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O meu olhar azul como o céu

No poema "O meu olhar azul como o céu", de Alberto Caeiro, o sujeito poético descreve a
Natureza de forma objetiva, ou seja, apenas aquilo que os sentidos captam despedida do
pensamento.
Deste modo, o poema inicia-se com uma comparação, "O meu olhar azul como o céu", uma
vez que, entre o olhar do sujeito de enunciação e a Natureza não existem obstáculos,
nomeadamente o intelecto e o pensamento. Assim os seus olhos, ao serem da mesma cor que
o céu, representam a serenidade e tranquilidade da sua vidar por não pensar.
Na segunda estrofe, o "eu" lírico justifica o raciocínio anterior colocando a hipótese de se
interrogar sobre as coisas: “ Se eu interrogasse e me espantasse”. Desta suposição, concluí que
a intelectualização perturba a espontaneidade da natureza.
O sujeito poético recorre ao dos parêntese na última estrofe, visto que é um aparte que vêm
fortalecer uma ideia apresentada pelo "eu" lírico na estrofe anterior.
Nos dois últimos versos, o sujeito de enunciação reafirma a aceitação do mundo que o rodeia
sem questionar a sua existência, no entanto, a rejeição do pensamento é o resultado de uma
análise, ou seja, o pensamento está presente nele.
Concluindo, o sujeito poético defende que a Natureza não deve ser entendida, mas sim
contemplada, ou seja, apenas devemos amá-la por ela ser como é.

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