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Lei de Boyle

26 de setembro de 2022

Relatório de prática experimental realizada em 22/08/2022


FIS337, Fı́sica Experimental II
Departamento de Fı́sica, DEFIS/ICEB/UFOP

Discentes:
Nome; Matrı́cula:
Bernardo Nolasco; 20.1.4054
Brenner Misson; 20.1.4178
Márcio ;
Ricardo Machado; 20.1.4026
Wilcker Oliveira; 20.1.4024

1 Introdução
Em 1662, o pesquisador experimentalista anglo-irlandês Robert Boyle (1627–1691), publicou o
livro ”A mola do ar”contendo uma nova lei relativa à elasticidade do ar, essa relação de volume e
pressão que fora descoberta ficou conhecida como lei de Boyle, e segue a seguinte definição:
A temperatura constante, o volume de uma dada quantidade de gás varia inversamente com a
pressão.
Logo, temos que:
V = k/P
Ou ainda:

VP =k (1)
Sobre o ar aprisionado no tubo atuam a pressão atmosférica e a pressão exercida pela coluna
de mercúrio. Podemos, assim, expressar a pressão total sobre o gás aprisionado como:

P = ρgL + p0 (2)

Podemos também expressar o volume do gás como:

V = Ah (3)

Sendo L o comprimento da coluna de mercúrio, g a aceleração da gravidade local (aproxima-


damente 9,8 m/s2 ), h comprimento da coluna de ar, A a área da seção transversal do tubo, ρ a
densidade do mercúrio (aproximadamente 13600 kg/m3 ), p0 a pressão atmosférica local.

2 Objetivo
Verificar a lei de Boyle e aplicá-la na determinação da pressão atmosférica local.

3 Materiais e Métodos
3.1 Materiais
• Tubo capilar contendo ar confinado por uma coluna de mercúrio;
• Vidro contendo mercúrio;
• Régua milimetrada;

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3.2 Procedimento experimental

Figura 1: Montagem do experimento.

1. Para o tubo na posição vertical, meça os valores de h, L, o diâmetro interno do tubo D.


2. Adicione mercúrio no tubo em intervalos de aproximadamente 3 cm . Registre os novos
valores de h e L na tabela.
Cuidado: não faça movimentos bruscos e nem deixe o tubo virar de cabeça para
baixo.
3. Com base nos valores obtidos, desenhe um gráfico representando a função

ρgL = K(Ah)−1 − p0

e obtenha o valor de p0 .

4 Medições experimentais e análises


A partir das medições realizadas foram montadas as seguintes tabelas:

Experimento Altura do menisco Altura da coluna de ar Altura da coluna de mercúrio


n hn ± 0, 1[cm] h0 ± 0, 1[cm] Ln ± 0, 1[cm]
1 18,0 28,4 20,6
2 18,2 28,4 22,6
3 18,4 28,4 23,6
4 18,5 28,4 25,4
5 19,3 28,4 31,3
6 19,5 28,4 33,4
7 19,7 28,4 35,5
8 19,9 28,4 37,1
9 20,2 28,4 39,6
10 20,6 28,4 47,4

Tabela 1: Tabela de medições do experimento para tentativa de determinação do desnı́vel das


colunas.

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Medições Desnı́vel da coluna de ar Desnı́vel da coluna de mercúrio
n h ± 0, 2[cm] L ± 0, 2[cm]
1 10,4 2,6
2 10,2 4,4
3 10,0 5,2
4 9,9 6,9
5 9,1 12,0
6 8,9 13,9
7 8,7 15,8
8 8,5 17,2
9 8,2 19,4
10 7,8 26,8

Tabela 2: Tabela de desnı́veis de ar (h = hn − h0 ) e mercúrio (L = Ln − h0 ) feita a partir da


Tabela 1

Agregando as equações (1), (2) e (3) temos que:

(ρgL + p0 )Ah = k

Rearranjando os termos afim de facilitar a linearização na plotagem do gráfico temos que:


k 1
ρgL = − p0 (4)
Ah
onde, para uma linearização de primeiro grau, de forma

Y = AX + B
k 1
Onde definimos Y ≡ ρgL, A ≡ A, X ≡ h e B ≡ −p0 Logo a plotagem do gráfico com os dados
obtidos e a linearização ficam

A = (9.340, 61172318126 ± 347, 487571938384)N m


B = (−86.211, 9182184819 ± 3.840, 04529406715)P a
R2 = 0, 997178149148629

Da definição anterior na equação (4), tiramos que o valor da pressão atmosférica local é dado
por
p0 = −B
Portanto:
p0 = (86, 2 ± 3, 8) × 103 P a

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5 Resultados e Conclusão
A partir do experimento pudemos mensurar a pressão atmosférica como (86, 2 ± 3, 8) × 103 Pa, ou,
aproximadamente, (6, 47 ± 0, 29) × 102 mmHg. Podemos concluir que a realização do experimento
foi satisfatória, uma vez que a linearização foi efetiva (observado pelo resultado de R2 próximo
de 1), além do que a pressão atmosférica aferida no barômetro no dia do experimento era de
655 mmHg (aproximadamente 87326, 2Pa), um valor na faixa da incerteza da pressão atmosférica
encontrada durante o experimento.
Dentre as possı́veis fontes de erro podemos citar o desalinhamento recorrente do tubo em U
durante o experimento (especialmente quando era ministrado o mercúrio), a dificuldade em reduzir
a paralaxe para as diferentes medidas e estimar o ponto máximo do menisco.

6 Referências
• Fı́sica Térmica (Roteiros de experimentos)
• Fı́sica - Vol. 2, 5ª edição - David Halliday; Robert Resnick; Jearl Walker
• Curso de fı́sica básica 2, 5ª Edição- Herch Moysés Nussenzveig

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