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DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL
COMO CONDICIONANTE NA
ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO DE
INOVAÇÃO TECNOLÓGIA DO
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DO
VESTUÁRIO DE MARINGÁ - PR.
Ariana Martins Vieira (UNESP)
arianamvi@yahoo.com.br
Henrique Soares de Mello (UEM)
henriquesmello@uol.com.br
Isabela Silva Gerin (UEM)
isa_gerin@yahoo.com.br
Maria de Lourdes Santiago Luz (UEM)
santluz@ibest.com.br
Renan Eduardo Megiani (UEM)
rmegiani@hotmail.com
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XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão
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1. Introdução
A partir da interação prévia dos pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá com dois
atores de governança local (SEBRAE/PR e SINDIVEST) e empresários do setor do vestuário,
desenvolveu-se um projeto com o propósito de introduzir ações de inovação ou tecnologias de
gestão da produção, qualidade e ergonomia. O projeto denominado “Introdução de práticas de
inovação contínua nas Micro e Pequenas Empresas (MPEs) do arranjo produtivo local do
vestuário de Maringá” visa estimular a cooperação empresarial e promover a inovação
contínua nos processos de gestão empresarial e manufatura das Micro e Pequenas Empresas
do arranjo produtivo do setor do vestuário.
O projeto está vinculado ao Programa Universidade sem Fronteiras: Extensão Tecnológica
Empresarial, que é uma ação articulada entre o Governo de Estado do Paraná, através da
Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Fundação Araucária de
Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná.
Para a execução do projeto a equipe técnica foi composta por seis pesquisadores do curso de
Engenharia de Produção, Engenharia Têxtil e Administração (UEM), um pesquisador do
Programa de Pós-graduação de Engenharia de Produção (UNESP/FEB), 5 alunos de
graduação da UEM e dois profissionais recém-formados nas áreas de Engenharia de
Produção.
As ações de inovação e melhoria contínua ou tecnologias têm como premissa atender as
necessidades demandadas que as MPEs enfrentam nas áreas de gestão empresarial e
manufatura tais como: custos elevados de produção, problemas de qualidade nos produtos e
processos industriais, baixa produtividade, lead time de produção elevado, layout, carência de
um sistema de indicadores de desempenho que apóiem a tomada de decisão, escassez de mão
de obra qualificada, elevado número de absenteísmo e problemas ergonômicos. Para isto é
prevista a execução de 4 atividades:
i) formar um grupo de cooperação empresarial;
ii) planejamento do plano de ações tecnológicas;
iii) implantação e execução do plano de ações tecnológicas, e
iv) avaliação dos impactos sociais e econômicos no arranjo produtivo local.
Este trabalho propõe apresentar os resultados diagnosticados junto às micro e pequenas
empresas (MPEs). A proposta está limitada às atividades inseridas na etapa de planejamento
do plano de ações tecnológicas, cujo objetivo está na caracterização das empresas inscritas no
projeto e a elucidação das ações de extensão e inovação tecnológica.
2 Diagnóstico empresarial
Executar um diagnóstico da situação de uma empresa é complexo e uma das maiores
dificuldades é a escolha das ferramentas que serão utilizadas para pesquisar e compreender os
fatos, porque elas implicitamente mostram o marco teórico do pesquisador.
Schmitt (1996) conceitua cinco definições como elementos-chave sobre o que é um
diagnóstico empresarial: “o diagnóstico implica diferenciar, discernir, conhecer”;
“compreende o conhecimento dos sinais de determinados comportamentos”; “compreende a
identificação de uma patologia a partir de seus sinais e seus sintomas”; “implica pesquisar e
analisar as causas de uma condição, situação ou problema” e “implica na coleta de todos os
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dados necessários”.
O diagnóstico empresarial/organizacional é um instrumento aplicado para se obter o
mapeamento da conjuntura atual da empresa sob a ótica de seus proprietários, funcionários,
clientes internos e principais clientes externos, como etapa essencial anterior à elaboração de
um planejamento de ações e inserção de melhorias.
Ressalta-se que não existe um único diagnóstico. Cada metodologia utilizada apresenta o
resultado do conjunto de variáveis que se investiga, da profundidade com que cada variável é
analisada, do momento histórico em que se faz o estudo e da experiência de quem o executa.
3. Caracterização do APL do Vestuário de Maringá
A atividade de confecção no Paraná destaca-se na região noroeste do estado, especialmente no
município de Maringá e região. O início desta atividade data de meados da década de 1980 e
nas últimas décadas verifica-se um acentuado crescimento do número de empresas
relacionadas à confecção de artigos do vestuário (TRINTIN, et al. 2007). Com isto, esse
segmento mostra-se intensivo na utilização de mão-de-obra, absorvendo quantidades
significativas de trabalhadores.
O setor do vestuário de Maringá e região está caracterizado pelo elevado índice de
concentração geográfica de MPEs, constatando-se, atualmente, inseridas 1.200 indústrias
formais. Esse crescimento não se resume à quantidade de estabelecimentos, mas também na
ampliação da produtividade e da competitividade, produzindo 7 milhões de peças por mês,
com faturamento mensal em torno de R$ 130 milhões de reais, gerando 20 mil empregos
diretos e 60 mil indiretos (SINDVEST, 2009).
Assim como outras aglomerações produtivas do país determinadas como Arranjos Produtivos
Locais, o APL de confecção de Maringá é constituído predominantemente por micro e
pequenas empresas (98,4%) (TRINTIN, et al 2007.). Estudos de prospecção do setor
industrial destacam que a produção das empresas localizadas na região de Maringá está
distribuída entre a confecção de jeans, camisaria, malhas, lingerie, moda social masculina e
feminina, moda infantil e infanto-juvenil, linha bebê e praia (APL DO VESTUÁRIO, 2006).
Dentro deste panorama, as instituições relacionadas à formação técnica e empresarial do
capital humano da atividade são: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Paraná
(SENAI), a Universidade Estadual de Maringá (UEM) e o Serviço Brasileiro de Apoio ás
Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e o Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá
(SINDVEST), sendo estas instituições os principais responsáveis por promover o intecâmbio
científico e tecnológico tanto para melhoria contínua quanto para solução de problemas,
contribuindo para o fortalecimento do APL.
Os problemas associados ao este setor industrial são a elevada informalidade das MPEs, o
porte dos empreendimentos e as características do mercado de moda: sazonalidade e massiva
exigência na criação de modelos e uso de novos tecidos. Ainda, existem dificuldades para
estabelecer uma estratégia de atuação coletiva e competitiva para o Arranjo Produtivo Local.
Isto é, os agentes de governança enfrentam dificuldades para estimular a cooperação
empresarial das MPEs.
Essa situação problemática pode ser associada a vários fatores relacionados com o perfil dos
empresários, tipo de processo industrial, a formação do empresário e carências no mercado de
tecnologia de gestão e prática de inovação contínua adequadas para o porte das empresas.
Verifica-se, também, uma limitação financeira e de infra-estrutura das MPEs e de capacitação
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técnica dos recursos humanos locais que também dificulta o acesso e a implantação das ações
de tecnologias e práticas de gestão empresarial que podem melhorar a qualidade dos produtos
e promover o desempenho dos processos de manufatura.
4. Metodologia
O público alvo deste projeto de extensão tecnológica empresarial se restringe as MPEs do
APL do vestuário de Maringá e região. A seleção desse arranjo produtivo foi realizada em
função de alguns critérios, conforme descritos a seguir:
- existe a oportunidade de integrar conhecimentos desenvolvidos na universidade (ofertas de
tecnologias) com as demandas de tecnologias das MPEs localizadas no arranjo produtivo de
Maringá;
- esforços foram realizados pelos participantes para integrar as demandas e ofertas
tecnológicas;
- o domínio de atuação dos pesquisadores está relacionado com as demandas de tecnologias
que promovem o desempenho nas áreas de gestão empresarial, produção e qualidade das
MPEs.
O diagnóstico foi realizado em vinte empresas: uma em Astorga, uma em Umuarama, uma em
Marialva, seis em Cianorte e onze em Maringá. Todas localizadas na região noroeste do
estado do Paraná.
O tipo de abordagem da metodologia possuiu um caráter qualitativo. Quanto aos
procedimentos técnicos classifica-se como pesquisa de campo e pesquisa-ação.
Iniciou-se, primeiramente com revisão bibliográfica referente as técnicas de investigação,
sequenciando por determinar a demanda do APL, analisá-lo e interpretá-lo, tendo como
abordagem o direcionamento da pesquisa às respostas para as indagações propostas às
demandas apresentadas.
O desenvolvimento da pesquisa pode ser dividido em duas etapas. A primeira etapa pode ser
caracterizada como exploratória e descritiva, escopo deste artigo. A segunda etapa da
pesquisa pode ser classificada como aplicada, pois tem como objetivo a aplicação prática dos
conhecimentos para a solução do problema a partir da validação da proposta. Tem seu
desenvolvimento caracterizado como pesquisa-ação, através da implantação e execução de
plano de ações tecnológicas.
4.1 Planejamento do plano de ações tecnológicas
Nesta etapa, foi elaborado um diagnóstico empresarial no arranjo produtivo. Esta atividade foi
realizada em parceria com o SINDVEST e SEBRAE-PR. O projeto foi divulgado entre os
associados do sindicato, no período de janeiro e fevereiro de 2009 e os interessados receberam
as visitas técnicas da equipe do projeto, neste período.
As técnicas utilizadas para a coleta de dados foram feitas por meio de questionário/check-list,
entrevistas, observações diretas no chão de fábrica e análise documental, compreendendo os
meses de março a abril de 2009. O questionário foi estratificado em três áreas: gestão da
produção, gestão da qualidade e ergonomia/segurança do trabalho. No anexo A, apresenta-se,
de modo resumido, parte das questões exploradas no questionário/check-list (Quadro 3).
Como base para a elaboração dos questionários foi utilizado o modelo de check list de Moura
(1998) e o Programa D-olho na Qualidade do Sebrae de Oliveira (1997). Através do
diagnóstico foi possível identificar as carências tecnológicas por empresa e a realização de
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Módulos Implantação
Qualidade do
Ficha Técnica
Produto
Clima Qualidade do
Organizacional I
Processo
Clima
5S / Ergonomia Organizacional
II
Motivação para Capacitação
5S (Gerentes / para 5S
Supervisores) (Funcionários)
Avaliação de Melhoria
5S / Operações PCP
Desempenho Contínua
Mapeamento Gestão de
Compra Coletiva
de Processos Compras
5S /
Almoxarifado
Legenda:
Assessoria /
Treinamento
Implantação
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25%
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Verificou-se, também, que 70 % das empresas trabalham com parte de sua produção
terceirizada, distribuída entre micro e pequenas empresas denominadas facção, tendo entre as
atividades estratificadas o bordado, a estamparia e a costura assumindo um percentual de 79%
(Figura 3). Tais características evidenciam-se como estratégias para o pólo do vestuário como
forma de obter eficiência coletiva e o fortalecimento da cooperação empresarial.
outros
Não Terceiriza
corte
criação
lavanderia
estamparia
Terceiriza
bordado
costura
Figura 3 – Terceirização
Quanto aos módulos de atuação, a Figura 4 ilustra a quantidade de módulos solicitados nas 20
empresas. A Motivação para 5S será uma etapa de treinamento para todas as empresas,
independente da ação a ser implantada, uma vez que, estas apresentam carências quanto a
organização e má adequação do ambiente de trabalho. Qualidade do produto e qualidade do
processo aparecem em seguida em 27% do total dos módulos solicitados e confirmados pelo
diagnóstico.
O módulo 5S Ergonomia não será ofertado a priori, uma vez que para intervenção deste foi
definido como requisito prévio a oferta de treinamento por meio do módulo Motivação para
5S e a partir deste, verificar as demandas aplicando o módulo de clima organizacional por
empresa.
Esta abordagem, referente ao módulo 5S/Ergonomia justifica-se pela não compreensão da
tecnologia em si, no universo restrito das MPEs do APL. Observou-se, na maioria das
empresas, por meio da entrevista e observação do setor produtivo o desconhecimento frente
aos benefícios gerados quanto a saúde, segurança e conforto dos colaboradores, além da
produtividade humana e do sistema. Na realidade, há enorme dificuldade dos empresários
serem capazes de vincular ações ergonômicas/segurança como justificativa para qualquer
investimento, se necessário, em termos dos benefícios concretos que se obterá para a
organização – para a capacidade da organização em ser competitiva e sobreviver.
Visto que, os módulos Gestão de Compras, Melhoria Contínua e Compra Coletiva apresentam
maior grau de complexidade e estruturação, a implantação dos módulos anteriores se faz
necessário, servindo como base da implantação destes para sua efetiva utilização, de forma a
estimular ações conjuntas e de melhoria contínua, o que justifica, nessa primeira etapa de
atuação a ausência de um plano de atendimento.
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Após a leitura e compreensão das informações levantadas, decidiu-se por iniciar a intervenção
nas empresas, com o atendimento a uma demanda de capacitação gerencial por meio do
Módulo Motivação para 5S e implantação de nove ações nas áreas de gestão, processos,
insumos e produtos, buscando atender as demandas ou necessidades tecnológicas nas áreas de
Gestão da Produção, Gestão da Qualidade e Ergonomia (Figura 5).
A ação Qualidade do Produto foi escolhida como prioritária em sete empresas. Uma
característica que justifica a aplicação deste módulo é que o controle de qualidade se restringe
unicamente ao controle monitorado por meio da sensibilidade natural do colaborador (sentido
visual, tátil) sem outros parâmetros de inspeção e indicadores de desempenho, tais como
prazos de entrega, controles estatísticos quanto aos padrões de qualidade e melhoria contínua
em seus produtos e processos, principalmente aquelas que utilizam serviços terceirizados.
Os módulos 5S Almoxarifado e 5S Operações serão implantados a partir do 5S Motivação,
como forma de utilizar além das ferramentas e técnicas específicas para estas áreas de
atuação, a implantação dos cinco sensos da qualidade como obrigatória.
O módulo ficha técnica não está entre os módulos de atendimento, pois será uma ferramenta
utilizada como complemento às ações de PCP, Qualidade do Produto e 5S/Operações.
Qualidade do Processo será aplicado como auxílio ao módulo Qualidade do Produto, de
acordo a necessidade da empresa.
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6. Considerações Finais
Conforme o escopo deste trabalho, restringiu-se o diagnóstico ao nível operacional, uma vez
que este vem a colaborar com a gestão específica da produção, qualidade dos produtos e
processos e ergonomia.
Pode-se observar na obtenção e análise dos dados do diagnóstico que as empresas apresentam
uma carência de atuação nas três áreas do projeto. Entretanto, como preliminar; a ação se
iniciará principalmente nas áreas de gestão da produção e utilização dos 5 sensos. A atuação
no APL vem a contribuir de forma a organizar o ambiente de trabalho e também de
conscientização dos empresários e funcionários quanto a uma sistemática de utilização dos
recursos disponíveis de acordo com o porte da empresa, sejam estes recursos financeiros,
operacionais, mão-de-obra, entre outros.
Diante da análise dos dados coletados, constatou-se que inexistem técnicas e práticas precisas
na gestão estratégica da produção.
Conclui-se que as empresas inscritas no projeto não apresentam uma sistemática de inovação
tecnológica e ações de inovação ou melhoria contínua, o que vem a viabilizar a implantação
destas ações de forma a contribuir com o desenvolvimento do APL. Neste sentido, ações de
melhorias podem estimular a cooperação e o fortalecimento do arranjo produtivo, através da
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Referências
APL DO VESTUÁRIO. Plano de desenvolvimento do arranjo produtivo local do vestuário de Cianorte/
Maringá – Paraná. 53p., 2006. Disponível em: <http://www.redeapl.pr.gov.br/arquivos/File/PDP
VestuarioCianorteMaringaPR.pdf> Acesso em: 01 nov. 2008.
MOURA, R. A. Check sua logística interna. São Paulo: Imam, 1998.
OLIVEIRA, J.A.S. (coord.). D-olho na qualidade. Brasília: Ed. Sebrae, 1997.
SCHMITT, G. R. Turnaround: a reestruturação dos negócios. São Paulo: Makron books, 1996.
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas. Classificação das MPEs segundo o
número de empregados. Disponível em:http://www.sebraesp.com.br/sites/ classificacao _ empregado.pdf .
Acesso em 21 jan. 2009
SINDVEST- Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá. Disponível em: <www.sindvestmaringa.com.br>.
Acesso em: 18 abr 2009.
TRINTIN, J. G. et al. Potencialidades e fragilidades do arranjo produtivo local: um estudo de caso do setor de
confecção no município de Maringá – PR, 2007. Disponível em: <http://www.ecopar.ufpr.br/artigos/. Acesso
em 20 fev. 2009.
ANEXO A
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