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Introdução a Farmacologia

Prof. Dr. Eduardo Afonso da Silva Junior

Barra do Garças
2021
ü Graduação em Farmácia pela UFMT

Orientadora:
Dr. Eliane Augusto Ndiaye

ü Mestrado e doutorado na FCFRP – USP

Orientadora:
Dr. Mônica Tallarico Pupo

ü Doutorado sanduíche na Harvard Medical School

Orientador:
Dr. Jon Clardy
ü Dois pós-doutorados na FCFRP – USP

Dr. Norberto Peporine Lopes

Presidente da Sociedade Brasileira de Química

ü Programa de aperfeiçoamento didá<co na FCFRP-USP,


onde auxiliou na disciplina de Química Orgânica
Nota bimestral:
• Prova bimestral: 0,0 – 7,0

• Prova integrada: 0,0 – 2,0

• A9vidades avalia9vas: 0,0 – 1,0


ü Par9cipação e comportamento: 0,0 – 0,5
üTrabalhos: 0,0 – 0,5
Importância
O conhecimento da farmacologia auxilia a obter melhores resultados
nos tratamentos e na recuperação dos pacientes.

Fármacos

5
qFarmacologia

üA farmacologia (do Grego, pharmakos, droga, e logos,


estudo) é a ciência que estuda os fármacos e como eles
interagem com os sistemas biológicos, como os nossos
corpos.

6
qFármacos

üOs fármacos são utilizados em anormalidades (ex:


patologias) físicas ou mentais para produzir um efeito
fisiológico próximo ao normal do corpo humano.

7
qFármacos
üA meta da terapêutica é conseguir o efeito benéfico,
com a dose adequada (menor possível) e com efeitos
adversos mínimos.
üQuando selecionado um medicamento, o profissional
habilitado deve determinar a dose que mais se aproxima
dessa meta.

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O que é um fármaco?

9
üFármaco - é o princípio ativo do medicamento.

Fármaco

Dipirona

10
PORTARIA Nº 3.916, DE 30 DE OUTUBRO DE 1998 – MINISTÉRIO DA SAÚDE
O que é um medicamento?

11
üMedicamento - produto farmacêutico com finalidade
profilática, curativa, paliativa ou para fins de
diagnóstico.

Medicamento Fármaco

Dipirona

12
PORTARIA Nº 3.916, DE 30 DE OUTUBRO DE 1998 – MINISTÉRIO DA SAÚDE
Fármacos
São as substâncias responsáveis
pelos efeitos farmacológicos

Medicamentos
13
ü Outros exemplos de Medicamentos e Fármacos:

Medicamentos Fármacos

Ácido ascórbico

Ácido acetilsalicílico
e Cafeína

Butilbrometo de Escopolamina
e Dipirona
14
ü Outros exemplos de Medicamentos e Fármacos:

Medicamentos Fármacos

Ácido ascórbico

15
ü Outros exemplos de Medicamentos e Fármacos:

Medicamentos Fármacos

Dipirona

16
ü Outros exemplos de Medicamentos e Fármacos:

Medicamentos Fármacos

Dipirona

Ibuprofeno

Ibuprofeno

17
ü Outros exemplos de Medicamentos e Fármacos:

Medicamentos Fármacos

Ibuprofeno

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qOs fármacos podem ser:

§ Vitaminas

§ Substâncias sintéticas Dipirona

§ Substâncias naturais – hormônios, metabolitos de


plantas

Taxus brevifolia
Taxol

19
qTarja dos medicamentos

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qTarja dos medicamentos

üTarja preta

Representa os medicamentos que exercem ação sedativa ou que ativam o sistema


nervoso central e que, portanto, também fazem parte dos chamados psicotrópicos.
Por isso, a tarja preta vem com a inscrição “venda sob prescrição médica – o abuso
deste medicamento pode causar dependência”.
21
h"ps://guiadafarmacia.com.br/qual-significado-tarjas-medicamentos/
qTarja dos medicamentos

üTarja vermelha

Esses medicamentos têm contraindicações e


podem provocar efeitos colaterais graves e/ou
podem causar resistência microbiana (antibióticos).
Nesse sentido, na tarja vermelha está impressa a
mensagem “venda sob prescrição médica”.

Os antibióticos só podem ser vendidos com


retenção de receita.
22
h"ps://guiadafarmacia.com.br/qual-significado-tarjas-medicamentos/
qTarja dos medicamentos

üTarja amarela

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qTarja dos medicamentos

üSem tarja

Os não tarjados ou Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) apresentam


poucos efeitos colaterais ou contra-indicações, desde que usados corretamente
e sem abusos, por isso podem ser dispensados sem a prescrição médica.
24
25
Quando um medicamento inovador é registrado no País,
chamamos esse medicamento de “referência”.

A eficácia, segurança e qualidade desses medicamentos


são comprovados cien9ficamente, no momento do
registro junto à Anvisa

hGp://portal.anvisa.gov.br 26
O medicamento genérico é aquele que contém o mesmo
fármaco (princípio a9vo), na mesma dose e forma
farmacêu9ca, é administrado pela mesma via e com a
mesma indicação terapêu9ca do medicamento de
referência no país.

O genérico é intercambiável com o medicamento de


referência.

hGp://portal.anvisa.gov.br 27
Medicamentos similares
De acordo com a definição legal, medicamento similar é
aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios
a9vos, apresenta mesma concentração, forma
farmacêu9ca, via de administração, posologia e indicação
terapêu9ca, mas pode diferir em caracterís9cas rela9vas
ao tamanho e forma do produto, prazo de validade,
embalagem, rotulagem, excipientes e veículo, devendo
sempre ser iden9ficado por nome comercial ou marca.

Os medicamentos genéricos e similares podem ser


considerados “cópias” do medicamento de referência.

hGp://portal.anvisa.gov.br 28
Os Fármacos devem ser utilizados corretamente!

Na Idade Média Paracelsus (1493-1541) relatou que:


“toda substância tem potencial tóxico, o que diferencia um
medicamento de um veneno é a dose”
29
h"ps://www.infoescola.com/ciencias/farmacologia/
qFármacos

üEsperamos um efeito benigno quando utilizados de


forma correta.

üPodem provocar efeitos prejudiciais quando utilizados


de forma incorreta.

30
qA natureza física dos fármacos

üOs fármacos podem ser sólidos em temperatura


ambiente (p. ex., ácido acetilsalicílico, atropina),
líquidos (p. ex., nicotina, etanol) ou gasosos (p. ex.,
óxido nitroso).

üEsses fatores geralmente determinam a melhor via de


administração.

31
qVias de administração de fármacos

32
qAs interações entre um fármaco e o corpo são
divididas em duas fases:

1 - Farmacocinética

2 - Farmacodinâmica

33
34
qFarmacocinética

üA farmacocinética estuda o que o organismo faz com o


fármaco e está dividida em: absorção, distribuição,
metabolismo (ou biotransformação) e eliminação.

35
qFarmacocinética

üA farmacocinética estuda o que o organismo faz com o


fármaco e está dividida em: absorção, distribuição,
metabolismo (ou biotransformação) e eliminação.

ADME

36
qOs fármacos percorrem um “caminho” em
nosso corpo

37
qOs fármacos percorrem um “caminho” em
nosso corpo

Farmacocinética è ADME

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qFarmacocinética

üA farmacocinética estuda o que o organismo faz com o


fármaco e está dividida em: absorção, distribuição,
metabolismo e eliminação (ou excreção)

ADME

39
Farmacocinética è ADME

1- Um fármaco, com frequência, é


administrado em uma localização distante
de seu sí<o de ação pretendido (p. ex.,
uma pílula ingerida por via oral para aliviar
uma dor de cabeça).

2 - Portanto, um medicamento ú<l deve ter


as propriedades necessárias para ser
transportado de seu sí<o de administração
para o sí<o de ação.

3 - Finalmente, um fármaco prá<co deve


ser ina<vado ou excretado do corpo em
uma velocidade razoável, de modo que
suas ações tenham a duração apropriada.

40
qFases da farmacocinética:

41
qFases da farmacocinética:

42
qFases da farmacocinética

üAbsorção: envolve a entrada do fármaco desde o local


de administração até a corrente sanguínea.
üDistribuição: caminho que o fármaco percorre no
corpo. Que envolve a circulação sanguínea, os líquidos
intersticial e intracelular.
üMetabolização (ou Biotransformação): modificação
química nos fármacos para inativar e/ou facilitar a
eliminação, formandos os metabólitos.
üEliminação: o fármaco e seus metabólitos são
eliminados do organismo, principalmente pela urina.

43
Absorção - é a transferência de um fármaco do seu local
de administração para a corrente sanguínea.

44
Absorção

üA velocidade e a eficiência da absorção dependem do


ambiente onde o fármaco é absorvido, das suas
características químicas e da via de administração (o
que influencia sua biodisponibilidade).

45
Absorção

üExcetuando a via IV, as demais podem resultar em


absorção parcial e menor biodisponibilidade.

46
47
48
qOs fármacos administrados pela via oral são
absorvidos pelo trato gastrintestinal,
principalmente no intestino delgado

49
qMecanismos de absorção de fármacos a partir
do TGI
üDifusão passiva: o fármaco se move da região de
concentração alta para a de concentração baixa.

50
qMecanismos de absorção de fármacos a partir
do TGI
üDifusão facilitada: Outros fármacos podem entrar na
célula por meio de proteínas transportadoras
transmembrana especializadas em facilitar a passagem
de moléculas grandes. Ele não requer energia

51
qMecanismos de absorção de fármacos a partir
do TGI
vTransporte ativo:
üEnvolve transportadores proteicos específicos que
atravessam a membrana.
üO transporte ativo dependente de energia é movido pela
hidrólise de trifosfato de adenosina.

üEle é capaz de mover fármacos contra um gradiente de


concentração – ou seja, de uma região com baixa
concentração de fármaco para outra com concentração
mais elevada.

52
qMecanismos de absorção de fármacos a partir
do TGI
vTransporte ativo:

53
qMecanismos de absorção de fármacos a partir
do TGI
üEndocitose: Envolve o englobamento de moléculas do
fármaco pela membrana e seu transporte para o interior
da célula pela compressão da vesícula cheia de fármaco.

54
qFatores que influenciam a absorção

ØpH - Um fármaco atravessa a membrana mais


facilmente se estiver não ionizado

55
qFatores que influenciam a absorção

ØFluxo de sangue no local de absorção: Os intestinos


recebem um fluxo de sangue muito maior do que o
estômago, de modo que a absorção no intestino é
favorecida ante a do estômago.

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qFatores que influenciam a absorção

ØÁrea ou superfície disponível para absorção: Com


uma superfície rica em bordas em escova contendo
microvilosidades, o intestino tem uma superfície cerca
de 1.000 vezes maior que a do estômago; por isso, a
absorção de fármacos pelo intestino é mais eficiente.

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58
qFatores que influenciam a absorção

ØTempo de contato com a superfície de absorção: Se


um fármaco se desloca muito rapidamente ao longo do
TGI, como pode ocorrer em uma diarreia intensa, ele
não é bem absorvido

59
qBiodisponibilidade

üBiodisponibilidade representa a taxa e a extensão com


que um fármaco administrado alcança a circulação
sistêmica.

üPor exemplo, se 100 mg de um fármaco são


administrados por via oral, e 70 mg desse fármaco são
absorvidos inalteradamente, a sua biodisponibilidade é
de 0,7, ou 70%.

60
qBiodisponibilidade

61
62
qBiodisponibilidade

üA biodisponibilidade é definida como a fração do


fármaco inalterado que alcança a circulação sistêmica
logo depois da administração por qualquer via

üNo caso de um fármaco administrado por via oral, a


biodisponibilidade pode ser menor que 100% por duas
razões principais – extensão incompleta da absorção
através da parede intestinal e elimina- ção na primeira
passagem pelo fígado (ver adiante).

63
qDose de manutenção

üNa maioria das situações clínicas, os fármacos são


administrados de maneira a manter um estado de
equilíbrio do fármaco no corpo, ou seja, em cada dose,
só se dá fármaco suficiente para repor o eliminado
desde a dose precedente.

64
h"ps://greek.doctor/pharmacology-1/13-pharmacokine?cs-zero-and-first-order-elimina?on-volume-of-
65
distribu?on-clearance-elimina?on-half-life-oral-bioavailability-loading-dose-maintenance-dose/
h"ps://greek.doctor/pharmacology-1/13-pharmacokine?cs-zero-and-first-order-elimina?on-volume-of-
distribu?on-clearance-elimina?on-half-life-oral-bioavailability-loading-dose-maintenance-dose/
66
h"ps://greek.doctor/pharmacology-1/13-pharmacokine?cs-zero-and-first-order-elimina?on-volume-of-
distribu?on-clearance-elimina?on-half-life-oral-bioavailability-loading-dose-maintenance-dose/
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68
qDose de ataque

üQuando o tempo para se alcançar um estado de


equilíbrio é apreciável, como no caso de fármacos com
meias-vidas longas, talvez seja desejável administrar
uma dose de ataque que eleve de imediato a
concentração do fármaco no plasma para a
concentração-alvo.

69
qDose de ataque

Dose de ataque

Doses de manutenção

70
qBiotransformação de primeira passagem

üA biotransformação de primeira passagem pelo


intestino ou fígado limita a biodisponibilidade e eficácia
de vários fármacos quando usados por via oral.

üOcorre quando o fármaco é rapidamente


biotransformado no fígado ou na parede intestinal
durante antes de ser distribuído na circulação sistêmica

71
qBiotransformação de primeira passagem
üQuando um fármaco é absorvido a partir do TGI,
primeiro ele entra na circulação portal antes de entrar na
circulação sistêmica
üOcorre quando o fármaco é rapidamente
biotransformado no fígado ou na parede intestinal
durante antes de ser distribuído na circulação sistêmica

72
qMeia-vida

üMeia-vida (t) é o tempo necessário para que a


quantidade do fármaco no corpo se reduza à metade

73
qFases da farmacocinética

üAbsorção: envolve a entrada do fármaco desde o local


de administração até a corrente sanguínea.
üDistribuição: caminho que o fármaco percorre no
corpo. Que envolve a circulação sanguínea, os líquidos
intersticial e intracelular.
üMetabolização (ou Biotransformação): modificação
química nos fármacos para inativar e/ou facilitar a
eliminação, formandos os metabólitos.
üEliminação: o fármaco e seus metabólitos são
eliminados do organismo, principalmente pela urina.

74
qDistribuição

üCaminho que o fármaco percorre no corpo. Que envolve a


circulação sanguínea, os líquidos intersticial e intracelular.

75
qDistribuição
üDepende do débito cardíaco e do fluxo sanguíneo regional,
da permeabilidade capilar, do volume do tecido, do grau de
ligação do fármaco às proteínas plasmáticas e tissulares e
da lipofilicidade relativa do fármaco.

76
qDistribuição
üOs fármacos lipofílicos se movem mais facilmente
através das membranas biológicas. Esses fármacos se
dissolvem nas membranas lipídicas e permeiam toda a
superXcie celular.

77
qDistribuição
üOs fármacos hidrofílicos não penetram facilmente nas
membranas celulares e devem passar através de junções
com fendas, transporte ativo ou difusão facilitada.

78
qDistribuição
üOs fármacos hidrofílicos não penetram facilmente nas
membranas celulares e devem passar através de junções
com fendas, transporte ativo ou difusão facilitada.

79
qBarreira hematoencefálica

üEstrutura especializada em proteger o SNC de


substâncias e bactérias presentes no sangue

80
qBarreira hematoencefálica

81
qBarreira hematoencefálica

É formada por uma elevada densidade de células


endoteliais que restringe muito a passagem de substâncias
a partir da corrente sanguínea

82
qNão são todos os fármacos que penetram na
barreira hematoencefálica

qDesafio para tratar doenças no SNC!

83
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86
87
Para entrar no cérebro, o fármaco precisa passar através das células
endoteliais dos capilares do SNC ou ser transportado ativamente.

Fármacos lipossolúveis entram facilmente no SNC, pois se dissolvem na


membrana das células endoteliais.

Fármacos ionizados ou polares em geral fracassam tentando entrar no SNC,


pois não conseguem passar através das células endoteliais, as quais não
apresentam junção com frestas

88
Nas últimas aulas vimos que...
Após a administração, os fármacos percorrem
um “caminho” em nosso corpo

89
Nas últimas aulas vimos que...
Após a administração, os fármacos percorrem
um “caminho” em nosso corpo

Farmacocinética
ADME
Fármaco Absorção

Metabolismo
Distribuição

Figura adaptada de:


90
Excreção
qFarmacocinética
üA farmacocinética estuda o que o organismo faz com o
fármaco e está dividida em: absorção, distribuição,
metabolismo e eliminação (ou excreção)

Farmacocinética
ADME

Figura adaptada de:

91
qFases da farmacocinética

üAbsorção: envolve a entrada do fármaco desde o local


de administração até a corrente sanguínea.
üDistribuição: caminho que o fármaco percorre no
corpo. Que envolve a circulação sanguínea, os líquidos
intersticial e intracelular.
üMetabolização (ou Biotransformação): modificação
química nos fármacos para inativar e/ou facilitar a
eliminação, formandos os metabólitos.
üEliminação: o fármaco e seus metabólitos são
eliminados do organismo, principalmente pela urina.

92
qMetabolismo

üMetabolização (ou Biotransformação): modificação


química nos fármacos para inativar e/ou facilitar a
eliminação, formandos os metabólitos.

Metabólito inativo
Metabolismo Facilitar a
Fármaco
(biotransformação) eliminação

93
qMetabolismo

üReações químicas catalisadas por enzimas que podem


levar ao término ou à alteração da atividade.

üA biotransformação gera produtos com maior


polaridade, que facilita a eliminação.

94
qMetabolismo
üEm geral, fármacos lipofílicos são transformados em
produtos mais polares e, portanto, excretados mais
prontamente.

95
qMetabolismo

üOs rins não conseguem eliminar os fármacos lipofílicos


de modo eficiente, pois estes facilmente atravessam as
membranas celulares e são reabsorvidos nos túbulos
contorcidos distais.

96
qMetabolismo

üOs fármacos lipossolúveis são primeiramente


biotransformados no fígado em substâncias mais polares
(hidrofílicas), usando dois grupos gerais de reações,
denomina-dos fase I e fase II

97
qReações da biotransformação de fármacos:

Reações de Fase I e de Fase II

98
99
qReações de Fase I

ü Convertem fármacos lipofílicos em moléculas mais


polares, introduzindo ou desmascarando um grupo
funcional polar, como –OH ou –NH2.

üAs reações de fase I em geral envolvem redução,


oxidação ou hidrólise.

üA biotransformação de fase I pode aumentar ou


diminuir a atividade farmacológica, ou ainda não ter
efeito sobre ela.

100
qReações de Fase I

üAlém de inativar os fármacos, as reações de fase I


podem aumentar ou diminuir a atividade farmacológica,
ou ainda não ter efeito sobre ela.

üDessa forma, os metabólitos formados pelas reações de


fase I podem ser:
üInativos
üMais ativos que o fármaco
üMenos ativo que o fármaco
üAtividade diferente do fármaco de origem
101
qMetabolismo – Fase I
As reações são catalisadas pelo citocromo P450 (também
denominado oxidases microssomais de função mista).

O citocromo P450, designado como CYP, é uma


superfamília de isoenzimas contendo heme, que estão
presentes na maioria das células, mas principalmente no
fígado e no TGI.

102
qMetabolismo – Fase I
As reações são catalisadas pelas enzimas CYP450

Grupo Heme

Estrutura tridimensional da enzima Citocromo P450 CypC2 com o grupo heme C


complexado com o fármaco varfarina (anTcoagulante)
hGps://proteopedia.org/wiki/index.php/Cytochrome_P450
103
qReações de Fase II

üEsta fase consiste em reações de conjugação.

üVários metabólitos de fase I continuam muito


lipofílicos para serem excretados.

üUma reação subsequente de conjugação com um


substrato endógeno – como ácido glicurônico, ácido
sulfúrico, ácido acético ou aminoácido – produz um
composto polar em geral mais hidrossolúvel e
terapeuticamente inativo.

104
105
Uma exceçao
̃ notável é o metabolito glicuronídeo-6-morfina, que é mais potente do
que o fármaco morfina.
106
qBiotransformação de primeira passagem

üOcorre quando o fármaco é rapidamente


biotransformado no fígado ou na parede intestinal
durante antes de ser distribuído na circulação sistêmica

107
qBiotransformação de primeira passagem

üOcorre quando o fármaco é rapidamente


biotransformado no fígado ou na parede intestinal
durante antes de ser distribuído na circulação sistêmica

108
A biotransformação de primeira passagem pode
ocorrer com fármacos administrados por via oral.

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110
qBiotransformação de primeira passagem

111
qBiotransformação de primeira passagem

üOcorre quando o fármaco é rapidamente


biotransformado no fígado ou na parede intestinal antes
de ser distribuído na circulação sistêmica

112
qFases da farmacocinética

üAbsorção: envolve a entrada do fármaco desde o local


de administração até a corrente sanguínea.
üDistribuição: caminho que o fármaco percorre no
corpo. Que envolve a circulação sanguínea, os líquidos
intersticial e intracelular.
üMetabolização (ou Biotransformação): modificação
química nos fármacos para inativar e/ou facilitar a
eliminação, formandos os metabólitos.
üEliminação: o fármaco e seus metabólitos são
eliminados do organismo, principalmente pela urina.

113
qEliminação

ü O fármaco e seus metabólitos são eliminados do


organismo, principalmente pela urina.

114
qEliminação

ü Os fármacos devem ser suficientemente polares para


serem eliminados do organismo.

üA saída do fármaco do organismo ocorre por numerosas


vias, sendo a eliminação na urina por meio dos rins a
mais importante.

üPacientes com disfunção renal podem ser incapazes de


excretar os fármacos, ficando sujeitos ao risco de
acumulá-los e apresentar efeitos adversos.

115
Eliminação de fármacos pelos rins

116
qEliminação

ü A eliminação de fármacos pelos rins na urina envolve


os processos de filtração glomerular, secreção
tubular ativa e reabsorção tubular passiva

117
118
Referências

BRUNTON, L. L.; LAZO, S. J.; PARKER, K.L. Goodman e


Gilman. As bases Farmacológicas da terapêutica. 11 ed. São
Paulo: McGraw-hill, 2010.

Hilário et al., Jornal de Pediatria, v. 82, p. 206, 2006.

CRAIG, C.R.; STITZEL, R. E. Farmacologia moderna com


aplicação clínicas. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

ASPERHEIM, M.K. Farmacologia para enfermagem. 11º ed. Rio


de Janeiro: Elsevier, 2010.

RANG, H.P.; DALE, M.M. Farmacologia. 7º ed. Rio de Janeiro: Rio


de Janeiro, 2013.

119
Obrigado!

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