Aula 17/10 - Anestesia Geral - Nilo
AG é um estado de
Elementos da anestesia geral → hipnótico
(sedativo) + analgésico + bloqueador
neuromuscular (relaxante muscular). Na
anestesia geral, temos ainda a intenção de inibir
o sistema nervoso autônomo do paciente, para
que ele não apresente variações hemodinâmicas
e respiratórias no momento do procedimento
(não há atividade autonômica no estado de
anestesia geral).
Sedação profunda → começou a ser utilizada
como uma técnica que fica entre a sedação
propriamente dita e a sedação geral. Muitas
vezes a sedação profunda é quase que
equivalente a anestesia geral.
Parâmetros que diferenciam a anestesia geral da
SP:
- Hipnótico → para fazer o pcte dormir;
- Analgésico → que tenha potencia suficiente
para tirar a dor no procedimento;
- Relaxante muscular → com a finalidade de
permitir o relaxamento das VA e possibilitar a
ventilação mecânica e a mobilização do pcte.
Então até hj a gente na hora de fazer a AG
fazemos 3 seringas (uma de 5ml uma de 10ml e
uma de 20ml).
E na AG temos ainda a intenção de inibir o SNA
(temos que tomar do pcte o controle fisiológico da
dor, respiração e algumas funções para que o
pcte não apresente alterações hemodinâmicas
e/ou respiratórias durante o procedimento
cirúrgico).
Quando o analgésico (análogo da morfina) como
o Fentanil, Remifentanil tem uma função
analgésica porém tbm apresentam efeitos
depressores no SNC como apneia, interrompe a
atv do SNA (taquicardia, sudorese, etc). Ou seja,
se o pcte durante o procedimento cirúrgico na
hora da incisão, por ex, tem algum efeito de
taquicardia, aumento da PA e sudorese, quer
dizer que o pcte não está no plano anestésico
adequado, ele está num plano mt superficial (tem
manifestação do SNA mas não movimenta ou
acorda devido ao efeito dos outros fármacos i.e.
Do curare e do hipnótico). A AG é um estado de
depressão do SNC quando não existe resposta
autonômica (ele vai ta completamente inibido do
ponto de vista hemodinâmica, respiratória e
sensibilidade). Então o objetivo principal da
ANESTESIA é tirar a sensibilidade (i.e.
Interromper a via aferente). Como que nós
obtemos isso? Por depressão cortical e do SNC
para que não ocorra a interpretação (e tão pouco
os reflexos do SNA).
depressão do SNC no qual nao há atividade
autonômica.
Sedação → o paciente tem controle da
ventilação e do sistema autônomo (o pcte tem
controle das suas funções vitais i.e. Respirar,
etc). Na anestesia geral, ele perde a consciência
e o controle desses parâmetros, que deve ser
feito pelo anestesista.
Anestesia Dissociativa → é um tipo de AG em
que o agente que tira a consciência preserva o
SNA. Ex: ketamina → interfere na relação do
córtex que fica a cognição, a consciência e o
tronco/base do encéfalo onde ficam as atas
hipotalâmicas, do centro respiratório, do SNA. A
ketamina estimula o SNA (promove aumento da
FC, a força de contração, etc por estimulação do
SNA). Tem indicação bem precisa (cardiopatia de
baixo débito, tamponamento cardíaco, etc). Pq se
eu faço uma indução anestésica normal
(hipnótico + sedativo + anestésico) com um
depressor do SNA, na hora que eu fizer a
indução o pcte tem vasoplegia (pelo bloqueio do
SNA) i.e. Vai ter vasodilatação generalizada e
isso vai somar com a diminuição do débito já
existente (por causa do tamponamento cardíaco),
agravando o problema do pcte. Quando eu uso
ketamina eu aumento a força de contração, a FC,
o tônus simpático e, dessa forma, o pcte não vai
agravar o quadro. Ou seja a ketamina tira a
consciência mas aumenta o tônus do SNA.
Prof fala de outros tipos de AG, por ex, AG sem
relax muscular → são casos que precisamos
deixar o pcte dormindo profundamente (i.e. Com
depressão cortical para não ter sensibilidade mas
não usamos relaxante para não interferir na
transmissão de nervo periférico que exige
monitorização desse nervo). Ex: cirurgias de [c2] Comentário: Fala que esses
ouvido, da medula espinhal → não são utilizados nervos são monitorados por um
eletrofisiologista (que leva um
relaxantes musculares, para não interferir na equipamento para sala para conseguir
monitorização. fazer essa monitorizaçao). São
importante nas cirurgias de coluna, por
ex, para avaliar se nao teve uma lesao
É possível fazer AG sem um relaxante na medula (ex: cirurgia para correção
muscular? Sim! Alguns anestésicos inalatórios e de escoliose, por ex).
EV que são utilizados na AG de forma dose- [c1] Comentário: No entanto, mt
dependente pode promover um certo um grau mais fortes que a Morfina.
relaxamento muscular que inclusive permite a
ventilação mecânica sem que o pcte fique
reagindo isso pq o pcte vai estar entregue
completamente (i.e. Um nível de depressão
cortical tao profundo que ele nao vai competir
com o aparelho! Quando ele começa a competir
é pq o centro respiratório está tentando tomar o
controle da frequência ventilatória e etc).
É possível fazer AG sem um hipnótico? NÃO!
Não tem como o pcte fazer uma AG e ficar
acordado. Existem algumas técnicas recentes de
neuroanestesia em que fazemos procedimento
cirúrgico com o pcte acordado mas inibimos a
dor! Ou seja, usamos um analgésico potente e
esse analgésico tem uma dose bem titulada para
que ele não tenha repercussão ventilatória mas
que continue acordado. Então na anestesia para
alguns tumores intracranianas (em que a
ressecção cirúrgica pode comprometer alguma
área nobre… ex: área da fala, da cognição etc o
pcte fica acordado com a manipulação do
cérebro; ele deve ficar com o max de
relaxamento possível porem acordado). Ou seja
não tem como fazer anestesia GERAL sem
inconsciência.
Pcte com apneia do sono → posso ter dificuldade
intraoperatoria (para manter a respiraçao) + pós-
OP (como que eu levo o pcte pro quarto se o pcte
ainda tem resquício de anestésico no organismo?
Ele pode deprimir no quarto! Ou seja, as vezes
ele tem que ficar no pós-OP no CTI).
A anestesia geral começa com a
avaliação do paciente. Mesmo se o paciente já
vier com dados de uma avaliação ambulatorial
pré-anestésica (comum nas cirurgias eletivas),
não se dispensa a avaliação pelo
anestesiologista (confirmação da identificação do
paciente, reavaliação e coleta de eventuais novos
dados, checagem de informações).
Mesmo no pcte da urgência alguma
avaliação pré-anestésica é feita, por ex: ausculta
(ver se tem arritmia), monitorizar PA, corrigir
hipovolemia, escolher drogas mais seguras (ex: n
sei se o pcte é asmático.. dessa forma eu evito
relaxante muscular que liberam histamina). Da
mesma forma usar um agente indutor que não
tem interferência na PA. Nesse caso, geralmente
o pcte esta de estomago cheio (i.e. não está de
jejum!) dessa forma é feita a indução de
sequencia rápida (ISR) (utiliza-se drogas de
meia-vida mt rápida para fazer o relaxamento
rápido e passar o tubo rápido). Ex: chega um
pcte com obstrução intestinal e o pcte está
vomitando, o que que eu faço? Passo uma sonda
nasogástrica, desobstruo o estomago o máximo
que for possível e faço a ISR).
Etapas:
● Preparo pré-anestésico - MPA;
● Monitorização;
● Acesso venoso;
● Pré-oxigenação;
● Indução anestésica → hipnótico + opioide
+ relaxante muscular (EV) OU anestesia
inalatória (atualmente, usada em
pacientes pediátricos);
● Ventilação manual → intubação traqueal;
● Instalação da ventilação mecânica;
● Manutenção da anestesia → feita com
anestesia inalatória, venosa ou
balanceada;
● Recuperação anestésica → avaliar
necessidade de sedação pós-operatória.
Aparelhagem: vaporizador + fonte de
gases + ventilador (propulsão dos gases/ar para [c3] Comentário: Nesse pcte vc n
os pulmões) + filtro circular (com cal sodada para usa hipnótico nem BNM! Vc só usa o
analgésico (e esse ultimo tem que ser
absorver o CO2 liberado pelo paciente). Além mt bem titulado para que o pcte nao
disso, são utilizadas bombas de infusão, para tenha depressao repsiratória).
maior precisão na administração dos
medicamentos. A monitorização cardíaca é feita
pp nas derivações DII e V5 → dão a maior área
cardíaca.
Monitores: obrigatoriedade legal, não pode fazer
sem esses aparelhos de anestesia
Antigamente tudo era reaproveitável, nada era
descartável.
- Monitorização era mínima (
- Cardioscopio (poucos tinham)
Toda unidade assistencial atualmente tem de
ter equipamento de anestesia geral, pois não se
sabe se poderá ocorrer complicação. Paciente
numa sedação simples pode fazer
broncoespasmo severo e precisar de auxilio,
ressuscitação volêmica, reanimação, ventilação.
[c4] Comentário: Perguntar de
cirurgias prévias (perguntar qual foi o
Manutenção de hidratação (cateter fino) procedimento! Pq mtas vezes o pcte
acha que foi submetido a CG, mas nao
Jelco 22 (azul) - uso de rotina - fluxo de 35 ml/min foi), alergia a medicamentos, orientar
(x 1 hora) = 2.000ml - procedimento eletivo
sobre o jejum.
A falta de jejum na cirurgia eletiva
resolve bem (praticamente faz a maioria das contraindica o procedimento cirúrgico
cirúrgicas, não ser que precise correr volume (o risco nao compensa o benefício).
rápido 1.000ml em 10 minutos) - Em crianças usa
até o 24, pois tem de ter cuidado para não hiper-
hidratar. Jelco 18 (110ml/ml). Jelco 14 (seu uso é
para acesso central).
 hoje não se usa mais butterfly
Alguns procedimentos da neurocirurgia
(assentado ou quase assentado), a posição pode
criar uma pressão negativa no sítio cirúrgico e
fazer aspiração de ar nas veias, nível acima do
coração pode fazer embolia aérea - então,
nesses casos, instala um cateter venoso central,
pensando uma possível embolia para aspirar ar
do átrio. Cirurgias cardíacas ou de escoliose
(maior porte) ou situação hemodinâmica
(insuficiente):
 Monitorização não pode errar, porque
depois que começou a cirurgia é difícil
mudar(planejamento)
Pergunta: redução inalatória é só para dormir, na
hora que dormiu, aí faz as drogas  Inalatório
faz a manutenção.
Indução: Medidas de gasometria, lactato,
eritrogramas sequenciais (procedimentos
maiores, quando pode perder volume - deixa uma
PIA para medir pressão, bem como permitir
análise da gasometria).
(Explicou sobre método antigo de monitorização
de PIA antigo)
Sangue: encher de sangue (bolha de ar entre
relógio e sangue). Equipamento é todo
descartável atualmente.
Hipnótico, opioide, relaxante muscular ou fazer
inalatória na criança (indução)
Aparelho de anestesia moderno (cada um dos
equipamentos, tem de ter 4 componentes):
1) Vaporizador (transformar líquido em
vapor)
2) Fluxo de gases (regular quantidade de
oxigênio, ar comprimido)
3) Ventilador (propulsor para empurrar
gases e ar ao pulmão do paciente)
4) Filtro circular (gases e ar vão ser
misturados e levados na inspiração e
trazidos na expiração - há um filtro para
gás carbônico (calister, recipiente, com
pedrinhas brancas) que reabsorve o CO2.
Antigamente o sistema era aberto, porque
os gases vazavam para o ambiente, não
recirculavam como hoje em dia
recirculam.
Atenção para mudança na mesa durante a
cirurgia para que os parâmetros não se
atrapalhem.
Carrinho de medicamentos
padrão (para permitir uma busca rápida):
1ª gaveta - drogas de reanimação
2 ª gaveta - seringas, agulhas, gelcos,
3 ª sondas, drenos,
ultima (maior): frascos soro
Anestésicos inalatórios, equipamentos de
monitorização, instrumentos (laringo, guedel,
seringa, traqueo extensor, micropore, garrote,
tubo p escolher qual).
→ Tudo tem de estar conferido, bem certinho e
cuidados com ampolas parecidas (as vezes não
da para ler, tem de colocar óculos para ler - tem
de ser olhado com seriedade e cuidado).
Exemplificou: monitorização de nervos
Escoliose: se um dos fios solta, monitorização
pode ser inadequada.

 Sem aparelho de anestesia e sem

monitores (monitor de ventilação,
cardioscopio, oximetro de pulso,
capnografia, pressão arterial não invasiva
automático) não pode fazer anestesia.
 Não pode fazer anestesia venosa se
não tiver o aparelho de anestesia.
 Por vezes está fazendo uma técnica e
pode ser necessário converter a outra
(venosa e precisa converter a inalatória).
 Cada um dos registros tem a sua
importância.

D2 e V5 (maior área do coração, de cima

para baixo, da direta para esquerda)
- parede anterior toda e lateral
D2 (em cima)
V5(lateral)
 monitorização inadequada, resultará
em uma leitura equivocada para
anestesia;
 há que se ter senso crítico: posição de
eletrodos, cabos.

Pulso fino (baixo débito ou hipotermia):
onda de pulso é um parâmetro importante,
bem como o número de concentração de
oxigênio - não basta ter 100% de oxigênio,
se a onda estiver fina.