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Resumo
A proposta do presente Trabalho de Conclusão de Curso tem por objetivo apresentar uma
perspectiva sobre a abordagem e o acolhimento do direito à saúde nos textos constitucionais
brasileiros, observando o contexto histórico, social e contemporâneo do período em análise.
Diante desta proposta, será apresentada uma dissertação expositiva, baseada em artigos
acadêmicos interdisciplinares,
Abstract
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Graduando do Curso de Bacharel em Direito da UNIGRANRIO, orientado pelo Prof. Ivano Hermann Scheidt
de Menezes Reis
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Introdução
2
A garantia aos Socorros Públicos foi prevista pelo Artigo 179, XXXI da Constituição Política do Império do Brasil,
acesso em 03.05.2021, através do link - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao24.htm
3
Artigo Acadêmico “Os ‘Socorros Públicos’ no Império do Brasil (1822-1834)” de Simone Elias de Souza,
publicado pela UNESP, acesso em 12.05.2021, através do Link -
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/93420/souza_se_me_assis.pdf?s
tom paternalista dado pela sociedade escravista. A intimidade da medicina com a
assistência aos miseráveis, associando ao hospital seu sentido primitivo de
albergaria para os materialmente degradados, ou seja, sua função de hospital/asilo,
só será dissociada no início do Sec. XX, com a redefinição de seu perfil institucional
e especificação de suas atribuições terapêuticas” .
Ainda que o Estado não participasse de forma explícita na área da saúde pública,
mediante o direcionamento de políticas específicas, como ações de promoção, prevenção e
assistência à saúde – per exemplo, há de se observar a participação do Estado mediante a
imposição legal de uma garantia constitucional de “socorros públicos”, em referência às
atividades de assistência médica e de amparo social, realizadas pelas Santas Casas de
Misericórdia. Sendo possível observar que as Santas Casas de Misericórdia desempenhavam
funções públicas inerentes aos Estado, a partir da prestação de serviços de assistência médica
e de assistência social.
4
Artigo Acadêmico “Os ‘Socorros Públicos’ no Império do Brasil (1822-1834)” de Simone Elias de Souza, publicado
pela UNESP, acesso em 12.05.2021, através do Link -
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/93420/souza_se_me_assis.pdf?s
anualmente concessões de loterias para as Misericórdias de diferentes vilas e
cidades. Em todas as concessões vem anexo o plano de sua extração, constando o
número de bilhetes, o valor de cada prêmio, que poderiam ser constituídos por
dinheiro, bens imóveis, escravos, móveis e objetos de decoração, e em alguns casos
como deveriam ser aplicados. Com seu valor, a quantidade e o tempo de duração
variável, foram beneficiadas entre os anos de 1822 e 1834 as Santas Casas da Vila
de São João Del Rei, da Imperial cidade de Ouro Preto, de Porto Alegre, a de São
Cristóvão - capital da Província de Sergipe, e outra anteriormente concedida à da
Misericórdia da Corte é ampliada ”.
5
Art. 632 da Consolidação das leis das Alfandegas e Mesas de Rendas do Império, vigente no Ano de 1885 -
acesso em 03.05.2021, através do Link -
https://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/18661/colleccao_leis_1885_parte3.pdf?sequence=3
6
Decreto do Governo do Império do Brasil de Nº 3382 de 20 de Outubro de 1888 - acesso em 03.05.2021, através
do link https://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/18664/colleccao_leis_1888_parte1.pdf?sequence=1
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Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1891 - acesso em 12.05.2021, através do link -
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao91.htm
na obra acadêmica de Claudio Bertolli Filho, em seu livro “História da Saúde Pública no
Brasil” 8.
“ Durante a República Velha (1889-1930) o país foi governado pelas oligarquias dos
estados mais ricos, especialmente São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A
cafeicultura era o principal setor da economia, dando aos fazendeiros paulistas
grande poder de decisão na administração federal. Os lucros produzidos pelo café
foram parcialmente aplicados nas cidades. Isso favoreceu a industrialização, a
expansão das atividades comerciais e o aumento acelerado da população urbana,
engrossada pela chegada dos imigrantes desde o final do século XIX. De seu lado, a
República tratou de reformar as principais cidades e os grandes portos, buscando
modernizá-los e facilitar o fluxo de homens e mercadorias, necessários à desejada
‘ordem e progresso’. Nesse sentido, as oligarquias da República Velha buscaram
apoio na ciência da higiene para examinar detidamente o ambiente físico e social das
populações urbanas. Tratava-se, na verdade, de definir estratégias para melhorar as
condições sanitárias das áreas vitais para a economia nacional - as cidades e os
portos.”
8
“História da Saúde Pública no Brasil”, Claudio Bertolli Filho, editora Ática, página 16.
9
Artigo Acadêmico “A história do Constitucionalismo Brasileiro sob a ótica do Direito à Saúde: Frustrações e
Conquistas” de Janaína Machado Sturza e Claudine Rodembusch Rocha, publicado pelo portal Publica Direito,
acesso em 13.05.2021, através do Link - http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=67e103b0761e6068
Ainda que o direito à saúde não tenha sido mencionado na Constituição de 1891,
o governo da Primeira República foi marcado pelas campanhas sanitaristas que visavam o
combate às grandes epidemias de febre amarela, peste bubônica, varíola entre outras doenças.
Contudo, no campo da assistência médica individual, a maior parte da população continuava a
depender dos atendimentos médicos realizados pelas Santas Casas de Misericórdia. É o que
observa Francisco de Assis Acurcio, em seu Artigo “Evolução Histórica das Políticas de
Saúde no Brasil”10, publicado pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Assim
vejamos:
17
Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1934, acesso em 25.05.2021, através do Link -
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao34.htm
18
“História da Saúde Pública no Brasil”, Claudio Bertolli Filho, editora Ática, página 30.
Dentre as ações que promoveram a ampla reforma política e administrativa do
Estado na Era Vargas, destaca-se a disposição organizacional dos ministérios responsáveis
pelas ações voltadas à promoção e garantia da saúde pública. O Estado, através do Artigo 10
da Constituição de 1934, no conjunto de artigos do Título I que tratava da “Organização
Federal”, atribuiu competência concorrente à União e aos estados nos “cuidados de saúde e
de assistências públicas”, determinando o seguinte:
Art 157 - A União, os Estados e o Distrito Federal reservarão uma parte dos seus
patrimônios territoriais para a formação dos respectivos fundos de educação.
§ 2º - Parte dos mesmos fundos se aplicará em auxílios a alunos necessitados,
mediante fornecimento gratuito de material escolar, bolsas de estudo, assistência
alimentar, dentária e médica, e para vilegiaturas.
Diante desta nova organização institucional, estabeleceu-se uma dualidade de
gestão das ações governamentais voltadas para a área da saúde. Sendo, instituído no início da
década de 30, por meio do Decreto de Nº 19.402 de 14 de Novembro de 1930 19, o Ministério
da Educação e Saúde Pública. Coube, ao Ministério, gerir as ações preventivas de saúde
pública, com as atribuições de garantir as condições sanitárias básicas de saneamento e de
higienização e, verticalizar as ações governamentais para o combate das doenças endêmicas,
que ainda assolavam toda a população. Necessidades sociais indispensáveis para o avanço do
processo de industrialização, ao qual o país estava economicamente e estruturalmente
envolvido à época. É o que observa Gilberto Hochman, no Artigo Acadêmico “Reformas,
20,
instituições e políticas de saúde no Brasil (1930–1945)” publicado pela Universidade
Federal do Paraná – UFPR, em seu repositório de Artigos Acadêmicos.
“ Um campo desafiado por um quadro sanitário que, mesmo com avanços do poder
público e do conhecimento biomédico, continuava sendo dramático em 1930: a febre
amarela ainda ameaçava a capital e os portos litorâneos, a malária grassava pelo
interior do país, a hanseníase ganhava a atenção dos médicos e a tuberculose
continuava sendo o mais grave problema sanitário das cidades. (...) O marco mais
definitivo no processo de construção institucional da saúde pública enquanto política
estatal foi a gestão do Gustavo Capanema no Ministério da Educação e Saúde
Pública (1934-45), a mais longa permanência de um ministro nas pastas de educação
e saúde. Foi a reforma do Ministério que, proposta em 1935 e implementada por
Capanema a partir de janeiro de 1937, definiu rumos para a política de saúde
pública, reformulando e consolidando a estrutura administrativa e adequando-a aos
princípios básicos que haviam definido a política social do Estado Novo. Foi a partir
dessa reforma que o Ministério passou a se denominar Ministério da Educação e
Saúde (MES). A segunda grande reforma ocorreu em 1941 com a criação dos
Serviços Nacionais, que verticalizaram as campanhas de combate a doenças
específicas e às grandes endemias. Portanto, serão essas duas reformas
empreendidas por Capanema − uma mais geral da estrutura do MESP e outra mais
específica nas ações de saúde − que definirão e consolidarão a estrutura
administrativa e institucional da saúde pública, que permaneceu quase inalterada até
a criação do Ministério da Saúde em 1953, e de certo modo até o final dos anos 80” .
19
Decreto de Instituição do Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública, acesso em 27.05.2021,
através do Link - https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-19402-14-novembro-1930-
515729-publicacaooriginal-1-pe.html
20
Artigo Acadêmico ” Reformas, instituições e políticas de saúde no Brasil (1930–1945)”, de Gustavo
Hochman, publicado pela Universidade Federal do Paraná - UFPR, acesso em 27.05.2021, através do Link -
https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/2242/1874
A dualidade de gestão das ações governamentais voltadas para a área da saúde
também deve ser observada a partir das ações governamentais de saúde pública, exercidas
pelo Ministério do Trabalho Indústria e Comércio. Conforme expõe Claudio Bertolli Filho,
em seu livro “História da Saúde Pública no Brasil” 21. Assim vejamos:
21
“História da Saúde Pública no Brasil”, Claudio Bertolli Filho, editora Ática, página 34.
22
Decreto que instituiu o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, acesso em 27.05.2021, através do Link-
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-19433-26-novembro-1930-517354-
publicacaooriginal-1-pe.html
atuais” 23, publicado pela Universidade de São Paulo – USP, em seu repositório de Artigos
Acadêmicos. Assim vejamos:
23
Artigo Acadêmico ”Evolução Histórica das Políticas de Saúde no Brasil”, de Maria Rita Bertolozzi e Rosangela
Maria Greco publicado pela Universidade de São Paulo - USP, acesso em 26.05.2021, através do Link -
https://repositorio.usp.br/directbitstream/7560503b-3b91-472c-9302-420c1aa56780/BERTOLOZZI%2C%20M
%20R%20doc%2085.pdf
Regime Militar - Constituição de 1967
“ O primeiro efeito do golpe militar sobre o Ministério da Saúde foi a redução das
verbas destinadas à saúde pública. Aumentadas na primeira metade da década de 60,
tais verbas decresceram até o final da ditadura. Em nome da política de ‘segurança e
desenvolvimento' cresceu o orçamento dos ministérios militares, dos Transportes e
da Indústria e Comércio. O Ministério da Saúde, enquanto isso, teve de se restringir
24
Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 24 de Janeiro de 1967, acesso em 30.05.2021,
através do Link - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao67.htm
25
Artigo Acadêmico “A história do Constitucionalismo Brasileiro sob a ótica do Direito à Saúde: Frustrações e
Conquistas” de Janaína Machado Sturza e Claudine Rodembusch Rocha, publicado pelo portal Publica Direito,
acesso em 13.05.2021, através do Link - http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=67e103b0761e6068
26
“História da Saúde Pública no Brasil”, Claudio Bertolli Filho, editora Ática, páginas 51 e 52.
quase somente à elaboração de projetos e programas, delegando a outras pastas,
como as da Agricultura e da Educação, uma parte da execução das tarefas sanitárias.
Tal decisão não trouxe melhoria aos serviços de saúde. Apesar da pregação oficial
de que a saúde constituía um ‘fator de produtividade, de desenvolvimento e de
investimento econômico’ - parte valiosa, portanto, do patrimônio da nação -, o
Ministério da Saúde privilegiava a saúde como elemento individual e não como
fenômeno coletivo. E isso alterou profundamente sua linha de atuação. Uma parte do
pouco dinheiro destinado ao setor foi desviada para o pagamento dos serviços
prestados por hospitais particulares aos doentes pobres. O Ministério utilizou verbas
também em algumas campanhas de vacinação. Quase nada sobrava para investir nos
sistemas de distribuição de água tratada e de coleta de esgotos, elementos vitais para
a prevenção de muitas enfermidades. Embora o Ministério da Saúde retomasse o
compromisso de realizar programas de saúde e saneamento, conforme estabelecido
no II Plano Nacional de Desenvolvimento (TIPND), de 1975, isso não alterou
significativamente a situação de abandono em que se encontrava a saúde pública. O
resultado foi trágico, com o aumento de enfermidades como a dengue, a meningite e
a malária. E quando tais doenças se tornavam epidêmicas, as autoridades da ditadura
recorriam à censura impedindo que os meios de comunicação alertassem o povo
sobre a ameaça.”
27
Reedição da obra “Projeto Multiplica SUS: curso básico sobre o SUS: (Re)descobrindo o SUS que temos para
construirmos o SUS que queremos” organizado pelo Ministério da Saúde, acesso em 31.05.2021, através do Link
- http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0374_M.pdf
Previdência Social - INPS. Este fato, ocorrido em 1966, marca também a perda de
representatividade dos trabalhadores na gestão do sistema. (...) A criação do INPS
insere-se na perspectiva modernizadora da máquina estatal, aumenta o poder de
regulação do Estado sobre a sociedade e representa uma tentativa de desmobilização
das forças políticas estimuladas em períodos populistas anteriores. O rompimento
com a política populista não significou alteração em relação à política
assistencialista anterior, ao contrário, o Estado amplia a cobertura da previdência aos
trabalhadores domésticos e aos trabalhadores rurais, além de absorver as pressões
por uma efetiva cobertura daqueles trabalhadores já beneficiados pela Lei Orgânica
da Previdência Social. Excetuando os trabalhadores do mercado informal de
trabalho, todos os demais eram cobertos pela Previdência Social. Em relação à
assistência médica, observa-se um movimento ainda mais expressivo de ampliação
de cobertura. Os gastos com assistência médica, que continuaram a crescer neste
período, chegam a representar mais de 30% dos gastos totais do INPS em 76. A
ênfase é dada à atenção individual, assistencialista e especializada, em detrimento
das medidas de saúde pública, de caráter preventivo e de interesse coletivo. Exemplo
do descaso com as ações coletivas e de prevenção é a diminuição do orçamento do
Ministério da Saúde, que chega a representar menos de 1,0% dos recursos da União.
Acontece uma progressiva eliminação da gestão tripartite das instituições
previdenciárias, até sua extinção em 70. Ao mesmo tempo, a ‘contribuição do
Estado’ se restringia aos custos com a estrutura administrativa. A criação do INPS
propiciou a implementação de uma política de saúde que levou ao desenvolvimento
do complexo médico-industrial, em especial nas áreas de medicamentos e
equipamentos médicos. Ao mesmo tempo, e em nome da racionalidade
administrativa, o INPS dá prioridade a contratação de serviços de terceiros, em
detrimento de serviços próprios, decisão que acompanha a postura do governo
federal como um todo”.
28
Emenda Constitucional de Nº 26 de 27 de Novembro de 1985, acesso em 31.05.2021, através do Link -
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc_anterior1988/emc26-85.htm
29
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, acesso em 31.05.2021, através do Link -
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
30
Texto originalmente promulgado pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em 05 de
Setembro de 1988. Acesso em 02.06.2021, através do Link -
https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_05.10.1988/CON1988.asp
§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema
único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou
convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às
instituições privadas com fins lucrativos.
§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros
na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de
órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e
tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus
derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos
termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a
saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos,
hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de
saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento
básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor
nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e
utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho”.
O direito à saúde e todas as suas garantias previstas pelos artigos que compõem
toda a Seção II, do Capítulo II, do Título VIII, foram regulamentados pela Lei 8.080 de 19 de
Setembro de 199031. O texto legal foi destinado à regulamentação das ações e serviços de
31
Lei 8.080 de 19 de Setembro de 1990. Acesso em 02.06.2021, através do Link -
saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas
naturais ou jurídicas de direito Público ou privado, em todo o território nacional.
Estabelecendo, ainda, os objetivos, as atribuições e as competências do Sistema Único de
Saúde, os seus princípios e suas diretrizes e a sua forma de gestão administrativa e
orçamentária.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm
32
Lei 8.142 de 28 de Dezembro de 1990. Acesso em 02.06.2021, através do Link -
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8142.htm
33
Artigo Acadêmico: “História das Políticas de Saúde no Brasil - Uma pequena revisão” de Marcus Vinicius
Poligano, publicado pela Secretaria Estadual de Saúde do Mato Grosso. Acesso em 04.06.2021, através do Link
http://www.saude.mt.gov.br/ces/arquivo/2165/livros
EQUIDADE - é um princípio de justiça social que garante a igualdade da assistência
à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie .A rede de serviços
deve estar tenta às necessidades reais da população a ser atendida;
INTEGRALIDADE - significa considerar a pessoa como um todo, devendo as ações
de saúde procurar atender à todas as suas necessidades. Destes derivaram alguns
princípios organizativos: HIERARQUIZAÇÃO - Entendida como um conjunto
articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e
coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
referência e contra referência; PARTICIPAÇÃO POPULAR - ou seja a
democratização dos processos decisórios consolidado na participação dos usuários
dos serviços de saúde no chamados Conselhos Municipais de Saúde;
DESENCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA ADMINISTRATIVA - consolidada com a
municipalização das ações de saúde, tornando o município gestor administrativo e
financeiro do SUS;” .
35
Artigo “A implantação do sistema único de saúde”, produzido por Arthur Chioro e Alfredo Scaff, publicado
pela Escola de Saúde Pública do Paraná. Acesso em 03.06.2021, através do Link -
http://www.escoladesaude.pr.gov.br/arquivos/File/Material3_ChioroA.pdf
verdadeiramente comprometido em garantir o bem estar social através de suas políticas
públicas.
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Portal da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, acesso em 04.06.2021, através do Link -
http://www.ans.gov.br/aans/quem-somos/historico
de aposentadoria e pensão - Cassi, que é o mais antigo plano de saúde no Brasil
ainda em operação” .
37
Lei Federal 9.656 de 03 de Junho de 1998. Acesso em 04.06.2021, através do Link -
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9656.htm
38
Lei Federal 9.961 de 28 de Janeiro de 2000. Acesso em 04.06.2021, através do Link –
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9961.htm
equilíbrio econômico e funcional do mercado de saúde suplementar - promovendo uma gestão
racional e austera de recursos financeiros, tornando o mercado mais solvente. A agência
reguladora também estabelece possíveis condutas infrativas a serem evitadas pelas operadoras
de planos de saúde, aplicando penalidades nas hipóteses de descumprimento de cláusulas
contratuais e regulamentos internos do setor de saúde suplementar.
Conclusão