiquetas vermelhas e azuis: a via do inspetor e outra para colocar
no equipamento. A via do Inspetor deverá ser preenchida e colocada no quadro de gestão a vista para que
o inspetor/programador a recolha e faça a programação da atividade. Enquanto a de colocar no
equipamento deverá ser fixada no equipamento para que quando o inspetor vá até o local ele identifique o
local do problema, assim como para que outras pessoas vejam que aquele problema já foi identificado
e deverá ser tratado.
1
Um ponto extremamente importante sobre a retirada das etiquetas está no seu fluxo, que deve seguir os
seguintes pontos:
1. Preencher a etiqueta de anomalia em duas vias. Uma via deve ficar no equipamento e outra via deve ser
colocada no quadro de gestão a vista;
2. Escrever no relatório de turno que a anomalia foi identificada e que a etiqueta foi gerada;
3. Programador deve programar todas as Ordens de Manutenção referente as etiquetas abertas;
4. Inspetor deve ir até o local onde encontra-se a etiqueta e escrever o prazo e OM (caso não resolva
imediatamente).
5 Fundamental
S (Preparação)
1. Utilização
2. Organização
3. Limpeza
4. Bem estar
5. Autodisciplina.
Esses cinco sensos vêm das palavras japonesas seiri, seiton, seiso, seiketsu e shitsuke. No qual:
✓ Seiri - senso de utilização: Retirar do local de trabalho todo objeto e equipamento em duplicidade,
ferramentas quebradas ou de utilização esporádica, guardando-as em local adequado;
✓ Seiso - senso de limpeza: Realiza-se uma grande limpeza, a finalidade é identificar problemas, além
de melhorar as condições de trabalho e do visual;
✓ Principal ferramenta para comunicar a outras equipes “como algo deve ser feito”. É caracterizado
como um padrão provisório, devendo posteriormente fazer parte de um padrão (novo ou incorporar a um
existente);
✓ Informar às outras equipes que existe uma forma diferente, mais rápida, mais segura de realizar uma
atividade (por exemplo troca rápida de ferramentas);
Normalmente a limpeza dos equipamentos não é algo que todo mundo gosta de fazer, por isso as principais
preocupações no Passo Dois são:
✓ Esclarecer que não é uma “faxina”, mas sim uma inspeção detalhada por meio da limpeza (você lava
seu carro ou paga para lavar?);
✓ Explicar que mais importante do que limpar é não sujar ou evitar que suje;
✓ Mostrar que agora precisamos descobrir o que está sujando (Fontes de Sujeira) para reduzirmos a
frequência de limpeza e também deixar a tarefa mais fácil e rápida, reduzindo os locais difíceis de se
limpar (Locais de Difícil Acesso).
Os padrões provisórios devem ser feitos pelo supervisor de produção (operação) da equipe e
consensado com os operadores. Todos os operadores da área em questão devem ser treinados nos
Padrões Provisórios. Todos os Padrões Provisórios devem ser aprovados pela área de Segurança do
Trabalho, para após serem treinadas pelos operadores.
Lição 9: 7 Passos da Manutenção Autônoma - Passo Quatro
Primeiro Estágio:
Passo Zero, Passo Um, Passo Dois e Passo Três
Segundo Estágio:
Passo Quatro, Passo Cinco, Passo Seis e Passo Sete
1. Primeiro Estágio:
✓ Objetivo: Criar sendo de propriedade;
✓ Uso dos 5 Sentidos para tratativa de problemas
✓ Supervisor orienta - disciplina e rotina.
2. Segundo Estágio:
3. Objetivo: Gestão Autônoma.
4. Técnicas de manutenção e gestão de equipe.
5. Supervisor audita – perenidade.
Passo Quatro
O Passo Quatro é direcionado para a Inspeção Geral, nessa etapa os operadores devem ser treinados em
manutenções básicas de suas máquinas e equipamentos, é importante o comprometimento dos líderes
das áreas na liberação dos operadores para esses treinamentos.
Ao final desse passo as equipes deverão ser capazes de inspecionar com mais critério os equipamentos
e prevenir problemas atuando de forma preventiva nos controles que serão estabelecidos. No Passo 4 as
pessoas precisam estar treinadas de acordo com a matriz de competências que foi estabelecida no início,
tendo disponível o conhecimento técnico de manutenção necessário para atuarem mais próximos da
Manutenção Profissional.
É nesse passo também que se vê a necessidade de se iniciar a criação de controles visuais facilitando
a inspeção, como indicações de nível em instrumentos, controles de fluxo para bombas e identificação de
rotação de motores.
Uma opção interessante é que a manutenção autônoma seja responsável pela lubrificação dos
equipamentos, desta forma o Passo 4 também pode compreender a identificação de todos os pontos de
lubrificação dos equipamentos (inicialmente somente dos equipamentos piloto).
✓ Para quem utiliza ERP – Padrinho da MP revisa e atualiza plano de lubrificação no sistema;
1. Checklist para que a equipe de operação faça a ronda na área e evidencie a condição dos
equipamentos, baseados nos itens relevantes identificados no Passo 4;
2. É no Passo 5 também onde o Supervisor de Operação sinaliza quais são os pontos que devem ser
verificados durante a ronda operacional, como valores de pressão de instrumentos, temperatura de
tubulações (obstrução) e cria procedimentos além de incluir no checklist da ronda;
3. Ao final do passo 5 a equipe terá definida a rota de inspeção e pontos de controle sendo que para
cada novo ponto de controle deve haver uma Lição Pontual com foto, descrevendo a atividade.
Nas primeiras 3 etapas de manutenção autônoma são desenvolvidos o que chamamos de Padrões
Provisórios. Isso ocorre para a limpeza, lubrificação e inspeção, ou seja, existe uma construção das
medidas de controle, padrões visuais, procedimentos, que são desenvolvidos pelas áreas técnicas como
qualidade, manutenção, engenharia, em conjunto com os colaboradores. Nestas fases, naturalmente
a contribuição do “como fazer”, do “onde fazer” é maior das áreas suportes, e ainda nessas etapas existe o
desenvolvimento contínuo dos colaboradores, mas é na etapa 4 que ocorre o enfoque geral na
capacitação do colaborador preparando-o para a 5ª Etapa.
Na etapa 5 de manutenção autônoma, o colaborador já deve ser capaz de identificar mudanças em seu
equipamento, terá aprimorado sua percepção de falhas através de suas ações no dia-a-dia, perceberá que
determinado ruído pode simbolizar um desgaste, uma potencial quebra. Com todo esse conhecimento,
naturalmente temos agora a adoção dos padrões definitivos para a limpeza, lubrificação e inspeção. Saímos
das fases iniciais para as fases de amadurecimento.
Note que os colaboradores estarão muito mais capacitados, com propriedade e melhor domínio sobre o seu
equipamento. Nesta fase temos uma tendência na inversão da parcela de contribuição durante a
revisão dos padrões; agora as áreas técnicas serão muito mais procuradas, pois as contribuições,
solicitação de mudanças, melhorias partirão dos colaboradores que entendem melhor cada particularidade
do seu equipamento. Como o próprio nome já diz – Inspeção autônoma – nesta etapa 5 há maior autonomia
do colaborador. Uma expressão bem conhecida como “da minha máquina cuido eu!” fará total sentido.
Neste ponto já teremos definidas todas as atividades que as equipes de operação deverão fazer, sejam
elas atividades de organização e limpeza ou sejam elas atividades de inspeção de equipamentos e processo,
porém todas essas definições estarão ainda registradas como Lições Pontuais ou formulários. O objetivo
desta etapa é criar Procedimentos Operacionais que incluam estas novas atividades e também Ordens
de Trabalho (programadas) de Manutenção para cada equipe e cada área. Ao final desta etapa as equipes
já são consideradas equipes de Manutenção Autônoma!
Lição 12: 7 Passos da Manutenção Autônoma - Passo Sete
O Passo Sete é direcionado para a Gestão Autônoma, serve para consolidar as atividades da manutenção
autônoma através da criação de um calendário anual de verificação dos passos, juntamente com a melhoria
na habilidade dos operadores em cuidar de suas máquinas e equipamentos.
Passamos de metodologia para cultura, atuando de forma natural no contexto da TPM. A Gestão
Autônoma será possível através de itens de controle que deverão estar sempre visíveis a todos como
checklists de atividades, checklists de verificação e inspeção e acompanhamento dos resultados de paradas
de equipamentos, todos estes devendo estar fixados e visíveis no quadro de gestão a vista.
O último passo é uma consolidação de tudo que foi implementado. O processo como um todo está
plenamente estruturado e padronizado, não mais em desenvolvimento. Ainda assim, a melhoria contínua é
bastante presente através da revisão dos padrões existentes.
Do ponto de vista de desempenho, deve haver grande estabilidade do processo, sem falhas e com rápida
correção de desvios e anomalias. Do ponto de vista de capacitação das equipes, os operadores são
capazes de trabalhar com maior autonomia em relação a áreas de suporte, uma vez que tem
conhecimento amplo do processo e do funcionamento dos equipamentos e seus sistemas. Podem, eles
mesmo, ser responsáveis por pequenas intervenções.
✓ Criação de gestão visual para cada ponto de checagem – Identificado vs. Gestão Visual;
No geral consideram-se 12 passos para a implantação do TPM, em que basicamente as etapas 4 são de:
1. preparação e planejamento;
2. lançamento do programa;
3. implantação dos pilares;
4. consolidação do TPM.
Muitos imaginam que a implantação do TPM pode ser feita em semanas ou meses, porém é um processo
que dependendo do tamanho da empresa, pode levar anos. E é preciso que seja feita de forma
organizada e certeira desde o começo, uma vez que é um processo que só ocorre uma vez na organização.
Os 12 passos são:
Assim, após 100% aprovado e compreendido, cada setor irá fazer seus próprios desdobramentos do
plano, com ações táticas e operacionais. Além disso, o setor/máquina piloto para implantação deve ser
escolhido. Esse piloto deve ser uma máquina ou setor que seja um gargalo (operacional ou de custos), assim
começar pela sua resolução trará os maiores resultados. Além disso esse piloto deve ser passível de
replicação aos demais, servindo como um exemplo para a empresa.
Após tudo isso definido e escolhido, será elaborado um plano tático que terá uma lista de tarefas e
prazos, basicamente obedecendo ao 5W2H. E com isso serão definidos quais as atividades operacionais
que devem ser executadas para atingir o plano.
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