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INTRODUÇÃO

O cirurgião dentista tem direito pelo CFO a fazer  Um paciente com asma por exemplo é
atendimento em ambiente hospitalar. considerado ASA III.
 Pacientes asa IV, são pacientes com
Passos até chegar ao hospital: comprometimento de alguma válvula aórtica,
paciente com IAM recente

Um paciente com IAM, pode ser um contraindicativo de


exodontia em consultorio?

 Até 6 meses ele entra como ASA III, a partir de 6


meses passa a ser ASA II e pode ser operado com
tranquilidade.

A PARTIR DE QUAL PAC IENTE LEVA PARA O


HOSPITAL?
 ASA IV
PRONTUÁRIO
1. Dados subjetivos (não está ligado diretamente ao ANESTESIA GERAL
problema)  Determinamos anestesia geral como um estado
© Fernanda Fritzen Ferrazzo

a. História médica reversível de inconsciência, ou seja, coloca o


b. Medicamentos paciente em estado de coma ou pré-coma, porém
c. Alergias esse estado pode ser reversível
2. Dados objetivos  O fármaco deve ser de fácil eliminação, facilmente
a. Exame físico sistemático difundido, precisa passar facilmente da via aérea
b. Exames laboratoriais (em casos de para as áreas de ação dele, e ele vai precisar gerar
anestesia geral) a perda de consciência do paciente.
c. Exames de imagem
3. Hipótese diagnóstica Porém quando o paciente está anestesiado, não quer dizer
4. Plano de tratamento que ele não vá sentir dor, o paciente apenas não vai
lembrar que sentiu dor, mas o corpo vai lembrar, pois ele
DECISÃO SOBRE HOSPITALIZAÇÃO passou pelo processo fisiológico de dor, liberando
mediadores e citocinas, o que pode gerar no paciente uma
 Quando queremos um controle de
sobre-estimulação nervosa, uma piora no pós-operatório.
comportamento – crianças, PNE
 Casos de incapacidade física Então precisamos remover a sensibilidade a dor do
 Condições clínicas de alto risco – paciente ASA IV paciente, e não somente fazê-lo dormir.
 Infecções severas, pois vou ter um controle melhor
da infecção injetando um antibiótico de maneira  Com a anestesia tem uma depressão do SNC.
intravenosa do que cápsula.
Os anestésicos gerais podem atuar por:
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO FÍSICO
 Via inalatória
 Via endovenosa
 Via oral
 Via intramuscular
 Via retal

O protocolo mais tradicional é feito com uma pré-anestesia


via oral com 1 comprimido de Midazolan, após no centro
cirúrgico é feito um afundamento pela via endovenosa, que
vai fazer com que tenha uma depressão do SNC e
relaxamento da musculatura, após isso ele é intubado por
via inalatória.

ANESTESIA GERAL


Muito bem indicada

 Nasotraqueal – do nariz para a traqueia
Paciente muito bem preparado

Pequenas cirurgias – pequenas anestesias

Pode ser um Diazepam e um anestésico local.

AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
 Exames laboratoriais (hemograma, coagulograma,
 Submentoniana – vem por baixo do mento e passa
função hepática, função renal, etc)
pela traqueia
 Exames cardiológicos (ECG, PA tórax, risco
cirúrgico) É um pouco atípica, porém em casos de fratura de
mandíbula e maxila aonde eu vou precisar manipular essas
O anestesista que avalia esses exames para saber qual tipo
regiões, essa técnica se tona mais viável.
de fármaco ele vai utilizar.
 Traqueostomia
 Determinar porte do paciente (altura e peso)

© Fernanda Fritzen Ferrazzo

Largura do pescoço
 Grau de mobilidade cervical
 Trismo
 Mobilidade dentária – na hora da intubação pode
bater no dente ou prótese e como tem mobilidade
pode soltar e o paciente aspirar
 História médica
 Sinais vitais

Pacientes com menos de 40 anos e saudáveis, apenas com


os exames laboratoriais já podem ser operados.
O tipo de intubação vai depender da intervenção cirúrgica
Pacientes com mais de 40 anos, portadores de alguma que vou precisar fazer.
doença, fumantes (independentemente da idade), pedimos
PA de tórax, ECG, avaliação de risco cirúrgico. ESTÁGIOS DA ANESTESI A

1. Amnésia – inicia-se na indução, ela aumenta o


INDICAÇÕES DE ANESTESIA GERAL limiar de dor, isso quer dizer que vai precisar de
 Intervenções cirúrgicas em pacientes que não um estímulo de dor maior para sentir dor.
cooperam (PNE, crianças...) 2. Delírio – paciente fala coisas sem sentido, as
 Cirurgias muito extensas ou demoradas, de 4, 5h pupilas ficam dilatadas, respiração irregular com
períodos de apneia
 Processos infecciosos grandes que não seja
3. Anestesia cirúrgica – objetivo da anestesia,
possível fazer uma anestesia local de maneira
respiração regular, miose (diminuição da pupila)
eficiente
4. Em caso de superdosagem – respiração rasa ou
ausente, midríase, hipotensão
INTUBAÇÃO
 Orotraqueal – oral passando pela traqueia
Em alguns casos posso gerar uma superdosagem proposital o Pinças, descoladores, afastadores,
para que tenha uma hipotensão, em casos de cirurgias que tesouras, curetas, porta-agulhas, etc.
necessitem da diminuição da circulação sanguínea.  Caixa específica:
o Intervenção proposta (materiais para
 Quando a gente tem esse quadro de respiração fratura de face)
rasa ou ausente, precisamos superficializar
imediatamente o paciente, ou seja, superficializar
CONDUTAS NA SALA OPERATÓRIA
é deixar o paciente mais próximo da consciência.
 Roupas de rua devem ser substituídas por roupas
AMBIENTE CIRÚRGICO próprias para o ambiente cirúrgico – PIJAMA
CIRÚRGICO
Cirurgias em nível hospitalar – cirurgias extensas precisam
 Materiais e instrumentais são previamente
ser avaliadas:
esterilizados com pelo menos 24h de
antecedência, no hospital em que será feita a
 Estado do paciente
cirurgia
 Lesões associadas
 Necessidade de anestesia geral ASSEPSIA + ANTISSEPSIA EM QUALQUER CIRURGIA.
 Necessidade de transfusão sanguínea – por
exemplo, se for atender um paciente com Assepsia: A assepsia consiste num conjunto de métodos e
plaquetopenia. Porém, precisa pedir e reservar as processos de higienização de determinado ambiente, com
bolsas de sangue antes da cirurgia. a finalidade de evitar a contaminação do mesmo por
 Cuidados especiais de enfermagem – alimentação agentes infecciosos e patológicos.
específica, cuidado de higiene específico
Antissepsia: Utilizada em locais onde há a presença de
microrganismos indesejados (bactérias, vírus e outros
COMPONENTES DO AMBIENTE CIRURGICO
agentes patológicos). Neste caso, a antissepsia é feita
 Sala de operação através do uso de substâncias químicas, como
microbicidas, por exemplo, que visam eliminar ou
Deve ser uma sala de limpeza e desinfecção muito fácil, diminuir a proliferação das bactérias (ou demais
móveis o mínimo possível, cantos arredondados, porta de microrganismos indesejados), seja num organismo vivo ou
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vidro transparente. num ambiente.

A sala deve permanecer fechada, para diminuir a circulação


de ar e consequentemente diminui a circulação de vírus. PASSO A PASSO
1. Na sala operatória o paciente deve estar intubado
É necessário ter uma sala a parte para o cirurgião se lavar e
e anestesiado e colocado na posição mais
paramentar, e também uma sala a parte para desinfecção
adequado para realizar o procedimento, que
de materiais.
geralmente são:
(Até 1 metro de altura está tudo contaminado) o DECÚBITO DORSAL HORIZONTAL

 Equipamentos

Mesa de operação, refletores de luz, sistema de O², bomba


aspiradora, hamper (um cesto para armazenar materiais
que podem ser reaproveitados, como os campos
cirúrgicos), aparelhagem de anestesia, bisturi elétrico. –
BÁSICOS. o POSIÇÃO DE TREDELEMBURG – mais
comum quando tem fraturas em pré-
Materiais bucomaxilofaciais (placa, parafusos, fios), maxila, que precisa fazer um acesso em
materiais comuns (fios de sutura, gaze, sonda, ataduras, região de fundo mandibular.
seringas, etc.)

 Materiais e instrumentos cirúrgicos

Os materiais que estão geralmente em caixas metálicas:

 Caixa básica:
6.Paciente vai para a sala de recuperação e fica
monitorado
o POSIÇÃO VENTRAL  O prontuário deve estar devidamente preenchido,
com a descrição da cirurgia e uma prescrição pós-
operatória.

Na descrição do procedimento deve conter além dos


dados básicos, uma descrição sumária dos tempos
cirúrgicos, incluindo o material utilizado.

o DECÚBITO LATERAL  Posição do paciente


 Preparo do paciente (antissepsia, campos, etc)
 Descrição do ato cirúrgico
o Descrição de todo o planejamento
o O que utilizou para antissepsia intra e
extra oral
o Como aposicionou os campos cirúrgicos

© Fernanda Fritzen Ferrazzo


o Colocação do tampão orofaríngeo
o TREDELEMBURG INVERTIDA o Qual anestesia utilizada
o Qual incisão utilizada
o Se fez dissecção e descolamento por
planos
o Exposição de fraturas
o Redução das fraturas
o Fixação das fraturas com placas e
parafusos de titânio (quantas placas,
quantos parafusos)
o Toilet da ferida cirurgica
2. É colocado no paciente uma placa de bisturi o Sutura por planos, com quais fios, em
elétrico no cautério, porque o cautério emite uma qual local
corrente elétrica, é usado normalmente um o Remoção do tampão orofaríngeo
cautério bipolar, então ele emite a corrente, faz o o Toilet final
corte ou coagulação e usa como isolamento a o Curativo
placa de bisturi elétrico.
 Prescrição pós-operatória
3. Antissepsia do campo operatório o Dieta (líquida, pastosa, fria)
o PVP-I degermante, é básicamente IODO,
o Reposição hidroeletrolítica (soro
tem um poder degermente muito grande.
fisiológico 0,9%, soro glicosado fisiológico
O problema dele que tem uma cor
5%, eletrólitos)
acastanhada que mancha tudo.
o Medicações (antibiótico, antiinflamatório,
 Clorexidina 2% analgésico, protetor gástrico,
antiemético, etc)
OBS PVP-I: CUIDAR COM PACIENTES QUE TEM ALERGIA AO
o Cuidados gerais (cabeceira, compressas,
IODO, E EM BIOPSIAS NÃO DEVE SER USADO POIS PODE
lubrificação de lábios, aspiração oral,
CORAR A PEÇA.
como é a higiene oral, sinais vitais)
4. Escovação de mãos e antebraços
5. Paramentação EQUIPE CIRUGICA

Antes de fazer a incisão, é colocado um tampão orofaríngeo É composta de:


na garganta do paciente (um maço de gaze), para evitar a
 Cirurgião
aspiração de líquidos, materiais, instrumentais, dentes,
o Responsável pelo ato cirúrgico
fragmentos ósseos.
o Quem faz o planejamento
No fim da cirurgia é removido o tampão orofaríngeo e o Executa a cirurgia
feita a extubação. o Comanda a equipe
o Se localiza imediatamente ao lado do
paciente
 Assistente
o É um CBM
o Dá assistência direta ao cirurgião
o Substituição caso necessário
 Instrumentador
o Faz seleção e preparo do instrumental
o Ele organiza a mesa cirúrgica
o Ele precisa saber o passo a passo da
cirurgia
o Ele fica ao lado da mesa cirúrgica
 Circulante
o Auxiliar de enfermagem
o Ele vai atender as solicitações do cirurgião
o Vai auxiliar no posicionamento do
paciente
o Controla equipamentos e material
 Anestesista
o Médico especializado
o Avalia e planeja a anestesia
© Fernanda Fritzen Ferrazzo

o Monitora o paciente
o Cuida da qualidade da recuperação pós-
operatória
 Auxiliar de anestesia
o Tem formação específica
o Auxilia o anestesista
o Monitora o paciente e os equipamentos
o Vai anotar os materiais e fármacos
utilizados

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