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XXXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

“Os desafios da engenharia de produção para uma gestão inovadora da Logística e Operações”
Santos, São Paulo, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2019.

ANÁLISE DE FLUXOS DE UM
HOSPITAL PRIVADO EM BELÉM E
SEUS RESPECTIVOS PROBLEMAS.
Camyla Alessandra Garcia do Nascimento (UNIVERSIDADE DA
AMAZÔNIA - UNAMA )
camylagarcia5@gmail.com
ivia camila oliveira castro (UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA -
UNAMA )
iviacastro21@gmail.com
Paulo Vinicius da Silva dos Santos (UNIVERSIDADE DA
AMAZÔNIA - UNAMA )
eng.vinisan@gmail.com
Pablo Sergio Cardoso da Costa (UNIVERSIDADE DA
AMAZÔNIA - UNAMA )
pablosergiocardoso_dacosta@hotmail.com
TIAGO MAGELLA MIRANDA DE ARAÚJO (-----------------------
------ )
tiagomagella@yahoo.com.br

Resumo: O objetivo deste trabalho foi mapear os fluxos de processos


estabelecidos e propor possíveis melhorias no setor de compras de um
hospital privado de grande porte, localizado na cidade de Belém/PA,
buscando visualizar e entender suass respectivas in

Palavras-chave: LOGÍSTICA HOSPITALAR, CONTROLE DE


ESTOQUE E COMPRAS.
XXXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“Os desafios da engenharia de produção para uma gestão inovadora da Logística e Operações”
Santos, São Paulo, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2019.

1. Introdução
A logística hospitalar, quando está em conjunto a uma boa gestão, pode ser considerada uma
das áreas essenciais da administração nos setores de saúde. A sua importância é, ainda mais
elevada, quando se tem uma boa gestão de materiais médico-hospitalares, pessoas,
informações, dentre outros, havendo assim, um impacto direto ao resguardo da vida e a
recuperação da saúde das pessoas, dando total influência na qualidade da prestação de
serviços, redução de custos e boa rentabilidade às instituições.
Para Dantas (2015), nos tempos atuais, com o crescimento acelerado das organizações, o
acompanhamento do controle de estoque tem sido indispensável, visto que, se apresentam
como base para a obtenção de informações que auxiliam nas escolhas de compras, de acordo
com as necessidades da empresa. A falta de controle no estoque pode ocasionar vários
problemas, sendo alguns deles: a super estocagem, mau armazenamento e falta de registro de
movimentações do processo,o que gera baixa rotatividade e possíveis perdas.
Sendo assim, toda e qualquer organização encontra a necessidade de ter o controle de seu
estoque, principalmente em casos hospitalares, pois se tratam de materiais meticulosos, em
sua maioria perecíveis e de alta movimentação, onde a falta de qualquer material pode causar
prejuízos irreversíveis. Por essa razão, é de grande relevância estarcom seu estoque de
segurança, previsão de demanda e inventários sempre atualizados, mantendo o controle e
minimizando os seus prejuízos.
Considerando as problemáticas citadas, foram levantados os seguintes questionamentos: De
que forma o hospital em estudo tem seus fluxos de processos de compras estabelecidos na
atualidade? Quais ferramentas foram utilizadas para a melhoria da gestão e logística
hospitalar?
Este trabalho teve o objetivo de mapear os fluxos de processos de compras estabelecidos e
propor possíveis melhorias no setor de compras de um hospital privado de grande porte,
localizado na cidade de Belém/PA, buscando compreender o gerenciamento dos fluxos de
suprimentos dentro da família de produtos de gêneros alimentícios.
De acordo com uma pesquisa recentemente conduzida pela Organização Mundial de Saúde
(OMS), foi estimado que, dos recursos gastos em serviços de saúde, de 20% a 40% são
desperdiçados (BUSSINESS 2017).Deste modo justifica-se que o setor de gêneros
alimentícios precisa ser bem gerenciado dentro de uma organização deste nível, onde existem

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muitas variáveis em questão como, por exemplo, restrições alimentares por parte de pacientes,
compondo dietas específicas, onde a falta de produtos, excesso de produção, entre outros
desperdícios devem ser evitados.

2. Referencial teórico
2.1. Logística hospitalar
Segundo Barbieri e Machline (2005), as organizações têm por objetivo gerenciar atividades
que se voltam ao fluxo de materiais e se relacionam a uma determinada cadeia de
suprimentos. A logística estende-se por todo o processo produtivo, desde o insumo até o
produto final, organizando-se através de planejamentos, implementações e controle do fluxo,
atendendo assim, as exigências do consumidor. Em casos hospitalares, a logística tem um
papel de grande importância, de modo que a administração no controle de seu estoque se
tornou uma necessidade que não advém do seu tipo ou porte.
Os serviços oferecidos em organizações de saúde necessitam de níveis elevados de
qualificação das pessoas que lidam diretamente com os insumos indispensáveis ao processo
produtivo. É importante que a mão-de-obra seja qualificada para manuseio do sistema de
gestão de materiais, que constitui de insumos cada vez mais sofisticados e numerosos,
possuindo vultuosa variedade de itens, tornando-se essencial a informatização para controles
eficazes em estoques (RODRIGUES; SOUSA, 2009, p. 3-4).

2.2. Compras
De acordo com Dias (2014), a gerência de compras é importante para suprir as necessidades
dos mais diversos segmentos, com a aquisição de materiais no momento certo e na quantidade
correta. Sendo assim, o setor de compras é um dos mais significativos dentro do processo
produtivo. Todas as atividades precisam de insumos e materiais disponíveis antes de iniciar
qualquer operação, tendo a finalidade de atender as especificidades de uso nos períodos
produtivos. Portanto, o setor de compras deve ser eficiente em todas as suas negociações e
tomadas de decisões.
O setor de compras vem se tornando cada dia mais significativo, uma vez que auxilia na
determinação de decisões de como e quanto comprar, buscando soluções eficazes com o
intuito de fazer com que a empresa continue no mercado (LIMA, 2014). Pereira e Guarnieri
(2018) complementam que, para haver êxito dentro das organizações, é primordial o

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planejamento de compras, visando que não ocorra a falta ou excesso de materiais dentro do
estoque. Vale ressaltar que as compras devem sempre seguir os modelos definidos pelas
empresas, sendo realizadas com extrema atenção e cautela.

2.3. Controle de estoque


Slack et al. (2006) afirmam que estoque é a concentração de recursos materiais de um sistema
que está em transformação. Ballou (1993) reiterou que possuir estoque garante inúmeros
fatores, tais como: a prevenção para uma demanda não esperada ou para manter um estoque
de segurança.
Os estoques são constituídos por todos os itens de materiais à venda, do processamento
interno ao consumo, concernente às atividades fins da organização (BARBIERI;
MACHILINE, 2005).
É muito comum organizações trabalharem com demandas nas quais insumos são produzidos
de acordo com resultados obtidos por análise, onde muitos são fabricados com uma margem
de erro acima do esperado para determinado período, gerando o que vem a ser chamado de
estoque. Ter um controle total do que se tem e do que se deve solicitar é primordial para a
prevenção de erros, com uma política concisa e bem definida, o que acarreta organização
dentro do controle de estoque, facilitando os moldes utilizados para requisição de produtos e
serviços requerentes à necessidade periódica da empresa (BATALHA et al., 2008).

2.4. Melhorias no processo


Segundo Paladini (2012), todo processo necessita de melhorias para não se tornar obsoleto
dentro do mercado. Uma administração flexível às mudanças consegue inserir em sua
organização etapas para chegar ao ótimo modelo de produção.Integrar setores, delegar
atividades e aplicações de indicadores são algumas das inúmeras etapas que, quando
implantadas e executadas, tornam o processo mais adequado aos modelos atuais de produção.
(CORRÊA; CORRÊA, 2013). Em um mundo onde a tecnologia se modifica a cada instante,
as organizações que não acompanham esse processo de mudança ficarão para trás. Para um
processo se tornar obsoleto no mercado é muito fácil e rápido, deste modo, procura-se obter
sempre uma melhoria no modelo de produção. Assim sendo, busca-se a implementação de
ferramentas da qualidade para a otimização e melhoria do sistema. Ferramentas como kaizen,
curva ABC e mapeamento do sistema têm um alto índice de relevância, visando o conjunto de

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fatores e características específicas da empresa que irão apontar o tipo de melhoria a ser
implementada, contínua ou radical, onde pode haver uma restruturação do processo atual.

2.4.1. Fluxograma
O fluxograma é um diagrama utilizado para representar, por meio de símbolos gráficos, a
sequência de todos os passos seguidos em um processo. (PEINALDO; GRAEML, 2007)
Os autores Seleme e Stadler (2010) dizem que o fluxograma tem como função a criação de
fluxo através dos símbolos com seus respectivos conceitos dentro do processo de produção.
Os principais símbolos são definidos por operação, inspeção, demora, transporte e
armazenamento que, ao serem aplicados de forma correta, permitem a identificação de
problemas em determinadas situações.
O fluxograma possibilita criar um entendimento comum, tornar claro os passos em um
processo, identificar possibilidades de melhoria (complexidade, desperdício, atrasos,
ineficiências e gargalos), revelar problemas no processo e mostrar como esse opera.
(PALADINE, 2012).

2.4.2. 5W1H
O 5W1H funciona como uma espécie de check-list e tem seu nome relacionado aos cincos
porquês de What, When, Where, Why e Who? (O que será feito, quando, onde, por que e quem
vai fazer?). O 1H corresponde ao How (Como?) (SAAVEDRA,2010).
O método 5W1H recebeu esse nome em função das letras iniciais de algumas perguntas em
inglês que ajudam a esclarecer situações, eliminando dúvidas que, de outra forma, podem ser
extremamente prejudiciais a qualquer atividade empresarial(PEINALDO; GRAEML, 2007).

3. Metodologia
Este trabalho tem caráter descritivo, uma vez que a pesquisa descritiva compreende e
exemplifica fatos que envolvem uma determinada população, partindo de processos que
visam a obtenção de dados, através de observações e questionários, para a análise oriunda dos
levantamentos obtidos. Além disso, tem caráter exploratório, pois apresenta um domínio
integral das estimativas criadas, com a busca em referências bibliográficas, artigos científicos
e informações obtidas diretamente de fontes relacionadas à problemática. (VENANZI;
SILVA, 2016).

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Segundo Rocha(2016), a finalidade do estudo de caso é auxiliar na apuração de informações


de um problema, no intuito de diagnosticá-lo. Vale ressaltar que este método pode ser
utilizado em diversas áreas do conhecimento, como por exemplo: engenharia, direito, serviço
social e etc.
O estudo de caso é uma importante ferramenta que permite conhecer soluções encontradas por
outras empresas, entender seu processo decisório e aprender como a teoria e a prática foram
conjugadas na busca dessas soluções. (VENANZI; SILVA, 2016).
No decorrer da elaboração do estudo de caso foram realizadas visitas presenciais com
entrevistas parcialmente estruturadas ao administrador, ao gerente de logística e suprimentos e
ao gerente de compras, mantendo contato contínuo, via e-mail, para sanar possíveis dúvidas
referentes ao fluxo de processos e informações necessárias, aplicando-se nas seguintes etapas:
a) Etapa 1: Aplicação de questionário com a gerência:
b) Etapa 2: Visita ao almoxarifado para melhor entendimento do layout;
c) Etapa 3: Elaboração dos fluxogramas dos processos de compra;
d) Etapa 4: Elaboração do diagnóstico e plano de ação.
e) Etapa 5: Índices de rentabilidade descritas por tabelas.
Este trabalho teve o enfoque de se restringir ao setor de gêneros alimentícios do hospital para
que o presente estudo se tornasse mais eficaz em suas análises e resultados.

4. Estudo de caso
Durante a visita ao hospital, foram realizadas entrevistas com o gerente de logística e o
administrador recém contratados pela diretoria do mesmo, onde foram apresentados os
processos, documentações e ferramentas de qualidade implantadas. A partir dessas
informações foram obtidos os seguintes dados referentes à antiga e à nova gestão:
a) Verificação de documentos que foram apresentados pelo gestor de logística antes
da implementação das ferramentas de qualidade;
b) Documentos que foram elaborados entre os meses de janeiro a março de 2019, em
planilhas e sistema, como o Tasy, que é destinado para gestão em saúde;
Fluxogramas referentes ao mapeamento do novo modelo de logística interna de
suprimentos;
c) Visitas ao setor de almoxarifado para o acompanhamento do processo de
armazenagem;

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Após a realização desta visita, foram desenvolvidos dois fluxogramas referentes ao processo
de compras da antiga e da nova gestão, respectivamente, como segue na figura abaixo.

Figura 1- Fluxograma do antigo processo de compras.

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Fonte: Adaptado do hospital em estudo.

Figura 2- Fluxograma do atual processo de compras.

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Fonte: Adaptado do hospital em estudo.

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O Fluxogramadescrito na figura 1 tem como objetivo demonstrar o processo que antecede as


melhorias aplicadas no setor de gestão de compras e armazenamento de gêneros alimentícios.
O sequenciamento do fluxo iniciava no recebimento de materiais, que passava por verificação
para analisar se o item chegou de acordo com as especificações solicitadas. Em seguida, o
material era armazenado e assim o processo era finalizado.Caso houvesse a ocorrênciada falta
de suprimentos, era feito uma nova solicitação de compras, onde o setor de compras fazia os
pedidos e os fornecedores realizavam as entregas.
O fluxograma descrito nafigura 2tem como objetivo demonstrar o processo do fluxo atual,
com algumas melhorias já aplicadas no setor de gestão de compras e armazenamento de
gêneros alimentícios. O sequenciamento do fluxo inicia no recebimento de materiais, que
passa por verificação para analisar se o item chegou de acordo com as especificações
solicitadas. Em seguida, o material é armazenado e assim o processo é finalizado. Caso algum
item atinja o estoque mínimo, é feito a solicitação de compras, através de um requerimento
elaborado pelo setor de gêneros alimentícios.Logo após é avaliado pelo gestor de compras e
enviado para o setor nutricional, a fim de ser validado e retornado para o setor de compras,
com destino à negociação e compras. Assim, os fornecedores realizam as entregas e os
materiais são abastecidos e armazenados.
Após a criação do fluxograma, foi elaborado um ciclo 5W1H com o intuito de criar um plano
de ação para a implementação de melhorias, seguindo as etapas pelas 5 perguntas: oque,
porque, onde, como, quem e quando, para assim, facilitar a compreensão do fluxo de
processosdentro da alta organização, como segue na tabela abaixo.

O funcionamento desse ciclo iniciou com a elaboração de perguntas, dentro do setor de


gêneros alimentícios, às quais visaram a identificação de problemas que causam a falta do
controle de estoque. Vale ressaltar que esta ferramenta é de fácil e rápida adaptação, e permite

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a criação de um planejamento para qualquer instituição, além de ser uma metodologia que
busca por resultados que ainda não foram obtidos pela organização.
A seguir, apresenta-se uma tabela resumida de valores respectivos a gastos e a rentabilidade
econômica nos meses de fevereiro a março, com base em informações cedidas pelo hospital e
seus atuais gestores.Obteve-se a medição de 62,17% de rentabilidade no setor de gêneros
alimentícios, após a utilização das ferramentas citadas anteriormente.

5. Considerações finais
O hospital em estudo mostrou diversos problemas em seu controle de estoque, segundo os
gerentes responsáveis, resultando na falta de produtos e o excesso dos mesmos,o que causou
prejuízos, os quais foram minimizados no fim do processo. Foi observado que, com o uso
correto das ferramentas da qualidade descritas (fluxograma de processo e 5W1H), obteve-se
melhorias de curto prazo, desta forma tendo como resultado a redução de custo e aumentando
a rentabilidade do setor de gêneros alimentícios.
Depois de elaborado o mapeamento do processo junto ao corpo de gestores do hospital em
estudo, os fluxogramas auxiliaram na compreensão e visualização do processo de compras e
estoque como um todo. Concluiu-se que, no antigo processo de gestão, não havia nenhum tipo
de análise técnica a respeito do que era solicitado. Logo, todo o montante de suprimentos
requeridos era realizado em compras. É importante ressaltar que, no antigo processo, se um
único item apresentasse déficit no estoque, o mesmo era totalmente reabastecido.
No atual processo, foi possível observar uma mudança bastante significativa, procurando as
melhores relações entre cada etapa, passando com uma nova gestão a conduzir os setores e
solicitações de forma técnica e criteriosa, visando estoques mínimos e reposições

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pontuais,para atender às demandas previstas, validações e possíveis reduções, de forma que


não venha prejudicar os pacientes e criar conflitos administrativos.
Com a ferramenta 5W1H obteve-se uma ampla visão das etapas que facilitaram a integração
dos setores, o que acarretou em uma divisão de tarefas adequadas aos seus respectivos
gestores, com um resultado excelente entre o entendimento do processo e a prática aplicada,
oriundos das respostas obtidas através das perguntas realizadas pela ferramenta em questão.
A partir disso, sugerimos a implementação de algumas outras ferramentas, tais como ERP’s
(Enterprise Resource Planning)ou o sistema integrado de gestão das empresas, automatizando
e integrando os processos, podendo ser aplicada em Vendas, Finanças, Contabilidade, Fiscal,
Estoque, Compras, Recursos Humanos, Produção e Logística, para auxiliar nas tomadas de
decisões e obter melhor Tecnologia da Informação, não somente como apoio, mas como parte
fundamental dos processos. E a implementação do Brainstoming (chuva de ideias), um
método que pode ser aplicado entre os gestores para explorar a criatividade, com o intuito de
melhorar as questões administrativas,o que consequentemente, traria melhorias ao ambiente
de trabalho.
E, por fim, foi apresentada uma tabela de rentabilidade e gastos que demonstrou uma
diminuiçãonos três setores mais impactados após as aplicações das ferramentasno hospital em
estudo, onde o setor de gêneros alimentícios apresentou a maior redução de gastos entre os
meses de fevereiro e março. Conclui-se que as ferramentas nas áreas de compras, estoque e
nas devidas gestões administrativas foram fundamentais para que houvesse redução de gastos,
desperdícios e aumento na rentabilidade de 62,17%, de acordo com os dados obtidos pelos
gestores administrativos do hospital.

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