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ANEMIAS ↓ O2 na circulação → estimula os RINS a produzir ERITROPOETINA → ↑ EPO -hormônio produzido pelos rins em reposta a hipóxia

tecidual, esses hormônios estimula a MEDULA ÓSSEA a produzir ERITROCITOS ( hemácias), contanto que haja um suprimento
adequado de FEFRRO, AC. FOLICO e B12)... alem do mecanismo de defesa do organismo: ↑ DC e desvio para DIREITA da curva de
dissociação da oxiemoglobina causada pelo ↑ 2, 3- DPG ( difosfoglicerato) que ↓ a afinidade da Hb pelo O2, permitindo sua liberação
para os tecidos.

x VCM - volume corpuscular Médio ( tamanho da hemácia) : valores normais= 80 a 100


x HCM -hemoglobina corpuscular Médio ( cor da hemácia): valores normais: 28 a 32
x RDW - variação do tamanho das hemácias= ANISOCITOSE : valores normais 10 a 14%

1- ANEMIAS MICROCÍTICAS E HIPOCRÔMICAS

ANEMIA FEROPRIVA EPIDEMIO e ETIOLOGIA CLÍNICA LABORATÓRIO TRATAMENTO


De acordo com a OMS - principal causa de - glossite atrofica ( língua - fase inicial da doença: * FERRO ORAL
define ANEMIA como anemia no MUNDO- 10% despapilada- atrofia das Anemia normo-normo ( – sulfato ferroso: 300 mg
* Hb < 13 g/dl sexo ♂ da população mundial papilas linguais) VCM e HCM normais) de sulfato ferroso ( 60 mg
* Hb < 12 - sexo ♀ - + comum sexo ♀ ( - queilite Angular de ferro elementar) 3x ao
* Hb < 11 p/ gestantes menstruação e gravidez) - unhas quebradiças e ANEMIA FERROPRIVA: dia por 6-12 meses após
* Hb < 12 g/dl p/ crianças coiloniquia ( unha em * Hb < 9- 12 g/dl- anemia normalização do
> 6 anos ETIOLOGIA: forma de colher) * ↓ VCM < 70- microcitose hemograma ( restabelecer
* Hb < 11cg/dl p/ crianças 1- ↑ demanda de Fe - esplenomegalia de GRAVE! os estoques corporais ou
entre 6 meses e < 6 anos - perda sanguínea pequena monta * ↓ HCM < 28- hipocromia os valores de ferritina
- crescimento - esclera azul * ↑ RDW > 14%- ultrapassarem 50 ng/ml.)
* Anemia Ferropriva: ↓ do - gravidez - perversão do apetite ( anisocitose
estoque de Fe no - hemólise PICA) ( comer gelo- * ↓ RETICULÓCITOS < 2% ( - Criança: 3-5 mg/kg de
organismo. 2- Suprimento inadequado pagofagia; terra...) é uma anemia ferro elementar por dia,
O Fe é essencial na - dieta inadequada - SX. De Plummer-vinson hipoproliferativa, dividida em 3 tomadas,1 a
formação da hemoglobina - má – absorção ( cirurgia ou Paterson- Kelly ( caracterizada pela síntese 2 horas antes das
e transportar O2 no de bypass gástrico; Crohn; disfagia por membrana prejudicada de hemácias refeições e de preferência
sangue. acloridria e doença esofagiana- + comum em na medula óssea, porque associada a vitamina C ou
- valor normal de FERRO celíaca) mulheres idosas com a anemia ferropriva é um suco de laranja ou limão (
SÉRICO: 50 a 150 mcg/dl 3- Função anormal da anemia ferropriva na fase tipo de anemia carencial) ↑ a absorção), caso não
transferrina mais tardia) * FERRO  ↓ < 30 mcg/dl tolere se deve administrar

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- a principal fonte de Fe OBS: acloridria ou - anorexia, irritabilidade * FERRITINA  ↓ < 15-30 ( junto com as refeições
pra produzir Hb vem da hipocloridria ↓ a absorção - sx. Da perna inquieta nl de 40 a 200) (significa
destruição das hemácias de ferro. estoque de ferro baixo e a AVALIAÇÃO DA RESPOSTA
velhas ( senescentes) OBS: ferritina é o 1ª exame a se TERAPEUTICA:
pelos macrófagos do - PRINCIPAIS CAUSAS DE HEPCIDINA: molécula alterar na dieta pobre em - os reticulócitos
baço. ACORDO COM A IDADE: produzida pelo fígado e ferro) começam aumentar entre
- O Fe é armazenado ( * em ♂ ou ♀ > 50 anos: funciona com reguladora * ↓ saturação da 48-72 hrs e atinge seu pico
reserva de ferro) como sempre que tiver anemia da homeostase de ferro no transferrina 5-7 dias.
forma de FERRITINA ou ferropriva tem que organismo, tem 2 ações: ↓ * ↑ da capacidade total de - a hemoglobina aumenta
HEMOSIDERINA. investigar CANCER DE a absorção de Fe no ligação ao ferro -( TIBIC) > dentro de 4-30 dias e
CÓLON, fazer intestino e ↓ a liberação de 360 normaliza em 6 semanas.
- O Fe é absorvido no COLONOSCOPIA. ferro do sistema * ↑ protoporfirina - melhora dos sintomas na
intestino delgado e é + reticuloendotelial . As 1ª semana ( fadiga..)
facilmente absorvido na * crianças: CRESCIMENTO situações que estimula a - ESFREGAÇO DO SANGE
forma de FERRO FERROSO. ( ↑ a demanda de ferro). A síntese de Hepcidina e PERIFÉRICO: OBS: o exame de escolha
- a enzima ferro-redutase principal causa de anemia portanto ↓ a * HIPOCROMIA ( ↓ HCM) para avaliar a resposta
transforma ferro férrico ferropriva em crianças é disponibilidade do Fe, são: * MICROCITOSE ( ↓ VCM) PRECOCE ao tratamento é
em ferro ferroso. por INGESTÃO inflamação ( anemia de * ANISOCITOSE ( ↑ RDW) CONTAGEM DE
INADEQUADA DE FERRO. doença crônica) e * POIQUILOCITOSE ( RETICULÓCITOS.
- Molécula responsável sobrecarga de Fe. hemácias em forma de
por transportar o Fe no charuto, lápis ou alvo) * FERRO PARENTERAL
plasma= transferrina. Indicações:
QUANDO A REPOSIÇÃO - PADRÃO-OURO: - intolerância oral
ORAL NÃO SURTE EFEITO- aspirado da medula óssea - incapacidade de atender
OBS: o conteúdo de Ferro refratário ao tratamento = mostra a ausência de as necessidades de ferro
do leito humano é oral: ferro nos macrófagos e oral
absorvido de 2 a 3 vezes - anemia multifatorial eritroblastos. - hemodiálise
mais em comparação com - má adesão ao - sangramento GI
o leite de vaca. tratamento persistente
- sangramento crônico Calculo para reposição:
- não absorção de ferro ( Peso corporal (Kg) x 2,3 x
doença celíaca; infecção ( 15- hemoglobina sérica
por H.PYLORI e gastrite em g/dl) + 500
atrófica.)

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ANEMIA DE DÇA CRÔNICA EPIDEMIOLOGIA LABORATÓRIO TRATAMENTO
- ANEMIA INFLAMATÓRIA- - 2ª causa + COMUM de A  ≠  entre  anemia   - níveis moderados de Hb ( OBS: o MELHOR exame
Secundaria a ativação anemia. ferropriva e anemia de raro < 8 g/dl) para  ≠  anemia  ferropriva  
imune aguda ou crônica. - PRINCIPAL causa de doenças crônicas é que na - anemia NORMO- da anemia de doença
anemia em pacientes anemia ferropriva o Fe NORMO( em 80% dos crônica é FERRITINA.
ETIOLOGIA: HOSPITALIZADOS. sérico e a ferritina estão ↓ casos) VCM > 80 ou
- Artrite reumatoide e já na anemia crônica a levemente MICRO. TTO: se trata a doença de
- LES Ela é causada por distúrbio FERRITINA esta normal ou - FERRO NL ou ↓ base.
-Sarcoidose na homeostase do ferro, ↑, mas as capacidades de - FERRITINA ↑ou NL
- doença inflamatória caracterizada por estimulo ligação com o ferro e a - RDW NORMAL
intestinal à produção de HEPCIDINA, quantidade dos receptores - ↓ RETICULOCITOS (
- TBC / empiema/ que leva ao de transferrina estão ↓. anemia hipoproliferativa)
abscesso/ pneumonia “aprisionamento”  do  ferro   - TIBIC normal ou ↓ ( o
- endocardite infecciosa nos macrófagos do OBS: a liberação de que diferencia da anemia
- meningite sistema reticuloendotelial, citocinas inflamatórias ferropriva)
- HIV e como isso, ↑ os estoques estimula a produção de - Índice de SATURAÇÃO
.... qualquer doença de ferro ( FERRITINA ↑) e ↓ Hepcidina. DA TRANSFERRINA ↓
crônica!!! da disponibilidade de Fe ( - PCR ou VHS ↑
FERRO ↓)
CLINICA:
Evidencia clinica ou
laboratorial de inflamação.

TALASSEMIAS FISIOPATOLOGIA CLINICA LABORATÓRIO e TTO


Diminuição da síntese da 1- alfatalassemia (↓ da Betatalassemia: Betatalassemia:
GLOBINA. produção  de  cadeias  α) * TALASSEMIA MAJOR: - anemia HIPO-MICRO ( VCM < 72
- representam os defeitos 2- betatalassemia ( ↓ da - os sintomas se tornam evidentes a partir do 6 e CHCM < 32)
hereditários da produção  de  cadeias  β ou mês de vida. OBS: microcitose GRAVE!!!
hemoglobina + comum não produz nada) - anemia grave ( Hb entre 3,0 e 5,0) - FERRO NL ou ↑
- é a doença GENÉTICA + Tipos: - icterícia - FERRITINA NL ou ↑
comum do mundo. - TALASSEMIA MAJOR ( - ICC de ↑ debito - RDW ↓ ou NL ( obs: na anemia
- são + frequentes na anemia de Cooley) - deformidades ósseas por expansão da MO ( ferropriva o RDW esta ↑)
região do mediterrâneo, β  0  /β  0  ou  β  +/β  0 : não predomínio dos MAXILARES com ↑ da arcada - TIBC normal

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sudoeste da Ásia e África produz nada ou produz superior com separação do dentes- “fascie   - Saturação de transferrina
muito pouco. talassêmico”  ou  fascie  de  esquilo.) normal ou ↑
HEMOGLOBINA: - TALASSEMIA - litíase biliar pela hemólise crônica - ↑   BI; LDH
globina INTERMEDIA - hepatoesplenomegalia * ESFREGAÇO DO SANGUE
↕ β  +/  β  + : produz pouco - comprometimento do desenvolvimento, PERIFÉRICO:
globina↔HEME↔ globina - TALASSEMIA MINOR fertilidade e disfunção endócrina. - anisopoiquilocitose
↕ Β  0/  β  ou  β  +/β : produz - RX de crâneo  “HAIR-ON-END” - HEMÁCIAS em ALVO
Globina um pouco abaixo do * TALASSEMIA INTERMEDIA: - HIPOCROMIA ( ↓ HCM e CHCM)
* no adulto normal a normal. - geralmente se manifesta na adolescência. - PONTILHADO BASÓFILO
molécula de hemoglobina OBS:  β/β=  pessoa   - crescimento, desenvolvimento, fertilidade - RDW ↓
é formada por 4 cadeias NORMAL. preservado.
de globinas: FISIOPATOLOGIA: - clinica + branda * PADRÃO-OURO:
-97% de hemoglobina A - ↓ a quantidade de Hb A * TALASSEMIA MINOR: ELETROFORESE DE Hb→
ou A1( a hemoglobina em cada hemácia- que - assintomática ou anemia leve ( hipo- micro)- Níveis aumentados de Hb A2 e F
possui  2  cadeias  α  e  2  β.) leva a hemácia micro/ costuma exacerbar na gravidez. e níveis baixos ou ausentes de
- 2% de hemoglobina A2 ( hipo. - Hb entre 9- 11g/dl Hb A .
2  α  e  2  delta - hemácias com pouca * Alfatalassemia
- 1% hemoglobina F (  2  α  e   hemoglobina( ↓ da síntese * Alfatalassemia -Hidropsia fetal: eletroforese de
2  δ)- F de Fetal, é a de Hb) são hipocromicas - os sintomas da doença só se manifesta com 3 Hb com 80% de Hb BART e
principal Hb da vida Fetal. e microciticas. deleções ( doença da Hb H) ou 4 deleções ( ausência de Hb A
- fica sobrando muita hidropisia fetal) - doença da HbH: eletrofrese de
cadeia  α  leva  a  destruição   1- HIDROPISIA FETAL Hb com 5 a 40% de Hb H níveis de
dos precursores Já pode se manifestar na vida fetal ou pós-natal. HbF e HbA2 normais.
eritropoiéticos na medula A ausência  de  cadeia  α  é  incompatível  com  a  vida   TRATAMENTO:
óssea – eritropoiese extrauterina que evolui para óbito. Betatalassemia:
ineficaz→  ↑ da absorção Sem  nenhuma  cadeia  α,  as  cadeias  gama  (δ)    se   - hipertranfusão crônica-
intestinal de Fe e pode juntam,  formando  tetrâmero  δ4  ou  hemoglobina   objetivando o Ht 27 a 30%
causar hemocromatose de BART ( tem altíssima afinidade pelo O2, sendo - quelante de Ferro com
- hemólise crônica. incapaz de libera-la aos tecidos que leva a deferoxamina ( quando ferritina >
- ativação plaquetária- hipoxia tecidual severa, edema, ICC e morte. 1.000)
estado de 2- DOENÇA DA Hb H: - acido fólico
hipercoagulabilidade. Ausência de 3 genes permite o nascimento da - esplenectomia
criança sem maiores problemas, mas já com - transplante de MO- é o único
anemia hemolítica. tratamento curativo

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ANEMIA SIDEROBLÁSTICA ETIOLOGIA CLINICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
Anemia por ↓síntese da * HEREDITÁRIA: - sintomas de anemia e - anemia HIPO/MICRO - excluir problemas
porção HEME da Hb. - herança ligada ao X pelo acumulo de ferro ( - FERRO NL ou ↑ ( acumulo reversíveis
- herança autossômica hemocrormatose) de Fe) - suporte transfusional
OBS: o grupo HEME é dominante - pode haver hemácias - quelante de ferro com
formado por - congênita: SX. De normo ou macrociticas- deforaxamina ou com
Protoporfirina IX + íon PEARSON RDW ↑ deferasorox
Ferroso. - FERRITINA NL ou ↑ - suplemento de vitamina
- acumulo excessivo de * ADQUIRIDA - TIBC NL B6 ( piridoxina)
FERRO dentro das - mielodisplasia - saturação de
mitocôndrias dos - isoniazida, clorafenicol transferrina ↑
precursores eritroides. - alcoolismo
- deficiência de COBRE * PADRÃO-OURO:
- intoxicação por aspirado de medula
CHUMBO óssea: mostra os
sideroblastos em ANEL
Intoxicação por chumbo é perfazendo + de 15% dos
causa clássica de anemia eritroblastos.
sideroblastica. - hematoscopia (
esfregaço de sangue
periférico)= corpúsculos
de Pappenheimer

2- ANEMIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS= Se ÷ em anemias HIPOPROLIFERATIVAS e HIPERPROLIFERATIVAS:

HIPOPROLIFERATIVAS: a medula óssea NÃO esta produzindo eritrócitos de forma adequada.

contagem de RETICULÓCITOS reduzida ( < 40-50.000 ou < 2%)

x EX:- fase inicial da anemia ferropriva;


x anemia de doença crônica;
x anemia de doença Renal Crônica ( ↓ EPO)
H
x Anemia Aplásica
x Anemia das doenças Endócrinas ( Hipopituitarismo; hipotireoidismo; hipertireoidismo; doença de Addison; hipogonadismo; 5
hiperparatireoidismo; DM)
HIPERPROLIFERATIVAS: bom funcionamento da medula, mas esta havendo DESTRUIÇÃO aumentada de eritrócitos (hemólise); ou
ia hemorragia aguda que suplantam a capacidade de reação da medula.

Contagem de RETICULÓCITOS aumentada ( > 100.OOO ou > 2%)


x EX: anemia do Sangramento Agudo
x Anemias Hemolíticas: destruição prematura de hemácias na periferia.

ANEMIAS HEMOLÍTICAS

ALOGARITIMO DE INVESTIGAÇÃO DE ANEMIAS HEMOLÍTICAS

Clinica: anemia normo normo + Icterícia + esplenomegalia + litíase biliar + x RETICULOCITOSE > 100.000 ou > 2%
x ↑ BI
x ↑ LDH
x ↓ HAPTOGLOBINA

COOMBS DIRETO (+) COOMBS DIRETO ( - )

↓ ANEMIA HEMOLITICA NÃO AUTO-IMUNE


ANEMIA HEMOLITICA AUTO-IMUNE- AHAI ↓

CONGÊNITA:
ANTICORPOS QUENTES (IgG) ANTICORPOS FRIOS (IgM)
x Defeitos de Membrana: ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA
( IgG-75%) - intravascular x Defeitos Enzimáticos: -DEFICIÊNCIA de GLICOSE 6-FOSFATO
DESIDROGENASE ( G6PD)
- Extravascular -DEFICIÊNCIA de PIRUVATO-QUINASE (PK)
x Defeitos da Hemoglobina: ANEMIA FALCIFORME

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x ADQUIRIDAS: - HEMOGLOBINÚRIA PAROXÍSTICA NOTURNA
AHAI EPIDEMIOLOGIA ETIOLOGIA CLINICA e DIAGNOSTICO TRATAMENTO
É uma desordem de - a incidência ↑ com a * IDIOPATICA * CLINICA: sintomas 1- Tratamento de
origem idiopática ou idade > 50 anos e + no * SECUNDARIA relacionados a anemia, a ESCOLHA:
secundaria a doenças sexo ♀ Ac quentes: hemólise e a doença de GLICOCORTICOIDES (
autoimunes ou drogas, - AHAI é a causa + comum - Doença autoimunes ( base. predinisona)
que ocorre uma formação de anemia hemolítica LES; AR; RCU) - Cursa com
de anticorpos contra a adquirida, com exceção - Drogas: METILDOPA ( ESPLENOMEGALIA de 2- esplenectomia:
membrana das hemácias, dos países em que a principal); penicilina; GRANDE MONTA. somente para quem não
que leva sua destruição malária é endêmica. procainamida , quinidina. responde ao
pelo baço ou fígado. - carcinomas; linfomas... * DIAGNOSTICO: glicocorticoide.
- doenças - teste de COOMBS
FISIOPATOLOGIA: OBS: qual anti- linfoproliferativas DIRETO ( + )
* Ac quentes ( IgG): + hipertensivo que leva a - ↑ RETICULOCITOS
comum- 75% dos casos. As anemia hemolítica? Ac frios: - ↓ HAPTOGLOBINA
hemácias cobertas por Ac Alfametildopa. *doença crioaglutinina - ↑ LDH; BI OBS: SX. De ZIEVE: anemia
IgG são retiradas da - idiopática - pesquisa dos títulos hemolítica autolimitada (
circulação por macrófagos - secundaria: séricos de crioaglutinina com reticulocitose,
do baço, levando a Infecções MYCOPLASMA ( icterícia, hiperlipidemia e
hemólise pneumonia por esplenomegalia) que pode
EXTRAVASCULAR. Mycoplasma ocorrer em etilistas
* Ac frios (IgM): ocorre pneumoniae) crônicos, independente da
lise direta- hemólise presença de hipertensão
INTRAVASCULAR ou pela porta ou cirrose.
células de Kuppfer no
fígado.

ESFEROCITOSE FISIOPATOLOGIA CLINICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


HEREDITÁRIA
Ou MICROESFEROCITOSE Defeitos no citoesqueleto Anemia congênita + - Historia familiar ( + ) TTO de ESCOLHA:
HEREDITÁRIA da membrana da historia familiar (+) + - COOMBS ( - ) - ESPLENECTOMIA:
É um tipo de anemia hemácia. A hemólise reticulocitose + icterícia ( ↑ - ESFREGAÇO DO SANGUE sempre fazer!!!!
hemolítica NÃO ocorre no baço por FALHA BI) hiperbilirrubinemia PERIFÉRICO: PREPARO PRÉ-
autoimune do tipo na DEFORMAÇÃO das intensa + esplenomegalia * presença de esferócitos ( OPERATORIO:

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CONGÊNITA. hemácias, dificultado a + litíase biliar hemácias arredondadas ● - fazer vacinação contra
passagem delas pelo e sem palidez central) pneumococo e H.
cordão de Bilroth, onde * reticulocitose influenza B mínimo 2
são fagocitadas por semanas antes da cirurgia.
macrófagos. - PADRÃO-OURO: teste de - sempre fazer USG
FRAGILIDADE OSMÓTICA ( abdominal para avaliar a
utiliza solução salina que presença de LITIASE BILIAR
leva a lise das hemácias) associada, caso tenha se
deve realizar a
colecistectomia junto com
esplenectomia
laparoscópica.
- profilaxia P.O com
penicilina V oral.

D6PD FISIOPATOLOGIA CLINICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


- é a desordem do - a deficiência de D6PD - CRISES hemolíticas que - dosagem de G6PD - prevenção de hemólise:
metabolismo da hemácia + leva a uma incapacidade são causadas pelo ↑ de evitar contato com drogas
frequente. de inativação de estresse oxidativo, e tratamento adequado as
- é anemia hemolítica NÃO compostos oxidantes, que precipitadas por infecção, infecções.
imune do tipo CONGÊNITA se acumulam no eritrócito cetoacidose diabética e
com consequente uso de drogas oxidativas
hemólise. ( SULFAMETOXAZOL,
- o principal mecanismo de NITROFURANTOINA,
hemólise é intravascular- PRIMAQUINA(
hemoglobinemia, antimalárico) e ingestão
hemoglobinúria e ↑ BI. acidental  de  “BOLINHA  DE  
NAFTALINA” .

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ANEMIA FALCIFORME CLÍNICA e COMPLICAÇÕES DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
Anemia hemolítica crônica COMPLICAÇÕES AGUDAS - ESFREGAÇO DO SANGUE 1- Profilaxia de infecções:
hereditária por defeito 1- CRISES VASO-OCLUSIVAS PERIFÉRICO: * Penicilina V oral: iniciar
qualitativo da * SX. MÃO-PÉ ( Dactilite Falcêmica) * hemácias em FOICE aos 3 meses e continuar
hemoglobina. -Isquemia aguda dos ossos das mãos e pés que leva a * Policromasia ( indicativo ate os 5 anos ( 125 mg/kg
É uma hemoglobinopatia DOR e EDEMA dos digitais. de reticulocitose) ate 3 anos , após = 250 mg
hereditária marcada pela -Ocorre por volta do 5- 6 meses ( 1ª manifestação de * Corpos de Howell-Jolly ( 2 x ao dia)
ocorrência de fenômenos DOR na criança) hipoesplenismo) * Imunização:
vaso-oclusivos decorrentes * CRISE ÁLGICA Pneumococo, anti-
do  “afoiçamento”  das   É a causa mais comum de admissão hospitalar. hemofilos, hepatite B e
hemácias no interior da - dor óssea; abdominal ( isquemia e infarto mesentérico - PADRÃO-OURO: influenza.
microcirculação. que pode simular abdome agudo); priaprismo ( ereção eletroforese de
involuntária > 30 min) Hemoglobina. 2- Suplemento com
EPIDEMIOLOGIA: * SX. TORÁCICA AGUDA FOLATO 1 a 2 mg/dia
- países da área equatorial, - principal causa de MORTE na anemia falciforme - LABORATÓRIO
região  do  “cinturão  da   - febre alta, taquipneia, dor torácica, leucocitoses e * Anemia leve a moderada 3- Hemotransfusão: esta
malária”. infiltrado pulmonar, que evolui para Insuficiência * ↑ RETICULOCITOS contraindicada na anemia
respiratória. * leucocitose neutrofilica assintomática e deve ser
ETIOLOGIA: - o AGENTE infeccioso + COMUM: S. PENEUMONIAE. * ↑ BI evitada ao Maximo, exceto
Uma única mutação: troca - Tratamento empírico: cefuroxime + azitromicina * ↑ LDH em casos graves com SX.
do acido glutâmico por * AVE- pode ser isquêmico ( + em crianças) ou * ↓ Haptoglobina Torácica aguda.
valina- gera produção da hemorrágico ( + em adultos). O AVE hemorrágico ocorre
Hemoglobina S. ao ↑ da contagem dos Leucócitos. TTO agudo: 4- HIDROXILUREIA: agente
exanguineotransfusão. mielossupressor que ativa
FISIOPATOLOGIA: a síntese de HbF ( a HbF
Polimerização da 2- DISFUNÇÃO ESPLÊNICA- PREDISPOSIÇÃO A protege a hemácia do
hemoglobina S INFECÇÕES afoiçamento, por inibir a
desoxigenada, levando a: Aproximadamente aos 6 meses, o baço irá crescer polimerização da HbS). ↓ o
AFOIÇAMENTO DA devido a hemólise intensa. Mas depois de um período numero de crises de
HEMÁCIA, ↑ de começa acumular muitas hemácias afoiçadas e causar falcemização e aumenta a
viscosidade, ↓ da múltiplos infartos e assim o baço começa a se atrofiar, sobrevida do paciente.
capacidade de deformação tornar-se duro e com fibrose, processo chamado →
que leva a: AUTOESPLENECTOMIA. 5- Transplante de MO-
- destruição prematura OBS: o baço é um órgão muito importante para para pacientes jovens e

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das hemácias→ anemia resposta imune, e tem bactérias que dependem do baço graves.
hemolítica. para serem destruídas, ex: S. PNEUMONIAE, H.
- oclusão da INFLUENZA B e SALMONELLA. 6- Conduta no manuseio
microvasculatura→ Portanto pensou em infecção de paciente falcêmico, da dor: administrar
isquemia. pensou em PNEUMOCOCO, exceto na situação de combinações analgésicas,
osteomielite e artrite séptica, ai devo pensar em em doses plenas e
SALMONELLA ( tratar com ceftriaxone). horários fixos, incluindo
* Expectativa de vida dos OBS: a principal causa de morte em crianças entre 1 e 5 opiáceos, ate o alivio da
pacientes é de 50-60 anos. anos com anemia falciforme é por SEPSE dor.
PENEUMOCÓCICA.
A profilaxia do pneumococo com penicilina V oral ate
os 5 anos de vida todos os dias e vacina
antipneumococica a partir da 6ª semana de vida,
diminui bastante a incidência.

3- CRISES ANÊMICAS
Piora aguda da anemia, pode ser de 4 tipos:
* CRISE APLÁSICA(+ comum): causa ANEMIA
HEMOLÍTICA com RETICULÓCITOS MUITO ↓↓↓↓↓ ou
ZERADO! causada pelo PARPOVÍRUS B-19 ( agente
etiológico do eritema infeccioso)- geralmente
apresenta febre.

* CRISE DO SEQUESTRO ESPLÊNICO ( + grave): anemia


grave com ↑↑ reticulocitos e baço ↑ subitamente de
tamanho + HIPOVOLEMIA e pancitopenia, costuma
aparecer entre 6 meses e 1 ano de idade, não costuma
aparecer após 2 anos. TTO: esplenectomia para evitar
recorrência.

* CRISE MEGALOBLÁSTICA: deficiência de acido fólico.

* CRISE HIPER-HEMOLITICA

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VARIANTES FALCÊMICAS: COMPLICAÇÕES CRÔNICAS
1- TRAÇO FLACÊMICO- 1- Envolvimento Osteoarticular:
- indivíduos assintomáticos * Necrose séptica (osteonecrose) da cabeça do fêmur (
- hemograma normal dor no quadril de evolução insidiosa)
- expectativa de vida * vértebra em “BOCA DE PEIXE”- formato bicôncavo.
normal 2- Envolvimento Renal:
* ↓ creatinina –( fase inicial do acometimento renal)
2- HEMOGLOBINOPATIA * hematuria ( necrose de papila)
SC- menos intensa que * ISOSTENÚRIA ( incapacidade de concentrar urina)
anemia falciforme, porem * glomerulopatia ( Glomerulonefrite segmentar e
+ grave que traço focal- GESF)
falcêmico. Não cursa com * hipoaldosteronismo hiporreninêmico ( caracterizada
retinopatia e nem por ↑ K, acidose metabólica, ↓ NA ( aumenta a excreção
osteonecrose da cabeça de NA urinário)
do fêmur. 3- Anemia hemolítica crônica
4- Atraso no crescimento e desenvolvimento
3- S/ BETATALASSEMIA 5- Envolvimento Hepatobiliar
* colelitiase/ coledocolitiase ( calculo de bilirrubinato de
4- HEMOGLOBINA S/ cálcio) alta incidência.
PERSISTÊNCIA * Hepatite viral
HEREDITÁRIA DA * hepatopatia falcêmica crônica
HEMOGLOBINA FETAL: os * sobrecarga de ferro
pacientes em geral não 6- Envolvimento Pulmonar- hipertensão pulmonar
tem anemia e nem 7- Envolvimento Cardiovascular
manifestações vaso- 8- Envolvimento do SNC
oclusivas. O paciente ira 9- Envolvimento Ocular ( retinopatia não proliferativa (
apresentar HbF ( hemorragias cor de salmão e manchas negras
hemoglobina fetal elevada irradiantes)
entre 15-35%) 10- Envolvimento Cutâneo-Subcutâneo: devido a
isquemia crônica da pele, localização + comum região
maleolar.
11- Gestação: complicações como pré-eclanpsia, sx.
Torácica aguda, pielonefrite, endocardite, aborto
espontâneo, baixo peso ao nascer, natimorto...

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HEMOGLOBINÚRIA FISIOPATOLOGIA CLINICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
PAROXÍSTICA NOTURNA
- é a única anemia - mutação do gene PIG-A - Episódios agudo de LABORATÓRIO - corticoide
hemolítica em que existe que leva a deficiência da hemólise intravascular - hemácias macro, normo, - reposição de sulfato
um defeitos ADQUIRIDO e GIP. Por conta disso ocorre que leva a ou micro. ferroso
não herdado, da deficiência de 3 principais hemoglobinúria, - ↑ RETICULÓCITOS - suplementação de acido
membrana celular do proteínas: principalmente a noite. - deficiência de FERRO fólico.
eritrócito. * CD 55 - dor abdominal; cefaleia e - hemoglubinuria e
* ocorre em qualquer * CD 59 febre. hemossiderinuria - A principal causa de
idade, mais comum em *C8 - exacerbação da hemólise - leucopenia e morte é por TROMBOSE!
adulto jovem. - elas tem função de nas infecções , cirurgias e plaquetopenia.
inativar o complemento. transfusões. OBS: - todo paciente NÃO
Pensar em Na ausência dessa - hemoglobinúria e DIAGNÓSTICO hepatopata que apresenta
Hemoglobinuria, quando: - proteína as hemácias se hemossiderinuria que leva - pesquisa das moléculas a SX. De BUDD.CHIARI (
ANEMIA HEMOLÍTICA + tornam sensível a lise. a deficiência de ferro. CD 55 e CD 59 na trombose aguda das veias
PANCITOPENIAS ( - hipercoagulabilidade que superfícies da hemácias ou supra-hepáticas) deve ser
leucopenia, anemia e pode levar a trombose. dos granulócitos, a partir avaliado para a
plaquetopenia) + da citometria de fluxo. possibilidade de
TROMBOSE hemoglobinúria
paroxística noturna.

SHU EPIDEMILOGIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


SX. HEMOLÍTICO - é a principal causa de * ANEMIA HEMOLITICA - historia clinica + achados - suporte e correção
URÊMICO: doença INSFICIENCIA RENAL em microangiopática ( laboratoriais. hidroeletrolitica
trombótica de pequenos CRIANÇAS. ESQUIZÓCITOS- hemácias
vasos glomerulares - 80% dos casos é devido a fragmentadas no “pensar  em  criança  que   - evitar ATB na suspeita de
uma gastroenterite previa esfregaço do sangue faz diarreia e depois E. COLI, pois pode agravar
( 5 a 10 dias antes) periférico) + quadro de IRA oligúrica+ o quadro.
causada por E. COLI * TROMBOCITOPENIA ( ↓ anemia e ESQUIZÓCITOS
entero-hemorrágica ( cepa plaquetas) + no esfregaço + ↓
O157: H7) e SHIGELLA e * INSUF. RENAL AGUDA plaquetas”.
SALMONELLA. oligúrica

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3- ANEMIAS MACROCÍTICAS ( VCM > 100)

ANEMIA MACROCÍTICA CAUSAS CLÍNICA e DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


- anemia causada por 2 principais causas: * Manifestações hematológicas: *Reposição B12 ( IM) via
defeito na síntese do DNA, 1- Def. de COBALAMINA ( vitamina B12) + freq. - fraqueza, dispneia aos esforços.. PARENTERAL é a
que leva a ↓ do n° de ÷ em idosos. - petequias, e sangramento- preferencial.
celular dos precursores 2- Def. de ÁCIDO FÓLICO devido a ↓ plaquetas. : 1.000 mg/dia por 1
eritroides, que passam a * Manifestações digestivas: semana – 1.000
apresentar núcleos MAS, também pode ser causada por drogas. - glossite atrófica dolorosa, mg/semana por 4 semanas
grandes e imaturos, queilite angular – 1.000 mg/mês por toda
porem o citoplasma DEFICIÊNCIA DE ÁC. FÓLICO: - diarreia e perda ponderal vida ( anemia perniciosa
amadurece normalmente. - fonte: folhas verdes, aveia, cogumelo, algumas ou alguma outra causa
Ocorre uma dissociação frutas e proteína animal. * Manifestações neurológicas: irreversível)
núcleo/citoplasma: - causas + comuns: ALCOOLISMO ( causa + Ocorre apenas na deficiência de
MEGALOBLASTOSE. comum).- o etanol interfere no metabolismo do VITAMINA B12 ( COBALAMINA): * Reposição de Ac. Fólico
folato. - neuropatia periférica; alteração 1-5 mg/dia VO
OBS: a manifestação -GRAVIDEZ: ↑ a demanda de acido fólico ( pode da marcha
clinica da deficiência de levar a defeitos na formação do tubo neural do - demência COMPLICAÇÃO:
folato se desenvolve após feto na 1ª semana de gravidez- predispõe a - perda propriocepção - B12 parenteral pode
2 a 3 meses na dieta sem malformação neurológicas ( espinha bífida, - ↓ sensibilidade vibratória levar a retenção de NA e a
acido fólico. anencefalia)- reposição de ácido fólico 400 mg/d - parestesia de extremidades ↓ K grave.
3 meses antes da gravidez. - sinal de Romberg + fraqueza e
OBS: o fator intrínseco é - LEITE DE CABRA: é pobre em ácido fólico- → espasticidade de MMII RESPOSTA AO
fundamental para perfeita leva a anemia megaloblástica por def. de ac. OBS: ANEMIA + alteração TRATAMENTO:
absorção da VIT. B12. Fólico. NEUROLÓGICAS = anemia - Pico reticulocitário em 7
- FENITOÍNA: ↓ a absorção do acido fólico no megaloblástica por carência de a 10 dias
organismo B12. - melhora da anemia com
- ESPRU TROPICAL 2 meses.
- uso de METOTREXATE e trimetropim DIAGNÓSTICO
- MACROCITOSE ( VCM > 100)
DEFICIÊNCIA DE COBALAMINA ( VIT. B12) - HCM normal
- DIETA VEGETARIANA ESTRITA ( umas das - RDW ↑ - anisocitose
causas + comuns) - RETICULOCITOS ↓ < 2% ( se trata
- principal fonte de vit. B12: produtos de origem de uma anemia carencial-

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animal ( ovo, leite, carne) hipoproliferativa)
- estado de ACLORIDRIA ↓ a absorção de Vit. - LDH ↑ e BI ↑
B12) – uso de medicamento IBP. - leucócitos e plaquetas: normais
- PÓS-GASTRECTOMIA: desenvolve carência de ou ↓- tendência a pancitopenia.
B12 por remoção da fonte do fator intrínseco ( - NEUTROFILOS
cel. Gástricas parietais) HIPERSEGMENTADOS (
- distúrbio do íleo terminal: DOENÇA DE CROHN característico de anemia
( ileite regional) e Doença celíaca. megaloblástica)
- anestésico de inalação de ÓXIDO NITROSO: OBS: neutrófilos
destrói a cobalamina endógena. Esta hipossegmentados e
relacionada com a inativação de enzima metiona hipogranulares são característicos
sintase. de sx. Mielodisplasica.

- causa + comum de def. de B12: ANEMIA OBS: a anemia megaloblástica é a


PERNICIOSA: doença autoimune, gera que mais aumenta o LHD
anticorpos contra as células parietais ( oxinticas)
gástricas produtoras de fator intrínseco, e OBS: ANEMIA PERNICIOSA é causa
secreção de acido clorídrico, levando estado de clássica de PLAQUETOPENIA.
acloridria e ATROFIA GASTRICA – GASTRITE
ATRÓFICA e ↓ da absorção de vit. B12. - ESFREGAÇO DO SANGUE
- anticorpos detectados no soro: anticélula PERIFERICO:
parietal ( 90%) e antifator intrínseco ( 60% dos * NEUTROFILOS
casos) HIPERSEGMENTADOS
- + comum em idosos * macro-ovalócito- eritrócitos
- incidência ↑ em associação com GRAVES, grandes, ovais, cheios de
HASHIMOTO, VITILIGO. hemoglobina
- EDA revela presença de atrofia da mucosa * anisocitose ( hemácias de
gástrica e o teste de Schilling se torna ( + ) na tamanho  ≠)
administração de vit. B12 sendo detectado na * poiquilocitose ( hemácias de
urina. formatos  ≠)
- fator de risco para Câncer gástrico.
- DOSAGEM DE VIT. B12:
Normal de 200 a 900
- DOSAGEM DE FOLATO:

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Normal de 6 a 20
- NA DUVIDA COMO ≠  A  
DEFICIENCIAS DE VITAMINAS:
* acido metilmalônico ↑ -
somente na def. de VIT. B12 (
COBALAMINA)
* sintomas neurológicos (
somente na def. de VIT. B12)

OBS: a HEMOCISTEÍNA estará ↑


nas 2 deficiências ( vitamina B12
e ácido fólico)

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ARTRITE x - ARTRITE GOTOSA
x - ARTRITE SÉPTICA GONOCÓCICA
→ MONO/ OLIGOARTICULARES x - ARTRITE SÉPITICA NÃO GONOCÓCICA
x - SX. DE REITER
OBS: toda quadro de monoartrite deve Ser PUNCIONADO
x - ARTRITE PSORIASICA
( ARTROCENTESE) Para analise do liquido sinovial. x - ARTRITES CRONICAS: TUBERCULOSA E FUNGICA
GOTA EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA e DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
- ARTRITE POR - HOMENS- ♂ 30-60 4 FASES DA DOENÇA: * TRATAMENTO DA CRISE:
DEPOSIÇÃO DE CRISTAIS. anos ( 7-9: 1) em 1- HIPERURICEMIA ASSINTOMÁTICA: 1ª linha: - AINES-
A gota é uma doença relação ao sexo ♀. - acido úrico > 7 mg/dl- começa a se precipitar no INDOMETACINA-
METABÓLICA, causada - na mulher ↑ a corpo IBUPROFENO- DICLOFENACO
pelo acumulo de acido incidência pós- - 2/3 dos pacientes hiperuricemicos se mantém 2ª linha- COLCHICINA
úrico corporal, um menopausa, pela perda assintomáticos. 3ª linha- CORTICOIDE
produto de degradação do efeito uricosúrico do 2- ARTRITE GOTOSA AGUDA:
das PURINAS. estrogênio. Crise aguda de gota→ geralmente inicia a NOITE, CONTRAINDICAÇÃO:
extremamente DOLOROSA com sinais flogisticos( * ASS
OBS: a hiperuricemia e CLASSIFICAÇÃO: ERITEMA, CALOR, RUBOR) de inicio SÚBITO- , abre o *ALOPURINOL – porque ela faz
gota NÃO são sinônimos! * PRIMÁRIA- idiopática, quadro com uma MONOARTRITE ( classicamente no ↓ os níveis de acido úrico e vai
A GOTA ocorre quando há associada a alterações 1ª pododáctilo- ARTRITE  “PODAGRA”- DEDÃO do PÉ- precipitar ainda mais a crise.
precipitação e depósito ( enzimáticas- SX. De HALUX). OBS: a ↓ da hiperuricemia não
geralmente crônico) de LESH-NYHAN- - duração de 3 a 10 dias. deve fazer parte do tratamento
acido úrico nos tecidos. deficiência de * fatores que predispões a crise ( após uma variação da crise aguda da gota e sim to
hipoxantina guanina quanto pra mais , quanto pra menos da uricêmia): tratamento profilático.
* Principal órgãos fosforibosil transferase. - traumatismo
afetados: rins e pele. * SECUNDÁRIA- - consumo de álcool ( cerveja e vinho) * TRATAMENTO PROFILÁTICO:
- neoplasia- tratamento - alguns medicamentos- diuréticos, ASS em baixas 1- afastar os fatores de risco:
quimioterápico doses álcool, carne, diuréticos
PATOGENIA: - hiperparatireoidismo - ingestão excessiva de carne tiazídicos.
Acido úrico > 7 mg/dl→ - psoríase - qualquer remédio que ↓ acido úrico ( aloperidol) 2- COLCHICINA : ação anti-
hiperuricemia→ gota- - estresse inflamatória- inibição da
deposito de cristais de - INGESTÃO DE ALCOOL * DIAGNÓSTICO: movimentação e fagocitose dos
urato monossódico nas - insuficiência renal - ATROCENTESE- PUNÇÃO DO LIQUIDO ARTICULAR ( leucócitos intra-articular. NÃO
articulações e em diversos - intoxicação por sempre fazer!) → ↓ acido úrico.

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tecidos, sob forma de chumbo - ASPECTO do LIQUIDO SINOVIAL: 3- fármacos que ↓ acido úrico:
TOFOS. Na articulação - leitoso 1- URICOSÍDICO-
ocorre SINOVITE - ↑ de leucócitos PROBENECIDA ( estimula a
decorrente da fagocitose - presença de cristais de acido úrico no interior dos excreção renal)
desses cristais destes por leucócitos intra-articular com forte birrefrigência - droga de escolha para
neutrófilos, negativa . pacientes hipoexcretores de
desencadeando - Luz Polarizada no Microscópio- apresenta cristais ácidos úricos.
inflamação. de Birrefrigência NEGATIVA. - droga de escolha p/ < 60 anos
e rins com função normal
*2 mecanismos que 3- PERIODO INTERCRÍTICO - 10% dos pacientes
justificam o ↑ do acido Período SEM crise desenvolvem cálculos renais.
úrico: produção ↑ de acido Obs: quanto + o tempo passa, mais articulações são 2-ALOPURINOL ( inibe a síntese
nucleicos e eliminação ↓ envolvidas a cada crise, cada vez mais articulações do acido úrico)
pelos rins. proximais, e menos é o período de intercrise. ( - uma vez iniciado deve se
recorrentes e aditivas!) manter por toda vida.
- as crises posteriores são mais graves e tende a
assumir caráter POLIARTICULAR e acompanhada de O LOSARTAN é bom pra quem
febre ↑. tem HAS e GOTA ( tem função
4- GOTA TOFOSA CRÔNICA uricosúrica)
↑↑↑ de acido úrico por anos não tratado→ deposito
de GRANDES GOTAS TOFOSAS na pele, tendão, INDICAÇÃO de TTO da
cartilagens ( orelha- pavilhão auricular externo). hiperuricemia
- Articulações que RARAMENTE são afetadas: ASSINTOMÁTICA:
ombro, quadril, coluna, sacroiliaca. - níveis séricos
- muitas vezes os tofos se ulceram e eliminam persistentemente > 13 mg/dl
substancias de aspecto pastoso, rico em cristais de em ♂ e > 10 em ♀
urato monossódico- análise da secreção classifica o - pacientes em tratamento de
nódulo como tofo gotoso. quimioterapia e radioterapia,
para prevenir a SX. Da lise
tumoral que faz ↑ acido úrico.
- uricosúria > 1100 mg/24h
pelo risco ↑ de urolitíase.

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ARTRITE SÉPTICA GONOGÓCICA ARTRITE SÉPTICA NÃO GONOCÓCICA
AGENTE CAUSADOR Neisseria gonorrhoeae diplococo gran ( - ), sexualmente Staphylococcus Aureus ( cocos gran ( + ) em
transmissível- relacionado a DST cachos)
DISSEMINAÇÃO via hematogênica geralmente a porta de entrada é cutânea
EPIDEMIOLOGIA JOVEM (< 40 anos) e sexualmente ativos + no sexo ♀ CRIANÇAS e IDOSOS e imunocomprometidos
FATORES DE RISCO - JOVEM sadios e sexualmente ativo - crianças
- menstruação recente - idosos
- gravidez ou puerpério -paciente imunocomprometido
- deficiência congênita ou adquirida do sist. complemento - usuários de drogas EV
- LES - portadores de alterações articulares de base
( AR; gota; Osteoartrite; prótese articular,
aplicação intra-articular de corticoide.)
CLÍNICA Quadro BIFÁSICO: - Já inicia com MONOARTRITE PURULENTA,
OBSERVAÇÃO 1: 1ª FASE: POLIARTICULAR: associada a sinais sistêmicos de toxemia-
quando o quadro clinico tiver fase de gonococcemia ou SX. Atrite- Dermatite FEBRE- DOR a movimentação- ERITEMA.
ERITEMA INTENSO ( rubor e ♀ jovem + FEBRE + + POLIARTRITE (DOR- EDEMA- ERITEMA
calor articular intenso)→ )+ DERMATITE + TENOSINOVITE - Tenosinovite é RARA
pensar em : * poliartrite ASSIMÉTRICO de - GRANDES articulações (
→  ARTRITE SÉPITICA ou joelho, cotovelo, tornozelo)
→ GOTA. *Dermatite: LESÕES CUTÂNEAS- pústula indolor, com base - AUSENCIA de LESÕES CUTÂNEAS
OBSERVAÇÃO 2: eritematosa e centro necrótico ( + nas mãos)
JOVEM * HEMOCULTURA ( + ) * HEMOCULTURA ( + ) em + de 50%
+ * CULTURA do liquido sinovial – ATROCENTESE é ( - ) * CULTURA de liquido SINOVIAL-
MONOARTRITE * CULTURA da orofaringe, reto, uretra, colo uterino ( + ) ARTROCENTESE ( + ) em 90%
de grandes artic. ( joelho ou 2ª FASE: MONOARTICULAR:
joelho e cotovelo) - artrite supurativa- o gonococo MIGRA para o interior do
↓ espaço articular→ que leva a uma artrite séptica
Ate que se provo contrario , propriamente dita.
pensar em * HEMOCULTURA ( - )
↓ * CULTURA do liquido sinovial- ARTROCENTESE ( + ) em 30%
→ SX. De REITER apenas.
→ ARTRITE GONOCÓCICA * CULTURA do reto, colo uterino e reto- ( + em 80% )

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CARACTERISTICA DO LIQUIDO - turvo, purulento, com leucócitos entre 10.000 a 100.000 ( leucócitos ate 200.000, com predomínio de
SINOVIAL inferior a artrite NÃO gonocócica), predomínio de neutrófilos, ↓ glicose e ↑ proteínas.
NEUTROFILOS, ↓ glicose e ↑ de proteínas. - bacterioscopia do liquido : gran ( + ) – 70-
- bacterioscopia:diplococos gran ( - ) 80%
TRATAMENTO * CEFTRIAXONE ( 1g IV ou IM cada 24 hrs) ate melhorar os NÃO esperar pelo resultado, inicia logo
sinais sistêmicos... depois completar 7 DIAS de tratamento ATB EMPÍRICA: ate sair o resultado da
com hemocultura e cultura do liquido sinovial:
* CIPORFLOXACINO 500 mg 12/12 h * RN: oxacilina + cefotaxima
* 1 MÊS E 5 ANOS: cefalosporina de 3ª G
* > 5 anos: oxacilina
TERAPIA INDIVIDUALIZADA:
* S. AUREUS: oxacilina por 3- 4 semanas
* MRSA: vancomicina por 3- 4 semanas
* GONOCOCO: cefitriaxone por 2 semanas
ARTROSCOPIA * RARAMENTE é necessário esta INDICADA em TODOS casos

ARTRITE REATIVA EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA TRATAMENTO


- é uma condição sistêmica, - PÓS- DISENTÉRICA ( pós- SX. De REITER: tríade→ SINTOMÁTICO:
caracterizada pelo gastroenterite) ou EPIDÊMICA: *ARTRITE monoarticular * AINES: indometacina ou
desenvolvimento de uma → + comum em CRIANÇA ASSIMETRICA de GRANDES naproxeno por 2 semanas
forma de artrite ESTÉRIL, *causada por: articulações predomina em MMII (
SORONEGATIVA, deflagrada sighela joelho)- de 1 a 4 semanas após a * azitromicina ou doxicilina = para
por alguma infecção a salmonella infecção precipitante. tratar clamydia.
distancia. campylobacter + URETRITE
yersina. +CONJUNTIVITE( olho vermelho)
- PÓS-VENÉRIA ( pós-uretrite) ou Outros achados associados:
OBS: a Sx. De REITER é um ENDÊMICA: → + comum em ♂ - Presença de tendinite de Aquiles e
grande exemplo de artrite JOVEM. sacroilite e dactilite ( dedo em
reativa oriunda de infecção * causada por: “salsicha”)
genital com tríade clássica ( clamydia tracomatis - balanite circinada
artrite + uretrite + - ulceras orais
conjuntivite. - parece esta ligada ao HLA- B27 - ceratoderma blenorrágico
em 60% dos casos. - - uveíte anterior

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x ARTRITE REUMATOIDE
→POLIARTRITES ( 4 ou + articulações acometidas)
x SX. REUMATOIDE ( artrite viral)
x ARTRITE GONOCÓCICA- fase inicial
x ARTRITE DO LÚPUS ERITEMATOSO
x DOENÇA DE WIPPLE- ( esta no resumo de sx. Diarreica)
x DOENÇA DE LYME ( esta na apostila de sx. Febril)

ARTRITE REUMATOIDE CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


Doença inflamatória Características: * ENVOLVIMENTO ARTICULAR: 1- SINTOMÁTICO:
crônica sistêmica, - poliartrite inflamatória periférica e SIMÉTRICA - 1 grande artic= 0 ponto * AINES:
caracterizada por de inicio insidioso com edema de partes moles e - 2 a 10 grandes artic= 1 ponto - não evita a progressão da
agressões articulares derrame articular e intermitente - 1 a 3 PEQUENAS artic ( MCF; doença
autoimunes. - prefere articulações pequenas: MÃO- PÉ- IFP; MTF e polegar)= 2 pontos
- artrite soropositiva! PUNHO é pronto! - 4 a 10 PEQUENAS artic= 3 p * GLICOCORTICOIDES:
EPIDEMIOLOGIA: - NÃO é saltatório e nem migratório - > 10 artic ( sendo ao menos 1 - suprime sinais e sintomas
- ♀ ( 3:1) de 35-55 anos - RIGIDEZ MATINAL (+ de 1 h de duração) pequena)= 5 pontos inflamatórios
- parentes de 1ª grau (4:1) * MÃOS e PÉS: - usado em BAIXAS doses
- melhora durante a - as artic + afetadas: MCF e IFP * SOROLOGIA: - sempre usado associado
gestação e piora no pós- - artic. POUPADA: IFD - FR e ACPA ( anti-CCP) ( - )= 0 p com outra droga.
parto. - desvio ULNAR dos DEDOS - FR e ACPA ≤ 3 x valor de - predinisona: 7,5 a 10
- deformidade em “PESCOÇO  DE  CISNE”- referencia= 2 pontos mg/dia
PATOGENIA: extensão da IFP e flexão da IFD. - FR e ACPA > 3 x = 3 pontos
- Idiopática e tem - deformidade em “ABOTOADURA”- flexão das 2- DROGAS
participação imunológica: IFP e extensão IFD. * REAGENTE DA FASE AGUDA: ANTIRREUMÁTICAS
1) FATOR REUMATÓIDE- * PUNHO: - PCR e VHS normal= 0 ponto MODIFICADORES DA
WALLER-ROSE: - desvio RADIAL do CARPO - PCR e VHS ↑ = 1 ponto DOENÇA ( DARMD)
- é um auto-anticorpo IgM - alteração da MCF- punho “em  dorso  de   * NÃO BIOLÓGICOS:
que ataca as IgGs do CAMELO”. * DURAÇÃO DOS SINTOMAS: - MTX ( metotrexate)- de
paciente. - compressão do NERVO MEDIANO→ leva a SX. - < 6 SEMANAS= O ponto escolha! Dose semanal de
- pouco sensível e Do TÚNEL DO CARPO: parestesia do polegar, 2ª – - > 6 SEMANAS= 1 ponto 7,5 a 25 mg.
especifico (70-80%) 3ª e metade radial do 4ª dedo. - HIDROXICLOROQUINA (
- FR positivo é encontrado - 2 manobras pode precipitar a sx. Do túnel do RESULTADO: antimalárico)- 200-400
em 5% da população carpo: ≥  6  PONTOS=  dá o diagnostico mg/dia
NORMAL e em 10-20% dos 1- manobra de Tinel: digito percussão sobre o definitivo de AR. - SULFASSALAZINA

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idosos . nervo mediano ano nível do punho ( região volar- Principais FATORES DE RISCO - sais de outro
2) ANTICORPO palmar do punho). para doença progressiva e PIOR - leflunomida
ANTICITROLINA- CICLICA( 2- manobra de Phalen: mão em flexão forçada PROGNÓSTICO: OBS: melhora sinais e
anti- CCP ou ACPA): por 30-60 seg. - idade avançada ou jovem que sintomas e lentifica o dano
↑ especificidade ( quase * JOELHOS: apresenta  doença  “ativa” as estruturas articulares.
100%)- se encontrar esse - Cisto de BAKER: o ↑ da pressão intra-articular - tabagismo - melhor resposta quando
anticorpo + tem causada pelo acumulo de liquido leva a um - genótipo HLA- DR4 + combina MTX ou outro
praticamente certeza do abaulamento na porção posterior do joelho, este - múltiplas artic. Inflamadas DARMD.
DX. cisto pode se romper e simulando uma TVP. - presença de nódulos - OBS; paciente com uso de
EXCESSÃO: * PESCOÇO: reumatoides MTX deve ser monitorados
FISIOPATOLOGIA: - Acometimento da C1 e C2 ( atlanto- axial) - envolvimento extra-articulas com hemograma e
-O LOCAL da articulação + - artic. Cricoaritenoides: o paciente pode - incapacidade funcional transminases cada 4-8 sem.
acometida→ MEMBRANA apresentar ROUQUIDÃO , DISFAGIA e dor na - erosão no RX Pois é hepatotóxico.
SINOVIAL, que leva a uma região anterior do pescoço que pode levar a - FR e anti-CCP (+) - fazer abstinência alcoólica
SINOVITE CRONICA ( Insuf. Resp. aguda. - VHS e PCR ↑↑ durante o uso de MTX.
edema) e formação de - artrite Temporomandibular: limitação dolorosa Fator de risco ( + )
PANNUS – tecido da abertura da boca. ↓ * BIOLÓGICOS:
extremamente corrosivo Inicio precoce de terapia + - inibidores do TNF-α:
que destrói o osso e * MANIFESTAÇÕES EXTRA-ARTICULARES: agressiva infliximab; etanercept
cartilagem, levando a “Peguei  nojo  de  vasca” ↓ - antagonista dos
DEFORMIDADE PE: PERICARDITE ( + comum) MTX ( de escolha) + corticoide receptores IL-1: anakinra
ARTICULAR. NO: NÓDULOS SUBCUTANÊOS: + comum na face em baixas doses
OBS: é a única artrite que extensora dos braços. Pode Tb associar 3- IMUNOSSUPRESSORES
deforma! JO: SX. DE SJOGREN (30% dos pacientes) hidroxicloroquina OBS: NÃO são de 1ª
OBS: A articulação que DE: DERREME PLEURAL- é exudativo: ↑ LDH e escolha, são menos
NÃO é acometida proteínas; ↓ glicose e FR + . Fator de risco ( – ) eficazes que o DARMDs.
geralmente é a coluna VAS: VASCULITE ↓ - ciclosporina
DORSAL e LOMBAR ( é CA: SX. DE CAPLAN: AR. Em mineradores de Coxib ou hidroxicloriquina + - azatioprina
mais característico da carvão- pneumoconiose. baixas doses de corticoide - ciclosfosfamida
espondilite anquilosante). OBS: - Artrite reumatoide :Pode apresentar
O que é SX. DE FELTY? glicose MUITO BAIXA (< 30) - PROGNÓSTICO:
AR crônica ( fase tardia) + OBS: 40% tem manifestação extra-articular e 15% a AR ↓ a sobrevida do paciente e
esplenomegalia e são graves. a principal causa de óbito e a
neutropenia. doença cardiovascular .

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SÍNDROME REUMATÓIDE- artrite VIRAL PRINCIPAIS VÍRUS RELACIONADOS: CLÍNICA
Poliartrite AGUDA de pequenas articulações, - RUBÉOLA - idêntica da AR porem < 6 semanas
diferencia da AR por ser AUTOLIMITADA que - HEPATITE B * DIAGNÓSTICO:
NÃO ULTRAPASSA 6 SEMANAS. - PARVOVÍRUS B 19 - SOROLOGIA: ↑ IgM em 15 a 21 dias
- ocorre + em crianças e jovens + do sexo ♀ - HIV * TRATAMENTO: sintomático.

ARTRITE DO LÚPUS ERITEMATOSO


Caracteriza  por  originar  “ITES”  nos  seus  focos  de  lesão:  nos  rins:   ARTRITE do LES= ARTTRITE da AR + ARTRITE DA FEBRE REUMATICA
glomerulonefrites; nas articulações : artrites; nos vasos : vasculites; no Ou seja: acomete pequenas articulações periféricas das mãos, pés e
pulmão: pleurites, pneumonites... punho , MASSS, é MIGRATÓRIA, ASSIMÉTRICA ( assim como na FR) e a
inflamação costuma durar poucos dias e NÃO FAZ EROSÃO ÓSSEA ( a
principio não deforma, exceto na artrite de JACCOUD: causa uma
frouxidão ligamentar.

ARTRITE EM PEDIATRIA

FEBRE REUMATICA CLINICA DIAGNOSTICO TRATAMENTO


Complicação tardia NÃO CRITÉRIOS DE JONES: CRITERIOS 1ª MEDIDA: erradicar S.
supurativa após infecção 2 critérios > ou 1 critério > + 2 <. OBRIGATORIOS: hemolítico grupo A:
pelo S. pyogenes do trato 2 > OU 1 > e 2 < ATB
respiratório superior ( CRITERIOS MAIORES : + - PENICILINA BENZATINA-
após uma faringoamidalite * POLIARTRITE MIGRATÓRIA ( 75%): confirmar infecção dose única IM:
bacteriana ou escarlatina). - GRANDES artic. estreptocócica prévia: - < 25 Kg: 600.000 U
AGENTE: - MIGRATÓRIO que persiste 1-3 dias em cada articulação - ANTICORPOS ( + ) : > 25 Jg: 1.200.000 U
STREPTOCOCOS e não aditiva e ASSIMÉTRICO - ASLO- OU amoxilina ou
PYOGENES- β   - não deixa sequelas e é autolimitada (antiestreptolisina 0) eritromicina x 10 dias
HEMOLITICOS DO GRUPO - dura no Max. 1 mês e é manifestação clinica + precoce. - ANTI-DNA ase-B OBS: mesmo com
A OBS: a melhora rápida da artrite com o uso de anti- - anti-HIALURONIDASE tratamento adequado o
inflamatório oral é característica da FR. ASLO pode permanecer (+)
EPIDEMIOLOGIA: - CULTURA da orofaringe por ate 6 meses.
* idade: 5 a 15 anos * CARDITE ( 50-60%): - teste rápido do antígeno * ARTRITE:
* > incidência em países - tem potencial de uma pericardite, cardiomegalia, ICC ( Estreptococo. - ASPIRINA (ASS):

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em desenvolvimento edema) e SOPRO cardíacos→ é uma PANCARDITE - EXAMES Cça: 100 mg/Kg/dia VO
COMPLEMENTARES: 6/6 h por 3 a 5 dias e
PATOGENIA: - a válvula + acometida é VALVULA MITRAL, seguida da * ECG: ↑ intervalo PR depois 75 mg/Kg/dia x 4
- Historia prévia de aórtica e tricúspide. * VHS e PCR semanas
Faringoamidalite nas - qual o processo + comum AGUDO? * FR: apenas 10 a 20% Adulto: 6-8 g/dia
ultimas semanas ( 2 a 4 INSUFICIENCIA MITRAL- presença de sopro e revelam FR (+). * CARDITE:
semanas antes) em regurgitação. - PREDINISONA em dose
indivíduos geneticamente OBS: ela é a única alteração que pode deixa sequelas de imunossupressora: 2mg/
predisposto. toda F.R. Kg/dia VO 6/6 hrs x 2-3
OBS: quando aparece a sem, seguido de redução
- qual é a sequela? – lesão crônica? coreia você pode falar para 5 mg a cada 3 dias.
OBS: NÃO há relação com ESTENOSE MITRAL que é F.R. , porque ela - ASPIRINA: 75mg/Kg/dia-
impetigo- piodermite aparece muito iniciada quando reduz a
* COREIA de SYDENHAM: Ou doença de São Vito- tardiamente e ai já não dose do corticoide e
- é a principal causa de - lesões dos gânglios da base: movimentos tem os outros critérios. E mantida por 6 semanas.
cardiopatia adquirida em involuntários, não ritmados e sem propósito. também pode ser o único * COREIA:
todas as faixas etárias no - é benigna e não deixa sequelas achado clinico. - repouso/ fenobarbital/
mundo. Geralmente - aparece tardiamente de 1 a 8 meses carbamazepina/ valproato
ocorre 10-20 anos depois - pode ser a única manifestação da febre reumática.
do ataque original. - desaparece no sono OBS: Paciente alérgico a PROFILAXIA:
penicilina, usar PRIMÁRIA: 1ª: - evitar a
ACHADO * ERITEMA MARGINATUM- 3% ERITROMICINA. doença a quem NÃO teve,
PATOGNOMÔNICO: - NÃO pruriginoso, serpentinosa. porem esta sobre risco =
nódulos de ASCHOFF: - mais no tronco e aparece com o calor O que é SX. De REYE? ou seja, criança que tem
lesões inflamatórias Uso de salicilatos faringoamidalite
perivasculares focais. * NÓDULOS SUBCUTÂNEOS ( raros 1-5%) principalmente em bacteriana→
São firmes e indolores, SEM sinais flogísticos pacientes com varicela ou * PENICILINA BENZATINA –
- Localiza na fascie extensora dos braços ou na infecção por influenza A e dose única IM
superfície óssea ou próximos a tendões. B, associada por um erro
- apresenta relação com a gravidade do inato no metabolismo. SECUNDÁRIA: 2ª : - A
comprometimento cardíaco!!!!!!!. Ë uma condição paciente já teve F.R-
rapidamente progressiva Prevenir novos surtos:
marcada por - PENICILINA BENZATINA
encefalopatia e disfunção < 20 kg (600.000) e

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CRITERIOS MENORES hepática. Sendo assim o > 20 kg ( 1.2000.000) IM,
* FEBRE tratamento de FR cada 21 dias ate quando?
* ARTRALGIA associada a presença de * SEM CARDITE: ate os 21
* intervalo PR alargado ( BAV de 1ª grau) processo agudo viral deve anos ou 5 anos após o
*↑ PCR e VHS levar a suspensão do ultimo surto. ( o que durar
salicilato. mais tempo de tto)
* COM CARDITE e SEM
SEQUELAS: ate os 25 anos
ou ate 10 anos do ultimo
surto
*COM CARDITE GRAVE e
COM REPERCUÇAO
SISTEMICA: para o RESTO
DA VIDA.

ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL- AIJ CLASSIFICAÇÃO E CLÍNICA


Inflamação CRÔNICA ( > 6 1- PAUCIARTICULAR/ OLIGOARTICULAR
SEMANAS) da sinóvia das ( + comum- 50% )
articulações ( SINOVITE CRÔNICA) - acometimento ≤ 4 artic. Nos 1ª 6 meses da doença
periféricas em crianças e - predomina em MENINAS ≤ 4 ANOS
adolescentes < 16 anos. - artic. + acometidas: + MMII: joelhos e tornozelos
- FR ( - ) e VHS NORMAL
CARACTERISTICA: FAN :fator antinuclear ( + ) Esta intimamente ligado ao aparecimento da Uveite anterior.
1- inicio antes dos 16 anos + no - Manifestação extra-articular: associada a UVEÍTE ANTERIOR
sexo ♀ OBS: pode evoluir para cegueira em 15% dos casos
2- ARTRITE CRÔNICA: - TRATAMENTO: AINES intra-articular e corticoide.
x -rigidez matinal
x - Dor artic. No fim da tarde 2- POLIARTICULAR- 30-40%
x - Edema/ Calor - acomete ≥  5  artic
x - Limitação de movimento - MENINAS > 10 ANOS
x - Dor a mobilização - acomete tanto MMSS, quanto MMII
3- duração ≥  6  SEMANAS - observa nódulos reumatoides na superfície extensora dos cotovelos ou tendões de Aquiles.
4- Os subtipos da AIJ: - são + propensas a deformidades ósseas ( coluna cervical e quadril)

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x Pauciarticular - ≤ 4 artic - FR variável e VHS ↑
x Poliarticular- ≥  5  artic - FAN ( + )
x Sistêmica- STILL ( artrite + febre - TRATAMENTO: imunomoduladores ( MTX) e drogas anti- TNF .
+ rash salmão + trombocitose)
5- excluir outras causas de artrite. 3- SISTÊMICA ( DOENÇA DE STILL)- 10-15%
- 2/3 dos pacientes tem inicio antes do 5 anos
- alem da ARTRITE por + 6 semanas, tem comprometimento visceral com :
* FEBRE ≥ 38,5° quase diária por + 2 semanas + hepatomegalia, lifadenomegalia e derrame pericárdico.
* RASH SALMÃO
* TROMBOCITOSE/ LEUCOCITOSE acentuada
ANEMIA e ↑ VHS (> 100 mm/h)
* FR ( - ) e FAN ( - )

ARTRITE SÉPTICA DO QUADRIL Geralmente ocorre após infecção das vias aéreas superiores ou pós-trauma.
+ comum em lactantes e pré- - CLINICA: surgimento AGUDO de FEBRE ALTA + MONOARTRITE : dor no quadril com limitação de
escolar. movimento permanecendo a coxa fétida, em abdução e Rotação Externa.

AGENTE: S. Aureus ( + comum) - DIAGNOSTICO: VHS e PCR ↑ + LEUCOCITOSE


RX: NORMAL
US: derrame articular
punção aspirativa do espaço cartilaginoso- ANALISE do LIQUIDO ARTICULAR
- TRATAMENTO: não pode esperar resultado de analise laboratoriais. Esta indicado diretamente o
tratamento CIRURGICO o mais RÁPIDO POSSIVEL, para DRENAGEM articular + ATB venoso ( cefalosporina
de 1ª G ou oxacilina) e analgesia.

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CEFALEIAS→ PRIMÁRIAS: a cefaleia constitui a própria doença ( surge do nada e não tem uma doença que desencadeia)

→ SECUNDÁRIAS: geralmente se associam a lesão neurológica ou distúrbio sistêmico. Vem acompanhada de SINAIS DE ALARME

x - Após 50 anos ( pensar em arterite cerebral ou lesão do SNC)


x - inicio SUBITO e INTENSA: hemorragia subaracnoide- ruptura de aneurisma ou AVE hemorrágico
intraparenquimatoso.
x - Progressiva ( hipertensão intracraniana; tumor, abscesso)
x - recente em paciente com neoplasia ou HIV ( metástase cerebral, neurotoxoplasmose, abscesso cerebral ou
meningite)
x - historia de queda ou TEC recente ( pode esta havendo instalação de hematoma subdural ou epidural)
x - achados sistêmicos ( febre, rigidez de nuca; rash)
x - sinal neurológico focal
x - edema de papila

CEFALEIAS PRIMÁRIAS

ENXAQUECA ( MIGRÂNEA) TENSIONAL ( + comum) EM SALVAS


PREVALÊNCIA - 10% da população - 40-70% da populaça ( + comum) - RARA, pertence ao grupo de
- mais comum em ♀ JOVEM - mais comum em sexo ♀ “cefaleias  trigêmio-autonômicas”
- inicio na adolescência, pico 30-50 anos - pico aos 30-40 anos - mais comum em ♂ ( HOMENS)
- pico aos 30-40 anos
HISTORIA FAMILIAR - SIM ( genética e hereditária em 60-80%) - NÃO - NÃO
FATORES - clima, estresse, alimentos, álcool, período - estresse - álcool ( em 70%)
PRECIPITANTES menstrual; odores
DOR - PULSÁTIL/ LATEJANTE de MODERADA a - OPRESSIVA de LEVE a moderada - “EM FACADAS”- INSUPORTÁVEL
FORTE intensidade- a DOR se PIORA com - BILATEAL holocraniana- em - PERIORBITAL UNILATERAL
ATIVIDADE FÍSICA FAIXA
- pode ser incapacitante em alguns casos ( pois - geralmente contínua que afeta
LIMITA AS ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA) toda a cabeça.
- LOCAL: frontotemporal UNILATERAL
DURAÇÃO 4- 72 horas - 30 minutos a 7 dias -15 a 180 minutos

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PERÍODO - manha ou final da tarde - final da tarde - noturno
APRESENTAÇÃO DO - prefere repouso em ambiente calmo e com - a cefaleia NÃO impede as - muito agitado, bate a cabeça na
PACIENTE pouca luz atividades do paciente parede e ameaça suicídio
AURA - SIM ( em 20% dos casos) - NÃO - NÃO
O que é AURA?sinais e sintomas neurológicos OBS: os episódios da dor pode se
focais: dormência, tontura, escotoma repetir quase diariamente
cintilantes; parestesia que pode durar ate 60 durante até 10 semanas,
min; podendo surgir antes, durante ou depois geralmente no mesmo horário,
da enxaqueca. sendo seguidos por longo período
OBS: a enxaqueca pra ser classificada como assintomáticos e o posterior
CLÁSSICA, tem que ter AURA! Se não tiver retorno das crises.
aura, é considerada enxaqueca COMUM!

TIPOS DE - enxaqueca CLÁSSICA: COM AURA Outro  tipo  de  “cefaleias  Trigêmio-
ENXAQUECA - enxaqueca COMUM: SEM AURA autonômica”= HEMICRANIA
- enxaqueca TRANSFORMADA: as crises de PAROXÍSTICA: igual a em salvas,
mensais, passam a ser semanal ou diárias. porem com menor duração das
- enxaqueca HEMIPLÉGICA: associada a crises e > frequência diária ( > 5
hemiplegia ou paresia de membros episódios por dia). Seu
- enxaqueca BASILAR ou de BICKERSTAFF: tratamento : responde bem a
associada a VERTIGEM, ZUMBIDO, DIPLOPIA, INDOMETACINA
DISARTRIA, PARESTESIA BILATERAL.
OUTROS ACHADOS - fotofobia, fonofobia, osmofobia, vômitos - hiperestesia e hipertonia da - hiperemia conjuntival,
COM náuseas. musculatura pericraneana lacrimejamento, congestão nasal,
sudorese facial, miose, ptose,
edema palpebral
TRATAMENTO - de escolha: TRIPTANOS- Sumatriptano 25, 50 - analgésico comum - AINES - TRIPTANO ( sumatriptano (6 mg-
ABORTIVO- durante a ou 100 mg VO ou 6 mg- SC ( agonistas dos SC- Maximo 3 injeções por dia) +
CRISE receptores de serotonina- leva a OXIGENIO a 100%
vasoconstricção dos vasos cerebrais e
meníngeos) No 1ª episódio: fazer TC com e
OBS: os Triptanos NÃO servem para prevenir sem contraste para  diag.  ≠.  Caso  
crises de enxaqueca- seu uso é restrito ao seja normal, pedir punção lombar.
período de sintomas.

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+ analgésicos e metoclopramida- 10 mg- VO OBS: na 1ª consulta deve abordar
pra vômitos. a crise e já iniciar a profilaxia.
- FALHA TERAPEUTICA: clorpromazina ou
proclorperazina( neuroléptico) ou corticoide (
dexametasona)
OBS: tomar remédio por no Maximo 2
semanas ( porque se não transforma em
cefaleia por uso de medicamento crônico)
- NÃO é necessário pedir nenhum exame
complementar!
INDICAÇÃO DE - ≥  3  a  5    crises/  mês - cefaleia  ≥  15  dias/mês ( é SEMPRE
PROFILAXIA OBS: o tto profilático é mantido por 6 meses. considerada crônica)
TTO PROFILATICO - de escolha: BETA-BLOQUEADOR: - ANTIDEPRESSIVO TRICICLICO: - de escolha: VERAPAMIL ( bloq.
Propranolol ( 80- 320 mg/dia) Amitriptilina 10 a 50 mg/dia ao Do canal de cálcio)
Atenolol ( 50-150 mg/dia) deitar. Outras opções:
Outras opções: - acido valproico, lítio.
- ANTI-DEPRESSIVO TRICICLICO: amitriptilina OBS: o antidepressivos tricíclicos
- BLOQUEADOR do CANAL DE CALCIO: esta associados a ↑ do intervalo
flunarizina QT no ECG que pode levar a
- ANTICONVULSIVANTE: valproato de sódio ou taquicardia  ventricular  “torsades  
topiromato dês  pointes”

SECUNDÁRIAS

MENINGITE BACTERIANA ETIOLOGIA CLINICA DIAGNOSTICO TRATAMENTO


- infecção purulenta das * PERÍODO NEONATAL ( -TRIADE CLASSICA: * PUNÇAO LOMBAR: DOENÇA de NOTIFICAÇAO
meninges e espaço ate 28 dias) * CEFALEIA realizada entre L1 e S1 COMPULSORIA.
subaracnoideo. 1ª lugar: S. AGALACTIAE * FEBRE Contraindicações a PL: ATB: EMPIRICA:
- 80% crianças ate 5 anos 2ª: E.COLI ( gran - ) *↓ NIVEL DE CONSCIENCIA - infecção no local da HARISSON
- > incidência no inverno 3ª :LISTERIA ( bastonete + punção 0-1 mês: AMPICILINA +
gran +): acomete neonato - RIGIDEZ DE NUCA - signos de PIC CEFOTAXIMA
e > 55 anos - inicio súbito - Insf. Respiratória aguda 1-3 meses: ampicilina +
- náuseas, VÔMITOS - discrasia sanguínea cefota ou ceftriaxa

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* a principal via *1 MÊS ao 20 ANOS: - choro com caráter de OBS: nesses casos de CI da > 3meses ate 55 anos:
transmissão é por via 1ª lugar: NEISSERIA grito PL, iniciar ATB empírico e cefotaxime OU
RESPIRATÓRIA e a invasão MENINGITIDIS - convulsões colher hemocultura. O CEFTRIAXONE + associado
do SNC se da por via MENINGOCOCO ( GRAN - ) - ptose palpebral objetivo é iniciar o ATB em ou não a vancomicina (
hematogênica. ( É o principal) - reflexo de cushing 60 min da chegada do para cobrir pneumococo
OBS: diplococo gran (-) - rash petequial, púrpura paciente. de alta resistência)
Qual é o patógeno mais Negativo= Neiseria > 55 anos:
associado a SURTOS e * MENINGOCEMIA- sepse * NEUROIMAGEM: cefalosp. 3ª G +
EPIDEMIAS de meningite? 2ª lugar : PNEUMOCOCO por meningococo, as - pedir o exame de vancomicina +
- MENINGOCOCO, principais características neuroimagem ANTES da AMPICILINA
sorotipo C: fazer profilaxia 2ª o MS, o meningococo é são alterações vasculiticas PL, somente nesses
dos contactantes íntimos o + prevalente em todas as cutâneas ( petequias, casos: MINISTERIO DA SAUDE:
ou creches, para que idades, sendo a principal rash, púrpura), e presença - pcte imnucomprometido < 2 meses: ampi + genta
tiveram 20 horas de bactéria causadora de de crise convulsiva que - TCE recente 2 m a 5 anos: ampi +
convivência com o caso meningite. pode evoluir pra choque - alt. Do nível de clorafenicol
índice, nos últimos 7 dias, rapidamente. consciência > 5 anos: penicilia G
com RINFAMPICINA 10 * > 20 ANOS: segundo - papiledema cristalina + ampicilina
mg/kg ou 600 mg cada 12 Harisson: * As principais - déficit neurológico focal. OBS: de acordo com MS o
horas por 2 DIAS – VO + 1ª: S. PNEUMONIAE- complicações são: choque tratamento de meningite
VACINAÇAO BLOQUEIO PNEUMOCOCO( GRAN +) ( refratário e CID bacteriana SEM etiologia
para surtos e epidemias na + grave, leva a morte 20- * a sequela neurológica + determinada na faixa
população considerada de 30%) comum é a surdez etária 2 anos e 5 anos é
risco. OBS:diplicoco gran- neurosensorial CEFTRIAXONE
Positivo= Pneumococo OBS: toda ATB terapia é
OBS: profilaxia para Quais os principais IV, por 7-21 dias
HEMÓFILO: * > 55 anos: critérios de Um MAL
RINFAMPICINA por 4 DIAS. 1ª : PNEUMOCOCO prognostico da doença TTO ESPECIFICO DE
2ª : LISTERIA : é um meningocócica? ACORDO COM AGENTE:
OBS:a meningite por bastonete gran + MENINGOCEMIA: * PSEUDOMONAS:
penumococo pode ocorrer - IDADE > 60 anos ceftazidime ( 3ª G) ou
como sequela- PERDA OBSERVAÇÕES: - CHOQUE e RASH cefepime ou meropenem (
AUDITIVA em ate 30% OBS: a meningite pós purpúrico 4ª G)
punção lombar tem como - COMA * LISTERIA: adicionar
o principal agente - AUSENCIA de sinais ampicilina no esquema em

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MORTALIDADE: etiológico S. AUREUS e menÍngeos MENINGITE < 3 meses e > 55 anos
3-7% MENINGOCOCO PSEUDOMONAS. - AUSENCIA de leucocitose TUBERCULOSA * S. AGALACTIAE:
15% LISTERIA TTO: ceftazidime + ou leucopenia - é umas das formas + penicilina G ou ampicilina
20% PNEUMOCOCO oxacilina - PCR reativo e VHS ↓ graves de TBC e ↑ * MENINGOCOCO e
mortalidade. PNEUMOCOCO: penicilina
VACINAÇÃO: OBS: indivíduos com NEONATO E LACTANTE - a vacina BCG reduz o G cristalina
MENINGOCOCO: fratura de crânio e P.O de - febre,irritabilidade, grito risco, mas não impede.
p/ sorotipo C: neurocirurgias é mais meníngeo, recusa mamar, - CLINICA: quadro crônico * glicocorticoides-
- faz parte do calendário causada por S. AUREUS e abaulamento da de febre arrastada > 3 DEXAMETASONA: usar
vacinal do MS: < 1 ano (2 GRAN - entéricos. fontanela,letargia, semanas e depois evolui somente para
doses- 3-5 mês ) TTO: ceftazidime Ou gemência, convulsões. com vomito, cefaleia... PNEUMOCOCO e
PNEUMOCOCO: Meropenem + OBS :os neonatos e HEMOFILO
-faz parte do calendário vancomicina + ampicilina lactantes geralmente NÃO * DIAGNÓSTICO: Deve ser usada antes com
vacinal do MS: apresenta sinais de -Rx de tórax junto com ATB
Crianças: vacina OBS: principal agente de irritação meníngea- -TC de crânio com
pneumocócica 10-valente: meningite em paciente rigidez de nuca. contraste: principal a *isolamento respiratório
3 doses ( 2-4-6 meses) e com DPOC: pneumococo HIDROCEFALIA por 24 hrs após inicio de
reforço 12 e 15 meses SINAL DE KERNING: - Exame do liquor ATB: somente P/
> 60 anos: pneumocócica OBS: Qual é o principal Paciente em decúbito - ADA ( acurácia de 90%) MENINGOCO E HEMOFILO
23- valente: dose de 5 em agente causador de dorsal, fletir a coxa sobre o - BAAR raramente é + - hidratação com solução
5 anos meningite em pacientes quadril e o joelho sobre a - PPD geralmente NÃO é isomolar
com SIDA? coxa. Quando o importante, porque - elevar a cabeceira da
HAEMÓFILOS B: CRIPTOCOCCUS examinador tenta geralmente vai da não cama
Criança < 1 ano: 3 doses ( neoformans ( fungos). estender a perna o reagente. - manitol p/ manutenção
2-4-6 meses) * Clinica: cefaleia, febre, paciente refere dor. - diazepan
rebaixamento de *TRATAMENTO: esquema
consciência SEM déficit RIPE por 9 meses + PROFILAXIA P/
neurológico focal. A SINAL DE BRUDZINSKI: CORTICOIDE nas 4-8 CONTACTANTES INTIMOS:
rigidez de nuca nem Flexão involuntária da primeiras semanas. Fazer somente em caso de
sempre esta presente! perna sobre a coxa e dessa MWNINGOCOCO e
* Tratamento: sobre a bacia ao tentar HEMOFILO:
anfotericina B x 2 semanas fletir a cabeça. RINFAMPICINA por 2 dias.
+ fluconazol por 8 OBS: pneumococo NÃO
semanas. precisa de PROFILAXIA.

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MENINGITE VIRAL ETIOLOGIA CLINICA DIAGNOSTICO TRATAMENTO
- principal via de - ENTEROVIRUS – 75% → - quadro clinico - PCR ( principal) - SUPORTE
transmissão é FECAL- fazem parte: semelhante ao MBA, - cultura do liquor - reposição
ORAL *COXSACKIE porem mais arrastado - sorologias virais. hidroeletrolitica
* ECOVIRUS ou ECHO - geralmente menos grave - o TTO pode ser
- É + comum que a MBA. vírus e prognostico melhor. ambulatorial em pacientes
* POLIOVIRUS - sinal de KERNING e imunocompetentes.
* ENTROVIRUS HUMANO BRUDZINKI geralmente - ACICLOVIR: oral ou
68 A 71 estão ausentes. venoso

- HERPES VIRUS TIPO 2-


25% em ♀ e 11% em ♂
OBS: é a principal causa de
meningite recorrente.
- EBV
TABELA DE RESUMO DAS CARACTERISTICAS DO LIQUOR

NORMAL BACTERIANA VIRAL TBC


CELUERIDADE- leucócitos 4 > 500 ( ↑↑↑) < 500 < 500
PROTEÍNAS 40 > 40 ( ↑ proteína) 20-80 > 100 ( ↑↑↑ proteína)
GLICOSE > 40 < 40 ( ↓ glicose) NORMAL < 40 ( ↓ glicose)
CULTURA NORMAL POSITIVA NEGATIVA NEGATIVA ou POSITIVA
Predomínio de PMN ( Predomínio de Predomínio de LINFÓCTOS
neutrófilos)- liquido cor LINFÓCITOS em alguns
TURVA caso pode ter predomínio
de PMN- cor CLARA

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AVE HEMORRÁGICO
HEMORRAGIA SUBARACNÓIDE ( HSA) AVE HEMORRÁGICO INTRAPARENQUIMATOSO
TRIADE CLASSICA: - mais comum dos AVEs hemorrágicos.
TRIADE CLASSICA:
- Cefaleia SÚBITA INTENSA ( diferente de qualquer
- CEFALEIA SÚBITA INTENSA + AGRAVAMENTO DA PA
episódio) + PERDA DA CONSCIÊNCIA- SÍNCOPE +
COM DEFICITE NEUROLÓGICO FOCAL( hemiplegia
RIGIDEZ DE NUCA SEM FEBRE
contralateral) + REBAIXAMENTO DA CONSCIÊNCIA ao
- Principal causa: ruptura de aneurisma sacular ou malformação longo dem3-6 hrs.
arteriovenoso. - Principal causa: etiologia hipertensiva.
- DIAGNÓSTICO: TC de crânio SEM CONTRASTE: imagem hiperdensa - DIAGNÓSTICO: TC de crânio SEM CONTRASTE, se vier sem alteração
“branca”.....  se  vier  normal...  pedir pedir→ PUNÇÃO LOMBAR.
PUNÇÃO LOMBAR: liquor com XANTOCROMIA.

ABSCESSO CEREBRAL PATOGENIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


Localização + comum: Pode se originar de: Sintomas ao “efeito  de   * TC COM CONTRASTE - SEMPRE o abscesso deve
frontal e frontoparietal ( a - foco supurativo: massa” * RM: imagem anelar- ser DRENADO
maioria das vezes a partir complicação de mastoidite TRÍADE CLÁSSICA: “em  forma  de  anel”. - iniciar ATB empírica
de sinusite ou infecção ou sinusite CEFALEIA holocranaiana mantido por 6 a 8 sem.
dentária.) - TCE penetrante, ou lateralizada + *diagnostico definitivo= - anticonvulsivante-
BACTÉRIAS + FREQ: neurocirurgia FEBRE + DRENAGEM DO mínimo 3 meses
- Imunocompetentes: - disseminação DEFICTE NEUROLÓGICO MATERIAL ( coleta do - dexametasona
Streptococo hematogênica FOCAL ( hemiparesia) material pra Gran e
- criptogênico Cultura OBS: a principal causa de
- Imunocomprometidos: a OBS: o principal agente morte por abscesso é
maioria são de causa não causador de lesão com OBS: NÃO pedir punção causado é por : herniação
bacteriana: norcadia, “efeito  em  massa”em   lombar cerebral
toxoplasma, aspergillus, paciente com SIDA é? LABORATÓRIO:
cândida, criptococo. TOXOPLASMA GONDII ( - leucocitose neutrofilica;
neurotoxoplasmose) ↑ VHS e PCR

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TUMORES DO SNC CLÍNICA DIAGNÓSTICO
Os tumores SECUNDÁRIOS do SNC ( metastáticos) são + Sintomas de Hipertensão Craniana: - TC de crânio COM contraste
comum que os PRIMARIOS; portanto: as neoplasias + comuns - cefaleia continua que piora pela - RNM COM gadolínio: + sensível que
do SNC são as metastáticas. manha e ao deitar ( pois ↑ PIC) TC
Qual principal sítio de metástase para SNC? PULMÃO - Vômitos em jato ( não precedido de
Qual tumor PRIMÁRIO + comum do SNC: GLIOMAS ( das cel. náuseas) NÃO realizar punção lombar!
Gliais) - irritabilidade e sonolência
- paralisia de VI par: estrabismo SINAIS DE GRAVIDADE de um PRÉ-
Qual tumor BENIGNO + comum do SNC: MENINGIOMA (80%) convergente à Esquerda e ptose ESCOLAR:
palpebral - < 6 anos e inicio recente dos sintomas
Qual tumor MALIGNO + comum do SNC? - reflexo de Cushing: HTA + ( < 6 meses)
GLIOMAS -ASTROCITOMAS: tipos: bradicardia + arritmia respiratória. - piora progressiva
Melhor prognostico: astrocitoma policístico juvenil - rebaixamento do nível de - acorda o paciente a noite
Pior prognostico: glioblastoma multiforme consciência. - sinais de hipertensão intracraniana :
- crise convulsiva HTA + bradicardia.
TUMORES do SNC associado a SIDA: pensar sempre em - Edema de papila ( sinal de
LINFOMA 1ª DO SNC e esta sempre associada ao vírus gravidade)
Epstein- Barr) - Sx. atáxicas

ARTERITE TEMPORAL ou de CÉLULAS GIGANTES CLÍNICA- DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO


Vasculite de artérias de GRANDE e MÉDIO calibre, tem predisposição IDOSO (> 50 anos) + CEFALEIA TEMPORAL + CLAUDICAÇÃO DE
pelos ramos extracranianos da carótida ( como artéria temporal) MANDIBULA ( dificuldade de mastigação) + alterações visuais (
CEGUEIRA) + VHS ↑ + FEBRE e PERDA DE PESO.
OBS: a polimialgia reumática esta presente em 40% dos casos de Diag: biopsia da artéria temporal
arterite temporal. Tratamento difere da arterite com inicio de TTO: prednisona – iniciar com doses ALTAS - 60-80 mg/dia ( ótima
prednisona em DOSES BAIXAS ( 10-20 mg/dia) resposta ao corticoide)
OBS: em caso de associação com alterações visuais se deve associar a
corticoides e iniciar imediatamente o tratamento.
O controle da doença é obsevada pelo VHS

33
COLAGENOSES

LES- LÚPUS ERITEMATOSO CLÍNICA LABORATÓRIO TRATAMENTO


Inflamação dos tecidos por * Período de exacerbação e * INESPECÍFICOS: * MEDIDAS GERAIS:
ataque autoimune. remissão da doença. - anemia de doença crônica, - repouso e evitar estresse
Fatores genéticos e ambientais - as manifestações clinicas + carencial e imuno-hemolítica - uso de protetor solar
relacionados a perda da comuns são :mialgia e fadiga, - plaquetopenia; leucopenia - evitar tetraciclina ( ↑ efeito U.V)
“autotolerância”  do  LES: alem de febre e emagrecimento . - ↑ VHS e PCR
1- luz ultravioleta: * PELE e MUCOSA: - ↓ complemento sérico C3 e C4 * MEDICAMENTOS:
comportamento epidêmico do - ESPECÍFICAS: CUTÂNEAS:
lúpus nos períodos de verão. AGUDAS- * ESPECÍFICOS: - CORTICOIDE TÓPICO
2- hormônios sexuais: o x RASH MALAR- em  “asa  de   - ANTICORPOS: - ANTIMALÁRICOS (
estrogênio são imuno borboleta” x FAN  (  +  )  ≥  1:  80= hidroxicloriquina; cloriquina)-
estimulantes. Isso explica a x Fotossensibilidade- ↑ sensibilidade e ↓ especificidade droga de ESCOLHA!
predominância em ♀ idade fértil. associado ao ANTI-RO - melhor teste para TRIAGEM do - CORTICOIDE SISTEMICO
3- medicamentos. x Lúpus bolhoso LES
SUBAGUDAS- - Em ate 10% da população OSTEOARTICULAR:
EPIDEMIOLOGIA: x Eritema em forma de NORMAL apresenta FAN ( + ) e - AINES: ibuprofeno, cetoprofeno,
- + freq. em ♀ na idade fértil ( 9:1) anel isso NÃO significa o diclofenaco...
- + freq. em ♀ NEGRAS. x Rash no dorso das desenvolvimento futuro da Para casos + intensos e
falanges poupando os nós doença. refratários:
* OBS: Fator de risco ↑ para articulares ( inverso das - NÃO esta relacionado com a - ANTIMALARICO
doença aterosclerótica ( 7 a 10 x > manchas de GOTTRON da atividade da doença. - CORTICOIDE SISTÊMICO
no LES) polimiosite) - cerca de 5% dos pacientes com - MTX
x Associado ao anticorpo LES tem FAN ( - )
OBS: > mortalidade dos pacientes ANTI-RO - Qual anticorpo + SENSÍVEL para SEROSITE:
com LES é por complicação CRÔNICA- diagnostico de LES? - CORTICOIDE SISTÊMICO ( dose
cardiovascular. x Lesão discoide no couro FAN ( + )- fator antinuclear anti- inflamatória- baixas doses
cabeludo- alopecia. 0,25 a 0,5 mg/Kg/dia de
- INESPECÍFICAS: - Qual os anticorpos + predinisona)
x Alopecia não discoide ESPECÍFICOS do LES?
x Fenômeno de Raynaud 1ª : anti- SM * FORMA MODERADA E GRAVE:
2ª : anti- DNA nativo ( dupla - IMUNOSSUPRESSÃO:
x Livedo reticular
hélice) *CORTICOIDE DOSE
x Telancioectasias

34
x Ulceras mucosas ( lábios, 3ª anti- P IMUNOSSUPRESSORA ( 1 a 2
orais, nasal, vagina) mg/kg/dia de predinisona) OU
* OSTEOARTICULAR - Qual anticorpo relacionado a *CITOTÓXICOS: ciclofosfamida,
x ARTRITE: Poliartralgia de ATIVIDADE DA DOENÇA? azatioprina, micofenolato.
PEQUENAS articulações ( ↑ anti- DNA nativo e ↓ C3 - Glomerulonefrite rapidamente
mão-punho e joelho) progressiva, lúpus grave do SNC:
ASSIMETRICO e Quais os MARCADORES pulsoterapia (
MIGRATÓRIA. relacionados a atividade da metilpredinisolona)
x NÃO cursa com EROSÃO doença?
articular- Padrão VHS ↑, hemoglobina, plaquetas, OBS:
deformante, porem NÃO creatinina, albumina, EAS. * não usar AINES nos pacientes
erosivo- ARTRITE de com nefrite.
JACCOUD. - Qual anticorpo + relacionado a * fazer avaliação oftalmológica
LESÃO RENAL? periódica nos usuários de
* PULMONAR E CARDÍACO Anti- DNA nativo ( dupla hélice) antimaláricos
x PLEURITE- dor pleurítica * cuidado com
x PERICARDITE ( - Qual anticorpo + relacionado ao ESTRONGILOIDÍASE disseminada a
manifestação ♥ + freq) lúpus FARMACOINDUZIDO? usar corticoide em doses
- derrame do tipo exsudado com Anti-Histona imunossupressoras nesses
glicose NORMAL e complemento pacientes, pois pode levar a
reduzido. - Qual anticorpo + relacionado a sepse, se indica tratar antes a
x SX. Do PULMÃO RASH por HIPERSENSIBILIDADE? parasitose ( tiabendazol)
CONTRAÍDO ( raro)- ↓ do Anti- RO * usuários crônicos de corticoide:
volume pulmonar, pode repor CÁLCIO e vitamina D para
levar a atelectasia- ocorre - Qual o + relacionado ao LUPUS prevenir osteoporose.
por miosite do CUTÂNEO SUBAGUDO?
diafragma. Anti- RO LES NA GRAVIDEZ:
x ENDOCARDITE de - O LES não reduz a chance da
LIBMAN-SACKES- tipo de - Qual o + relacionado ao LUPUS mulher engravidar
endocardite verrucosa NEONATAL ( bloqueio ♥ - a gestação é considerada de alto
NÃO bacteriana, congênito)? risco
localização + frequente é Anti- RO - a gestação EXACERBA a doença:
a FACE ATRIAL DA VALVA é recomendado a gestação após 6
MITRAL. + frequente nos meses de remissão da doença

35
portadores de LES + SX. - Qual o + relacionado ao LUPUS - ↑ risco de complicações fetais (
Do anticorpo FAN ( - )? parto prematuro, aborto,
antifosfolipídeo. Anti- RO natimorto)
* HEMATOLÓGICAS - anti-RO ( + ) tem > chance de RN
x ANEMIA de doença - Qual possui associação com lúpus cutâneo e bloqueio
CRONICA: normo-normo NEGATIVA com a NEFRITE lúpica? cardíaco congênito que tem
( forma + comum do LES, Anti- LA letalidade de 20%
mas NÃO é critério de - ciclosfosfamida, MTX e
DX) - Qual esta relacionado a PSICOSE talidomida são
x ANEMIA IMUNO- lúpica? CONTRAINDICADAS na gestação.
HEMOLITICA- Coobs Anti- P - a azatioprina pode ser usada
direto + com cuidado
x TROBOCITOPENIA < OBS: o VDRL FALSO positivo pode - o sofrimento fetal relacionado
100.000 ser encontrado em baixos títulos ao anticorpo antifosfolipidio deve
x LEUCOPENIA < 4.000 nos pacientes ( ≤ 1: 8), ser tratado com heparina plena.
x LINFOPNEIA < 1.500 principalmente nos casos
x Distúrbio da hemostasia associados à SX. do anticorpo LES e CONTRACEPÇÃO:
– anticorpo antifator VIII antifosfolipideo. Neste caso se - os ACO contendo ↑ doses de
( é um fator anti- deve fazer os testes treponêmicos ESTROGÊNIO aumenta a chance
hemofílico- na falta dele específicos da doença ( FTA-ABS) de exacerbação do LES.
leva  a  “hemofilia   que será negativo neste caso. - o DIU deve ser evitado pelo >
adquirida”) risco de hemorragias e infecçõe .
* RENAL - INDICAÇÃO de anticoncepção:
x Anticorpo da nefrite DIAGNÓSTICO: injeção trimestral de acetato de
lupica: anti-DNA- nativo 11 CRITÉRIOS P/ DX: medroxiprogesterona e
+ ( dupla hélice) e ↓  C3 e - Resultado: 4 ou + critérios minipilula.
C4 positivos. OBS: o progesterona NÃO
x Proteinuria > 500mg/24 interfere na atividade do lúpus.
h 1- Exantema Malar- asa de
x Cilindros Celulares borboleta. LUPUS FARMACOINDUZIDO
2- Exantema Discoide DROGAS:
x Lesão Renal + COMUM
3- Fotossensibilidade - Hidralazina
no LES: CASSE IV
4- Ulceras Orais e nasais ( ulceras - procainamida
x Lesão renal + GRAVE:
genitais NÃO faz parte do dx) - isoniazida
CLASSE IV

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x LES que cursa com sx. 5- Artrite ( não erosiva; que pega - Fenitoína
Nefrótica Pura e simples- 2 ou + articulações) - Clopromazina
proteinúria > 3,5 g/24h: 6- Serosite: PLEURITE e - d- penicilamina
CLASSE V ( cursa com PERICARDITE - Metildopa
complemento normal) 7- Distúrbios Hematológicos: - Quinidina
x Complicação da CLASSE anemia HEMOLITICA ou - Alfainterferon
V: trombose da veia Leucopenia ( < 4 000) ou
renal Linfopenia ( < 1 500) ou
x Peculiaridade da classe Trombocitopenia ( < 100.000) FORMA CLINICA:
V: geralmente anti- DNA 8- Distúrbio Renal: - é branda
( - ) e complemento PROTEINÚRIA > 500 g/dia  ou  ≥  3+ - NÃO acomete os RINS ou SNC
sérico NORMAL. Ou CILINDROS CELULARES - NÃO consome complemento
* NEUROLÓGICA: 9- Distúrbios Neurológicos: - ANTI-DNA dupla hélice ( - )
x CEFALEIA ( manifestação CONVULSÕES ou PSICOSE - FAN é ( + ) em ALTOS títulos
neurológica + frequente) 10- Distúrbios Imunológicos: - anticorpo ANTI-HISTONA ( + )
x Convulsões ANTICORPO ANTIFOSFOLIPIDIOS em > 95% dos casos.
* PSIQUIÁTRICA: ( anticardiolipinia; anticoagulante
x Depressão; demência lupico e VDRL falso positivo) ou
lúpica ANTI-DNA ( + ) ou ANTI- SM ( + )
x PSICOSE lúpica ( esta 11- FAN ( + )- FATOR
associada ao anticorpo ANTINUCLEAR
ANTI-P ( P de- Psicose)
* OFTALMOLÓGICA: OBS:
x SX. De SJOGREN- LUPUS LEVE: pele, mucosa e
ceratoconjuntivite seca articulações e serosas
x Vasculite retiniana ( LUPUS MODERADO: +
exudatos algodanosos à hematológicos
fundoscopia) LUPUS GRAVE: + renal ou
manifestações neurológicas e
psiquiátricas.

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SX. Do ANTICORPO CLINICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
ANTIFOSFOLIPIDIO- SAF
É caracterizada por eventos - Tromboses arteriais e * CRITÉRIOS CLINICOS: -- Pacientes Assintomáticos:
tromboembolíticos ( arteriais ou venosas de repetição- 1- TROMBOSE Vascular: * ASS em doses baixas
venosos), ABORTAMENTO evento mais comum /e TVP Um ou mais episodio confirmado pelo
espontâneo de repetição e seguida por AVE isquêmico. Doppler ou exame histopatológico. Pacientes Ssintomáticas:
presença no soro dos anticorpos - Tromboflebite superficial * 1ª episódio: anticoagulação
antifosfolipidios: - trombocitopenia 2- ABORTAMENTO: Morbidade Gestacional: com Warfarin por 6 meses a 1
*anticardiolipina IgG ou IgM - levedo reticular: A) 1 ou + mortes de feto morfologicamente ano- manter o INR entre 2 e
* anticoagulante lúpico espasmos de arteríolas NORMAL com + de 10 sem de gestação. 3.
* anti- β2  glicoproteina dérmicas, formando uma B) 1 ou + nascimento prematuro de feto * 2ª episódio: anticoagulação
malha na pele. morfologicamente NORMAL com 34 sem por toda a vida
EPIDEMIOLOGIA: - abortamento espontâneo C) 3 ou + abortos espontâneos antes da 10
- SAF PRIMÁRIO ( 50% dos casos): de repetição por oclusão semana de gestação - Pacientes refratários:
incidência igual em ♀ e ♂. de vasos uteroplacentários * imunoglobulina IV ou
- SAF SECUNDÁRIO ( 50% dos - endocardite de Libman- * CRITÉRIOS LABORATORIAIS: anticorpo anti- CD20
casos): incidência bem > em ♀. Sackes. 1- ACA- anticardiolipina IgG ou IgM em
É a principal associação com o títulos moderados ou altos ( 40 unidade) em - Gestante:
lúpus. DIAGNÓSTICO: tem que ter 2 ou + ocasiões com intervalo de no mínimo 6 * ASS em baixas doses e
pelo ao menos 1 critério -1 2 semanas. HEPARINA ( preferível a
OBS: anticoagulante lúpico: clinico e 1 critério 2- anticoagulante lupico ( + ) é o teste HBPM- enoxaparina)
prolongamento do PTTa que NÃO laboratorial. laboratorial + sensível para diagnostico- leva
corrige com adição de plasma- a trombose e tem Tempo parcial de OBS: se deve evitar o
nos pacientes com LES a presença tromboplastina alargado! WARFARIN.
de antifator VIII ( hemofilia 3- anticorpos anti- β  2  glicoproteina acima O tratamento deve ser
adquirida) leva a um achado do percentil 99 mantido durante 4 a 6
laboratorial semelhante porem semanas após o puerperio,
com uma diferença clinica: o para reduzir risco de
paciente com LES apresenta trombose materna.
hemorragia e o paciente com SAF
apresenta trombose.

38
ESCLERODERMIA CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Ou ESCLEROSE SISTÊMICA * FORMA SISTÊMICA: - NÃO ocorre fase de remissão e * LABORATORIO:
Esclerodermia  significa  “pele   aqui em todas as formas há recidiva, uma vez instalada, progride - anemia
dura”. acometimento de órgãos lentamente de forma irreversível. - geralmente NÃO tem
Caracterizada pela FIBROSE dos internos. Possui 3 etapas: edema (precoce)→ leucopenia, plaquetopenia e
órgãos acometidos, através da 1) CUTÂNEA DIFUSA: fibrose → atrofia tecidual ( tardia). nem elevação do VHS.
superprodução de COLÁGENO. acometimento de órgãos - Manifestações clinicas comuns:
Leva a disfunção vascular de internos + qualquer parte da perda de peso e fadiga. FEBRE NÃO é DIAGNÓSTICO:
pequenas artérias e microvasos pele comum! 1)CLINICA
de diversos órgãos, gerando um - Acometimento pulmonar +
estado de isquemia tecidual comum é alveolite com fibrose * MANIFESTAÇÕES VASCULARES 2) ANTICORPOS:
crônica. intersticial x FENÔMENO DE RAYNAUD * Anticentromero: 38% dos
- responde pela grande maioria - manifestação + COMUM da pacientes na forma cutânea
PATOGENIA: dos episódios  de  “crise  Renal” esclerodermia, abrindo o quadro limitada ( CREST)
Ativação anormal do sistema - o fenômeno de raunaud se clinico de quase todos os pacientes. * Antitopoisomerase I ou anti-
imune, leva a → mobilização de inicia junto com o acometimento - Qual a colagenose + associada ao Scl 70: 31% na forma cutânea
células inflamatórias e cutâneo. fenômeno de Raynaud? - difusa – é muito especifico e
fibroblastos→ superprodução - anticorpo + comum na forma Esclerodermia. pouco sensível.
de COLÁGENO→ FIBROSE difusa: ANTITOPOISOMERASE I - precipitada pelo FRIO e estresse e * FAN e FR : pode ser +
geralmente observada nas mãos-
EPIDEMIOLOGIA: 2) CUTÂNEA LIMITADA: ocorre vasoespasmo das arteríolas
- + no sexo ♀ entre 30 e 50 anos acometimento de órgãos digitais que leva a: 3) CAPILAROSCOPIA DO LEITO
- é menos frequente que o LES. internos + cutâneo limitado as - PALIDEZ → CIANOSE → RUBOR ( UNGUEAL: 98% de sensibilidade
regiões distais aos cotovelos, causado pela vasodilatação de
- apresenta mortalidade > que a joelhos e superiores a clavícula ( rebote - dor e formigamento) TRATAMENTO:
forma cutânea limitada ( a mãos e faces- NÃO atinge o - principal causa de fenômeno de * NÃO tem cura!
principal causa de morte é tronco!!!). Raynaud é a DOENÇA de Raynaud * Geral: d-penicilamina e ASS em
doença pulmonar) SX. De CREST: que acomete de 3 a 20% da baixas doses.
C: Calcinose população , mais comum em ♀
R: Raynaud jovens com historia familiar positiva * fenômeno de Rayunaud:
E: Esofagopatia para a doença. - evitar tabagismo,
S: Sclerodactyly ( esclerodactilia) - em raros os casos o fenômeno de betabloqueadores, frio e
T: telangioectasias Raynaud pode ocorrer após uso de simpaticomiméticos.
quimioterápicos e

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O diagnostico é firmado por pelo betabloqueadores. - vasodilatadores: nitroglicerina
menos 3 dos 5 critérios. * CUTÂNEAS: tópica, antagonista de cálcio (
- o fenômeno de Raynaud inicia x ESCLERODACTILIA- fibrose da nifedipina), simpaticolíticos e
isoladamente anos antes do pele das mãos, leva ao análogos da prostaciclina .
aparecimento das lesões desaparecimento das pregas
cutâneas. cutâneas, limitação dos * Alveolite fibrosante:
- o acometimento pulmonar + movimentos dos pedinisona + ciclofosfamida ou
comum é vasculopatia com dedos→FLEXÃO DOS azatioprina
hipertensão pulmonar DEDOS, alem da queda dos
- crise renal é rara pelos. * Vasculopatia com Hipertensão
- antiCorpo + comum na SX. DE x ULCERAS CUTÂNEAS- nas pulmonar: Oxigenoterapia +
CREST: ANTICENTRÔMERO. pontas dos dedos e sobre as anticoagulante ( warfarin) +
articulações IF vasodilatadores.
3) VISCERAL: ( rara < 5%): x Fibrose da pele da face, afina
acomete SOMENTE órgãos o nariz e desaparecimento * Crise renal: IECA- não
internos- esclerose SEM das pregas cutâneas- suspender o IECA mesmo que
esclerodermia. Limitação da abertura e haja deterioração da função
fechamento da boca- leva a renal- dialisar
* FORMA LOCALIZADA: microstomia e deixando os
1) MORFEIA ( forma + comum dentes à mostra. - evitar diuréticos, corticoides e
da localizada): placas de x LEUCOMELANODERMIA- imunossupressores→ pois
esclerose bem limitada na pele Despigmentação cutânea podem agravar o dano renal da
2) ESCLERODERMIA LINEAR: poupando as áreas esclerodermia.
bandas fibroticas longitudinal. perifoliculares- aspecto em
Mais comum na infância e “sal  e  pimenta”.
adolescência. x CALCINOSE- deposição de
3) LESÃO EM GOLPE DE SABRE: cálcio subcutâneo
em face e couro cabeludo x TELANGIECTASIA

* SISTÊMICAS:
Qual a colagenose + associada a x MIALGIA, POLIARTRALGIA (
hipertensão arterial pulmonar? dor nas articulações, mas sem
ESCLERODERMIA sinais inflamatórios – não
cursa com artrite!); ATROFIA

40
E FRAQUEZA MUSCULAR.
* GASTROINTESTINAIS:
x ESOFAGOPATIA ( ocorre em
90% dos casos)- acomete o
esôfago distal, leva a
incompetência do EEI que
leva a refluxo e disfagia de
condução..
x ESTASIA VASCULAR ANTRAL (
estomago em melancia) que
pode levar a Hemorragia
digestiva.
x HIPOMOTILIDADE
INTESTINAL- constipação →
formação de DIVERTICULO
com BOCA LARGA ( luz ampla)
x INCONTINENCIA FECAL-
disfunção do esfíncter anal
* PULMONARES:
x ALVEOLITE COM FIBROSE
INTERSTICIAL: dispneia e
tosse seca- típica da forma
cutânea difusa.
x VASCULOPATIA PULMONAR
com HIPERTENSÃO
PULMONAR- típica da forma
cutânea limitada- SX. De
CREST
* RENAIS:
x Crise renal da esclerodermia-
quase exclusivo da forma
cutânea difusa. Cursa com:
IRA oligurica; HAS grave;
anemia Hemolítica

41
microangiopatica.
* OUTRAS MANIFESTAÇÕES:
x NEURALGIA DO TRIGEMIA
x SX. DO TUNEL DO CARPO
x HIPOTIREOIDISMO ( fibrose
tireoidiana- 20% dos casos)
x Risco ↑ para Câncer de
Pulmão e esôfago.
x PERICARDITE

SX. DE SJOGREN CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


SX. SECA- boca e olhos secos! * XEROFTALMIA: olhos secos ( * LABORATORIO: - ↑ da ingestão hídrica
ceratoconjuntivite seca), sensação de - anemia de doença crônica - colírio
EPIDEMIOLOGIA: areia nos olhos, queimação ocular - ↑ VHS - saliva artificial
- é a mais comum das * XEROSTOMIA: boca seca→ caries, - ANTI- RO ( + ) em 60% - colinérgicos
colagenoses- presente em 1% da halitose e disfagia - ANTI-LA ( + ) em 40% - corticoterapia nos casos
população. * ↑ parotídeo: mais na sx. De sjogren - FAN ( + ) em 80 a 90% graves.
- 50% dos pacientes possui a primaria. - FR ( + ) em 75 a 90%
forma PRIMARIA ( idiopática)- + * Acloridria- gastrite crônica atrofica
no sexo ♀ entre 30-50 anos * artralgia e artrite NÃO erosiva ( 60 * DIAGNÓSTICO:
- 50% forma SECUNDÁRIA a a 70%) - Teste de Schirmer: avaliação da
outras doenças: AR ( + comum) e * fenômeno de Raynaud- 30% produção anormal das glândulas
LES. * cirrose biliar 1ª – hepatomegalia e lacrimais- fita colocada sobre a
icterícia. pálpebra por 5 min.
PATOGENESE: *Doença Pulmonar 9 20%): fibrose - Escore de Rosa Bengala:
- infiltração linfocitária das intersticial substancia que cora as áreas de
glândulas exócrinas, causando * Doença Renal ( 15%) : nefrite ceratoconjuntivite seca.
disfunção glandular intersticial linfocitária e
- deposição de imunocomplexos glomerulonefrite por
em diversos órgãos pode causar imunocomplexo
vasculite e glomerulonefrite. * Vasculite ( 10%)
* Pseudolinfoma e Linfoma NÃO
Hodgkin ( 10% )

42
DOENÇA MISTA DO TECIDO CONJUNTIVO CLINICA LABORATÓRIO
Mistura de doenças reumatologicas: lúpus, - Mãos edemaciadas + fenômeno de Raynaud - FAN ( + ) em ALTOS TITULOS > 1:1000
esclerodermia, poliomiosite, artrite - artrite não erosiva; miosite e sinovite - anticorpo ANTI-RNP ( + ) > 1: 1600
reumatoide. - hipertensão pulmonar ( principal causa de - FR ( + ) em 50-70%
morte)
TRATAMENTO:
OBS: doença cheia de consoantes= - nefropatia Membranosa
autoanticorpos cheio de consoantes: DMTC= - Neuropatia do trigêmeo - antimalárico
anti- RNP - geralmente NÃO tem acometimento grave - corticoide em baixas doses
dos RINS e SNC.

VASCULITES

ARTERITE TEMPORAL IDOSO (> 50 anos) + CEFALEIA TEMPORAL + CLAUDICAÇÃO DE MANDIBULA (


ou ARTERITE DE CÉLULAS dificuldade de mastigação) + alterações visuais ( CEGUEIRA) + FEBRE e PERDA
GIGANTES DE PESO + dor na cintura escapular + VHS ↑ > 50
Diag: biopsia da artéria temporal
* Principal vaso acometido: TTO: prednisona – iniciar com doses ALTAS - 60-80 mg/dia ( ótima resposta ao
ramos extracranianos da corticoide)
carótida- como a ARTÉRIA OBS: em caso de associação com alterações visuais ,iniciar imediatamente o
TEMPORAL. tratamento.
Vasculite de GRANDES VASOS O controle da doença é obsevada pelo VHS
ARTERITE DE TAKAYASU ♀ JOVEM ( 15 a 30 a) + CLAUDICAÇÃO DE MMSS ( ↓ de pulso braqueal ) HAS
ou SX. DO ARCO AÓRTICO + SOPRO subclávios, carotídeos ou abdominais + ASSIMETRIA DE PRESSÃO
ARTERIAL (  ≠  de  PA  sistólica  >  10  mmHg  entre  o  MSD  e  MSE)  + FEBRE –
* Principal vaso acometido: ATRALGIA- MIALGIA- ASTENIA E PERDA DE PESO.
Aorta e seus ramos- carótida, Diag: aortografia ( estenose vascular, com ou sem oclusão , dilatação pós-
SUBCLÁVIA, coronárias, estenóticas, aneurismas arteriais e circulação colateral)
pulmonares, mesentérica, * artéria + acometida: SUBCLÁVIA ( 93%)
renais e femorais
POLIARTERITE NODOSA HOMENS ( 2:1) entre 40-60 a + PERDA DE PESO > 4 kg + LIVEDO reticular +
CLASSICA- PAN GANGRENA DIGITAL DOR TESTICULAR + MONONEUROPATIA MULTIPLA (
Vasculite de MÉDIOS VASOS OBS: não acomete os parestesia) + MIALGIA e FRAQUEZA + HTA de inicio recente + UREIA > 85 e
microvasos, e NÃO causa CREATININA > 1,5 ( insuf. Renal) + HBsAg ( + )

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glomerulonefrite e não OBS: ate 30% dos pacientes com PAN são positivos para HBsAg e HbeAG-.
acomete dos pulmões o que *Associação com a HEPATITE B
diferencia da Poliangeíte OBS: NÃO acomete os PULMÃO e nos RINS não causa golemrulonefrite.
Microscópica e também NÃO é Diag: arteriografia ( aneurismas ou oclusões de artérias viscerais) e BIOPSIA (
P- ANCA ( + ) biopsia contem neutrófilos)
DOENÇA DE KAWASAKI CRIANÇA ( < 5 a) + FEBRE  ≥ 5 dias + CONJUNTIVITE BILATERAL não exudativa +
ALT. Da CAVIDADE ORAL (língua em framboesa, fissura labial e descamação
* Principal vaso acometido: labial) + LINFADENOPATIA CERVICAL não supurativa + EXANTEMA
especialmente CORONÁRIAS. POLIMORFO + MÃOES E PÉS EDEMATIZADOS e ENDURECIDOS
Em 20% dos pacientes Diag: febre ↑ ≥  5  dias    +  4  dos  5 critérios.
apresentam ANEURISMAS TTO: imunoglobulina e ASS
CORONARIANOS. COMPLICAÇÃO: Aneurisma coronariano que pode levar ao infarto agudo do
miocárdio.
VASCULITE ISOLADA DO SNC HOMEM ( 30-50 a) + CEFALEIA de inicio recente + ENCEFALOPATIA +
- vasculite restrita ao SNC INFARTOS MULTIFOCAIS + DEMÊNCIA PROGRESSIVA
* Principal vaso acometido:
artérias CEREBRAIS.
GRANULOMATOSE DE AMBOS OS SEXOS 40 a +SINOSITE de repetição + RINORREIA PURULENTA ou
WEGENER SANGUINOLENTA + RX de tórax com infiltrado, nódulos ou cavitações +
ULCERAS ORAIS + GLOMERULONEFRITE ( GNRP)
* Principal vaso acometido:
artérias e arteríolas do trato OBS: acomete principalmente PULMÃO e RINS
Vasculite de PEQUENOS VASOS RESPIRATÓRIO superior e - C- ANCA ( + ) 97%- ( anticorpo anticitoplasma de neutrófilo )
GLOMERULARES
POLIANGEITE MICROSCOPICA HOMEM DE 40-60 a + PÚRPURA PALPÁVEL + GOLMERULONEFRITE (80%) +
HEMOPTISE + INFILTRADO PULMONAR ( pode haver sx. Pulmão-rim) + P-
* acomete artérias de pequeno ANCA ( + ) em 50-60% e C- ANCA ( + ) em 30%
e médio calibre e OBS: P- ANCA ( + ) ( P de perinuclear)
principalmente MICROVASOS OBS: acomete RINS e PUMÃO
capilares, arteríolas e vênulas. Diag: BIOPSIA: vasculite granulomatosa ( granulomas dos vasos acometidos)
SX. DE CHURG-STRAUSS MULHER ( 48 a) + ASMA ou RINITE ALÉRIGICA grave + ↑↑↑ EOSINOFILIA ( >
Ou granulomatose ALÉRGICA. 10% ) + infiltrados pulmonares MIGRATÓRIOS + VASCULITE cutânea +
- tem associação com ATOPIA e MONONEURITE
infiltração EOSINOFÍLICA.

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- LABORATÓRIO: Eosinofilia > 1.000 ( 80% dos pacientes) ; Ig E ↑
P- ANCA ( + )
PÚRPURA DE HENOCH- CRIANÇA + em MENINOS ( 2 a 8 a) + PURPURA PALPAVEL NÃO
SCHONLEIN TROMBOCITOPÊNICA ( + em nadegas e MMII) + ARTRITE ( + em joelhos e
É a vasculite + comum na tornozelos) + DOR ABDOMINAL ( tipo cólico com abdome inocente) +
INFÂNCIA. DIARREIA SANGUINOLENTA + sx. NEFRITICA ( HEMATÚRIA)
Tem bom prognostico é auto - diag: BIOPSIA: vasculite leucocitoclástica com deposito de IgA e C3
Vasculite de MICROVASOS limitada, mas pode esta OBS: as PLAQUETAS esta NORMAL e ↑ IgA.
envolvida com o acometimento - TTO: Corticoide
RENAL
VASCULITE PURPURA palpável + GLOMERULONEFRITE MEMBRANOPROLIFERATIVA +
CRIOGLOBULINÊMICA CONSUME C4 ( única vasculite que consome complemento C4) + ASSOCIAÇÃO
com HEPATITE C
*A crioglobulinemia tipo II tem associação com a HEPATITE C
OBS: É a única vasculite que cursa com Hipocomplementaria ( ↓ C4)
DOENÇA DE BEHÇET ADULTO JOVEM ( 20- 35 a) + ULCERAS ORAIS AFTOSAS E GENITAIS
recorrentes + LESÕES OCULARES ( uveite anterior ou posterior + lesões
* acomete vasos de qualquer cutâneas ( ACNE , PSEUDOFOLICULITE) + TESTE DA PATERGIA ( papula
calibre. eritematosa no local da introdução de uma agulha)
COGAN CERATITE INTERSTICIAL ( alteração ocular) + PERDA AUDITIVA neurossensorial
* acomete AORTA e vasos de + ATAXIA ( alteração vestíbulo-auditivo)
OUTRAS VASCULITES médio e pequeno calibre.
DOENÇA DE BUERGER HOMEM ADULTO TABAGISTA + DOR e ISQUEMIA de ambas extremidade dos
Ou TROMBOANGEÍTE membros ( com ausência de pulso) – CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE NA
OBLITERANTE REGIAO PLANTAR + TROMBOFLEBITE MIGRATÓRIA SUPERFICIAL
* acomete artérias e veia de
MÉDIO e PEQUENO calibre, * sintomas iniciais pode ser parestesia e dor com exposição ao frio.
especialmente da porção * pode esta associada ao fenômeno de Raynaud.
DISTAL dos membros com - Diag: arteriografia com estreitamento e oclusão vascular. Pode observar
comprometimento associados presença  de  colaterais  ao  redor  da  oclusão  com  aspecto  de  “saca  rolhas”.
a veias e nervos das - TTO: interronper o tabagismo
extremidades.

45
DISPNEIA

ESPIROMETRIA- PROVA DE FUNÇÃO PULMONAR → noções básicas:


DISTÚRBIO OBSTRUTIVO DISTÚRBIO MISTO DISTÚRBIO RESTRITIVO
* encontrado em: ASMA e DPOC, FIBROSE * encontrado em: SARCOIDOSE; * encontrado em: PNEUMOPATIAS
CISTICA, BRONQUIECTASIA PARACOCODIODOMICOSE; TBC; INTERSTICIAIS DIFUSAS, acomete o pulmão
* REDUÇÃO dos volumes Dinâmicos e fluxos BRONQUIECTASIA, ICC; bilateralmente e de forma difusa que leva a
expiratórios: LINFANGIOLEIMIOMATOSE. fibrose. Ex: Fibrose Pulmonar Idiopática;
↓↓↓ VEF1 ( vol. Expiratório forçado no 1ª seg)
↓ CV (capacidade vital) CV=VC+VRI + VRE Índice de TiffeneauVEF1/CVF < 70%( diminuída) * REDUÇÃO de TODOS os volumes
↓ CVF ( capacidade vital forçada). OBS: aqui para diferenciar do distúrbio pulmonares- estáticos e dinâmicos:
obstrutivo é que CVF esta bem mais reduzida do ↓↓↓ CVF ( normal é ± 5 L – homem adulto)
Índice Tiffeneau VEF1/CVF < 70% ( diminuída) que o VEF1. ↓ CV
OBS: o VEF1 esta bem mais reduzida do que o VEF1 pós PBD ( – ) ↓  VEF1 ( normal é ±3,8)
CVF. ↓ CPT
VEF1 pós PBD (+ )

* AUMENTO dos volumes Estáticos: O QUE É PROVA BRONCODILATADORA (PBD)? Índice VEF1/CVF ≥  70%  ( normal ou elevada)
↑ ↑↑ VR ( volume residual) - teste importante para avaliar a reversibilidade OBS: o VEF1 se reduz proporcionalmente à
↑ CPT ( capacidade pulm. Total) CPT= CV + VR da obstrução das vias aéreas através da CVF ou CVF se reduz mais que o VEF1.
↑ CRF ( capacidade residual funcional) CRF= espirometria com uso de salbutamol ou
VRE + VR. fenoterol via inalatória e realizando
espirometria 15 a 20 minutos após. Compara o
PERGUNTAS: resultado com a espirometria sem
1) qual é parâmetro mais SENSÍVEL para broncodilatador→ será POSITIVA se houver um
detectar distúrbio obstrutivo ? AUMENTO  do  VEF1  ≥  7%    - 12% do valor
FEF( fluxo expiratório forçado do volume CVF previsto após uso de broncodilatador.
ou fluxo mesoexpiratório) - Diagnostico importante para ASMA.
2) qual é o principal parâmetro no
estadiamento da gravidade de doenças
obstrutivas?
VEF1

46
DOENÇAS OBSTRUTIVAS

ASMA BRÔNQUICA FATORES DE RISCO CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


Inflamação crônica das VA - Predisposição genética Os sintomas são: - critérios clínicos típicos - ASMA INTERMITENTE:
inferiores, potencialmente - atopia EPISÓDICOS ou ou em casos de duvidas Higiene + broncodilatador(
reversível, que resulta em - moradia em gdes cidades FLUTUANTES, que pode fazer espirometria para – β2  agonista inalatório
hiper-reatividade da - exposição ocupacional ser precipitado por confirmar o Diagnostico: de CURTA duração)
arvore brônquica a - exposição a alérgenos ( exercício físico, mudança apenas: *durante a crise:
diversos estímulos ( pólen, fungos, ácaros, de temperatura, umidade, * Espirometria com PBD: salbutamol ( aerolin) ou
alergenos inalados, micro- tabaco; cão, gato, inalação de alergenos, - Padrão obstrutivo = fenoterol ( berotec) ou
organismo, frio, exercícios baratas..) poluição, etc. Os sintomas VEF1/CVF < 75%% ( terbutalina ( brincanyl)-
físico...) - infecções Virais predominam pela adulto) Tem ação imediata em 1 a
* a INFLAMAÇÃO é - obesidade MANHÃ, logo após VEF1/CVF < 86% ( 2 minutos com duração de
predominantemente de - peso baixo ao nascer despertar e no fim da criança) 4 hrs.
EOSINÓSFILOS e noite e nos casos mais + PBD + = ↑ VEF1 > 7-12% OBS:  o  β2  de  curta  
LINFÓCITOS T CD4. TIPOS DE ASMA: graves o despertar em relação ao valor antes duração NÃO deve ser
1)- Asma extrínseca noturno. de fazer a PBD). usado como terapia de
EPIDEMIOLOGIA: atópica ou alérgica (+ * TOSSE manutenção!!!
- quase 5% da população freq): > 90% dos casos em * SIBILÂNCIA- chiado de * Teste de
mundial tem asma. crianças e 50% em adultos. peito. Broncoprovocação com= - ASMA PERSISTENTE
- afeta principalmente 2) Asma criptogênica ( * DISPINEIA -agentes LEVE:
CRIANÇAS, mais do sexo ♂ intrínseca) : 50% em * APERTO NO PEITO broncoconstritores ( * a terapia de
- pico da incidência aos 3 adultos. É o principal tipo RX: Geralmente é normal metacolina, histamina ou manutenção( período de
anos de idade. de asma que se inicia na carbacol)= ↓ VEF1 > 20% intercrise) esta indicada
fase adulta. TTO P/ CRISE ASMÁTICA - exercício físico= ↓ VEF1 > com corticoide
Qual é a 3) Asma extrínseca NÃO 1ª – AVALIAR: o paciente 10 – 15%. INALATÓRIO em baixas
IMUNOGLOBULINA mais alérgica : 10% dos casos quanto a gravidade da doses:
envolvida nos processos de asma. A asma é por crise.Colher gasometria e * Variabilidade do Pico de budesonida;
alérgicos? contato repetitivo. EX: PFE. Encaminhar a UTI Fluxo Expiratório (PFE) ou beclometasona ( dose em
IgE ( ela induz a pintores, trabalhadores para IOT no caso de CRISE peak flow= ↑ PFE em 15 a criança 100-200 mcg/dia e
degranulação dos plásticos, borracha, MUITO GRAVE: cianose, 20% após uso de adulto 200 a 500 mcg/dia)
mastócitos, e assim libera madeira vermelha, sudorese, confusão broncodilatador ou * durante a crise:
uma serie de mediadores padeiros, animais ( mental, dispneia grave, corticoide oral ou variação β2agonista  de  CURTA
inflamatórios que provoca veterinários). O fala frases curtas ou diurna do PFE > 20%. duração.

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broncoconstricção, edema diagnostico é suspeitado monossilábico, OBS: qual é o distúrbio - ASMA PERSISTENTE
e produção de muco) quando os sintomas de movimentos torácicos eletrolítico decorrente do MODERADA:
asma aparecem nos dias paradoxais, retração uso de β2  agonista? *Terapia de manutenção:
de trabalho e melhoram costal, desaparecimento ↓ K ( hipopotassemia ou Corticoide INALATÓRIO
O que é ATOPIA? nos fins de semana. do pulso paradoxal, hipocalemia) em BAIXAS doses:
É uma reação exacerbada 4) Asma induzida por ausência de MV e sibilos, budesonida;
a antígenos, mediada pela aspirina: 10% dos casos FR ↑, FC >140, PFE <30%, OBS: Tratamento de beclometasona +
produção de IgE, ou seja, em adultos Sat02 , 90%, PaCo2 >45 e manutenção que deve ser + β2  de  LONGA duração
uma reação de PaO2 < 60. usado mesmo na ausência (salmEterol ou
hipersensibilidade tipo I. de sintomas, preservando FORMOterol)
OBS:  O  β2  agonista  de   2ª - β2  agonista  de  curta   a função pulmonar a longo
Formas de manifestações CURTA duração e os ação via inalatória ( NBZ prazo, reduzindo os riscos - ASMA PERSISTENTE
da atopia: corticoides inalatórios são 10 gotas em 3 a 5 ml de SF de remodelamento das GRAVE:
* rinite alérgica; asma; SEGUROS para o uso de ou aerossol 4-8 jatos) cada vias aéreas Corticoide INALATÓRIO
dermatite atópica e febre GESTANTE asmática. 20 min na 1ª hora, O2 em MÉDIA ou ALTAS
do feno. Mas  o  β2  agonista  de   suplementar a 3L/min se OBS: qual é a causa + doses: budesonida;
LONGA duração aumenta Sat O2≤ 92% frequente de falha no beclometasona
OBS: Classificação de o risco de edema agudo de tratamento? +
gravidade da asma esta na pulmão, para gravidez 3ª REAVALIAR: Técnica inadequada na + β2  de  LONGA duração
apostila de pediatria. múltipla, polidramnia, - ausência de critérios de administração das drogas salmEterol ou FORMOterol
HTA, devendo ser evitada gravidade: PEF>70%= alta inalatórias. +
OBS: qual alteração na nestas situações. hospitalar com indicação associar a uma 3ª ou 4ª
gasometria arterial mais Os corticoides ORAL de  β2  de  curta  de  4-4 hrs OBS: os antileucotrienos droga:
comum na asma ? aumenta o risco de pré- por 2 dias + corticoide oral são drogas de escolha para metilxantina ou
Alcalose respiratória ( eclampsia e por 7 a 10 dias ( o manejo de asma antileucotrieno ou
paciente hiperventila, que prematuridade predinisona 1 a 2 induzida por AAS ou corticoide ORAL:
acarreta > eliminação de mg/Kg/dia ) AINES. predinisona 5-10 mg em
CO2, levando a alcalose). E OBS: Quais são os mais - melhora incompleta dos dias alternados por no
nos casos de crise grave de comuns efeitos adversos sinais: Β2-agonista cada OBS: os mucolíticos devem Maximo 3 meses.
broncoespasmo e falência do uso de corticoide 20 min por ate 4 hrs + ser evitados, pois pioram a
ventilatória, pode haver inalatório? brometo de ipatrópio- 20 tosse!
retenção de CO2 com - candidíase oral gotas + 60 mg de
acidose respiratória. - disfonia (rouquidão) predinisona
- tosse

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DPOC PATOGENIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
- obstrução crônica e 1) BRONQUITE BLE BLOATER ( inchado - ESPIROMETRIA OBS: os broncodilatadores
parcialmente reversível OBSTRUTIVA CRÔNICA azul) * estereótipo de Índice VEF1/CVF < 70%, inalatórios são as grandes
das VA inferiores, com Inflamação da parede bronquítico crônica: após uso de PBD ( ou seja, drogas na terapia do DPOC
destruição progressiva do brônquica > 2mm com - cianose crônica ( não melhora o índice após *** iniciar o tratamento
PARENQUIMA infiltrado leucocitário. paciente azul) + edema uso de broncodilatador quando for DPOC
PULMONAR. - 1ª sintomas: Tosse como ocorre na asma!) sintomático ou VEF1 <
A INFLAMAÇÃO é 2) ENFISEMA PULMONAR produtiva há + de 2 anos O VEF1 esta sempre mais 60% do previsto.
predominantemente de Atinge os ÁCINOS ( durante pelo ao menos 3 reduzido que o CVF (
NEUTRÓFILOS, unidade funcional de troca meses consecutivos ( padrão obstrutivo) 1ª : parar de fumar
MACRÓFAGOS e gasosa), ocorre destruição predomínio matinal) ( OBS: a 1ª coisa a fazer com 2ª : Broncodilatadores
LINFÓCITOS T CD8. progressiva dos septos tosse do fumante) um paciente com sintomas INALATÓRIOS-
alveolares. Existe 2 tipos: - Tórax ruidoso na ausculta de DPOC é fazer Β2-agonista de LONGA
FATORES DE RISCO * CENTROACINAR: típico com roncos, sibilos e espirometria e assim duração: formoterol,
- tabagismo (+ importante) de TABAGISMO ( 90%) elimina bastante secreção. classifica-lo do escore de salmeterol) cada 12 hrs. O
- exposição ocupacional - destruição começa no - troca gasosa bastante GOLD. indacaterol é um novo
- infecção respiratória por centro do ácino comprometida fármaco que requer
repetição. - predomínio nos lobos - hipoxemia GRAVE e - RX: hiperinsuflação apenas uma dose diária.
- deficiência  de  α  1- superiores e progride para retenção crônica de CO2 pulmonar ( ↑ CPT): * se os sintomas
antitripsina região inferior. que promove * ↑ dos espaços persistirem, associar:
- má condição sócio- * PANACINAR: típico de vasoconstrição das intercostais Anticolinérgico inalatório:
econômica DEFICIENCIA  DE  α1- arteríolas pulmonares que * visualização de + de 9 a (efeito
- hiperatividade das VA ANTRIPSINA leva a hipertensão 10 arcos costais anteriores parassimpaticolítico)
inferiores. - destruição já começa em pulmonar e cor * retificação de cúpula - BROMETO de IPATRÓPIO
todo ácino ( periferia e pulmonale, resulta em diafragmática cada 6 hrs ou brometo de
OBS: o risco de DPOC centro) disfunção do VD, EDEMA * hipotransparência tiotrópio 1 x ao dia.
depende da carga - predomina nos lobos de MMII, TURGENCIA pulmonar ( ↑ 3ª : Corticoide
tabagista cumulativa ( n° inferiores e progride mais jugular, hepatomegalia, e transparência) INALATÓRIO- (budesonida
de maços/dia x pra região superior. ascite, Hiperfonese de B2. * coração alongado ou beclometasona)
quantidade de anos) - pacientes + JOVENS (<45) verticalmente ( em gota) :apenas para estagio III de
Carga tabagista > 40 com ausência de fatores PINK PUFFER ( soprador GOLD ( VEF1< 50% do
maços/ano a chance de de risco ( não fumante) + Rósea) * estereótipo de - ESTADIAMENTO DE previsto) ou nas
DPOC chega a 25%. lesão hepatocelular sem enfisematoso : GOLD PARA DPOC: exacerbações.
OBS: em 1 maço de cigarro causa aparente. Magro; ↑ diâmetro A-P do I: tifeneau < 70% 4ª : Metilxantinas (

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vem 20 cigarros ABORDAGEM nas tórax ( tórax em tonel) VEF1  pós  PBD    ≥  80% do teofilina, bamifilina):
FISIOPATOLOGIA EXACERBAÇÕES AGUDAS - pletora facial ( face previsto drogas de 2ª linha para
- desequilíbrio V/Q, leva a da DPOC: DPOC rosea) II: <70% e VEF1  ≥  50%  e  <   DPOC
hipoxemia e descompensada: - 1ª simtomas: dispenia ao 80% 5ª : Vacinação : anti-
hipoventilação crônica, Clinica: dispneia, ↑ volume esforço progressiva, ate o III: <70% e VEF1  ≥  30%  e  <   inflenza anualmente e
com retenção de CO2- de escarro e escarro surgimento de ortopineia. 50% ( GRAVE) antipneumocócica
hiperinsuflação pulmonar- purulento. - MV ↓, quase abolido, IV: <70% e VEF1< 30% ou polivalente 23 cada 5
“SX.  Do  aprisionamento  de   SEM ruídos adventícios <50% + insuf. Respiratória anos.
ar”. A causa + comum é: - dispneia – tipo soprador ( crônica ( PaO2 < 6ª : Reabilitação
* PO2, SatO2 ↓ INFECÇÃO RESPIRATÓRIA: sopra pra ↑ o tempo 60mmHg)- ( MUITO pulmonar: esteira e
* PCO2, HCO3, BE ↑ 3 bactérias + comuns: EXPIRATÓRIO) GRAVE) bicicleta
* PH normal ( 7,35 -7,45) * Haemophilus influenza - hipoxemia LEVE, que 7ª : Oxigenoterapia
ou diminuído. ( 50% dos casos) raramente evolui com OBS: todos vão ter o índice domiciliar: indicado de
OBS: os retentores * S. pneumoniae hipertensão arterial de tifeneau < 70% pois se acordo com a gasometria:
crônicos de CO2 acabam * Moraxella catarralis pulmonar e cor trata de um distúrbio * PaO2 ≤ 55 ou SatO2 ≤
desenvolvendo retenção pulmonale. obstrutivo!!!! O que vai 88% em repouso
compensatória de Conduta: mudar é VEF1 após PBD. * PaO2 entre 55 e 60 +
bicarbonato, de modo a 1ª : IOT ( nos casos de OBS: a hipoxemia crônica policetemia (Ht >55%) ou
tentar manter o PH esforço respiratório ou estimula a produção renal OBS: apenas 3 Cor Pulmonale ou
sanguíneo normal, rebaixamento do nível de de eritropoietina, intervenções se mostram Hipertensão pulmonar
causando ↑ BE ( > 3 consciência) ou CPAP ou resultando num ↑ do capaz de atrasar a OBS: O2 a baixo fluxo (1-3
mEq/L). Já nos casos O2 a baixo fluxo 1-3 L/min. hematocrito. progressão do DPOC, L/min) durante 15 hrs por
AGUDOS, o organismo do 2ª : Broncodilatadores interferindo dia. O objetivo é manter
paciente não tem tempo Inalatórios:  β2-agonista de OBS: O uso de corticoide favoravelmente na historia PaO2≥ 60  mmHg  e  SatO2  ≥  
pra esta compensação CURTA duração + sistêmico nas clinica da doença: 90%.
fazendo com que o PH Anticolinérgico exacerbações da DPOC 1) parar de fumar 8ª : Cirurgia de
sanguíneo caia < 7,3. 3ª : Corticoide Oral ( reduzem o tempo de 2) oxigenioterapia Bulectomia
Então, o melhor sistêmico): prednisona 40 internação e a chance de 3) cirurgia 9ª : Cirurgia
parâmetro pra identificar mg/dia x 10 dias. recidiva. O restante das condutas Pneumorredutora (
o quadro de exacerbação 4ª : ATB: pra iniciar o ATB terapêuticas são cirurgia de Brantigan):
aguda da doença? é imprescindível 1 dos necessárias para alivio dos DPOC grau III e IV
PH < 7,3 ( acidose sintomas: dispneia, ↑ do sintomas e reduzir a 10ª : Transplante de
respiratória volume de escarro e gravidade das Pulmão
descompensada) escarro purulento. exacerbações.

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DOENÇAS RESTRITIVAS

PNEUMOPATIAS INTERSTICIAIS DIFUSAS: compreende um grande grupo de doenças pulmonares , caracterizada pelo acometimento DIFUSO e
BILATERAL dos septos alveolares, que levam FIBROSE. - Padrão na Tomografia Computadorizada do infiltrado pulmonar: inicialmente
caracteriza-se por uma alveolite ( VIDRO-FOSCO) , e já na fase crônica com fibrose ( FAVEOLAMENTO PULMONAR), que são alterações já
irreversíveis. - Espirometria: PADRÃO RESTRITIVO. - Clinica: dispneia aos esforços, tosse seca

- Quais são os Medicamentos associados ao surgimento de doença intersticial Pulmonar? Nitrofurantoina, MTX, amiodarona, blomicina,
ciclofosfamida, bussulfan, procarbazina, fenitoina, AINES e sais de ouro.

PRINCIPAIS PNEUMOPATIAS INTERSTICIAIS DIFUSAS


FIBROSE PULMONAR PNEUMONITE POR SX. PULMONARES GRANULOMATOSE DE SX. HEMORRAGICAS
IDIOPÁTICA HIPERSENSIBILIDADE EOSINOFÍLICAS CÉLULAS DE PULMONARES
LANGERHANS
- idade: 40-60 anos - associada a exposição - caracterizada por infiltrado Antigamente conhecida Inclui:
- dispneia lentamente prolongada ou aguda a pulmonar eosinofílico. como Histiocitose X. 1) SX. DE GOODPASTURE: é
progressiva, com agentes inorgânicos ou EX: - idade: 20-30 anos, + uma doença automune
estertores creptantes orgânicos, causando aveolite 1)- Arpergilose sexo ♂. marcada pela formação de
(“em  velcro”) nas granulomatosa. Broncopulmonar alérgica - TABAGISMO é fator de anticorpos antimembrana
BASES pulmonares, -Ex: pulmão do fazendeiro ( 2) Sx. De LOEFFLER: RISCO em 90% dos casos basal alveolar e glomerular.
no RX infiltrado exposição ao feno); pulmão infiltrado migratório em - marcado por episódios Mais comum é jovens do
reticular bibasal. do criador de pássaros ambos os pulmões ricos em de pneumotórax sexo ♂.
-TC: infiltrado em (penas de aves); pulmão do eosinofilia. Pode esta recorrente ( por ruptura - Clinica: síndrome pulmão-
vidro fosco e ar condicionado , pulmão da associado a parasitas de cistos) e hemoptise. rim recorrente: hemoptise
faveolamento . sauna e bagassose ( intestinais. - RX: infiltrado e glomerulonefrite
OBS: o FAN é (+) em exposição a cana de açúcar), Quais são os parasitas reticulonodular 2/3 rapidamente progressiva.
25% dos casos. fungos ou bactérias associados: SANTA. superior e com múltiplos
DX: PADRÃO-OURO: termofilicas. * Strongyloides stercoralis cistos medindo 0,5 a 1 2) HEMOSSIDEROSE
BIOPSIA pulmonar. - O TABAGISMO é fator de * Ancylostoma duodenale cm. PULMONAR IDIOPÁTICA:
TTO: predinisona + PROTEÇÃO!!! * Necator americanus - DX: PADRÃO-OURO: Acomete mais crianças e
drogas - RX: infiltrado * Toxocara canis biopsia, revela infiltrado adolescentes.
imunossupressoras. reticulonodular ou nodular * Ascaris lumbricoides granulomatoso e células -Clinica: hemoptises
- Prognostico ruim. difuso. 3) Pneumonia Eosinofilica com grânulos de BIRBECK recorrentes e infiltrado
-TC: infiltrado nodular aguda: febre alta, tosse e ( células de langerhans). alveolar.
broncogênico infiltrado pulmonar que - é comum associação

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- Padrão-histopatologico: NÃO responde a ATB. com doença óssea.
nódulos granulomatosos. 4) Pneumonia eosinofilica
- Bom prognostico. Crônica
5) sx. Hiperinofilica
6) angeite de Churg- Srauss.

PNEUMOCONIOSES SILICOSE ASBESTOSE


São doenças causadas É a pneumoconiose + comum no BRASIL e em todo Doença de caráter progressivo e irreversível.
pela inalação de poeira mundo!!!. - Agente causador: fabricação de cimento, telha de
ou partículas < 10 mm de - Agente causador: trabalhos que envolvam AREIA e amianto, caixa  d’água,  freios  ou  tubulações  e  materiais  de  
determinadas substancias CERÂMICA. Ex: jateamento de areia; pedreiras, fricção, produtos têxteis ( luvas, mangueiras, forração de
geradas no ambiente de mineração, corte de pedras, atividades de escavações roupa. A exposição também ocorre na construção ou na
trabalho. Dentre as de tuneis, poços. demolição de prédios.
pneumoconioses as mais - Período de exposição: mínimo 10 anos, em média 20- - Período de exposição: > 15 anos
cobradas são a asbestose 30 anos. - Clinica: dispneia aos esforços, tosse seca, que evolui pra
e silicose. - Clinica: dispneia leve a moderada. dispneia em repouso, hipoxemia e cor pulmonale.
* diagnostico: Historia - RX: múltiplos nódulos que dão origem a um infiltrado
clinica e ocupacional com nodular difuso maior ( nódulo silicótico) nos 2/3 - RX: opacidades irregulares predominando nos campos
período de latência SUPERIORES. Dentro destes nódulos, no centro estão INFERIORES e formações de placas de calcificações que
compatível + exames de as partículas de sílica que podem ser demonstradas por contem cálcio que aparece como áreas hipotransparentes
imagens alterado. luz polarizada, que com o tempo evolui pra fibrose e ou espessamento pleural e atelectasia redonda.
cor pulmonale. - Associado a MESOTELIOMA PLEURAL ( tumor maligno
BISSINOSE é o conjunto Pode ter calcificação com aspecto de CASCA de OVO. raro, associado a exposição prolongada ao abesto).
de lesões da arvore - DIAG: historia clinica e ocupacional + exame de Principal sintomas do Mesotelioma: dor torácica NÃO
respiratória devido a imagem (RX) pleurítica + dispneia e tosse seca.
poeira de? - Associação de SILICOSE + TBC: silicotuberculose. Principal achado no RX é o derrame pleural unilateral de
ALGODÃO. OBS: a silicose pulmonar aumenta em ate 30 X o risco grande monta.
de TBC. - a Asbestose aumenta o risco de CARCINOMA
O QUE É SX. DE CAPLAN? BRONCOGÊNICO em cerca de 5 X.
é uma síndrome associada a presença de nódulos
periféricos reumatoides no RX, com Fator reumatoide
(+), associada a silicose / pneumoconiose dos minerais
de carvão.

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SARCOIDOSE CLÍNICA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
É uma doença sistêmica Pode ser forma assintomática, aguda ou crônica. Quadro clinico compatível +
caracterizada pela formação * assintomática: costuma ser uma achado em RX de rotina, apresentando alterações de imagem ( * RX:
de GRANULOMAS NÃO LINFADENOPATIA HILIAR BILATERAL simétrica com ou sem infiltrado. padrão de infiltrado + frequente é
CASEOSO em diversos * AGUDA existe 2 síndromes características da forma aguda: o reticulonodular; adenopatia
órgãos, alterando a hiliar e paratraqueal bilateral e
organização de suas - SX. De LOEFGREN - SX. HEERFORDT- simétrica) + BIOPSIA com processo
estruturas teciduais O WALDENSTROM mononuclear granulomatoso NÃO
pulmão é o órgão mais - Uveíte - ↑ da parótida caseoso estéril e sem partículas. A
afetado (90%) e também o - Eritema nodoso - Uveíte anterior biopsia deve ser realizada nos
olho. - RX de adenopatia bilateral - Paralisia do nervo facial acometimentos cutâneos ou na
- Artrite periférica aguda ou bilateral. ausência deles, se deve biopsiar o
OBS: toda vez que no poliartralgia - febre pulmão.
enunciado tiver
linfadenopatia hiliar bilateral * CRÔNICA: a forma insidiosa é a que mais evolui para cronicidade com O que é o teste de Kviem-
e PPD ( -), a 1ª opção de lesão permanente de órgão e pulmão. Siltzbach?
resposta é SARCOIDOSE. * acometimento de órgãos específicos: Realizado a partir de material
- Pulmão: 90% dos pacientes tem anormalidades no RX e 50% obtido do baço de paciente
desenvolvem fibrose. Ocorre pneumopatia intersticial. sabidamento portador de
- 20% se manifesta com obstrução nasal sarcoidose, que é preparado e
EPIDEMIOLOGIA: - ↑ dos linfonodos intratorácicos em 90% dos pacientes, geralmente inoculado na derme do paciente
- prevalente entre 20 e 40 bilateral e simétrico. com suspeita da doença sendo a
anos. - Pele: eritema nodoso; nódulos maculopapulares e lúpus pérnio ( lesões região biopsada após 4-6 semanas.
- mais em ♀ negras. endurecidas azuladas e brilhantes no nariz, bochechas, lábios, orelhas, A observação de granulomas não
dedos). caseoso no material de biopsia é
ETIOLOGIA: -olhos: uveite anterior fortemente sugestivo de
Resposta imunológica - Rins: os granulomas produzem vitamina D e leva a hiperCalcemia. sarcoidose.
anormal envolvendo o - SNC: acometimento do nervo facial. Pode levar a meningite asséptica ( TRATAMENTO:
linfócito T helper. meningite sarcoide) - glicocorticoides: predinisona 20 a
Cerca de 60% dos pacientes - glândula exócrina: ↑ da parótida 60 mg 1x ao dia, mantendo a dose
apresentam remissão em até - ♥: bloqueios, arritmias, aneurisma, IC diastólica, cardimiopatia por 9 a 12 meses.
10 anos do diagnostico. A restritiva. Exames: ecocardiograma ou Holter, biopsia endomiocardica OBS: paciente com doença
mortalidade é baixa, menos - Osso: distrofia ungueal e deformidade dos dedos, formação de cistos pulmonar assintomática não é
de 5%. ósseos. Artrite aguda tratado!

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DOENÇAS VACULARES DOS PULMÕES

TEP CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


Tromboembolismo pulmonar, é CLINICA DA TVP EXAMES INESPECÍFICOS: * NÃO GRAVE:
um distúrbio causado pela - 60% dos pacientes com TVP em 1) D-DÍMERO: - ANTIGOAGULAÇÃO: não
obstrução em graus variados dos MMII são assintomático . * exame de TRIAGEM para dissolve o trombo, porem evita
vasos pulmonares. - edema mole e ASSIMÉTRICO, suspeita de TEP e na TVP aumentar de tamanho.
* a principal fonte desses ↑ da T° e dor a palpação. *↑ sensibilidade, ↑ valor preditivo Devemos alcançar o estado de
êmbolos é a circulação venosa - sinal de HOMANS: dor na negativo anticoagulação plena dentro das
profunda dos MMII. panturrilha durante a dorsiflexão * ↓ especificidade 1ª 24 horas com medicações
do pé. - é um produto de degradação da parenterais ( HBPM ou HNF) e
FATORES DE RISCO - PHLEGMASIA ALBA/ CERUELA fibrina deve ser mantido ate que a
DOLES: persistência do edema, Indicado quando: medicação oral- cumarínicos (
* TROMBOFILIAS ADQUIRIDOS: que leva a comprometimento da - pacientes que NÃO estão warfarin 5 mg/dia)) faça efeito ( ±
- pós-operatório perfusão arterial do MI, surgindo internados e com escore de 5 a 7 dias). Manter pó 3- 6 meses
- eventos obstétricos palidez, cianose e dor intensa. WELLS ≤  4 (  ↓  probabilidade em pacientes que desenvolveram
- imobilização clinica de TEP) TEP com fator de risco removível (
- Câncer, HAS, ICC, DPOC, CLÍNICA DA TEP OBS: em pacientes internados ele cirurgia, trauma...) ou por toda
tabagismo Os sintomas + comuns são perde muita especificidade vida em pacientes com TEP
- ACO, reposição hormonal dispneia e dor torácica e o sinal porque na sepse, IAM, câncer, idiopática ou fator de risco
- SAF mais comum é taquipneia. A gestação tem aumento do permanente ou TEP recorrente.
- viagem de avião prolongada repercussão clinica dependerá da dímero. Neste caso fazer direto OBS: o Warfarin alarga o TAP ou
extensão da obstrução vascular: ANGIO-TC (exame de escolha para INR
* TROMBOFILIAS HEREDITÁRIOS: diagnostico de TEP). OBS: INR > 2-3 pode tirar a
PRIMÁRIAS: * infarto pulmonar: embolo heparina e deixar só o warfarin
- Fator V de Leiden: pequeno que obstrui a parte 2) GASOMETRIA: OBS: nos primeiros dias do uso do
- é a trombofilia hereditária + distal do parênquima pulmonar. - alcalose respiratória ( devido a warfarin se observa um estado
comum. Sintomas: dor pleurítica, tosse e hiperventilação) e hipoxemia. pró-trombótico, só depois de 5 a
-ativa a cascata de coagulação hemoptise, febre e leucocitose 3) ECG: 7 dias que se observa o efeito
- fator de coagulação resistente à de inicio SÚBITO. - padrão S1 Q3 T3 ( ↑ anticoagulante.
inativação da proteína C ativada. especificidade e ↓ sensibilidade)
- mutação do gene de * embolia submaciça: a isquemia - taquicardia sinusal HNF : heparina NÃO fracionada:
protrombina: pulmonar, leva a liberação de - inversão da onda T via intravenosa
-caracterizado pelo ↑ da serotonina que causa 4) ECOCARDIOGRAMA: - de escolha para pacientes

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protrombina circulante ( fator de broncoconstrição pulmonar e - disfunção do VD ( dilatação e instáveis hemodinamicamente
coagulação produzido em hipertensão pulmonar que leva a hipocinesia do VD) - candidatos a trombólise
excesso) taquipneia e dispneia e sibilos 5) RX: - obesos mórbidos
- Hiper-homocisteinemia: SÚBITO. - OBS: a radiografia de tórax - portadores de IRC com CLCr < 30
- ocorrência de trombose venosa apresenta normal em ate ¼ dos - ↓ mortalidade de 30% para a 8%
e ARTERIAL. * embolia maciça: ( obstrução > casos de TEP - meia vida de 6 horas
- deficiência de Proteína C 50% do pulmão) com aumento - pode achar derrame pleural, - dose de ataque: 5.000 U- EV
- deficiência de Proteína S súbito da Pressão da artéria atelectasia, infiltrado pulmonar seguida em bomba infusora 1250
- deficiência de antitrombina III pulmonar faz ↑ pós-carga→ cor - sinal de WESTERMARK: U/h OU 80 U/kg IV em bolus
pulmonale agudo→ hipotensão e comparação da região de seguida de 18 U/kg/h em bomba
OBS: deficiência dos choque cardiogênico. hipertransparência com o pulmão infusora.
anticoagulantes endógenos levam contralateral. _ ajustar a dose de acordo com
a trombofilia hereditária: OBS: pensar em TEP sempre que: - CORCOVA de HAMPTON: PTTa.
- deficiência de antitrombina III “paciente  com  fatores  de  risco   imagem hipotransparente com OBS: HNF ALarga o PTTa.
- deficiência de Proteína C e S que desenvolvem dispneia formato de cunha ( triangulo-▲) - objetivo de obter PTTa cerca 1,5
SÚBITA e com ausculta pulmonar sobre o diafragma. Indica infarto a 2,5 vezes do valor de controle.
OBS: as trombofilias que causam NORMAL ( inocente)  “. pulmonar. - necessita de monitorização com
eventos ARTERIAIS são: hiper- - sinal de PALLA: dilatação da PTTa cada 6 horas ate que seja
homocisteinemia e SAF. artéria pulmonar direita ajustada a dose ideal.
descendente. - complicação + temida:
trombocitopenia auto-imune (
ESCORE DE WELLS : para suspeita EXAMES ESPECÍFICOS risco de 10%) que consta a partir
de embolia pulmonar 1) EXAME INICIAL para DX: do 5ª dia de uso.
- clinica de TVP – 3 pontos ANGIO-TC
- S/outro dx. provável – 3 pontos - melhor método radiológico para HBPM:
- FC > 100 – 1,5 pontos diagnostico. É o 1ª exame a ser - anticoagulante de escolha para
- imobilização > 3 dias ou cirurgia pedido em pacientes internados pacientes estáveis
< 4 semanas- 1,5 pontos e  com  escore  ≥  4.   hemodinamicamente.
- episódio prévio- 1,5 pontos - fazer cintilografia se o paciente - usada na maioria dos casos
- hemoptise- 1 ponto tiver alergia do contraste ou devido a posologia ser mais fácil,
- câncer – 1 ponto insuficiência renal. uso SC e NÃO precisar de
* resultado: monitorização com PTTa. Exceto
> 4: probabilidade clinica alta 2) CINTILOGRAFIA PULMONAR em instabilidade, obesos
≤ 4: probabilidade clinica baixa DE V/Q:: mórbidos e IRC c/ CLCr< 30 que se

55
PROGNÓSTICO: - 40% de sensibilidade dá preferência a HNF.
* FATORES RELACIONADOS A - caracteriza por cintilografia de - empregada no TEP associado a
PIOR PROGNOSTICO NO 1ª perfusão ANORMAR e TVP.
EPISODIO DE TEP: cintilografia de ventilação - não necessita de monitorização,
- disfunção de VD NORMAL. com 3 exceções:
- ↑ níveis de BNP - > 100 ( portadores de IR; gestante e
peptídeo natriurético cerebral): 3) PADRÃO-OURO para TEP: obesos . Neste caso esta indicado
são excelentes preditores de ARTERIOGRAFIA PULMONAR quantificação do fator Xa.
mortalidade no TEP ( 6 x mais). O - reservados para casos altamente - desvantagem em relação a HNF:
BNP esta associado a disfunção suspeitos que tem a angio-TC meia vida maior ( 12 hrs)
ventricular e insuficiência inconclusiva e para aqueles que - tipos disponíveis no mercado:
cardíaca. vão se submeter a embolectomia * Nadroparina: 225 U/kg/dia SC-
- ↑ da TROMBINA sérica: seu ou trombose guiada por cateter. 12/12 hrs.
aumento esta associado a * Enoxaparina ( clexane) : dose
sobrecarga do VD. 4) DUPLEX-SCAN DE MMIIl: de anticoagulação plena:
- MELHOR exame para TVP no 1 mg/kg- SC - 12/12 hrs
território ileofemoral.
- FILTRO DE VEIA CAVA INFERIOR
Indicações:
- embolia pulmonar na presença
de sangramento ativo ( porque
OBS: no TEP é observado: contraindica coagulação)
redução: * fibrinogênio. - Trombose venosa recorrente
aumento: * dímero D (>500), mesmo com uso de
* troponina anticoagulante.
* BNP. O filtro é posicionado abaixo das
veias renais. Fazer venocavografia
O dímero D aparece com o após procedimento.
aumento do produto de OBS: nos primeiros 2 anos que
degradação de fibrina. coloca o filtro, aumenta o risco de
TVP, assim é recomendado o
paciente continue recebendo
anticoagulantes após instalação
do filtro, exceto nos pacientes

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EMBOLIA GORDUROSA RESUMO P/ DIAGNÓSTICO de com sangramento ativo! Ou seja,
- Causa + comum: fratura de TEP: ↓  pra TEP e ↑ risco para TVP.
ossos longos e pelve ( * PACIENTE GRAVE:
principalmente fechadas). TROMBOLÍTICO
- dissolve a > parte dos trombos
- Clinica: tríade: Suspeita clinica - é possível empregar o
1)- hipoxemia trombolítico ate 14 DIAS após o
2) alteração neurológica ( ↓ inicio dos sintomas!!!
agitação, queda no nível de Indicações:
consciência, confusão mental) *↓ probabilidade para TEP ( - paciente chocado- instabilidade
3) rash petequial ( região + WELLS ≤ 4 )ou paciente NÃO hemodinâmica
comum no tórax, axilas, cervical e internado→ pedir o D-DÍMERO - falha perfusional na metade da
conjuntiva) - normal (<500): excluir TEP vasculatura
Que se instala entre 12 a 72 horas - alto (>500): pedir angio-TC - falência do VD
após a fratura. Trombolíticos existentes no
* ↑ probabilidade WELLS > 4 ou mercado:
- diagnóstico: clinico, não tem paciente internado→  pedir - t-PA: ( de escolha): 100 mg em
exame complementar. ANGIO-TC ou cintilografia e fazer infusão continua em 2 horas.
DOPPLER de MMII - estreptoquinase
- Tratamento: de suporte - Uroquinase
hemodinâmico e ventilatório. ↓ OBS: t-PA tem > risco de
- Prevenção: hemorragia intracraniana 1-3%.
1)- imobilização precoce de Se der negativo a ANGIO-TC e o A HNF deve ser suspensa ate o
fratura DOPPLER fazer: termino da infusão do
2) evitar fatores que elevem a trombolítico, após isso se o PTTa
PADRÃO-OURO:
pressão dentro do osso for inferior a 2 x do limite
3) prescrição de ARTERIOGRAFIA superior da normalidade a
metilprednisolona para pacientes heparina pode ser reiniciada sem
de alto risco. dose de ataque.
- mortalidade de 10% Contraindicação aos
trombolíticos:
- PA  ≥  185  x110  mmhg
- glicemia < 50 ou > 400
- coagulopatia ( plaquetas <

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OBS: EXISTEM 3 INDICAÇÕES 100.000, INR e/ou PTT elevados)
PARA USO DE TROMBOLÍTICO: - hemorragia cerebral previa
1) AVE isquêmico ( ate 4 horas e - AVE isquêmico ou TCE grave nos
EMBOLIA GASOSA meia) últimos 3 meses
Menos comum que a TEP e 2) TEP ( ate 14 dias após inicio dos - grande cirurgia ou hemorragia GI
embolia gordurosa, a embolia sintomas) recente
gasosa pode complicar 3) IAM ( ate 12 horas) - estupor e coma
procedimentos EMBOLECTOMIA
videolaparoscópicos e - para pacientes instáveis
histeroscópicos. O som de hemodinamicamente, com
moinho de vento no lado direito embolia maciça que apresenta
do coração é causa de acumulo de contraindicação a trombolítico.
bolhas de CO2 no átrio direito.

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DISTÚRBIOS DA HEMOSTASIA E TROMBOSE

HEMOSTASIA

→ Fases da Hemostasia:

* Hemostasia 1ª : objetivo:  formação  de  TAMPÃO  plaquetário=  “soldados”  na  1ª  fase:    PLAQUETAS

- 3 etapas da hemostasia 1ª : 1- ADESÃO ( ligação das plaquetas ao colágeno); precisa do GP Ia/IIa e GP VI que se liga no
colágeno e a GP Ib que se lia ao FvWB.

2- ATIVAÇÃO- as plaquetas que estão no local da lesão mudam sua conformação e


“chamam”outras  plaquetas  para  ajudar,  através  de  2  substancias  liberadas  na  circulação:  ADP e
TROMBOXANE A2.

3- AGREGAÇÃO de novas plaquetas, ligação através da GP IIb/IIIa, unidas por pontes de


fibrinogênio.

- Característica Clinica do distúrbio da Hemostasia 1ª: * o paciente NÃO para de sangrar – o sangramento é imediato

* sangramento de Pele e Mucosa (petequias; epistaxe, gengivorragia,


púrpuras, equimoses, hematuria).

* fácil controle- compressão mecânica

- Quais os EXAMES INICIAIS para avaliação da Hemostasia PRIMÁRIA: 1- CONTAGEM DE PLAQUETAS: normal 150-450 mim –
avalia o distúrbio plaquetário QUANTITATIVO.

: 2- TEMPO DE SANGRAMENTO: normal de 3 a 7 min-


avalia o distúrbio plaquetário QUALITATIVO.

- TRATAMENTO: transfusão de plaquetas.

- PRINCIPAIS FÁRMACOS ANTIPLAQUETÁRIOS: OBS: são uteis apenas na trombose ARTERIAL e não na venosa profunda!!!

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* ASS ( aspirina): inibição IRREVERSÍVEL da COX- 1 → enzima necessária para produção do TROMBOXANE A2, sem TxA2 a
ativação plaquetária é inibida. O ASS deve ser suspenso no Pré-
operatório de cirurgias eletivas 7 dias antes, para reduzir complicação
hemorrágica.

* AINE: inibição REVERSÍVEL da COX-1, necessária para produção de TxA2. O AINE deve ser suspenso 1 a 3 dias antes da
cirurgia.

* CLOPIDOGREL: bloqueador do receptor de ADP, inibindo a ativação plaquetária de forma IRREVERSÍVEL. Deve ser suspenso 5
a 7 dias antes da cirurgia.

* Hemostasia 2ª: Objetivo:  formação  de  REDE  de  FIBRINA:  “soldados”da  2ª  fase  são  os  FATORES DE COAGULAÇÃO.

- quase todos os fatores de coagulação são produzidos no FÍGADO ( exceto FvWB, fator III ( tromboplastina) e IV ( cácio)

- OBS: o fator VIII ( da via intrínseca) só é ativado na presença do FvWB.

- QUAIS SÃO OS FATORES DE COAGULAÇÃO VITAMINA K- DEPENDENTES ( dependem da vit. K para serem sintetizadas) ?

2-7-9-10, alem da proteína C e S.

- Características Clinicas do distúrbio 2ª : * parou e voltou a sangrar

* sangramento de Articulações, músculos, órgãos internos ( hemartrose,


hematomas musculares e retroperitoneais; hemorragias)

* difícil controle; sangramentos profundos.

- exames INICIAIS para investigação da hemostasia 2ª : 1- TP ou TAP ou INR(TEMPO de PROTROMBINA)- normal de 10 a 13


segundos →  avalia a via rápida- VIA EXTRÍNSECA – fator VII (7)

2- PTTa ( TEMPO DE TROMBOPLSTINA PARCIAL ATIVADO)- normal de


25 a 30 segundos → avalia via lenta -VIA INTRÍNSECA – fator VIII, IX, XI e FvWB ( 8-9-11)

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- OBS: o objetivo de ambas as vias é ativar a via COMUM ( fator X) → transformação de Protrombina ( fator II) em trombina
que converte fibrinogênio em FIBRINA ( que se coloca em cima do tampão plaquetário e deixa o coagulo estável).

- o  “prego”que  fixa  a  rede  de  fibrina  em  cima  do  tampão  plaquetário  é  o  fator  de  coagulação  “meio  rebelde”- XIII ( 13), que é o
fator de estabilização de fibrina, onde os exames de TAP ou PTTa NÃO conseguem avalia-lo, ou seja, o
TAP e PTTa estão NORMAIS, alem de plaquetas e tempo de sangrado também normais- Embora o
paciente tenha clinica de distúrbio de hemostasia 2ª. O diagnostico se da pelo teste da UREIA.

- TRATAMENTO: transfusão de PLASMA + vitamina K.

- PRINCIPAIS FÁRMACOS ANTICOAGULANTES:

* HNF: aumenta a atividade da antitrombina III (ATIII) que é um anticoagulante endógeno. Leva a um ALARGAMENTO do PTTa.

* HBPM: também aumenta a atividade da ATIII, com ação inibitória sobre o fator Xa. NÃO alarga o PTTa.

* WARFARIN ( cumarínico): inibe a formação dos fatores de coagulação vitamina K-dependentes ( 2-7-9-10). Leva a um ALARGAMENTO
do TAP ou TP ou INR.

* 3ª fase: - fase de reparo tecidual, visa destruir a rede de fibrina já formada- “soldado”da  3ª  fase  é  PLASMINA.

- a PLASMINA gerada degrada a rede de fibrina→ leva ao aparecimento de produtos de degradação de fibrina, como D-dímero no
sangue.

- PRINCIPAIS FÁRMACOS TROMBOLÍTICOS:

* rtPA: potente trombolítico de uso venoso, causa trombólise seletiva, é usado pra quebrar as redes de fibrina em pacientes com
IAM, AVE isquêmico e TEP.

* ESTREPTOQUINASE: antitrombolitico NÃO fibrino-especifico, ativa tanto o plasminogenio ligado a rede de fibrina quanto o
circulante- leva a hipofibrinogemia e aumenta o risco de sangramento.

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DISTÚRBIOS DA HEMOSTASIA PRIMÁRIA: DISTÚRBIO QUANTITATIVO – TROMBOCITOPENIA

PTI – IDIOPÁTICA EVOLUÇÃO CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


* Púrpura * Crianças: ( + freq) - PETEQUIAS, EQUIMOSES, - OBS: o diagnostico é - NÃO adianta transfundir
Trombocitopênica imune - entre 1-4 anos: (+ freq) PÚRPURAS, gengivorragia, clinico e de exclusão. PLAQUETAS!!!
idiopática. - quadro agudo que remite epistaxe. Porque serão destruídas
em 90% dos casos, * ESFREGAÇO DE SANGUE também.
O que é Púrpura? independente do OBS: hematomas PERIFÉRICO: OBS: transfundir plaquetas
Manchas avermelhadas ou tratamento. geralmente NÃO ocorre!! - presença de só em ultimo caso!!!!
arroxeadas na pele - geralmente é precedida MACROPLAQUETAS Indicações de TTO:
causada pelo por infecção respiratória OBS: NÃO há - Plaquetopenia - plaquetas < 30.000 +
extravasamento de VIRAL de ate 4 semanas hepatoesplenomegalia!! - ausência de esquizócitos, sangramento mucoso (
hemácias na derme que antes. blastos digestivo, urinário..) OU
NÃO desaparecem sob OBS: pode haver anemia e plaquetas < 20.000
compressão. Se vê em: OBS: é a causa mais OBS: Paciente com ↓ de leucocitose em resposta
trombocitopenia; vasculite comum de plaquetas com ou sem ao sangramento agudo. * tratamento de escolha:
e escorbuto. ( OBS: trombocitopenia aguda sintomas e NADA MAIS→ CORTICOIDE: predinisona
vasculite e escorbuto não em crianças. pensar em PTI idiopática. * ASPIRADO DE MEDULA 1 mg/kg/dia x 2 a 6 sem.
cursa com plaquetopenia) ÓSSEA: normal ou com
* Adultos: OBS: a PTI deve ser HIPERPLASIA do setor * P/ sangramento GRAVE
PATOGENIA: - evolução crônica ( > 6 diferenciada de púrpura MEGACARIÓCITOS. ou antes de uma cirurgia
- as plaquetas são meses) de Henoch-Schonlein ( OBS: o aspirado não é de urgência que necessita
revestidas com anticorpos - + comum em ♀ 20-40 vasculite com plaquetas feito de rotina, apenas nos de ↑ rápido de plaquetas:
para antígenos de anos NORMAL) casos de PTI crônica com > IMUNOGLOBULINA
membranas das plaquetas, - ao contrario das crianças, 60  anos  (  diag.  ≠  com   polivalente-IV- 1 g/kg dose
resultando em sequestro no adulto existe COMPLICAÇÃO: mielodisplasia) ou quando única; ou
esplênico e fagocitose por necessidade de - hemorragia intracraniana não responde ao METILPREDINISOLONA em
macrófagos→ Destruição tratamento na maioria das ( é rara) tratamento. altas doses
excessiva de plaquetas vezes- apenas 10% dos * se deve excluir causa 2ª
ciruculantes. casos tem resolução OBS: para que seja como LES, LLC, HIV, HCV, * casos REFRATÁRIOS:
-presença de anticorpos espontânea. considerado remissão drogas... ESPLENECTOMIA:
contra GP IIb/IIIa, causa completa, deve manter as indicação: refratariedade
desconhecida. plaquetas < 150 mil * PTI + anemia Hemolítica à corticoide com ausência
durante 6 meses. = sx. De EVANS de resposta após 3 meses

62
de terapia; intolerância a
corticoide e doses toxicas
de corticoide; recidiva a
terapia.

PTI SECUNDÁRIA CAUSAS CLINICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


Púrpura * HEPARINA ( principal OBS: a trombocitopenia 3 critérios clínicos - prevenção de eventos
Trombocitopênica imune causa)- ocorre em ate 15% induzida pela heparina presentes no DX: trombóticos que pode
secundária. dos pacientes geralmente não esta 1- ↓ das plaquetas durante ocorrer em ate 50%→
- inicia no 5ª a 14ª dia de associada a sangramentos, a administração da transfusão de plaquetas
FISIOLOGIA: anticorpo uso e sim a eventos heparina ( < 150.000) ou ↓   NEM PENSAR!!!!- esta
contra  a  “complexo”  PF4- - + comum em ♀ e trombóticos. de 50% ou + da contagem CONTRAINIDICADO!
heparina ativa a plaqueta, pacientes cirúrgicos. de plaquetas. - NÃO tem benefícios o
em vez de destruí-la. Por 2- trombose durante a uso de corticoides!!!
isso leva a eventos *Outras drogas: quinidina, COMPLICAÇÃO + FREQ: administração de heparina - 1ª passo: RETIRAR A
trombóticos → consumo sulfas, betalactâmicos, sais - TVP 3- ↑ das plaquetas após HEPARINA e associar a
de plaquetas e ↓ da de ouro... retirada da heparina. outros anticoagulantes
plaquetometria. *infecções: HIV, dengue, 4- lesões cutâneas alternativos: argatroban
CMV, EBV necróticas nos sítios de ou hirudina e após
* LES e outras doenças injeções da heparina. contagem de plaquetas
autoimunes em níveis normais iniciar
* LLC cumarinico: warfarin (
* gestação manter por 4 sem)

PTT/ SHU PATOGÊNESE- PTT CLÍNICA – PTT DIAGNÓSTICO- PTT TRATAMENTO


Estas 2 doenças são - trombose e injuria - DOR ABDOMINAL, * anemia hemolítica com - PLASMAFARESE- troca
“irmãs”. endotelial→ isquemia de náuseas, vômitos- FEBRE coombs direto ( - ) : de plasma; pode
Púrpura Trombocitopênica múltiplos órgãos → - anemia HEMOLÍTICA reticulocitose, ↑ LDH e ↑ transfundir plasma fresco.
Trombótica e Sx. consumo de plaquetas e MICROANGIOPATICA ( BI; haptoglobulina ↓.
Hemolítica Urêmica. lise de hemácias. encontra-se * leucocitose * NÃO TRANSFUNDIR
* ambas cursam com - ocorre + em ♀ ADULTAS ESQUIZÓCITOS no sangue * plaquetopenia < 50.000 PLAQUETAS- esta
oclusão trombótica periférico) * TAP e PTTa normal formalmente

63
disseminada do vaso, HISTOPATOLOGIA: - icterícia - ESFREGAÇO DO SANGUE CONTRAINDICADA !!!!!!!
sendo denominadas Depósito hialinos - TROMBOCITOPENIA de PERIFÉRICO:
microangiopatias subendoteliais. consumo * ESQUIZÓCITOS ( OBS: esfregaço de sangue
trombocitopênicas - petequias, equimoses fragmentos de hemácias- periférico com presença
trombóticas. ETIOLOGIA:formação de -MANIFESTAÇÕES fecha o diagnostico de de ESQUIZÓCITOS, só se
anticorpos contra a NEUROLÓGICAS- cefaleia, anemia hemolítica deve pensar em 2
protease endógena paralisia dos pares microangiopática) diagnósticos= PTT e SHU
ADAMTS-13 cranianos; afasia, - BIOPSIA: depósitos - PTT: anemia hemolítica,
hemiparesia... hialinos subendoteliais dor abdominal +
- INSF. RENAL- ( é raro) em 50% dos casos. manifestações
neurológicas
- SHU: crianças com
anemia hemolítica + IRA
SHU EPIDEMILOGIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
SX. HEMOLÍTICO - é a principal causa de * DIARRÉIA - historia clinica + achados - SUPORTE e correção
URÊMICO: doença INSFICIENCIA RENAL em * ANEMIA HEMOLITICA laboratoriais. hidroeletrolitica
trombótica de pequenos CRIANÇAS. microangiopática ( * anemia hemolítica com - evitar ATB na suspeita de
vasos glomerulares. - 80% dos casos é devido a ESQUIZÓCITOS- hemácias coombs direto ( - ) ↑ LDH e E. COLI, pois pode agravar
uma gastroenterite previa fragmentadas no BI , reticulocitose e o quadro.
PATOGÊNESE: ( 5 a 10 dias antes) esfregaço do sangue haptoglobulina ↓.
Diarreia sanguinolenta causada por E. COLI periférico) + * leucocitose
pela E.coli O157: H7→ netero-hemorrágica ( cepa * TROMBOCITOPENIA (↓ * plaquetopenia < 50.000
produção de toxina shiga O157: H7) e SHIGELLA e plaquetas < 50.000) +
→lesão endotelial com SALMONELLA. * INSUF. RENAL AGUDA - ESREGAÇO DO SANGUE
ativação plaquetaria e oligúrica- é comum! PERIFÉRICO:
trombose. ETIOLOGIA: infecção por ESQUIZÓCITOS
E.COLI O 157-H7.
“pensar  em  criança  que  
faz diarreia e depois
quadro  de  IRA  +  anemia”.

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DISTÚRBIOS PLAQUETÁRIOS QUALITATIVOS- TEMPO DE SANGRAMENTO AUMENTADO E PLAQUETAS NORMAL ou pouco ↓

HEREDITÁRIAS ADQUIRIDAS
* SX. De BERNARD SOULIER: deficiência de GP Ib, leva a um prejuízo * UREMIA- história de um paciente com DOENÇA RENAL CRÔNICO,
na ADESÃO plaquetária. que progride com sangramento- disfunção plaquetaria pela uremia:
substancia toxica para plaquetas, que leva ao ↑ de óxido nítrico, que
* TROMBASTENIA de GLANZMANN: defeito da GP IIb/IIIa, prejuízo na dificulta a ADESÃO plaquetaria. Causa prejuízo na GP Ia/IIa e a GP VI
AGREGAÇÃO plaquetária. É + grave! O paciente apresenta TS alterado que se ligam ao colágeno e GP Ib que se liga ao FvWB.
com PLAQUETAS NORMAIS. TTO: transfundir plaquetas. TTO: -DDAVP ( desmopressina): ↑ a atividade e quantidade de FvWB.
- Crioprecipitado: fonte de FvWB
* DOENÇA do POOL de ARMAZENAMENTO PLAQUETÁRIO: deficiência - DIÁLISE: retira o excesso de toxina.
de ADP, prejuízo na ADESÃO e AGREGAÇÃO plaquetaria. - Transfusão de HEMÁCIAS: corrige a anemia
NÃO ADIANTA TRANSFUNDIR PLAQUETAS!!
* DOENÇA DE VON WILLEBRAND: ↓ a produção de FvWB.
* DROGAS: - ASS: inibe a COX1 irreversível ( durante toda vida media
da plaqueta- 7 a 10 dias) que reduz TxA2
- CLOPIDOGREL e TICLOPIDINA: inibe a ADP

DISTÚRBIOS DA HEMOSTASIA SECUNDÁRIA- DISTURBIO DOS FATORES DE COAGULAÇÃO

* HEREDITÁRIOS

HEMOFILIAS PATOGÊNESE CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


- Distúrbio hereditário dos * Deficiência dos fatores - são geralmente Indicações:
fatores de coagulação. da via INTRÍNSECA ( 8-9- H
3 : diagnosticadas na infância. - paciente com hemofilia
OBS: as hemofilias A e B 11- FvWB)→ levando a * Hemartroses- de - casos suspeitos + quando tiver hemorragia,
são ligadas ao disfunção da hemostasia grandes articulações ( * TS e plaquetas NORMAIS hemartrose ou na
CROMOSSOMO X. 2ª com ↑ PTTa. joelho), podendo causar *TP ou TAP NORMAL prevenção de
- mulheres são portadoras 3 tipos: deformidades. Geralmente +PTTa alargado ( > 35 sangramentos durante e
da doença, mas não há *Hemofilia A (+comum): é o 1ª sinal de hemofilia seg)- distúrbio da via após cirurgia.
desenvolve. deficiência do fator VIII (8) grave . INTRÍNSECA * hemofilia A: reposição
Quando devemos - herança recessiva ligada * Hemorragias- GI e ↓ de fator VIII,
suspeitar de um caso de ao X- acomete sexo ♂. geniturinária ( hematúria). Fazer exames para crioprecipitado ou plasma
hemofilia? * Hemofilia B: deficiência No SNC( AVE hemorrágico) detecção e atividade dos fresco.

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- episodio de sangramento do fator IX (9) a mortalidade é de 30%. fatores VIII; IX e XI. * hemofilia B: reposição
espontâneo ou não - herança recessiva ligada * Hematomas- fator IX ou plasma fresco.
- hematomas musculares ao X- acomete sexo ♂. intramuscular, - Principais causas de * hemofilia C: plasma
PÓS-VACINAL * Hemofilia C (rara): retroperitoneais, de MORTE nos hemofílicos: fresco.
- HEMARTROSE deficiência do fator XI (11). orofaringe... Podem trazer 1ª : AIDS e hepatite C Outros tratamentos:
- HISTORIA FAMILIAR ( + ) complicações como 2ª : hemorragia - agentes antifibrinoliticos
de sangramento compressão de nervos, intracraniana. - DDAVP ( desmoressina)-
espontâneo anormal em artérias e sx. OBS: muitos hemofílicos ↑ FvWB que ↑ fator VIIII (
70% dos casos. Compartimental. haviam sido contaminado só para hemofilia A)
pelo HIV e hepatite C,
devido a transfusões de
crioprecititados.

DOENÇA de VON PATOGÊNESE CLÍNICA LABORATÓRIO TRATAMENTO


WILLEBRAND
Deficiência do FvWB. * tipo I ( + comum-80%): HISTORIA FAMILIAR + * TS alargado ( normal é - sangramento mucoso:
↓ moderada do FvWB - sangramento intenso de 3 a 7 min): tempo de * DDAVP( desmopressina)
- é a causa + COMUM de após trauma ou uso de sangrado ( pela alteração → ↑ os níveis de FvWB.
distúrbio da hemostasia * tipo II: distúrbio antiplaquetário + da adesão plaquetária) O principal efeito colateral
HEREDITÁRIO ( 1% da qualitativo do FvWB - equimoses com * PTTa alargado ( normal da DDAVP é a ↓ Na,
população) pequenos traumas e é de 25 a 35 seg) > 35 seg ( causada pela redução da
* tipo III ( + raro < 5%): sangramento após pela ↓ do fator VIII) eliminação de H2O. O
FUNÇÃO: ↓ intensa FvWB – é o único procedimentos ( extração paciente deve evitar a
- ajuda na adesão das autossômico recessivo os dentária) OBS: TAP e plaquetas ingestão hídrica 24
plaquetas ao endotélio- outros são autossômicos * nos pacientes tipo 3, a NORMAIS! seguintes do uso de
atua na hemostasia 1ª → dominantes. apresentação clinica é DDAVP.
se espera que o Tempo de igual da hemofilia A. DIAGNÓSTICO:
sangrado seja alargado. OBS: no tipo 3 com a * teste de RISTOCETINA - sangramento grave:
- protege o fator VIII e degradação rápida do OBS: o paciente deve * dosagem do FATOR VIII reposição de fator VIII,
atua na hemostasia 2ª → FvWB, ocorre também evitar antiplaquetário. * ANTICORPOS contra crioprecipitado, plasma
se espera um PTTa depleção do fator VIII- FVWB fresco ( igual a hemofilia
alargado. levando a hemofilia A. A)

66
* ADQUIRIDOS

USO DE DROGAS
WARFARIN HEPARINA
- Ação: impede a ação da Vitamina K e formação dos fatores de coagulação ( 2-7- - Ação: aumenta 1.000 x a atividade do anticoagulante
9- 10) e também fatores anticoagulantes endógenos : proteínas C e S. endógeno- ANTITROMBINA III.
OBS: os efeitos dessa droga é mais observada em 2 fatores que tem a meia vida
mais curta: fator VII e a proteína C. 2 TIPOS:
*Por isso que para MONITORAR o efeito dos CUMARÍNICOS os primeiros exames * HBPM: teste para MONITORAR a função do HBPM é
que se alteram são: o TAP/TP ou INR ( avalia a via extrínseca dos fatores de dosar fator X ativado ( porque ele inibe apenas 1 fator da
coagulação – fator VII). via comum)
OBS: efeito PRÓ-COAGULANTE nas primeiras 48 hrs de uso do warfarin se da pela * HNF: teste para MONITORAR a sua função é PTTa (
redução do anticoagulante endógeno- PROTEÍNA C. Piorando a trombose e porque ele inibe a maioria dos fatores da via Intrínseca). O
podendo levar a necrose cutânea pela trombose de pequenos vasos Os sítios + PTTa deve manter entre 1,5 a 2,5 vezes o controle; ou seja
comuns da necrose é no pênis, mama e tronco. O tratamento inclui heparinização se o PTTa vier de 60 seg, quer dizer que ta entre 1, 5 a 2 x
plena. do seu controle normal que é 30 a 35 seg.
Por isso que esses pacientes devem ser anticoagulados com heparina junto com
warfarin ate que o INR esteja na faixa terapêutica entre 2 e 3. * Para reverter o sangramento dos pacientes com uso de
* AMIODARONA ↑ o efeito do warfarin e o paciente fica propenso a sangramento. HNF:
* RINFAMPICINA inibe o efeito do warfarin. - sangramento leve: suspender a infusão da droga
- MEIA-VIDA do warfarin: 36 a 42 horas. - sangramento moderado a grave: + PROTAMINA- IV ( se
liga a heparina e impede sua ação) . Para cada 1mg de
* Para reverter o sangramento dos pacientes com uso de warfarin: Protamina antagoniza 100 U de HNF.
- sangramento leve a moderado: administrar vitamina K.
- sangramento grave: vit. K – IV ( 10 mg) + fatores prontos ( plasma fresco * Qual o antagonista da Heparina ou seja seu ANTÍDOTO?
complexo protrombínico ou fator VII recombinantes) PROTAMINA
* se não houver sangramento, apenas um alargamento do INR?
- INR < 5: apenas suspender o warfarin * Quais os efeitos adversos da Protamina?
- INR entre 5 e 9: + vit. K oral ( 1 a 2,5 mg) Bradicardia, hipotensão, depressão miocárdica
- INR > 9: + vit. K oral ( 2,5 a 5 mg)
* Conduta em pacientes com uso de Cumarínicos, submetidos a procedimento
cirúrgico:
1- Qx. De Emergência: suspender o cumarínico e na mesma hr administrar plasma
fresco + vit. K- IV ou SC ( 5-10 mg)

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2- QX. De Urgência ( entre 1 -4 dias): suspender cumarínico e adm Vit. K oral TROMBOLÍTICOS
3- QX. Eletiva com ↓ risco para trombose: suspender cumarínico 5 dias antes e - Ação: estimula a 3ª fase da hemostasia, ou seja,
liberar para procedimento se INR < 1,5 e atividade de protrombina > 50%. transforma o plasminogênio em PLASMINA. Degrada a
4- QX. Eletiva com ↑ risco para trombose: suspender cumarínico 5 dias antes e fibrina e o fibrinogênio, levando a dissolução do coágulo.
iniciar heparina 12 hrs após, liberar para cirurgia se INR < 1,5 e suspender HBPM *Quando ocorre sangramento em pacientes com uso
12-24 hrs antes do procedimento e se for HNF 4-6 hrs antes da cirurgia. de Trombolíticos:
- Crioprecipitados ou plama fresco.
Quais são os pacientes com ↑ risco de trombose?
- portador de prótese valvar mecânica
- fibrilação atrial e alto risco para TEP ( doença mitral reumática, FE < 40%; HTA;
hipertireoidismo, idade > 65 anos e historia de eventos prévio)
- estado de trombose venosa ou TEP há menos de 3 meses.
- estado de hipercoagulabilidade

CIDV PATOGÊNESE CLINICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


- Coagulação Intravascular Exposição do fator - CIVD AGUDA: * ↓ fibrinogênio * AGUDO:- Concentrado
Disseminada. Ocorre tecidual→ ativação da sangramento * ↑ D-dímero- produto de de plaquetas, plasma
ativação excessiva das coagulação → risco de cutaneomucoso e de degradação de fibrinas. fresco e crioprecipitado
hemostasias 1ª e 2ª e 3ª , TROMBOSE → consumo órgãos internos. Alem do * alargamento do PTTa,
levando a um consumo de de plaquetas e fatores de sangramento ocorre TAP e TS * CRÔNICO: heparinização
plaquetas e fatores de coagulação → risco de microtrombos difusos que * alargamento do Tempo
coagulação e fibrinolise. HEMORRAGIA. leva a IRA, disfunção de Trombina ( TT- teste
FORMAS: hepática,depressão que indica alteração do OBS: o CIVD é o principal
* AGUDA: ( sepse, * PRINCIPAIS CAUSAS: sensorial, gangrena de fibrinogênio; a trombina exemplo de
emergências obstétricas, - sepse bacteriana dígitos. pertence a via comum de HIPOFRBRINOGENEMIA
politraumatizados, - trauma: queimaduras * mortalidade de 30-80%. coagulação e ela grave adquirida.
grandes queimados...)→ extensas; rabdomiólise - CIVD CRÔNICA: transforma fibrinogênio e Em somente uma
predomina a - obstétricas: PP; feto trombose de repetição. fibrina que culmina na condição que o
HEMORRAGIA. morto retido formação de coagulo) fibrinogênio esta em níveis
* CRÔNICA: ( neoplasias - envenenamento: cobras * ↓ plaquetas ELEVADOS: toxemia da
sólidas que secretam fator - Câncer: adenocarcinoma * anemia hemolítica gravidez ( eclampsia e pré-
tecidual)→ predomina de próstata, pâncreas...) microangiopática COM eclampsia).
TROMBOSE. LMA M3. ESQUIZÓCITOS no sangue

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DOENÇA HEPÁTICA - ↓ de quase todos os fatores de coagulação, em especial dos VITAMINA K DEPENDENTES ( 2-7-9-10).
- hepatopatas - os hepatopatas se caracteriza por um ALARGAMENTO do TAP ( porque o fator VII o único que pertence a via
EXTRÍNSECA tem meia vida curta sendo o primeiro a ser alterado). Nos estágios + avançados o PTTa também ira se
alargar.
* nos adultos a principal causa de depleção da VITAMINA K são:
- HEPATIPATIA,
- COLESTASE ( a vitamina K é uma vitamina lipossolúvel e depende dos sais biliares para sua absorção, e os pacientes com
colestase apresenta obstrução da via biliar e ↓ a quantidade de sais biliares lançadas no intestino),
- MÁ-ABSORÇÃO INTESTINAL
- USO PROLONGADO de ATB ( leva a perda da flora intestinal, responsável pela produção de parte da vit. K necessária) e
- USO PROLONGADO de CUMARÍNICOS
- TTO: vitamina K IV ou SC e nos casos graves de hemorragia administrar plasma fresco e vitamina K.

DOENÇA HEMORRAGICA DO RN- Todos RN possuem baixa reserva de Vitamina K e fica propensos a sua carência, principalmente
associada a deficiência de vit. K. se for prematuro e aleitamento exclusivo com leite materno ( pobre em Vitamina K). Para
Sempre no caso clinico vai ter historia de RN, prevenir se deve aplicar IM ou IV 1 g de Vitamina K ao nascer. O exame que reflete a carência
geralmente nascido em casa em domicilio que de vitamina K é o TAP alargado, pois mede a eficácia da via extrínseca que utiliza os principais
apresenta sangramento e com aleitamento fatores dependentes de vitamina K.
materno exclusivo.

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TROMBOFILIAS

TVP FATORES DE RISCO CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


- TROMBOSE VENOSA - imobilização - 60% dos pacientes com ESCORE DE WELLS : para PREVENÇÃO 2ª – o
PROFUNDA. - cirurgia recente TVP em MMII são suspeita de embolia paciente já tem TVP e/ou
- tromboembolia prévia assintomático . pulmonar TEP:
- trombofilias - edema mole UNILATERAL - clinica de TVP – 3 pontos Anticoagulação Plena
OBS: 90% dos TEP são - neoplasias e QT e ASSIMÉTRICO com - S/outro dx. provável – 3 *HNF: 80 U/kg IV em
secundários a TVP. - ICC empastamento muscular pontos bolus seguida de 18
- câncer na panturrilha + dor, rubor - FC > 100 – 1,5 pontos U/kg/h em bomba
- AVE e sensação de peso - imobilização > 3 dias ou infusora.
- gestação e puerpério ↑ da T° e dor a palpação. cirurgia < 4 _ ajustar a dose de acordo
- obesidade - sinal de HOMANS: dor semanas- 1,5 com PTTa.
SX. DE BUDD-CHIARI: - uso de ACO na panturrilha durante a pontos * HBPM: Enoxaparina (
Trombose das veias supra- dorsiflexão do pé. Tem ↓ - episódio prévio- 1,5 clexane) :
hepáticas. sensibilidade e pontos 1 mg/kg- SC - 12/12 hrs
Clinica: dor abdominal ; COMPLICAÇÕES DE TVP: especificidade. - hemoptise- 1 ponto _ Indicação de controle da
hepatomegalia e ascite - TEP - sinal de LOWENBERG: - câncer – 1 ponto dose através da dosagem
refratária. - AVE dor insuflação de * resultado: do fator X ativado: IR;
manguito na panturrilha. > 4: probabilidade clinica gestação e obesidade.
TROMBOSE DE VEIA - sinal de MOSES/ sinal de alta * WARFARIN: 5 mg/dia
RENAL: BANCROFT: dor à ≤ 4: probabilidade clinica _ dose ajustada de acordo
* ocorre principalmente compressão da panturrilha baixa com INR ( alvo entre 2 e
em portadores de SX. - PHLEGMASIA ALBA/ 3).
NEFRÓTICA): CERUELA DOLES: *↓ probabilidade para TEP
- nefropatia membranosa; persistência do edema, ( WELLS ≤ 4 )ou paciente OBS: nos pacientes com ↑
- glomerunefrite que leva a NÃO internado→ pedir o probabilidade de TEP, se
membranoproliferativa comprometimento da D-DÍMERO deve iniciar heparina
-amiloidose perfusão arterial do MI, - normal (<500): mesmo antes de confirmar
* Clinica: lombalgia surgindo palidez, cianose excluir TEP o diagnostico.
intensa de instalação e dor intensa. - alto  (≥500): fazer
aguda + hematúria e perda - prova de PERTHES: oclui- US Doppler ( dupplex - CONTRAINDICAÇÃO À
da função dos rins se o sistema venoso scan) ANTICOAGULAÇÃO PLENA
afetado. superficial com um garrote → se vier normal: repetir ( em caso de sangramento

70
no meio da coxa, pede-se em 5-8 dias. ativo, TCE, grande cirurgia
para andar o paciente. Se - se vier anormal: confirma recente, AVE hemorrágico
o sistema venoso o diagnostico de TVP. < 30 dias):
profundo estiver ocluído, 3 * FILTRO DE VEIA CAVA
resultados podem * ↑ probabilidade WELLS > INFERIOR
acontecer: 4 OU paciente * uso de meias
1- dor a deambulação INTERNADO→  pedir compressivas: ↓ o risco em
2- cianose à estase venosa US com DOPPLER ( 50% num período de ate 2
3- tumefação do sistema dupplex scan) anos após TVP.
superficial que regride ↓
após a retirada do garrote. → se vier ALTERADO: PREVENÇÃO PRIMÁRIA (
confirmar TVP evitar o 1ª episódio)
* HNF: dose profilática:
OBS: D-DÍMERO tem →se der NORMAL: repetir 5000 U SC de 8/8 h ou
*↑ sensibilidade, ↑ valor em 5-8 dias e considerar o 12/12 h.
preditivo negativo PADRÃO-OURO: - seu efeito é imediato,
* ↓ especificidade venografia decrescendo rapidamente
↓ nos primeiros 15 minutos.
PADRÃO-OURO: * HBPM ( de escolha por
ser seguro e custo-eficaz):
VENOGRAFIA ou
dose profilática:
enoxaparina 40 mg SC
FLEBLGRAFIA
1x/dia.
OBS: na anticoagulação
profilática não é
necessário monitorar
OBS: o US Doppler é o laboratorialmente.
teste de escolha para
diagnostico de TVP. CONTRAINDICAÇÃO a
ANTICOAGULAÇÃO:
* MEIAS COMPRESSIVAS
* COMPRESSÃO
PNEUMÁTICA

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HEMOCOMPONENTES E HEMODERIVADOS:

CONCENTRADO DE HEMÁCIAS: cada bolsa tem cerca de 200 ml e aumenta a Hb do paciente em 1 g/dl e o Ht em 3%.

* COMPLICAÇÕES DA HEMOTRANSFUSÃO:

1- Aloimunização: repetidas transfusões estimulam que o receptor desenvolva anticorpos contra antígenos presentes na superfície das células,
aumentando o risco de reação hemolítica nas próximas transfusões.

2- Reação Hemolitica aloimune aguda: imcponpatibilidade ABO. No inicio da transfusão o paciente apresenta febre, taquicardia, dispneia,
hipontensão, podendo evoluir para choque e hemólise intravascular intensa. Conduta: interrupção imediata da transfusão, seguida de coleta de
amostra da bolsa e do paciente para analise.

3- Reação hemolítica aloimune tardia: imconpatibilidade de Rh. Febre baixa, icterícia e reticulocitose dias após a transfusão.

4- Os agentes contaminantes + frequentemente encontrado nos concentrados de hemácias: YERSINIA e SERRATIA.

5- Reação alérgica ao plasma: urticária, angioedema e broncoespasmo que muito raramente evolui para choque anafilático.

6- Reações à hemotransfusão maciça: após a 8 a 10 concentrado de hemácias: * HIPOTERMIA; * HIPERVOLEMIA; * CONGESTÃO PULMONAR:
ALCALOSE METABOLICA, ↓ Ca ; * ↓ PLAQUETAS; * COAGULAÇÃO DILUCIONAL

PLASMA FRESCO CONGELADO: corresponde ao sangue sem hemácias, leucócitos e plaquetas. Contem todos os fatores de coagulação e
proteínas. Dose 15-20 ml/kg.

x *indicações de plasma fresco: - reposição de fatores de coagulação


o - intoxicação por cumarínicos
o - Insuficiência hepática
o - CIDV
o - PTT
o - coagulopatia hereditárias ( exceto hemofilia A)

CRIOPRECIPITADO: é um derivado do plasma fresco, rico em FIBRINOGÊNIO ( fator I), fator VIII , FvWB , fator XIII e fibronectina.

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PANCITOPENIAS ( ↓ de Hemácias, Leucócitos e plaquetas)

RETICULÓCTIOS HEMÁCIAS HEMOGLOBINA HEMATOCRITO LEUCÓCITOS PLAQUETAS


Ate 100.000 ou ate 2% ♂: 4,5- 6 milhões/mm ♂: 13- 17g/dl ♂: 40-52% 5.000- 10.000 150.000 a 450.000
do total da hemácia. ♀: 4- 5,4 milhões/mm ♀: 12- 16g/dl ♀: 36- 48% Se ÷ em granulocitos ( neutrófilos, - vida media: 7 a 10
- vida media: 120 dias. eosinofilos, basófilos) e agranulocitos DIAS no sangue.
- são hemácias jovens Obs: 3x + que o ( linfócitos e monócitos)
- vida media: 1-2 dias valor da Hb Obs: os bastões são células jovens Obs:
precursores dos neutrófilos- é megacariócitos são
indicativo de uma infecção os precursores das
bacteriana. plaquetas
- Neutrófilos maduros são chamados
Tb de segmentados ou PMN)
- vida media do neutrófilo: 7 HORAS
- vida media do linfócito: HORAS a
ANOS.

Transfusão de PLAQUETAS Transfusão de HEMÁCIAS


1 unidade de plaquetas para cada 10 Kg do paciente; espera ↑ 10.000 plaquetas Para cada 1 concentrado de hemácia, espera-se ↑ de 0,5
para cada bolsa transfundida. a 1 g/dl de Hb e de 3- 5% de Hematocrito.
Indicações:
- sangramento ativo de MUCOSA comm plaquetas < 50.000 Indicações:
- < 100.000: transfundir apenas no pré-operatório de cirurgia oftalmológica ou - > 10 g/dl de Hb: evitar transfusão
neurológica - 8 a 10 g/dl: não transfundir em anemia crônica e
- < 50.000: em sangramento graves ou grandes cirurgias paciente estável sem evidencia de isquemia. Considerar
- < 30.000: para sangramento espontâneo ou cirurgia de médio/pequeno porte transfusão apenas em anemia aguda.
- < 20.000- 10.000: - sangramento espontâneo é comum- transfundir se houver - > 6 g/dl: nível tolerado, indica para portadores de
febre ou infecção. ( infecção, febre e sangramento ativo ↓ consumo de plaquetas) anemia crônica estáveis hemodinamicamente.
- ≤ 10.000- 5.000: transfundir profilaticamente OBS: estado de hipovolemia deve ser corrigido
apropriadamente.
OBS: lembre-se que na Púrpura trombocitopenia Idiopática ( PTI)- se deve evitar
transfusão; e na Púrpura trombocitopenia Trombótica ( PTT) NÃO transfundir!

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NEUTROPENIA FEBRIL CAUSAS DE NEUTROPENIA MANEJO CLÍNICO
Presença de Neutropenia - QT -internar o paciente e rastrear foco infeccioso ( colher cultura e exame de
GRAVE ( < 500) + FEBRE, - anemia aplásica imagem)
geralmente após ciclo de - invasão tumoral ( leva a - iniciar ATB empírica de largo espectro ( cobrir pseudômonas- CEFEPIME- IV
QUIMIOTERAPIA ( 1 a 2 falência da MO) - o ATB deve ser mantido ate a resolução da neutropenia (ate atingir 500 de
semanas após a QT) - mielofibrose neutrófilos)
- deficiência de B12 e acido - se deve associar a VANCOMICINA ao esquema inicial quando considerar
OBS: uso de Sonda urinaria e fólico colonização de MRSA ( infecção do sitio do cateter, mucosite, infecção da
GI são fatores complicadores - AIDS pele, uso prévio de quinolonas ou choque séptico.)
da neutropenia febril. - leishmaniose visceral
- infecção bacteriana maciça - FEBRE persistente após 4-7 dias de ATB se deve acrescentar:
ANFOTERICINA B.
DIAGNÓSTICO - NÃO prescrever ATB profilática para todo paciente em QT, porque ↑ o risco
- neutrófilos < 500 + pico febril  ≥   de infecção por bactérias resistente e não aumenta a sobrevida do paciente.
38,5° ou 3 pico de 38° C em 24 - GRANULOKINE: ele ↓ o tempo de neutropenia e de hospitalização, porem
hrs não reduz a mortalidade. NÃO é indicado de rotina, apenas em casos graves
com previsão de longo período de neutropenia ( > 20 dias)

PANCITOPENIAS

ANEMIA APLÁSICA (AA) EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


-hiperfunção acentuada da - rara - manifestações de - BIOPSIA da MO: medula -suporte: transfundir
MO, leva a ↓ ou ausência - ambos sexos; + em pancitopenia: febre, Hipocelular com infiltração hemácias, plaquetas e
dos precursores adultos jovens e idosos. sangramento ou gordurosa. tratar infecções.
hematopoiéticos - instala- PATOGENESE: equimoses, anemia - SANGUE PERIFÉRICO: - Especifico: Transplante
se PANCITOPENIA, - idiopática ( + de 50%) * SEM reticulocitose e de MO em pacientes < 45
geralmente grave. - adquirida: exposição ao - NÃO tem SEM BLASTOS e SEM anos- cura de 70%.
benzeno, radiações esplenomegalia e nem fibrose medular. - globulina antitimocito e
* Principais causa de ionizantes, linfadenopatia. ciclosporina devem ser
morte é por infecções e CLORAFENICOL, PANCITOPENIA ( anemia usadas antes do TMO.
hemorragias. anticonvulsivante e PANCITOPENIA + MEDULA macrocitica; Htc < 25%; - pacientes > 45 anos:
diureticos) HIPOCELULAR e mais plaquetopenia < 50.000, apenas terapia
- congênita ( raro)- nada→ pensar AA leucócitos entre 150 e imunossupressora

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anemia de Fanconi e Sx. 1500) com morfologia (globulina antitimocito e
De Diamond- Blackfan. celular NORMAL ciclosporina)
OBS: as plaquetas estão
diminuídas, mas os
exames de coagulação (
TAP e PTTa) estão
normais.

ANEMIA de FANCONI: SX. De DIAMOND-BLACKFAN:


doença autossômica recessiva, causa + comum de AA congênita- anemia hipoplásica congênita isolada do setor eritroide da medula.
Criança de +- 8 anos se apresenta com: Leva a ANEMIA macrocitica PROFUNDA e ISOLADA ( ↑ VCM e Hb ↓)
* palidez cutâneomucosa importante SEM reticulocitose, e todos outros aspectos normais.
* manchas café com leite - Diagnostico geralmente é no 3ª MÊS de vida, outras características:
* baixa estatura * baixa estatura
* ausência dos POLEGARES * espessamento do lábio superior
* microcefalia * pulsos filiforme
- Diag: se dá + ou – aos 8 anos. * achatamento da eminência tênar e polegar apresentado 3 falanges.
*hemograma: VCM ↑( macrocitose) e PANCITOPENIA TTO: responde bem a corticoide ( predinisona)
- eletroforese de Hemoglobina: níveis ↑ de hemoglobina F.

LEUCEMIAS AGUDAS

LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA- LMA LEUCEMIA LINFOCÍTICA AGUDA ( LLA)


INCIDÊNCIA É a leucemia + COMUM entre todos os tipos ( Aguda e Crônica) - é a leucemia + COMUM em CRIANÇAS
- É a NEOPLASIA MALIGNA + comum de CRIANÇAS
IDADE > 60 anos ( sua incidência ↑ com a idade); + no sexo ♂ - entre 2 e 6 anos
CAUSAS * Primaria: ocorre em individuo previamente hígido * ocorre com > frequência em portadores de distúrbios
* Secundaria: - quimuioterapia genéticos ( ex. SX. DE DOWN) ou imunodeficiência.
- exposição ao benzeno;- radiações ionizante
- mielodisplasia, leucemia crônica, HPN OBS: a LLA é a principal causa de leucemia em portadores de
- distúrbios hereditários ( anemia de Fancini e Sx. Sx. De DOWN ( o risco é 14 > em Sx. Down)
De Down)

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QUADRO Tríade das leucemias agudas: instalação aguda de FADIGA- Tríade das leucemias agudas +
CLÍNICO ASTENIA + SANGRAMENTO ( petequias; manchas no corpo;
equimoses devido a trombocitopenia) + INFECÇOES ( FEBRE) * achados específicos da LLA:
- DOR ÓSSEA- muito frequente ( 80%), pode ser o 1ª
* achados + específicos de LMA: sintomas, com pouca resposta a analgésicos.
- HIPERPLASIA GENGIVAL - ADENOMEGALIAS- LINFADENOPATIA ( cervical ou
- CLOROMA ( tumoração orbitária- extramedular) generalizada)
- CIDV ( os promielócitos neoplásicos secretam substancias pró-
- ESPLENOMEGALIA
coagulantes, desencadeando a síndrome, marcada pelo - FEBRE NEOPLASICA
consumo de fatores de coagulação)- subtipo + associado é o - ACOMETIMENTO de TESTICULOS
LMA-M3. - ACOMETIMENTO do SNC ( se deve pesquisar através da
- PLACAS ERITEMATOSAS ( infiltração cutânea) analise do liquor e RM de crânio)
- Sx. DA LEUCOSTASE ( ↑ dos leucócitos): ocorre pelo grande
numero de blastos circulantes. Quadro de taquidispneia,
hipoxemia, distúrbios neurológicos e sangramento anormal.
TTO: QT + hidroxilureia em doses altas , transfusão de
plaquetas, ou ate leucoaférese. OBS: evitar a transfusão de
hemácias.
DIAGNÓSTICO LABORATÓRIO: Hemograma completo ( exame inicial) :PANCITOPENIA: Anemia; trombocitopenia, leucopenia ou leucocitose
(as custas de blastos) com neutropenia marcante
* Sangue Periférico: presença de BLASTOS

* ASPIRADO E BIOPSIA DE MEDULA ÓSSEA ou mielograma- Padrão-ouro: presença ≥  20%  de  BLASTOS ( critério da OMS)
LMA LLA
MORFOLOGIA Blastos mieloides ( são > que os - Blastos < que LMA
linfoides) e possuem:
- grânulos azurófilos
- BASTONETES DE AUER (
patognomônico)
CITOQUIMICA - mieloperoxidase ( + ) - somente PAS ( + )
Corado pela: - Sudan Black B ( + )
- esterases não especificas
IMUNOFENOTIPAGEM ( CALLA): - positivos p/ CD 34-33-13-14. - CD 10; CD 19, CD 20; (LLA

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Método  de  >  acurácia  para  ≠  as   - glicoforina e espectrina – LMA- M6 cél B)
leucemias agudas ( meiloide ou - fator de Von Willebrand e - CD 2; CD 3; CD 5 ( LLA cel. T)
linfocitica) glicoproteina IIb e IIIa : LMA- M7
PATOGÊNSE: Acumulo de BLASTOS (células jovens) não funcionantes e possuem ↑ poder de divisão e multiplicação. O fato de a
produção de BLASTOS ocupar boa parte da medula óssea, a produção de células hematopoiéticas é reduzida, levando a uma
PANCITOPENIA..
SUBTIPOS 8 subtipos ( M0 ate M7) 3 subtipos:
- melhor Prognostico: M3 ( leucemia promielocítica aguda) L1: variante INFANTIL: + freq. em crianças (85%)- blastos,
- pior prognostico: os  da  “ponta”:  M0,  M1,  M6,  M7 pequenos, citoplasma escasso e SEM nucléolo.
- + frequente: M2 ( leucemia mieloblastica aguda) L2: variante do ADULTO: + freq. em adultos ( 70%)- blastos
- + associado a Sx. De DOWN: M7 (leucemia megacarioblástica maiores, irregulares, COM nucléolo.
ag) L3: variante BURKITT-SÍMILE: + freq. em adultos- blastos
- + associado a CIDV: M3 maiores, nucléolo proeminente, citoplasma vacuolado e
basofílico ( azulado)- sempre é um precursor do linfocito B e
tem associação com EBV.
TRATAMENTO * suporte * suporte
* Indução a remissão: QT com arabinosídeo-C + daunorrubicina * QT em 4 fases: tempo total 2-3 anos
OBS: o aspirado e biopsia de MO devem ser realizado entre 7 a 1- indução a remissão- 4 semanas
10 dias após o termino da indução a remissão. 2- profilaxia do SNC- 12 semanas
* terapia pós-remissão:- QT- arabinosideo ( p/ prognostico 3- consolidação da Remissão- 2 ciclos de 4 semanas + 1 ciclo
bom) de 8 semanas
- TMO alogênico p/ < 60 anos com 4- Manutenção – ate completar 2 anos
prognostico ruim e que encontrou um doador compatível.
- TMO autólogo ( o doador de medulo OBS:  locais  chamados  “santuários- são locais do corpo do
é o próprio paciente): paciente > 60 anos , prognostico ruim e paciente em que as células leucêmicas se infiltram e se
NÃO encontrou um doador compatível. tornam menos sensíveis a QT ( ex: testículos e SNC)
EXCEÇÃO: OBS: NÃO esta indicado esplenectomia em pacientes com
* subtipo M3: QT ( ATRA- acido transretinoico) é capaz de leucemias agudas.
controlar a CIDV típica desta leucemia. O uso de ATRA mudou
drasticamente o prognostico da LMA-M3, sendo o subtipo de
melhor prognostico ( 70% de cura).
CURA: 40-60% e a porcentagem aumenta com o TMO.
- Pacientes submetidos a QT deve prevenir a SX. De LISE
TUMORAL: 48 horas antes e durante toda a QT ( hidratação

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venosa + Alopurinol- ↓  a produção de acido úrico).
Critérios de - idade entre 2 e 50 anos - idade entre 1 e 10 anos
MELHOR - leucocitose < 25.000 - HIPERploidia
Prognostico LDH sérica normal - rearranjo dos genes TEL/ AML 1
- alterações cito genéticas t (8;21), t (15;17) e inv (16)
- subtipos  do  “meio”:  M2;  M3  e  M4
Critérios de - idade < 2 ou > 60 anos - idade < 1 ou > 10 ( especialmente > 30 anos)
PIOR - leucocitose > 100.000 - leucocitose > 50.000 a 100.000
prognostico - LDH ↑ - HIPOploidia
- alterações cito geneticas inv (3) ou t (3;3); Del (5q) e t (6;9) - cromosso Philadelphia t (9;22); t (4;11); t (8;14 e t (1;19)
- subtipos  da  “ponta”:  M0;  M1;  M6  e  M7 - rearranjo dos genes MLL

MIELODISPLASIAS- MDS EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


Presença de clone - ocorre + em IDOSOS - Fadiga + sangramento + - ANEMIA sem Suporte: transfusões ,
defeituoso de células Causas: febre reticulocitose eritropoietina e
hematopoiéticas, levando - idiopática: + comum em - perda ponderal - leucopenia ( 50% dos granulokine
a maturação defeituosa idosos - hepatoesplenomegalia e casos) * TMO em casos
delas ( mielodisplasia), - secundaria a agentes QT linfadenopatia são - trombocitopenia ( 25%) selecionados ( < 60 anos,
marcada por ou ao benzeno: em incomuns boas condições clinicas)
hematopoiese ineficaz e qualquer idade e pior - 14% dos pacientes tem - BIOPSIA DE MO:
BLASTOS < 20%. prognostico. manifestação autoimune * medula HIPERCELULAR Critérios de MELHOR
- tem potencial para associada: vasculite ou hipocelular ( 20%). prognostico:
evoluir para LMA OBS: 50% são cutânea e artrite * Diseritropoiese - cariótipo normal, deleção
assintomáticos no monoarticular. - sideroblastos em anel 5q, deleção 20q
momento do diagnostico, - percentual de blastos <
sendo notado a partir do OBS: a presença  de  ≥  20%   - SANGUE PERIFÉRICO: 5%
hemograma de rotina. blastos define como LMA * uni, bi, ou pancitopenia - displasia eritroide apenas
secundaria a * anormalia pseudo
mielodisplasia. Pelger- Huet
* neutrófilos
HIPOGRANULARES e
HIPOSSEGMENTADOS-

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com corpúsculo de Dohle
* plaquetas gigantes

Outras patologias que cursam com Pancitopenia: Mielofribrose; linfomas; anemia megaloblástica; HPN; LES.

OUTROS TIPOS DE LEUCEMIAS, MAS QUE NÃO CURSAM COM PANCITOPENIA- LEUCEMIAS CRÔNICAS

Caracterizado pelo acumulo lento e gradativo de clones neoplásicos leucocitários na MO e no sangue.

LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA ( + frequente que LMC)


INCIDÊNCIA - sexo ♂; idade media 50 anos - + comum em IDOSOS ( > 60 anos), sexo ♂
- é o tipo de leucemia + comum do IDOSO.
PATOGÊNESE - anomalia citogenetica do cromossomo PHILADELPHIA - clone neoplásico é um linfócito B maduro, mas que não
t (9:22) e formação de um gene hibrido BCR-ABL produz anticorpos. Por isso que na sua clinica tem
LINFOCITOSE acentuada com predisposição a infecção
devido a falta de anticorpos.
- LLC tem baixa atividade mitótica
FATORES de RISCO Exposição a altas doses de radiação ionizante
CLÍNICA - LEUCOCITOSE NEUTROFILICA acentuada com desvio p/ E + LINFADENOPATIA CERVICAL + astenia, febre, sudorese
ESPLENOMEGALIA de GRANDE MONTA + TROMBOCITOSE noturna e perda ponderal.
Outros achados: febre vespertina, sudorese noturna; astenia e - esplenomegalia ( 40% dos pacientes)
desconforto abdominal no quadrante superior E saciedade - predisposição a infecções
precoce . - anemia e plaquetopenia se vê em estágios mais
OBS: infecção NÃO é frequente! avançados.
LABORATÓRIO - ANEMIA + LEUCOCITOSE NEUTROFILICA- segmentados ( > - LINFOCITOSE ( > 4.000) acentuada + ADENOPATIA
50.000) + TRMBOCITOSE CERVICAL
DIAGNÓSTICO * Aspirado ou Biopsia da MO: HIPERPLASIA mieloide * Sangue Periférico: LINFOCITOSE > 4.000 formado por
acentuada, com relação mieloide-eritroide (15:1)- normal é células B monoclonais que expressam o antígeno CD5,
OBS: as leucemias 3:1 e cariótipo das células aspiradas presença do cromossomo alem, do CD 19, CD 20, CD 21, CD23 e CD 24.
crônicas NÃO há PHILADELPHIA (95% dos casos) e gene BCR-ABL ( 5% dos Linfócitos  “amassados  ou  em  cestos”.

79
formação de casos) * Aspirado da MO: > 30% de LINFÓCITOS, formado por
BLASTOS. OBS: o cromossomo Philadelphia não é patognomônico da células B monoclonais indistinguível dos linfócitos B de
LMC. indivíduos normais: linfócitos pequenos, com núcleo
arredondado e cromatina comdensada e citoplasma
escasso.
* Alterações citogenéticas (presente 40-50% dos
pacientes):
- mais comum: 13 q
- pior prognostico: 11 q e 17 p e trissomia do 12.
ESTÁGIOS DA DOENÇA:
1- hipoproliferativa por ocupação medular
2- hiperproliferativas por destruição autoimune: anemia
hemolítica Coombs direto ( + ) e Púrpura
Trombocitopênica imune (PTI). Os casos autoimune
respondem bem a Corticoides.
TRATAMENTO - Mesilato de IMATINIBE: objetiva remissão citogenetica ( - NÃO há CURA!!! A terapia visa ↑ a sobrevida e alivio dos
desaparecimento do cromossomo philadelphia)- Droga de sintomas.
escolha, pois melhorou drasticamente o prognostico dos - QT ( indicada para pacientes sintomáticos): flurarabina +
pacientes. rituximab + ciclofosfamida
OBS: o tratamento de escolha pra CRIANÇAS com LMC não é o - TMO alogênica não tem bons resultados.
IMATINIBE é o TMO alogênico. - Corticoides são usados para PTI e anemia hemolítica
- TMO alogênico ( em pacientes estáveis, com < 60 anos e autoimune associada a LLC.
doador de 1ª grau compatível, que não responde ao
imatinibe).
- Suporte e Hidroxiureia: pode ajudar no controle sintomático (
reduz a leucocitose, esplenomegalia)

OBS: Quais outras doenças cursam com LINFOCITOSE , alem da LLC?

- Mononucleose infecciosa – infecção do Vírus Epstein – Barr- com  +  de  10%  de  “linfócitos  atípicos”.

- Infecção pelo Coxackie B

- outras viroses: sarampo, varicela, caxumba, influenza

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- Coqueluche: infecção pela bactéria Bordetella Pertussis.- a linfocitose é regra nessa infecção com valores > 50.000

- Bartonelose: febre da arranhadura do gato, causada pela Bartonella Henselae- causa linfocitose atípica, eosinofilia, monocitose, anemia, e
trombocitopenia.

- Toxoplasmose: causada pelo Toxoplasma gondii. Costuma provocar uma sx. De mononucleose, com linfocitose atípica, adenomegalia e
hepatoesplenomegalia. Eosinofilia é observada em 10-20% dos casos.

- Linfocitoses Malignas: LLC – principal causa neoplásica de linfocitose.

LLA e linfoma linfoblastico

Timona Maligno.

FAZ PARTE DA SINDROME MIELOPROLIFERATIVAS: - Policitemia vera

- mielofibrose

- LMC

- Trombocitemia essencial

81
PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE ( PAC) ( até 48 horas de internação)

PAC ETIOLOGIA/ PATOGENIA CLASSIFICAÇÃO CLINICA E DIAGNOSTICO TRATAMENTO


- todo processo AGENTE ETIOLOGICO + TIPICOS: TIPICOS: TTO AMBULATORIAL ou
inflamatória agudo do COMUM DA PAC? S. PNEUMONIAE PADRÃO PNEUMOCOCO HOSPITALAR ?? = CURB-65
parênquima pulmonar. - Streptococus - diplococo gran+ - instalação HIPER-AGUDA (avalia a gravidade,
PAC são aquelas pneumoniae- 30-40% ( é - é o que + causa ( 2 – 3 dias) indicando ou não a
adquiridas na comunidade o patógeno mais comum DERRAME - calafrios, febre ↑, dor internação em enfermaria
e ate 48 HORAS de em todas as idade ( exceto PARANEUMONICO 25-50% pleurítica, tosse c/ ou CTI)
internação, ou seja, fora em recém-nascidos); e 1 a 5% se tornam expectoração purulenta C- confusão metal-1 ponto
do ambiente hospitalar. mesmos nos casos mais EMPIEMA - leucocitose ( neutrófilos) U- ureia > 43 –(1p)
graves, o pneumococo - sua complicação + OBS: em pacientes idosos R- respiração > 30- (1p)
PNEUMONIA ASSOCIADA continua sendo o frequente é derrame a febre pode não existir, e B- baixa PA (≤ 90/60) - (1p)
A CUIDADOS DE SAÚDE – principal!. pleural. as vezes o único sinal de 65- idade  ≥  65  anos  – ( 1p)
NÃO pertence a PAC, são pneumonia é a prostração, .... resultado:
eles: AMBULATORIO H. INFLUENZA desorientação, deliriun e 0 ou 1: NÃO interna
- casa de repouso, asilos - S. pneumoniae ( + freq) - pctes c/ DPOC taquidispneia... > = 2: interna
- home care - Mycoplasma pneumonia TTO: cefalosp. 2ª e 3ª G SX. De consolidação: 4 ou 5= UTI
- instituições de tto - Clamydia pneumoniae - sopro tubário CRITERIOS DE EWIG:
psiquiátrico - vírus respiratório S. AUREUS - ↓ MV enfermaria ou CTI???
- hemodiálise - Haemophilus influenza - causa pneumonia GRAVE - ↑ F/V ( frêmito) >: - necessidade de VM
- quimioterapia desde o inicio com febre - submacicez à percussão - Choque séptico
- paciente com internação UTI alta, toxemia e alterações - broncofonia
há menos de 90 dias - S. pneumoniae ( + freq) radiológicas, geralmente - pectoriloquia fônica <: - PaO2/FIO2 < 250
OBS: esses pacientes serão - Bastonetes complicada com (ausculta nítida a palavra) - Envolvimento de + de
tratados como pneumonia - gran – pneumotórax, um lobo pulmonar
nosocomial, porque são - H. inlfuenza pneumatocele e empiema, RX: - PA <90/60 mmHg
classificados como - Leigionella alem de formação de - Infiltrado pulmonar do * 2 critérios < ou 1 > indica
“pneumonia  relacionada  a   - S. aureus cavitações e abscessos. tipo broncopneumônico ( internação na UTI
cuidados  de  saúde”,  que   - 2ª agente etiológico do + frequente ) e lobar
tem fatores de risco para ASSOCIADA A DPOC lactante, perde para (quase todas as PAC lobar TTO AMBULATORIAL
microrganismos MDR. - Haemophilus influenza ( pneumococo são causadas por S. GERAL ( p/ típicos e
+ freq e, DPOC) - usuário de DROGAS pneumoniae.) atípicos)
- M. catarralis - bonquiectasia em idosos

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COMPLICAÇÕES - S. Pneumoniae - disseminação ATIPICOS: 1)- Sem fatores de risco
A) DERRAME - P. aeroginosa hematogênica - instalação SUBAGUDA ( 1ª linha: MACROLIDEO
PARAPNEUMÔNICO - Leigionella - o derrame + ou – 10 dias) (azitromicina, eritro e
- ocorre de 20-70% parapneumônico aparece - jovens de 5 a 40 anos claritromicina)
- + comum por ASSOCIADA A ALCOLISMO em 40% dos casos em - sintomas de virose Ou Doxicilina ou Amoxilina
penumococo ( 25-50%); - S. penumoniae adultos e 70% em crianças. respiratória prolongada
alem de S.aureus e - Anaerobios - piopneumotorax ocorre - dor de garganta, mal 2) -Com comorbidades,
anaeróbios. - Klebsiella em 25% estar, mialgia, cefaleia, uso de ATB nos últimos 3
“  TODO  derrame   - M. tuberculosis - pneumoatocele em 40- tosse seca, febre ↓ meses
parapneumônico é um 60% dos casos -Manifestações FLUOROQUINOLONA RESP
EXUDATO”. ASSOCIADA A ABSCESSO - tratamento: oxacilina; e Extrarrespiratórias do (moxifloxacin,
* Fazer toracocentese - S. aureus para MRSA usar Micoplasma Pneumoniae: gemifloxacin ou lefloxacin
para obter amostra do - anaeróbios vancomicina ou linezolida) 1- miringite bolhosa ( ( 750 mg/dia)
material para diagnosticar: - pneumococo do TIPO 3 vesículas na membrana OU
→EXUDADO: - klebsiella KLEBSIELLA timpânica) MACROLIDEO + B
- proteína pleural 3.0 - pneumonia do lobo 2- anemia hemolítica por LACTAMICOS ( amoxilina
-relação proteína pleural/ ASSOCIADA A ASPIRAÇÃO pesado ( quando a CRIOAGLUTININAS em dose alta ou associado
proteína sérica >0.5 - Anaeróbios pneumonia acomete o 3- sx. De Stevens- a clavulanico ou
- LDH>200 - gran – entéricos lobo superior, este lobo Jonhson- lesões cefalosporina 2ª e 3ª )
-relação LDH pleural / LDH faz um abaulamento na ertemovesiculares.
sérico> 0.6 ASSOCIADA A FEZES DE sua borda inferior 4- fenômeno de Raynald ENFERMARIA
TRATAMENTO: ATB MORECEGO 5- sx. De guillain-barre, FLUOROQUINOLONA RESP
- Histoplasma capsulatum ANAERÓBIOS pericardite, miocardite.... OU
- 1 a 5% se transforma em - causada devido a MACROLIDEO + B
derrame complicado ( EXPOSIÇÃO A PASSAROS aspiração da flora RX: LACTAMICO ( cefal. 3ª G)
EMPIEMA) - Clamydoplhila psittaci bacteriana da boca - infiltrado tipo
→EMPIEMA: - acomete pacientes que broncopneumonico OU CTI
- PH < 7,3 EXPOSIÇÃO A AGUA tem mau estado de - infiltrado intersticial ( CEFOTAXIMA OU
- PUS franco CONTAMINADA EM conservação dos dentes; típico de virose) CEFTRIAXONE +
- glicose < 40 SISTEMA DE CALEFAÇÃO E pacientes com queda no - tratamento: macrolideos FLUOROQUINOLONA
- LDH > 1000 AR CONDICIONADO nível de consciência ( AVE, ou doxicilina. OU
- neutrófilos > 1000 - Legionella convulsões, intoxicação CEFOTAXIMA OU
TRATAMENTO DO alcoólica...)→ tem > risco CEFTRIAXONE +
EMPIEMA: vai depender de macroaspiração. AZITROMICINA

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da fase evolutiva: PATOGENIA: - pode ocorrer também DIAGNOSTICO GERAL: P/ PSEUDOMONAS
1) fase exudativa ou 1- ASPIRAÇÃO (+ comum) com aspiração do suco CLINICA + EX. FISICO + RX CEFALOSPORINA DE 4ª G +
aguda: liquido claro, SEM 2- INALAÇÃO gástrico- que leva a uma LEVOFLOXACIN OU CIPRO
formação de septação→ 3- VIA HEMATOGENICA ( S. pneumonia química Paciente com quadro OU AMIGLICOSIDEO E
fazer DRENAGEM PLEURAL Aureus) aspirativa “sx.  De   clinico sugestivo de PAC, o FLUOQUINOLONA OU
FECHADA ( toracostomia Mendelson”. exame complementar AMINOGLICOSIDEO E
tubular  em  selo  d’agua.) PADRÃO - é mais comum no indicado para confirmar o AZITRO.
2) fase fibrinopurulenta HISTOPATOLOGICO PULMÃO DIREITO ( diagnostico é? RX
ou subaguda: liquido - broncopneumonia ( segmento posterior do P/ S. AUREUS- MRSA
purulento, espesso, principal) lobo superior) OBS: o padrão radiológico Adicionar VANCO ou
presença de fibrina, tente - pneumonia lobar - tendência a formar das pneumonias NÃO tem LINEZOLIDA
a formar septações → empiema, abscesso . relação com o provável
PLEUROSCOPIA. Não tem * droga de escolha: agente etiológico, OBS:
necessidade do uso de PREVENÇÃO: clindamicina 600 mg IV de portanto não é de grande * DURAÇÃO DO
fibrinolítico. A) Vacina anti-influenza: 6/6 hrs , seguida por utilidade para o inicio da TRATAMENTO:
3) fase de organização ou * > 50 anos/ anualmente amoxilina-clavulanato. ATB empírica. 10 a 14 dias.
crônica: →  decorticação * contatos íntimos com * para suspender a ATB o
pulmonar ou DRENAGEM pessoas de risco ATIPICOS: Pacientes: paciente deve ta AFEBRIL
PLEURAL ABERTA ( * pessoas de risco com M. PNEUMONIAE ( causa AMBULATOREAIS: iniciar por no mínimo 3 dias.
pleurostomia) comorbidades mais frequente de PNM o TTO EMPIRICO.
OBS: TODO derrame * indígenas ( atípica.) OBS: não usar o RX como
complicado DEVE ser independente da idade) - predomina em INTERNADOS: pesquisar o critério para alta ou
DRENADO, ou seja: PH for adolescente, geralmente agente etiológico com: suspensão do ATB, pois
< 7,2 e ou glicose < 40. B) Vacina anti- febril e a toxemia não é - EXAME DO ESCARRO ( demoram a se resolver
B) PNEUMONIA pneumocócica 23- importante. gran , e cultura- fazer em .
NECROSANTE: valente: CLAMYDIA pneumoniae - TODOS os pacientes OBS: em geral o paciente
corresponde a presença * > 60 anos de 5 em 5 VÍRUS INTERNADOS!!!) com pneumonia terna-se
de cavitações ( < 2 cm) ou anos. - LEIGIONELLA: Apesar de - BRONCOFIBROSCOPIA afebril em ate 72 hrs de
ABSCESSO ( cavitações > 2 C) Vacina anti- ser um germe atípico, - HEMOCULTURA: Ela é ATB. Se o paciente não
cm). pneumocócica 10- causa uma pneumonia capaz de diagnosticas melhorar tem que
* Causado por: valente: semelhante a dos germes apenas uma MINORIA dos investigar Com exame de
anaeróbios, S. aureus; * para CRIANÇAS: 3 doses ( típicos, GRAVE e de alta casos de pneumonia BRONCOFIBROSCOPIA e
gran -. 2-4-6 meses) e reforço aos letalidade. comunitária. se mesmo assim o
* o que é abscesso? É 12 e 15 meses. - presentes em águas de - INICIAR O TTO EMPIRICO, paciente não melhorar se

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necrose do parênquima OBS: o que é pneumonia lagoas, rios e reservatórios antes mesmo do resultado deve fazer BIOPSIA
pulmonar por infecção CASEOSA? de abastecimento. do exame de escarro. toracoscopia guiada ou a
microbiana que leva a É uma pneumonia por - sintomas: febre alta ( céu aberto ( padrão-ouro).
formação de uma lesão MICOBACTÉRIAS ( acima dos 40 graus PADRAO-OURO:
cavitária, escavada, com mycobacterium associado a quadro de Biopsia a céu aberto ou
mais de 2 cm, que contem tuberculosis) gastrointestinal, diarreia, guiada pela toracoscopia
fragmentos necróticos em náuseas... endoscópica ( indicado sé
seu interior. A principal Qual o mecanismo de -Paciente com em casos duvidosos)
causa é por aspiração. resistência do HIPONATREMIA GRAVE e
* localização mais pneumococo frente a ↑ das ENZIMAS
frequente no pulmão: penicilina? HEPATICAS são mais
POSTERIOR do lobo - mudança no sitio de comuns em pneumonia
SUPERIOR DIREITO. ligação (PBP- proteína por Leigionella.
* indicações cirúrgicas dos ligadora de penicilina) - tratamento: macrolideo (
abscessos pulmonares: eritro, azitro e
- hemoptises refratarias claritromicina) venoso
- suspeita de neoplasias associado ou não a
- resposta inadequada ao rinfampicina.
tratamento clinico ( > 6
semanas de ATB).

PNEUMONIA NOSOCOMIAL

PNEUMONIA NOSOCOMIAL FATORES DE RISCO CLÍNICA E DIAGNOSTICO TRATAMENTO


Ocorre após 48 HORAS da * fatores de Risco para bactérias * CRITÉRIOS CLÍNICOS: - PNM nosocomial PRECOCE ou
internação do paciente. resistentes a ATB ( MDR): - agravamento de infiltração associada a VM PRECOCE: ate 4ª
- - casa de repouso, asilos pulmonar no RX; associada a pelo dia de internação e em pacientes
* Mecanismo de ação: - home care menos 2 dos seguintes: sem fatores de risco para MDR (
principalmente através de - instituições de tto psiquiátrico - febre  ≥  38° multi- droga resistente).
microaspiração do material da - hemodiálise - leucocitose > 10.000 ou * CEFTRIAXONE 2g/dia OU
orofaringe, que geralmente esta - quimioterapia leucopenia < 4.000 * LEVOFLOXACINA 750 mg/dia
modificada naqueles com mais de - paciente com internação com - purulência do escarro ou OU
48 horas de internação. uso de ATB há menos de 90 dias secreção traqueal * AMPICILINA/SUBACTAM 3g -

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*  Qual  a  ≠  entre  PNM  nosocomial - uso de corticoide e - piora da oxigenação. 6/6 hrs
precoce e tardia? imunossupressor - PNM nosocomial TARDIA ou
- PRECOCE: se manifesta nos - hospitalização a mais de 5 dias DIAGNÓSTICO: associada a VM TARDIA: 5 ou
primeiros 4 dias de internação, - submetidos a neurocirurgia. - HEMOCULTURA: sempre deve mais dias de internação ou com
onde ganha importância as - SDRA coletar 2 amostras de sanguíneas fatores para MDR → fazer terapia
bactérias da PNM comunitária ( S. - intubação e VM. É o principal do inicio do ATB durante o pico combinada!
pneumoniae; H. influenzae e os fator de rsico para PNM febril. * CEFEPIME ou IMIPENEM ou
gran-negativos entéricos não nosocomial) MEROPENEM ou PIPERACILINA-
multiresistente a drogas- MDR). - COLETA DE SECRÇÃO TAZOBACTAM +
...o que ocorrem com estes TRAQUEAL: pesquisa gran e LEVOFLOXACINA ou CIPRO ou
- TARDIA: se manifesta a partir pacientes??? cultura quantitativa. Como deve AMIKACINA
do 5ª dia de internação., ou em As bactérias gran positivas são coletar? ... pode associar também a
pacientes com fatores de risco substituídas por germes gran 1)- método broncoscopico: VANCOMICNA ou LINEZOLIDA (
para resistência a ATB ( MDR). negativos. broncoscopia com escovado para cobrir MRSA – resistentes a
Costuma ser causada com gran- brônquico ou lavado S. AUREUS).
negativos entéricos ( P. O QUE É PNEUMONIA broncoalveolar.
aeruginosa; S. aureus; ASSOCIADA A VENTILAÇÃO 2) método não broncoscopico: Estratégias realizadas para
enterobacteriaceae; MECÂNICA? aspiração traqueal, mini- lavado reduzir o risco de um paciente
Acinetobacter sp, - é aquela que se instala pelo broncoalveolar ou aspiração a evoluir com PNM nosocomial ou
frequentemente pertencem ao menos 48-72 HORAS APÓS cega. associada a VM:
grupo de bactérias MDR- multi- INTUBAÇÃO. O principal - cabeceira elevada 30 a 45°
drogas resistente). mecanismo é por microaspiração - PADRÃO-OURO: biopsia - evitar uso de ranitidina
do material da orofaringe. pulmonar ( é raramente realizado) indiscriminado ( porque ela ↑ PH
acido eliminando a barreira de
OBS: se deve iniciar o tratamento proteção contra colonização pelas
empiricamente antes do bactérias)
resultado da cultura. - utilizar dieta enteral preferindo
cateter oral e não nasal e
posicionar a ponta do cateter
* DURAÇÃO DO TRATAMENTO: alem do piloro.
14 a 21 dias. - aspirar as vias aéreas de maneira
asséptica
* o paciente deve obter resposta
ao tratamento em 72 hrs de ATB.

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SÍNDROME DIARREICA

INVASIVA NÃO INVASIVA ALTA= delgado ( absorve BAIXA= colón ( absorve AGUDA CRONICA
- com sangue, -sem sangue, 80% de H20; ± 8 ,5 LITROS) ± 1,5 L de H2O) < 3 SEMANAS > 3 SEMANAS
muco, pus = muco, pus * ↑ volume * ↓ volume
disenteria *  ↓  frequência *↑  frequência
* Sem tenesmo * Com tenesmo
* fezes c/ restos * fezes aquosas
alimentares.

DIARREIAS AGUDAS: é por infecção intestinal e intoxicação alimentar

- 90% dos casos das diarreias é aguda, causada por vírus ou bactéria

- VIRAL: geralmente não invasiva; Sintomas + brandos

NOROVIRUS= principal de adultos

ROTAVIRUS= grave em < de 2 anos ( geralmente causa diarreia NÃO invasiva)

- BACTERIANA: geralmente invasiva

* EXAMES PARA DIARREIAS AGUDAS COM SINAIS DE ALARME: EAF ( elementos anormais nas fezes); LEUCÓCITOS FECAIS ( para confirmar sua
invasividade); COPROCULTURA ( para descobrir o agente etiológico bacteriano)

OBS: a base do tratamento de diarreias agudas é HIDRATAÇÃO

OBS: de acordo com a OMS recomenda que todas as crianças com diarreias agudas receba ZINCO oral por 10-14 dias de 10 a 20mg/dia, pois o
ZINCO reduz o risco de recorrência de diarreia aguda e persistente!

HIDRATAÇAO VENOSA para pacientes com perda > 10% do peso corporal

ANTIDIARREICO NÃO pode usar em diarreias invasivas

ATB : usar em febre alta, leucocitose, sinais de alarme (desidratação com perda corporal > 10% do peso; fezes com sangue; não melhora
após 48 hras; idosos > 70 anos; uso recente de ATB, imunodeprimidos)

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TIPOS DE DIARREIAS AGUDAS BACTERIANAS:

E. COLI E.COLI êntero SHIGELLA SALMONELLA ( não CAMPYLOBACTER S. AUREUS


enterotoxigênica hemorrágica typhi e paratyphy)
- Diarreia do - carne mal cozida e - gran – - gran – - gran - - comida expostas a
viajante sucos de fruta - muito invasiva - aves, ovos, leite, água Associada a- SX de T® ambiente
- Diarreia - Clinica: disenteria - Clinica: pequenos contaminada GUILLAIN- BARRE (cremes, carnes,
voluminosa, - + dor abd e pode volumes de fezes muco, - Clinica: N, V, diarreia - carne crua, contato ovos,maionese)
explosiva, SEM NÃO ter febre. pus e sangue( diarreia de 6 a 48 hrs após a direto com animal - é uma toxina
muco, pus e sangue, - produz toxina inflamatória) , ingestão + febre infectado. termoestável com
e com hiponatremia. shiga-like O157-H7, associadas a - 5-10% apresenta - clinica: Diarreia tempo de incubação
- é autolimitada ( 1- ( causa colite manifestações manifestação SNC, voluminosa (> 10 curto.
5 dias) hemorragia e NEUROLOGICAS:convuls pulmão, ossos ( evacuações/ dia) + Exemplo:
- é a principal causa manifestações ões . osteomielite por dor abdominal e “família  que  comeu  
de diarreia sistêmicas) - complicação: salmonella na anemia sangue uma salada de
bacteriana no Brasil - 5 a 10% se SX HEMOLITICO falciforme), - pode confundir batatas num
complica- UREMICA articulações. com apendicite piquenique”
SX HEMOLITICO - TTO: tratar TODOS os - pode se complicar com aguda - OBS: sintomas
YERSINA UREMICA→ pacientes com megacolon toxico - TTO: p/ Diarréia > 1 inicia em algumas
- associada a *anemia hemolítica CIPROFLOXACINA x 5 - TTO: semana: horas (1-6 hrs)
adenite + dias. CIPROFLOXACINA só ERITROMICINA - clinica: febre é
mesentérica, ela *insuf. Renal para RN; > 50 anos; incomum
gera um quadro + imunodeprimido,
que se confunde *plaquetopenia paciente com prótese,
com apendicite doença vascular.
aguda.

CLOSTRIDIUM DIFFICILE- colite pseudomembranosa VIBRIO CHOLERAE


- gran( + ) - gran ( – )
- presente em ambiente hospitalar, asilos - água costeira salgada
- uso de ATB prévio ate 6 semanas antes - transmissão oral- fecal
( CLINDAMICINA, AMPICILINA, AMOXI, CEFALOSPORINA, - fatores que ↑ a possibilidade de infecção :
QUINOLONAS...) *HIPOCLORIDRIA; *INGESTAO DO INOCUO; * ESVAZIAMENTO; *

88
OBS: apenas 20% dos pacientes com diarreia que estão em uso de GASTRICO ACELERADO; *GRUPO SANGUINEO O +.
ATB apresentam de fato infecção por C. difficile.
-clinica: inicio dos sintomas 24-48 hrs- diarreia aquosa indolor, ↑↑↑↑↑
- clinica: diarreia que inicia 4-6 dias após uso de ATB, pode voluminosa, cor cinza, água de arroz, turva, com flocos de muco, odor
apresentar ate 20 evacuações/ dia + febre + dor abdominal + ligeiramente adocicado seguida por vômitos, NÃO tem FEBRE.
leucocitose
OBS: geralmente o paciente vai ter historia de internação prévia Leva a distúrbios hidroeletrolitico e desidratação rápida e muito intensa,
ou com uso de ATB. perda de liquido de 500- 1000 ml hora, com perda de 10 % do peso em
- Diag: - > 3 evacuação/ dia por  ≥    2  dias algumas horas.
- detecção de TOXINA A ou B nas fezes (Elisa ou Cultura) - Diag: identificação do bacilo nas fezes – microscopia em campo escuro
- C dificile + nas fezes - TTO: - soro de hidratação oral- corrigir distúrbios eletrolíticos, acidose
- pseudomembrana esbranquiçada na endoscopia metabólica
-ATB para casos graves – TETRACICLINA x 3 dias ou DOXICILINA dose
-TTO: - suspensão de ATB causador da colite única
- METRONIDAZOL (casos leves) ou VANCOMICINA( casos * Para CÇAS: SMz_TMP, eritromicina e azitro
graves) por VIA ORAL x 10 a 14 dias. * GESTANTE: ampicilina
OBS: CASO DE NOTIFICAÇAO COMPULSORIA!!!

DIARREIAS CRONICAS

1)- DIARREIA DESABSORTIVA ( esteatorreia- fezes amareladas, brilhantes, fétidas que boiam no vaso + anemia)

DOENÇA CILIACA CLINICA DIAGNOSTICO TRATAMENTO


- intolerância ao GLUTEN - diarreia crônica desabsortiva ( SOROLOGIA ( ELISA): - Excluir glúten – TRIGO, CENTEIO,
- doença autoimune esteatorreia; perda ponderal EXAME INICIAL : Dosagem de CEVADA, para o resto da vida!
- doença imunomediada a e anemia ferropriva) anticorpos-
proteína do glúten (trigo; cevada), - distensão abdominal - antitrasglutaminase IgA ( + * lista de alimentos permitidos:
que causa lesão na mucosa do - déficit de crescimento especifico- DE ESCOLHA) OU - arroz; aveia; batata; milho;
delgado por linfócitos em - alterações neurológicas antiendomisio IgA. mandioca, carnes; manteiga, óleo;
indivíduos geneticamente (miopatia, epilepsia, ataxia) leite; queijo minas e ricota; frutas,
predisposto ( HLA- DQ2 e DQ8). - atrofia da musc. Glútea PADRAO-OURO: BIOPSIA DO legumes e verduras.
OBS: o íleo do intestino delgado é - edema DELGADO ( obter 4 fragmentos

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a porção que mais absorve - artrite da porção mais distal do Associada:
nutrientes como carboidratos e - anemia ferropriva ( refrataria a duodeno)- Atrofia + infiltrado de - DERMATITE HERPETIFORME:
proteínas e é importante na reposição de ferro oral) LINFOCITOS + hiperplasia de erupções cutâneas
absorção de sais biliares e -↓ Ca (osteoporose), vitaminas criptas. vesiculopapular pruriginosa no
vitamina B12. OBS- nos adultos predominam tronco e superfície extensora dos
EPIDEMIOLOGIA: sintomas atípicos: osteoporose, COMPLICAÇÕES: membros. OBS: 85% dos paciente
- 1% da população geral anemia, pelo ao menos 50% não 1- ADENOCARNOMA DE JEJUNO com dermatite herpetiforme
- 5-20% de parentes de 1ª grau apresentam diarreia. 2- LINFOMA NÃO HODGKIN ( apresenta DC.
principalmente no jejuno) - DEF. de IgA
OBS: Lactante com historia de - SX DOWN
diarreia crônica + déficit de - DM tipo I
crescimento que se inicia no - dça TIREOIDIANA E HEPATICA
momento em que se faz a troca
do leite materno por dieta
alimentar→ pensar em DC.

DOENÇA DE WHIPPLE CLINICA DIAGNOSTICO TRATAMENTO


- Agente: TROPHERYMA WHIPPLEI - diarreia alta e crônica e - BIOPSIA do intestino delgado: - PENICILINA G CRISTALINA x 2
Gran+ desabsortiva ( esteatorreia) + macrófagos PAS + sem + SMZ/TMP x 1 ano cada 12
- doença bem rara - artralgia migratória (75%) hrs.
- geralmente acomete homens - MIOARRITIMIA OCULO- OBS: melhora do quadro com
BRANCOS de meia –idade que MASTIGATORIA E SMZ/TMP é sugestivo de DW.
meche com a terra; a OCULOFACIALESQUELETICA +
contaminação parece ser através PARALISIA DO OLHAR VERTICAL OBS: é 1 ano de tratamento. A
do solo!. SUPRANUCLEAR → doença não tratada é fatal!
PATOGNOMONICO!!!!

SX. DO SUPERCRESCIMENTO BASTERIANO: DIARREIA + ESTEATORREIA + ANEMIA MACROCITICA com níveis baixos de cobalamina e elevados de
ácido fólico. OBS: TESTE DE SCHILLING: serve p/ determinar a causa da má-absorção de COBALAMINA.

90
2)- DIARREIA INFLAMATORIA ( associadas a acometimentos sistêmicos )- característica: presença de muco, pus ou sangue nas fezes.

DOENÇA DE CROHN RETOCOLITE ULCERATIVA


FATORES DE RISCO - historia familiar ( + importante); tabagismo; aines; ↓ - historia familiar
ingestão de fruta e ↑ consumo de carne; FATOR PROTETOR:
amigdalectomia; ACO - tabagismo possui risco 40% MENOR de ter RCU.
- apendicectomia
EPIDEMIOLOGIA - + no sexo masc. ; adolescentes e adultos jovens de 15- - + no sexo masc. ; adolescentes e adultos jovens de 15-
30 anos e 60-80 anos 30 anos e 60-80 anos
- população urbana com melhor nível econômico - população urbana com melhor nível econômico
- judeus e população branca - judeus
LOCALIZAÇÃO - afeta todo trato GI ( boca ao anus) afeta mais o ILEO - 40-50% limitada no reto e sigmoide
TERMINAL , geralmente o reto é preservado - 30-40% intestino GROSSO
- 20% pancolite
Obs: NÃO afeta o intestino delgado!
PROGRESSÃO - saltatória e não é continua - ascendente e continua ( inicia no reto)
- 30-40% limitada a ao intestino delgado - 40 a 50% é limitada ao reto e sigmoide
PATOLOGIA - lesão TRASMURAL - afeta a MUCOSA e submucosa intestinal
- imagem em pedra de calçamento ( intercala lesão - pseudopolipos
com mucosa normal) - criptite
- PATOGNOMONICO: GRANULOMA SARCOIDES NÃO
GASEOSO

CLÍNICA - DIARREIA - DIARREIA BAIXA com sangue e muco( intercala com


- DOR ABDOMINAL período de remissão e exacerbação); com presença de
- PERDA DE PESO tenesmo
Pode seguir 3 padrões: - dor a palpação abdominal e SANGUE na luva ao toque
1- inflamatório retal
2- fistulizante
3- estenosante
COMPLICAÇÕES - fistula ( + em jovens) 20-40% - colite toxica
OBS- PNEUMATURIA ( fistula entero-vesical) - megacolon toxico ( pacientes graves)

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- fissura - perfuração ( é a complicação + temida)
- abscesso - câncer – ADENOCARCINOMA de colón ( ↑ o risco em
- estenose paciente com pancolite e > tempo de duração da RCU)
- doença perianal (1/3 dos pacientes- abscesso
anoperineal)
- adenocarcinoma ( menos que RCU))
MANIFESTAÇÕES - articulares: ARTRITE, -( + em crohn) e se relaciona com - PIODERMA GANGRENOSO- lesão ulcerada.
EXTRAINTESTINAIS a ATIVIDADE DA DOENÇA. - COLANGITE ESCLEROSANTE ( obs: a colangite não
SACROILITE e ESPONDILITE ANGUILOSANTE- NÃO melhora com o controle da RCU)
se relaciona com a atividade da doença. - ERITEMA NODOSO ( presente em 10% dos pacientes)
- dermatológicas: ERITEMA NODOSO 15% ( + em crohn)
– indica ATIVIDADE DA DOENÇA
- oculares: UVEITE, conjuntivite
- hepatobiliares- colelitiase
DIAGNÓSTICO - SOROLOGIA: - retosigmoidoscopia e colonoscopia
P- ANCA – ( NÃO CROHN !!!)
ASCA + ( SIM CROHN !!!) - SOROLOGIA:
P-ANCA +
- ENDOSCOPIA:* Ulcera aftosa ( manifestação inicial + ASCA -
comum))
*Ulceras longitudinais e transversais (
desenho em ladrilho)

- TC – ENTEROGRAFIA POR TC ( exame inicial de


primeira linha)
OBS: faz diagnostico diferencial com doença celíaca
TRATAMENTO - aminossalicilatos- 5 ASA ( induz a remissão) - aminossalicilato ( induz a remissão e ajuda na
- CORTICOIDE ( para remissão da forma moderada a manutenção)
grave- , se deve realizar TC para excluir abscesso) - TTO CIRURGICO ( para casos refratários, displasia/ CA e
OBS: ressecção do Íleo - ATB : para DC ATIVA, fistulizante ou perianal- canal complicações).
terminal na DC leva a anal: CIPROFLOXACINA e METRONIDAZOL ( o suo ELETIVA: PROTOCOLECTOMIA COM IPAA –
uma ↓ de absorção de prolongado do metronidazol pode induzir a complicações: bolsite ( + comum 50%, apresenta febre,
sais biliares e NEUROPATIA PERIFÉRICA) sangramento, cólica, aumento das evacuações) e
consequentemente a - IMUNOMODULADORES: AZATIOPRINA – obstrução do delgado

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diarreia crônica Mercaptopurina ( droga de escolha para manutenção) Contraindicado: > 65 anos e incontinência fecal-
secretória. Se trata com realizarão proctocolectomia total com ileostomia.
colestiramina.→ - OBS: o tratamento cirúrgico NÃO CURA a DC, somente URGENCIA: COLECTOMIA TOTAL A HARTMAN ( para
se complicar se faz CIRURGIA: ressecção local com megacolón toxico e dça grave fulminante)
anastomose 1a . OBS: o tratamento cirúrgico CURA a RCU

3)- DIARREIA SECRETORIA- diarreia aquosa, volumosa, indolor, que persiste em jejum . Exemplo: SX. CARCINOIDE , VIPOMA, CARCINOMA
MEDULAR DE TIREOIDE E ADENOMA VILOSO COLORRETAL.

VIPOMA ou SX. De Verner- EPIDEMIOLOGIA CLINICA E DIAGNOSTICO TRATAMENTO


Morrison
Tumor neuroendócrino secretor - acomete crianças de 2 a 4 anos e - diarreia aquosa; volumosa - hidratação e correção dos
de VIP ( polipeptideo intestinal adultos de 30 a 50 anos. (>700ml/dia) distúrbios hidroeletroliticos
vasoativo). - esta associado com a SX. De - NÃO melhora com jejum - cirurgia para ressecção do sitio
*LOCALIZAÇÃO: pâncreas ( + na NEM 1 - alta concentração de Sódio primário
cauda do pâncreas) * hiperparatiroidismo 1ª - ↓   POTÁSSIO ( hipocalemia) e - OCTREOTIDEO: para controle da
O VIP ↑ a secreção de fluidos e * tumor hipofisario CLORO ( hipocloridria em 75% ) diarreia, ele bloqueia a secreção
eletrolíticos no lúmen intestinal, * gastrinoma - ↑ CALCIO e GLICOSE do VIP.
levando a diarreia aquosa. - no momento do diagnostico 60 a - rubor cutâneo ( FLUSH)
80% já tem metástase. DX: - dosagem do VIP > 200 + TC .

TUMOR CARCINOIDE SINDROME CARCINOIDE CLÍNICA DA SX. CARCINOIDE TRATAMENTO


- é um tipo de tumor - LOCALIZAÇÃO + FREQ: intestino * TRIADE da SX. CARCINOIDE - Ressecção tumoral
neuroendócrino que secreta médio ( é onde se produz mais - flush cutâneo ( rubor facial) - controle dos sintomas com
principalmente SEROTONINA. serotonina) - diarreia OCTREOTIDE.
- LOCALIZAÇÃO + FREQUENTE DO - MENOS de 10% dos tumores - lesão orovalvar ( o ♥ direito é +
TUMOR CARCINOIDE: apêndice carcinoides fazem a SX. acometido( insuficiência
- a maioria dos tumores são Carcinoide, sendo a grande tricúspide) - é PATOGNOMONICO!
pequenos e NÃO fazem a maioria são do intestino médio e
síndrome carcinoide. os que já apresentam metástase - DIAGNÓSTICO:
- 10% dos tumores carcinoides principalmente para o fígado. Excreção urinária de acido 5-
vem associados a NEM – 1 hidroxiindolacético +

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- dosagem de cromogramina A +
- TC/ cintiligrafia

4)- DIARREIA POR DISMOTILIDADE

SX. DO INTESTINO IRRITAVEL CLINICA DIAGNOSTICO TRATAMENTO


- é uma doença funcional e não - dor abdominal tipo cólica - POR EXCLUSAO - não há cura
tem alteração estrutural do - alternância entre diarreia e ou - redução de cafeína,
intestino. constipação com ausência de Critério de ROMA III- medicamento que interfere no
- 10 a 20 % da população doença orgânica - DOR ou desconforto abdominal ritmo, bebidas alcoólicas,
- é a CAUSA + FREQUENTE de - piora da diarreia após refeições. Recorrente pelo ao menos 3 dias estresse, tratar doenças
DIARREIA CRONICA no OBS: NÃO ocorre perda de peso! por mês nos últimos 3 meses ; + 2 psiquiátricas, comer alimentos
ADULTO!!! OBS: não interfere no sono! ou + dos seguintes abaixo: ricos em fibras, dieta SEM lactose.
- + freq em ♀ 30-50 anos * O exame físico é NORMAL 1- melhora c/ evacuação
- é a causa + frequente de diarreia 2- inicio associado a mudança
crônica do adulto! . * PATOGENESE: alteração da frequência das evacuações
- alterações psiquiátricas motilidade intestinal + 3- inicio associado a mudança na
acometem ate 80% dos pacientes. hipersensibilidade visceral. forma ( aparência) das fezes.

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PARASITAS INTESTINAIS

1) PROTOZOARIOS: - unicelulares ( não coloca ovo)

- NÃO tem EOSINOFILIA

- tem que tratar mesmo que assintomático

- DIAG: cistos/ trofozoitas nas fezes

AMEBÍASE GIARDÍASE
AGENTE: Entamoeba histolytica Giardia Lambia
CICLO: vive no intestino grosso sob forma de trofozoita e cisto Vive no intestino delgado
Invade a mucosa intestinal causa colite, invade o sangue e faz OBS: a água é um meio transmissor do parasita.
ABSCESSO HEPÁTICO , pulmonar e cerebral. * período de incubação: 7 a 10 dias.
CLINICA:* 90% assintomático
* Disenteria( diarreia com sangue e muco) * NÃO há invasão intestinal
* amebona ( causa lesão estenosante e faz diag. diferencial * Assintomático ou diarreia alta NÃO invasiva
com neoplasia maligna) * Ma absorção intestinal - diarreia com restos alimentares,
* abscesso hepático amebiano esteatorreia, perda de peso, anemia; deficiências de vitaminas. A
DIAG: pesquisa de trofozoita ou cisto nas fezes - EPF: 3 amostras diarreia NÃO tem muco e nem sangue ( não é invasiva)
TTO: teclosan ( assintomáticos) ou METRONIDAZOL ou tinidazol (
sintomáticos) DIAG:pesquisa de trofozoita ou cisto nas fezes – EPF 3 amostras ou
detecção de antígeno
ABSCESSO HEPATICO: único; + no lobo D ; + no sexo ♂ jovem.
Clinica: dor no HD + febre ↑,  sudorese noturna; sinal de TORRES TTO: tinidazol ou METRONIDAZOL
HOMEM + (percussão dolorosa no gradil costal D) - OBS: fazer controle da cura com exame parasitológico
Punção: liquido achocolatado; liquido  em  “pasta  de  anchova”,  sem  
cheiro - Não responde ao tratamento com mebendazol!!!!!!!
DX: sorologia (ELISA) e US
OBS: tratar todos os casos de Entamoeba Hystolytica, mesmo os

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assintomáticos. Existem outras espécies de amebas que fazem parte
do intestino humano e NÃO DEVEM SER TRATADAS (entamoeba
díspar, entamoeba coli, endolimax nana, entamoeba hartinani,
loboameba butschili).

2) HELMINTOS – Rash cutâneos

- Pneumonia intersticial

- EOSINOFILIA

ASCARIDIASE ANCILOSTOMIASE ESTRONGILOIDIASE


AGENTE: Ascaris lumbricoides * Necatur americanus (AMARELAO ou DÇA Strongyloides stercoralis
- é o helminto mais prevalente do mundo! DO JECA TATU)- a infecção ocorre por via CICLO: larvas eliminadas nas fezes – e através
- + comum em crianças de 2- 10 anos percutânea. do SOLO CONTAMINADO- penetração na pele
- baixo níveis socioeconômicos sã- pulmão -sx de LOFFLER – se aloja no
* Ancylostoma duodenalis – a infecção se da duodeno-jejuno, pode causar DUODENITE
- CICLO: verme vive no jejuno, contaminação por via percutânea e também por via oral, PARASITARIA (cursa com sx dispeptica)
após ingestão de H2O ou alimentos pela água e alimentos contaminados.
contaminados, passa pelos PULMÕES – ciclo - associada ao baixo nível econômico. - causa SEPSE ( estrongiloidiase disseminada
de loss, causa tosse seca irritante, pneumonia causa sepse por gran – entérico), pacientes
intersticial, com eosinofilia – ciclo pulmonar - CICLO: penetração das larvas através de pés que tomam corticoide ou
larvário = síndrome de LOEFFLER) descalços, faz ciclo pulmonar- sx. De LOFFLER, imunocomprometidos ou desnutridos
e se aloja no duodeno e jejuno proximal→ graves.)
- RX: infiltrado intersticial múltiplo e causa ANEMIA FERROPRIVA e DERMATITE OBS: deve ser tratado da parasitose todas as
MIGRATÓRIO no pulmão. PRURIGINOSA, causa EOSINOFILIA. vezes antes de iniciarmos imunossupressão.
- pode causar OBSTRUÇÃO intestinal (40% das - acomete mais pessoas que vivem no meio
obstruções intestinais agudas pediátricas)- rural e com habito de andar descalço. - parasita associada a MENINGITE SÉPTICA
- imagem em MIOLO DE PÃO no intestino. por E. COLI
-DIAG: ovos nas fezes
- DIAG: - pesquisa de ovos nas fezes - causa erupção SERPENTINOSA com rápida
- pode ser observadas larvas no escarro - TTO: ALBENDAZOL e MEBENDAZOL progressão na pele – LARVA CURRENS (larva
- TTO: sempre deve ser tratado!! que corre)
OBS: NÃO confunda ancilostomíase com - DIAG: pesquisa de larvas RABDITOIDES nas

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ALBENDAZOL E MEBENDAZOL LARVA MIGRANS CUTANEA (bicho geográfico) fezes ( método de Baermann e Moraes) +
- obstrução: PIPERAZINA + OLEO MINERAL + causado pelo ANCYLOSTOMA BRAZILIENSE. sorologia
ANTIESPASMODICO + HIDRATAÇAO Diagnostico é feito por exame clinico da pele. - TTO:- TIABENDAZOL( 25 a 50mg/Kg 3 x ao
dia por 5 dias) ,ALBENDAZOL, IVERMECTINA
- Melhoria da rede de esgoto.

TOXOCARIASE ENTEROBIASE- OXIURIASE


Toxocara canis – LARVA MIGRANS VISCERAL - Enterobius vermiculares
CICLO: cães infectados – ovos nas fezes – ingestão do ovo- ciclo - É o único helminto que ATINGE TODA CLASSE SOCIAL ( do pobre ao
pulmonar –sx de LOFFLER- sintomas SISTEMICOS rico)
- é o único helminto que NÃO OBSERVA EOSINOFILIA nas maioria dos
- CLINICA: HEPATOMEGALIA, INTENSA EOSINOFILIA, LEUCOCITOSE. casos
OBS: geralmente não esta presente dor abd, diarreia, vomito e - vive no intestino grosso e libera seus ovos na região anal
náuseas. - causa PRURIDO ANAL
OBS: é o helminto que mais causa eosinofilia - DIAG: fita gomada
OBS: o paciente pode evoluir com manifestações oftalmológicas ( - TTO: pomada de pivinio ou pomada de pirantel
pela larva migrans ocular); levando a uveite e inflamação no vítreo. MEBENDAZOL ( 3 DIAS CONSECUTIVOS) OU ALBENDAZOL (DOSE ÚNICA)

- DIAG: SOROLOGIA + para T. canis (ELISA) TRICURIASE


EXAME DE FEZES será NEGATIVO - Thichuris trichiura
- causa PROLAPSO RETAL; - VIVE NO CECO
- TTO: é autolimitada e nos casos graves – CORTICOIDE - comum em comunidades rurais pobres
- as crianças pode apresentar carga viral alta e anemia ferropriva alta.

TENÍASE e NEUROCISTICERCOSE ESQUISTOSSOMOSE


- Tenia solium (PORCO); e Tenia saginata ( BOI) - Schitosoma mansoni
- ingestão de carne contaminada É um helminto que possui característica única, em vez de parasitar o intestino, ele PARASITA
- ELIMINAÇAO DE PROGLOTES NAS FEZES OS VASOS SANGUÍNEOS - circulação porta; após ser fecundado nesse território a fêmea
- DIAG: detecção de ovos ou PROGLOTES nas migra ate a junção retossigmoide onde ocorre a ovipostura. O ovo então segue 3 caminhos:
fezes. * plexo venoso RETAL ( pode ser eliminado pelas fezes e contaminando a H2O ) ou fica retiro
na mucosa retal ou volta pra corrente sanguínea e atinge órgãos como o FÍGADO.
CISTICERCOSE * quando o ovo entra em contato com a H2O, ele penetra no caramujo; após 1 mês dão

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- Agente: TENIA SOLIUN (PORCO) origem a centenas de cercarias que saem do caramujo e ganham as águas dos lagos e
- homem ingere ovos e proglotes que vai para córregos, penetram na pele SADIA do ser humano.
SNC, músculos, olhos... - REGIOES ENDÊMICAS NO BRASIL: do MA ate MG.

- CLINICA: CRISE CONVULSIVA na - CLINICA:


neurocisticercose. ESQUITOSSOMOSE AGUDA:
- dermatite cercaniana ( bastante pruriginosa) e depois de 4 a 8 sem →
- febre de KATAYAMA ( febre alta eosinofilica; calafrios; sudorese noturna, anorexia; dor
- DIAG: clinica + neuroimagem ( abdominal , diarreia.)
microcalcificação, lesões císticas com escolex) + - hepatoesplenomegalia
teste sorológico + LCR ( pleocitose, - eosinofilia marcada
EOSINOFILORRAQUIA) + historia de exposição.
- DIAG: sorologia ( OBS: na fase aguda não se encontra ovos nas fezes, somente na crônica)
- TTO:
TENIASE: PRAZIQUANTEL , MEBENDAZOL, ESQUITOSSOMOSE CRÔNICA:
ALBENDAZOL - formação de FIBROSE GRANULOMATOSA intra-hepatico pré-sinusoidal ( fibrose de
NEUROCISTICERCOSE: PRAZIQUANLTEL x 21 dias Symmers), que leva a Hipertensão Porta, formação de varizes do esôfago e esplenomegalia
+ DEXAMETASONA ou ALBENDAZOL por 30 dias congestiva ( a esplenomegalia pode ser de GRANDE MONTA!). Pode também causar
+ METILPREDINISOLONA. hipertensão pulmonar e cor pulmonale.
- Pode causar GLOMERULONEFRITE ESQUITOSSOMOTICA ( tipo mais comum é a
MEMBRANOPROLIFERATIVO)- presente em ate 15%.
- NEUROESQUITOSSOMOSE ( meilorradiculite esquitossomótica ou MIELITE TRANSVERSA-
apresenta perda de foca muscular em MMII e arreflexia; dor lombar)

- DIAG: pesquisa de ovos nas fezes através do método LUTZ e KATO- KATZ e por biopsia da
mucosa retal.

NOTIFICAÇÃO COMPLUSÓRIA em áreas não endêmicas ou todas as formas graves.

- TRATAMENTO: PRAZIQUANTEL ( não usar em grávidas, amamentação; crianças < 2 anos,


insuf. Hepática e renal)

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SÍNDROME EDEMIGÊNICA- DERRAMES CAVITÁRIOS : Derrame Pleural; Ascite (  GASA  ≥  1,1  é  transudado  e  ≤ 1,1 é exsudado) e Derrame
Pericárdico ( todos são exsudados)

DERRAME PLEURAL ETIOLOGIA DIAGNÓSTICO


Acúmulo anormal de líquidos * TRANSUDADO: 1) TORACOCENTESE
entre as pleuras visceral e - ICC ( + comum) - deve haver no mínimo 300 ml de liquido na
parietal. - Sx. Nefrotica cavidade  pleural,  que  corresponde  a  uma  “lamina”>  
÷ DP em transudado e - Cirrose 1  cm  de  liquido  no  RX  na  incidência  de  “laurell”(  dec.  
exsudado. - Desnutrição proteica Lateral do lado do derrame)
- Mixedema (hipotireoidismo) CRITÉRIOS DE LIGHT
PATOGÊNESE: - atelectasia 1 ou + = exudado!!!
* TRANSUDADO: - Sx. Da veia cava superior - proteína pleural/proteína sérica > 0,5
↑ P. hidrostática capilar ( ex: - TEP ( 20% dos casos) - LHD pleural/ LDH sérico > 0,6
IC) - LDH pleural > 200 ou > 2/3 dos valores normais.
↓ P . coloidosmotica do * EXSUDADO: ... Outros dados que sugerem que é DP do tipo
plasma ( ex: sx. Nefrotica) ( cursa com↓ glicose < 60 ) exsudado e tem acurácia semelhante aos critérios
- Pneumonia ( derrame para pneumônico)- + comum! de Light:
* EXSUDADO: Pode apresentar glicose MUITO BAIXA ( < 30) - proteína total > 2,9
↑ permeabilidade capilar ( ex: - Empiema pleural e Abscesso Pulmonar - colesterol > 45 mg/dl
infecção, neoplasia) - TBC - glicose ↓, ADA ↑  (  >  40), RICO em Linfócitos e
Obstrução linfática POBRE em células mesoteliais (<5%) → fazer BIPSIA 2) ASPECTO DO LIQUIDO
para confirmar! - turvo: derrame inflamatório
OBS: Qual a principal causa de - Carcinoma - RICO em células mesoteliais - leitoso : quilotorax
DP em pacientes JOVENS no - Artrite reumatoide:Pode apresentar glicose MUITO - Hemorrágico: acidente por punção, Ca ou TEP
nosso meio? BAIXA (< 30) - purulento: empiema
TBC ( atinge + do lado E) e o ( cursa com↑ amilase)
diagnostico se da através de - Pancreatite 3) CITOMETRIA DIFERENCIAL
BIOPSIA ( presença de - Ruptura esofágica - predomínio de PMN: pensar em pneumonia (
granuloma caseoso) - carcinoma derrame para pneumônico), TEP, pancreatite
OBS: o DP do pós-operatório ( cursa com ↑ triglicerídeos ( > 110 mg/dl) - mononucleares ( linfócitos ou monócitos): AR,
de cirurgia cardíaca é do tipo - Quilotórax Câncer, TBC Colagenoses, sarcoidose, quilotorax
exudativo!!! - sx. De Meigs - Eosinófilos: doença parasitaria ou fungica,
- TEP – 80% dos casos hidropneumotorax, infarto pulmonar, asbestoses.

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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

INSUF. CARDÍACA CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


Desordem estrutural ou * DIREITA E ESQUERDA * CLÍNICO * IC – SISTÓLICA
funcional com perda →D: congestão do tipo * MARCADORES: 1)- DROGAS QUE APENAS ALIVIAM OS SINTOMAS
habilidade do ventrículo se sistêmica ( jugular, fígado - ↑ BNP > 100: ele é (diuréticos e digitálicos)
encher ou ejetar o sangue, e MMII) indispensável para *DIURÉTICOS:
Sendo incapaz de garantir →E ( + comum): diferenciar se a dispneia é -↓  pré e pós-carga e aliviam a sobrecarga ventricular
o DC adequado. Leva a congestão pulmonar origem cardiogênica ( BNP - devem ser prescrito a todo paciente SINTOMÁTICO, e
uma Sx. Congestiva ( elevado) ou de origem deve ser usado em associação a outras drogas com IECA
acumulo de sangue no * CRÔNICA E AGUDA pulmonar ( BNP normal). e  β-BLOQ.
aparelho circulatório). - AGUDA: principal causa é - Pró-BNP: define * FUROSEMIDA ( lasix): 20-40 mg/dia VO 2 x ao dia. (
o IAM, ou miocardite prognostico > 300-400. diurético alça.)
EPIDEMIOLOGIA: aguda, crise hipertensiva OBS: quanto mais grave * HIDROCLOROTIAZIDA ( tiazidico): bom para pacientes
- o avanço da terapêutica grave. Os paciente com IC for IC, mais elevado será o menos sintomáticos. Dose: 12,5 a 25 mg/dia
tem contribuído para o aguda podem se BNP. * FUROSEMIDA IV: para pacientes descompensados.
AUMENTO da apresentar com: Edema * RX: OBS: os diuréticos devem ser tomados associados a
PREVALÊNCIA ( n° de casos Agudo de Pulmão e - Inversão do padrão restrição de sódio na dieta ( 4g de sal/dia). O paciente
novos e antigos) da Choque Cardiogênico. vascular pulmonar ( deve perder entre 0,5 a 1 kg por dia de peso na 1ª
doença. - CRÔNICA: > 6 meses. devido a congestão semana de tratamento.
pulmonar) EFEITOS ADVERSOS:
OBS: a principal causa de * SISTÓLICA E DIASTÓLICA - cardiomegalia - ↓ K; ↓ Mg, alcalose metabólica e hipovolemia.
IVD é a evolução da - SISTÓLICA ( + freq): - derrame pleural * DIGITÁLICOS:
própria IVE. ocorre redução da força - linhas B de Kerley - são drogas inotrópicas + ( cardiotônico) e podem ser
- IVE é + comum que IVD. contrátil do miocárdio. usadas a longo prazo na IC sistólica
↓ FE( fração de ejeção): * ECOCARDIOGRAMA- - ↑ a contratilidade do miocárdio
O que é < 45% ( normal é 50-65%): DOPPLER - indicado para Fibrilação atrial em IC ( inibição do NA)
REMODELAMENTO ao ejetar menos TRANSTORÁCICO - NÃO aumenta a sobrevida do paciente, MAS reduz as
CARDÍACO? sangue → ↓ DC, descompensações e a taxa de hospitalização .
É resposta à sobrecarga ocorre ativação do * CRITÉRIOS DE - NÃO é mais considerado droga de 1ª linha na IC
hemodinâmica e efeitos sistema Renina- FRAMINGHAM ( sinais sistólica.
direto de mediadores agiotensida- clínicos e radiológicos): - NÃO usar na IC diastólica
neuro-humorais ( aldosterona- 2 > Ou 1 > e 2< * DIGOXINA ORAL : 0,125 a 0,25 mg/dia 1 x ao dia.
angiotensina II, retendo H2O e NA, ↑ - MAIORES: - meia –vida de 36 hrs

100
aldosterona, volemia e o RV ao ♥, A:aumento da jugular e - apresenta índice terapêutico estreito entre o efeito
noradrenalina). Que leva o ventrículo com refluxo hepatojugular clinico e toxidade ( > 2 ng/ml)
ao remodelamento disfunção sistólica B: presença de B3 * FATORES QUE ↑ RISCO DE INTOXICAÇÃO:
cardíaco: acumula sangue e C: cardiomegalia ↓ k ( o K protege o miocárdio contra o efeito digital) ;↓
- ventrículo dilatado torna-se dilatado ( D:diurético terapia perda > Mg ; ↑ Ca; insuficiência renal ; hipotireoidismo;
- degeneração e apoptose dilatação ventricular- 4,5Kg hipoxemia e idade avançada.
dos miócitos cardiomegalia→ E: estertores pulm.- EAP * DROGAS QUE ↑ NÍVEL DE DIGOXINA:
- fibrose miocárdica SOBRECARGA DE - amiodarona, verapamil, itraconazol, quinidina,
- redução da sobrevida do VOLUME ( ↑ volume eritromicina, ciclosporina, espinorolactona.
paciente. de enchimento RESUMO do DX... *ECG:- extrassístole ventricular ( + precoce e + comum)
ventricular- vol. - SISTÓLICO: -Taquicardia ventricular bidirecional
CLÍNICA: Diastólico final= - FE < 45% - Taquicardia atrial com BAV 2:1
PRÉ-CARGA - ↑ diâmetro do VE- * COMO TRATAR A INTOXICAÇÃO DIGITÁLICA:
IVE ( ESQUERDA)→ leva a excessiva). Ex. cavidade aumentada - retirar a droga e dosar níveis séricos
congestão pulmonar: principal são as - Presença de B3 - avaliar níveis de K e Mg
-cansaço aos esforços, regurgitações - Cardiomegalia no RX- - atropina ( em caso de bradiarritmia importante) ou
fadiga, e intolerância a valvares, em hipertrofia excêntrica. Marca passo transcutâneo.
esforço físico. resposta ao estresse - ictus do VE difuso e -fenitoína- IV ( em caso de taquiarritmia ventricular) ou
- dispneia aos esforços; sistólico ocorre desviado Lidocaína IV. Se deve evitar cardioversão pelo risco de
ortopneia ( dispneia da HIPERTROFIA FA e assistolia.
posição supina, que alivia VENTRICULAR - DIASTÓLICO: - antídoto da digoxina: anti-FAB
imediatamente quando EXCÊNTRICA. - FE normal ( > 45%) * QUAL ACHADO ECG QUE É ENCONTRADO NA
paciente senta) Ocorre liberação de - Cavidade normal- IMPREGNAÇÃO DIGITÁLICA?
- DPN ( asma cardíaca) : hormônios: ↑ADH, e Hipertrofia concêntrica INFRA de ST  “escavado” ou  em  “pá  de  pedreiro”
taquidispneia noradrenalina que com ↑ da P.
acompanhada de tosse, leva a vasoconstrição enchimento do VE.
que acorda o paciente à e provoca ↑ RVP e - Sinais de disfunção no
noite, acompanhado de surge o ↑ PÓS- Doppler mitral ( déficit 2- DROGAS QUE ↑  SOBREVIDA:
sibilância)- demora um CARGA ( é definida de relaxamento ou - agem inibindo os efeitos neuro-humorais do
pouco para melhorar os como a resistência padrão restritivo) remodelamento cardíaco .
sintomas após levantar-se imposta à ejeção - presença B4 * BETA-BLOQUEADORES
- Derrame Pleural do tipo ventricular na sístole) - ictus do VE normal - inibe o efeito da noradrenalina ( são inotrópicos – ), ↓ a
transudado ( + comum do ou seja - predomina em ♀ hipertrofia do VE e melhora o edema.
lado D) vasocontrição é = idosas hipertensas. - Indicação: assintomático estágios B ou sintomáticos (

101
- estertorização bibasal Pós-carga alta. ESTADIAMENTO NYHA de I a IV)
Formula da FE: A: paciente tem FATORES
- NÃO deve ser usado em IC DESCOMPENSADA
IVD ( DIREITA)→ leva a FE  é  ≠  entre  vol.  Diastólico   Tipos de drogas que tem benefícios comprovados na IC
DE RISCO para IC ( HAS,
congestão sistêmica: final e vol. Sistólico aterosclerose, diabetes,
sistólica:
- cansaço aos esforços final ÷ pelo vol. obesos, dislipdemia...),
* CARVEDILOL: dose inicial: 3,125 mg/ 2x/dia
- Turgência jugular Diastólico final. mas NÃO tem alteração Dose plena: 25 mg/2x/dia
- refluxo hepatojugular - PRINCPIAL CAUSA DE IC * BOSIPROLOL
estrutural e nem sintomas.
- hepatomegalia ( pode sistólica AGUDA: IAM * SUCCINATO DE METOPROLOL
evoluir com cirrose, insuf. B: apresenta alteração OBS: inicialmente eles pioram os sintomas do paciente,
Hepática nos casos - PRINCIPAL CAUSA DE IC ESTRUTURAL ( IAM prévio, mas depois do 3ª mês melhora!!! Para que o paciente
crônicos.) sistólica CRÔNICA: hipertrofia do VE...) , mas tolere esta fase, ele deve esta compensado, usar
- sinal de Kussmaul ( - dça coronariana NÃO apresenta associado a diuréticos e IECA e começar com doses
aumenta da jugular na aterosclerótica- isquemia; sintomas→ TTO: IECA + β  - baixíssimas e vai aumentando a dose de 2 em 2
inspiração) - HTA BLOQ. semanas.
- Ascite ( de alto gradiente - miocardiopatia OBS: pacientes em - CONTRAINDICAÇÕES :
≥  1,1), derrame pleural DILATADA. estagio B não tem - paciente DESCOMPENSADO
- edema simétrico sobrecarga de volume, - asma ou broncoespasmo
gravidade – dependente - DIASTÓLICA: ocorre portanto não precisa usar - bradicardia sintomática ( FC < 50) e - hipotensão
COM CACIFO (MMII e resistência ao enchimento diurético!!!!. sintomática ( OBS: o carvedilol ainda mais a PA do
bolsa escrortal) ventricular ( ↑ P. de paciente em relação aos outros)
- diarreia. enchimento). C: alteração estrutural + OBS: em caso de descompensação aguda do paciente
FE normal ( > 45%) e NÃO SINTOMAS.→ IECA  +  β- que toma betabloqueador se deve somente suspender
IC AVANÇADA: há dilatação ventricular BLOQ + DIURÉTICO caso sinais de hipoperfusão periférica ( hipotensão), nos
* respiração de CHEYNE- ( os ventrículos estão demais casos se deve manter a dose do betabloqueador!
STOKES: período alterado rígidos)→ D: paciente REFRATÁRIO * IECA
de apneia e respiração SOBRECARGA DE ao tratamento. - causa vasodilatação com redução da pós-carga, e ainda
profunda e rápida ( PRESSÃO ( pós-carga permite acumulo de bradicinina que causa tosse e
taquipneia)- ocorre devido excessiva- ↑ resistência angioedema.
a diminuição do DC e ↓ da imposta a ejeção CLASSE FUNCIONAL DE - ↓ a hipertrofia do VE
sensibilidade do centro ventricular e leva a NYHA: - indicação: IC sistólica SINTOMÁTICA e assintomático
respiratório à PaCO2 HIPERTROFIA 1- dispneia a GRANDES estagio B, C e D e NYHA I, II, III e IV.
arterial. VENTRICULAR esforços- sem limitações Tipos:
CONCÊNTRICA) nas atividades cotidianas- * CAPTOPRIL: dose inicial: 6,25 mg/3x/dia- dose Max: 50
- mais comuns em IDOSAS tolera 6 METs na mg/3x/dia

102
IC DESCOMPENSADA: hipertensas do sexo ♀; ergometria. * ENALAPRIL: dose inicial: 2,5 mg/2x/dia- dose Max: 10
- principal causa: má obeso e raça negra, TTO: IECA + β- BLOQ. mg/2x/dia
aderência ao tratamento diabéticas. OBS: na sobrecarga de volume um diurético deve ser
farmacológico. PRINIPAL CAUSA da IC 2- dispneia a MÉDIOS sempre associado ao IECA>
OBS:  os  β-BLOQ só devem diastólica: HTA ( esforços. EX: varrer casa, - CONTRAINIDCAÇÕES:
ser suspensos em caso de hipertrofia concêntrica da subir escada...) – tolera 4- ↑ k > 5,5
hipotensão arterial com parede do VE) 6 METs na ergometria. Creatinina > 3
sinais de má perfusão ...outras causas: TTO: IECA + β- BLOQ. Estenose bilateral da Artéria Renal.
periférica. - miocardiopatia Hipovolemia, hipotensão com PA < 80 mmHg.
HIPERTROFICA 3- dispneia PEQUENOS Angioedema ( inchaço causado pelo IECA através do ↑ da
* Classificação do perfil - miocardiopatia esforços. EX: andar bradicinina podem causar angioedema reversível com a
Clinico hemodinâmico do RESTRITIVA devagar, vestir-se... tolera suspensão da droga)
paciente: - amiloidose, sarcoidose, < 4 METs na ergometria. OBS: pacientes negros se beneficiam menos que os
- perfil A: quente e seco : hemocromatose, TTO: IECA + β-BLOQ + brancos com o IECA.
boa perfusão sistêmica e pericardite constritivas. ESPIRONOLACTONA * BRA ( BLOQUEADORES DOS RECEPTORES DA
SEM congestão. É OBS: apresenta melhor OBS: pode acrescentar ANGIOTENSINA)
considerado normal!!. prognostico que a IC diurético na terapia. - indicação: em pacientes que não toleram IECA por
- perfil B: quente e úmido: sistólica/ tosse ou angioedema
boa perfusão e COM 4- dispneia em REPOUSO. Tipo:
congestão. É o perfil + * ALTO E BAIXO DEBITO EX: pentear cabelo, * CANDESARTAN
comum nas - ALTO: Tireotoxicose, levantar da cama...) não * VALSARTAN
descompensações e deve beribéri ( déficit de Vit. B1- tolera ergometria.- - CONTRAINDICAÇÕES: as mesmas do IECA.
ser tratado com diurético. tiamina, comum em sobrevida em 1 ano de * ANTAGONISTA DA ALDOSTERONA
- perfil C: frio e úmido: paciente alcoólatra)), 50%. - indicação: IC SINTOMÁTICA classe III e IV da NYHA.
MAL perfundido e COM fistula arteriovenosas, TTO: ESPIRONOLACTONA - Tem efeito na prevenção do remodelamento cardíaco.
congestão . Deve ser anemia, febre; doença de + IECA + β-BLOQ Tipo:
tratado com inotrópico ( Paget, meiloma múltiplo - DIURÉTICO- ( se * ESPIRONOLACTONA: a dose de ser baixa pra evitar
dobutamina) tiver congestão) hipercalemia – 25-50 mg/dia.
- perfil L: frio e seco: MAL - BAIXO ( ↑ resistência - DIGITÁLICO- ( só - CONTRAINDICAÇÕES:
perfundido e SEM vascular sistêmica) + freq: usar em pacientes ↑K > 5
congestão. Fazer cardiopatia isquêmica, refratários, ou seja, Cratinina > 2 – 2,5 mg/dl
reposição volêmica hipertensiva, vavulopatias. pacientes que * HIDRALASINA + NITRATO
cautelosa. permanecem sintomáticos - aumenta a sobrevida em NEGROS.
mesmo com uso otimizado - indicação: paciente que NÃO pode usar IECA ou BRA,

103
* FIBRILAÇÃO ATRIAL: das drogas de 1ª linha , devido a ↑ K e insuficiência Renal.
É a arritmia atrial mais porque leva a intoxicação.) Paciente que ainda permanece sintomático
frequente na IC. - HIDRALASINA + apesar  do  uso  de  diuréticos  +  IECA  +  β-BLOQ,
- droga pra indicada para o NITRATO especialmente na raça NEGRA.
controle da FA é digoxina INDICAÇÃO P/ ANTICOAGULAR:
+  β-BLOQ - FA persistente ;
OBS: a digoxina esta - embolia previa ou TEP em parente de 1ª grau ;
contraindicada em IC - cardiopatia dilatada;
DIASTÓLICA. * TRATAMENTO DE - amiloidose
Droga utilizada para EDEMA AGUDO DE TERAPIA INTERVENSIONISTA
manutenção do paciente PULMÃO * MARCA-PASSO ( terapia de ressincronização)
após cardioversão para 1- O2 a fluxo continuo - IC sistólica, NYHA III e IV refrataria a terapia
prevenir o retorno da FA é 2- DIURÉTICO: - FE ≤ 35%
a amiodarona. FUROSEMIDA IV- 40 mg IV - QRS  alargado  ≥  12  s  ou  120  ms
( 2 ampolhas) ou 0,5-1 * TRANSPLANTE ♥:
* paciente DIABÉTICO + IC: mg/kg - choque cardiogênico refratário
Contraindica o uso de 3- NITRATO: ↓ pré-carga - dependência de aminas para manter a homeostasia
METFORMINA ; DINITRATO DE ISORBIDA ( - ergometria com VO2 max. De 10 ml/Kg/min
TIAZOLIDINEDIONAS ( isordil)- 5mg SL - sintomas de angina grave que limita a atividade diária
rosiglitazona). 4- MORFINA: 2 a 4 mg IV- que não diminui por angioplastia ou revascularização
geralmente dilui 1 cirúrgica.
ampolha de 10 mg ( 1 ml) - arritmia ventricular sintomática, refrataria a tratamento
em 9 ml de SF: ↓ pré-carga
pela venodilatação e * IC-DIASTÓLICA:
sensação dispneia - fazer o controle rigoroso da Pressão Arterial e FC.
5- P/ paciente HTA: - tratar paciente com sintomas de congestão com
CAPTOPRIL 25 mg SL ou DIURÉTICOS ( furosemida , tiazidico)
VO - tratar a HTA com : IECA , BRA, 𝛽- BLOQ , antagonista
P/ HTA refratária ou de Ca ( verapamil ou diltiazem).
muito grave: - Revascularização miocárdica em paciente com IC
NITROPRUSSIATO DE diastólica refrataria
SÓDIO: 0,5-10 mcg/kg/min - FA:  β- BLOQ , amiodarona
* CONTRAINDICAÇÃO: digitálico ( digoxina)- porque o
problema NÃO esta na contratilidade do miocárdio.

104
CAUSAS DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA- MIOCARDIOPATIAS:

CARDIOMIOPATIA DILATADA CARDIOMIOPATIA CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA


RESTRITIVA
* causa tipicamente: IC SISTÓLICA * causa tipicamente: IC * causa tipicamente: IC DIASTÓLICA + angina
- doença primaria do músculo cardíaco. DIASTÓLICA * ETIOLOGIA:
* ETIOLOGIA: * ETIOLOGIA: - doença genética ( 50% tem historia familiar + - nesta caso os
- idiopática ou primária : + comum em ♂ - amiloidose ( causa + familiares devem passar por triagem com ecocardiograma
negros entre 30 e 50 anos comum): no Ecocardiograma cada 1 a 2 anos entre os 12 e os 20 anos.)- principal causa de
- álcool apresenta miocárdio morte súbita em atletas!
- doença de chagas: síndrome clinica: ICC ( cintilante e na RNM contraste O paciente possui hipertrofia do VE CONCENTRICA e
acomete mais o VD, apresenta bloqueio de tardio do endocárdio com frequentemente assimétrica. OBS: já na cardiopatia
ramo D) + arritmia + tromboembolismo. gadolínio. Prognostico ruim! HIPERTENSIVA a hipertrofia é SIMÉTRICA.
- periparto: aparecimento de cardiomiopatia - hemocromatose * FORMAS DE APRESENTAÇÃO:
em gestantes sem doença previa, entre ultimo - sarcoidose- para confirmar o - hipertrofia SEPTAL assimétrica ( + comum)
trimestre de gestação ate 6ª mês pós-parto. DX. Solicitar Holter e - hipertrofia APICAL assimétrica
Caracteriza-se por dilatação ventricular E com ecocardiograma e biopsia * CLINICA:
disfunção SISTÓLICA. endomiocardica. - dispneia aos esforços ( pela IC diastólica)
* ECOCARDIOGRAMA - encardiomiopatia - angina pectoris ( pela isquemia do miocárdio)
- dilatação e disfunção do VE eosinofilica de Loeffler - sinal de ↓ debito ( sincope), geralmente durante o esforço
- insuficiência MITRAL e TRICÚSPIDE - cardiomiopatia restritiva físico.
* EXAME FÍSICO idiopática * ECOCARDIOGRAMA
- ictus desviado e difuso -endocardiomiofibrose - hipertrofia septal ASSIMÉTRICA na maioria dos casos
- B3 * ECOCARDIOGRAMA - movimento anterógrado sistólico da valva mitral → estenose
- hipofonese de B1 - ↑ da espessura da parede do subaórtica funcional
- sopro de insuficiência MITRAL secundária. VE * EXAME FÍSICO
MIOCARDITE - função do VE normal ou - ictus propulsivo
- infiltrado inflamatório e degeneração de discretamente ↓ - B4
miocitos. Caracterizado por DILATAÇÃO do VE - B4 - sopro SISTÓLICO ejetivo é RUDE, em forma de diamante e
e instalação de IC AGUDA. * Clinica de IC diastólica que ocorre logo após a 1ª bulha ( pela insuf. Mitral ou
- A ETIOLOGIA + comum é VIRAL ( vírus - ictus de VE tópico estenose subaórtica pela hipertrofia do miocárdio
Coxsackie e enterovirus) - pulso venoso em “  W  “ou   obstrutiva)→ AUMENTA de intensidade com a manobra de
- Clinica: quadro viral inespecífico ( febre, em    “  M  ” VALSALVA e posição ortostática e DIMINUI com handgrip e
prostração , mialgia..) + sinais de ICC - sinal de Kussmaul posição de CÓCORAS.

105
HIPERTENSÃO PULMONAR

HIPERTENSÃO PULMONAR CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


P. arterial Pulmonar > 25mmHg - dispneia aos esforços, fadiga, *RX: abaulamento do 2ª arco à E, - anticoagulação com Warfarin
em repouso e > 30 mmHg durante fraqueza e sincope ( esta ↓ da vascularização pulmonar, ↑ em TODOS os casos
o exercício na presença de P. relacionado a baixos débitos do AD e VD – “coração  em  bota”. - teste da vasorreatividade aguda
capilar pulmonar < 15mmHg.. cardíacos) * ECG: sobrecarga do VD positiva: usar bloqueadores dos
- dor torácica por distensão da canais de Cálcio
* CAUSAS: artéria pulmonar ou isquemia *TRIAGEM: ECOCARDIOGRAMA- - Pacientes com teste negativo ou
- idiopática ( > incidência em ♀ e miocárdica. DOPLLER → estima a PA refratários: usar análogos de
jovens) - falência do VD com congestão pulmonar sistólica. prostaciclina ( epoprotenol,
- familiar sistêmica * CATETERIZAÇÃO CARDÍACA iloprost...); inibidores da
- associada a: colagenose ( sx. De - fenômeno de Reynaud em 30% DIREITA: confirma o DX!!! fosfadiesterase ( sindenafil...) e
CREST/ esclerodermia), dos pacientes. antagonistas do receptor da
hipertensão portal, shunts endotelina ( bosentan,
congênitos sistêmico-pulmonares, EXAME FÍSICO: ambrisetan)
HIV, drogas anorexígenas - hiperfonese de P2, ictus de VD e - TTO paliativo: sestostomia atrial
- HAP persistente do RN B4 de VD OBS: A colagenose + frequente - TTO definitivo: transplante
- esquitossomose - B3 de VD e sopro de associada a HAP é? pulmonar.
insuficiência tricúspide em casos Esclerodermia ( SX. De CREST)
avançados.

QUAIS SÃO AS CUASAS CLASSICAS DE EDEMA SEM CACIFO?

* Obstrução linfática ( linfedema- a principal causa de linfedema do mundo é FILARIOSE ou elefantíase e a droga de escolha para tratamento é
Dietilcarbamazepina).

* mixedema pré-tibial da doença de Graves.

O QUE É A doença de MILROY é caracterizada por: LINFEDEMA CONGÊNITO.

106
x 3 dos 5 critérios confirmam o DX
x - Circunferência abdominal : ♀ > 88 e ♂ > 102
SINDROME METABOLICA x - PA >130/85
x - triglicerídeos > ou = 150
x - HDL : ♀ <50 e ♂ < 40
HIPERTENSÃO ARTERIAL x - Glicemia > ou = 100 (é o principal fator de risco para doença cardiovascular).

HIPERTENSAO ARTERIAL 1® ETIOLOGIA CLASSIFICAÇAO DIAGNOSTICO TRATAMENTO


HIPERTENSAO - PRIMARIA ou essencial - PA normal < 120/80 5 MANEIRAS P/ DX HTA: - Pré HTA: mudança do
MASCARADA? – 90-95% - Pré-HTA 120/39 - 80/89 1- media de 3 ocasiões no estilo de vida e reavaliar
Consultório normal e fora - SECUINDARIA - HTA I 140/159 – 90/99 consultório > ou = 140/90 em 6 meses
do consultório elevada. * dça parenquimatosa - HTA  II  ≥  160 – 100 2- MAPA (medida - grau I: confirmar em 2
renal ( + freq) - ISOLADA  ≥  140 < 90 automática a cada 20min meses e considerar o
HIPERTENSAO RESISTENTE por 24 hrs) PADRA0-OURO MAPA e MRPA
OU REFRATARIA? HTA esta presente em Pressão sistólica isolada é >130/85 Grau II: confirmar em 1
PA> 140/90 mesmo usando 35% da população do tipo + comum em 3- MRPA( 3 medidas de mês e considerar MAPA e
3 remédios na dose brasileira com > 40 anos. idosos (principal fator de manha e 3 a noite x 5 dias) MRPA
máxima (sendo um deles risco p/ AVE isquêmico) >130/85 - >180/110 : intervenção
diurético) , adicionar OBS: a HTA é a principal 4- PA > 180/110 ( em uma medicamentosa imediata
ESPIRONOLACTONA ou causa de Hemorragia Com o TRATAMENTO vai única medida) ou reavaliar em 1 semana
SIMPATICOLITICOS ou Intracerebral espontânea buscar chegar numa 5- lesão de órgão ALVO:
BETABLOQUEADORES, se (HICE) - PA ALVO: 140/90 *Coração (HVD) TRATAMENTO
ainda NÃO responder, -PA ALVO P/ DIABETICOS *cérebro (AVC, demência) MEDICAMENTOSO
adicionar vasodilatadores < 130/80 *rins Grau I: MONOTERAPIA
diretos ( MINOXIDIL e -PA ALVO P/ RENAL * vasos sanguíneos (diurético tiazidico)
HIDRALASINA) , SE NÃO CRONICO <125/75 (claudicação intermitente) Grau II: 2 drogas ( tiazidico
melhorar pensar em HTA * retina + IECA ou Bloq. Ca)
SECUNDARIA, afastar I- estreitamento arteriolar QUANDO O TIAZIDICO
PSEUDORESISTENCIA E MÁ II- cruzamento AV DEIXA DE SER 1ª OPCÃO:
ADESAO AO TTO. III- manchas algodanosa - B- BLOQ: coronariopatia,
IV- papiledema ICC, FA, enxaqueca
- IECA/BRA II: diabete, insf.
Renal
- Bloq. Ca: dça vascular
periférica, transplantados

107
EFEITOS ADVERSOS e VANTAGENS

TIAZIDICOS IECA  “pril”  e  BRA  II  “lartan” BETA BLOQUEADORES BLOQUEADORES DE CALCIO
EFEITOS ADVEROSOS EFEITOS ADVERSOS EFEITOS ADVEROSOS “dipinas”  (age  nos  vasos)  e  
Dose Max > 25 mg/dia de - Hiper K ( Potássio sérico ate 5,5) - broncoespasmo verapamil (cardioseletiva)
hidroclorotiazida (dose > que isso - ↑ creatinina sérica (aceita ate - fenômeno de RAYNAUD
não trás benefícios para HTA) 3,0) - NÃO iniciar em ICC EFEITOS ADVERSOS
4 HIPO: Hipovolemia - tosse crônica ( x↑ de bradicina) – descompensada - efeito dose dependente
Hipo NA no BRA não ocorre!!) - edema maleolar
Hipo k - angioedema VANTAGENS
Hipo Mg - ↓ tônus da art. EFERENTE - angina VANTAGENS
3 HIPER: Hiper uricemia (gota) CONTRA-INDICADO IECA - ICC SISTOLICA - drogas ANTIANGINOSAS (
Hiper Glicemia - estenose BILATERAL da art. - TAQUIARRITMIAS coronariodilatadoras)
Hiper trigliceridemia Renal - PÓS-IAM - FA
- gestantes - enxaqueca - bom para IDOSOS E NEGROS
VANTAGENS - tremor essencial
- retenção de Ca ( ↓ risco de VANTAGENS OBS:é a ÚNICA DROGA onde seus
fratura x osteoporose) - nefropatas proteinuricos com Obs: SÃO DROGAS efeitos NÃO são inibido pelos
- ↓ a calciuria ( beneficio para tto creatinina < 3 e K normal CARDIOPROTETORAS ( melhor em AINES
de nefrolitiase) - ICC sistólico brancos e jovens)
- bom para IDOSOS - nefroprotetores ALFA BLOQUEADOR
- são diuréticos - DM com nefropatia ( nefropatia - bom para hiperplasia benigna de
- Pós- AVC e HAS sistólica diabética) próstata.

QUAL DROGA QUE CAUSA DERRAME PERICARDICO?

- minoxidil (2ª linha)

QUAL A DROGA ANTIHIPERTENSIVA QUE MAIS PODE LEVAR A ANEMIA HEMOLÍTICA?

- Alfametildopa

108
HIPERTENSAO SECUNDARIA
x - Inicio súbito precoce ou tardio (<30 e >55)
11 SINAIS SUGESTIVOS DE HTA SECUNDARIA:
x - HAS grave (180/110) ou refrataria
x - HAS labil + tríade do feocromocitoma
x - sx Cushing, hipo e hipertiroidismo, hiperparatiroidismo
x - presença de massa ou sopro abdominal
x - assimetria de pulso femoral
x -↑ creatinina, piora da função renal com uso de IECA (estenose da art. Renal bilateral
x - ↓ Potássio inexplicada
x - proteinuria e hematuria
x - apneia durante o sono

DÇA PARENQUIMATOSA DÇA RENOVASCULAR HIPERALDOSTERONISMO FEOCROMOCITOMA SX. DA APNEIA DO SONO


RENAL (RENAL CRONICO) (HTA DA ATERIA RENAL) PRIMARIO
- PRINCIPAL causa de HAS HIPERALDOSTERONISMO - ↑ ALDOSTERONA (no - Alternância de crise - RONCO, SONOLENCIA
2ª SECUNDARIO córtex da supra renal) HIPERTENSIVA E DIURNA E OBESIDADE.
- ocorre a perda da função - ↑ renina plasmática - HTA + HIPO K hipotensão + PALPITAÇAO,
renal por isquemia - SOPRO ABDOMINAL - ↓ da renina plasmática SUDORESE E CEFALEIA EXAME:
- Hiperativação do sist. - EDEMA PULMONAR - adenoma da supra renal - surtos adrenérgicos - polisonografia.
RENINA-ANGIOTENSINA SUBITO - + em jovens com HTA de (libera as catecolaminas)
- insuf. Renal+ edema, - alteração da função renal difícil controle - Tumor na medula da TTO:
ureia ↑, creatinina ↑, por IECA e BRA II EXAME: supra renal) CPAP durante o sono.
proteinuria e hematuria EXAME PADRAO-OURO: - aldosterona sérico (>5)
- ARTERIOGRAFIA RENAL - renina plasmática EXAME: COARCTAÇAO DA
- EXAMES: TTO: - METANEFRINA DE 24 H AORTA
TFG, USG renal, clearance -IECA , BRAII, ANTAG. CA E TTO: - TC e RM - é congênito
creatinina BETABLOQ. - localizar o adenoma e TTO: - causa de HTA em
- TTO: Obs: IECA é contraindicado ressecção. - SEMPRE CIRURGICO criança e jovens
IECA e BRAII ( cuidado com em estenose bilateral da - espironolactona Preparo PRÉ-OPERATORIO: - diferença de pulso
nível de K e piora da art. Renal CONTRA-INDICADO: -bloqueio α  (  10  dias   entre MMSS e MMII
função renal) - IMPLANTE DE STENT/ QX - tiazidico (perde k) antes) e β adrenérgico

109
CRISE HTA URGENCIA EMERGENCIA
- NÃO tem lesão aguda de ORGÃO ALVO - TEM LESAO DE ORGAO ALVO ( infarto, encefalopatia
- PRESSAO >180/120 hipertensiva, convulsão, EAP, dissecação da aorta, sx.
- NÃO pode ir pra casa- hospitalizar por 8-12 hrs, e só Coronariana aguda, eclampsia, sx de hellp...)
quando sua PA estiver <120/100 ir pra casa. - a PA deve ser reduzida em 20% imediatamente nas 3 1ª hrs
- TTO: drogas VO - FUROSEMIDA, CAPITOPRIL, CLONIDINA com drogas PARENTERAIS ( NITROPRUSSIATO DE SODIO OU
( não suspender essa droga abruptamente, pq pode levar a LABETALOL), seguida por manutenção com drogas VO
emergência hipertensiva)
OBS: o DIAGNOSTICO de HTA em CRIANÇAS e ADELESCENTE é realizado de forma diferente dos adultos, devendo levar em conta a IDADE, SEXO
e ALTURA, com PRESSAO = OU> ao PERCENTIL DE 95.

DISLIPIDEMIA

COLESTEROL TOTAL

TRIGLICERIDEOS – responde bem a exercícios físicos num valor de 150 a 499, > que 500 tratar com FIBRATOS, AC. NICOTINICO, OMEGA 3

HDL- M > 40 e H >50 → dieta e exercício físico, NUNCA tomar remédio!

LDL- CONTROLE DO LDL: QTOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR?? HAS; IDADE (H:>45 e M:>55); HDL <40, TABAGISMO, HISTORIA FAMILIAR.

Cada 1 vale 1 ponto: 0-1: ↓ risco LDL alvo < 160 dieta hipolipidica por 6 meses e se não melhorar- ESTATINA

>OU =2: risco intermediário LDL alvo < 130 e deita por 3 meses e se não melhorar ESTATINA

>4 : ↑ risco LDL alvo < 100 e para CARDIOPATAS < 70- TOMAR ESTATINA

ROSUVASTATINA ( Crestor, ATORVASTATINA ( Lipitor, SINVASTATINA ( Zocor, Vaslip) PRAVASTATINA e FLUVASTATINA (


Vivacor) – 10 a 40 mg/dia Citalor)- 10-80 mg/dia 20 a 80 mg/dia- tomar a noite, lescol)
tem meia vida curta.
- Estatina + potente, porem + - 2ª estatina + potente. - Estatina + usada no nosso - estatina + SEGURA em usuários de
cara. Reservada para os casos + - é a + eficaz para ↓ meio inibidores de protease e RENAIS
graves. TRIGLICERÍDEOS. - potencia intermediaria. CRONICOS.

110
DIABETES MELLITUS

DIABETES MELLITUS CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


É um distúrbio do metabolismo * TIPO 1 : RASTREAMENTO: 1)- CONTROLE DA GLICEMIA:
intermediário, caracterizado pelas - doença autoimune: presença de GLICEMIA DE JEJUM * HEMOGLOBINA GLICADA < 7% :
condições agudas ou crônicas da Anti-ICA ( 80%) TOTG 75 (2h) PADRÃO-OURO para
hiperglicemia. Anti-GAD ( 70%) HbA1c acompanhamento a longo prazo,
Anti-IA-2 ( 60%)- permanece - qualquer pessoa > 45 anos deve ser solicitada pelo ao menos
FISIOPATOLOGIA (+) por mais tempo- ideal p/ - para qualquer idade em paciente 2 x/ ano ou de 3 em 3 meses.
O que é metabolismo investigar DM de longa duração ! com sobrepeso (IMC > 25) + 1 dos
intermediário? 2 tipos: fatores de risco: * GLICEMIA CAPILAR:
É um conjunto de reações * I A: origem autoimune, com * historia familiar de 1ª grau - P/ DM tipo 1 e gestante:medir a
responsáveis pela síntese ( autoanticorpos (+) e predomina * negros, americanos, asiáticos, glicemia 3 ou + x/dia
anabolismo) e degradação ( em caucasianos. moradores da ilha do pacifico Pré-café da manha
catabolismo) de proteínas, * I B: idiopática, com *  HTA  ≥  140/90  mmHg Pré-almoço
carboidratos e lipídios. autoanticorpos (-) e mais comum * dislipidemia HDL < 35 e Pré-jantar
E quem regula essas reações? em negros e asiáticos. triglicerídeos > 250 Antes de dormir
INSULINA e HORMÔNIOS - deficiência ABSOLUTA na * sedentarismo - P/ DM tipo 2: pelo ao menos 1
CONTRAINSULINICOS. produção de insulina→ * SOP ou 2 testes por semana.
* INSULINA: promove a entrada destruição completa das ilhotas * historia de doença ALVO GLICÊMICO:
da glicose na célula, é secretada pancreática. cardiovascular GLICEMIA DE JEJUM: < 100
pelas  células  β  pancreática,  é   - paciente MAGRO(↑ catabolismo) *historia de diabetes GLICEMIA PRÉ-PRANDIAL < 110
estimulada para sua secreção - inicio antes dos 30 anos, de gestacional GLICEMIA PÓS-PRANDIAL < 140
quando ↑ glicemia após as forma abrupta e sintomática *historia de glicemia alterada ou OBS: Alvo Glicêmico em
refeições. - Peptídeo C indetectável ou intolerância  a  glicose  ou  HbA1c  ≥   pacientes internados: para
↓ glicemia níveis < 0,1 ng/dl 5,7% paciente críticos internados
↓ corpos cetônicos - insulinodependente * acantose nigrans, obesidade manter alvo glicêmico pós-
↑ anabolismo - Sintomas clássicos: poliúria, mórbida prandial entre 140 e 180.
OBS: como faço para dosar a polifagia, polidipsia; perda de
insulina sanguínea? Através da peso. PRÉ- DIABETES 2) CONTROLE DE FATORES DE
dosagem do PEPTÍDEO C ( ele é GLICEMIA DE JEJUM 100-125 RISCO CARDIOVASCULARES:
liberado junto com a insulina pelo * TIPO 2 : ( + comum -90%) TOTG 75 (2h) de 140-199 * HTA:
pâncreas, e apresenta meia-vida - doença genética precipitada por HbA1c 5,7 a 6,4% - em paciente DM tipo 2 é
mais longa que a insulina - a fatores ambientais. ( 80% entre encontrada em 40-60%

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insulina tem meia vida muito gêmeos monozigotos) Conduta: - ALVO DA PA EM DIABÉTICOS →
curta, sendo difícil sua dosagem) - inicia após 45 anos de forma -o paciente deve ser monitorada < 130/80
insidiosa e assintomática. anualmente; - Anti-hipertensivo de escolha
* HORMÔNIOS - deficiência PARCIAL de insulina - perda de 7% do peso corporal para DM tipo 2:
CONTRAINSULINICOS: são todos - autoanticorpos NEGATIVO - melhora do sedentarismo IECA ou BRA II + tiazidico  +  β-
hiperglicemiantes, estimulam a - 80% dos pacientes são OBESOS - metformina pode ser BLOQ ou bloq. De Ca.
produção hepática de glicose- ( obesidade androgênica tipo considerada. * DISLIPIDEMIA:
gliconeogênese; ↑ corpos abdominovisceral) que leva a ↑ OBS: a glicemia de jejum tem ALVO LIPIDEMICO EM DM→
cetônicos ( devido a lipólise da resistência periférica a correlação direta com a produção LDL < 100
extrema, faz liberar muitos ácidos insulina. hepática de glicose, e após uma HDL ♂ > 40 e ♀ > 50
graxos) e ↑ catabolismo. OBS: cerca de 20% dos pacientes glicemia de jejum alterada, esta TG < 150
EX: com diabetes tipo II são MAGROS- indicada a realização do TOTG 75 OBS: a dislipdemia clássica dos
- glucagon (  cel.  Α  das  ilhotas  do   possuem LADA ( uma variante da porque ele nos oferece mais diabéticos é: ↑ dos triglicerídeos e
pâncreas) DM tipo I – são indivíduos que informações a respeito do ↓ HDL: fazer dieta e exercício
- adrenalina ( produzida pela possuem autoanticorpos +, mas metabolismo glicêmico e físico.
medula suprarrenal) cuja destruição das ilhotas resistência PERIFÉRICA e assim * OBESIDADE:
- cortisol ( córtex da suprarrenal) pancreáticas evoluem de forma pode fechar o diagnostico. DM tipo 2 + IMC > 35 = cirurgia
- GH ( produzido na adenoipófise) mais lenta) bariátrica.
- Peptídeo C > 0,1 ng/dl DIAGNÓSTICO DE DIABETES: * EFEITO ANTITROMBÓTICO:
*** em virtude da deficiência de - NÃO insulinodependente ( pelo GLICEMIA  DE  JEJUM  ≥  126 - a diabete leva ao aumento da
insulina, os hormônios ao menos na fase inicial da em 2 ocasiões. atividade plaquetária; fazer
contrainsulinicos irão predominar. doença) TOTG  75  (2h)  ≥  200 em 2 profilaxia com AAS em pacientes
- SX. MODY: DM tipo II que se ocasiões com risco cardiovascular
RESPOSTA AO ESTADO DE JEJUM inicia na faixa etária pediátrica ou HbA1c  ≥  6,5% em 2 ocasiões aumentado.
PROLONGADO E ↓ GLICEMIA: adolescência. É uma doença ou em qualquer momento OBS: a hemoglobina glicada
- ↓ secreção de insulina genética autossômica dominante se associada a sintomas passou a ser o melhor marcador
- ↑ glicogenólise, lipólise, que provoca uma grave disfunção clássicos para diagnostico, apresenta a
proteólise e gliconeogênese( das células beta das ilhotas GLICEMIA  ≥  200 em qualquer média das glicemias durante os
catabolismo) pancreáticas.Estima-se que 5% momento + sintomas últimos 2 a 3 meses, exceto em
dos diabéticos tipo II sejam MODY associados. gestantes; portadores de anemia
tipo 3 . hemolítica ; hipervitaminose C e
E, hipertiroidismo e dif. De vit. B6
-12 que ↓ seus níveis. E a def. de
Ferro ↑ seus níveis.

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TRATAMENTO E CONTROLE DA GLICEMIA
TIPO 1 TIPO 2
* INSULINOTERAPIA MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS:
- tentar reproduzir a secreção normal de insulina endógena. - dieta hipocalórica: perda de 5-10% do peso anterior.
- exercício físico: exercício aeróbico x 30 min – 5x/sem
TRATAMENTO CLÁSSICO OBS: IMC > 35 a cirurgia bariátrica passa a ser indicada!!!
→ secreção basal de insulina: NHP- 2x/dia ( insulina de ação lenta que
dura 10-18 hrs e efeito em 2-4 hrs) MEDIDAS FARMACOLÓGICAS:
→ pico de insulina Pós-prandial: REGULAR – 3x/ dia , aplicar 30 min. 1) DROGAS QUE ↓ A RESISTÊNCIA INSULÍNICA:
Antes da refeição ( insulina de ação rápida e duração de 5 a 8 hrs e * BIGUANIDAS (metformin): 850 mg/ dia ou 500 mg 2x/dia. Tomar
efeito em 30 min) junto com as refeições. Após 5 a 7 dias se não houve intolerância GI
passar para 850 mg 2x/dia antes das refeições. Em 2 a 3 meses tentar
alcançar a dose máxima de 1.000 mg 2x/dia ou 1 cp de 850 mg 3x/dia.
- efeito esperado: redução da HbA1c de 1-2%.
- NHP + regular regular Regular NPH - NÃO estimula a secreção pancreática de insulina- NÃO É
-/ ----------------------------------------/---------------------/-----------------/--- HIPOGLICEMIANTE!!!
Café da manha almoço janta antes de dormir - ↑ a sensibilidade hepática a insulina ( sensibilizadora de insulina) e ↓
a produção hepática de glicose ( gliconeogênese e glicólise)
- tem efeito anorexígeno ( ↓ peso nos obesos)
- ↓ risco cardiovasculares nos diabéticos obesos.
EFEITOS ADVERSOS: - efeito adverso: * intolerância gástrica ( + comum)
1) EFEITO SOMOGYI: paciente faz hipoglicemia na madrugada e como * ACIDOSE LÁTICA ( + grave e fatal): esta
efeito rebote faz hiperglicemia no inicio da manha ( matinal) contraindicada em todos os tipos de insuficiência: cardíaca, renal,
2) FENÔMENO DO ALVORECER ou DAWN ( + comum): hiperglicemia hepática ; instabilidade hemodinâmica e durante cirurgia .
matinal, devido ao pico fisiológico de GH durante o sono e ao * ↓ na absorção da Vitamina B12
amanhecer. * GLITAZONAS ( TIAZOLIDINEDIONAS): rosiglitazona..
Como diferenciar os 2 efeitos: fazer teste de glicemia capilar da DROGA SUSPENSA em vários países- risco cardiovascular!!!
madrugada ( 03:00 hrs), se tiver reduzida o diagnostico é Somogyi e se - efeitos adversos:* ↑ peso; * acumulo de gordura do tipo periférico
tiver normal é Alvorecer. * RETENÇÃO DE NA: esta contraindicada em ICC
OBS: hoje em dia não vê mais esses efeitos devido a aplicação da NHP grave ( classe III e IV de NYHA) e insuf. Hepática. PODE usar em IR!!!
antes de dormir, mas acaso ele ocorra se deve ↑ a dose da insulina
NPH da noite. 2) ↑ DA SECREÇÃO DE INSULINA
* SULFONILUREIAS- glibenclamida ( 2ª geração) e glimepirida ( 3ª G)
- estimula  as  células  β  pancreáticas,  aumentando  a  secreção  basal  de  

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TRATAMENTO ALTERNATIVO ( + caro!) insulina. É UMA DROGA HIGLICEMIANTE!!!.
→ secreção basal de insulina: GLARGINA 1x/dia antes de dormir ( - efeito esperado: ↓ da HbA1c de 1-2 %
insulina de ação prolongada 24 hrs ( ex: glargina e detemir), que não - efeito adverso: HIPOGLICEMIA IATROGÊNICA ( se deve sempre
faz pico, possui um perfil semelhante à secreção fisiológica basal da investigar a função renal) e ganho de peso.
insulina endógena e tem menor chance de que ocorra hipoglicemia * contraindicadas em Insuficiência renal e hepática.
em relação a NHP.) * GLINIDAS: repaglinida; nateglinida
→pico de insulina Pós-prandial: LISPRO – 3x/dia, aplicar na hora da - apresenta ↑ pico pós-prandial e tem o principal papel no ↓ a
refeição. (insulina de ação ultrarrápida (ex: lispro; asparte e glulisina), hiperglicemia pós-prandial e só pode ser administrada antes das
duração 3-5 hrs e efeito em 5-15 min) refeições ( 3x/dia)
- efeito adverso: HIPOGLICEMIA IATROGÊNICA ( se adm em jejum)
* contraindicação: insf. Renal e hepática.
_________________24 HRS___________________→ GLARGINA OBS: as INCRETINAS são as drogas mais novas do mercado que
--/---------------------------------------/----------------------------------------------/--- estimula o aumento da secreção de insulina, mas NÃO leva a
Café da manha almoço janta HIPLOGLICEMIA.
LISPRO LISPRO LISPRO
3) ↓ NA ABSORÇÃO INTESTINAL DE GLICOSE
* ARCABOSE - inibição da alfaglucosidade
TRATAMENTO PADRÃO-OURO - inibe a digestão de carboidratos e ↓ a hiperglicemia pós-prandial
* BOMBA DE INSULINA - efeito adverso: FALTULÊNCIA e diarreia .
- complicação: entupir o cateter e risco de infecção, se deve trocar o
sitio de aplicação cada 2-3 dias. 4) AÇÃO INCRETINOMIMÉTRICA
As INCRETINAS são hormônios ( ex: GLP-1) que promove o aumento
OBS: criança diabética com uso de insulina que tem uma complicação da secreção da insulina , inibe a secreção do glucagon e retarda o
pneumônica, se deve aumentar a dose de insulina , por causa do esvaziamento gástrico.
processo infeccioso, como qualquer estresse metabólico que induz o Drogas que aumenta a ↑ a secreção do GLP-1:
aumento da glicemia, com isso ira aumentar concomitantemente a * EXENATIDE ( 2x/dia SC) e LIRAGLUTIDE ( dose única/dia- SC):
insulina. - análogos da GLP-1 endógeno
- a grande vantagem desta droga é a perda de peso
OBS: PRANLINTIDA é usada em DM tipo 1 e 2 em uso de insulina, Droga que inibe a enzima DPP-IV ( essa enzima inativa o GLP-1):
quando NÃO tem controle glicêmico desejado. É um análogo da * GLIPTINA
amilina, é administrado SC antes das refeições. - são drogas caras e sem estudo garantido.
- existe relato de urticaria, angioedema e pancreatite.
- NÃO altera o peso corporal
- a dose deve ser corrigida em caso de Insuficiência Renal.

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TRATAMENTO NA PRATICA MÉDICA
1ª PASSO: NO MOMENTO DO DIAGNÓSTICO
- Modificação do estilo de vida- MEV
- metformin para TODOS os paciente ( prescrever logo após
o diagnostico de DM)
Objetivo: ↓ a HbA1c em 1-2%.
.... depois de 2 a 3 meses se NÃO atingiu o ALVO GLICÊMICO ( HbA1c
ainda  permanecer  ≥  7%),  devemos  passar  para  2ª  PASSO:
2ª PASSO: - associar agente oral
- ou associar a agonista do GLP-1 ou inibidor do DPP-4
- ou insulina basal
P/ HbA1c entre 8,5 – 10%: metformina + sulfonilureia ou inibidores do
DPP-4 ou associar a insulinoterapia ( NHP) ao deitar ou
GLARGINA.
P/ HbA1c > 10% - insulinoterapia
3ª PASSO: ALVO GLICÊMICO AINDA NÃO ATINGIDO
* INDICAÇÕES DE INSULINOTERAPIA NO DM TIPO 2:
- paciente refratário a dieta, exercício físico e droga VO ( monoterapia
com metformin ou terapia combinada)
- glicemia de jejum > 250-300 mg/dl ou Cetose
- paciente em franco estado catabolizo: emagrecimento, poliúria e
polidipsia.
- troca de diagnostico: o que parecia ser DM tipo 2, na verdade é tipo 1
tardio ( sx. De LADA)
- estresse cirúrgico, ou clinico ou durante a gestação.

ALVO GLICÊMICO:
- HbA1c < 6,5% ( 7%)
- pré-prandial e jejum < 110 ( 70-130)
- pós-prandial < 140 – 180
- PA < 130/80
- LDH < 100
- TG < 150
- HDL ♀ > 50 e ♂  >  40

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COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DIABETES

CRISES HIPERGLICÊMICAS
CETOACIDOSE DIABÉTICA ( CAD)- GLICEMIA > 250 mg/dl ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR ( EHH)- GLICEMIA > 600
- é uma complicação aguda clássica da DM tipo 1, mas NÃO é - é uma complicação aguda mais característica da DM tipo 2
exclusiva da tipo 1, pode ocorrer também na tipo 2. DESENCADEADO POR: * infecção
FISIOPATOLOGIA: *catabolismo intenso →  ↑  lipólise → ↑ ac. Graxos * AVE
livres que se transformam em corpos cetônicos no fígado ( * IAM
cetogênese), o principal corpo cetônico é o beta-hidroxibutirato. A grande maioria dos paciente são da faixa etária idosa.
* Catabolismo intenso→  libera glicerol, aminoácidos CLÍNICA: * rebaixamento do nível de consciência
e lactato que serão utilizados na gliconeogênse hepática→ * espoliação hidroeletrolitica > que na CAD, e > intensidade
hiperglicemia → leva a glicosúria da poliúria e perda volêmica > que na CAD ( perda de 8-10 L)
DESENCADEADA POR: * estresse metabólico ( infecção, cirurgia, * AUSENCIA de sintomas GI e taquidispneia ( respiração de
isquemia...) Kussmaul)- porque o paciente não tem acidose metabólica!!!!
* suspensão da insulinoterapia * AUSENCIA de hálito cetônico
* distúrbios alimentares, drogas DIAGNÓSTICO:
CLÍNICA: * sintomas GI ( vomito, dor abdominal, náuseas..) - HIPERGLICEMIA EXTREMA ( > 600 )
* dispneia devido a hiperventilação pra compensar a acidose
- HIPEROSMOLARIDADE ACENTUADA (OSM >320 )
( respiração de Kussmaul)
* rebaixamento da consciência ( PH < 7)
- AUSÊNCIA DE ACIDOSE E CETOSE IMPORTANTE
* poliúria, polidipsia, perda de peso; polifagia e desidratação
* halito cetônico ( PH > 7,30; HCO3 > 18 mEq/L e CETONÚRIA < +2)
DISTURBIOS HIDROELETROLITICOS:
* perda de NA, água, K , fosfato e Mg
* ↑ ureia e creatitina ( escórias nitrogenadas) OBS: O normal da osmolaridade é ate 295 mOsm/L.
* leucocitose neutrofilica ( ate 25.000) mesmo na ausência de infecção TRATAMENTO:
* ↑ triglicerídeos e amilase sérica - A letalidade é bastante alta, e mesmo com a reposição volêmica a
DIAGNÓSTICO: - HIPERGLICEMIA ( > 250) letalidade ainda alcança 20%.
Tripé de tratamento:
- REPOSIÇÃO VOLÊMICA ( salina 0,45%)
- ACIDOSE METABÓLICA ( PH < 7,3 e HCO3 < 18- 15 )
- INSULINOTERAPIA
- CETOSE MODERADA: cetonúria do tipo Anion Gap
↑ > 10 a 12 ( formula do AG: Na – Cl- HCO3) - REPOSIÇÃO DE POTÁSSIO E FOSFATO

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TRATAMENTO: OBS: sem tratamento a mortalidade é de 100%!!! COMPLICAÇÕES: * EDEMA CEREBRAL IATROGÊNICO ( + temida)-
1) REPOSIÇÃO VOLÊMICA RÁPIDA: 1L a 1,5L de SF na 1ª hora ( 15-20 causada pela correção rápida da glicemia.
ml/kg/h IV). CRISE HIPOGLICEMIA
* SODIO NORMAL ( > 135): utilizar solução salina 0,45%( misturar O percentual dos pacientes em uso de insulina desenvolver
50% de SF +50% água destilada ) hipoglicemia sintomática é de 100%!!!!!
* SODIO BAIXO ( < 135): utilizar SF 0,9% * Quem tem mais tendência a HIPOGLICEMIA?
2) INSULINOTERAPIA: DM tipo 1 ( a destruição das ilhotas pancreáticas, impede o principal
- começar a insulinoterapia após o 1ª litro de soro . mecanismo de defesa contra hipoglicemia- secreção de glucagon! )
- insulina REGULAR 0,1 U/Kg em bolus, seguida de bomba de infusão DESENCADEADO POR: * má disciplina terapêutica e controle
0,1 U/Kg/h. cronológico entre a aplicação da insulina, alimentação e exercício
OBS: também poderia utilizar insulina de ação ultrarrápida ( IM ou SC) físico.
- aferir a glicemia cada 1-2 hrs no 1ª dia. * BETABLOQUEADORES: predispões a
- durante a insulinoterapia a hidratação venosa deve continuar, ate hipoglicemia nos DM tipo 1- bloqueia os receptores beta-2
que déficit volêmico seja restaurado ( cerca de 3 a 5L) hepáticos, necessários para o estimulo da gliconeogênese pela
- quando a glicemia cair para 200 mg/dl, não devemos suspender a adrenalina. Por isso são contraindicação
infusão de insulina, mas sim reduzi-la para 0,05 U/Kg/h e o soro ser relativa nestes pacientes.
trocado por 50% de glicosado 5% e 50% de SF 0,9%, mantendo 150- * INGESTÃO DE ÁLCOOL
200 ml/hr para prevenir hipoglicemia. * NEFROPATIA DIABÉTICA: a ↓ TFG prejudica
3) REPOSIÇÃO DE POTÁSSIO E FOSFATO: a depuração da insulina que leva a hipoglicemia. Sempre que tiver
paciente com DM em uso de insulina que passa necessitar de doses
x - se K >5,2: aguardar a próxima dosagem ( 2 e, 2 hrs)
maiores  de  insulina  ou  apresenta  hipoglicemia  com  “doses  
x - K 3,3 a 5,2: repor 20-30 meq em cada Litro da solução normais→ pensar em Insuficiência Renal!
de reposição IV * TERAPIA COM SULFONILUREIA:
x - K < 3,3: não administrar provisoriamente a insulina. hipoglicemiante oral . É a causa + frequente em pacientes com DM
Repor 20-30 meq/hora ate que o K > 3,3. tipo 2.
DIAGNÓSTICO: TRÍADE DE WHIPPLE:

OBS: avaliar a função renal do paciente antes de infundir K ( diurese x - HIPOGLICEMIA < 50
50 ml/h x - SINTOMAS de hipoglicemia: ADRENÉRGICOS ( tremores
OBS: o bicarbonato de sódio só esta indicada quando PH < 6.9 ( 100 finos de extremidade, sudorese fria, palpitação , HTA) e
mEq - 100 ml diluídos em 400 ml de água destilada + 20 mEq de KCL NEUROGLICOPÊNICOS ( dificuldade de concentração,
passar em 2 hrs). incoordenação, ataxia, letargia, coma..)
OBS: nunca acompanhe a eficácia do tratamento da cetoacidose pela
x - REVERSÃO DO ▀ C/ NORMALIZAÇÃO DA GLICOSE.
cetonúria!!

117
! – são detectados na urina dois tipo  de  “corpos  cetônicos”=   OBS: a tríade de Wipple vai aparecer nos casos de hipoglicemia, e
acetoacetato e beta-hidroxibutirato. Mas somente o acetoacetato é também nos estados de excesso de insulina endógena ( ex:
detectado pelo exame de fitas do EAS. INSULINOMA).
- Se o tratamento for correto a compensação glicêmica ( glicose < 200),
ocorre em 8 hrs e a compensação da acidose metabólica em 16 hrs. TRATAMENTO:
- injeção SC de glucagon 0,5-1 mg ou
COMPLICAÇÕES: - GLICOSE hipertônica IV- 20 g ( 4 ampolas glicose a 50% ou 8
* complicações eletrolíticas iatrogênicas ( hipocalemia) ampolas de glicose a 25%).
* hipoglicemia iatrogênica
* edema cerebral iatrogênico O que é ENCEFALOPATIA DE WERNICKE?
* TVP ( a cetoacidose é uma condição pró- coagulante) Causada por deficiência de TIAMINA ( vitamina B1), comum em
* mucormicose ( zigomicose): a cetoacidose diabética é o principal alcoólatras e desnutridos crônicos.
fator de risco para esta rara micose profunda invasiva, causada por TRÍADE:
fungos saprófitas oportunistas. O 1ª sinal é de eliminação enegrecida
x - ALTERAÇÃO DOS MOVIMENTOS OCULARES (
inodora pelo nariz. A forma rinocerebral é a + comum. Conduta:
anfotericina B venosa e debridamento cirúrgico. nistagmo, paralisia do VI par)
x - ATAXIA CEREBELAR
x - CONFUSÃO MENTAL
OBS: a CAD é a complicação + frequente no DM tipo1, ocorre de 20 a
40%, muitas vezes sendo sua 1ª manifestação clinica evidente da OBS: antes de repor glicose em pacientes alcoólatras e desnutridos
doença. se deve administrar TIAMINA 100 mg.

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COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DO DIABETES → MICROVASCULARES ( retinopatia – nefropatia- neuropatia)

→ MACROVASCULARES- principal causa de óbitos em diabéticos por atetosclerose, IAM e AVE!!!

RETINOPATIA DIABÉTICA NEFROPATIA DIABÉTICA NEUROPATIA DIABÉTICA


- É a causa mais importante de cegueira entre - na ausência de controle da PA rígido, FORMAS DE LESÃO:
os 20 e 74 anos. desenvolve em 30% dos DM tipo 1 e 20% dos * NEUROPATIA SENSITIVOMOTORA
- é a complicação mais COMUM dos DM, DM tipo 2. 1) POLINEUROPATIA SIMÉTRICA DISTAL (
ocorrendo após os 20 anos em quase 100% PERFÉRICA) ( + comum): forte predomínio
dos DM tipo 1 e em 60-80% nos tipo 2. sensitivo: parestesia ( ↓ da sensibilidade)-
* RASTREAMENTO: * RASTREAMENTO: Acometimento de “botas  e  luvas”; DOR
- exame oftalmológico com dilatação pupilar - pesquisa de microalbuminúria anualmente ( neurogênica ( costuma acordar o paciente a
e fundoscopia. excreção 30 a 300 mg de albumina em 24 noite, sensação de facadas na planta do pé).
DM tipo 1: a partir dos 10 anos de idade ou 5 hrs)- é a alteração mais precoce da OBS: a 1ª sensibilidade a ser perdida é a
anos após o diagnostico. nefropatia. VIBRATÓRIA.
DM tipo 2: rastrear desde o momento do - Rastreamento 5 anos após o diagnóstico
diagnostico de DM. DM tipo1: a partir de 5 anos de doença para DM tipo 1 e no momento do diagnóstico
GESTANTE: logo no 1ª trimestre, durante o DM tipo 2: desde o diagnóstico para DM tipo 2. Avaliação da sensibilidade
parto e 1 ano pós-parto. dolorosa, tátil, térmica e vibratória e pesquisa
FORMAS DE LESÕES dos reflexos tendinosos ( aquileu, patelar,
FORMAS DAS LESÕES - INICIAL: microalbuminúria tricipital)
1) RETINOPATIA DIABÉTICA NÃO - AVANÇADA: macroalbuminúria ( ALBUMINA - TRATAMENTO: antidepressivo tricíclico (
PROLIFERATIVA ( RDNP) > 300) e proteinuria → insuficiência renal amitriptilina ou Nortriptilina).
LEVE: microaneurismas ( pequemos pontos crônica com rins de tamanho aumentado (
vermelhos), seguido de exsudados  “duros”→ creatinina  ≥1,5) 2) NEUROPATIA FOCAL
acompanhamento anual. Mononeuropatia diabética:
MODERADA:lesões mais abundantes e LESÃO HISTOPATOLÓGICA: * Mononeuropatia do III° par: marcada pela
manchas  “algodonosas” ( microinfarto 1)- PRÉ-NEFROPATIA falta de midríase, o que não ocorre em outras
retiniano e tem pior prognostico)→ - INICIAL(): expansão mesangial e paralisias do III° par, só na diabética!
acompanhamento 6-12 meses. hiperfiltração glomerular com clearance * Sx. Do túnel do carpo: neuropatia do N.
AVANÇADA: isquemia localizada com cratinina acima de 120 ml/min ( ↑ TFG). Mediano ( É a mononeuropatia diabética +
hemorragias em “chama  de  vela”e com - AVANÇADA: * lesão + específica: comum)
Aparecimento de veias tortuosas- “veias  em   Glomeruloesclerose focal - lesão de
rosário”.→ acompanhamento de 2-4 meses Kimmelstiel-Wilson- especifica da nefropatia * NEUROPATIA AUTOSSÔMICA

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TRATAMENTO: diabética. - SX. DISAUTONOMICA: ( é a neuropatia +
- controle da glicemia, PA e dislipidemia. * lesão + comum: preocupante!)
- Ruboxistaurina ( inibidor da proteína quinase Glomeruloesclerose difusa. *hipotensão postural sem taquicardia
C , ela é uma enzima que é ativada pela postural ( tratar com flodrocortisona, meias
hiperglicemia e causa dano microvascular. TRATAMENTO: compressivas)
- fazer controle glicêmico rígido * gastroparesia: plenitude pós-prandial,
2) RETINOPATIA DIABÉTICA PROLIFERATIVA ( - dieta com restrição proteica náuseas, diarreia e constipação intestinal,
RDP) - interrupção do tabagismo incontinência fecal ( tratar com bromoprida).
Forma mais grave e avançada com isquemia 2)- NEFROPATIA DIABÉTICA: FASE DE * bexiga neurogênica ( bexigoma) e
difusa - Formação de neovasos ( MICROALBUMINÚRIA ( 30 a 300mg/dia): impotência ( sindanafil)
neovasculogênse)- forma aderências vitreo- TRATAMENTO: IECA ou ARAII- devem tomar * hiperhidrose ( tratar com simpatectomia
retinianas, com retração degenerativa e perda mesmo que a PA encontra em níveis normais, ou botox)
súbita da visão.1) hemorragia vítreo e 2) pois agem reduzindo a hiperfiltração * anidrose
deslocamento tradicional da retina→ glomerular e previnem a evolução da lesão
acompanhamento de 2-4 meses. renal. * PÉ DIABÉTICO
TRATAMENTO: 3)- NEFROPATIA DIABÉTICA DECLARADA: A DM é a principal causa de ulceras de MMII
- fotocoagulação panretiniana. * FASE DE MACROALBUMINÚRIA ( que não cicatrizam e de amputação não
proteinuria > 300 mg/urina 24 hrs): fazer traumática ( 50 -70%).
3) MACULOPATIA DIABÉTICA controle rígido da PA. Pacientes com As ulceras são as complicações mais comuns
Lesão macular, mais comum em DM TIPO 2- proteinuria > 1g/24 hrs devem receber dos DM.
exudatos  “duros”em  volta  da  mácula, edema antihipertensivo para manter o alvo da PA < É uma forma de polineuropatia simétrica
macular. 125x 75 mmHg- IECA ou ARAII + diuréticos distal ( Polineuropatia Periférica)
Sintomas: borramento visual, metamorfopsia ( tiazidicos ( TFG > 30) ou de alça ( TFG < 30). * Principal fator de risco: neuropatia
visão distorcida) e escotma central. periférica.
TRATAMENTO: 4)- * FASE DE AZOTÊMIA ( ↑ das escórias EXAME FÍSICO:
- fotocoagulação. nitrogenadas- Ur e Cr e IRC) - inspeção geral com remoção de sapatos e
OBS: IRC geralmente cursa com DIMINUIÇÃO meia.
do tamanho renal; exceto na DM que irá - avaliação neurológica: avaliar a Perda de
cursar com AUMENTO do tamanho renal. Sensibilidade Protetora ( PSP), com:
1- estesiômetro ou monofilamento de náilon
OBS: o IECA protege o paciente contra a de 10 g ( cor laranja) + 1 dos 4 testes abaixo:
deteriorização da função renal, mas * diapasão 128Hz ( avaliação da sensibilidade
inicialmente pode ↑ a creatinina e K. Por isso vibratória. Deve ser testado na proeminência
nos primeiros meses os níveis séricos de óssea do halux ( joanete)

120
cratinina e K devem ser avaliados. Mas não se * martelo ( reflexo aquileu)
deve suspender o uso de IECA. * pino ou palito
* bioestesiômetro ou neuroestesiômetro:
OBS: para diferenciar a Sx. Nefrotica do quantifica o limiar de sensibilidade vibratória
diabético da sx. Nefrotica NÃO relacionada a - Palpação de pulsos tibial posterior e pédico
diabetes, é importante saber que nefropatia e em ambos os pés.
retinopatia andam juntas e que o exame de PREVENÇÃO:
urina do DM apresenta proteinuria isolada, - controle glicêmico e pressórico
SEM cilindros celulares ou hematuria - nunca andar descalço
dismorfica. - evitar contato com água quente
- usar palmilhas ou órteses ortopédicas
OBS: o DM também tem predisposição a apropriadas
nefrotoxidade pelo radiocontraste iodado, - examinar os pés todos os dias.
necrose da papila renal, ITU em ♀, candidíase TRATAMENTO:
genital e bexiga neurogênica. * feridas e ulceras não infectadas ou calos:
tratamento local com curativos e compressas
úmidas.
* Feridas infectadas: ATB ( amoxilina-
clavulanato; ampicilina-subactam,
clindamicina + fluoroquinolona ou
cefalosporina de 2ª ou 3ª G)
* sinais de gangrena: internação com ATB
venoso e debridamento de todos os tecidos
desvitalizados
OBS: pesquisar osteomielite em todas as
ulceras infectadas profundas.
* A isquemia do pé com ausência dos pulsos
pediosos deve ser investigada com
arteriografia e o tratamento é revacularização
distal.
OBS: estima-se que 20% dos pés-diabéticos irá
precisar de amputação em algum momento.

121
OBESIDADE

OBESIDADE DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


Estado de armazenamento Quem regula a ingestão * QUANTITATIVO- IMC 1- TTO CLÍNICO
excessivo de gordura alimentar e o acúmulo de Peso/ altura x altura * NÃO farmacológico: dieta, exercício físico e
corporal. lipídeos? modificação comportamental. META: perda de
ANOREXÍGENOS: Baixo peso IMC < 18,5 peso de 10% em 6 meses.
EPIDEMIOLOGIA: * hormônios periféricos: Peso nl 18,5 - 24,9 * farmacológico:
- + em ♀ e debaixo nível - GLP-1; Sobrepeso ≥  25 - p/ IMC  ≥  30 ou IMC > 25 ou 27 acompanhada de
socioeconômico. -colecistoquinina; Pré-obeso 25 – 29,9 comorbidade ( HTA, diabetes, dislipdemia). Que
- no Brasil 1/3 da - leptina ( produzida no Obeso 1 30 – 34,9 não tiveram sucesso no tratamento conservador.
população é obesa e 2% é tecido adiposo- conhecida Obeso 2 35 – 39,9 1) anerexígenos: anfepramona; femproperex,
obesos mórbidos. como o hormônio da Obeso 3 ≥  40 mazindol
saciedade- promove 2) sacietógenos adrenérgicos e serotoninérgicos:
FATORES QUE inibição da liberação dos * QUALITATIVO sibultramina
INFLUENCIAM NO orexígenos e estimula os - circunferência abdominal 3) redutores da absorção de gordura: orlistat
DESENVOLVIMENTO DA anorexígenos); ♂ > 102 cm e ♀ > 88 cm.
OBESIDA? - amilina 2) TTO CIRURGICO- Cirurgia Bariátrica:
* genéticos: gene da - insulina - índice ou relação cintura- * Indicações:
leptina e Sx. De Prader * moduladores centrais: quadril ( RCQ)= ♂ < 1 e ♀ > 0,8 - obeso mórbido IMC  ≥  40 com insucesso de
Willi. seretonina; neurotensina; OBS; a obesidade androgênica tratamento por pelo menos 2 anos.
* ambientais: urocortina; ocitocina; IL 1- ( gordura abdominovisceral) - IMC  ≥  35 + comorbidade, após ser submetido a tto
sedentarismo, ↑ cosumo beta; peptídeo CART e esta mais relacionada com clinico.
de calorias, produtos MSH ( estimula risco cardiovascular.
industrializados. melanócitos) ; CRH ( * Contraindicações:
hormônio que libera - TC= melhor exame para  ≠  o   - obesidade de causa endócrina
ETIOLOGIA: corticotropina); TRH ( tipo de obesidade ( visceral ou - doença cardiopulmonar em fase terminal
* obesidade secundária ( tireotropina) subcutânea) - SX. De Prader-willy ( obesidade + retardo mental+
corresponde a 1% dos O valor total de gordura baixa estatura)
casos de obesidade): OREXÍGENOS ( produz visceral normal para ♀ e♂ é < - dependência alcoólica
-SX. De cushing; def. de apetite): 130  cm₂.
GH; hipogonadismo * hormônios periféricos: * TECNICA: a técnica ideal é a laparoscópica.: < dor
- insulinoma grelina ( produzida pela no P.O; < complicações da parede abdominal; <
- SOP cel.do corpo Gástrico- a CLÍNICA: resposta metabólica e recuperação mais rápida.

122
- drogas: ACO; haloperidol; cirurgia de Sleeve -doenças associadas a
anticonvusivante; gastrectomy remove a obesidade: * MECANISMO DE AÇÃO:
antedepressivo tricíclico; parte secretora de grelina) -DM tipo 2; - RESTRITIVO ( puro): reduz a entrada de alimento
lítio; corticoide; glitazona * moduladores centrais: - diabetes gestacional no tubo * anel ou banda gástrica ajustável: perda
- transtornos alimentares ( neuropeptídeo Y, sistema - puberdade precoce ; de peso moderada e baixa taxa de complicação.
bulimia nervosa) endocanabinoide, - SOP
- nutrição por SNG hipocretinas e orexinas, - dislipidemia - Predominantemente RESTRITIVO: - MISTO-
noradrenalina; galanina - osteoartrite, discopatia porque associa restrição gástrica e desvio alimentar
-Sx. Do túnel do carpo da porção inicial do intestino delgado.:
OBS: a SX. De - gota * Bypass gástrico com Y-Roux- CAPELLA ou
hipoventilação por - HAS- ICC; cor pulmonale Wittgrove: é uma cirurgia predominantemente
obesidade é conhecida - hipertrofia ventricular D Restritiva - cirurgia mais realizada no EUA e a
como SX. De PICKWICK: - insuf. Venosa, TVP tecinica PADRÃO-OURO para obeso mórbido e
IMC > 30 + hipoventilação - apneia do sono diabéticos. Compilcação: - gera uma doença
PaCO2 > 45 e NÃO pode - asma desabsortiva: carência de Fe; vit. B 12 e cálcio.
ser atribuída a outros - hipoventilação alveolar e leva a hiperoxalúria.
distúrbios ( pulmonares, - incontinência urinaria de
restrição óssea, fraqueza esforço
neuromuscular, - hipogonadismo - Predominatemente DESABSORTIVO- MISTO:
hipotireoidismo). - Ca de mama, endométrio, retira um segmento
cérvice, ovário, próstata, * derivação bilioprancreatica- SCOPINARO- > taxa
estomago, colorretal, de desnutrição proteica, que pode levar a
pâncreas, fígado, vesícula. deficiência de vitamina B1 ( sx. De wernicke-
- hérnias Korsakoff)
- DRGE, colelitíase, esteatose * Switch duodenal: reduz a incidência de ulcera da
hepática anastomose.
- infecções fungicas, linfedema, OBS: a perda de peso é maior nos procedimentos
abscessos, acantose nigricans desabsortivos e não nos restritivos.
- pseudotumor cerebral ( OBS: a cirurgia será um sucesso quando alcançar
hipertensão intracraniana IMC ≤ 35 ou perda de peso > 50%.
idiopática), depressão,
demência; distúrbios
alimentares; distorção
corporal, isolamento social.

123
SÍNDROMES COMPORTAMENTAIS RENAIS

SÍNDROMES GLOMERULARES = x -SX. Nefrítica(GNDA)= GNPE


x - Glomerulonefrite rapidamente progressiva= DÇA DE GOOODPASTURE ( sx. Pulmão-rim)
Acometimento da função infiltrativa x - SX. Nefrotica= 5 tipos ( DLM; GEFS; GN PROLIFERATIVA MESANGIAL; GM e GNMP)
x - Alterações Urinárias assintomáticas =doença de BERGER e MAL DE ALPORT (Nefrite hereditária
( glomérulo)= sintomas clássicos:
autossômica DOMINANTE ligada ao CROMOSSOMO X, caracterizada por: hematúria + surdez)
hematúria e proteinúria. x - Trombose Glomerular: SHU ( síndrome Hemolítico-Urêmico)

SX. NEFRÍTICA- GNDA ETIOLOGIA CLÍNICA e LABORATÓRIO


Mesmo que PRIMÁRIAS do glomérulo: - Hematúria DISMÓRFICA + HTA + -OLIGURIA + - EDEMA
Glomerulonefrite Difusa - doença de BERGER ( nefropatia por IgA) ( com retenção de H2O e sal e tendência a hipervolemia-
Aguda ( GNDA) - glomerulonefrite mesangiocapilar usar diuréticos em altas doses)
- EAS:
- conjunto de sinais e SECUNDÁRIAS: CILINDROS HEMATICOS- - HEMATURIA DISMÓRFICA
sintomas e achados 1- Pós-infecciosa: pós-estreptococica- GNPE - PIÚRIA
laboratoriais que surgem - NÃO pós-estreptococica: endocardite; abscessos; - PROTEINÚRIA ( de 150 mg e 3,5 g /24h)
quando há INFLAMAÇÃO hepatite B e C e malaria - se a oliguria persistir= ↑ ureia e creatinina.
dos glomérulos renais. 2- Dça sistêmica: LES; crioglobulinemia

GNPE ETIOLOGIA CLÍNICA E LABORATÓRIO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


GLOMERULONEFRITE - + no sexo ♂ entre 5-12 Sintomas e sinais de sx. 1ª PASSO: Historia de * 1- repouso relativo-
PÓS-ESTREPTOCÓCICA anos (+freq)- incomum Nefrítica clássica e FAA ou PIODERMITE - restrição hidrosalina
É INFLAMAÇÃO glomerular antes dos 3 anos. “PURA”. É a única forma antes? 2- diuréticos ( furosemida)
que ocorre por sequela de - Na criança o prognostico PURA de GNDA. 2ª PASSO: 3- vasodilatadores :
infecção estreptocócica- é excelente- 95% se curam Período de incubação hidralazina; anti-Ca; IECA;
(BETA- HEMOLÍTICO do sem deixar sequelas. - Hematúria DISMÓRFICA compatível? nitroprussiato -
grupo A- cepas - nos ADULTOS tem pior com CILINDROS * FAA: 1 a 2 semanas 4- diálise ( se necessário)
nefritogênicas : após: prognostico. HEMATICOS * PIODERMITE: 3 A 6 sem 5- ATB: penicilina ou
* FARINGOAMIDALITE: OBS: a hematuria -OLIGURIA (↓ TFG) 3ª PASSO: azitromicina.
* PIODERMITE microscópica e a - EDEMA com retenção de A infecção foi OBS: NÃO há benefício de
proteinuria pode persistir H2O e NA estreptocócica? Avaliar: CORTICOIDE!!!

124
Quais são as por anos, não indicando (HIPERVOLEMIA) * ASLO (> 330) e ANTI
glomerulopatias da sx. mal prognostico!. -HTA * DNAse B
NEFRITICA que cursa com - PIÚRIA 4a PASSO: houve ↓ C3?
queda do complemento OBS: alem da GNPE que - PROTEINÚRIA ( de 150 Indicação de BIOPSIA:
C3? cursa com queda do mg e 3,5 g /24h) * anuria ou IR acelerada (
* GNPE complemento C3 a GN do - ↓ C3- CONSOME rápida deteriorização da
* GN não pós- LÚPUS também cursa com COMPLEMENTO função renal)
esptreptococica ↓ C3 e C4; alem da GNRP * oliguria > 72 hrs ou 7
* GN do LÚPUS por imunocomplexos- LES, OBS: o ASLO pode esta (-) dias
também consome C3) em + 50% dos casos! * ↓ C3 > 8 – 12 sem
E quaL é a glomerulopatia * proteinuria nefrotica ( >
da sx. NEFRÓTICA que . 3,5 ou > 50mg/kg/dia)
cursa com queda com * HAS ou hematuria macro
complemento C3? > 6 semanas.
* GNMP ( BIOPSIA: nódulos
Hipocomplementaria > 8 subepiteliais eletrodensos
semanas) “GIBA”  ou  “CORCOVA”  ou  
“humps”

GNRP DÇA DE GOOODPASTURE CLINICA TRATAMENTO


GLOMERULONEFRITE Doença raríssima AUTOIMUNE, “SX.  PULMÃO-RIM” * Plasmaferese : ate a
RAPIDAMENTE PROGRESSIVA presença de anticorpo ↓ negativação do anticorpo
É uma GNDA que evolui em pouco antimembrana basal (MBG) SX. NEFRITICA GRAVE ( antimembrana basal
tempo para lesão renal terminal glomerulonefrite e IRA ) +
rica em fibrose, a partir de uma * EPIDEMIO: ♀ 60-70 anos HEMORRAGIA PULMONAR ( * Predinisona + Imunossupressor
lesão IMUNE da MEMBRANA ♂  20-30 anos hemoptise) ( ciclosfamida ou azatioprina)
BASAL. *OS anticorpos atacam o pulmão
Causas: e os rins ( membrana basal DIAGNÓSTICO:
*anticorpo anti-MBG (10%): glomerular) -90% do anticorpo é encontrado
DOENÇA DE GOODPASTURE: no sangue ( mas não sela o DX )
padrão LENEAR de depósito de OBS: não tem ↓ C3. - BIOPSIA RENAL: Padrão de
autoanticorpo anti-MBG depósito LINEAR na MB e
CRESCENTES em + 50% dos

125
* Imunocomplexos (45%): LES ( glomérulos.
consome C3); GNMP;
NEFROPATIA POR IgA- padrão
GRANULAR
* Pauci-imunes(45%): possui
marcador sorológico: anticorpo
anticitoplasma de neutrófilo
(ANCA +)

SÍNDROME NEFRÓTICA CLÍNICA e LABORATÓRIO COMPLICAÇÕES


Sx. Caracterizada pela excreção de proteínas > 1- PROTEINÚRIA: >3- 3,5g/dia ou > - Quais são as PROTEÍNAS QUE PERDE?
3-3,5g/ dia em adulto e > 50 mg/Kg/dia ou 40 50mg/kg/dia 1* ANTITROMBINA III- : ação anticoagulante-
mg/m2 /h em crianças. 2- HIPOALBUNEMIA < 2,5g/dl leva a um estado de HIPERCOAGUBILIDADE e
OBS: a sx. Nefrotica é 15x + comum em 3- HIPERLIPIDEMIA TROMBOSE- TVP e TROMBOSE DA VEIA RENAL
crianças que em adultos. 4- LIPIDÚRIA →TROMOSE DA VEIA RENAL- TVR:
5- EDEMA PERI—ORBITÁRIO PALPEBRAL - dor lombar, em flancos e virilha
5 formas de SX. NEFRÓTICA PRIMARIA: MATUTINO - com tendência a hipovolemia ( - hematúria macroscópica
1- Doença por lesões mínimas- DLM então usar diuréticos em baixas doses) - PIORA da proteinúria
2) Glomeruloesclerose Focal e Segmentar- - oliguria inexplicada
GEFS - ↑ creatinina
3) GN Proliferativa Mesangial OBS: a PRINCIPAL causa de HEMATÚRIA em - varicocele súbita do lado E ( sinal clássico no
4) Glomerulopatia Membranosa NEONATAL É? TROMBOSE DA VEIA RENAL- sexo ♂)
5) Glomerulonefrite Mesangiocapilar TVP - edema renal
- Tratamento: heparina e warfarin
QUAIS AS FORMAS + ASSOCIADAS A TVR?
1); Glomerulopatia Membranosa ( principal) 2* IMUNOGLOBULINA (IgG): ↑ a
2) Glomerulonefrite Membranoproliferativa susceptibilidade as infecções bacteriana (
3) Amiloidose principalmente pelo S. PNEUMONIAE)→
PERITOMITE BACTERIANA ESPONTÂNEA

3* TRANSFERRINA: tendência a ANEMIA


HIPO-MICRO

126
DLM EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
DÇA por LESÃO MÍNIMA = - Crianças (2 a 6 anos + no “caracterizada  por   - PROTEINURIA INTENSA - CORTICOIDE
Nefrose Lipoide sexo ♂) períodos de REMISSÃO e - NÃO consome
- é a principal FORMA de ATIVIDADE”: complemento. “é a única das 5 formas de
PRINCIPAL SX. NEFROTICA em PROTEINURIA ... NADA... SX. Nefrotica 1a que
COMPLICAÇÃO: CRIANÇAS. PROTEINURIA.... NADA... * É a única sx. Nefrotica responde MUITO BEM a
- PERITONITE bacteriana PROTEINURIA... NADA que NÃO precisa de CORTICOIDE”- 95% dos
por PNEUMOCOCO) HISTOPATOLOGIA: Criança que surge com BIOPSIA porque a doença casos.
A criança pode apresentar Mic. Eletrônica: Fusão dos EDEMA sem historia responde drasticamente a
uma quadro de ASCITE, processos podocitários. pregressa + EAS com corticoides!!! * prevenção de recaída:
dor abdominal aguda, Microscopia óptica é PROTEINURIA > 3g/24h ou Pode esta associada a - VACINA PNEUMOCÓCICA
junto com o edema e NORMAL > 50mg/Kg/dia e depois LINFOMA DE HODGKIN em todas as crianças não
proteinuria , febre, PATOGENIA: desaparece, voltando a imunizadas.
leucocitose. -perda da “barreira  de   reaparecer do nada!!!!
carga”- proteinuria
seletiva- albumina.
GEFS EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
GLOMERULOESCLEROSE - é a principal FORMA de Sx. Nefrótica + - BIOPSIA: presença de - CORTICOIDE: responde
FOCAL E SEGMENTAR SX. NEFROTICA em Insuficiência Renal “esclerose”  cicatriz  nos   MAL ao corticoide, o
ADULTOS. glomérulos. tratamento precisa ser
Pode ser : - forma + comum em PODE esta ASSCOCIADA: mais longo!
Primaria ou idiopática- NEGROS 25-35 anos! * HIV OBS: o diagnostico só - IMUNOSSUPRESSORES
80% ( Lesão direta) * uso de HEROÍNA pode ser obtido por - IECA: reduzem os níveis
Secundária ( hiperfluxo e OBS: é a glomerulopatia + * OBESIDADE MORBIDA biopsia. de proteinúria e retardam
sobrecarga). associada a HIV * HAS a evolução para IRC.
* ANEMIA FALCIFORME - ESTATINAS ( controle
* REFLUXO lipidêmico)
VESICOURETRAL
GM EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
GLOMERULOPATIA - 2ª causa + comum em SX. Nefrótica FRANCA com - BIOPSIA - 20% dos pacientes
MEMBRANOSA ADULTOS ( em geral!) quadro de proteinúria - NÃO consome apresentam remissão
- causa lesão na intensa e sx. edemigênica complemento espontânea
membrana basal, que - forma + comum em e alta tendência a TVR - EAS inocente - 50% dos pacientes
sofre espessamento ADULTO BRANCO e IDOSO podem evoluir para

127
HISTOPATOLOGIA: - + no sexo ♂ 30-50 anos PODE esta ASSOCIADA: Insuficiência Renal Crônica
- Espessamento da * HEPATITE B em 15 anos.
MEMBRANA BASAL - é a glomerulopatia + * NEOPLASIAS ( pulmão,
- deposito SUBEPITELIAIS associada a HEPATITE B mama, colón, ...) * a principio o tratamento
de IgG e C3 * SÍFILIS deve aguardar evolução,
- associada a TVR- * uso de CAPTOPRIL; SAIS se piorar associar a
trombose venosa Renal DE OURO; d- imunossupressor ;
PENICILAMINA predinisona
* pode ser o 1ª sinal de
LES

GNMP EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA e CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


GLOMERULONEFRITE - CRIANÇAS e ADULTOS Faz também SX. PROTEINÚRIA NEFROTÍCA OBS: faz diagnostico
MESANGIOCAPILAR Ou JOVENS NEFRÍTICA + NEFRÓTICA > 3 g/dl + HEMATURIA diferencial com GNPE
MEMBRANOPROLIFERATIVA - rara na raça negra - Alta tendência a TVR * PREDINISONA
- GNMP
DISMÓRFICA + consumo
de COMPLEMENTO: ↓ C3
- é precipitada pelo VIRUS CLASSIFICAÇÃO: MANTIDA por mais de 8-
HISTOPATOLOGIA:
DA HEPATITE C * tipo I ( + comum): 12 semanas! - OBS: é a única sx.
- Espessamento das alças
associada a vírus da NefrOtica que consome
capilares com aspecto
- associada a TVR- HEPATITE C, - em 50% dos casos há complemento.!!! E é a
“DUPLO  CONTORNO”.
trombose venosa Renal crioglobulinemia e LES. historia de infecção previa única que tem clinica de
* tipo II ( com ↑ ASLO) sx. NEFRITICA associada a
* tipo III - BIOPSIA: ≠  GNPE  da   nefrotica.
GNMP

128
DOENÇA DE BERGER EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
- NEFROPATIA por IgA - é a glomerulopatia HEMATÚRIA .... A biopsia nem sempre esta *em < de 5% ocorre
primaria + COMUM DO NADA...HEMATÚRIA... indicada porque a doença remissão completa sem
A lesão glomerular MUNDO! NADA...HEMATÚRIA... tente a ser benigna: complicações. E < 5%
encontrada na doença de - acomete + sexo ♂ de 20- OBS: a hematúria é - INDICAÇÃO DE BIOPSIA: evolui pra IR .
Berger e idêntica a 30 anos assintomática e do tipo * Proteinuria > 1g/dia - fator de Pior
encontrada na PURPURA - + comum em asiáticos e dismorfica ( ou seja, de *sinais de SX. NEFRITICA Prognóstico: sexo ♂.
de HENOCH-SCHONLEIN: raras em negros origem glomerular) * Insuficiencia Renal
depósito de IgA- pode ser TRATAMENTO:
considerada comum uma OBS: a doença de Berger PODE esta ASSOCIADA: - BIOPSIA: depósitos de - Na > parte não esta
forma monoassintomática cursa em 10% dos casos * NEFRITE LÚPICA: IgA no mesângio. indicado, somente quando
de uma vasculite: púrpura com sx. Nefritica ( mas deposito de IgA e ↓ C3 - dosar IgA sérica( no desenvolver proteinuria >
de HENOCH-SCHONLEIN NÃO consome * CIRROSE: deposito de sangue -50%) 1g/d ou HTA ou creatinina
complemento)  o  que  a  ≠   IgA pode ser encontrado - deposito de IgA na pele ( > 1,5.
da GNPE ( quadro + florido em ate 1/3 dos cirróticos. 50%) * corticoide, óleo de peixe
e ↓ o COMPLEMENTO e * DÇA CELÍACA - EAS: HEMATÚRIA * imunossupressores
BIOPSIA) * HIV: < associação que a DISMÓRIFCA ISOLADA * IECA
GEFS - NÃO consome C3

SHU EPIDEMILOGIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


SX. HEMOLÍTICO - é a principal causa de * ANEMIA HEMOLITICA - historia clinica + achados - SUPORTE e correção
URÊMICO: doença INSUFICIÊNCIA RENAL em microangiopática ( laboratoriais. hidroeletrolitica
trombótica de pequenos CRIANÇAS. ESQUIZÓCITOS- hemácias * anemia hemolítica com - evitar ATB na suspeita de
vasos glomerulares. - 80% dos casos é devido a fragmentadas no coombs direto ( - ) E. COLI, pois pode agravar
uma gastroenterite previa esfregaço do sangue * leucocitose o quadro.
PATOGÊNESE: ( 5 a 10 dias antes) periférico) + * plaquetopenia < 50.000
Diarreia sanguinolenta causada por E. COLI * TROMBOCITOPENIA (↓
pela E.coli O157: H7→ entero-hemorrágica ( cepa plaquetas < 50.000) + SANGUE PERIFÉRICO:
produção de toxina shiga O157: H7) e SHIGELLA e * INSUF. RENAL AGUDA presença de
→lesão endotelial com SALMONELLA. oligúrica ESQUIZÓCITOS
ativação plaquetaria e “pensar  em  criança  que  
trombose. faz diarreia e depois
quadro  de  IRA  +  anemia”.

129
x - Necrose Tubular Aguda ( NTA)= quadro de IRA
SÍNDROMES TUBULOINTERSTICIAIS=
x - Nefrite Intersticial Aguda (NIA)
Acometimento da função reabsortiva, x - Nefrite Intersticial Crônica ( NIC)= quadro de IRC
x - Necrose de Papila= clinica de pielonefrite
Ocorre mais distúrbios da concentração Da urina e hidroeletroliticos.

NTA ETIOLOGIA Distúrbios associados a NTA:


NECROSE TUBULAR - ISQUEMIA: hipoperfusão Como  ≠  da  NTA  da  IRA   1) RABDOMIÓLISE:-
AGUDA. Destruição de renal por um quadro Pré- pré-renal? - destruição do músculo que leva a NTA por:
células tubulares renais renal ( choque circulatório, BIOQUIMICA URINÁRIA * hipovolemia
bilateralmente. Trata-se SIRS, SEPSE- levam a NTA ( lesão renal * pigmentúria: liberação de mioglobulina na circulação é
de um evento mais vasoconstricção renal) intrínseca): tubulotóxica ( o pigmento heme é toxico!)
comum no túbulo - NEFROTOXIDADE: - fração excretória de * vasoconstricção
proximal e porção toxinas endógenas ( ureia > 50% (é o Evento agudo: nas 1ª 24 hrs devido ao rompimento dos
ascendente da alça. mioglobulina) e exógenas ( parâmetro + importante miócitos pode levar a uma parada cardíaca por acidose
* na maioria das vezes é medicamentos- para  ≠  as  2  entidades) +↑K
um distúrbio autolimitado * principais -não responde a reposição Evento tardio da rabdomiólise: IRA – NTA
( 7 a 21 dias). Medicamentos: volêmica; * LABORATÓRIO:
aminoglicosídeo; -↑ a excreção de NA , H2O - CPK > 1000
* é considerado anfotericina B; aciclovir; e ureia. - ↑ k; ↑ fosfato; ↑ acido láctico e úrico ( devido a ruptura
atualmente a principal cisplatina; venenos - SODIO urinário > 40 dos miócitos) e ↓ Ca.
causa de IRA ( - fração excretória de NA - dipstick + para hemoglobina
principalmente causada * Principais características > 1% * CAUSAS:
por SEPSE) nos pacientes da NTA causada pelos - Osm urinária < 350 - trauma e compressão muscular
hospitalizados- TERAPIA AMINOGLICOSÍDEOS? - Cr urin/plasm < 20 - sx. Do soterramento ( paciente soterrado)
INTENSIVA. - a disfunção em geral - ureia plasmática/ - exercício físico intenso
ocorre 7 dias após o uso creatinina plasmática <20 - imobilização prolongada
* na NTA os rins tem do fármaco. - Urina diluída - drogas e toxinas : COCAÍNA; colchicina; ESTATINA (
geralmente o tamanho - insuf. Renal aguda NÃO - sedimento urinário: inibidores de redutase de coenzima –A)
NORMAL. oligúrica cilindros GRANULARES - infecções
- ocorre disfunção renal pigmentados - distúrbio eletrolítico ( ↓ K e P)

130
PROXIMAL: aumenta o AZOTEMIA PRÉ-RENAL ( - hipotireoidismo
aporte distal de Na e causa pré-renal): - miopatias inflamatórias
promove a excreção do K. - fração excretória de * TRATAMENTO:
- HIPOCALEMIA (↓ k) Ureia < 35% - ressuscitarão volêmica agressiva ( pq tem muito
- HIPOMAGNESEMIA (↓ -é reversível a reposição sequestro de liquido para 3ª espaço) com SF 1-2 L /h ate
Mg) volêmica. obter diurese entre 200 e 300ml/h.
OBS: é um caso raro de - ↑ reabsorção de NA e - monetarização de Cálcio plasmático e PCV
IRA que cursa com H2O - hemodiálise ( quando tiver sinais de Sx. Urêmica)
HIPOcalemia ( ↓ K) - SODIO urinário < 20 - alcalinização urinaria com bicarbonato.
- fração excretória de NA
Como  ≠  se  é  NTA  ou  NIA   < 1% 2) SX. DA LISE TUMORAL
causada pelo - Osm urinário > 500 São rupturas de células neoplásicas, geralmente dos
medicamento? - Cr urin/plasm > 40 tumores hematológicos mais agressivos que são
Na NIA tem que ter - ureia plasm/Cr plasm submetidos a QT e RT. O SLT libera ACIDO ÚRICO que
eosinofilúria ou sinais e >40 leva a NTA.
sintomas de reação - urina hiperconcentrada LABORATÓRIO:
sistêmica de com pouco NA e ureia. - Relação entre Acido úrico/ creatinina > 1
hipersensibilidade - Sedimento urinário: tipo - ↑ K ( + grave); ↑ fosfato e ↓ Ca, acidose metabólica.
(urticária, febre; rash acelular ou conter Como prevenir as lesões Renais na SLT?
cutâneo) ; ↑ do tamanho cilindros HIALINOS- - hidratação venosa maciça; alopurinol;alcalinização
dos rins. Geralmente não tem urinária.
proteinúria, hematúria e
OBS: a cisplatina causa nem leucocitúria. 3)- NEFROPATIA INDUZIDA PELO RADIOCONTRASTE:
lesão direta no túbulo presente de 20-30%- não O contraste iodado pode causar NTA através da
renal do tipo OLIGÚRICA. sendo necessários para vasoconstricção da arteríola aferente que leva a
diagnóstico. isquêmica tubular e NTA. OBS: mesmo sendo NTA terá
uma alteração bioquímica urinário com padrão de IRA (
ou seja com FRAÇÃO EXCRETÓRIO DE SÓDIO < 1%).
Como prevenir? Solução isotônica de bicarbonato de
sódio e acetilcisteína.
*FATORES DE RISCO:
- insuf. Renal previa ( creatinina > 1,5) + importante!
- DM com disfunção renal previa
- ICC; CIRROSE HEPATICA; HIPOALBUNEMIA

131
- mieloma múltiplo
- altas doses de contraste

NIA ETIOLOGIA CLÍNICA e DIAGNÓSTICO


Inflamação aguda dos rins. Drogas causadoras de NIA: Fenômenos alérgicos:
Caracterizada pela -β-lactâmicos e sulfonamidas: ampicilina; - eosinofilia, eosinofilúria
infiltração do interstício penicilina - cilindros LEUCOCITÁRIO
por LEUCÓCITOS + intenso cefalotina - ↑ IgE sérico
EDEMA que obstrui os - esquema RIP: RINFAMPICINA - hematúria NÃO dismórfica
túbulos que leva a - anticonvulsivante: FENITOÍNA - oliguria
OLIGÚRIA e ↓ TFG. - anti- hipertensivo: HIDROCLOROTIAZIDA - rash cutâneo, febre; dor lombar
- anticoagulante: WARFARIN - ↑ do tamanho dos rins
QDO PENSAR EM NIA? - AINES derivados do AC. Propiônico: - fração excretória de sódio > 1%
Paciente com USO DE ibuprofeno; cetoprofeno...) - ↑ UREIA e CREATININA
MEDICAMENTO , OBS: os AINES causam NIA com padrão
desenvolveu IRA com morfológico de SX. Nefrotica- (doença de LESÃO
QUADRO ALÉRGICO MÍNIMA).

NECROSE DE PAPILA CLÍNICA E LABORATÓRIO


Destruição da papila renal. CLINICA DE PIELONEFRITE
PRINCIPAIS CAUSAS: - Febre com calafrios
1)- nefropatia por analgésico - dor lombar + disúria
2) nefropatia obstrutiva - hematúria
3) pielonefrite ( dor lombar, piuria, febre) LABORATÓRIO:
4) anemia FALCIFORME - urinocultura + (75% dos casos)
5) diabetes melitus

132
DISTÚRBIOS TUBULARES ESPECÍFICOS

NÉFRON PROXIMAL ALÇA DE HENLE NÉFRON DISTAL


* REABSORVE normalmente: →SX. DE BARTTER →SX. DE GITELMAN
- glicose; aminoácidos; fosfato; acido urino Desligamento congênito na reabsorção de Desligamento congênito da
E Bicarbonato SÓDIO na alça de henle como se fosse uma reabsorção de SÓDIO no túbulo
intoxicação por FUROSEMIDA contorcido distal como se fosse
* poliúria e polidipsia intoxicação por TIAZÍDICOS.
→SX. DE FANCONI( glicosúria renal) * HIPERcalciúria e HIPOcalcemia (↓ Ca) NÃO ocorre poliúria .
Desligamento TOTAL da reabsorção no túbulo * hipocalemia ( ↓ K) * HIPOcalciúria e HIPERcalcemia
proximal, que leva a: *ALCALOSE metabólica ( ↓ HCO3) (↑ Ca)
- glicosúria com NORMOglicemia * Tendência a hipovolemia, ativa o sistema * HIPERmagnesiúria e
- aminiaciduria- doença de HARTUNUP RAA, leva a hiperaldosteronismo crônico com hipomagnesemia (↓Mg)
- hiperfosfaturia com hipofosfatemia ( ↓ P ) leva a aumento da prostaglandina E. * HIPOcalemia (↓ K )
hipofosfatemia crônica que leva ao raquitismo ( * Pressão arterial NORMAL
crianças) e osteomalácia ( adulto) * paciente tem tendência a nefrolitíase de
- hiperuricosuria com hipouricemia repetição
- bicarbonaturia (↓ HCO3)- ATR tipo II OBS: geralmente a criança apresenta déficit
ponderoestrutural. .
OBS:    a  sx.  De  Fanconi  é  o  famoso  “  rim  do  Mieloma”
OBS: paciente NÃO é diabético, mas é portadora de TTO: espironolactona.
glicosúria renal, que NÃO aumenta o risco para
diabetes.

ACIDOSE TUBULARRES RENAIS – ATR


*TIPO I: *TIPO II: *TIPO IV:
ocorre no túbulo COLETOR – incapacidade de ocorre no túbulo PROXIMAL pela ↓ da SX. Do HIPOALDOSTERONISMO, mas
secretar de H+, urina alcalina e leva a ↓ K ( aumenta reabsorção de HCO3 ( O HCO3 não é sem doença de ADDISON= PACIENTE C/
sua excreção)= reabsorvido, ocorre uma bicarbonatúria e ↓ ACIDOSE LEVE, HIPERCALEMIA ( ↑ k ) e
PACIENTE C/ ACIDOSE METABÓLICA hipercloremica K.)= NEFROPATIA PERDEDORA DE SAL.
com anion- gap +( normal) E URINA ALCALINA. PACIENTE C/ ACIDOSE METABÓLICA (
hipercloremica) com anion gap normal E - Tratamento: fludrocortisona e
- Tratamento: citrato de potássio ( dose baixa) URINA ÁCIDA. furosemida

133
OBS: valor do anion-gap normal: 8-12 mEq/L - Marcador p/ diagnóstico: excreção
OBS: acidose metabólica decorrente da perda de fracionada de bicarbonato.
HCO3 e retenção de H+, deve ser compensada com - Tratamento: citrato de potássio dose alta.
aumento do cloreto, que resulta em um anion gap
normal e acidose hiperclorêmica!)

SÍNDROMES VASCULARES RENAIS:

ESTENOSE UNILATERAL ETIOLOGIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


DA ARTERIA RENAL
é* HIPERTESÃO * ATEROSCLEROSE (90%) OBS: - cintilografia com *IECA e ARAII: assim não
RENOVASCULAR- HRV - + comum em IDOSO Considere HRV sempre captopril deixa converter
Estenose da artéria renal é - ambos sexos que tiver isto no angiotensina I em II e
o estreitamento da luz do - ocorre oclusão enunciado: - ecodoppler da artéria assim não leva a
vaso que leva a PROXIMAL da art. Renal - hipertensão GRAVE e renal ( é mais sensível que vasoconstricção e ↑ da PA.
hipoperfusão em um dos - tende a evoluir com REFRATÁRIA e de inicio a cintilografia)
rins→ hipofluxo → atrofia recente - p/ pacientes jovens com
ativação de sistema - aterosclerose difusa, - angio-TC – PRESENÇA DE displasia fibromuscular o
RAA→ que leva a * DISPLASIA associada a SOPRO SOPRO na artéria renal tratamento de escolha é
vasoconstricção ( efeito da FIBROMUSCULAR ABDOMINAL angioplastia por balão-
angiotensina II) e retenção - + comum em JOVENS - assimetria renal na USG - angio- RM - OBS esta revascularização SEM
hidrosalina ( efeito da - sexo ♀ - alcalose metabólica + ↓ K CONTRAINDICADO o uso implantação de STENT
aldosterona) → ↑ PA. - oclusão da art. MÉDIO- na ausência de diuréticos de RM com GADOLÍNEO
DISTAL - edema agudo de em pacientes com OBS: o tratamento da
* a estenose da artéria - quase não evolui para repetição, apesar de nefropatia avançada, pelo ESTENOSE BILATERAL DAS
renal esta presente em 2- atrofia terapia anti-hipertensiva risco de induzir quadro de ARTERIAS RENAIS É:
4% dos hipertensos. OBS: fazer sempre adequada. FIBROSE SISTÊMICA REVASCULARIZAÇÃO .
diagnostico  ≠  com  arterite   PROGRESSIVA-
de Takayassu ( vasculite de esclerodermia por
grandes vasos também gadolíneo.
comum em ♀ jovens)-
para  ≠  fazer  prova  de   * PADRÃO-OURO:
atividades inflamatória ( arteriografia renal- só

134
VHS , Proteína C reativa) deve ser indicado em
seria (+) na arterite de casos de duvidas.
Takayassu)

x - Falência renal crônica progressiva


ESTENO BILATERAL DAS ARTERIAS RENAIS x - quase todos os casos são devidos a aterosclerose
x - perfil: paciente idoso, hipertenso, diabético, dislipidêmico
Quando PENSAR EM ESTENOSE BILATERAL DA ARTERIA RENAL:
x - grande sinal clinico: agudização de um quadro de INSUF. RENAL
CRÔNICO E FIBROSE INTERTICIAL com quadro urêmico, após utilizar IECA
ou ARAII ( pq piora o quadro!!!!).
x - Tratamento é REVASCULARIZAÇÃO

ATEROEMBOLISMO
x -INSUF.RENAL AGUDA +
Quando PENSAR EM ATEROEMBOLISMO :
x - o paciente fez CATETERISMO ARTERIAL NOS ULTIMOS DIAS!!

x - Doença causadas pela deposição de fibrilas no espaço extracelular de vários tecidos e órgãos.
x - causa de amiloidose PRIMÁRIO: idiopático e MIELOMA MULTIPLO
x - Principal causa de amiloidose SEUCUNDÁRIA: ARTRITE REUMATOIDE
x - ORGÃO mais acometido na primaria: RINS (80%)- manifestação de sx. Nefrotica ( proteinúria nefrotica) +
Hipoalbuminemia significativa com ANASARCA + acometimento cardíaco com disfunção diastólica; neuropatia periférica;
AMILOIDOSE:
equimoses cutânea ( ao redor dos olhos- olhos de guaxinim)
x - BIOPSIA RENAL: depósitos de amorfos em nível glomerular CORÁVEIS pelo VERMELHO DE CONGO! E na USG RENAL IRC
com rins de tamanho NORMAL ou AUMENTADO.

135
SÍNDROME URÊMICA-

INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

IRA CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA


DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
↓ da função renal em CRITÉRIOS DE AKIN: ≠  causa  PRÉ-RENAL da
Quadro de SX. URÊMICA: * IRA PRÉ-RENAL:
horas ou dias com: I: Alto risco de disfunção *↑ UREIA ( uremia):
RENAL INTRINSECA: Restaurar a PA
* ↓ TFG ( normal entre 90- Renal: anerexia, náuseas,
1) BIOQUIMICA URINÁRIA - interromper diuréticos
120 ml/min) - ↑ abrupto em 48 hrs da vômitos, cefaleia
e SEDIMENTO URINARIO: * IRA PÓS-RENAL:
* volume urinário ( < 0,5 Cr  ≥  0,3  ou  entre  1,5  a  2  x   - ENCEFALOPATIA
AZOTEMIA PRÉ-RENAL ( - desobstrução do trato
ml/kg/h por + 6 hrs); o valor basal URÊMICA: - confusão
causa pré-renal): urinário com nefrostomia
*retenção de escórias - DU < 0,5 ml/kg/hr > 6 hrs metal; mioclonias,
- fração excretória de percutânea
nitrogenadas ( Ur e Cr II- Lesão Renal : FLAPPING; hiper-reflexia;
Ureia < 35% *IRA INTRINSECA:
≥0,3  mg/dl  em  48  hrs  ou  ↑ - ↑ Cr entre 2 a 3 x valor sinal de BABINSKI
-é reversível a reposição - tratar a doença de base
1,5 a 2 vezes do seu valor basal e DU < 0,5 ml/kg/h volêmica.
bilateral e agitação
basal) >12 hrs - ↑ reabsorção de NA e
psicomotora. INDICAÇÃO DE DIALISE DE
* distúrbios III- Falência Renal: H2O
- Pericardite hemorrágica URGÊNCIA:
hidroeletroliticos. - ↑ Cr 3 x do valor basal OU - sangramento urêmico
- SODIO urinário < 20 - acidose metabólica
Cr sérica > 4 com aumento - fração excretória de NA grave refrataria
COMO AVALIAR A TFG? agudo de 0,5mg/dl DISTURBIOS < 1% - hipercalemia(↑k) grave
1) PADRÃO-OURO: HIDROELETROLITICOS:
- DU < 0,3 ml/kg/h OU - Osm urinário > 500 - hipervolemia grave
Clearance de INULINA: é anuria por 12 hrs.* HIPERVOLEMIA: - Cr urin/plasm > 40 refrataria ( HAS , edema
cara, difícil de medir e - HAS leve; - ureia plasm/Cr plasm pulmonar)
invasiva. CLASSIFICAÇÃO DE - Derrame Pleural >40 - encefalopatia,
2) Creatinina sérica: ACORDO COM DU ( débito - ascite e Edema periférico - tendo urina hemorragia, pericardite
variam de acordo com a urinário): - Edema agudo de Pulmão hiperconcentrada com - Sepse, choque com
massa muscular, sexo, *NÃO oligurica: DU > 400 * ACIDOSE METABÓLICA pouco NA e ureia. disfunção orgânica e NTA
raça; idade; ingesta de ml/dia com ANION GAP ELEVADO - Sedimento urinário: tipo
carne, dieta... * Oligúrica: DU < 400 * ↑ ACIDO ÚRICO acelular ou conter PROGNÓSTICO
3) Clearance de Creatinina * Anúrica: DU < 100 * diminui: ↓ SÓDIO ( Na) cilindros HIALINOS- - taxa de mortalidade
( depuração da creatinina e CALCIO ( Ca) Geralmente não tem entre 20-50%
na urina de 24hrs):é a + * aumenta: ↑ POTÁSSIO ( proteinúria, hematúria e - IRA PRÉ-RENAL: 10%
usada!!!: leva em k) FOSFATO ( P); nem leucocitúria. mortalidde
consideração a idade, peso MAGNÉSIO( Mg) presente de 20-30%- não - IRA RENAL: pode chegar

136
e sexo do paciente. ETIOLOGIA: OBS: o ↑ K leva a sendo necessários para 80% de mortalidade.
* CAUSA PRÉ-RENAL: alterações no ECG: onda T diag)
Formula de Cockcroft- - causa + comum 55%; em TENDA ( apiculada) SINAIS DE PIOR
Gault: exceto em pacientes com ↓ do intervalo Q-T e NTA ( lesão renal PROGNÓSTICO:
ClCr= (140-idade)x peso ÷ hospitalizados, assim nos casos mais graves intrínseca): - Oigúria na apresentação
creatinina plasm x 72 passa a ser a causa + ausência de onda P. - fração excretória de - ↑ creatinina > 3
comum a Intrínseca (NTA Se deve tratar a ureia > 50% (é o - Idosos
Multiplicar o resultado por por sepse). HIPERcalemia com parâmetro + importante - Pacientes com falência
0,85 se for do sexo ♀ - hipovolemia GLUCONATO de CALCIO- para  ≠  as  2  entidades) múltiplas dos órgãos.
- só pode ser usada esta - ↓ DC 1g IV em 2-3 min ( não -não responde a reposição
formula em pacientes com - vasoconstrictores renais: reduz o K sérico, mas volêmica; OBS: o uso de furosemida
função renal estável!!! noradrenalina, estabiliza eletricamente o -↑ a excreção de NA , H2O NÃO reduz a mortalidade
ergotamina; sx. miocárdio e evita arritmia) e ureia. na IRA.
OBS: não deve ser usado Hepatorrenal e ; glicoinsulina venosa; - SODIO urinário > 40
no caso de injuria renal - HIPOCALCEMIA ( ↓ Ca) nebulização  com  β-2 - fração excretória de NA * Qual é a principal causa
aguda ( com ↑ 50% do - IECA na estenose agonista; diuréticos alça, > 1% de IRA do recém –
valor basal em alguns dia bilateral de artérias renais bicarbonato de sódio - Osm urinária < 350 nascido?
ou anúria ou sintomas leva a hipoperfusão renal venoso , resinas de troca e - Cr urin/plasm < 20 Axfixia perinatal
urêmicos)- sendo assim a grave diálise. - ureia plasmática/
TFG por definição - AINES: impede que a OBS: a IRA quase sempre creatinina plasmática <20 SAIBA MAIS...
encontra-se prostaglandina dilate a cursa com ↑ K, exceto na - Urina diluída * Exemplos de ACIDOSE
maximamente reduzida- arteríola aferente. Necrose Tubular Aguda - sedimento urinário: com ANION GAP ↑:
< 10 – 20 ml/min. (NTA) NÃO oligurica pelo cilindros GRANULARES acidose lática;
* CAUSAS INTRÍNSECA uso de aminoglicosídeo, pigmentados cetoacidose; uremia;
OBS: a creatinina só ↑ - lesões glomerulares, irá cursar com ↓ K e Mg. intoxicação por salicilato;
após comprometimento tubulointersticiais e 2) EXAME DE IMAGEM: metanol.
de 50% da função renal, vasculares. OBS: na IRA a * principal exame: USG * ex. de acidose com
portanto ela não é um - OBS: a NTA isquêmica ( HIPOcalcemia é * BIOPSIA: indicada anion gap NORMAL:
marcador precoce de hipofluxo renal) ou geralmente assintomática, somente em casos de acidose metabólica
lesão renal!!!! nefrotoxica é responsável porque a acidose possui DÚVIDA, que já excluiu decorrente da perda HCO3
por 80-90% dos casos de um efeito protetor contra causas pré-renal e pós- ( ATR tipo II) ou retenção
OBS: o CONTRASTE IR intrínseca. tetânia. renal e não consegue de H+ ( ATR tipo I)- leva a
IODADO e OBS: a hiponatremia identificar causa uma acidose metabólica
RABDOMIOLISE, pode diluicional na IRA pode intrínseca. hipercloremica com anion

137
causar IR intrínseca com * CAUSAS PÓS-RENAL -5% levar a quadro de * RNM c/ contraste: gap normal.
FE de SÓDIO < 1% ( dos casos: convulsões . contraindicada ClCr <30
bioquímica compatível - obstrução mecânica no * esta CONTRAINDICADO
com IRA pré-renal) sistema coletor urinário. RNM com GADOLÍNEO em
- Hiperplasia Prostática pacientes com Cl. Cr < 30
OBS: quadro de ANÚRIA Benigna ( HPB) ml/min- risco de
SÚBITA pensar em - Neoplasias desenvolver FIBROSE
obstrução completa e SISTÊMICO NEFROGÊNICA
bilateral do trato urinário-
IRA PÓS-RENAL.

OBS: ANÚRIA
PERSISTENTE do RECÉM-
NASCIDO PRÉ-TERMO
ASFÍXICO pensar em IR.
AGUDA INSTRINSECA

INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

IRC CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO DIÁLISE


Anormalidade estrutural -o sinal + precoce da IRC Como  ≠  IRA  de  IRC? * Evitar a progressão da INDICAÇÕES:
ou funcional  ≥  3  meses  C/   é: NOCTÚRIA. CRÔNICO: doença: IRA ou IRC AGUDIZADA:
ou S/ ↓ TFG < 60 ml/min - presença de anemia; alt. 1- Controle da Glicemia, - realizar diálise de
OU ↓ da TFG com ou sem - ↓  TFG →↑ k ( POTÁSSIO) Ósseas obesidade; hiperlipidemia urgência na Sx. Urêmica
evidencias de danos renais e acumula ( FOSFATO)→ - ↑ PTH e interromper tabagismo aguda, caracterizada por
( microalbuminúria ou * ↑ P → estimula ↑ PTH e - sedimentos urinários ao menos 2 dos seguintes
albuminuria) inibe a formação renal do inativos ou com -2Restrição proteica na achados:
CALCITRIOL → ↓ VIT. D proteinuria e cilindros dieta: 0,6 a 0,75 g/kg- 1) HTA grave e refratária
FISIOPATOLOGIA renal e assim ↓ reabsorção GROSSEIROS. cuidado para não causar 2) EAP refratário
↓ progressiva da massa intestinal de CALCIO (↓ - USG:- desnutrição proteica. 3)↑ K > 6 mEq/L
renal com hipertrofia CALCIO) → * tamanho renal ↓ e 4) acidose metabólica
funcional e estrutural dos hipoparatireoidismo 2ª simétrico ( < 8,5 cm) e 3- Controle Pressórico: grave e refratária
nefrons remanescentes. * ACIDOSE METABÓLICA * Relação cortico/medular IECA ou BRA II 5) encefalopatia uremica,

138
OBS: nos estágios iniciais com ANION GAP ↑ ↓  ( perda da dissociação -Manter níveis pressóricos pericardite uremica ou
da IRC a TFG permanece OBS: um dos fatores que corticuossinusal) < 130 x 80 mmHg e em hemorragia uremica.
normal ou em estado de contribui p/ gênese da * hiperecogenicidade DM < 125 x 75 mmHg→ 6) choque ou sepse com
HIPERFILTRAÇÃO, devido a acidose metabólica na IRC cortical inibe a progressão da disfunção orgânica e NTA
resposta ao estimulo são os níveis ↑ PTH. lesão renal.
proteico aumentado. AGUDO: OBS: se creatinina for > 3 IRC NÃO AGUDIZADA:
* DISLIPIDEMIA: - sem anemia E sem mg/dl se deve suspender o 1) sinais e sintomas de Sx.
ETIOLOGIA: ↑ triglicerídeos e ↓ HDL osteodistrofia IECA, porque ele pode Urêmica com ClCr < 10 OU
*Principal causa no desencadear hipercalemia, 15 ml/min em situação de
MUNDO: DM- nefropatia *HAS ( 85% dos casos) - USG: rins de tamanho ↓ abrupta da TFG. DM, ICC e desnutrição.
DIABÉTICA. 2 anti-hipertensivos de NORMAL ( 9- 12 cm) e
* Principal causa no escolha pra previnem a Relação cortico/medular 4-manutenção da Principais Métodos
BRASIL: HAS- nefropatia evolução da lesão renal: preservada e proteinuria < 1,0 g/dia dialíticos:
HIPERTENSIVA IECA ou BRA II + diuréticos ecogenicidade preservada. * HEMODIÁLISE:
tiazidicos ( TFG > 30) ou * Tratamento da Acidose * DIÁLISE PERITONEAL
CLASSIFICAÇÃO de alça ( TFG < 30). Quais as causas de IRC Metabólica
0: fatores de risco (+): Manter níveis pressóricos com RIM de tamanho - Bicarbonato de Na
HAS; DM;; dislipidemia; < 130x 80 mmHg NORMAL ou O que deve suplementar
obesidade; idade > 60 AUMENTADO: * Tratamento da na DIETA do paciente com
anos; historia familiar; * ANEMIA NORMO- - amiloidose 1ª ( Osteodistrofia Renal IRC em HEMODIÁLISE?
tabagismo... NORMO: por ↓ da MIELOMA MULTIPLO) - Restrição de fosfato na Acido fólico
TFG normal produção de - DM dieta
1: Lesão renal com ERITROPOIETINA renal. - anemia falciforme - uso de quelante de Qual o método de diálise +
microalbuminúria (nl de - dça renal policística fosfato para TFG < 30 indicado para pacientes
30 a 300mg/dia) ou *SANGRAMENTO - nefropatia obstrutiva- ml/min: sais de Cálcio ( com INSTABILIDADE
albuminúria persistente. URÊMICO com Tempo de hidronefrose) carbonato de cálcio 2,5- 20 HEMODINÂMICA,
1: TFG  ≥  90  ml/min sangramento ↑ - nefropatia por HIV g/dia 3x /dia. hipercatabolismo e
2: TFG entre 89-60 ml/min - esclerodermia Evitar quelante como hipervolemia?
3: TFG 59-30 ml/min * PERICARDITE: febre, dor hidróxido de alumínio, Hemodiálise continua
4: TFG 29-15 ml/min → pleurítico, atrito Quais os principais fatores mesmo ele sendo mais
gravemente reduzida pericardico. envolvidos na efetivo e leva a intoxicação Qual é a VEIA DE ESCOLHA
5: TFG < 15 ml/min→ AGUDIZAÇÃO da IR? de pacientes com IRC, para acesso vascular
falência renal * NEUROROPATIA - depleção de volume demência, osteomalácia e central na hemodiálise?
P/ calcular a TFG: utilizar a URÊMICA: ( encefalopatia; - HTA acelerada ou NÃO anemia refrataria. jugular interna D

139
formula do ClCr: polineuropatia) controlada - calcitriol Qual complicação mais
ClCr= (140-idade)x peso ÷ - ITU comum na confecção de
creatinina plasm x 72 *ALT. GI ( náuseas, - uropatia obstrutiva com * Tratamento da anemia: uma fistula arteriovenosa
Multiplicar o resultado vômitos, anorexia; halito cálculos ou necrose de - reposição de Ferro ( deve para hemodiálise?
qdo for sexo ♀ por 0,85 urêmico) papila ser feita antes da Estenose do componente
- Drogas ( AINES; IECA; eritropoietina) venoso proximal.
* PADRÃO-OURO: * PALIDEZ CUTÂNEA; ouro, ATB, Lítio, - Eritropoetina
Clearance INULINA. equimoses, hematomas penicilamina) recombinante humana 50 Contraindicação
- radiocontraste a 100 U/Kg/sem ABSOLUTA da diálise
OBS: Quais são os *PRURITO URÊMICO ( - reativação da causa * manter a Hb alvo de 10- PERITONEAL?
MEDICAMENTOS NÃO melhora com a original 12 g/dl e Ht > 33% - Ausência da integridade
causadores de diálise!) OBS: pacientes tratados do diafragma.
HIPERCALEMIA ( ↑ k)? *Quando devemos com eritropoiéticos ↑ AVE - fibrose e obliteração da
- IECA * NEVE URÊMICA ( ↑ BIOPSIAR O RIM? e eventos cavidade abdominal por
- BRA II ( bloq. Dos concentração de ureia no - rins de tamanho próximo tromboembólicos. cirurgia prévia
receptores de suor, após evaporar fica do normal, onde outros - clearance peritoneal
angiotensina II) uma camada no pó na exames menos invasivos * Tratamento para inadequado
- ESPIRONOLACTONA pele.) NÃO definiram o sangramento uremico:
- AINES diagnostico ou na suspeita Desmopressima
*OSTEODISTROFIA RENAL: de causa potencialmente Qual agente etiológico de
Representada por: tratável. PREPARAÇÃO P/ TERAPIA um paciente que evolui
A) Osteíte fibrosa cística: DE SUBSTITUIÇÃO RENAL com PERITONITE em uso
(típica de hiperpara 2ª) : Indicada para estagio V ( de DIÁLISE PERITONEAL(
↑ dos osteoclastos com ↑ TFG < 15 ml/min), incidência de 20-80%)?
da reabsorção óssea e ↑ da devendo ser preparado a * S. coagulase negativo (
deposição de colágeno. partir do estagio IV ( TFG epidermidis)
↑ P → ↑ PTH e ↓ Calcitriol 20-25 ml/min) * S. aureus
e ↓ Ca. * o melhor método é o
RX: TRANSPLANTE RENAL, Qual ATB usar em uma
-crânio em “sal  e   mas a maioria dos PERITONITE 2ª À INSF.
pimenta” pacientes necessitam de RENAL?
- reabsorção subperiosteal diálise durante algum - Cefitriaxone e
das falanges da mão ( período ate o transplante. metronidazol.
achado + típico) - fazer coleta de cultura

140
- cistos ósseos e tumores
marrons de ossos longos-
OSTEOCLASTOMA
- coluna  “Rugger  Jersey”
- osteoporose e fraturas
patológica e dor óssea.
OBS: sítio ósseo que
apresenta > perda mineral
a porção distal do radio.
- Diagnóstico:
exames inicias: dosagem * Manifestações da SX.
de P; Ca e PTH URÊMICA que NÃO
Padrão-ouro: biopsia responde a DIÁLISE:
óssea. - anemia
- osteodistrofia renal
B) Osteomalácia: - distúrbios do CÁCIO e
Causada por: FOSFATO
*↓ VIT. D →  ↓ Ca e ↓ P e - prurido urêmico
↑ FA - dislipdemia
* toxidade de alumínio: é - hipercatabolismo com
um quelante do P ( leva a desnutrição
↓ P) proteicocalórica
RX: - depressão imunológica
- osteopenia generalizada com predisposição a
- adelgaçamento do córtex infecções.
linhas de pseudofraturas - aterosclerose acelerada
(zonas de Looser)
principalmente no fêmur e
quadril.

C) Doença óssea
Adinâmica: típico de
paciente com IRC
avançada que recebe

141
tratamento adequado,
mantendo seu PTH
normal, mas com o
hiperparatireoidismo
controlado a tendência é
que a uremia afete o
tecido ósseo reduzindo
seu metabolismo.

142
SINDROMES FEBRIS

DENGUE EPIDEMIO- FISIOPATO CLINICA DIAGNOSTICO TRATAMENTO


- É a mais importante - 1ª caso documentado DENGUE CLASSICA EXAMES INESPECIFICOS - NOTIFICAR TODOS OS
ARBOVIROSE do planeta clinico laboratorialmente - febre↑, inicio abrupto - hemograma completo e CASOS SUSPEITOS DE
no BRA foi 1981. - cefaleia, mialgia, dosagem de albumina DENGUE!
- AGENTE CAUSADOR: artralgia, anorexia, dor - CASOS GRAVE DE
arbovirus, do gênero - 1ª EPIDEMIA: 1986 no RJ retro-orbital, náuseas, EXAMES ESPECIFICOS DENGUE É NOTIFICADO
FLAVIVIRUS vômitos -1ª SEMANA: -isolamento DENTRO DE 24 HRS.
4 sorotipos: DEN 1, 2, 3, 4. - REGIAO + AFETADA: - exantema: tipo maculo- viral (PADRAO –OURO) CLASSIFICAÇAO DE RISCO
* + freq: DEN 1 SUDESTE papular na face, tronco, coleta de sangue nos 1ª 5 GUPO A:
* + grave: DEN 2 - Índices de infestação não ocorre em muitos casos no dias - sem alteração
devem ser superior a 1% 1ª dia da doença. - antígeno NS1 - prova de laço –
- AGENTE TRASMISSOR para prevenção da - prurido ( nos 1ª 3 dias- marcador - ausência de hemorragias
(VETOR): FÊMIA do dengue, de 5% já - pode ter petequias, da infecção aguda ativa) e comorbidade
mosquito AEDES AEGYPTI ( previnem as epidemias de epistaxis, gengivo e - TTO: AMBULATOREAL
Tb transmite a febre febre amarela. metrorragia- - APÓS 6ª DIA: - *volume de liquido (80ml/
amarela urbana) manifestações SOROLOGIA PARA kg/ dia VO (1/3 SRO + 2/3
- PERIODO DE VIREMIA no A pessoa pode ter ate 4 hemorrágicas. DENGUE – MAC- ELISA liquido)
homem: 1 dia antes da dengues da vida, cada vez - duração: 5 a 7 dias. (IgM)- método de escolha *ANTITERMICO: dipirona e
febre, até o 6ª dia da com um sorotipo OBS: nas crianças o inicio na rotina. ( permanecem paracetamol
doença. Este é o período diferente. da doença pode passar elevados ate 30-90 dias) * ANTIEMETICO: plasil ou
de transmissibilidade da A infecção por um desapercebido e as bromoprida
doença intrínseca no ser sorotipo confere manifestações da dengue QUANDO SOLICITAR * ANTIPRURIGINOSO:
humano, onde a imunidade ao sorotipo aparecem já como EXAME? dexclorfeniramina,
transmissão do ser especifico e adquire quadros graves. -período NÃO epidêmico: loratadina
humano para o mosquito imunidade cruzada para TODOS os pacientes *ASS é CONTRAINDICADO
ocorre quando houver a TEMPORARIA para os LABORATORIO: suspeitos!!
presença do vírus no demais sorotipos. - LEUCOPENIA com - período epidêmico: para GRUPO B:
sangue humano, chamado LINFOCITOSE grupo B, C, D, ou seja - Prioridade não urgente
período de viremia. FEBRE HEMORRAGICA DA - ↓ plaquetas leve (> casos graves, duvidosos, - ausência de sinais de
DENGUE: 100.000) situações especiais ( alarme
-HOSPEDEIRO: homem Infecções sequenciais por - ↑ TGO lactantes, gestante e - prova de laço +
(principal) e mosquito. diferentes sorotipos de portadores de - paciente com

143
- HABITO DO MOSQUITO: vírus da dengue, após um CASOS CONFIRMADOS da comorbidades) comorbidade, gestante, <
diurno e vespertino período de 3 m a 5 anos. dengue clássica: Grupo B: homograma 2 anos, > 65 anos
* A reintrodução do Será confirmado completo é obrigatório -TTO:- deixar o paciente
sorotipo 4 em 2010 no laboratorialmente ou Grupo C e D: hemograma em OBSERVAÇÃO :
Brasil é uma preocupação durante uma epidemia completo e sorologia/ HIDRATA e pede
** de acordo ao MS a devido a susceptibilidade pode ser confirmado isolamento viral é HEMATOCRITO
DENGUE e a FEBRE da população ao sorotipo através de critérios clinico obrigatório. - ↑10% do hematocrito(
AMARELA são doenças 4 e ao > risco de epidemiológico. C>38%, M>44%, H>50%) =
RE- EMERGENTE, e tem desenvolver complicações TTO: supervisionado oral
preocupado as com a febre hemorrágica (80ml/kg/dia, sendo 1/3
autoridades devido ao da dengue. FEBRE HEMORRAGICA DA de SRO) ou parenteral ( SF
risco potencial de ** crianças com menos de DENGUE ou RINGER LACTATO
reurbanização da febre 1 ano de idade podem Presença obrigatória de OBS: 40ml/kg em 4 horas.)
amarela, relacionada ao adquirir passivamente HEMOCONCENTRAÇÃO ( + -paciente em uso de ASS e - hematocrito normal=
vetor da dengue. anticorpos antidengue da importante) E CLOPIDOGREL – indica tratar igual grupo A
mãe durante a gestação e, PAQUETOPENIA transfusão de plaquetas
NÃO EXISTE VACINAS OU uma infecção primaria - agravamento do quadro - paciente em uso de ** surgimento de sinais de
DROGAS ANTIVIRAIS pelo mesmo vírus , pode no 3ª, 4ª dia, com WARFARIN com alarme, ou ↑ hematocrito
CONTRA DENGUE! produzir a forma desaparecimento da febre sangramento grave- indica mesmo com hidratação
O ÚNICO PONTO hemorragia da doença. e com manifestações administração de plasma adequada ou paciente
VULNERAVEL NA CADEIA OBS: nas crianças a forma hemorrágicas e colapso fresco congelado. com PLAQUETOPENIA <
EPIDEMIOLOGICA É O hemorrágica (grave) circulatório→ choque ( ↑ 20.000= INTERNAÇAO.
MOSQUITO! ocorreria pelo mesmo da permeabilidade capilar
sorotipo que infectou a e hemoconcentração e GRUPO C
mãe e NÃO a um NOVO falência circulatória) - urgência, atendimento o
sorotipo como ocorre no mais rápido possível
adulto. CONFIRMAÇÃO DE FHD: SINAIS DE ALARME:
- ↑  20%   HEMATOCRITO a) dor abd. Intensa
ou sua ↓ de 20% após o tto b) vômitos persistente
- ↓ PLAQUETAS < 100.000 c) hipo tensão postural
- LEUCOPENIA d) hepatomegalia
- PROVA DO LAÇO + e) sangra// de mucosa
- presença de DERRAME f) somolencia ou irritabili//
PLEURAL, ASCITE, g) ↓ diureses<1,5ml/kg/h

144
HIPOPROTEINEMIA. h) hipotermia
- febre com duração de 7 i) ↑ hematocrito
dias j) ↓plaquetas
l) desconforto resp
PROVA DE LAÇO: -TTO:- INTERNAÇÃO min
- obrigatória em TODOS os 48 hrs
pacientes *fase de expansão:
- avalia a FRAGILIDADE 20ml/kg/ em 2 hras IV com
CAPILAR SF ou RL
- A prova é realizada com - reavaliação do
esfignomanometro. hematocrito
- ▀ 2,5 x2,5 * dose de manutenção:
- ADULTO 5 min: 20 ou + 25ml/kg/ em 6 hras
petequias. -se melhora 25ml/kg/ cada
-CRIANÇA 3 min: 10 ou + 8 hras sendo 1/3 de SF e
2/3 de glicosado
DENGUE COMPLICADA - se NÃO melhorar
Todo caso que evolui para conduzir ao grupo D.
forma grave, mas NÃO
apresenta TODOS os GRUPO D
critérios de FHD SINAIS DE CHOQUE:
- alt. Neurológica hipotensão, pulso fino e
- disf. Cardiorrespiratória rápido, enchimento capilar
- insf. Hepática lento, extremidades frias,
- hemorragia digestiva cianose.
- derrame cavitario - TTO: UTI
- paquetas < 20.000 * fase de expansão
- leucopenia < 1000 rápida:
20ml/kg passar em 20 min
OBS: A principal de morte IV, pode repetir ate 3 X
se deve a - reavaliar hematocrito em
homoconcentração e 2 horas
CHOQUE HIPOVOLÊMICO. - se melhorar, fazer a fase
de expansão do GRUPO C.

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FEBRE AMARELA EPIDEMIOLOGIA CLINICA DIAGNOSTICO TRATAMENTO
Doença do interior do FA URBANA: - assintomáticas 90% ALTERAÇAO NOTIFICAÇÃO
pais. - NÃO existe FA URBANA - formas grave 10% = LABORATOREAL: COMPULSORIA
- AGENTE CAUSADOR: no BRASIL desde 1942!!! TRIADE DE DISFUNÇÃO - só nas formas graves
arbovirus da família - mas mesmo assim o risco HEPATORRENAL: - TRATAMENTO DE
FLAVIVIRUS de reurbanização da 1- ICTERICIA DIAGNOSTICO: SUPORTE
doença existe. 2- OLIGURIA - apartir 6ª dia= MAC
- AGENTE TRANSMISSOR: HOSPEDEIRO: Homem 3-HEMATEMESE ELISA IgM PREVENÇÃO:
FA URBANA: aedes * LETALIDADE ALTISSIMA - vacina aos 9 meses e
aegypti FA SILVESTRE: 50% depois de 10 em 10 anos
FA SILVESTRE: - ativa nas zonas tropicais 1ª FASE – período de FISIOPATOLOGIA: para todos moradores de
haemagogus janthinomys - Homens com + de 15 infecção( VIREMIA): - A DOENÇA confere área endêmica, ou
anos que entraram na Febre, cefaleia de inicio IMUNIDADE ATIVA turistas, caminhoneiros, ,
- RESERVATORIO: mata abrupto, náuseas, NATURAL garimpeiros.
mosquito - não vacinados q residem vômitos, epistaxe, icterícia - a VACINA confere
próximos aos ambientes - SINAL DE FAGET: IMUNIDADE ATIVA - Fazer 10 dias antes a
- PERIODO DE VIREMIA: 1 silvestres. desproporção PULSO/ T® ARTIFICIAL vacina se for viajar para
dia antes do inicio dos - turistas 2ª FASE- período - LACTANTES ATE 6 MESES áreas endêmicas.
sintomas ate 3ª , 4ª dia da - Em intervalos cíclicos de toxemico: TEM IMUNIDADE PASSIVA - nas epidemias
doença. 5 a 7 anos, a FA silvestre Formas + graves: NATURAL de mães recomenda-se a vacinação
pode aparecer em surtos, reaparecimento da febre, imunes. acima de 6 meses.
- PERIODO DE consequentes a epidemias diarreia, vômitos ( borra
INCUBAÇAO NO HOMEM: em macacos de café) **Manifestações
3- 6 dias. HOSPEDEIRO- macaco - insuficiência hemorrágicas são + freq.
hepatorrenal ( icterícia, Na febre amarela.
- ocorre + nos meses de - > frequência da doença é oliguria, anuria,
janeiro a abril!. nos meses de janeiro a albuminuria, hemorrgias)
abril. - prostração
O acometimento - desidratação
epidemiológico mais - morte no 6ª -7ª dia do
relevante em relação a FA inicio dos sintomas,
no Brasil é o ↑ da área de raramente após 10 dias,
transição em direção a quando parte dos doentes
costa atlântica. evoluem para cura .

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MALARIA EPIDEMIOLOGIA FISIOPATOLOGIA CLINICA E DIAGNOSTICO TRATAMENTO
É uma doença febril Região de > risco no BRA? - no homem tem 2 ciclos : P. VIVAX e FALCIPARUM= - NOTIFICAÇÃO
aguda, causada por um Região NORTE 99%- 1- hepático FEBRE TERÇÃ ( 2 dias sem COMPULSORIA
PROTOZOARIO do gênero Amazonas, Amapá, Acre, 2- eritrocitário febre e no 3ª dia com
Plasmodium e é Roraima, Rondônia, Pará febre, mais 2 dias sem VIVAX= cloroquina +
transmitida por um - Onde ocorrem as fases febre e no 3ª dia sem PRIMAquina ( contra-
mosquito. - transmissão através da do ciclo evolutivo? febre...) indicada em grávidas,
picada da FÊMEA do * CICLO ASSEXUADO: No P. MALARIE= FEBRE devido ao risco de
- AGENTE CAUSADOR: mosquito anopheles hepatocito humano ( QUARTÃ (cada 72 hrs) → homolise)
- P.VIVAX (+ comum 90%) - vetores são + abundantes ocorre a 1ª multiplicação pode ocorrer SX. Nefrotica
- P.FALCIPARUM ( + grave nos horários no homem) e hemácias ( nefropatia) FACIPARUM= clindamicina
e + LETAL- porque tem crepusculares (ao OBS: os gametas são - FEBRE ALTA (± 40°), + artesunato
capacidade de invadir entardecer e ao formados no homem e calafrios, sudorese
hemácias de qualquer amanhecer) ingeridos pelo mosquito. profunda, cefaleia que PREVENÇÃO:
idade) * CICLO SEXUADO: no ocorrem em padrões ** NÃO existe vacina com
- P.MALARIE ( pode causar O P.VVAX e P. OVALE, são mosquito cíclicos + ANEMIA resultados satisfatórios
nefropatia) capazes de formar os hemolítica (icterícia, **não se indica
hipnozoitas, que são esplenomegalia de quimioprofilaxia para
- AGENTE TRANSMISSOR- formas latentes no fígado ALTERAÇÕES GRAVE DA GRANDE MONTA) viajantes em território
VETOR: mosquito- e responsáveis pela MALARIA ? - hipoglicemia nacional, exceto se o
Anopheles Darlingi, RECAIDAS TARDIAS. - malária cerebral - hiperlactato= acidose viajante for pra região de
infectada pelo plasmodiun - hipoglicemia lacta alto risco de FALCIPARUM
* vetores da malaria são MALÁRIA CRÔNICA ou - acidose lática DIAGNOSTICO: na Amazônia, 1 semana
conhecidos como: INFECÇÃO RECORRENTE ? - edema pulmonar não - parasitológico= GOTA antes, ate 4 semanas após
carapanã; muriçoca; - caracterizada por cardiogênico ESPESSA abandonar a área de risco.
sovela; mosquito prego e esplenomegalia de - insf. Renal SINAIS DE MAL (MEFLOQUINA)
bicudo. GRANDE MONTA - disfunção hepática PROGNOSTICO : * Medidas como uso de
- hipergamaglobulinemia Prostração, alt. Da repelentes, roupas
- RESERVATORIO: homem com inversão do padrão consciência, dispneia, compridas e mosquiteiro;
exclusivamente. albumina/ globulina e hiperventilação, devem ser recomendadas
pancitopenia. convulsão, hipotensão e a todos viajantes para
choque, oliguria, áreas de alto risco.
hemorragia, icterícia,
hiperpirexia.

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LEISHMANIOSE VESCERAL EPIDEMIOLOGIA CLINICA DIAGNOSTICO TRATAMENTO
– CÃO
* Leishmaniose visceral * CRIANÇAS DA ZONA Infecção assintomática ( > - PARASITOLOGICO- NOTIFICAÇÃO
ou CALAZAR: quando o RURAL: A grande maioria parte) identificar o parasita ( COMPULSORIA
parasita invade o sistema acontece em < 10 anos . Não tem manifestações forma amastigota) ( é o + Cães com LV tem que ser
reticuloendotelial. Até os 5 anos em ambos clinicas, mas o diagnostico UTILIZADO, e de ESCOLHA notificado e sacrificado!
os sexos, e a partir dessa sorológico e para forma visceral! ) :
- AGENTE CAUSADOR da idade predomina sexo intradermorreação de - aspirado da Medula - ANTIMONIAL
visceral: protozoários do masculino. MONTENEGRO é + → NÃO óssea - MIELOGRAMA ( + PENTAVALENTE : é a
gênero leishmania- L. - doença GRAVE, que não deve ser NOTIFICADO e USADO) droga de escolha, mas não
CHAGASI. tratada evolui pra óbito NÃO deve receber TTO - punção esplênica - é o + é a melhor ( lembrar da
em mais de 90% dos especifico. SENSÍVEL, porem da toxidade cardíaca) x 20
- AGENTE TRANSMISSOR pacientes. muitas complicações! dias.
ou VETOR: flebotomineos - no BRA a LV é uma SINTOMÁTICO:
( mosquito palha e doença endêmica, - Febre PROLONGADA em - METODO SOROLOGICO- - ANFOTERICINA B- x 14 a
birigui)- Lutzomyia principalmente no picos , mal-estar, anorexia, pesquisa de anticorpos 20 dias: é a melhor droga,
longipalpis e a Lutzomyia nordeste. perda ponderal, petequias contra leishmania, através: mas só ta indicado para:
cruzi. ( pela plaquetopenia) imunofluorescencia * gestantes
* tem atividade PERIODO DE INCUBAÇÃO: - micropoliadenopatia indireta ou * transplantados
CREPUSCULAR e Homem: 10 dias a 24 generalizada ( predomínio ( ELISA rK39) (↓específicos * HIV +
NOTURNA. MESES cervical) e ↑sensibilidade) * Insf. Renal
* não ocorre transmissão Cão:3 meses a vários anos - ↑↑↑↑↑↑↑ * casos graves :
direta, pessoa-pessoa! explenomegalia- de TESTE DE MONTENEGRO ( < 6 meses e > 65 anos
* As crianças e GRANDE MONTA! teste da hipersensibilidade Desnutrição grave
- RESERVATORIO imunocomprometidos são - hepatomegalia tardia) Comorbidade
* área urbana: CÃO + suscetível ao - resultado POSITIVO para Icterícia e hemorragia
* área silvestre: RAPOSAS desenvolvimento da OBS: criança com febre + infecção assintomáticas e Anasarca
e MARSUPIAIS doença clinica. desnutrição + nas formas CUTÂNEAS da Toxemia
esplenomegalia de grande Leishmaniose.
OBS: LV pode ser uma monta→ pensar em - resultado NEGATIVO A droga mais usada é a
infecção oportunista nos CALAZAR! para forma deoxicolato de
pacientes com HIV, clássica de leishmaniose anfotericina B, mas para
* Leishmaniose geralmente com contagem LABORATORIO: VISCERAL (CALAZAR); - o transplantados, IR,
tegumentar: infecção que CD4 + baixa (<200). -PANCITOPENIA resultado geralmente será historia de toxidade ao

148
se limita a pele, ou O MS recomenda que seja * anemia normo- normo ( negativo devido a ↓ deoxicolato, usar a
compromete a mucosa oferecida sorologia pra ↓ Hb) imunidade celular, anfotericina B lipossomal
nasal , orofaríngea. Ulcera HIV em todos os pacientes * plaquetopenia costuma de positivar entre ( tem < toxidade).
com bordas bem definidas com diagnostico de * leucopenia c/ 6 meses a 3 anos após o
e fundo necrótico. DIAG: leishimaniose. neutropenia E TTO, com o *causa ↓Mg e ↓ K
identificação dos LINFOCITOS ↑↑ estabelecimento da
amastigotas no tecido ( CURIOSIDADES: * hipergamaglubulinemia imunidade.
exame direto) ou Quais outras Patologias c/ inversão do padrão OBS: por isso com um
crescimento em cultura de que cursam com albumina/globulina teste + na ausência de
promastigotas ( esplenomegalia? * transminases nl ou ↑ manifestações clinicas,
indireto).Teste de M- malaria * ↑ VHS e PCR NÃO indica necessidade de
Montenegro será (+). E- esquitosomose TTO.
GA- gaucher COMPLICAÇÕES
L- leishmaniose visceral - OMA
IA- neoplasia hematológica - piodermites
- ITU
- Infecção respiratória
LEPTOSPIROSE – RATO EPIDEMIO- FISIOPATO CLINICA DIAGNOSTICO TRATAMENTO
É uma doença aguda - + nos climas tropicais, no FORMA ANICTERICA QUAL O PRINCIPAL ALVO NOTIFICAÇÃO
febril, por uma Brasil a doença é - 90% dos casos são na DA DOENÇA: COMPLUSORIA
esqiroqueta que tem o endêmica e torna-se forma anictérica e auto- Endotélio vascular
rato como reservatório. epidêmicas em períodos limitada. LEVE/ PROFILAXIA:
* ARDE ESTE CONCEITO: É chuvosos. - sintomas semelhantes a SUGESTIVOS: - Doxicilina ou
uma doença generalizada - acomete + sexo ♂( 29-49 GRIPE. - IRA com HIPOCALEMIA - amoxilina x 5 a 7 dias.
e sistêmica, traduzida por anos) - FEBRE ↑+ SUFUSÃO - ↑ CPK OBS: a doxicilina não deve
VASCULITE INFECCIOSA. - + na região SUDESTE- SP CONJUNTIVAL + - ↑ BD ser usada em crianças < 9
QUAIS SÃO AS CEFALEIA+ DOR NAS - leucocitose anos, gravidez e
- AGENTE CAUSADOR: ALTERAÇÕES RENAIS? PANTURRILHAS ( mialgia) portadores de nefropatias.
Leptospira interrogans ( - Nefrite intersticial ESPECIFICOS:
espiroqueta) aguda, e lesão no túbulo FORMA ÍCTERO- - Isolamento da bactéria GRAVE:
contorcido proximal que HEMORRAGICO Leptospira, através: - penicilina G cristalina por
- RESERVATORIO: Rins dos causa ↑ da excreção de NA - após 4 a 9 dias, aparece * sangue e liquor ( nos mínimo 7 dias, 1.5 milhões
ratos e o homem é um e K ( HIPOCALEMIA) , icterícia rubinica e primeiros 10 dias) IV 6/6 h.
reservatório acidental. oliguria. disfunção renal → * urina ( a partir da 2ª - diálise para Insf. Renal

149
ALTERAÇÃO PULMONAR: SX. DE WEIL= icterícia + semana)
COMO OCORRE O Causa hemorragia disfunção renal aguda OBS: não existe vacina
CONTATO? pulmonar maciça, é a com hipocalemia + - Métodos sorológicos:
Durante as enchentes, ou causa + comum de morte! diátese hemorrágica( - MICROAGLUTINAÇÃO- (
contato com lixo, esgoto ALTERAÇÃO NO FIGADO: hemorragia pulomonar). MAT): títulos 1:400 ou
contaminado com urina Icterícia rubinica intensa - 1:800 confirma o
dos ratos. A água é o tom alaranjado na pele (↑ PRINCIPAL MECANISMO diagnostico. O teste é
principal veiculo para BD) , não ocorre necrose DE LESÃO LEPTOSPIROSE? realizado a partir da 2ª
transmissão. hepatocelular, as Vasculite infecciosa, semana no inicio dos
aminotrasferases são secundaria a infecção sintomas ( PADRÃO-
PERIODO DE INCUBAÇÃO: pouco alteradas, o que sistêmica. OURO)
Ate 4 semanas diferencia da hepatite viral - TESTE ELISA – IgM
e febre amarela.

HANTAVIROSE EPIDEMIOLOGIA CLINICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


É uma doença emergente - Região Sul; Sudeste e OBS: no BRASIL só - Sorologia em IgM ELISA NOTIFICAÇÃO
que se manifesta desde a Centro-oeste, são encontra a forma ou identificação de COMPULSÓRIA
forma febril aguda, ate registrados os maiores cardiopulmonar ( SCPH): antígeno especifico de - tratamento de SUPORTE,
quadros pulmonares e números de casos; a - fase de sintomas hantavírus ou PCR. não há tratamento
cardiovasculares . metade residem em áreas inespecíficos que dura 3-4 especifico.
AGENTE CAUSADOR: vírus rurais, relaciona com dias: febre, mialgia, mal LABORATÓRIO:
Hantavirus- Bunyaviridae. atividades agrícola e do estar, sintomas GI, e dor -↑ do hematocrito; ↓ FISIOPATOLOGIA:
sexo ♂. abdominal. plaquetas, leucocitose O hantavírus infecta a
RESERVATÓRIO: roedores - taxa de letalidade: 46,5% - fase cardiopulmonar: células endoteliais,
silvestres. São eliminados insf. Respiratória e choque MECANISMO DE determina uma capilarite,
pela urina, saliva e fezes. circulatório ( ↓ DC + ↑ da TRANSMISSÃO: através de com extravasamento de
permeabilidade vascular inalação de partículas de liquido para os alvéolos,
- fase diurética com aerosol contaminada com leva a EDEMA PULMONAR
eliminação de líquidos fezes, saliva ou urina de não cardiogênico,
acumulados. roedores silvestres, alem podendo evoluir para
- fase de cavalescencia do contato direto com SARA
este detritos

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FEBRE TIFOIDE EPIDEMIO- FISIOPATO CLINICA DIAGNOSTICO TRATAMENTO
Doença sistêmica febril PERIODO DE INCUBAÇÃO: FASE BACTEREMICA 7-10 -PADRÃO-OURO: NOTIFICAÇAO
causada pela bactéria 3 a 21 dias dias- MIELOCULTURA – cultura COMPULSORIA
Salmonella tyhi e paratyhi - esta relacionado com as * febre (75% dos casos) da medula- óssea( +
condições de saneamento * Sinal de FAGET: sensível 90%) ATB: CIPROFLOXACINA
-AGENTE CAUSADOR: básico. dissociação pulso / T® em - HEMOCULTURA- ate 2ª por 10 dias ou
Salmonella tyhi e paratyhi < 50% dos casos semana CEFTRIAXONE
HOSPEDEIRO: homem * confusão mental - COPROCULTURA ( a
TRANSMISSÃO: fecal – 2ª SEMANA partir da 2ª semana) OBS: Ministério da Saúde
oral, através de água e OBS: PROTADOR * Hepato esplenomegalia - BIOPSIA DE PELE usa como 1ª linha o :
alimentos contaminados ( CRONICO DE FT: ocorre * roseola tifica no abdome - BIOPSIA DA PLACA DE CLORAFENICOL X 10-14
leite e seus derivados, cerca 1 a 5%, e tórax PAYER dias.
ostras, moluscos, Mais comum em 3ª SEMANA - IMUNOLOGICO * casos graves: associar a
mexilhões.) MULHERES IDOSAS * eliminar a bactéria pela dexametasona.
Elimina bactérias nas fezes bile→ intestino e fezes (
e na urina, mas NÃO contamina outra pessoa PROFILAXIA:
adoece mais. Geralmente através das fezes na 3ª * VACINA
tem alteração da veicula semana. - pessoas sujeitas a
biliar. 7 dias após o * ou a bactéria pode voltar exposição excepcional,
tratamento se deve a recircular no corpo, como trabalhadores q
coletar 3 coproculturas inicio da DOR abdominal , entram em contato com
com intervalo de 1 mês se complicando de 10 a esgoto
entre elas. Caso positivo 15% com → perfuração - para viajantes de áreas
deve ser tratado intestinal ( Sinal de de alta endemicidade
novamente, agora com JOBERT +) ou sangramento - área de incidência ↑
uma quinolona. digestivo. * MEDIDAS SANITARIAS e
TTO: ATB x 4 semanas + PESSOAIS.
colecistectomia.

151
DOENÇA DE LYME CLÍNICA TRATAMENTO
AGENTE CAUSADOR: Borrelia 3 estágios clínicos da doença: - DOXICILINA
Burdgorferi. * estagio 1- infecção localizada: ERITEMA MIGRATÓRIO
* estagio 2- infec. disseminada: anormalidades neurológicas ou
RESERVATÓRIO cardíacas
carrapato da espécie Ixodes * estagio 3- infec. persistente: ARTRITE ( 60% dos pacientes): artrite
scapularis. com episódio intermitente, principalmente de GRANDES
TRANSMISSÃO - VETOR: mordida articulações .
do carrapato, com saliva
infectado. OBS:
SX. FEBRIL + ARTRITE
PERIODO DE INCUBAÇÃO: 3 a 32
dias

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SÍNDROMES ICTÉRICAS → ( bilirrubina total normal ate 1,2 mg/dl)- clinica aparece quando Bilirrubina > 2,5-3 mg/dl

↑ da BILIRRUBINA INDIRETA ( normal ate 0,9 mg/dl) ↑ da BILIRRUBINA DIRETA ( normal ate 0,3 mg/dl)
CAUSAS: CAUSAS:
1) HEMÓLISE ( superprodução de BI) * ↑ da BD isolada → Distúrbios do metabolismo do bilirrubina ( SX.
2) ↓ da CAPTAÇÃO da BI pelo fígado → * medicamentos ( De Dubin-Johnson e Rotor)
rinfampicina, probenecida)
* jejum prolongado * ↑ da BD + teste hepáticos alterados → ↑ TGP/TGO > 300 = LESÃO
* ICC, shunt porto-ssistêmico HEPATOCELULAR
3) ↓ da CONJUGAÇÃO da BI pelo Fígado → * Distúrbios do → ↑ FA > 4x do seu valor normal
metabolismo da bilirrubina ( SX. De Gilbert e Crigler-Najjar) e GGT ( 5- nucleotidase) = SX. COLESTATICA
* imaturidade do sistema
de conjugação ( recém-nascidos)

↑ da BILIRRUBINA DIRETA

LESÃO HEPATOCELULAR

1- HEPATITES VIRAIS
x - ↑ BD
x - transminases > 1.000 - > 10 x do valor normal( TGP > TGO)
x OBS: TGP (ALT) é mais especifica do fígado e já a TGO (AST) pode ser encontrada no miocárdio, músculo e cérebro.
x - Padrão- histopatológico ( biopsia): padrão PERIPORTAL com infiltração MONONUCLEAR de linfócitos.
x - FASE PRODRÔMICA ( dura dias de 2 a 7 dias): febre, mal estar, mialgias, artralgias, náuseas, vômitos
x - FASE ICTÉRICA ( dura semanas 2 a 6 semanas) : ↓ dos sintomas inespecíficos e ↑ da icterícia ( OBS: a icterícia esta
presente em apenas 30% dos casos); coluria, acolia fecal; dor em HD.
x - FASE DE CONVALESCÊNCIA ( dura de 2 a 12 semanas): regressão clinico laboratorial.
x - sinal de mau prognostico na hepatite viral aguda é o alargamento do tempo de protrombina

153
HEPATITE A HEPATITE B
- vírus RNA - é o único que é vírus DNA
- período de incubação: 4 semanas ( 5 a 45 dias) - período de incubação : 8 a 12 semanas ( 30 dias a 6 meses)
- transmissão: FECAL-ORAL - transmissão: SEXUAL, perinatal ( vertical) e percutânea.
- epidemiologia: baixo nível socioeconômico; no BRASIL - epidemiologia: alta endemicidade na região amazônica
mais de 90% dos adultos já tiveram hepatite A em algum O vírus B esta mais associado ao Câncer!.
momento da vida( anti-HVA IgG + ) - manifestações clinicas: 70% dos pacientes não desenvolvem a fase ictérica.
- idade: 5-14 anos - manifestações EXTRA-HEPATICAS:
- manifestação clinica: > parte são assintomáticos; na * Poliarterite Nodosa ( PAN)
maioria simula um gripe os sintomas são mais leves em * glomerulonefrite membranosa
crianças do que em adultos. Geralmente subclinica em * doença de Gianotti-Crosti
lactante. - DIAGNÓSTICO: marcadores sorológicos:
- OBS: tem relação com SX. COLESTATICA * HBS Ag (+)– 1ª marcador que aparece, ainda no período de incubação, antes dos
- DIAGNÓSTICO: anti-HVA IgM sintomas→ significa que o paciente TEM o VIRUS.
- período de contagio: 2 semanas antes e ate 1 a 2 * anti- HBC (+) → significa CONTATO com o vírus, já teve hepatite B ou ainda tem?
semanas do inicio da icterícia. - IgM: agudo- aparece junto com os sintomas e com o ↑ das
- NUNCA SE CRONIFICA!!! transminases.
- prognostico: excelente e não deixa sequelas. - IgG: crônica ou curada.
- prevenção: * isolamento dos pacientes: de 7 a 15 dias * Anti- HBC ( - ) : NUNCA teve contato c/ vírus.
após o surgimento da icterícia. OBS: o MS utiliza o marcador anti-HBC total como teste de triagem.
* lavar as mãos antes de preparar alimentos * anti- HBS → Aparece na fase de convalescência quando ocorre queda das
e troca de fraldas. transminases, e negativação do HBS Ag. Indica se já curou ou não?
- pofilaxia: Anti-HBS (+ ) isolado→ vacina
* PRÉ-EXPOSIÇÃO: Anti-HBS ( + ) e anti-HBC IgG (+ ) →  cura
< 1 ano: imunoglobulina ( Ig) OBS:
> 1 ano imunocompetente: vacina (2 doses) HBS Ag ( + ) x mais de 6 meses e anti- HBS ( - ) e ↑↑↑ de transminases é = hepatite
> 1 ano imunocomprometido: vacina + Ig crônica.
OBS: o MS só disponibiliza vacina e apenas para grupos HBS Ag ( + ) e anti- HBS ( + ) = erro de laboratório ou por escape
especiais. * HBeAg ( + ) → significa que o vírus esta na fase de REPLICAÇÃO VIRAL
* PÓS- EXPOSIÇÃO: Ig ate 14 dias após inicio dos sintomas - Método mais sensível: HBV-DNA
para < 1 ano ou imunodeprimidos ou portadores de - padrão histopatológico da biopsia: inclusões em vidro- fosco ( esses depósitos só
doenças crônicas. são encontrados na forma crônica).
- Complicações:
*hepatite FULMINANTE: ocorre com anti- HBC IgM altíssimo e precoce.

154
HEPATITE E * hepatite CRONICA: 90% dos RN se cronifica; 1 a 5% se cronifica em
É igual hepatite A, a única diferença é que quando ocorre ADULTO.
em gestantes tem risco de 20% de evoluir para hepatite - tratamento:
fulminante. * a hepatite B aguda não se trata, somente em casos muito grave, tratar com
lamivudina ( 100 mg/dia)
HEPATITE C * dieta hipercalórica rica em carboidrato ( por isso que é bom comer suspiro!!!)
- vírus RNA * suspensão da ingestão de álcool por mínimo 6 meses
- período de incubação: 7 semanas (15 a 160 dias) OBS: 90% dos adultos se cura!
- transmissão: DROGAS INJETÁVEIS e TRANSFUSÃO. - transmissão vertical ( perinatal) de mães HBsAg (+):
- É a hepatite que mais se CRONIFICA ( 80 a 90%). * a chance de transmissão vertical depende do HBeAg, ou seja, mãe HBeAg (+) tem
- mais associada a CIRROSE ( 20 a 50%) 90% de chance de passar vírus para seu filho; e mãe HBeAg (-) de 10 a 15%.
- Manifestações clinicas: 80% dos casos da hepatite C * Profilaxia: - imunoglobulina + vacina ate 12 hrs pós-parto no RN em  2  sítios  ≠.
aguda são assintomáticas. E sendo os assintomáticos os que - não há indicação da via de parto: indicação obstétrica.
mais tem chance de se cronificar. - aleitamento materno NÃO esta contraindicado.
*A icterícia é rara. - Profilaxia PRÉ- EXPOSIÇÃO:
* sintomas mais comuns é a fadiga. * vacina ( 3 doses 0-1-6), indicação:
- associação com anti-LKM1, que normalmente é - RN ou < 20 anos
encontrado na hepatite autoimune. - comunicante sexual
- Manifestações Extra-hepaticas: - profissional da saúde, do sexo, caminhoneiro; manicure, podólogos, militares;
* CRIOGLOBULINEMIA indígenas
- Diagnostico: sorologia anti-HCV (+) + - gestante a partir do 1ª T
HCV RNA ( PCR) teste qualitativo - vírus C + ; HIV +
- Complicações: - portadores de doença crônica ; doadores de órgãos.
* hepatite CRONICA ( 80-90%) * Esquemas especiais com 4 doses ( 0-1-2-6):
* crioglobulinemia - prematuros; < 2 kg; imunodeprimidos; renais crônicos.
- Tratamento: OBS: se der anti-HBS(-) após 3 doses da vacina, se deve refazer o esquema vacinal,
É única forma de hepatite aguda que se trata e se continuar dando anti-HBS (-), deve ser considerado não respondedores e
especificamente. suscetíveis em caso de exposição.
- tem que fazer biopsia hepática para iniciar o tratamento - Profilaxia PÓS-EXPOSIÇÃO:
- 2 esquemas de tratamento: IFN convencional isolado por * imunoglobulina + vacina ate 14 dias: esta indicado para os NÃO vacinados: mãe
6 meses ou IFN em doses mais baixas + ribavirina por 6 HBsAg +; comunicante sexual de casos agudos; vitima de abuso sexual; vitima de
meses. acidente com material biológico +. E para os previamente vacinados esta indicado
* contraindicação ao tratamento: sinais de insuficiência imunoglobulina para os imunodeprimidos após exposição de risco.
hepática, porque a ribavirina causa hemólise.

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- Avaliar a resposta ao tratamento: HCV-RNA ira se HEPATITE D
negativar. - É um vírus RNA incompleto formado pelo antígeno S do vírus B.
- Prevenção: * COINFECÇÃO HBV-HDV: hepatite B e D AGUDA. NÃO ↑ risco de cronificar.
Não há vacina ou imunoglobulina. * SUPERINFECÇÃO HBV-HDV: hepatite B CRONICA + hepatite D. Aumenta o
- medidas gerais de proteção: usar seringas e agulhas Risco de 20% de hepatite fulminante e risco de cirrose.
descartáveis. OBS: a superinfecção tem pior prognostico que a coinfecção.
- NÃO existe medidas profiláticas para transmissão vertical - diagnostico: anti-HDV (+) + HBsAg (+)
do vírus C e nem rastreio pré- natal OBS: só há hepatite D se o HBsAg for positivo!
OBS: alguns casos de hepatite D são anti-LKM-3 positivos.

2- HEPATITE ALCOÓLICA

HEPATITE ALCOÓLICA FATORES DE RISCO CLINICA LABORATÓRIO TRATAMENTO


LESÃO PELO ALCOOL: - sexo ♀ BEBEDOR CRÔNICO ↑ das transminases ( - abstinência alcoólica.
* esteatose: 90-100% - hepatite C crônica- + TGOoooo 2 x > TGP) em Tratar a sx. De abstinência
* hepatite alcoólica: 10- polimorfismo genético - icterícia ( ↑ BD); febre; geral < 400 com benzodiazepínicos.
20% - obesos dor abdominal; anorexia . - reposição de líquidos
* cirrose: 1-6% - quantidade e duração da BIOPSIA: - reposição de vitaminas
OBS: a mortalidade da ingestão alcoólica O álcool leva a - Padrão histopatológico: - corticoides: predinisona (
hepatite alcoólica em 6 *40-80 g/dia p/ ♂ remodelamento hepático, necrose lesão 32 mg/dia x 4 semanas)
meses é de 40%. * 20-40 g/dia p/ ♀ e lipogênese ( formação CENTROLOBULAR - terapia nutricional
OBS: menos de 1/3 dos de depósitos de gordura). - corpúsculos de Mallory - encaminhar a programas
etilistas desenvolvem OBS: as mulheres - leucocitose anti alcolismo.
hepatite alcoólica. apresentam mais OBS: as lesões hepáticas NEUTROFILICA OBS: não são candidatos
susceptibilidade à lesão da hepatite alcoólica são imediatos a transplantes.
O termo hepatite alcoólica hepática alcoólica quando REVERSIVEIS. OBS: a dosagem de GGT é * Critério para indicação
é usado para descrever as comparadas ao homem. usada como teste de de tratamento com
manifestações clinicas triagem para monitorizar a corticoide é a FD ( função
agudas da doença abstinência alcoólica, pois discriminativa, com
hepática alcoólica. ela pode ser usada como resultado sendo > que 32);
indicador sensível do excessao paciente com
abuso de bebidas encefalopatia o corticoide
alcoólicas. esta indicado FD < 32

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3- HEPATITE MEDICAMENTOSA

HEPATITE MEDICAMENTOSA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO CASOS ESPECIAIS


PRINCIPAIS TIPOS DE LESÕES: - exposição ao medicamento - suspensão do medicamento e * PARACETAMOL
1- hepatocelular: paracetamol ( - ↑ TGO/ TGP/ FA e GGT tratamento sintomático. Sua relação com a hepatite é dose
acetaminofeno), halotano, - melhora do quadro clinico após dependente, são necessários de
isoniazida, fenitoina, AINEs. suspensão da droga. OBS: o paracetamol causa lesão 10 a 15g /dia para gerar sintomas
2- colestática: ACO, eritromicina, de maneira previsível e ( dose máxima recomendada é
amoxilina/clavulanato, dependente da dose ( dose- 4g/dia).
rinfamicina. dependente) Ocorre ↑ das aminotransferases
3- indução de esteatose: podendo chegar a 30.000.
amiodarona, tetraciclina, O tratamento é feito com
zidovudina. lavagem gástrica e N-
acetilcisteina nas primeiras 24/36
hrs.

4 – HEPATITE ISQUMICA E CONGESTIVA

HEPATITE ISQUÊMICA HEPATITE CONGESTIVA


*Fisiopatologia: necrose tecidual hepática por ↓ do aporte sanguíneo, * Fisiopatologia: congestão venosa sistêmica, principalmente de
ocorre em casos de instabilidade hemodinâmica ( choque). origem cardíaca.
* diagnostico: paciente grave + ↑ transitório de aminotransferases e ↑ * clinica: turgencia jugular; edema MMII; hepatomegalia; pulso
LDH hepático; refluxo hepatojugular; ascite e icterícia.
* Padrão-histopatologico: necrose centrolobular. * Patologia: fígado em “NOZ-MOSCADA” e necrose hemorrágica
* tratamento: recuperar o mais rápido os parâmetros hemodinâmicos. centrolobular.

5- HEPATITE FULMINANTE- Insuficiência hepática aguda.

HEPATITE FULMINANTE ETIOLOGIA QUADRO CLINICO LABORATÓRIO TRATAMENTO


É a instalação de sinais e * EUA e Reino Unido: Quadro de hepatite aguda * alargamento do tempo - o paciente deve ir para
sintomas de insuficiência intoxicação por clássica que evolui de protombina e fator V UTI e o centro de
hepática  grave,  com  INR  ≥   paracetamol subitamente para para níveis < 50% do transplante deve ser
1,5 e algum grau de * demais regiões: vírus da encefalopatia , edema normal. contatados.

157
encefalopatia, num hepatite B ( risco de 1% cerebral com hipertensão * INR > 1,5 - o transplante é a única
paciente sem doença de causar HF) e intracraniana, * bilirrubina > 18 esperança de vida porem
hepática previa, no superinfecção B+D. coagulopatia com * queda abrupta das 20% dos casos há uma
período de ate 8 * vírus hepatite A: risco de hemorragia; SX. transaminases recuperação espontânea
SEMANAS do inicio dos 0,3% de causar HF. Hepatorrenal ( oliguria não * elevação da amônia sem deixar sequelas.
sintomas. * doença de Wilson responsiva a volume; (NH3) sérica - terapia de suporte com
* esteatose hepática da elevação da creatinina * hipoglicemia controle da PIC; tratar a
gravidez sem aumento da ureia e * azotemia encefalopatia hepática
- + frequente em usuários sódio urinário baixo) com lactulose,
de drogas endovenosas, metronidazol, flumazenil;
idosos e hepatopatias. diálise; reposição glicemia
( manter glicemia > 65
mg/dl); reposição de
plasma fresco.
QUANDO INDICAR
TRANSPLANTE HEPATICO?
* paciente em uso de
paracetamol:
- PH < 7,3
- INR > 6,5
- creatinina > 3,4
* paciente que não usa
paracetamol:
INR > 6,5 ou 3 dos critérios
abaixo:
- idade < 10 ou > 40
- etiologia: hepatites
- INR > 3,5
- bilirrubina > 17,6
- instalação de
encefalopatia > 7 dias após
inicio da icterícia.

158
SX. COLESTÁTICA

COLELITÍASE FATORES DE RISCO CLÍNICA TRATAMENTO COMPLICAÇÕES


Presença de calculo na - idade avançada ( - > parte são - TRATAMENTO P/ As principais complicações
vesícula biliar. principal) assintomáticos (85%), os COLELITIASE são decorrentes da
TIPOS DE CÁLCULO - sexo feminino sintomas aparecem em ASSINTOMÁTICA: migração do calculo para o
1- de colesterol (80%)- são - gravidez 1/3 dos casos. conservador. ducto cístico ou colédoco.
radiotrasnparentes ( não - ACO ( o estrogênio ↑ a -DOR BILIAR súbita de * migração para o ducto
aparecem no RX), pois não excreção de colesterol) moderada a forte - INDICAÇÃO P/ QX: cístico:
contem cálcio em sua - obesidade intensidade que dura até( colelitíase SINTOMÁTICA- - colecistite aguda
formação. São cálculos - nutrição PARENTERAL < 6 HORAS ); do tipo COLECISTECTOMIA - hidropsia de vesícula
ricos em colesterol e - perda ponderal rápida; aperto, localizada no HD LAPAROSCÓPICA. - sx. De mirizzi
pobres em sais biliares. cirurgia bariátrica ( ou epigástrio, que irradia
2- pigmentados pretos operação de Capella) para ESCAPULA ou REGRA DE EXCEÇÃO para * migração para o
(15-20%)- calculo de - dieta gordurosa OMBRO DIREITO, OPERAR colelitíase colédoco:
bilirrubinato de cálcio, são - doença de Crohn com geralmente precipitada ASSINTOMÁTICA: - coledocolitíase
radiopacos, PEQUENOS e ressecção do íleo terminal por alimentação - vesícula em porcelana - colangite
MULTIPLOS e sua ( leva a ↓ da absorção de gordurosa. - pólipo de alto risco ( - pancreatite biliar
formação ocorre por sais biliares e intensa OBS: a dor não dura mais idade > 60 anos, > 1 cm,
hemólise crônica e ↑  da diarreia secretora- se trata do que 6 horas, pq ocorre crescimento documentado OBS: a prevalência de
bilirrubina indireta que se com colestiramina) uma obstrução transitória pela USG seriada)→ calculo biliar na população
liga ao cálcio que serão - hipomotilidade da do ducto cístico pelo colecistectomia ABERTA adulta é de 10 a 20%.
formados na vesícula vesícula calculo. Neste momento - calculo > 3 cm
biliar. - hemólise crônica ( ocorre uma contração - vesícula com anomalia
3- pigmentados castanhos anemia falciforme, vigorosa da musculatura congênita
( < 5%)- são os únicos esferocitose, talassemias) da vesícula para tentar
cálculos formados FORA - cirrose hepática expulsar o calculo. TERAPIA
da vesícula, será formado - fibrose cística - NÁUSEA, VÔMITOS MEDICAMENTOSA:
no interior dos ductos. São - estase biliar - PLENITUDE PÓS- - acido ursodesoxicólico ,
cálculos de tamanho - doença de caroli ( PRANDIAL indicado para:
GRANDE e bastante múltiplos cistos intra- * cálculos de colesterol
FRIAVEL, são formados hepáticos) * DIAGNÓSTICO: * < 1 cm
depende da bile esta - colangite bacteriana *PADRÃO-OURO: USG * com vesícula
infectada por bactérias. crônica + parasitose abdominal funcionante.

159
- drogas: CEFTRIAXONE,
octreotide.

COLECISTITE AGUDA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO COMPLICAÇÕES


Inflamação aguda da * FEBRE * 1ª INICIAL : USG Colecistite aguda é Causa De 10 a 20% dos pacientes
vesícula biliar, causada por * DOR ABDOMINAL QSD abdominal. clássica de abdome evoluem com graves
um calculo impactado no > 6 HORAS inicio a dor é - espessamento da parede AGUDO CIRURGICO! complicações:
ducto cístico. mal localizada ( dor da vesícula > 4mm * TRATAMENTO INCIAL: 1)- EMPIEMA DE
A vesícula cheia de bile e visceral), depois se torna - distensão da vesícula - ATB venosa( cefalos.3ª G VESÍCULA- deve ser
cálculos e com um deles localizada ( dor somática) - calculo impactado + metronidazol) operado precocemente
encravado no cístico, que irradia para escapula e - sinal de Murphy - hidratação venosa pelo risco de sepse
levara a um efeito ombro D. ultrassonografico ( pelo - analgésico ( evitar abdominal.
irritativo dos cálculos que * MASSA DOLOROSA e toque do transdutor morfina- usar AINE, 2) GANGRENA +
faz com que libere uma SINAL DE MURPHY + : dor * exame MAIS indicado: meperidina) PERFURAÇÃO: leva a:
enzima ( fosfolipase A) que a palpação do ponto USG abdominal - dieta  “0” - Abscesso sub-hepático
ira converter a lectina da cístico durante a * PADRÃO- OURO: * TRATAMENTO - Peritonite generalizada
bile em lisolecitina, que é inspiração profunda. Sinal CINTILOGRAFIA DEFINITIVO: - fistula colecisto-entérica
um potente irritante (+) quando o paciente para * COLECISTECTOMIA 3)- COLECISTITE
químico. Esta substancia é de respirar subitamente VIDEOLAPAROSCOPICA. ENFISEMATOSA: forma
o grande vilão da pela dor. SX. DE MIRIZZI Sempre indicada!!! GRAVE de colecistite
colecistite aguda. Obstrução extrínseca do - momento ideal: 24 a 72 aguda é mais comum em
OBS: NÃO TEM ICTERÍCIA ducto hepático comum horas do inicio dos DIABÉTICOS IDOSOS.
QUAL MECANISMO DA Pois o calculo esta por um calculo sintomas. Causada pelo Clostridium
INFLAMAÇÃO? impactado no cístico e impactado no cístico. Welchii ( bactéria
* químico: irritação portanto deixa as vias TIPOS: OBS: SE tiver sinais e anaeróbia produtora de
química pela lisolecitina. biliares livres para escoar a I: sem fistula sintomas de gás)
* bacteriano ( tardio): bile. II- c/ fistula biliobiliar. coledocolitiase associada,
após 2 -3 dias pode haver OBS: a vesícula NÃO é OBS: a vesícula não é durante a cirurgia se deve COLECISTITE ACALCULOSA
proliferação bacteriana palpável e NÃO tem palpável e HÁ dilatação fazer colangiografia ou ALITIÁSICA
-enterobacterias (68%)- dilatação da arvore biliar. da arvore biliar ate o associada. * + comum em pacientes
E. COLI e KLEBSIELLA cístico. criticamente enfermos,
- enterococus (14%) LABORATÓRIO CLINICA: colecistite que * Quando optar pela como doentes internados
- anaeróbios (10%) - leucocitose (12.000 a faz ICTERÍCIA, coluria, cirurgia ABERTA? em terapia intensiva e
15.000) hipocolia. - idade avançada grandes queimados.

160
- ↑ leve das enzimas DX: US e CPER - sexo masculino * Fisiopatologia:
hepáticas TTO: sempre cirúrgico. - ASA elevado hipomobilidade da
- bilirrubina NORMAL - obesidade vesícula, que leva a uma
- parede > 4 mm estase de bile, que é
OBS: em ate 20% dos OBS: quando o paciente seguida de absorção de
paciente com não é operado dentro de 3 seu conteúdo hídrico,
colecistectomia podem dias do inicio dos formando bile mais
desenvolver diarreia sintomas, ele deve ser espessa- lama biliar que
secretora crônica no 1ª tratado com ATB e realizar pode obstruir seu trato de
ano, devido ao aumento cirurgia eletiva dentro de 6 saída.
súbito de ácidos biliares a 10 dias. * costuma ter
no duodeno, pela perda comportamento mais
do efeito armazenador da fulminante que a forma
vesícula. Na maioria das calculosa e progride mais
vezes a diarreia tende a rapidamente para
melhorar sozinha, embora complicações .
apresente boa resposta ao * tratamento:
uso de colestiramina ( colecistectomia ABERTA
sequestrador de ácidos de URGÊNCIA , se o
biliares). paciente tiver instável
clinicamente são
candidatos inicialmente a
colecistectomia
percutânea guiada por
USG ou TC.
COLEDOCOLITÍASE CLINICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
Presença de um ou mais cálculos - ICTERÍCIA FLUTUANTE ( * exame INICIAL: USG abdominal - sempre será tratada com
no colédoco, provocando intermitente) - HÁ DILATAÇÃO da arvore biliar preferência com a retirada dos
obstrução parcial ou completa do - COLURIA intra e extra-hepatica , colédoco cálculos.
fluxo biliar ( colestase) - pode ocorrer DOR > 5-8 mm ( normal ate 6 mm) 1)- ENDOSCÓPICA- papilotomia
- vesícula NÃO palpável endoscópica ou esfincterotomia
ETIOLOGIA: de onde vem o * PADRÃO-OURO: CPRE: endoscópica:
calculo? COMPLICAÇÕES DE diagnostica e também pode ser * método de escolha para tratar
*90% coledocolitiase secundaria ( TRATAMENTO: terapêutico. Suas principais coledocolitiase que descobriu

161
cálculos que migram da vesícula, 1)- Coledocolitiase residual- 5% complicações são: colangite e ANTES da colecistectomia.
80% de colesterol e 20% dos casos. Calculo na via biliar ate pancreatite. * método de escolha para tratar
pigmentados) 2 anos após colecistectomia. Leva OBS: NÃO é realizada em todos os coledocolitiase RESIDUAL.
* 10% coledocolitiase primaria ( o a icterícia flutuante. Tratamento: pacientes, apenas nos pacientes A taxa de sucesso da extração dos
calculo é formado no próprio papilotomia endoscópica. de alto risco para coledocolitiase. cálculos é de 90%!!
colédoco – são cálculos 2)- estenose cicatricial –ocorre - complicação + freq: hemorragia.
pigmentado castanho e vem por lesão iatrogênica das vias LABORATORIO: 2) EXPLORAÇÃO CIRURGICO DO
associado a estase biliar e biliares, se manifesta nos - BILIRRUBINA DIRETA > 1,5 COLEDOCO:
infecção. primeiros meses do P.O. Provoca - FA > 150 * método de escolha para
sintomas como: icterícia continua - TRANSMINASE > 100 coledocolitiase que se descobre
CLASSIFICAÇÃO: e progressiva. Se não tratar leva a durante a colecistectomia.
* cálculos RESIDUAIS: cirrose biliar secundaria e 3) DERIVAÇÃO BILIODIGESTIVA-
identificados nos 2 primeiros anos colangite. Tratamento: CPER com coledocoduodenostomia ou
após colecistectomia. colocação de stent. coledocojejunostomia em Y de
* cálculos RECORRENTES: Roux:
identificados após 2 anos após Método de escolha para:
colecistectomia. * colédoco muito dilatado (>1,2
cm ou 12 mm)
* múltiplos cálculos (+ 6 ); lama
biliar; calculo gigante
* cálculos intra-hepaticos
* coledocolitiase 1ª ( calculo 1ª )
* divertículo duodenal
COLANGITE BACTERIANA PATOGENIA CLINICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
Obstrução do fluxo de bile Estase biliar + presença de TRIADE DE CHARCOT- 50- - clinico - Triade de Charcot:
seguido de infecção aguda calculo. 75% dos pacientes - EXAME INICIAL: USG ATB venoso +
das vias biliares por 2 FORMAS: * icterícia abdominal - HÁ descompressão ELETIVA
bactérias piogênicas : 1)- NÃO SUPURATIVA: + * febre alta (39-40°) e DILATAÇÃO da arvore (CPRE com papilotomia; se
- E.COLI -enterobacteria comum 80% dos casos calafrios biliar intra e extra- a obstrução for alta fazer
principal); 2) SUPURATIVA: ou * dor biliar hepatica colangiografia trans-
- KLEBSIELLA, séptica ( pus na via biliar) hepatica percutânea)
- ENTEROCOCCUS, ocorre em 20% dos casos, PENTADA DE REYNOLDS: - PADRÃO-OURO: CPRE- - Pentada de Reynolds:
- ANAERÓBIOS. necessita de * tríade de charcot + confirma o diagnostico e é ATB venoso +
procedimento de * hipotensão terapêutica. descompressão de

162
drenagem de urgência! * confusão mental LABORATÓRIO: URGÊNCIA. Via de
* leucocitose > 15.000 preferência é endoscópica.
* ↑ BD; FA e transminases.

NEOPLASIAS DO SISTEMA BILIAR E PERIAMPULARES

CARCINOMA DE VESICULA BILIAR FATORES DE RISCO CLINICA E DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


* tipo histológico mais comum: -COLELITIASE (90%) - ASSINTOMATICO ate estágios Maioria irressecavel ao
ADENOCARCINOMA - vesícula em porcelana avançados. diagnostico, tratamento paliativo.
- É o câncer mais comum da via - Sintomas mais comum: dor biliar
biliar. OBS: pacientes com colelitiase o episódica
- mais comum no sexo feminino. risco de fazer CA de vesícula é de * EXAME DE ESCOLHA: USG
- Prognostico muito ruim- apenas 0,5% ou 1,5% em idosos No momento do diagnostico 40%
sobrevida 1-3 meses. em 20 anos. já tem metástase.

PÓLIPO DA VESICULA BILIAR QUANDO INDICAR COLECISTECTOMIA?


- cerca de 5% dos adultos apresentam pelo ao menos um pólipo na - nos casos sintomáticos
USG - casos assintomáticos com risco de malignidade: 1) associado a
- Os pólipos de vesícula MAIS COMUNS são os pólipos de COLESTEROL, colelitiase; 2) idade > 60 anos; 3) > 1 cm; 4) crescimento visto USG
que geralmente são < 1 cm, múltiplos e tem aspecto pediculado. seriada → OBS: quando houver suspeita de malignidade ( carcinoma)
fazer SEMPRE colecistectomia ABERTA ( laparoscópica)

COLANGIOCARCINOMA FATORES DE RISCO CLÍNICA DIAGNOSTICO COMPLICAÇÃO


Tipo histológico mais - idade avançada (50-70 a) ICTERÍCIA PROGRESSOVA - Exame Inicial: USG e TC - colangite bacteriana
comum: - colangite esclerosante 1ª E INDOLOR de abdome
ADENOCARCINOMA - cistos congênitos - emagrecimento LEI de Couvoisier-Terrier: PROGNÓSTICO
* Tipo mais importante: - hepatite B e C - prurido * vesícula reduzida, sem * irressecável: 5 a 8 meses
TUMOR DE KLATSKIN ( - coluria e hipocolia bile: colangiocarcinoma * ressecavel: 10-40%
Peri-hiliar, na confluência *predomínio no sexo ♂ - vesícula MURCHA proximal ( Tumor de sobrevida em 5 anos.
dos ductos hepáticos. OBS: TUMOR Kltatskin)
Tipo I: acomete só DE KLATSKIN NÃO * vesícula distendida e

163
hepático comum distende a vesícula; causa palpável: Tumor
Tipo II: acomete dilatação apenas das vias periampulares ( cabeça de
bifurcação biliares intra-hepaticas. A pâncreas, ampola de vater
Tipo III: invade hepático D vesícula e as vias extra- ou colangiocarcinoma do
OU E. hepaticas ficam colédoco)
Tipo IV: hepático D + E. MURCHAS.

CARCINOMA DA CABEÇA FATORES DE RISCO CLINICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


DE PÂNCREAS
* Tumor PERIAMPULAR + - idade avançada - ICTERÍCIA CONTÍNUA - MARCADOR TUMORAL: * SEM METASTASE ou
COMUM (85% dos casos) - sexo ♂ PROGRESSIVA INDOLOR CA 19.9 INVASÃO:
- raça negra - EMAGRECIMENTO ( OBS: o CA 19.9 pode se CIRURGIA de WIPPLE-
* Tipo histológico + - tabagismo sintomas mais comum) elevar em condições pancreatoduodenectomia
comum: - pancreatite crônica - DOR ( pode ser em barra) benignas e malignas das com gastrectomia distal
ADENOCARCINOMA - historia familiar de CA - VESICULA PALPÁVEL, vias biliares e - retirar a vesícula.
DUCTAL (80-90%) pancreático. DISTENDIDA e INDOLOR ( pancreáticas.
sinal de COURVOISIER (+) * COM METASTASE:
OBS: → mal sinal!!! - Exame Inicial: USG - endoprotese e derivação
Paciente com imagem - coluria, hipocolia, prurido - PADRÃO-OURO: TC biliodigestiva para
altamente sugestiva e intenso. helicoidal melhorar a icterícia.
doença potencialmente -sinal de TROUSSEAU:
ressecavel pode ir direto tromboflebite migratória. -gastroenteroanastomose:
para cirurgia sem biopsia. OBS: a colangite é a para melhorar a obstrução
complicação mais temida! intestinal

164
DOENÇAS AUTOIMUNES DAS VIAS BILIARES

CIRROSE BILIAR PRIMÁRIA COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMÁRIA


- NATUREZA: autoimune idiopática - NATUREZA: autoimune idiopática
- LOCALIZAÇÃO: ataca as PEQUENAS vias biliares ( ductos biliares dos - LOCALIZAÇÃO: ductos biliares intra e extra-hepáticos -ataca as
espaços porta hepático) GRANDES vias biliares ( principalmente a bifurcação do ducto hepático
- mais comum em ♀ de meia idade comum.
- CLÍNICA: * COLESTASE SEM OBSTRUÇÃO com USG normal; - mais comum em ♂ ( 35-50 anos)
* 1ª sintomas é o PRURIDO e fadiga, depois de vários anos - CLÍNICA: se manifesta com COLESTASE COM OBSTRUÇÃO, icterícia
tem a tríade: PRURIDO + ICTERÍCIA + HIPERPIGMENTAÇÃO CUTÂNEA e obstrutiva; coluria, hipocolia; prurido; febre baixa
XANTELASMAS nas pálpebras. - sintomas são intermitente ou flutuantes
- DOENÇAS ASSOCIADAS: * artrite reumatoide - LABORATÓRIO: ↑ FA e GGT e discreta elevação das transminases.
* sx. De Sjogren (75%) - MARCADOR SOROLÓGICO: p-ANCA + ( em cerca de 30-80%)
* sx. De CREST - DIAGNÓSTICO: PADRÃO-OURO: colangiografia endoscópica (CPRE)-
* tiroidite de Hashimoto padrão de CONTAS DE ROSÁRIO ( estenose + dilatação da arvore biliar.
- LABORATÓRIO: * ↑ crônico da FA e GGT sem outra explicação. - DOENÇA ASSOCIADA: retocolite ulcerativa- RCU (70% dos casos)
- DIAGNOSTICO: * Anticorpo antimitocôndria + ( método ELISA) - TRATAMENTO: definitivo é o transplante hepático.
OBS: A biopsia hepática esta sempre indicada - COMPLICAÇÕES: 1)- cirrose biliar SECUNDÁRIA; 2)-
- TRATAMENTO: acido ursodesoxicólico (UDCA) colangiocarcinoma; 3)- sx. Desabsortiva pela colestase
Naltrexone ( anti-histamínico para o prurido)
Transplante hepático é o tratamento definitivo! PACIENTE COM COLESTASE + RETOCOLITE ULCERATIVA→ pensar em
MULHER DE MEIA IDADE ASSINTOMÁTICA COM AUMENTO CRONICO colangite esclerosante!!!
DA FOSFATASA ALCALINA SEM OUTRA EXPLICAÇÃO

O que é doença de CAROLI? Cisto de colédoco congênito.

PARASITAS COMUNS DAS VIAS HEPÁTICAS * Clonorquiase : ingerido pelo homem após consumo de peixe e moluscos mal-cozidos. Comum
na China e Coreia

* Fasciolíase: o verme atinge o fígado pela via transperitoneal e pode obstruir por completo a
arvore biliar.

* Ascaris Lumbricoides: é o helminto mais comum do mundo

165
DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DA BILIRRIBINA

PREDOMINIO DE BILIRRUBINA INDIRETA


SÍNDROME DE GILBERT SÍNDROME DE CRIGLER-NAJJAR
- distúrbio genético autossômico dominante , ocorre por deficiência - distúrbio HEREDITÁRIO do metabolismo da bilirrubina, por
PARCIAL leve da GLUCORONILTRANSFERASE( enzima que converte a BI deficiência da GLUCORONILTRANSFERASE.
em BD ( o que significa que o processo de conjugação da bilirrubina é - CLASSIFICAÇÃO: 2 TIPOS:
lento, mas ocorre ) * TIPO I: - ausência TOTAL da enzima glucoroniltransferase
- BENIGNO - CLINICA: Associada a encefalopatia por Kernicterus, se
- + sexo ♂ apresenta nos 3 primeiros dias do recém-nascido com
- é uma doença comum 7-9% da população hiperbilirrubinemia grave ( BI entre 20 e 25 mg/dl) e com função
- CLINICA: os sintomas inicial no final da adolescência ocorre uma hepática normal . OBS: os níveis de BD são indetectáveis no sangue.
icterícia LEVE precipitada por: jejum prolongado, exercício físico, febre, OBS: quando a BI se acumula acima de 20 mg/dl, ela pode ultrapassar
menstruação e uso de álcool e acido nicotínico. a barreira hematoencefálica causando o Kernicterus que numa fase
- a maioria dos pacientes são assintomáticos e o diagnostico é feito mais avançada pode levar a espasticidade e opistótono.
com exame de rotina que apresentara ↑ BI ( em geral não ultrapassa 3 - TRATAMENTO: fototerapia, plasmaférese e transplante
mg/dl) hepático
- TRATAMENTO: não é necessário; por razoes estéticas usar - PROGNÓSTICO: ruim.
fenobarbital ( é um indutor de glucoroniltransferase) em baixas doses
e fazer dieta hipercalórica. * TIPO II: - deficiência PARCIAL da enzima glucoroniltrasnsferase.
OBS: estudos mostram diminuição dos casos de cânceres na população - Os níveis de BI variam de 8 a 18 mg/dl e o paciente pode
com Gilbert. chegar na vida adulta. Os níveis de BD são detectáveis no sangue.
- TRATAMENTO: uso crônico de fenobarbital

PREDOMINIO DE BILIRRUBINA DIRETA


SINDROME DE DUBIN-JOHNSON SINDROME DE ROTOR
- Ocorre um defeito na fase de EXCREÇÃO da bilirrubina ( ou seja após - distúrbio no ARMAZENAMENTO da BD que acaba retornando ao
sua conjugação e por isso que acumula BD) sangue antes de ser excretada.
- CLINICA: os pacientes são ASSINTOMATICOS. Pode ocorrer colúria. - DIAGNOSTICO: laboratório hepático NORMAL e aumento de BD
- Niveis de BD ficam entre 2- 5 mg/dl. Drogas como ACO podem isolada. Excreção urinaria de coproporfirina urinaria tipo I aumentada.
agravar ou desencadear o primeiro episodio. - não precisa tratar.
- DIAGNOSTICO: ↑ BD com funções hepáticas NORMAIS.
- não é necessário e tem prognostico excelente.

166
BOLETIM OPERATORIO: LESÃO IATROGÊNICA DAS VIAS BILIARES

* Icterícia no Pós-operatório imediato de uma colecistectomia é lesão iatrogênica da via biliar.

* HEMOBILIA: Hemorragia digestiva alta + icterícia + dor abdominal. Pode ocorrer por trauma acidental ou trauma cirúrgico. Diagnostico:
angiografia

* a lesão mais clássica da colecistectomia é confundir o ducto hepático com o ducto cístico e clampea-la ( ligadura do colédoco → não ocorre
hemorragia); isto se deve a tração excessiva da vesícula biliar em direção cefálica, que pode acabar alinhando o ducto cístico com o colédoco, e
assim a ligação inadvertida do colédoco.

* para minimizar os riscos de lesão iatrogênica das vias biliares na colecistectomia videolaparoscopica , a melhor conduta é dissecar próximo a
junção infundíbulo-cística.

* a etiologia mais comum que contribui para ocorrência de lesão da via biliar é a inflamação aguda ou crônica da vesícula biliar.

* O CO2 é usado na na colecistectomia viodeolaparoscópica para estabelecer o pneumoperitoneo; a uma pressão de 15 mmHg; é obrigatório o
uso de capnografia intra-operatorio.

* a principal arritmia cardíaca decorrente do pneumoperitoneo com CO2 é a bradicardia.

* repercussões orgânicas causadas pelo pneumoperitoneo: ↑ da PVC; das veias femorais; da PIC ; do trabalho cardíaco; PAM; resistência vascular
pulmonar.

↓ da taxa de filtração glomerular, debito urinário; ↓ Debito cardíaco.

* o pneumoperitoneo pode complicar com dor no ombro no P.O; para evitar essa dor se deve infundir lentamente o CO2 durante a promoção do
pneumoperitoneo.

* o que é a técnica laparoscópica de HASSON: é a utilização de o trocarte de Hasson que tem uma borda romba, evitando lesões de vísceras
durante sua introdução – complicação que é mais frequente em pacientes que já foram submetidos a cirurgias abdominais no passado pela
técnica de Hasson.

167
SÍNDROMES NEUROLÓGICAS

SX. PIRAMIDAL- 1° NM SX. do 2° NEURÔNIO MOTOR ou SX. CEREBELAR SX. EXTRAPIRAMIDA-


NM inferior Parkinsonismo
Músculo - Hipotrofia- crônica - Hipotrofia ou ATROFIA, - Tremor de intenção 2 tipos:
MIOFASCICULAÇÃO ( é -Lentidão de movimentos-
patognomônico!!!)- câimbras distúrbio HIPOCINÉTICO-
Parkinsonismo ( Bradicinesia
e tremor de repouso)
- Exacerbações de
Movimentos- distúrbio
HIPERCINÉTICO – coreia,
atetose, hemibalismo.
Força - Paresia ou Plegia - Paresia ou Plegia - Normal - Normal
Tonûs - HIPERtonia- - HIPOtonia- flacidez - HIPOtonia - HIPERrtonia PLÁSTICA-
ESPASTICIDADE – ↑ da RIGIDEZ do tipo roda
resistência à movimento denteada
passivo ( sinal de canivete-
é patognomônico)
- Hipotonia na fase aguda
Reflexos - HIPER-reflexia : - ARREFLEXIA - Normal ou Pendular - Normal
*sinal de BABINSK- reflexo
cutâneo-plantar em OBS: o que diferencia a OBS: fala ESCANDIDA: fala
extensão) + NEUROPATIA PERIFÉRICA da Sx. silabada e mal articulada.
* CLÔNUS ( contração Do 2ª NM é que nas neuropatias
muscular repetitivas após periféricas tem alteração
estiramento de tendão de SENSITIVA, e o resto é igual!
Aquiles)
* Perda dos reflexos
Cutaneo-abdominais e
cremasteriano
OBS: quando o evento for
agudo, tipo AVE; nos
primeiros dias ira ter

168
hipotonia e hipo-reflexia (
fase  de  “choque  
medualar”)
Sensitivo - Normal Normal Normal - Normal
Marcha - Marcha CEIFANTE ou - Marcha Parética ou escavante- Marcha ATÁXICA com base - Festinação ( dificuldade de
HEMIPLÉGICA- Flexão de Arrastada alargada- cambaleante ou iniciar o movimento) com
MS e extensão de MI Marcha ebriosa instabilidade postural com
passos curtos
Coordenaçã -Dismetria: não consegue
o realizar  prova  “dedo-nariz”  e  
“calcanhar  –joelho”
- Disdiadococinesia:
incapacidade de realizar
movimentos alternados
- nistagmo, vertigem
Causas - AVE ; Trauma – SX. - ELA ( doença degenerativa do 1ª - AVE cerebelar - Doença de Parkinson ( 75%)
Piramidal aguda e 2ª NM) - Neoplasias - Drogas: neurolépticos,
- Esclerose Múltipla; ELA; - Poliomielite ( paralisia flácida - EM flunarizina, metoclopramida
Tumores; aguda) - Etilistas crônicos - Doença cerebrovascular
neurotoxoplasmose- SX. que acomete o sistema
Piramidal subaguda e extrapiramidal.
crônica. - Doença de Wilson
- Doença de Levy
- Doença de Creutzfeldt-
Jakob  (  “mal  da  vaca  louca”)

O que é SX. de BROWN-SÉQUARD? Hemissecção da medula, levando a perda da sensibilidade dolorosa e térmica contralateral e da função
motora ipsilateral.

169
SÍNDROMES EXTRAPIRAMIDAIS

DOENÇA DE PARKINSON FISIOPATOLOGIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


É a principal causa de Sx. - lesões no NÚCLEO da TÉTRADE CLASSICA: * o diagnostico é CLINICO! SINTOMÁTICO:
Parkinsoniana; incide base. - afastar outras causas de - ↑ atividde da dopamina:
geralmente em > 55 anos. Degeneração dos - INSTABILIDADE Parkinsonismo: * Agonistas
neurônios dopaminérgicos POSTURAL com * induzidas por DROGAS: dopaminérgicos:
* a via piramidal e via da substancia NEGRA→ ↓ FESTINAÇÃO ( Anti-eméticos BROMOCRIPTINA.
sensitiva NÃO são DOPAMINA → a manifestação + PRECOCE): (metoclopramida);
afetadas ( sensibilidade e dopamina é responsável dificuldade de iniciar o neurolépticos ( * Precursores da
força muscular estão pela inibição dos movimento, com haloperidol), antipsicótico dopamina: LEVODOPA.
preservados) neurônios colinérgicos do aceleração abrupto da atípico,antipvertiginoso (
corpo estriado, que é feita marcha em busca do cinarizina, funarizina) , * Bloqueadores da
através da VIA NIGRO- centro de gravidade; , carbonato de lítio. degradação da dopamina:
OBS: a LEVODOPA é o ESTRIAL , como ela esta ↓, marcha com passos curtos OBS: no parkinsonismo CARBIDOPA, SELEGILINA,
fármaco + EFICAZ, sendo ira ↑ a atividade do corpo e inclinado para frente. induzido por fármacos os RASAGILINA,
indicado para todos os estriado e ↑ a acetilcolina * BRADICINESIA sintomas + importantes BENZERAZIDA
pacientes que precise que ira inibir o córtex pré- * RIGIDEZ ( hipertonia são bradicinesia e tremor
manter atividade motor, levando a ↓ da plástica- do  tipo  “roda   de instalação abrupta e * Bloqueadores da
laborativa. Porem atividade motora. denteada”) bilaterais. recaptação da dopamina:
apresenta > efeito adverso * TREMOR de REPOUSO AMANTADINA
como a DISCINESIAS ( O principal FATOR DE distal,  do  tipo  “conta   * TREMOR ESSENCIAL: é o É útil para discinesias
movimentos repetitivos RISCO é o envelhecimento. dinheiro”ou  “enrolar   distúrbio de movimento + induzidas por fármacos,
involuntários) e o fumo”,  inicialmente   comum que é diferenciado pois tem pouco efeito
fenômeno  “liga-desliga”. assimétrico do Parkinson pela adverso.
Sua apresentação ausência de outras
comercial vem associada a Pode apresentar também: manifestações clinica - ↓ a atividade colinérgica:
CARBIDOPA ou - sialorreia, hipotensão como bradicinesia, * Anticolinégicos:
BENSERAZIDA que evitam postural, fácies amimica; rigidez... Seu tratamento é BIPERIDENO,
a conversão da levodopa hipofonia. com PROPRANOLOL e TRIEXIFENIDIL
em dopamina antes de Primidona. Obs: devem ser evitados
chegar no SNC. em > 65 anos, causa
confusão mental, retenção
urinaria, borramento

170
visual e constipação
intestinal.
NEUROPROTETOR:
* SELEGILINA e
RASAGILINA: inibidores de
MAO-B, age prevenindo
ou retardando a
progressão da doença. É
bom para controlar os
sintomas INICIAIS da
doença.

- Causas REVERSÍVEIS de demência:


SÍNDROMES DEMENCIAIS
* hipotireoidismo ; * deficiência de Vitamina B12 * neurossifilis

* relacionada ao HIV * Hidrocefalia com pressão normal * tumores cerebrais

* hematoma subdural crônico *intoxicação crônica

DOENÇA DE ALZHEIMER FISIOPATOLOGIA CLÍNICA DIANGÓSTICO TRATAMENTO


É a causa + COMUM de * degeneração neuronal: - evolução insidiosa ( O DX. é CLINICO! NÃO existe tratamento
demência ( > 50% dos - acumulo de proteínas vários ANOS)→ começa *excluir causas reversíveis especifico!
casos). beta-amiloide ( placas com perda da memória e outros tipos de - Anticolinesterásicos (
amiloides ou placas senis) anterógrada e demência. impedem a degradação da
FATORES DE RISCO: desorientação ALOGARITMO DX: acetilcolina):
- idade avançada > 65 - acumulo de proteína tempoespacial→ distúrbio - anamnese, exame físico e * DONEPEZIL
anos TAU no meio do raciocínio lógico ( ↓ miniexame do estado * RIVASTIGMINA
- historia familiar + para intraneuronal- cognitivo), ↓ das funções mental → ↓ cognitivo e * GALANTAMINA
Alzheimer emaranhado de da vida diária, linguagem, das funções da vida diária,
neurofilamentos que leva planejamento, agnosia, demência . Outras drogas:
Outros TIPOS de a atrofia cortical com ↓ da apraxias ( devido a atrofia → exames laboratoriais e * Vitamina E em doses
demência: ACETILCOLINA e outros cortical). Exame de Imagem para altas- retarda a progressão
* demência vascular ( 2ª neurotransmissores. Nos estágios avançados: excluir outras causas de da doença

171
causa + comum): historia alterações do equilíbrio, demência: * Memantina: antagonista
de AVE e de instalação O que é estado da marcha e força * TC e RNM de crânio: do receptor do glutamato
mais súbita e alterações Confusional agudo- muscular. atrofia cortical
focais devido ao AVE DELIRIUM? Pode se encontrar reflexos OBS: AMITRIPTILINA (
* demência EX: “paciente  que  foi   primitivos ( * TC com emissão de antidepressivo tricíclico) e
frontotemporal ou dormir normal e acordou palmomentoniano, sucção Prótons ( PET): ↓ da CODEÍNA , tem efeito
doença de PICK: alteração desorientado” e preensão palmar) atividade cerebral nas anticolinérgico, piorando a
da personalidade e Paciente com confusão áreas afetadas cognição em paciente que
desinibição ( alt. Do mental AGUDA, Quais são as principais tem demência, visto que a
comportamento). DX de desorientado, que diferenças entre OBS: o diagnostico acetilcolina já se encontra
neuroimagem mostra desenvolve em um CURTO DEMÊNCIA e DEPRESSÃO? definitivo PADRÃO –OURO baixa neste paciente.
atrofia frontotemporal período de tempo ( horas * depressão: para doença de
* demência do Corpúsculo ou dias), SEM evidencias - possui data precisa do ALZHEIMER é a analise OBS: portadores de SX. de
de Lewy: parkinsonismo + anteriores de déficit inicio dos sintomas ( histopatológica obtida DOWN após os 40 anos,
demência + alucinações cognitivo ou sensorial ( ou progride rapidamente) pela necropsia: acumulo apresentam alterações
visuais. seja, SEM DEMÊNCIA). - perda cognitiva é de placas senis mieloides ( neurológicas compatíveis a
* doença de Creutzfeldt- NÃO é considerado uma enfatizada placas neuríticas) doença de ALZHEIMER ( +
Jakob- “mal  da  vaca   causa de demência, pois - perda da memória tanto 50% dos pacientes)
louca”: demência de NÃO existe demência de anterógrada quanto
progressão rápida, rigidez instalação AGUDA! retrograda.
motora e mioclonias.
* hidrocefalia com - fatores precipitantes: uso * demência:
pressão normal: distúrbio de múltiplas drogas, - evolução lenta e insidiosa
progressivo da marcha ( infecção, choque, febre, - perda cognitiva é vaga e
ataxia de marcha) + hipoxia, anemia, distúrbio minimizada
demência + incontinência metabólico, privação do - perda de memória OBS: a Doença de
urinaria. TTO: derivação sono, realização de anterógrada bem mais Huntington É uma doença
ventriculoperitoneal. procedimento invasivo evidente ( fatos recentes) autossômica dominante,
* Doença de Huntington: prévio ( sonda vesical de ou seja: 50% dos seus
Coreia + demência + demora...). descendentes tem risco de
distúrbio comportamental desenvolver a doença.
+ hipotonia

172
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

AVE ISQUÊMICO- 85% dos AVE PATOGÊNSE CLÍNICA


Definição: infarto cerebral por isquemia Tipos: * Déficits neurológicos FOCAIS do AVE
prolongada de um território do encéfalo *AVE CARDIOEMBÓLICO ( 30% dos casos) isquêmico:
nutrido por um artéria que sofreu oclusão. - mais associado a FIBRILAÇÃO ATRIAL→   → qualquer lesão piramidal ACIMA da
formações de trombos murais no átrio ou decussação das pirâmides ( local onde as
EPIDEMIOLOGIA: ventrículo E ( devido a estase atrial) e nas fibras se cruzam) que ocorre no BULBO ( ex:
- causa + COMUM de MORTE NO BRASIL. valvas protéticas ( principais sítios). córtex, capsula interna e tronco encefálico)
- a artéria + ACOMETIDA é : ART. CEREBRAL levará→ hemiplegia de membros
FATORES DE RISCO: MÉDIA ( é a principal art. Do cérebro!). CONTRALATERAL à lesão .
- Hipertensão arterial ( principal) - incluindo a - seu risco ↑ na presença de determinados → qualquer lesão ABAIXO da decussação das
hipertensão sistólica isolada do idoso!) fatores de risco: idade > 65 anos, HTA, DM, pirâmides ( ex. medula), levara a →
- DM; dislipdemia, tabagismo, Idade > 50 disfunção do VE, cardioembolia previa, hemiplegia IPSILATERAL ( homolateral) à
anos; raça negra, sexo masculino, historia doença mitral reumática e valva protética, AE lesão.
familiar ( + ) > 5 cm, estenose Mitral.
- Fibrilação atrial - EVOLUÇÃO: provoca déficit neurológico DEFICIT NEUROLOGICO FOCAL ÷ em 3
- Prótese valvar ( especialmente metálicas) SUBITO ( em segundos ou minutos), que grandes grupos:
- IAM da parede anterior persiste estável, sem piorar nas próximas 1- Território Carotídeo ou circulação anterior:
- Cadiopatia dilatada e restritiva horas ou dias. Carótida INTERNA → se bifurca em: ART.
- Ataque isquêmico transitório ( AIT) prévio - PREVENÇÃO de AVE isquêmico na FA: CEREBRAL MEDIA e CEREBRAL ANTERIOR e
prescrever warfarin antes de sua bifurcação sai um ramo→ art.
PATOGÊNESE: Oftálmica.
2 formas de oclusão que leva o infarto
cerebral: * AVE ATEROTROMBÓTICO 2- Território Vertebrobasilar ou circulação
1- ATEROTROMBOSE: forma trombo sobre 1- de GRANDES e MÉDIAS ARTERIAS ( 20%): posterior:
uma placa de ateroma na própria artéria - a grande maioria deste tipo é devido a Art. Subclávia → ART. VERTEBRAIS→ que se
culpada pelo AVE. episódios de AIT prévio ( ataque isquêmico unem e formam a → ART. BASILAR ( na
2- EMBOLIA: o trombo forma a distancia, EX: transitório) junção bulbopontina) → que se bifurcam e
coração E, aorta, artéria extracarniana ( - quase exclusivo em > 50 anos com fatores de geram as → ART. CEREBRAIS POSTERIORES.
carótida, vertebral) ou mesmo na artéria risco para aterosclerose: HTA, DM, OBS: * as artérias vertebrais irrigam o bulbo!
intracraniana, deslocando-se na direção do tabagismo... * A artéria basilar irriga a ponte e o
fluxo sanguíneo ate ocluir uma artéria distal - a artéria + ACOMETIDA: ART. CARÓTIDA cerebelo!
de < calibre. INTERNA e SIFÃO CAROTIDEO * a artéria cerebral posterior irriga o

173
2ªl lugar : artéria vertebral mesencéfalo, parte do tálamo, lobos occipitais
3ª : origem da cerebral media e lobo temporal medial!
-EVOLUÇÃO: déficit neurológico que se instala OBS: praticamente todo AVE do tronco
de forma progressiva ( ao longo de horas ou encefálico acomete algum par craniano.
dias) que pode piorar.
3- SX. Do AVE Lacunar
2- de PEQUENAS ARTERIAS ( AVE LACUNAR)- * capsula interna, tálamo e base da ponte
20% dos casos. 1- Hemiparesia pura
- é um AVE isquêmico pequeno de ate 2 cm, - AVE lacular + comum!!!
localizado na região central do cérebro, - hemiparesia ou plegia
capsula interna, tálamo, gânglios da base, FASCIOBRAQUIOCRURAL contralateral, SEM
tronco encefálico ou na ponte→ que leva a déficit sensitivo ou afasia (  o  que  ≠  do  AVE  da  
isquemia FOCAL. cerebral  media  e  também  é  ≠  da  SX.  de  Foville  
- quase sempre ocorre em pacientes porque a paralisia é toda de um lado só, desde
hipertensos. a face ate o pé e já na sx. pontina ocorre sx.
- a maioria são assintomáticos, porem os cruzada)
acomete a capsula interna por onde passa o 2- Hemianestesia pura
feixe piramidal leva a hemiplegia - é a SX. de Dejerine-Rossy SEM dor talâmica (
contralateral. hemianestesia fasciobraquiocrural
contralateral SEM déficit motor.
3- Hemiparesia Atáxica
4- Sx. da Disartria-apraxia da mão (  “Mao  
desajeitada”)

1- Território CAROTÍDEO ou circulação anterior


* ART. CEREBRAL MÉDIA- ramo SUPERIOR * ART. CEREBRAL MÉDIA- ramo INFERIOR * ART. CEREBRAL ANTERIOR
( irriga a porção frontal) ( irriga o lobo parietal – é o lobo da irriga a porção anteromedial do córtex motor
( é o tipo de AVE + comum!) sensibilidade) que é responsável pela perna e pé.
- NÃO causa HEMILPEGIA nem HEMIPARESIA - sua lesão predomina no MEMBRO INFERIOR
- hemiplegia e hemiparesia CONTRALATERAL . contralateral → MONOplegia e
( poupa o pé) - ASTEROGNOSIA da mão contralateral ( não MONOparestesia e apraxia de perna e pé
- paralisia facial CENTRAL Contralateral reconhece objetos através do tato) CONTRALATERAL ( não afeta mão e face)
- disartria ( dificuldade de articular palavra) - HEMIANOPSIA contralateral

174
leve: língua desviada p/ lado hemiplégico HEMISFÉRIO ESQUERDO ( dominante): - Lesão BILATERAL da cerebral anterior ( é
- afasia de WERNICK ou sensorial ( principal raro)→ SX. Do LOBO FRONTAL ABÚLICA ou
- afasia de BROCA ou motora: só ocorre em sintomas): perde a compreensão da fala ( não Mutismo acinético: perde a iniciativa dos
AVE do hemisfério dominante ( Esquerdo) ou fala coisa com coisa e não compreende que te movimentos, ações , torna-se apáticos,
seja paciente com hemiplegia a direita - a área falam, mas a fala é fluente!). monossilábicos, com incontinência urinaria e
de broca se localiza no lobo frontal Esquerdo. - afasia de CONDUÇÃO: fala fluente e fecal. Os reflexos primitivos são liberados (
O paciente perde a fluência da fala, mas compreende tudo que fala, mas NÃO reflexo de preensão e sucção).
consegue entender tudo!. consegue repetir palavras.
- Sx. De GERSTMANN: desorientação
- desvio do OLHAR conjugado para o lado esquerda-direita +alexia ( não Lê) + agrafia (
OPOSTO a hemiplegia ( ou seja, desvio para o não escreve) + acalculia ( não calcula) +
lado da lesão cerebral)- indica lesão frontal! agnosia dos dedos ( não reconhece dedos)-
EVE isquêmico do lobo parietal E.
- APRAXIA IDEOMOTORA: o paciente não
consegue imitar gestos, como pentear cabelo,
beber água...
HEMISFÉRIO DIREITO ( não dominante):
- ANOSOGNOSIA: o paciente não reconhece
que seu lado esquerdo esta paralisado.
- HEMINEGLIGÊNCIA do hemicorpo e
hemiespaço esquerdo: o paciente ignora
totalmente seu lado E do corpo.

2- Território VERTEBROBASILAR ou circulação posterior: AVE do TRONCO ECEFÁLICO


* ART. CEREBRAL POSTERIOR ( segmento P2) * ART. CEREBRAL POSTERIOR ( segmento P1) * RAMOS DA BASILAR
- irriga a porção occipital “revela  o  que  meu   * Síndromes MESENCEFÁLICAS e TALÂMICAS: - paramedianos e circunferenciais curtos.
olho  vê” 1- SX. de WEBER ( mesencéfalo anterior)
- compromete a função VISUAL. - Hemiplegia da face, braço, perna e pé * Síndromes PONTINAS:
- HEMIANOPSIA CONTRALATERAL em ambos CONTRALATERAL +- paralisia do III° 1- SX. de FOVILLE ou MILLARD-GUBLER
os olhos( + freq) IPSILATERAL ( do mesmo lado da lesão) + - hemiplegia do braço e da perna (
- ilusão e alucinação visual - Parkinsonismo CONTRALATERAL. braquiocrural) CONTRALATERAL + paralisia do
Resumindo: sx. cruzada do 3ª par VI° ( abducente) + VII ° (do tipo paralisia facial

175
* no hemisfério ESQUERDO ( dominante): 2- SX. de CLAUDE ou BENEDIKT ( mesencéfalo periférica - toda hemiface com desvio da boca
- alexia sem agrafia: não consegue ler, mas médio-lateral) para lago bom) IPSILATERAL
consegue escrever. - ataxia e tremor CONTRALATERAL + paralisia - desvio do olhar conjugado PARA O MESMO
- anomia para cores do III° par IPSILATERAL LADO da HEMIPLEGIA. ( ao contrario da lesão
- agnosia visual de objetos frontal da arterial cerebral media)
* no Hemisfério DIREITO: 3- SX. de DEJERINE-ROUSSY ( tálamo) Resumindo: sx. cruzada do 7ª par.
- PROSOPAGNOSIA: incapacidade de HEMIANESTESIA ( perda de todas as
reconhecer rostos. sensibilidades) CONTRLATERAL + DOR 2- SX. da AICA- sx. pontina dorso lateral
talâmica CONTRALATERAL - Hemianestesia termoalgica CONTRALATERAL
* BILATERAL com lesão parcial: SEM perder a sensibilidade profunda
- SX. de BALINT: simultanagnosia ( OBS: o AVE de mesencéfalo que acomete o - Sx. vestibular: vertigem, nistagmo, náuseas e
incapacidade de reconhecer cenários e III° par manifesta-se: diplopia para o lado da vômitos
paisagens, o paciente reconhece apenas hemiplegia- estrabismo DIVERGENTE e - HIPOACUSIA e zumbido do lado afetado-
pequenos detalhes, mas não o todo- perda o vertical , ptose palpebral + MIDRÍASE não paralisia do VIII° par
scanner visual): apraxia óptica ( incapacidade fotorreagente. - Ataxia Cerebelar IPSILATERAL
de acompanhar objetos com olhar); ataxia Lesão do VI° causa: diplopia contraria a - paralisia do V° par ( trigêmeo) sensitivo (
óptica ( incapacidade de alcançar objetos com hemiplegia -estrabismo CONVERGENTE. anestesia da hemiface ipsilateral) e/ou
as mãos) paralisia do VII°
* BILATERAL com lesão extensa: CEGEUIRA MACETE: - SX. de HORNER ( miose, ptose, anidrose)
CORTICAL→ SX. de ANTON- cegueira cortical, * toda SX. mesencefalica, pontina e bulbar, na ipsilateral
mas o paciente não se sente cego! Para maioria vai ter hemiplegia ou hemianestesia - Desvio do olhar conjugado para o lado da
diferenciar de uma cegueira ocular é só testar contralateral e paralisia de par craniano hemiplegia
o reflexo fotomotor que estará preservado na ipsilateral→ SX.CRUZADA. ( toda SX. cruzada
cegueira cortical e abolido na cegueira ocular. indica lesão do tronco encefálico. 3- SX. PONTINAS MEDIAIS ( ramos
* SX. Pontinas e e Bulbares cursam com SX. paramedianos)
vestibular e Cerebelar - hemoplegia contralateral
OBS: o nistagmo VERTICAL quase sempre - perda da sensibilidade profunda( tátil,
indica que a lesão é CENTRAL ( tronco ou vibratória, proprioceptiva) CONTRALATERAL
cerebelo) SEM perder a termoalgica
OBS: HIPOACUSIA ocorre no AVE da AICA - paralisia do VI° par e do VII° par
OBS: desvio do olhar conjugado para o lado - ataxia cerebelar ipsilateral
da HEMIPLEGIA ocorre nos AVEs PONTINOS - Mioclonus do palato
OBS: o VII° par se localiza na PONTE. - desvio do olhar conjugado para lado
OBS: paralisia do V; VI, VII e VIII par- lesão da hemiplégico

176
PONTE
OBS: paralisia do IX; X e XII par indica lesão do
BULBO.
OBS: paralisia do III° par- lesão do
MESENCÉFALO
* ART. VERTEBRAL * ART. BASILAR * AVE do CEREBELO
* SX. BULBARES * SX. ISQUEMICA GRAVE E * SX. da ART.CEREBELAR SUPERIOR
1- SX. de WALLEMBERG ( bulbo lateral) PONTENCIALMENTE FATAL - ATAXIA CEREBELAR IPSILATERAL
- NAO HÁ DEFICIT MOTOR ( NAO acomete Trata-se de uma das mais graves síndromes de proeminente:
feixe piramidal) AVE isquêmico *TREMOR de INTENÇÃO
- paralisia do IX° e X° par (glossofaríngeo e 2 tipos: * DISMETRIA→prova dedo-nariz e calcanhar-
vago): musculatura envolvida na deglutição e * EMBOLIA DO TOPO BASILAR: joelho
fonação. A lesão do IX° causa disfagia para - instalação abrupta * DISDIADOCOCINESIA: incapacidade de
liquido e perda do reflexo de engasgo. E lesão - estado de sonolência, torpor e COMA ( realizar movimentos alternados→ pede pro
do X° par causa disfonia, paralisia das cordas estado comatoso) paciente alternar prono-supino de antebraço.
vocais., paralisia do palato ( úvula desvia para - diplopia e estrabismo - DISARTRIA CEREBELAR: fala escandida
lado oposto) - desvio do olhar conjugado para BAIXO
- hemianestesia contralateral e paralisia do V° - pupilas MEDIO-FIXA, pouco ou NÃO reagente - SX. vestibular:
par sensitivo ( anestesia da hemiface a luz * vertigens, náuseas e vômitos
ipsilateral) - quando acorda: CEQUEIRA CORTICAL, * nistagmo vertical ou horizontal
- SOLUÇOS incoercíveis alucinações visuais. - Reflexos tendinosos pendulares e hipotonia
- SX. vestibular - SX. de ANTON: cegueira cortical ano
- SX. de HORNER ( miose, ptose palpebral, reconhecida. OBS: o cerebelo possui intima conexão com os
anidrose) * TROMBOSE DA BASILAR: núcleos vestibulares do tronco encefálico (
- ataxia cerebelar ipsilateral - instalação  subaguda  em  “saltos” VIII° par).
2- SX. de DEJARINE - diversas manifestações de AVE pontino - ausência de disfunção de outros pares
-hemiplegia FLÁCIDA CONTRALATERAL- - episodio de AIT prévio cranianos.
poupa face - Tormbose de toda a basilar- SX.  “LOCKED-
- paralisia do XII° par ( HIPOGLOSSO)- faz o IN”- enclausuramento ( preso em si mesmo):
movimento da língua, na sua lesão causa: TETRAPLEGIA e diplegia facial, anestesia da
disartria grave, língua desvia para o lado face e do corpo, mexe apenas os olhos e
afetado da lesão cerebral e CONTRALATERAL somente para baixo, com desvio do olhar
à hemiplegia. conjugado para baixo, manutenção da lucidez.

177
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
Todo o paciente com DEFICIT NEUROLOGICO FOCAL SÚBITO > 15 1ª passo:
minutos : hemiplegia, afasia, disartria, heminegligencia, agnosia, Evitar: HIPOTENSÃO: fazer reposição volêmica, se deve manter a
amnésias, diplopia, vertigem central, paralisia de pares cranianos...) pressão para uma boa perfusão cerebral. OBS: a hipertensão arterial
↓ ate um certo valor é benéfica na fase aguda do AVE isquêmico para
INTERNAR o paciente + TC de crânio NÃO CONTRASTADA manter a perfusão cerebral.
↓ HIPO/HIPERGLICEMIA: quando > 200 fazer insulinoterapia-
A principal função da TC de crânio NÃO contrastada realizada na fase mantendo a glicemia inferior a 110 mg/dl
aguda é afastar AVE HEMORRAGICO ( ira aparecer imediatamente HIPERTERMIA: usar antitérmico
uma imagem HIPERDENSA ( branca) HIPER-HIDRATAÇÃO: pode levar a ↓ Na e EDEMA CEREBRAL
OBS: no AVE isquêmico só vai aparecer alteração na TC após 24-72
horas , e já no AVE hemorrágico aparece imediatamente ao evento 2ª passo:
agudo→ portanto em caso de TC normal + clinica compatível com AVE Avaliar CRITÉRIOS para o uso de TROMBOLÍTICO VENOSO ( rTPA=
→ o diagnostico se trata de um AVE ISQUÊMICO!!! alteplase). OBS: o único trombolítico que mostrou beneficio é o rTPA.
↓ INDICAÇOES:
Repetir o TC de crânio dentro de 72 horas→ presença de imagem * diagnostico clinico de AVE isquêmico com delta-T de ate 4 horas e
HIPODENSA ( cinza- preto)- se trata de um AVE isquêmico! meia
OBS: os AVEs de tronco cerebral e Lacunares são difíceis detectar na TC * TC de crânio EXCLUINDO AVE hemorrágico e SEM edema superior a
de crânio → neste caso a RNM mostra superior! 1/3 do território da cerebral media
*  IDADE  ≥  18 ANOS
* Quando a RNM de crânio é melhor que TC ? * Consentimento pelo paciente ou representante
- AVE isquêmico nas primeiras horas do evento agudo ( detecção * ausência de CONTRAINDICAÇOES
PRECOCE do AVE isquêmico na fase AGUDA)
- AVE isquêmico de tronco, cerebelo, e lacunar ( em qualquer tempo) CONTRAINDIÇACÕES:
- AVE HEMORRAGICO em qualquer época
Outros exames solicitados na admissão do paciente: - AVE isquêmico > 4,5 horas e < 3 meses
- hemograma - TEC e IAM < 3 meses
- glicemia - hemorragia digestiva ou sangamento geniturinário < 3 semanas
- bioquímica básica - grande cirurgia < 2 semanas
- lipidograma - crise convulsiva no inicio do quadro
- coagulograma - “ËXTREMOS”:  déficit  neurológico  muito  leve  ou  que  esteja  
- ECG e marcadores de necrose miocárdica melhorando rapidamente, ou então muito grave com estupor/ coma
- PA > 185/110 mmHg
- Plaquetas < 100.000

178
COMO EVITAR O PROXIMO AVE- PREVENÇÃO SECUNDÁRIA? - uso de heparina nas ultimas 48 hrs com alargamento do PTT e
Exames: aumento do INR
1- Duplex-scan de carótida e vetebrais; angio TC e angio RM: investiga - anemia com Ht < 25%
se tem aterotrombose extracraniana. Nos casos inconclusivos fazer - glicose < 50 ou > 400
Doppler transcraniano.
2- ECG: avalia FIBRILAÇÃO ATRIAL. IAM anterior, flutter atrial ↓
3- Ecocardiograma: avalia trombo ou condição emboligênica. * se foi feito o rTPA→ NÃO usar ASS ou HEPARINA dentro de 24 hrs
↓ OBS: existe um risco do AVE isquêmico sofrer degeneração
Esses exames vão ajudar diferenciar o AVE aterotrombótico, lacunar e hemorrágico em quase 10x quando usado o trombolítico!
Cardioembólico. → após esse período de 24 hrs após uso de trombolítico pode iniciar
* CONDUTA APÓS 3 DIAS DE AVE CADIOEMBÓLICO: ASS e heparina em doses PROFILÁTICAS pelo ao menos nos primeiros
- anticoagulação PLENA ( a partir do 3ª dia ou do 7ª dia nos AVEs de 3 dias ( NÃO usar em doses plena na abordagem inicial devido ao risco
grande tamanho ou após 3 semanas -21 dias caso tenha havido de degeneração hemorrágica -passar de AVE isquêmico para
degeneração hemorrágica.) * Warfarin deve ser mantido por 3 meses hemorrágico!)
nos pacientes por IAM da parede anterior ou indefinido na presença Dose da Heparina profilática: exoxaparina 40 mg/dia SC ou HNF 5000
de FA crônica. Manter o INR entre 2-3. UI SC de 8/8 hrs.
- pode associar o warfarin ao ASS nos pacientes que tiveram um novo OBS: caso haja degeneração hemorrágica do AVE, suspender a
evento tromboembolitico na vigência de terapia com cumarinico. anticoagulação e esperar 3 semanas para reinicia-la.

* CONDUTA APÓS AVE ATEROTROMBOTICO: Existe uma única exceção a regra: Trombose da BASILAR ( caso típico
- NÃO há necessidade de anticoagulação AVE isquêmico aterotrombotico em evolução) → indicar
- usar ASS 50-325 mg/dia com ou sem dipiridamol de liberação lenta- HEPARINIZAÇÃO PLENA para evitar a evolução para a SX. de Locked-in.
nome comercial é aggrenox. Dose da Heparina plena: enoxaparina 1 mg/kg SC de 12/12 hrs ou HNF
Nos alérgicos com intolerância ao ASS usar clopidogrel- 75 mg/dia IV em bomba infusora.
OBS: não utiliza associar o ASS ao clopidogrel, pois aumenta a chance
de sangramento. * se o paciente PIORAR após uso do trombolítico?
- Controlar fatores de risco - sangramento, piora neurológica, PA > 185x110 mmHg...
* QUANDO INDICAR CIRURGIA- ENDARTERECTOMIA CAROTÍDEA? Realizar imediatamente CRIOPRECIPITADO ( repõe fibrinogênio),
- Em caso de estenose entre 70-99% da carótida e SINTOMÁTICOS)→ mesmo antes da confirmação por exame de imagem, pensando em
realizar exame invasivo- angiografia que é padrão-ouro para guiar a AVE hemorrágico.
cirurgia de endarterectomia e outro exame não invasivo : anigo-TC,
angio- RM e duplex-scan. ↓
- deve ser realizada nas primeiras 2 semanas após o evento * se NÃO foi feita o rTPA iniciar ASS 100-300 mg/dia e heparina
- reduz 65% de risco de AVE isquêmico nestes pacientes. PROFILÁTICA subcutânea a fim reduzir o risco de TVP e TEP.

179
OBS: em caso de estenose entre 60-99% e ASSINTOMATICOS, NÃO CONDUTA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL
esta indicado tratamento cirúrgico. * NÃO usar anti-hipertensivo nos primeiros 3 dias do AVE isquêmico, a
Outra opção de cirurgia: ANGIOPLASTIA CAROTÍDEA com STENT NÃO SER:
O que é ESCALA de NIHSS? - PA > 220 x 120 mmHg- usar em todos os pacientes
Escala usada para graduar o déficit neurológico do AVE isquêmico, que - PA > 185 x 110 mmHg -usar nos candidatos a rTPA
pontua o paciente de 0 a 42 pontos ( 0 = ausência de déficit; 42 = pior - emergência HTA: encefalopatia hipertensiva, IAM, dissecção da
déficit) . aorta, eclampsia, EAP)
Em geral os melhores resultados do rTPA em AVE isquêmico obtidos ↓
em paciente com NIHSS entre 4 e 22. NIHSS > 22 é considerado AVE O anti-hipertensivo de escolha: Labetolol venoso ( B-bloq.) ou
grave e prognostico ruim. Nitroprussiato de Sodio
O NIHSS é muito usado para avaliar a resposta ao trombolítico, OBS: para iniciar o uso de rTPA a PA deve ser ≤ 185 x 110 e deve ser
considerando positiva quando há uma redução de 8 pontos na escala mantida < 180/105 mmHg nas 24 hrs seguintes ao uso de
ou quando o paciente apresenta NIHSS ≤ 1 ( melhora completa do trombolítico.
quadro após o uso do trombolítico)

ATAQUE ISQUÊMICO TRNASITÓRIO (AIT)

AIT MANIFESTAÇÃO CLINICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO E PROGNÓSTICO


Definição: evento agudo de 3 mecanismos explicam os AIT: Exame de escolha: Escore ABCD2- varia de 0 a 7
isquemia encefálica NÃO 1- AIT de baixo fluxo em ↓ pontos:
associada a INFARTO CEREBRAL. GRANDES artérias: RNM de difusão( DWI) nas * Age ( idade)  ≥  60  anos  =  1  ponto
- ausência de Infarto cerebral! - estenose de grande artéria primeiras 24 hrs * Blood pressure ( PA)  =  ≥  140/90  
extracraniana ( carótida, Avalia se houve infarto cerebral, = 1 ponto
OBS: considerando todos os AIT vertebral) ou seja , se estamos diante de um * Clinica: paresia ou paralisia = 2
num só grupo, a maioria dura ate - os déficits neurológicos duram AVE isquêmico ou se é um AIT ( pontos; apenas distúrbio da fala =
10-15 minutos, e o paciente MINUTOS que se repetem no sem infarto cerebral) logo nos 1 ponto e outros déficits
quando chega ao hospital não mesmo dia ou diariamente. primeiros 30 minutos após o inicio neurológicos = 0 ponto
tem mais déficit neurológico. - os episódios costumam ser dos sintomas. * Duração ≥  60  minutos  =  2  
estereotipados, ou seja, o mesmo pontos; entre 10-59 min = 1
O que é AMAUROSE FUGAZ? déficit vai e volta. * a TC de crânio sem contraste ponto; e < 10 = o pontos.
É um tipo de AIT especial. 2- AIT Lacunar- AIT de baixo fluxo fica em 2ª plano! * Diabetes = 1 ponto
Sx.caracterizada por uma súbita em pequenas artérias:
perda visual unilateral, como se - são menos intensos que os AIT - avaliar qual foi o mecanismo que O risco de AVE isquêmico nas

180
uma faixa ou cortina caísse sobre de grande artérias causou o AIT: próximas 48 hrs é de acordo com
o olho do paciente. Dura alguns - também causam déficits * ECG e Ecocardiograma: avalia o ABCD2:
segundos e tende a se repetir. neurológicos estereotipados. risco cardioembólico 6- 7 pontos: alto risco ( 8,1%)
O mecanismo mais provável é a 3- AIT EMBÓLICO: * Duplex-scan, angio TC e angio- 4- 5 pontos: médio risco ( 4,1%)
doença aterotrombótica do sifão -fonte emboligênica ( carótida, RM- avaliação não invasiva nos 0-3 pontos: baixo risco ( 1%)
carotídeo, enviando vertebral ou coração) fenômenos ateroembólicos. OBS:  todo  paciente  ≥  3  deve  ser  
microêmbolos para artéria - os déficits são + duradouros – * Doppler transcraniano, angio- internado para monitorização.
oftálmica ( primeiro ramo da duram HORAS TC e angio-RM: avalia vasos
carótida interna). - os déficits neurológicos são + intracranianos. TRATAMENTO
O prognostico é melhor que os discretos Prevenir o AVE isquêmico
outros tipos de AIT. - possuem < frequência de * AIT cardioembolico: warfarin-
repetição . manter INR entre 2-3
* AIT aterotrombótico: AAS 50-
325 mg/dia com ou sem
dipiridamol de liberação lenta ou
clopidogrel em alérgicos
* AIT aterotrombotico carotídeo:
Edarterectomia carotídea em
caso de estenose entre 70-99% ou
Angioplastia carotídea com stent.

AVE HEMORRÁGICO- 15% dos casos

HEMORRAGIA CLÍNICA E DIAGNÓSTICO PROGNÓSTICO TRATAMENTO COMPLICAÇÕES


SUBARACNOIDE ( HSA)
Definição: inundação do TRÍADE: - Letalidade no 1ª mês: Todo paciente é 1- Ressangramento ( +
espaço subaracnoide por - Cefaleia súbita de forte 45%- sendo que 10% considerado grave! grave e + temida)- 20%
sangue. intensidade ( pior cefaleia morre antes de chega no Internar o paciente na UTI nos primeiros 7 dias .
da vida!) hospital. → monitorar a PAM e PIC
CAUSAS: - sincope ( 50% dos casos) - metade dos → repouso absoluto 2- Vasoespasmo( é a que
1- RUPTURA de um - rigidez de nuca- demora sobreviventes apresenta → iniciar nimodipina – é deixa + sequelas)- 20 a
ANEURISMA SACULAR- de 12 a 24 hrs para se déficit neurológico um bloqueador do canal 30% entre 3-14 dias ( +
geralmente em > 35 anos instalar irreversível. de Ca com efeito comum no 7° dia) - leva a

181
– localizado em artérias - vômitos CRITÉRIOS de HUNT-HESS: neuroprotetor que ↓ a isquemia e infarto
do polígono de Willis. OBS: frequente o evento é feito logo na admissão do sequela isquêmica do cerebral. O diagnostico é
2- RUPTURA de uma desencadeado por esforço paciente: vasoespasmo confirmado pelo Doppler
MALFORMAÇÃO físico ou ato sexual. Grau 1: assintomático ou → em caso de transcraniano.
VASCULAR- geralmente cefaleia leve hipertensão- fazer - o tratamento do
entre 10-30 anos. EXAME FISICO: Grau 2: cefaleia moderada labetalol ( manter a PA < vasoespasmo: terapia do
OBS: o risco de roptura é - fundoscopia: a intensa, rigidez de nuca 140 mmHg) TRIPLO H ( hipertensão +
proporcional ao seu HEMORRAGIA SUB- Grau 3: sonolência, → suspender ASS, hipervolemia +
tamanho HIALOIDE- sangue entre o confusão mental, leve heparina e warfarin caso hemodiluição) –
vítreo e retina- indica mal déficit focal o paciente faça uso, alem prescrever hidratação
FATORES DE RISCO: prognostico. Grau 4: torpor, déficit de usar antídoto de venosa pra aumentar a PA
- idade entre 30 e 65 anos Em alguns casos pode significativo heparina para reverter o para 160 x 100 mmHg-
- tabagismo apresentar déficit Grau 5: coma, postura de efeito da heparina e fazer clipagem precoce do
- alcoolismo neurológico focal: descerebração. warfarin ( protamina e vit. aneurisma
- HTA - Ruptura de aneurisma da K + plasma fresco ou 3- Hidrocefalia- 15%
- historia familiar ( + ) comunicante posterior: ESCALA de FISHER: complexo protrombinico) * hidrocefalia aguda
- sx. de Ehler-Danlos apresenta sx. do III° par ( - avalia a quantidade de OBS: a profilaxia para TVP hiperbarica: complicação
- rins policísticos ptose, midriase, sangue subaracnoide, deve ser feita apenas com aguda ( HIC, agravamento
estrabismo divergente do indica o risco de métodos mecânicos: do quadro neurológico-
Quais as LOCALIZAÇÕES + mesmo lado da lesão.) vasoespasmo através de meias compressivas. indicação de derivação
comum dos aneurismas? - Ruptura do aneurisma na TC de crânio não ↓ ventricular externa.
1- comunicante ANTERIOR comunicante anterior: contrastada: Angiografia ( arteriografia * Hidrocefalia crônica
( + comum) hemiparesia abulia ( Grau 1: sem sangue, o cerebral) normobárica: sequela
2- comunicante Posterior mutismo acinético) diagnostico é feito pela ↓ tardia ( demência +
na junção com carótida punção lombar Fazer intervenção precoce apraxia de marcha +
interna Grau 2: laminas verticais do aneurisma descontrole esfincteriano-
3- bifurcação da artéria DIGNÓSTICO: < 1 mm precocemente nos indicação de derivação
cerebral media - TC de crânio NÃO Grau 3: laminas > 3 mm primeiros 3 dias= ventriculoperitoneal.
CONTRASTADA: Granu 4: hemoventriculo. NEUROCIRURGIA
demonstra sangue no → clipagem do aneurisma 4- Hiponatremia: nas
espaço subaracnoide ( Ou primeiras 2 semanas.
imagem HIPERdensa). → terapia endovascular- 2 causas:
* sensibilidade de 95% ate embolização em coli * SIADH ( sx. da secreção
72 hrs do evento. inapropriada de hormônio

182
OBS: RNM é pior que TC antidiurético): paciente
pra diagnosticar HSA. esta com ↓ Na e
.... no caso de TC normal, normovolêmico
mas com forte suspeita de -acido úrico ↓
HSA→ fazer: - densidade urinaria ↑
↓ - sede normal ou ↓
*exame PADRÃO-OURO p/ * Cerebropatia perdedora
HSA: - PUNÇÃO LOMBAR: OBS: não fazer punção de sal: o paciente esta
* > 100.000 hemácias + lombar na presença de hipovolêmico, com sede
aspecto xantocrômico ( Hipertensão Intracraniana,
cor amarela proveniente devido ao risco de - fazer suplementação de
da bilirrubina- produto de herniação. sal oral, soro fisiológico ou
degradação da salina hipertônica ( evitar
hemoglobina) do restrição hídrica pelo risco
sobrenadante. de vasoespasmo)
* glicose normal
* proteínas ↑

Logo após feito o


diagnostico de HSA, se
deve realizar exame de
neuroimagem para
identificar o ANEURISMA:
- Padrão-ouro:
ANGIOGRAFIA cerebral
convencional de 4 vasos.

183
HEMORRAGIA PATOGÊNSE e FISIOPATOLOGIA CLÍNICA e DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
INTRAPARENQUIMATOSA-HIP
Definição: formação aguda e PATOGÊNSE: Geralmente conta uma historia de - internar na UTI TODOS os
espontânea de uma coleção de 1- Hemorragia Hipertensiva: paciente hipertensivo não pacientes
sangue ( hematoma) no degeneração da paredes de controlado! - em caso de glasgow ≤ 8 →
parênquima encefálico. pequenas artérias perfurantes, - Cefaleia súbita de forte intubação com VM e
- extremamente letal, levando a leva a ruptura e formação de intensidade + monitorização da PAM ( cateter
óbito 50% dos casos falsos microaneurismas de - déficit neurológico focal que se radial) e PIC ( ventriculostomia)
PRINCIPAIS CAUSAS: Charcot-Bouchard, que podem se instala em 1-3 hrs ( o putame é o - suporte ventilatório
1- Hemorragia hipertensiva romper. local + acometido da HIP)+ - controle glicêmico,
2- Angiopatia amiloide 2- Angiopatia amiloide: -Rebaixamento da consciência hidroeletrolitico e da temperatura
microdepósitos de betapeptídeo em 3-6 hrs corporal
TIPOS + COMUM: amiloide em pequenas artérias Alem de agravamento da - - suspender AAS, heparina e
1- Hemorragia corticais ou na junção hipertensão ( pico warfarin- reverter seu efeito com
intraparenquimatosa corticossubcortical; os depósitos HIPERTENSIVO) ; rigidez de nuca protamina ( no caso de heparina)
hipertensiva ( principal) causam fraqueza da parede e convulsões. e Vit K + plasma fresco ou
2- Hemorragia lobar pela vascular que se rompem. É uma complexo protombínico ( no caso
angiopatia amiloide ( em idosos) doença de IDOSOS ( > 65 anos) e DIAGNÓSTICO: TC de crânio SEM de warfarin).
pode vir associada à doença de contraste- lesão HIPERDENSA ( - tratar hipertensão arterial=
FATORES DE RISCO: Alzheimer. branca) droga de escolha: Labetalol.
* HTA ( principal) FISIOPATOLOGIA: - Controlar a PIC
* raça negra O hematoma cresce ao longo de SÍNDROMES CLÍNICAS:
* idoso 3-6 hrs, formando em seguida um 1- Hemorragia do Putame- * COM PIC- hipertensão intra-
* angipatia amiloide coagulo. Em volta do hematoma núcleos da base (30-40% dos craniana:
* alcoolismo surge edema vasogênico e casos- + comum) - cabeceira elevada- 30-45°
* hipocolesterolemia citotóxico ( isquêmico) em 12-72 - comprime a capsula interna e da - hiperventilação
* anticoagulantes hr, contribuindo para o efeito em hemiparesia/ plegia e parestesia - manitol
* trombolíticos massa que, provoca desvio da fasciobraquiocrural contralateral, - baixar a PAM de forma a manter
* hemorragia tumoral linha media→ herniação → disartria, desvio do olhar a PPC entre 60-80 mmHg
morte. Pode também ocorrer conjugado contra a hemiparesia. OBS: PPC= PAM-PIC
OBS: sitos + frequentes de AVE ruptura do hematoma, levando a Pode haver afasia motora na OBS; nunca deixar PAS > 200 e
hemorrágico hidrocefalia aguda hiperbárica. hemorragia putaminal E. PAM > 150 mmHg ( sempre
itraparenquimatoso: Após 2-3 sem o edema regride. 2- Hemorragia Lobar (30%) tratar)
- PUTAME ( núcleos da base) - forma + comum de IDOSOS > 70

184
- Tálamo anos, NÃO hipertensos ou leves
- Cerebelo - crise convulsiva em 10% dos * SEM PIC:
- Ponte casos - tratar PA sistólica > 180 mmHg
- o déficit neurológico depende do ou PAM > 130 mmHg, objetivando
lobo acometido. PAM de 110 mmHg ou PA em
3- Hemorragia Talâmica ( 15- torno de 160 x 90 mmHg.
20%)
- hemiparesia ( anestesia) e Cirurgia: hematoma > 3 cm
hemiplegia fasciobraquiocrural
contralateral, afasia motora com OBS: para os pacientes que
preservação da repetição , sobrevivem e encontram-se
heminegligencia, distúrbios lúcidos  (“os  grandes  sortudos”)  –
pupilares e da oculomotricidade, a recuperação do déficit
miose ipsilateral ( sx. de neurológico é melhor que do AVE
HORNER), anisocoria não isquêmico, já que não ocorreu
fotorreagente; desvio do olhar morte neuronal. Entretanto a
para baixo e para dentro ( recuperação é lenta e a
convergência), desvio do olhar recorrência é mínima.
conjugado para lado hemiplégico,
nistagmo de retração.
4- Hemorragia Cerebelar (10-
15%)
Vertigem, vômitos repetidos,
ataxia de marcha, desequilíbrio e
cefaleia occipital.
- desvio do olhar conjugado
contrario ao lado da hemorragia
- paralisia do VI° par ipsilateral
- NÃO há déficit moror!!!
5- Hemorragia Pontina (5-10% ):
Pupilas puntiformes (< 1mm)
reagentes a luz.
- coma profundo, tetraplegia,
postura de descerebração.

185
NERVOS CRANIANOS
I° par- OLFATÓRIO - puramente SENSITIVO
II° par- ÓPTICO - puramente SENSITIVO- responsável pela visão.
III° par- OCULOMOTOR NERVO NORMAL:
- movimenta os olhos para dentro ( ADUÇÃO) e para BAIXO; alem de ELEVAR a PÁLPELBRA.
- através de suas fibras simpáticas provoca MIOSE, e acomodação visual para perto- CONVERGÊNCIA.
LESÃO DO III° par:
- diplopia
- estrabismo DIVERGENTE
- MIDRÍASE
- PTOSE palpebral
IV° par- TROCLEAR NERVO NORMAL:
- movimenta os olhos para BAIXO e apara FORA
LESÃO DO IV° par:
- diplopia
- estrabismo com olho afeta para DENTRO e para CIMA- “olhar  patético”
VI° par- ABDUCENTE NERVO NORMAL:
- movimenta o olho para fora ( ABDUÇÃO)
LESÃO DO VI° par:
- diplopia
- estrabismo CONVERGENTE ( o olho acometido não olha para fora)
V° par- TRIGÊMIO Tem 1 porção SENSITIVA e um porção MOTORA.
NERVO NORMAL:
* Porção SENSITIVA: seu núcleo se estende por todo tronco encefálico ( mesencéfalo, ponte e bulbo)
- é responsável pela SENSIBILIDADE da HEMIFACE
* Porção MOTORA: núcleo localizado na ponte media
- formado pelos MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS
LESÃO DO V° par:
* SENSITIVO: anestesia e parestesia na hemiface.
* MOTOR: paralisia dos músculos mastigatórios ( desvio da mandíbula)
VII° par- FACIAL NERVO NORMAL:
( origem na Ponte) - responsável pela musculatura da mímica facial
- sensibilidade nos 2/3 anteriores da língua.
LESÃO DO VII°:

186
- paralisia facial
VIII° par- VESTIBULO- - puramente SENSITIVO
COCLEAR - tem 2 porções: COCLEAR: responsável pela audição e VESTIBULAR: responsável pelo equilíbrio.
IX° e X°- - são pares cranianos que tem origem no BULBO ( principais pares cranianos bulbares)
GLOSSOFARÍNGEO e NERVO NORMAL:
VAGO * IX° e X° par:
- inerva a musculatura da deglutição e fonação
- reflexo do engasgo
- responsável pela sensibilidade dos outros 1/3 posteriores da língua
LESÃO DO IX° par:
- DISFAGIA para líquidos e perda do reflexo do engasgo
LESÃO DO X° par:
- DISFONIA e paralisia das cordas vocais, disfagia para líquidos e do palato ( úvula desviada para o lado oposto à lesão)
XI° par- ACESSÓRIO ou - origem no BULBO e MEDULA CERVICAL
ESPINHAL NERVO NORMAL:
- inerva o músculo ECM ( esternocleidomastoideo)- faz rotação da cabeça para lado oposto
- inerva o músculo TRAPÉZIO ( elevação de ombro)
LESÃO DO XI° par:
- desvio da cabeça para o lado afetado e dificuldade para girar a cabeça para lado não afetado, e não eleva o ombro.
XII° par- HIPOGLOSSO NERVO NORMAL:
- movimenta a LINGUA.
LESÃO DO XII° par:
- DISARTRIA e desvio da língua para o lado afetado

PARALISIA FACIAL CENTRAL PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA


- paralisia da HEMIFACE CONTRALATERAL A LESÃO CEREBRAL e do - paralisia da HEMIFACE IPSILATERAL A LESÃO CEREBRAL ( do mesmo
mesmo lado da hemiplegia do corpo. lado ) e contralateral a hemiplegia do corpo.
- POUPA A HEMIFACE SUPERIOR- AFETA APENAS O QUADRANTE - acomete TODA HEMIFACE ( incluindo olho e testa, o paciente se
INFERIOR DA HEMIFACE ( o paciente fecha normalmente os olhos e queixa de não conseguir fechar o olho)
franze a testa- porque a porção superior da face recebe inervação - desvio da RIMA FACIAL para o lado NÃO PARALIZADO ( EX: paralisia
bilateral) . do lado E e desvio da rima labial para lado direito)
- desvio da RIMA LABIAL para lado NÃO PARALIZADO - A paralisia facial periférica causa lesão DIRETA do NERVO CRANIANO,
- a paralisia facial central decorre da lesão do FEIXE manifestando-se do mesmo lado da lesão e acometendo toda

187
CORTICONUCLEAR ( via motora do córtex ao núcleo do nervo hemiface.
craniano), acometendo a hemiface contralateral a lesão – devido ao - O par craniano responsável pela musculatura da mímica facial é o VII°
cruzamento das fibras no tronco e poupa a fronte e o músculo par ( facial)
orbicular do olho. O que é paralisia de BELL?
É a causa + comum de paralisa facial. Inicio súbito com progressão nos
primeiros 14 dias, sendo o déficit Maximo nos primeiros 4 dias.
Acredita-se que pode esta relacionada com INFECÇÃO VIRAL do nervo
facial ( principalmente HERPÉTICA).
- diagnostico é clinico
- TTO: aciclovir e predinisona

188
TERAPIA INTENSIVA

-INSTABILIDADE HEMODINÂMICA

CHOQUE CIRCULATÓRIO CHOQUE OBSTRUTIVO ( EXTRACARDIACO)- principal CHOQUE CARDIOGÊNICO – principal causa: lesão direta
* Fisiopatologia: ↓ da causa: tamponamento cardíaco; pneumotórax no ♥, ou anormalidades mecânica do ♥ ( falência de
perfusão tecidual, que hipertensivo e TEP bomba)
leva a disfunção celular e ↓ DC ↓ DC ( < 2,2 L/min)
a falência orgânica. ↑ RVP ↑ RVP
* Patogênese: ↓ PRÉ-CARGA ↑ da PRÉ-CARGA
↓  O2 ↑ PVC ↑ PVC
Acidose metabólica POAP e PCaP ( PCP) normal ↑ POAP ( pressão de oclusão da artéria pulmonar) e da
↑ do lactato sérico ( PCP ↑ ( pressão capilar pulmonar) > 18 mmHg
melhor indicador de má Os objetivos do tratamento geral pra choque é: OBS: é o único que cursa com PCP ↑.
perfusão tecidual e de Manter a PAM > 65 mmHg; POAP 15-18 mmHg;
prognostico do paciente hemoglobina > 7 g/dl; SatO2 > 90-92%; lactato em queda * TRATAMENTO:
com choque)→ leva a ( > 10% dentro das 2 primeiras horas), redução excesso - IOT
acidose metabólica→ de base ( BE) e diurese > 0,5 ml/kg/hr. - dobutamina 5 mg/kg/min) ( droga inotrópica )
hiperventilação. O método mais utilizado para monitorar a PA em
pacientes chocados é através do cateter de Swan-Ganz;
* Quais os principais que é introduzido na veia jugular direita. Tem objetivo de
mediadores diferenciar os tipos de choque, avalia PVC, POAP, PCP...
inflamatórios que CHOQUE HIPOVOLÊMICO - principal causa: choque CHOQUE DISTRIBUTIVO- é caracterizado pela
participam na lesão do hemorrágico vasodilatação, com padrão característico de ↓ RVP e ↑ DC
choque? ↓ DC ( hipodinâmico) que leva a hipotensão . Principal causa: choque séptico
As CITOCINAS ( TNF e IL- ↑ RVP ↑ DC ( hiperdinâmico- vasodilatação sistêmica intensa)
1) ↓ PRÉ-CARGA ↓ RVP
↓ PVC ( valor normal é de 5 mmHg) ↓ PRÉ- CARGA
* Qual o melhor ↓ POAP e PCP POAP e PVC normal ou ↓
parâmetro clinico que - ocorre desvio da curva de dissociação da Hb para a TIPOS DE CHOQUE DISTRIBUTIVO:
avalia a reposição direita, com maior liberação de O2 aos tecidos. * séptico
volêmica e a perfusão - ↑ relação lactato piruvato, decorrente do metabolismo * anafilático : resulta de uma resposta sistêmica IgE
tecidual é o ? anaeróbico mediada a determinado alérgeno.
DEBITO URINÁRIO - desvio da circulação para órgãos vitais ( cérebro e ♥) Tratamento: IOT + reposição volêmica 10 a 20 ml/kg +

189
- ocorre taquicardia em resposta a hipovolemia. adrenalina EV: 1 ampola de adrenalina diluída em 9 ml
* Qual é a complicação * A partir de qual grau de perda volêmica ocorre de SF: infundir 1 ml de solução diluída + hidrocortisona 5
mais comum na hipotensão arterial e se deve repor sangue? a 10 mg/kg
ressuscitação volêmica Grau III ( de 30 a 40% de perda= 1.500 a 2.000 ml): PA * neurogênico: após trauma raquimedular, TCE: é o
com soro fisiológico? <90; FC > 120 e debito urinário de 5 a 15 ml/hr) único choque que cursa com HIPOTENSÃO +
Acidose hiperclorêmica e BRADICARDIA ( os outros tipos de choque cursam com
hiperosmolaridade. * TRATAMENTO: hipotensão e taquicardia), FC normal; pulso cheio,
- entubação orotraqueal dilatação venosa ( ↓ PVC)
Qual o choque + comum - reposição volêmica (10 a 20 ml/kg) ou coloide ( 5ml/kg) * endocrinológico: crise adrenal
na população pediátrica? - perda maior que 30% de sangue ou PA < 90 mmHg- * tóxico: SX. DO CHOQUE TÓXICO: é causada por uma
Choque hipovoLêmico ( transfusão de concentrado de hemácias ( 5 a 10 ml/kg) enterotoxina stafilocócica ( S. aureus) e S. pyogenes,
por diarreia) - droga vasopressora ( noradrenalina ou dopamina) associada ao uso de tampões vaginais pelas mulheres.

SEPSE EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA TRATAMENTO


SIRS ( Sx. De resposta *Principais focos iniciais CRITERIOS PARA SIRS ( 2 OU +) 1) reposição volêmica agressiva: infusão de
inflamatória sistêmica), da sepse no Brasil e no 1) T° > 38° ou < 36°C fluidos IV:
caracteriza por 2 ou + das mundo são: pulmão, 2) FC > 90 1.000 ml de cristaloide ( de escolha) ou 300 a 500
seguintes achados: abdome e trato urinário. 3) FR > 20 ou pCO2 < 32 de coloide com intervalo de 30 minutos.
1) T° > 38° ou < 36°C 4) leucograma > 12.000 ou <
2) FC > 90 *Quais os microrganismos 4.000 ou > 10% de bastões. * objetivos precoces necessários a serem
3) FR > 20 ou pCO2 < 32 relacionados com as SEPSE= SIRS + evidências de atingidos em 6 horas= EARLY-GOAL:
4) leucograma > 12.000 ou maiores taxas de infecção. - PVC entre 8-12 mmHg
> 10% de bastões. mortalidade? - PAM  ≥  65
Pseudomonas aeruginosa OBS: nos IDOSOS e em - debito  urinário  ≥  0,5
SEPSE e cândida Sp. IMUNOCOMPROMETIDOS os - Sat, venosa central ≥  70 ou  Sat.  Venosa  mista  ≥  
Definida por 2 dos critérios sinais clínicos e os parâmetros 65%.
da SIRS + evidencia * a incidência de sepse laboratoreais sugestivos de
infecciosa. vem AUMENTANDO nos sepse podem estar ausente ( ex: Se não houver melhora da SvO2 mesmo após
últimos anos, porem a a febre nem sempre esta ressuscitação inicial de volume, se deve:
SEPSE GRAVE taxa de mortalidade vem presente, a alteração do estado - infundir  hemácias  para  manter  o  hematócrito  ≥  
Sepse + um ou + sinais de diminuindo. E a mental é muito frequente). 30%.
disfunção orgânica: mortalidade brasileira - iniciar infusão de dobutamina ( Max. De 20
1) hipotensão (≤90 mmHg) chega ao dobro da DIAGNÓSTICO: mg/kg/min)

190
2) confusão mental mortalidade encontrada 1) hemograma 2) ATB: ± 7 a 10 dias.
3) oliguria (< 0,5 ml/kg/h) em países desenvolvidos. 2) coagulograma ( na CID vai ter Iniciar logo após coleta da hemocultura com
4) hipóxia PATOGÊNSE: alargamento do PTT), com tratamento empírico, e depois do resultado da
5) acidose metab. (lactato Na sepse ocorre: fibronogenio baixo e elevação do cultura se deve reduzir o espectro do antibiótico.
≥  4) ↑ da resistência a insulina D-dimero )
6) CID - estado de hiperglicemia 3) função hepática 3) vasopressores: para  manter  a  PAM  ≥  65  
7) disfunção hepática - catabolismo das 4) albumina sérica: queda da quando a infusão de líquidos não resolver =
proteínas musculares albumina em 24 hrs durante a - noradrenalina ( de escolha no choque séptico-
CHOQUE SÉPTICO - ↑ da proteólise muscular sepse. tem ação vasoconstrictora e induz a menor
Sepse grave + hipotensão - ↑ do ácido lático 5) PCR ↑ taquicardia que a dopamina) e dopamina
NÃO responsiva a - liberação de citocinas 6) glicemia
administração de volume pró-inflamatórias ( TNF e 7) lactato ↑ 3 a 5 x ( lactato 4) inotrópicos: administrar na presença de
por 1 hr ( 1 a 2 L em 1-2 IL-1) normal ate 2-3 mmol/L disfunção cardíaca ( indicada pela SVO2 baixa e ↓
hrs ou 40 ml/kg) - ativação das vias de 8) gasometria: acidose DC))= dobutamina
coagulação – CID 9) hemocultura: devem ser
CHOQUE SÉPTICO - ↑ níveis de oxido nítrico coletadas 2 ou 3 amostras, uma 5) hidrocortisona: não esta indicado
REFRATÁRIO - vasodilatação periférica, antes do inicio do ATB. OBS: a rotineiramente: somente em casos de CHOQUE
Choque NÃO responsivo a ocorrendo um ↑ hemocultura são negativas em REFRATÁRIO paciente não responde a
vasopressores compensatório do DC e ↓ 50%, e se vier com resultado ressuscitação volêmica e nem a vasopressores.)
RVP negativo não afasta o
SX. DA DISFUNÇÃO DE - falência respiratória ( é o diagnóstico de sepse. 6) Proteina C recombinante: eficaz em reduzir a
MULTIPLOS ÓRGÃOS: órgão mais vulnerável na 10) RX de tórax mortalidade na sepse grave nos paciente com
ocorre necrose dos sepse. critérios de APACHE II  ≥  25  e  /ou  2  ou  mais  
enterócitos. OBS: qual é o marcador mais disfunção orgânica. OBS: esta contraindicada em
especifico para diferenciar sepse sangramento ativo, AVC hemorrágico, TCE < 2
grave e choque da SIRS? meses, plaquetas < 30.000.
Procalcitonia ( é liberado em
situações de grande estresse) 7) transfusão de concentrado de hemácias qdo
Hb ≤ 7.

191
SINDROME DA INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

INSUF. RESPIRATÓRIA CLASSIFICAÇÃO


Insuficiência Respiratória = 1) DISTURBIO DA TROCA GASOSA= leva a INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIA TIPO 1 ou HIPOXÊMICA que cursa com
PaO2 < 60 e PCO2 > 50, HIPOXEMIA), que cursa com P ( A-a)O2 > 15 mmHg ( ≠  entre  PO2  alveolar  e  arterial- indica que há distúrbio de
com exceção de pacientes troca gasosa.
que retém gás carbônico 2 tipos:
cronicamente. * Distúrbio V/Q ( + freq): alvéolos mal ventilados. Este distúrbio responde a oferta de O2 .
* SHUNT arteriovenoso: o sangue passa pelo pulmão sem NENHUMA ventilação ( relação V/Q=ZERO) ou o sangue
- DIAGÓSTICO: o exame não passa pelos alvéolos e NÃO reponde a oferta de O2.
laboratorial mais EX:- Shunt parenquimatoso pulmonar : os alvéolos estão cheios de liquido ou colapsado, assim
importante é a gasometria o O2 fica impedido de chegar aos alvéolos, não ocorrendo troca gasosa. EX: EAP e SDRA.
arterial. - Shunt vascular: o sangue não passa pelos alvéolos através de uma fistula. EX: Sx. De Osler –
Weber- Rendu ( telangiectasia hemorrágica hereditária) ou Sx. Hepatopulmonar .
OBS: o controle do fluxo
sanguíneo cerebral é COMO QUANTIFICAR A INSUFICIÊNCIA HIPOXEMICA? Através da relação PaO2 / FIO2 ( ÷)
controlado por: * PaO2 /FIO2 < 300 = Insuficiência Respiratória Hipoxêmica ou injuria pulmonar
pressão parcial de CO2- a * PaO2/ FIO2 < 200 = Insuficiência Respiratória grave!!! Ex: SDRA.
elevação de CO2 no
sangue que perfunde o 2) INSUFICIÊNCIA VENTILATÓRIA= INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA TIPO 2 -,cursa com HIPOVENTILAÇÃO
cérebro aumenta o fluxo PULMONAR e HIPERCAPNIA ( PaCO2 > 50) e P (A-a) O2 ≤ 15 mmHg
sanguíneo cerebral. Aqui a remoção do ar se encontra reduzida, aumentando o CO2 que leva a ACIDOSE RESPIRATÓRIA.
*HIPERCAPNIA CRONICA: gasometria: PH 7,34 ; PaCO2 80; HCO3 40 ( normal entre 22 e 26) , BE + 10 ( nl ate 3):
Gasometria de DPOC compensado, retentor crônico de CO2. O BE elevado indica mecanismo renal compensatório,
com retenção de bicarbonato. Nestes pacientes o estimulo respiratório passa advir principalmente de um certo
grau de hipoxemia, pois os centros bulbares se tornam insensíveis ao CO2. Por isso o Oxigênio suplementar deve
ser ofertado a baixos fluxos ( 1 a 3L/min), apenas para manter a Saturação de O2 entre 90 e 92%. Fluxos altos de
O2, agrava a hipoventilação e a hipercapnia, levando o paciente a coma por excesso de CO2 ( carbonarcose)
*HIPERCAPNIA AGUDA: aqui ocorre queda importante do PH, pois a compensação renal não ocorre de forma
imediata. Sintomas: sonolência, bradicardia, hipotensão, sudorese e bradipneia.

192
SDRA ETIOLOGIA CLÍNICA TRATAMENTO
SX. Do desconforto Respiratório - sepse ( principal causa) - Dispneia franca - Ventilação Mecânica assisto-
do Adulto: é um tipo de edema - aspiração de conteúdo gástrico ( - ausculta pulmonar: estertores controlada, com os parâmetros:
pulmonar inflamatório que cursa Sx. De Mendelson) crepitantes bilateral. -FIO2 a 100% inicialmente, depois
com hipoxemia severa e - trauma grave baixar para 60%.
insuficiência respiratória GRAVE. DIAGNÓSTICO: - Volume corrente 6 ml/kg (
FISIOPATOLOGIA: - PaO2/FIO2≤ 200 baixo)- para < risco de
Quais os principais mecanismos - dano alveolar difuso: edema + - hipoxemia que NÃO responde a barotrauma)
de insuficiência respiratória na alvéolo rico em proteína + O2 - Pressão de Platô 30 cm H2O
SDRA? formação de membrana hialina + - infiltrado pulmonar misto, - PEEP alto: 5 a 15 cmH2O ( para
Distúrbio V/Q e shunt congestão capilar + necrose do algodanoso, intersticial bilateral melhor troca de O2 e
intraparenquimatoso pulmonar, pneumocito tipo I. (sx. Do pulmão branco) recrutamento alveolar)
que leva a hipoxemia grave. Quais são as fases da SDRA? - P. capilar Pulmonar ou P. de - manter o paciente em posição
PROGNÓSTICO: 1- fase exudativa oclusão < 18mmHg ( ausência de ventral/ prono
30-40% de mortalidade. 2- proliferativa disfunção ventricular E.) - corticoide: apenas na presença
3) fibrótica - presença de PMN de eosinófilos no LBA.

ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA

COMA- incapacidade do individuo em interagir com meio ambiente a cerca


ESTADO VEGETATIVO: Subsindrome comatosa em que o paciente encontra-se de olhos abertos, mas não responsivo.
ETIOLOGIA: causas: * ESTRUTURAL
* TÓXICO-METABÓLICA ( + comum)→ causa alterações mais difusas e não vem acompanhada de déficits focais: ↓ da
oferta de O2; ↑ Ca; ↓ Na; acidose respiratória. ( OBS: o Potássio não causa lesão nos neurônios)
DIAGNÓSTICO *  SX.  “LOCKED-IN”(  sx.  Do  cativeiro):  lesão  pontina  anterior  bilateral,  de  causa  vascular  que  o  paciente  esta  
DIFERENCIAIS: consciente , com movimentos oculares , mas com quadriplégia .
*DOENÇAS PSIQUIATRICAS: esquizofrenia catatônica, depressão grave
* MUTISMO ACINÉTICO: lesão dos lobos frontais, com paciente alerta, sem verbalização ou mobilização
espontâneas.
ABORDAGEM DO 1ª PASSO: suporte de vida + oxigênio, veia e monitor + glicemia capilar
PACIENTE COMATOSO Escala de GLASGOW: avalia nível de consciência. COMA= ≤ 8 pontos.
2ª PASSO: diferenciar causa Estrutural ou Tóxico- metabólico
3ª PASSO: a lesão é irreversível ? O paciente esta em morte Encefálica?

193
Fazer o Teste da função do TRONCO CEREBRAL:
*Principais Reflexos de Tronco no estado de Coma:
1- Reflexo fotomotor ( 2ª par) e consensual ( 3ª par): estimulo luminoso que causa MIOSE reflexa no olho
estimulado ( fotomotor) e no olho contralateral ( consensual)→ atesta a integridade do MESENCÉFALO.
- a perda da contração pupilar indica lesão do mesencéfalo. As pupilas podem se encontrar-
1- médio-fixa: compressão do mesencéfalo
2- anisocoria com midriase ( pupila > 5 mm) paralitica unilateral: hérnia de úncus
3- midriase paralitica bilateral: destruição do mesencéfalo
4- miótica ( < 4 mm) : lesão hipotalâmica
5- puntiforme (< 1 mm): hemorragia pontina.
2- Reflexo oculocefalico e oculovestibular- integridade da ponte
3- Reflexo corneopalpebral e cilioespinhal- integridade da ponte
* Alterações do Ritmo Respiratório:
1- Respiração de CHEYNE-STOKES: hiperpneia alternando com apneia. Causada por coma metabólico, lesão
biemisferica, compressão diencefálica. Ritmo respiratório com BOM prognostico.
2- Respiração APNÊUTICA: pausa no final da inspiração. Compressão ou lesão da ponte. Sinal de MAU prognostico
3- Respiração ATÁXICA DE BIOT: arritmia respiratória do tipo irregular e insuficiente. Compressão ou lesão bulbar
extensa. PESSIMO prognostico.
TRATAMENTO - GLASGOW ≤ 8- IOT
- na impossibilidade de avaliar o nível glicemia- administrar TIAMINA 100 mg IV + solução glicosada hipertônica ( 50
ml de glicose a 50%). OBS: a tiamina é utilizada em coma sem causa evidente.
- presença de sinais de herniação: adm MANITOL (0,5- 1g/kg)
- iniciar FENITOINA em caso de crise convulsiva
- o HALOPERIDOL ( antipsicótico) é a droga de escolha no caso de DELIRIM

194
- NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA a centrais de
MORTE ENCEFÁLICA notificação , captação e distribuição de órgão, após
a confirmação da morte encefálica, mas não precisa
* Exame neurológico que demonstra ausência dos reflexos do tronco cerebral. ser pelo neurologista.
* para certificar-se da morte encefálica, o paciente deve ser submetido a 2 exames neurológicos que avalia a integridade do tronco cerebral,
sendo realizados por 2 médicos diferentes que não sejam da mesma equipe, sendo um deles neurologista.

* Intervalo mínimo entra as 2 avaliações clinicas:


x IDADE: 7 dias a 2 meses---------------------- 48
horas
x 2 meses a 1 ano incompleto ----- 24 horas
x 1 ano a 2 anos incompleto -------12 horas

> 2 anos ------------------------------ 6 horas

* após o 2ª exame clinico é realizado um exame complementar que demonstra:


x - ausência da perfusão sanguínea cerebral
x - ausência da atividade elétrica cerebral
x - ausência da atividade metabólica cerebral

* Exames Complementares:

1- arteriografia cerebral ; 2- cintilografia radioisotópica ;3- Doppler transcraniana

4- monitorização da Pressão intracraniana ;5- TC com XENÔNIO ; 6- tomografia POR EMISSÃO DE FÓTONS ;7- EEG ;8- tomografia por emissão
de PRÓTONS . OBS: uma simples Tomografia computadorizada ou RNM não é capaz de fornecer o diagnóstico.

195
TOSSE CRÔNICA

Possíveis ETIOLOGIAS de TOSSE CRÔNICA ( > 8 semanas)


Sx. Da tosse de via aérea superior Causa + comum de tosse crônica em adulto. EX: rinite, sinusite crônica e nasofaringite
Asma Causa + comum de tosse Crônica em crianças. ( tosse + sibilos + dispneia). Tosse após o inicio do
tratamento com Betabloqueador sugere asma.
DRGE Tosse + pirose + regurgitação. Problema no Esfíncter esofagiano INFERIOR
Infecção do trato respiratório Infecção por Mycoplasma pneumoniae; Clamydia pneumoniae e Borterella pertussis
Bronquiectasia Dilatações irreversíveis dos brônquios. A tosse é seu principal sintomas, sendo geralmente muco
purulenta. A bronquiectasia pode ser FOCAL ou DIFUSA. Diag: TC de alta resolução.
Bronquite Crônica Tosse produtiva por no mínimo 3 meses por mais de 2 anos consecutivos. Fumante + tosse crônica
Câncer de Pulmão Carga tabágica elevada + tosse crônica + hemoptise
Bronquite Eosinofílica não asmática
Refluxo laríngeo É causado por um problema no Esfíncter esofagiano SUPERIOR
Uso de IECA Tosse NÃO produtiva, que ocorre em 15% dos pacientes. Ocorre pelo acumulo de bradicinina nas V.A
Coqueluche Infecção pelo Bordetella pertussis ( gran -). Cursa com fase catarral + paroxismo de tosse severa por +
10 semanas.

TUBERCULOSE PATOGENIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


-AGENTE CAUSADOR: FASE I: SEM IMUNIDADE A) TBC PULMONAR *RX NOTIFICAÇÃO DE CASOS
Mycobacterium CELULAR: ( 1ª semana PRIMÁRIA COFIRMADOS!
tuberculosis – ou Bacilo após infecção) - forma característica das *BACILOSCOPIA DIRETA * o tratamento na maioria
de Koch ( BK), também A primoinfeção é CRIANÇAS, com quadro DO ESCARRO ( BAAR)- das vezes é
conhecido como bacilo caracterizada pelo 1ª clinico de uma pneumonia método Ziehl- Neelsen AMBULATOREAL, sendo
álcool – acido resistente ( contato do paciente com o arrastada. - identifica os pacientes diretamente
BAAR) pelo método Zieh- BK, a maioria das vezes na * Formas de apresentação: multibacilifero –( principal supervisionado da
Neelsen. infância. Nesta fase ocorre - Linfonodomegalia método) tomada diária.
a proliferação bacilar mediastinal e Hiliar: o ↑ - o paciente bacilifero tem - consideramos que após
- RESERVATÓRIO: descontrolada através da dos linfonodos é a forma + baciloscopia (+)→ estes 15 dias de tratamento o
principal é o HOMEM. Mas disseminação linfo- frequente da TBC 1ª ! são responsáveis pela paciente não esteja mais
pode ser encontrado no hematogênica. Os bacilos A TBC 1ª é a causa mais transmissão da TBC. infectando.
gado bovino, primatas, ficarão latentes ou serão comum de ADENOPATIA - possui ↑  valor preditivo - fazer acompanhamento
aves. destruídos. HILIAR/ mediastinal positivo e ↓ sensibilidade com baciloscopia

196
- FONTE DE O foco granulomatoso unilateral em crianças. - se faz a coleta de 2 mensalmente, mas
CONTAMINAÇÃO: pulmonar onde tudo - Padrão Miliar: é a amostras de escarro, especificamente no 2ª , 4ª
VIA AÉREA, sendo começa se chama FOCO 1ª coleção de pequenas colhidas na 1ª consulta e a e 6ª mês de tratamento.
transmitida pelo paciente ou NÓDULO DE GHON ( opacidades isoladas de 1- outra na manha seguinte OBS: paciente bacilifero
com TBC bacilifero, que geralmente é único e 3 mm ( infiltrado em jejum ao acordar. deverão ter pelo ao
lança no ar gotículas localiza no 1/3 médio do micronodular). Acomete menos 2 baciloscopia
contaminadas, mas pulmão D). principalmente crianças < * CULTURA: NEGATIVA pra comprovar
somente as gotículas de 2 anos NÃO VACINADAS - se deve solicitar quando a cura ( uma durante o
ate 5 micra que leva o FASE II- IMUNIDADE e IMUNODEPRIMIDAS. a baciloscopia não é eficaz tratamento e outra no
nome de núcleos de Wells CELULAR ESPECÍFICA ( 3ª a A Alteração RX mais ou quando a baciloscopia final.)
pode atingir os 8ª semanas após infecção) precoce é: é negativa e tem a
bronquíolos e alvéolos e A maioria dos pacientes HIPERINSUFLAÇÃO suspeita clinica e ESQUEMA DE TTO PARA
iniciar o processo nessa fase são PULMONAR, que surge em radiológica de TBC ADULTO e > 10 ANOS
infeccioso. assintomáticos. 2 a 3 semanas. - fazer cultura indicação:
OBS: em 1 ano um único A imunidade começa - consolidação independente do - casos novos de TBC
paciente bacilifero pode reagir ( linfócitos T e parenquimatosa: resultado da baciloscopia, pulmonar e
transmitir TBC para 10 a macrófagos) contra os opacidade homogenia do para: extrapulmonar, infectados
15 pessoas. bacilos, combatendo sua pulmão com apagamento - contato com TBC ou não com HIV
OBS: as crianças com TBC disseminação→ formação dos vasos pulmonares. resistente - casos de retratamento
geralmente NÃO são de GRANULOMA - Atelectasia - paciente com após abandono ou
infectantes, porque são do CASEOSO. - Derrame Pleural: é rara tratamento prévio recidiva.
tipo NÃO BACILÍFERA. A imunidade celular é em crianças. - paciente RIPE x 2 MESES:
capaz de conter a infecção - TBC 1ª progressiva: imunodeprimido e HIV + R: rinfampicina- (R)
EPIDEMIOLOGIA: ( em 90% das pessoas que acomete crianças - baciloscopia + no final de I: isoniazida- (H)
- TBC é um problema de apresentam uma boa desnutridas e infecção por 2ª mês de tratamento P: pirazinamida- (Z)
saúde prioritária no Brasil. imunidade), mas NÃO é HIV. Ocorre disseminação - falência de tratamento E: etambutol- (E)
- é a 4ª causa de óbito por capaz de cura-la. do foco 1ª , formando um OBS: o Etambutol foi
doenças infecciosas e a 1ª Porem 5 % pode adoecer infiltrado Como se obtém amostra adicionado ao esquema I,
em pacientes com AIDS. após a primoinfecção, boncopneumonico que pra o teste microbiológico: nos primeiros 2 meses de
- atinge mais o sexo ♂ ( ainda na infância ( < 15 pode cavitar. Clinicamente 1) escarro espontâneo tratamento.
45-59 anos) anos) que leva o nome de é vista como uma 2) escarro induzido RI x 4 MESES: ( TOTAL de
- a incidência de – TBC PRIMÁRIA. pneumonia multilobar 3) exame invasivo com 6 MESES de tratamento)
mortalidade vem A Partir do momento que necrosante com curso broncofibroscopia - fazer CULTURA e teste de
diminuindo cada ano. se controla a infecção , arrastado e sem resposta sensibilidade para TODOS

197
* QUAL É A DROGA QUE mas não cura, anos mais ao antimicrobiano. * TC DE ALTA os casos de retratamento
UTILIZA PARA INFECÇÃO tarde ( paciente já OBS: os achados do RX da RESOLUÇÃO- TCAR ou aqueles com
LATENTE ( paciente ADULTO ou 3 anos após a TBC 1ª leva de 6 meses a 1 - utilizado em pacientes baciloscopia POSITIVA ao
assintomático ou seja primoinfecção ) caso ano para desaparecer, sintomáticos, com BAAR(-) final do 2ª mês de
PPD (+) e baciloscopia (–) nossa imunidade caia e muitas vezes deixa e RX insuficiente. tratamento.
que significa ausência da não seja capaz de conter o sequelas como o - o esquema antiretroviral
doença clinica ) ou para bacilo dentro do tuberculoma pro resto da * PROVA TUBERCULÍNICA do HIV (+) pode ser
QUIMIOPROFILAXIA? granuloma, ele pode voltar vida. ou PPD iniciado após 2-4 semanas
Isoniazida por 6 meses. a se proliferar e causar - avaliada pela técnica de e o mais indicado é
uma TBC PÓS-PRIMÁRIA. B) TBC PÓS- PRIMÁRIA MANTOUX ; a avaliação EFAVIRENZ + 2 ITRN.
* CRIANÇA assintomática É a forma + comum em dos resultados é realizada - sempre dar prioridade no
na fase latente: tomar A TBC PÓS- PRIMARIA adolescentes e ADULTOS. 48-72 hrs ate 96 hrs. tratamento da TBC, se o
isoniazida por 6 meses acontece por 2 razões: - é a forma onde ocorre a - resultados: paciente tiver HIV +.
para evitar a doença ativa. - reinfecção através da transmissão da doença na 0-4mm: NÃO reator ESQUEMA PARA TBC
inalação de um novo população- chamados de NÃO tem TBC MENINGOENCEFÁLICA
* HIV + : fazer inoculo bacilar MULTIBACILIFEROS . >=5 ate 9 mm:reator fraco - sempre INTERNAR o
quimioprofilaxia com - reativação de um foco - CLINICA: paciente jovem -não vacinados com BCG paciente
isoniazida por 6 meses latente entre 15-45 anos. - vacinados + de 2 anos - os corticoides estão
para TBC LATENTE ( ou * tosse produtiva > sem ( - imunodeprimidos indicados nos primeiros 4
seja excluiu a doença OBS: Quando posso definir sintomas + comum) + ... será considerado TT meses.
ativa) quando? um quadro de CASO * febre vespertina baixa +!!! RIPE x 2 meses + RI por 7
- PPD  ≥  5  mm SUSPEITO de TBC? – Todo * sudorese noturna >=10: reator forte meses ( TOTAL de 9
- contato domiciliar com individuo com * perda de peso, perda de - vacinados com BCG em MESES)
paciente bacilifero , sintomatologia clinica apetite menos de 2 anos ESQUEMA PARA TBC
independente do sugestiva de TBC * escarro hemoptoico MULTIRRESISTENTE
resultado do PPD. pulmonar e paciente com RX: CAVITAÇÃO em lobo OBS: paciente TT reator ( * indicações:
- RX de tórax com cicatriz imagem compatível com superior Direito ( ÁPICE do PPD + ) NÃO diagnostica - resistência a RI ou outra
radiológica de TBC sem TBC. A partir daí se deve pulmão). No interior TBC em atividade( droga de 1ª linha
tratamento anterior, progredir as investigações dessas cavernas existem tuberculose-doença) ou - falência ao esquema
independente do pra CONFIRMAR o mais de 1 milhão de TBC bacilifera, significa básico
resultado de PPD. Diagnostico através: bacilos, esse bacilos são apenas que o paciente já - intolerância a 2 ou +
2 baciloscopia ( + ) ou expelidos com a fala, teve contato com o bacilo fármacos.
1 baciloscopia + cultura espirro ou tosse. Dizemos e fez sua primoinfecção. S ( estreptomicina)
pra TBC ( + ). que o paciente é Por isso que o teste é bom E ( etambutol)

198
PERGUNTAS OBS: o PPD não é MULTIBACILÍFERO. para TBC de CRIANÇA , L ( levofloxacina)
CONCEITUAIS: necessário para confirmar infecção LATENTE no Z ( pirazinamida)
*Porque uma boa parte diagnostico em ADULTO. - LOCAL + ACOMETIDO do adulto e na criança que T ( terizidona)
dos pacientes que iniciam pulmão:: ápice e são do tipo NÃO bacilifera. OBS: a estreptomicina
o tratamento para TBC OBS: a MICOSE + segmentos posterior do devera ser utilizada 5 dias
NÃO concluem? associada a colonização de lobo superior D . * HISTOPATOLOGICO por semana nos 2
- devido a falta de CAVERNAS tuberculosas é - empregado para as primeiros meses, seguido
confiança no medico ou a ASPERGILOSE ( fungo do * Formas de apresentação: formas extrapulmonares de 3 vezes por semana nos
serviço de saúde gênero aspergillus)- a - opacidade heterogenia ( ou nas formas pulmonares 4 meses subsequente.
- a melhora rápida dos famosa BOLA FUNGICA!!!, área branca) com doença difusa ou - solicitar CULTURA e teste
sintomas seu tratamento se baseia - formação de CAVERNAS pacientes de sensibilidade.
- efeitos adversos do em observação, pois os Ocorre de 40 a 45%. imunossuprimidos. * CASOS ESPECIAIS:
medicamento antifúngicos não atingem - Consolidação: imagem OBS: quando damos um 1) GESTANTE:
- tempo prolongado do o interior da cavidade. Em em escada- decorrente da diagnostico pela clinica e - ↑ risco de prematuridade
medicamento e múltiplas caso de hemoptise maciça disseminação RX, dizemos que é TBC - associar a PIRIDOXINA
drogas embolização da artéria broncogenica para outro pulmonar NEGATIVA. - a estreptomicina é CI
brônquica e cirurgia pulmão. -Quando damos o - não há contraindicação a
* Porque nem todos que devem ser considerados. - Padrão Reticulonodular diagnostico encontrando o amamentação desde que
completam o tratamento OBS: em caso de - nódulo solitário bacilo (BAAR e cultura), a mãe não seja portadora
podem ser considerados ALPERGILOSE INVASIVA, - banda parenuimatosa dizemos que é TBC de mastite tuberculosa. Ë
curados? geralmente associada a pulmonar POSITIVA. recomendado o uso de
Devido a condição de imunodeprimidos o OBS: em ate 15% dos mascaras.
imunossupressão do tratamento de 1ª linha é o casos o RX não tem *O que significa FALÊNCIA
paciente. VARICONAZOL. alteração. TERAPEUTICA? 2) DIABÉTICOS:
OBS: em caso de - persistência da - prolongar o esquema por
* porque surge bactérias ASPERGILOSE positividade do escarro ao 9 MESES
resistentes ao BRONCOPULMONAR final do tratamento. - trocar o hipoglicemiante
tratamento? ALERGICA ( associado a - paciente com oral por INSULINA
Devido a má condução do asmáticos e portadores de positividade inicial,
tratamento. fibrose cística) com seguida de negativação e 3) ALCOOLATRA:
eosinofilia marcada e ↑ nova positividade por 2 - associar a PIRIDOXINA
IgE, o tratamento é meses consecutivos a
PREDINISONA + partir do 4ª mês de 4) HEPATOPATA GRAVE:
ITRACONAZOL. tratamento. - estreptomicina +

199
etambutol + ofloxacina por
12 MESES.

PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS DAS DROGAS


* Qualquer droga pode causar? Irritação gástrica: suspender as drogas por 48-72 hrs, quando controlar os sintomas, reiniciar o
tratamento indicando P após o almoço e a R + I após o desjejum. Se não melhorar a droga que causa o
sintomas deve ser modificada.
* R, I e P são drogas? HEPATOTOXICAS. Quando as enzimas hepáticas atingirem 3x seu valor normal, o esquema deve ser
suspenso ate sua redução. Depois as drogas vão sendo reintroduzidas uma a uma com intervalo de 3-5 d
* Qual é a droga mais hepatotoxica? PIRAZINAMIDA. OBS: pode ser substituída por Etambutol ( esquema RIP por REI)
* efeitos adversos da ISONIAZIDA: *Psicose, crise convulsiva, encefalopatia toxica, coma ( substituir a droga : esquema: 2 meses- REEP (
rinfa + estreptomicina + etambutol + pirazinamida) e 4 meses de RE ( rinfampicina + etambutol)
* Neurite periférica ( queimação e dor nas extremidades)= usar PIRIDOXINA ( vit. B6), pois a isoniazida
é antagonista dessa vitamina, levando a deficiência dela.
* cefaleia e mudança de comportamento
* efeitos adversos da RINFAMPICINA: * Trombocitopenia ( púrpura); leucopenia; anemia hemolítica
* neurite intersticial aguda
OBS: TODO o tratamento sem rinfampicina tem que ser por 12 MESES ( pois ela é a principal droga do
tratamento pra TBC). Pode ser substituída pela associação estreptomicnia + etambutol.
* efeitos adversos da PIRAZINAMIDA: * Hepatotoxidade; hiperuricemia, gota
* Rabdomiolise
* artralgia e artrite
* efeitos adversos da *Ototoxidade: Hipoacusia
ESTREPTOMICINA: * Labirintopatia: nistagmo, vertigem
* exantemas
* efeitos adversos do ETAMBUTOL: * Neurite óptica , perturbação visual das cores, estocoma, borramento visual e perda da visão.
* neurite periférica

200
TUBERCULOSE EXTRA-PULMONAR

TBC PLEURAL - é TBC extrapulmonar + COMUM em indivíduos HIV (-). Acomete + JOVENS.
- Clinica: astenia, emagrecimento e anorexia + febre com tosse seca + dor torácica do tipo pleurítica.
- RX: derrame pleural + comum do lado E→ sempre fazer TORACOCENTESE diagnóstica: - presença de EXUDATO amarelo
cítrico , raramente sanguinolento e com predomínio de LINFÓCITOS ( > 75% de linfócitos); GLICOSE BAIXA ( < 60).
- DIAG: sempre fazer BIOPSIA PLEURAL ( mandar para cultura e histopatológico) →   ADA > 40 e ausência de células
neoplásicas na BIOPSIA com pouquíssimas células mesoteliais < 5% ( o que ≠ de neoplásico) e positivo para GRANULOMA
CASEOSO. OBS: o BAAR tem baixa sensibilidade pra diagnostico
CURIOSIDADE: em que patologias devo pensar quando a GLICOSE tiver < 60? empiema ; TBC; artrite reumatoide; neoplasia.
TBC - forma + COMUM de TBC extrapulmonar em HIV (+) e CRIANÇAS.
GANGLIONAR - se manifesta como tumoração de linfonodos ( + na região supraclavicular)
- DIAG: aspiração com agulha fina ou biopsia cirúrgica.
TBC ÓSSEA - É + comum em crianças ( 10 a 20%) ou na 4ª e 5ª década de vida.
- as ARTICULAÇÕES + acometidas são coluna vertebral ( torácica baixa e lombar) ; quadris e joelho.
- a TBC na coluna vertebral também é chamada de MAL DE POTT.

201
MICOSES PULMONAR

PARACOCCIDIOIDOMICOSE EPIDEMIOLOGIA CLINICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


AGENTE CAUSADOR: - + no sexo ♂  10-20 anos 2 FORMAS: - RX: INFILTRADO TTO DE ESCOLHA:
paracoccidioides - trabalhadores de zonas 1) AGUDA ( tipo juvenil)- pulmonar PERI-HILIAR - itraconazol oral por 6 a
braziliensis rurais ( lavradores) 10% dos casos: bilateral e simétrico ( 1/3 18 meses.
*Pode levar anos ate - inicia como síndrome MÉDIO do pulmão) em
AMBIENTE ECONTRADO: aparecer as manifestações mononucleose like com “ASA  DE  MORCEGO”. CASOS GRAVES:
Plantas e solo clinicas. febre + adenopatia - anfotericina B durante a
generalizada + - Pesquisa direta do internação e completar o
TRANSMISSÃO: via PENSAR EM PARACOCO hepatoesplenomegalia. O fungo: ( escarro, aspirado esquema com Itraconazol
respiratória sempre que: quadro sintomas duram meses. de linfonodo; raspado de oral.
OBS: é uma doença parecido c/ TBC ( tosse lesão): células com
infecciosa, mas NÃO é produtiva ; febre 2) CRÔNICA ( tipo adulto)- múltiplos brotamento (
contagiosa, ou seja, não arrastada) + lesões 90% dos casos: a clinica aspecto “RODA  DE  LEME”.
passa de pessoa pra cutaneomucosas + parece a da TBC +
pessoa. morador de área rural. - lesões - SOROLOGIA
CUTANEOMUCOSA nos
lábios, cavidade oral e vias
aéreas superiores.

HISTOPLASMOSE CLÍNICA TTO E DIAGNÓSTICO


AGENTE CAUSADOR: * forma aguda: quadro gripal que regride espontaneamente. Não é - PADRÃO-OURO:
Histoplasma capsulatum necessário tratamento. cultura
TRANSMISSÃO: inalação do fungo. * forma crônica: quadro parecido com TBC, geralmente com
AMBIENTE ENCONTRADO: paciente que tiveram pneumonia previa. - TRATAMENTO:
cavernas habitadas por MORCEGOS, galinheiros, * forma disseminada: quadro pulmonar grave + adenopatia , Itraconazol 12 meses
viveiros de aves. Locais de temperatura amena e hepatoesplenomegalia; febre alta que evolui com sepse e choque. e anfotericina B nos
umidade elevada. Geralmente em pacientes imunocomprometidos. casos graves.

* ZIGOMICOSE ( MUCORMICOSE): Infecção fúngica invasiva em IMUNODEPRIMIDOS , especialmente em DIABÉTICOS. Quadro clinico mais
comum é de sinusite que invade o cérebro ( rino-orbito-cerebral).

202
VERTIGEM

VERTIGEM POSICIONAL Quais são as características de CLINICA TRATAMENTO


PAROXÍSTICA BENIGNA ( VPPB) vertigem Periférica?
É a causa + comum de vertigem - Nistagmo Unidirecional do tipo Geralmente JOVEM que NÃO Manobra de reposição dos
PERIFÉRICA. horizontal , que melhora com a apresenta comorbidades otólitos dos canais semicirculares
fixação visual ao dedo do associadas + de volta para o utrículo- manobra
O que é vertigem? examinador. - episódios rápidos de vertigem ( de epley.
Ilusao de movimento, sensação - a vertigem é SUBITA, INTENSA, duram segundos)
de que tudo esta girando. RECORRENTE - nistagmos UNIDIRECIONAL
- vem acompanhada de zumbido - autolimitados
e hipoacusia. - desencadeados pelo
- NÃO tem outras alterações movimento da cabeça ( ex:
neurológicas levantar da cama ou extensão
- PIORA com movimento cervical para olhar p/ cima)
- NÃO apresenta outras alterações
neurológicas.
NEURITE VESTIBULAR FISIOPATOLOGIA CLINICA TRATAMENTO
- LABIRINTITE - Ocorre geralmente após - episódio ÚNICO de vertigem do -sintomáticos
É um tipo de vertigem infecção das vias aéreas. tipo AGRESSIVA, acompanhada de - depressores vestibulares:
PERIFÉRICA. náuseas e vômitos. * anti-histaminicos: dimenidrato (
dramin)
* benzodiazepínicos: diazepam
* cinarizina e flunarizina ( devem
ser evitadas em pacientes idosos
OBS: as drogas devem ser usadas pelo risco de parkinsonismo
por um período curto ( 1 semana) secundário e depressão.)

DOENÇA DE MENIÈRE CLINICA TRATAMENTO


É um tipo de vertigem PERIFÉRICA - episodio INTENSO, RECORRENTE
de vertigem + sensação de
PELNITUDE AURICULAR,
ZUMBIDO e HIPOACUSIA.

203
INSUFICIÊNCIA FISIOPATOLOGIA CLINICA TRATAMENTO
VERTEBROBASILAR
É um tipo de vertigem CENTRAL Causa comum entre os IDOSOS IDOSO com episodio ABRUPTO, - relacionado a redução da
Quais são as características de - esta relacionada a ISQUEMIA do que dura MINUTOS + ILUSOES hidropsia linfática, mas sem
vertigem CENTRAL? tronco encefálico. VISUAIS, ALUCINAÇÕES, comprovação adequada.
- nistagmo MULTIDIRECIONAL, do - geralmente o paciente tem DIPLOPIA, FRAQUEZA ( achados
tipo VERTICAL e NÃO melhora MULTIPLOS FATORES DE RISCO de isquemia do território
com a fixação do olhar. para doença ATEROSCLERÓTICA. posterior- vertebrobasilar)
- vertigem discreta, insidiosa e
crônica
- NÃO vem acompanhada por
zumbido e hipoacusia
- vem acompanhada de outras
manifestações neurológicas
- NÃO tem ralação com o
movimento.

SÍNCOPE ( Perda súbita e transitória da consciência e do tônus postural com retorno súbito)

NEUROMEDIADA ( NEUROCARDIOGÊNICA) CLINICA TRATAMENTO


Causa + COMUM de síncope (8-41%) Predomina em ♀ JOVENS→ síncope precedida Colocar a paciente deitada com as pernas para
- é um tipo de sincope benigna. de sintomas prodrômicos ( sudorese fria, cima.
Ocorre por resultado de um reflexo náuseas e mal-estar), ocorre quase sempre * em casos refratários: betabloqueadores,
VASOVAGAL que leva a → vasodilatação com em posição ortostática e é desencadeada por inibidores da recaptação de serotonina, e em
bradicardia e pausa sinusal. situações como estresse ou defecação. raros casos MP ( marca-passo) definitivo.
HIPERSENSIBILIDADE DO SEIO CAROTÍDEO CLINICA TRATAMENTO
Causa rara. O paciente desmaia após qualquer Ocorre mais em ♂ > 50 anos. Evitar compressão
estimulo mecânico do seio carotídeo ( rodar Pode ser diagnosticada pela compressão ( 5 a - agentes vasoconstrictores
subitamente a cabeça, camisa de gola 10 seg) da artéria carótida, que leva a→ pausa - MP definitivo.
apertada, ao se barbear) sinusal > 3 seg e ↓ da P. sistólica > 50 mmHg.
HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA CLINICA TRATAMENTO
Resposta autonômica que leva a ↓ da P. - Sua prevalência ↑ com a idade + Sintomas 1ª opção: fludrocortisona, associada ou não a
sistólica > 20 mmHg quando assumida a clássicos da sincope neuromediada . agentes simpaticomiméticos ( midodrina)

204
posição ortostática por 2-5 min. Ocorre devido - O paciente pode apresentar dor na região
a depleção de volume e ↓ do RV e a alteração cervical ( cefaleia em cabide)
de reflexos autonômicos.
DOENÇA CARDIOVASCULAR CLINICA TRATAMENTO
* PRINCIPAL CAUSA: ARRITMIAS CARDIACAS ( 2 tipos: * Sincope taquiventricular: colocação de um
2ª causa + comum de sincope) * Sincope por TAQUIVENTRICULAR ( Torsades cardiodesfibrilador implantável.
de pointes) : suspeitar em todo o paciente * sincope Bradicardica: MP definitivo.
cardiopata ( pós- IAM, miocardiopatia).
* sincope BRADICÁRDICA ( SX. de STOKE-
ADAMS): causa + COMUM de sincope em
IDOSOS.
DOENÇA CEREBROVASCULAR
Raramente causa sincope.
Ocorre em 2 ocasiões: insuficiência
vertebrobasilar ou estenose de carótida
BILATERAL grave.

OBS: CRITÉRIOS DE GRAVIDADE diante de uma síncope→ REGRAS DE SÃO FRANCISCO:- se define portadores de alto risco:

x Historia de Insuf. Cardíaca


x Hematocrito < 30%
x ECG anormal
x Dispneia
x PA sistólica < 90 mmHg

EXAMES a serem solicitados:


x ECG de repouso ( indicado em TODOS os pacientes que sofrem sincope)
x Hematocrito
x Teste de inclinação ortostática passiva ( TILT TEST): indicado para sincope RECORRENTE e desencadeada por REFLEXO VAGAL.
x HOLTER de 24 hrs: indicada para pacientes que apresentam alteração do ECG OU com historia de ARRITMIAS ♥.
x TESTE ERGOMETRICO ( de esforço): indicada para sincope associada a esforço físico, dor precordial ou na presença de fatores de
risco cardiovascular)
205
ARRITMIAS

Sempre que fizer uma leitura de um ECG, tem que levar em conta 5 aspectos mais importantes:

1- FREQUENCIA CARDÍACA:

→ Frequência cardíaca→ normal: 60 a 100 bpm. Avaliar no ECG:

RESUMO:

R- R < 3 quadradões = TAQUICARDIA ( FC > 100)

R- R > 5 quadradões = BRADICARDIA ( FC < 60)

2- RITMO:

*O ritmo é SINUSAL ( ou seja, parte do nodo sinusal)? - onda P sempre antes do QRS e onda P POSITIVA na derivação D2

* O ritmo é regular ( normal)? - distancia iguais entre ondas semelhantes

3- EIXO: primeira coisa: procure D1 e AVF: eles tem que ta POSITIVO→ isto indica que o eixo do coração esta NORMAL ( entre 0° a + 90°)

4- HIPERTROFIA:

1- HIPERTROFIA AURICULAR: onda P > que 3 quadradinhos de largura ( > 0,12 seg)

2- HIPERTROFIA VENTRICULAR

5- INFARTO: 1- LESÃO: supra de ST: - significa processo agudo; - se a onda T for igualmente elevada, devemos suspeitar de PERICARDITE.

206
- se houver INFRA de ST: pensar em: * impregnação digitálica; ou * infarto subendocárdico; ou * teste de Master ( + )

2- INFARTO: onda Q patológica: onda Q > larga que 1 quadradinho ou profundidade da onda Q > 1/3 da altura do QRS em D3.

3- ISQUEMIA: ONDA T IVERTIDA

TAQUIARRITMIAS

TAQUIARRITMIAS SUPRAVENTRICULARES

FIBRILAÇÃO ATRIAL TRATAMENTO


- Definição: *ritmo IRREGULAR, com irregularidade dos intervalos R-R 1ª passo: existe INSTABILIDADE HEMODINÂMICA?
*AUSENCIA de onda P. - FATORES QUE DEFINE INSTABILIDADE HEMODINÂMICA:
OBS: a FC da fibrilação atrial geralmente se encontra entre 110-180 * ↓ PA
bpm. Mas há casos de FA com FC < 100 ( chamada de FA de baixa * sincope ou rebaixamento da consciência
resposta ventricular- comum em idoso com doença previa do novo AV) * EAP- congestão pulmonar e CHOQUE
* fase aguda do IAM
- CAUSAS: * dor torácica- dor angionosa típica em repouso
* Cardiopatias: doença mitral reumática e cardiopatia hipertensiva. ↓
* Sem cardiopatia estrutural: tireotoxicose ( hipertireoidismo), dist. Fazer CARDIOVERSÃO ELETRICA de urgência com
Hidroeletrolitico, pós- operatório... choque sincronizado ( ou seja, em cima do QRS)
* isolada OBS: o paciente deve ser heparinizado junto com a cardioversão e
manter por no mínimo 4 semanas.
- CLASSIFICAÇÃO:
* FA 1ª episodio: 1ª episodio, independente da duração. Existe ESTABILIDADE HEMODINÂMICA?
* FA Paroxística: < 7 dias. É autolimitada e com reversão espontânea. - paciente
*  FA  persistente:  ≥  7  dias  e  COM  resposta  a  cardioversão. IDOSO,
* FA permanente:  ≥  1  ano  e  SEM  resposta  a  cardioversão. assintomático ou → Controlar a FC c/ droga antiarrítimica
* FA de baixa resposta: com FC < 100 bpm ( associada ao uso de com sintomas
inibidores do nodo AV ou doença previa do nodo AV- comum em
leves
idoso→ CONDUTA: terapia antitrombótica crônica ou MP definitivo.

- CLÍNICA e COMPLICAÇÕES:

207
* a FA pode ser assintomatica em 25% dos casos ( vista apenas no ECG)
- JOVEM
* sintomas da FA: palpitações, fadiga, dispneia, lipotímia, desconforto → Controle do Ritmo ( reversão da FA
precordial, intolerância a esforços. - sintomaticos para ritmo sinusal ) +
* variação da fonese de B1 Controlar a FC
* ausência de B4 - casos refratários
* ↑ da FC leva a perda da contração atrial→ levando a ESTASE ATRIAL,
que predispõe a formação de TROMBOS→ que pode levar a AVE 1- CONTROLE DA FC:
isquêmico . OBS: a fibrilação atrial é a causa mais comum de AVE * INIBIDORES do nodo AV: (↓ FC, agindo no nodo AV, que funciona
isquêmico cardioembólico. com  um  “filtro”natural  da  passagem  elétrica  entre  o  átrio  e  o  
ventrículo, sem reverter a arritmia), quem são:
- antagonista de Cálcio: DILTIAZEM e VERAPAMIL
- β- BLOQUEADOR: PROPRANOLOL, METOPROLOL ...
- DIGITAL ( esta CONTRAINDICADA em disfunção diastólica)

OBS: a amiodarona poderia abaixar a FC, porem ela pode causar uma
reversão do ritmo não desejada!!)
Quais são os EFEITOS ADVERSOS ao uso CRÔNICO da AMIODARONA? Objetivo: FC entre 60-80 bpm e no exercício entre 90-110 bpm.
* Tireoide: hipotireoidismo, tireotoxicose ( devido ao componente de Indicação: ↓ FC sem converter em ritmo sinusal;
iodo da amiodarona ou efeito toxico provocando tireoidite subaguda) FA paroxística: indicada durante o surto ou após sua
* Fígado: hepatite, colestase, esteatose, fibrose reversão espontânea.
* Pulmão: fibrose pulmonar intersticial Caso o paciente mantenha FC > 100 mesmo com uso otimizado de
* Olhos: depósitos corneanos inibidores do nodo AV, se deve receber conduta intervencionista
* Sistema nervoso: neuropatia periférica, tremor clássica:
* Pele: fotossensibilidade, hiperpigmentação cutânea Ablação do nodo AV + MARCA-PASSO definitivo.
* anorexia, náuseas e constipação
2- CONTROLE DO RITMO:
TODOS os paciente em uso dessa droga, devem ser acompanhados - reverter a FA para ritmo sinusal: através de DROGAS ( antiarrítimicos)
com dosagem de TRANSMINASES e HORMONIOS TIREOIDIANOS cada ou CARDIOVERSÃO ELÉTRICA.
6 meses e RX de TORAX cada 1 ano. *REVERSÃO COM ANTIARRÍTMICO:
OBS: na ocorrência de hipotireoidismo, a amiodarona NÃO precisa ser - PROPAFENONA VO: 600 mg dose única
suspensa, se de manter o antiarrítmico e administrar Levotiroxina. - AMIODARONA IV : 150 mg de ataque + 1 mg/min por 8 hrs + 0,5 mg/
min por 16 hrs
OBS: - DROGAS alternativas para o WARFARIN: dobigatran; OBS: a amiodarona alem de seus efeitos antiarrítimicos, também
rivaroxaban e apixaban→ inibem o fator Xa e a trombina. possui a propriedade de inibir o nodo AV.

208
* CARDIOVERSÃO ELÉTRICA SINCRONIZADA:
1ª : se o paciente tiver consciente se deve fazer analgesia ( opioide) +
sedativo ( midazolan ou propofol)
2ª : oxigenação
3ª : o choque deve ser sincronizado e a carga inicial é de 100-200 J
OBS: para FA persistente se deve usar 1ª um antiarrítmico e depois
fazer a cardioversão elétrica.

- ANTICOAGULAÇÃO PRÉ- E PÓS-REVERSÃO da FA:


→ FA < 48 H: o risco de ter trombo é BAIXO→  fazer HEPARINA 6 horas
antes →fazer a REVERSÃO → e após usar WARFARIN x 4 sem.
OBS: a única exceção é para paciente com 1ª episodio de FA
paroxística que se reverte espontaneamente→ usar apenas ASS 325
OBS: o Eco- transesofagico é o único capaz de visualizar formação de mg x 4 sem após a reversão.
trombo, principalmente no AE. A terapia antitrombótica em pacientes → FA > 48 H: paciente de ALTO risco para trombo ou tempo
com FA, visa prevenir eventos tromboembólicos e principalmente AVE indeterminado→ 2 protocolos a seguir:
isquêmico. x COM ECOTRANSESOFÁGICO SEM TROMBO: HEPARINA por 6
hrs antes → fazer a REVERSÃO → WARFARIN x 4 sem depois.
x COM ECOTRANSESOFÁGICO COM TROMBO OU SEM
ECOTRANSESOFÁGICO: WARFARIN x 3 sem antes → fazer a
REVERSÃO → WARFARIN x 4 sem depois.
Quem são os pacientes de ALTO RISCO para AVE?
* estenose mitral * ANTIARRÍTIMICO PROFILÁTICO ORAL- Manutenção do Ritmo após
* prótese valvar cardioversao eletrica:
* embolia previa ( AVE, AIT, sistêmica) - droga de escolha: AMIODARONA- 200 mg/dia
* paciente que apresenta + de 1 fator moderado de risco é OBS: o risco de recorrência é bastante alta, cerca de 70-80% em 1 ano,
considerado de ↑ risco: e com a terapia antiarrítmica profilática esta taxa cai para 20-60%.
x Idade  ≥  75  anos Portanto após reversão farmacológica ou elétrica ou espontânea da
x HTA FA, um antiarrítmico profilático esta indicado.
x DM
x IC TERAPIA ANTITROMBÓTICA CRÔNICA:
FE < 35% - paciente de ↑ RISCO→ fazer anticoagulação com WARFARIN por
tempo indeterminado- ad eternum, mantendo o INR entre 2 e 3.
- paciente de ↓ RISCO→ ASS

209
TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR PAROXÍSTICA- “TAQUI  SUPRA” TRATAMENTO
Definição: - RITMO REGULAR Com FC > 120 bpm * paciente ESTÁVEL HEMODINÂMICAMENTE:
- QRS ESTREITO 1ª Medida: MANOBRA VAGAL: compressão do seio carotídeo, exceto
- NÃO tem onda P em idosos e na presença de sopro cardíaco.
- FC entre 120- 150 bpm. ... se não ceder a taqui supra, fazer
2 TIPOS principais de TAQUI-SUPRA: ↓
1- Taquicardia AV por re-entrada nodal ( 75% dos casos): onda P esta ADENOSINA VENOSA – droga de escolha!!!
colada no QRS ou a onda simplesmente não aparece ou aparece no 6 mg em bolus, se não ,melhorar fazer 12 mg
final do QRS como uma pequena deflexão ( pseudo – s) ... se não ceder, fazer
2- Taquicardia AV com re-entrada com via acessória ( 15-25% dos ↓
casos): onda  P’,  alternância  do  QRS,  observada  em  V1  e  V6. VERAPAMIL VENOSA- 5 A 10 mg ou DILTIAZEM VENOSO 20-25 mg
OBS: adenosina NÃO pode ser usada em asmáticos.
Qual ARRITMIA + comum em CRIANÇAS? – 1ª: arritmia sinusal ( é * paciente INSTÁVEL HEMODINAMICAMENTE:
benigna) 2ª : Taquicardia SUPRA ventricular ↓
CARDIOVERSÃO ELÉTRICA
CLINICA: clássico de paciente ♀ JOVEM, geralmente NÃO cardiopata, - Após reversão o paciente irá fazer profilaxia com Verapamil ou
após uma situação de estresse se manifesta de forma paroxística ( Diltiazem combinados ou não com digoxina.
começa e termina subitamente).
Palpitação muito forte, lipotimia, sincope, tonteira, dispneia, *TERAPIA DEFINITIVA: ABLAÇÃO POR RADIOFREQUÊNCIA ( sucesso
desconforto torácico e poliuria. de 95%)- OBS: a taqui supra é a arritmia + curável pela ablação.

OBS: se uma arritmia for REGULAR mas com a FC < 120 bpm se deve
pensar em → TAQUICARDIA JUNCIONAL NÃO PAROXÍSTICA ( é a
arritmia + clássica da intoxicação digitálica)

FLUTTER ATRIAL TRATAMENTO


Definição: - RITMO REGULAR (RR regular) - O flutter precisa sempre ser tratado!
- ondas com aspecto em “DENTE  DE  SERRA” nas derivações
D2- D3 e aVF e negativas. * paciente com INSTABILIDADE HEMODINÂMICA ou ↑ CHANCE DE
- FC é de 150 bpm ( 2 quadrados) RECIDIVA ou PERSISTÊNCIA ( doença mitral reumática, ICC sistólica,
- OBS: uma taquiarritmia batendo a 150 bpm é Flutter ate que se disfunsao do VE com FE < 40%, átrio E > 5,0 cm e flutter paroxístico
prove o contrario. recorrente):
- o flutter atrial apresenta tipicamente com condução 2:1, ↓

210
ou seja, para cada 2 ondas flutter há um QRS. Fazer CARDIOVERSÃO ELETRICA para controle do Ritmo.
CAUSAS:
* ICC sistólica OBS: o flutter é a taquiarritmia que mais responde a cardioversão
* DPOC elétrica. E em relação aos antiarrítmicos, o flutter é a taquiarritmia
* doença mitral reumática mais difícil de reverter quimicamente.
* P.O de cirurgia cardíaca ↓
* cardiopatia congênita- CIA ( comunicação intratrial) Após reversão, seguir com Antiarrítmico Profilático:
* DOFETILIDA ou AMIODARONA.
CLÍNICA: é uma arritmia geralmente transitória, revertendo OBS: taxa de recidiva é alta ( > 50% em 1 ano) mesmo com
espontaneamente para ritmo sinusal ou convertendo em FA. antiarrítmicos, por isso atualmente tem usado cada vez mais a conduta
- os sintomas são os mesmo de FA: palpitação, fadiga, intolerância ao intervencionista→ ABLAÇÃO por RADIOFREQUÊNCIA DO ISTMO (
esforço, tontura, dispneia e precordialgia. sucesso de 85% e recidiva de 15%)

Precisa anticoagular este paciente?


SIM, fazer terapia antitrombótica igual da FA: antes e depois da
reversão e também depois fazer terapia antitrombótica crônica com
Warfarin ou ASS dependendo do grupo de risco.

* paciente ESTÁVEL HEMODINAMICAMENTE



Fazer controle da FC com → INIBIDORES DO NOVO AV

Observe nas derivações D2, D3 e aVF, existe onda F de Flutter com


aspecto  de  “dente  de  serra”?
Observe que o intervalo R- R tem a FC de 150 bpm ( 2 quadrados) e
cada onda F para outra onda F tem uma FC de 300 ( 1 quadrado ou 5
quadradinhos)

211
TAQUIARRITMIAS VENTRICULARES

TAQUICARDIA VENTRICULAR TRATAMENTO


Definição: - RITMO REGULAR 1- TVNS:
- QRS ALARGADO, com + de 3 complexos ventriculares ( - SEM cardiopatia: tratamento sintomático com Betabloqueador
extrassístoles) sucessivos 2- TVS: TODOS precisão ser revertidas.
- NÃO tem onda P * paciente INSTÁVEL HEMODINAMICAMENTE→ fazer CARDIOVERSÃO
- FC entre 100-300 bpm. ELEÉTRICA de emergência.
“sempre  que  tiver  uma  TV  com  QRS  ALARGADO,  se  deve considerar
TV  ventricular  ate  que  se  provo  o  contrario.” - após a reversão deve ser administrada ANTIARRITMICO:
* Taqui ventricular monomórfica: AMIODARONA ou PROCAINAMIDA
Qual é o grande perigo da Taqui ventricular?
É a taquiarritmia + PREOCUPANTE!!! Devido a capacidade de * Torsades dês Pointes:
degenerar em FIBRILAÇÃO VENTRICULAR e MORTE!!! - Correção do distúrbio eletrolítico ( K ) e suspensão de drogas
FATORES DE RISCO: relacionadas.
- FC ( é o principal Fator de risco): FC > 180 deve ser prontamente - Sulfato de Magnésio
revertida, pois pode levar a uma parada cardíaca ( TV sem pulso). - Marca-passo transverso provisório ( casos refratários ao
magnésio)
3 TIPOS de TAQUI- VENTRICULAR: OBS: O que significa TORSADES DES POINTES?
1- Taqui ventricular NÃO sustentada ( TVNS): episódios que duram < - taquicardia ventricular polimórfica que pode levar a morte súbita.
30 segundos E NÃO cursam com instabilidade hemodinâmica.
Por definição + de 3 extrasistoles ventriculares no traçado indicam * TV polimórfica não torsades: AMIODARONA
taquiventricular.
2- Taqui Ventricular Sustentada ( TVS): duração > 30 min OU leva a PROFILAXIA:
instabilidade hemodinâmica. 3 tipos: - AMIODARONA ( antiarrítmico)
*Taquiventricular monomórfica: complexo QRS com a mesma OBS: pacientes que tiveram uma Taqui ventricular sustentada com
morfologia sincope ou instabilidade hemodinâmica ou FE < 40%= deve receber
* Torsades des Pointes: QRS com morfologia diferente ( polimórfica) Cardiodesfibrilador implantável, logo após a terapia clinica esta
que oscila em amplitude e polaridade. Ritmo de base: QT longo. otimizada.
* TV polimórfica não torsades: complexo QRS de morfologia diferente.
RR regular ou irregular. NÃO tem QT longo
3- Ritmo Idioventricular acelerado: FC entre 60-120 ( antiga TV lenta).
Costuma ser benigno e assintomático, facilmente encontrado na fase
aguda do IAM ou após reperfusão miocárdica.

212
Para facilitar nossa vida: 5 perguntas essenciais para diagnostico de Taquiarritimias?

1: tem taquicardia? R- R < 3 quadradões ou FC > 100 bpm

2- tem onda P? não, então não é ritmo sinusal e nem atrial

3- tem onda F? olhe para derivações D2- 3 e aVF. Não tem onda F? não, então não é Flutter.

4- QRS estreito ou alargado? Alargado só pode ser Taquicardia Ventricular ou SX. de Wolff-Parkinson-White. Estreito só pode ser taquicardia
supra ventricular, ou flutter atrial ou FA.

5- R-R ( ritmo) é regular ou Irregular? Irregular- FA. Regular: taquicardia supraventricular paroxística ( TSVP) ou taquicardia juncional não
paroxística.

BRADIARRITMIAS

BRADICARDIAS SINUSAIS
BRADICARDIA SINUSAL PAUSA SINUSAL SX. BRADI-TAQUICARDIA RITMO DE ESCAPE
- é um RITMO BENIGNO - é um RITMO MALIGNO - é uma síndrome MALIGNA - é quando o Nodo sinusal pára e
- tem onda P ( + ) em D2 - tem onda P ( + ) em D2 ( - é uma doença do nodo sinusal quem assume o comando é o
- frequência baixa > ■  (  <  60 bpm) mantém o ritmo sinusal) mais avançada que atinge os átrio, ou juncional ou ventricular.
- pausa elétrica por um tempo- se átrios, levando a FA. 1- Escape atrial ( Ritmo Idioatrial)
- Causas: prolongado > 3 seg é maligna! - intercala momentos de - FC entre 40-60 bpm
* vagotomia ( estimulo taquicardia e bradicardia. - onda P de morfologia ou
parassimpático) - Causas: polaridade diferente
* drogas que ↓ a FC ( betabloq; * DOENÇA DO NODO SINUSAL ( é - TTo: Marca-passo. 2- Escape Juncional ( Ritmo
antag. Do canal de Ca; digital, comum em IDOSOS com historia Idiojuncional)
adenosina...) de SÍNCOPE, ocorre como um - Não tem onda P em D2 ou a
fenômeno isolado, manifestando- onda P é ( - )  em  D2  e  “colada”ao  
- TTo: se por episódios paroxísticos de QRS.
* não tratar casos sintomáticos tonteira e sincope.) - QRS estreito
* tratar com ATROPINA casos - FC entre 40-60 bpm
sintomáticos. - TTo: Marca-passo. 3- Escape Ventricular ( Ritmo

213
Idioventricular)
- é muito bradicárdico – FC entre
8 -40 bpm
- Não tem onda P
- QRS alargado
- é um ritmo típico de parada
cardíaca com atividade elétrica e
sem pulso ( AESP )
BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR- dica: medir sempre o P-R
RITMOS BENIGNOS RITMOS MALIGNOS
* BAV de 1ª GRAU: * BAV de 2ª GRAU- MOBITZ II
- toda onda P é seguida de QRS - não ocorre o fenômeno de Wenckebach ( ou seja, o intervalo P-R não
- duração do intervalo P-R é alargado > 5 quadradinhos ( o normal é de vai se alargando progressivamente ate ocorrer o bloqueio da onda P
3 a 5 quadradinhos) ou > 200 ms ( 0,2 seg) como ocorre no Mobtz tipo I, ele simplesmente bloqueia a onda P do
- ocorre uma lentidão da condução AV nada, mantendo um intervalo P-R iguais entre si!
- é um RITMO MALIGNO
* BAV de 2ª GRAU MOBITZ I - TTo: Marca-passo
- onda P eventualmente bloqueada ( sem QRS)
- sempre tem mais numero de onda P do que complexo QRS. * BAV 2:1
- FENÔMENO de WENCKEBACH: intervalo P-R vai se alargando de - aqui não tem 2 intervalos consecutivos P-R para saber se foi
forma PROGRESSIVA, ate que ocorre um bloqueio da onda P. alargando ou não
- Pode ser benigno ou maligno→ se deve fazer estudo eletrofisiológico
- TTO: ATROPINA ou teste ergométrico, e também fazer teste de atropina, se responder
a atropina, indica que é benigno.

* BAV AVANÇADO
- onda P uma seguida da outra, com relação ao QRS de 3:1, 4:1, 5:1...
* BAV TOTAL ( BAVT) ou de 3ª GRAU
- nenhuma onda P conduz o QRS- a onda P aparece em várias posições
com relação ao QRS ( dentro, logo depois, logo antes, no segmento ST,
em cima da onda T )- ou seja, a onda P não tem nenhuma relação com
o QRS.
- completa dissociação AV
- Tto: Marca- passo.

214
RESUMO DE BRADIARRITMIAS

BENIGNAS- Bloqueios SUPRA-HISSIANOS MALIGNAS- Bloqueio INFRA-HISSIANOS


Exemplos - Bradicardia sinusal - Pausa Sinusal
- BAV de 1ª grau - SX. bradi- taqui
- BAV de 2ª grau- MOBITZ I - Ritmo de escape
- BAV 2ª grau- MOBITZ II
- BAV avançado
- BAV de 3ª grau
Causas - vagotomia - Doença do Nodo Sinusal
- drogas bradicardizantes - Doença de Lev-Lenegre ( degeneração senil do sistema de condução )
- IAM INFERIOR - IAM da parede ANTERIOR
- Miocardiopatia ( principalmente a chagásica e infiltrativa como a amiloidose)
Conduta - observar ou ATROPINA - MARCA-PASSO

BLOQUEIOS DE RAMO

BLOQUEIOS DE RAMO Dica: medir sempre o complexo QRS com 3 ou + quadradinhos de largura
BLOQUEIO DE RAMO DIREITO BLOQUEIO DE RAMO ESQUERDO
- Definido pela presença: -QRS  e    R’  – predominantemente ( + ) em V1 - Definido pela presença: - QRS predominantemente ( - ) em V1
- onda S alargada em D1 – V6 - onda S alargada em V1

OBS: lembrar da seta do carro: acionar a seta para baixo ( você liga o
pisca-pisca para E) e acionar a seta para cima ( você liga o pisca-pisca
para D)

OBS: na DOENÇA DE CHAGAS- ocorre BLOQUEIO DE RAMO DIREITO (


BRD) + hemi-bloqueio de átrio E ( HBAE)

215
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) - ATENDIMENTO INICIAL À PARADA CARDÍACA NÃO TRAUMÁTICA

1ª passo: reconhecimento IMEDIATO da PCR ( paciente irresponsivo, sem respiração ou respirando de forma anormal)

2ª passo: acionar o SERVIÇO DE URGÊNCIA ( pedir ajuda, e solicitar imediatamente um desfibrilador)

3ª passo: iniciar manobras do BLS - SUPORTE BÁSICO DE VIDA ( BLS )

Com as últimas diretrizes de 2010, algumas mudanças foram realizadas, principalmente na ordem de reanimação cardíaca- 1ª : C-
circulação; 2ª A: abertura das vias aéreas; B: ventilação. NÃO se usa mais o ABC, agora é CAB.

1- C – CIRCULAÇÃO ( MASSAGEM CARDÍACA) 2- A -ABRIR AS VIAS AÉREAS

x no paciente irresponsivo → observar a presença x na AUSÊNCIA de TRAUMA cervical: colocar o paciente em


de pulso carotídeo em no Maximo 10 segundos ( decúbito dorsal sobre superfície solida e realizar a manobra do
apenas para profissionais de saúde) e logo “head   tilt   chin   lift”- estender a cabeça e levantar o queixo e
iniciar as 30 compressões torácicas. retirar corpo estranho da boca do paciente ( incluindo prótese
Como é feita a massagem cardíaca? dentaria)
x são 30 COMPRESSÕES torácicas x na PRESENÇA DE TRAUMA cervical: 1ª coisa é colocação de
x comprima com FORÇA e RAPIDEZ um colar cervical. A extensão cervical é CONTRAINDICADA. Se
x a frequência de compressão deve ser no deve realizar a manobra de “   Jaw   Trust”- se realiza apenas
MÍNIMO 100 compressões por minuto tração anteriormente os angulas da mandíbula.
x a PROFUNDIDADE da compressão mínima deve
ser de 5 cm
x caso seja possível a massagem cardíaca deve ser
B- BREATHE- VENTILAÇÃO
alternadas com ventilação na relação 30:2→
defini-se então 1 CICLO de RPC ( com execução x fazer 2 ventilações de resgate ( mascara de ambu ou
de 30 massagem e 2 ventilações) respiração boca-boca)
x Independente do NUMERO de socorristas, x a mascara deve ser BEM ACOPLADA de forma a evitar o
sempre a relação de compressões/ ventilação escape de ar.
será 30:2. x objetivo é ventilar o paciente de modo a garantir a expansão
x cada ciclo dura cerca de 25 minutos e pelo ao torácica.
menos 5 CICLOS DE RCP ( ou seja, 2 minutos) x a FREQUÊNCIA de ventilações é de 6-10 por minuto
devem ser realizados ANTES DE QUALQUER x cada ventilação deve ser feita devagar em 1 segundo, para 216
MEDIDA DE REANIMAÇÃO ( choque, avaliação minimizar a distensão gástrica e broncopaspiração.
de ritmo, entubaçao...)
D- DESFIBRILADOR Qual a diferença entre DESFIBRILAÇÃO e
CARDIOVERSÃO ELÉTRICA?
x OBS: apesar de ser a letra D, não significa que é o 4ª
passo. O desfibrilador deve ser utilizado assim que - na desfibrilação o choque aplicado é sempre
disponível. DESSINCRONIZADO e de alta energia. Se deve ser
x o choque desfibrilatório é a única medida confiável aplicado somente para: FV e TV sem pulso.
capaz de reverter uma FIBRILAÇÃO VENTRICULAR e
- na Cardioversão elétrica o choque é SEMPRE
TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO
SINCRONIZADO, ou seja, o choque será aplicado
x a POSIÇÃO IDEAL dos eletrodos no tórax do paciente é:
exatamente em cima do QRS. Se deve aplicar para
INFRACLAVICULAR DIREITA ( base do ♥- foco aórtico) e
todas as taquiarritmias com QRS facilmente
INFRAMAMÁRIA ESQUERDA ( ápice do ♥- foco mitral)
identificável no monitor e na presença de pulso ( ou
x 2 tipo de desfibrilador:
seja, o paciente não esta parado), são elas: FA,
x mais antigo – é o monofásico: o choque é de 360 J
Flutter atrial, Taqui-supra, TV monomórfica com
x mais moderno- é o bifásico: choque de 120 a 200 J
pulso
x Qual é a sequencia obrigatória para usar o
desfibrilador:
x chegar o ritmo através do monitor, se for RITMO
CHOCÁVEL: FV ou TV sem pulso→ aplicar
imediatamente o CHOQUE desfibrilatorio de 360 J OU
200 J→ retornar IMEDIATAMENTE ( ou seja, SEM checar
o pulso e ritmo nesse momento) para manobra
ventilação compressão realizando 5 ciclos ( 2 min) de
30:2, e somente depois desses 5 ciclos de massagem
que irá chegar o reversão do ritmo. Se o paciente NÃO
melhorou o próximo passo será intubação traqueal→
ACLS.
x RESUMINDO: nenhum ritmo e nem pulso devem ser
chegados depois do choque, somente depois de 2
minutos de RCP.

217
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA EM CARDIOLOGIA – A C L S

1ª passo: ABCD

A- via aérea Avançada: INTUBAÇÃO TRAQUEAL( obtenção das vias aéreas definitiva)

B- VENTILAÇÃO- ventilar SEM sincronia com a massagem. Após a intubação deve-se apenas manter a ventilação em um ritmo de 8 a 10/ min,
independente da massagem cardíaca!!. Se deve continuar as Compressões Cardíacas durante todo o ACLS, com pequenas interrupções para a
intubação traqueal, determinação do ritmo e novos choques desfibrilatórios, fora isso→ continuar massageando na frequência de 100 x min.

C- ACESSO VENOSO periférico de preferência a veia cubital. A 2ª opção é o acesso intraósseo, e em ultimo caso, fazer endotraqueal.

OBS: Quais são as Drogas que podem ser administradas endotubo? VANEL: V: vasopressina; A: atropina; N: naloxone; E: epinefrina ou
adrenalina; L: lidocaína. OBS: amiodarona e nem bicarbonato de sódio NÃO podem ser administrados endotubo!!!

D- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: procure e trate as causas reversíveis: 6  “H”s  e  5  “T”s→ elas levam a Dissociação Eletromiocárdica.

6  “H”s: 5  “T”s:

1. Hipóxia- historia de DPOC 1. Tensão pneumotórax ( geralmente tem PCR após trauma torácico- apresenta turgência jugular
descompensada, pneumonia, + assimetria de tórax e hipertimpanismo)- fazer imediatamente Toracocentese no 2ª espaço
crise asmática, EAP... intercostal na linha hemiclavicular)
2. Hipovolemia 2. Tamponamento Cardíaco - Turgencia jugular; - hipofonese de bulhas; - hipotensão arterial (
3. Hipo ou Hipercalemia paciente com trauma torácico ou clinica compatível com dissecação de aorta ou pericardite- -
4. Hipoglicemia fazer imediatamente Pericardiocentese subxifoidiana)
5. Hidrogenio de acidose 3. 3-TEP
6. Hipotermia- irá encontrar 4. Trombose coronariana
onda J no ECG que é 5. Toxidade exógena
característico de Hipotermia.

218
Quais são os PRINCIPAIS RITMOS de uma PARADA CARDÍACA?

x Fibrilação Ventricular ( é a principal forma de PCR de uma forma geral e extra-hospitalar)


x Taquicardia ventricular SEM pulso ( TVSP)
x Atividade elétrica sem pulso ( AESP)
x Assistolia

PROTOCOLO de RITMOS CHOCÁVEIS: FV e TVSP

PCR →BLS ( 5 ciclos ou 2 minutos de RCP) →  CHEGADA do desfibrilador → Checar Ritmo: FV/ TVSP→ CHOQUE → RCP 2 minutos

ou 5 ciclos→ Chegar o Ritmo→  NÃO melhorou→  entubação traqueal e acesso venoso →  administrar ADRENALINA ( epinefrina)- 1 mg (

1 ampola) em bolus, infundindo em seguida 20 ml de soro fisiológico e elevar o braço do paciente OU VASOPRESSINA- 40 U →    chegar o

Ritmo→ NÃO melhorou →                  CHOQUE→ RCP 2 minutos ou 5 ciclos→ Chegar o Ritmo→ NÃO melhorou → Considerar o uso de

ANTIARRITMICO – AMIODARONA ( é o antiarrítmico considerado de escolha para FV e TVSP) ou Lidocaina→ checar o ritmo→ NÃO

melhorou → CHOQUE→ RCP 2 minutos ou 5 ciclos→ Chegar o Ritmo→ se NÃO melhorou, voltar usar ADRENALINA ....

OBS: a vasopressina só pode ser feita 1 vez, no lugar da primeira ou da segunda dose de adrenalina, pois sua meia vida é mais longa.

- Qual é a PRIMEIRA droga a ser usada?


ADRENALINA ( EPINEFRINA)- 1 mg IV em bolus

- Qual o ANTIARRÍTMICO de escolha para o paciente com FV ou TVSP?


AMIODARONA
OBS: a amiodarona pode ser feita 2 vezes: na 1ª a dose é 300 mg ( 2 ampolas) e na 2ª a dose é de 150 mg ( 1 ampola)
OBS: a amiodarona substitui totalmente a lidocaína no tratamento de FV/ TVSP.

219
- Quando usar SULFATO DE MAGNÉSIO?

Para TVSP polimórfica ( TORSADES DES POINTES). 1 a 2 g .


OBS: na intoxicação por antidepressivos tricíclicos, à parada cardíaca geralmente sucede uma TV polimórfica do tipo Torsades des
Pointes- que é revertida com Bicarbonato de Sódio e Sulfato de Magnésio.

- Quando usar BICARBONATO DE SÓDIO?


Para FV/ TVSP decorrente de ↑ K ( hipercalemia), ou intoxicação por cocaína ou por antidepressivos tricíclicos.

- Qual o principal determinante da SOBREVIDA de uma parada cardiorespiratoria devido a Fibrilação Ventricular ( FV)?
DESFIBRILAÇÃO – é a única maneira de reverter a FV.

PROTOCOLO de RITMO NÃO CHOCÁVEIS: AESP ( ou PEA) / ASSITOLIA

1°: Monitorarização eletrocardiográfica→


2ª : Protocolo de LINHA RETA: - conferir os cabos do monitor e verificar se o monitor esta ligado e conectado ao paciente; - mudar as
derivações do monitor→ para conferir realmente se existe assistolia ou AESP.

Assistolia/ AESP→ Entubação traqueal e acesso venoso→ ADRENALINA- 1 mg→ RCP com massagem cardíaca por 2 min ou 5 ciclos→
chegar o Ritmo→ se não melhorou→ ADRENALINA 1 mg→ RCP x 2 min→ checar o Ritmo....

OBS: NÃO se usa desfibrilador em Assistolia e nem AESP


* NÃO se usa mais atropina
* a vasopressina é controverso seu uso.
* NÃO se usa mais marca-passo transcutâneo
OBS:  durante  toda  a  Parada  com  AESP  e  Assistolia  pensar  nos  5  “T”s  e  6  “H”s.

220
CONDUTA IMEDIATA PÓS-REANIMAÇÃO→ com retorno da circulação espontânea!
1ª : instituir uma via aérea segura e suporte ventilatório.
2ª :cabeça elevada em 30° para reduzir a incidência de edema cerebral, broncoaspiração e pneumonia.
3ª  :  O2  a  100%  e  manter  a  saturação  ≥  94%.
Não hiperventilar ( 10-12 irpm)
4ª  :  manter  a  PA  sistólica  alvo  de  ≥  90  mmHg.  
Sinais de choque indica tratamento agressivo com reposição volêmica com SF 0,9% ou RL ( 1- 2 L), aminas vasopressoras ( dopamina IV:
5- 10 mcg/kg/min), noradrenalina- adrenalina IV: 0,1 – 0,5 mcg/kg/min) e inotrópicos ( dobutamina).
5ª : INDUÇÃO À HIPOTERMIA: ↓ as lesões de reperfusão, melhora o fornecimento de O2 ao encéfalo e pode diminuir a FC e aumentar o
RVS, mantendo o volume sistólico constante. O paciente dever ser mantido a T° de 32 a 34° C por 12 a 24 hrs.
OBS: o prognostico do paciente reanimado é determinado principalmente pelo seu estado neurológico: escala de Glasgow; pesquisa de
reflexos do tronco ( reação pupilar à luz, reflexo córneo-palpebral).

MORTE SÚBITA

1- Causa + COMUM de morte súbita?


– DOENÇA CORONARIANA ATEROTROMBÍTICA OCLUSIVA ( especialmente em > 30 anos)

2- Causa + COMUM de morte súbita em JOVENS e em ATLETAS?


– CARDIOPATIA HIPERTRÓFICA

3- Quais são os FATORES DE RISCO para morte súbita?


– HTA, DM, TABAGISMO, DISLIPDEMIA, HISTORIA FAMILIAR de IAM e de MORTE SUBITA, CONSUMO DE ALCOOL, ISOLAMENTE SOCIAL.

4- Qual o principal MECANIMSO de morte súbita?


- FIBRILAÇÃO VENTRICULAR ( ocorre por hipoxia – isquemia do miocárdio)

5- Qual o MECANISMO ELÉTRICO + comum da Parada Cardíaca?


- FIBRILAÇÃO VENTRICULAR

221
5- O que é SX. de BRUGADA?
É uma doença elétrica do sistema elétrico cardíaco. Ocorre um defeito nos canais de Sódio do miocárdio ventricular, propiciando uma
heterogeneidade dos períodos refratários, que leva a taquiarritmias ventriculares malignas. Apresenta um padrão no ECG com
morfologia marcante: supra de ST em V1, V2, V3 e pseudo- BRD.
- é 9 x mais comum em ♂
- a morte súbita costuma ocorrer entre 20 e 65 anos e no período da noite ( durante o sono)
Os indivíduos devem receber cardiodesfibrilador implantável , quando apresentarem: 1- historia de morte súbita abortada, 2- historia
de sincope ou instabilidade hemodinâmica.

6- Quais são as outras desordem elétricas do coração que pode manifestar com FV e morte súbita?
* SX. de Wolff- Parkinson-White
* SX. Do QT longo congênito
* TV polimórfica catecolaminérgica: é desencadeada por estresse adrenérgico ( emoções fortes)
* Commotio Cordis: ocorre quando um golpe acidental é desferido no precórdio, coincidindo com o final da repolarizaçao ventricular,
desencadeando um TV. Acomete jovens atletas.

PEDIATRIA

- SUPORTE BÁSICO E AVANÇADO DE VIDA EM PEDIATRIA

1- Quais são as CAUSAS de PCR na INFÂNCIA? Qual o RITMO de PCR mais comum na INFÂNCIA?

A PCR geralmente é por ASFIXIA- HIPÓXIA ( parada hipóxica) e o RITMO mais comum é ASSISTOLIA.

RECOMENDAÇÕES para MANOBRAS de RCP de acordo com a FAIXA ETÁRIA


ADULTO CRIANÇAS E BEBÊS ( < 1 ano) OBS: não entra Recém-nascido)
Sequencia de RCP C- A – B C- A- B
Frequência de compressão 100 compressões x minuto 100 compressões x minuto
Profundidade da compressão No mínimo 5 cm Criança: 1/3 do diâmetro AP ( cerca de 5 cm)
Bebes: no mínimo 1/3 do diam. AP ( cerca de 4 cm)

222
Método de compressão Calcanhar da mão; uma mão sobre a Criança: Apenas o calcanhar de UMA MÃO OU uma sobre a outra
outra Bebes: 1 socorrista: 2 dedos
2 socorristas: 2 polegares (apenas profissionais de saúde)
Ventilação com via aérea 8-10 ventilação/ min 8-10 ventilação/ min
avançada
Alivio da obstrução das Vias Compressões abdominais ou Criança: Compressões abdominais ou manobra de Heimlish
aéreas por corpo estranho Manobra de Heimlich ou Bebes: 5 golpes nas costas alternados com 5 compressões
compressões torácicas torácicas.
Relação compressão- 30:2 ( 1 ou 2 socorristas) 30:2 ( 1 socorrista)
ventilação 15:2 ( 2 socorristas)
OBS: NÃO faz ventilações de resgate antes das compressões!!!

OBS:. Quando existir apenas 1 socorristas e a vitima for criança, se deve iniciar 5 ciclos de RCP de depois acionar o socorro. E já nos
adultos deve-se acionar primeiramente o socorro, para depois iniciar a RCP.

DETALHES de DOSES e CHOQUES em PEDIATRIA

CHOQUE: 1ª CHOQUE: 2J / kg

2ª CHOQUE: 4J/ kg

CHOQUES SUBSEQUENTES: > 4 J/ kg ( Maximo 10 J/ Kg

DOSES: * EPINEFRINA/ ADRENALINA dose IO/IV: 0,01 mg/kg – repetir cada 3- 5 minuto.

- dose SEM acesso VIA ENDOTUBO: 0,1 mg/Kg

* AMIODARONA: em bolus 5 mg/Kg ( pode repetir ate 2 vezes)

- Qual é a 1ª droga utilizada na RCP em crianças? EPINEFRINA/ ADRENALINA

223
ALEITAMENTO MATERNO

FISIOLOGIA da LACTAÇÃO FASES DA LACTAÇÃO COMPOSIÇÃO / LEITE MATERNO VANTAGENS do ALEITAMENTO


* Hormônios com ação sobre a 3 FASES: * Aleitamento materno exclusivo VANTAGENS P/ O BEBÊ:
glândula mamaria e a 1ª FASE: COLOSTRO ( 1ª semana ( AME): 1- fatores de Proteção
LACTOGÊNESE: ou 0 a 7 dias) A criança recebe unicamente o Imunológica- fator
Lactogênese fase I: - leite  amarelado,  “  mais  grosso  ” leite materno. Indicado ate o 6ª antimicrobiano:
- ocorre durante a gestação, onde - fundamental para proteção mês de vida. * IgA: proteção contra MO.
a mama é preparada para contra infecções e maturação - durante o AME, NÃO é * Lisozima
lactação. intestinal e eliminação de necessária a suplementação de * Lactoferrina
- níveis ↑ de ESTROGÊNIO e mecônio. FERRO em crianças normal * Fator Bífido: lactobacillus
PROGESTERONA. - tem MAIOR ( > ) quantidade de: nascidas a termo. bífidos que impede a proliferação
- o estrogênio estimula a * PROTEÍNA * Aleitamento materno bacteriana e ↓ o PH fecal.
adenoipófise para PRODUÇÃO de *IMUNOGLOBULINA- IgA PREDOMINANTE: * Macrófagos e Neutrófilos
PROLACTINA que é fundamental * LACTOFERRINA Alem do leite materno, a criança 2- Melhor perfil Proteico:
para produção de leite. O pico de * LEUCÓCITOS Recebe água, chá, sucos. -o leite materno contem
prolactina ocorre no 3ª trimestre * possui efeito LAXANTE ( facilita * Aleitamento materno proteínas de mais fácil digestão (
de gestação e se mantém alta nos a eliminação do mecônio) COMPLEMENTADO ( desmame): quantidade de Lactoalbumina >
primeiros dias do puerpério. * VIT. LIPOSSOLUVEIS ( D-A-K-E) Alem do leite materno, a criança que caseína).
* ELETROLITOS recebe alimentos sólidos e - Não possui efeito alérgico.
Lactogênese fase II: - tem MENOR (< ) quantidade de: semissólidos. - a quantidade < de proteína
- ocorre com o nascimento, e * CALORIAS - inicia após 6ª mês de vida, reduz a excreção renal e de
LIBERAÇÃO da PROLACTINA, * LACTOSE necessária para aumentar o solutos e água, prevenindo a
levando a secreção de leite e * GORDURA aporte quantitativo de calorias e a desidratação.
liberação de OCITOCINA pela * VITAMINA HIDROSSOLUVEL variedade nutritiva. * Melhor perfil Lipídico ( ácidos
hipófise posterior ( neuro * Aleitamento materno MISTO graxos):
hipófise), levando a contração dos 2ª FASE- LEITE DE TRANSIÇÃO ou PARCIAL: - importante para o
ductos para ejeção do leite→ entre 7 e 15 dias. Alem do leite materno a criança desenvolvimento psicomotor e
APOJADURA ( descida do leite), - ocorre ↓ das PROTEINAS E ↑ da recebe outros tipos de leite. conexões cerebrais.
ocorre ate 3ª – 4ª dia após parto. GORDURA e LACTOSE. Pode ser indicado caso de * Melhor perfil Glicídico (
OBS: a apojadura ocorre por ação indisponibilidade transitória da lactose):
dos hormônios ( prolactina e 3ª FASE- LEITE MADURO- > 15 mãe para o aleitamento. Lactobacilos bifidus
ocitocina) e NÃO depende da dias. *Melhor perfil Hidroeletrolitico:
sucção mamilar pelo bebe. - tem MAIOR quantidade de: < concentração de SÓDIO- previne

224
Lactogênse fase III- * LACTOSE OBS: O leite materno é CARENTE desidratação.
Galactopoiese: * GORDURA de algum elemento ESSENCIAL? * Maior disponibilidade de Ferro:
Esta fase que se manter por toda * VIT. HIDROSSOLÚVEIS Sim, de vitamina K, vit. D. A quantidade de ferro é baixa em
a lactação e dependo do estimulo - tem MENOR quantidade de: * VITAMINA k: ambos os leites, porem o do leite
da sucção do bebê. * PROTEÍNA - aplicar 1 mg de vit. K ao materno é bem mais aproveitado.
-fase em que a prolactina e nascimento, para prevenir * Maior disponibilidade de Cálcio
ocitocina sob estimulo da sucção O leite Maduro possui 3 fases de fenômenos hemorrágicos, pois a * ↓ da mortalidade infantil: evita
da mama pelo bebe atuam na liberação em cada mamada, ou vitamina K é necessária para 13% das morte em crianças < 5
produção e secreção do leite. seja a composição do leite síntese de 4 fatores de anos.
materno varia a cada mamada: coagulação pelo fígado: II, VII, IX e * < risco de infecções GI,
OBS: * INICIO da mamada: leite X. respiratórias, doenças alérgicas,
Qual o hormônio responsável anterior:- leite  cor  de  “água  de   * VITAMINA D: obesidade, DM tipo 2, câncer
pela produção do leite ( coco”:  mais  água,  proteína,   - a quantidade de VIT. D no leite hematológico...
lactogênese)? lactose, vitaminas e eletrolitos. materno é inadequada em mães
Prolactina. * Leite do meio: cor branca e com fatores de risco: OBS: a causa + COMUM de alergia
opaca: rico em CASEÍNA. - raça NEGRA a alimentos de > prevalência de
Como age a Ocitocina? * FINAL da mamada: Leite - BAIXA EXPOSIÇÃO SOLAR crianças é pelo LEITE DE VACA.
Promove a contração das células posterior: cor amarelada: rico em - grande poluição de área urbana
dos alvéolos e ductos, GORDURA. - altas altitudes VANTAGENS P/ A MÃE:
provocando a expulsão do leite - uso de protetor solar e cobrir * ↓ o sangramento uterino ( efeito
armazenado. OBS: a GORDURA é a que sofre todo corpo. da ocitocina)
- Estimula a contração uterina, maior variação no decorrer da - uso de alguns anticonvulsivantes * prolonga a amenorreia ( efeito
reduzindo a hemorragia mamada ao longo das fases de - deficiência materna gravidez. da prolactina)
puerperal. lactação. A gordura esta presente Nestes casos esta indicado a * Promove perda de peso
em > concentração no leite reposição de vit.D – 200 UI/ dia * ↓ risco de Câncer de Mama e
OBS: tanto a ocitocina, quanto a maduro e no leite posterior ( final ate os 18 meses, para evitar o ovário
prolactina precisam do reflexo de da manada) RAQUITISMO. * ↓ risco de osteoporose pós-
sucção do mamilo pelo bebe, OBS: lactantes com AME e com monopausa
para a produção e expulsão do OBS: o leite das mães de EXPOSIÇÃO SOLAR de 30 * ↓ risco de DM tipo 2.
leite. PREMATUROS é + RICO em minutos/ semana ou lactantes
PROTEÍNA ( taurina e cisteina), alimentados com FORMULAS
AMIONOÁCIDOS, GORDURA, INFANTIL no mínimo 500ml/dia→
ACIDOS GRAXOS, VIT. A e E. NÃO precisam receber
E é POBRE em LACTOSE e VIT. C. complemento de VIT. D.

225
* VITAMINA A: OBS: o leite de mulheres com
- apresenta concentrações DIABETES contem mais
NORMAIS no leite materno, mas betaglicuronidase que AUMENTA
em certas regiões do pais, a reabsorção entero-hepatica de
possuem altas prevalências em BILIRRUBINA.
hipovitaminose ( nordeste, e
minas gerais). Recomenda-se:
p/ lactante 6 a 12 meses: 100.000
UI VO e repetida cada 6 meses.
p/ 12 a 72 meses: 200.000 VO
p/ puérperas no pós-parto
imediato: 200.000 UI para
prevenir em lactantes < 6 meses
com AME.
OBS: a deficiência de VIT. A esta
associada a CEGUEIRA noturna.

COMPOSIÇÃO do LEITE MATERNO X LEITE DE VACA


LEITE MATERNO LEITE DE VACA
- Proteína: 1,1 g/ 10ml, sendo: 3,5 g/1 00ml, sendo:
- 40% de CASEÍNA e 60% de lactoalbumina, -82% de CASEÍNA ( difícil digestão) e 18% de
lactoferrina, lisozina... lactoalbumina, lactoferrina, lisozima, Ig)
- Lactose ( carboidratos): 7,0 g 4,8 g
- Gordura: 4,5g ( ácidos graxos insaturados) 4,0 g ( Excesso de ácidos graxos saturados)
- COM lipase ( digestão de gorduras) - SEM lípase
- Eletrolitos: Na: 7 mEq/L Na: 22 mEq/L
K: 13 K: 35
Cálcio: 340 ( < teor, mais BEM Cálcio: 1.170 ( > teor, porem MAL absorvido!)
absorvido)
- Vitamina: suficiente ( rico em IgA ( principal), - Deficiência de vit. A e C
IgG e IgM)
- Ferro: 0,5 ( pequeno teor BEM absorvido) 0,5 ( MAL absorvido)

226
TÉCNICA de ALEITAMENTO MATERNO CAUSAS DE DESMAME PRECOCE CONTRAINDICAÇÕES AO ALEITAMENTO
MATERNO
* Quando INICIAR o aleitamento materno? Principais Causas de desmame precoce: - RELACIONADAS À MÃE:
Já na sala de parto, na 1ª hora de nascido. 1- desconhecimento sobre a aleitamento e 1- HIV ( + ), independente da carga viral
* Qual a TÉCNICA CORRETA? sua técnica, vantagens para mulher e o bebê. 2- fase ATIVA DO HERPES simples onde as
Boa pega do bebê: 2- Falta de conhecimento técnico da equipe vesículas herpéticas estão localizadas na
- A boca do bebê BEM aberta de saúde MAMA.
- abocanhando TODA aréola ( mais aréola 3- Fatores  Culturais  e  “mitos”: 3- mãe c/ VARICELA iniciada 5 dias antes ate
visível acima da boca do bebê do que abaixo) * O meu leite é fraco! – não existe isso. 48 hrs depois do parto: fazer imunoglobulina
- lábio INFERIOR EVERTIDO ( virado p/ fora) * Eu tenho pouco Leite! – geralmente é para o bebe e iniciar o aleitamento somente
- língua tocando a gengiva inferior causado pelo erro da técnica de na fase não contagiosa ( crostas)
- queixo tocando a mama amamentação. A conduta é corrigir a técnica. 4- mãe HTLV-1 ou HTLV-2 ( + )
- rosto do bebê de frente para a mama com * Eu não tenho Leite! 5- uso de DROGAS: antineoplásicos,
nariz em oposição ao mamilo * Se eu amamentar meu peito vai cair! imunossupressores (ciclosporina); substancia
- corpo do bebê bem próximo ao da mãe * Cerveja preta aumenta a produção de leite? radioativa; derivados da ergotamina ( p/
* Quais as POSIÇÕES da amamentação Não há nada comprovado, deve ser evitado. enxaqueca); amiodarona, fenindiona, sais de
correta? 4- Baixa autoestima materna ouro.
- Sentada tradicional: Barriga-barriga 5- Falta de apoio familiar 6- casos de graves de PSICOSE
- Sentada cruzada 6- Introdução precoce a chupetas e 7- doença orgânica grave da mãe ( ICC grave,
- Posição sentada invertida: barriga com axila mamadeiras endocardite bacteriana, eclampsia)
- Posição deitada: barriga com barriga 7- retorno da mãe ao trabalho
- Posição para gêmeos OBS: o parasita de CHAGAS é excretado no
OBS: manter o corpo e a cabeça do bebe OBS: em 2008 foi sancionada a Lei que amplia leite materno na fase AGUDA da doença,
alinhados, com pescoço estendido. a licença maternidade para 180 dias ( 6 época de > parasitemia. O aleitamento deve
* De quanto em quanto tempo a mãe deve meses). ser CONTRAINDICADO nesse período.
amamentar? As mãe que tem que voltar ao trabalho após 4
O leite deve ser oferecido em LIVRE meses de licença, deve ser incentivadas a - RELACIONADAS AO BEBÊ:
DEMANDA ( media de 8 x/dia) iniciar a pratica da ordenha manual, o leite - GALACTOSEMIA do RN ( deficiência da
Cerca de 80% do leite é sugado pelo RN nos deve ser armazenado em geladeira por 12 hrs enzima que metaboliza a galactose,
primeiros 3 minutos de sucção. e em freezer por 15 dias. Oferecer o leite em componente da lactose, o açúcar do leite)
OBS: a secreção de leite ↑ de menos de 100 copinho ou colher. - ATRESIA de ESÓFAGO
ml/dia no inicio da lactação para OBS: hepatites, CMV, TBC, hanseníase,
aproximadamente 600 ml/dia no 4ª dia ( abscesso mamários, mastite, NÃO
atingindo o prazo de > produção de leite) contraindicam a amamentação.

227
* Por qual mama deve começar a mamada? * Qual é o MELHOR MÉTODO para INIBIR a
Sempre alternar as mamas, e começar a produção de leite materno em mães que não
próxima mamada pela ultima mama oferecida podem amamentar?
na vez anterior. - Enfaixar as mamas da mãe ( fazer
*  Qual  é  a  FILOSOFIA  do  “MÉTODO   compressão externa das mamas) e aplicar
CANGURU”? compressas de gelo, por um período de 10
Amor ♥, calor e Aleitamento materno. dias. Inibe em 80% dos casos.

AFECÇÕES DA MAMA
INGURGITAMENTO FISSURAS MAMILARES MASTITE E ABSCESSO CANDIDÍASE MAMILAR MAMILOS PLANOS
MAMÁRIO
É o ↑  doloroso e quente da A principal causa de fissura Infecção do tecido Provocada pelo fungos - ordenhar o leite e
mama pelo acumulo de mamilar é devido a má subcutâneo, CANDIDA sp., que infecta oferecer em copinho
leite ( as mamas ficam posição da criança e principalmente pelo S. a pele da aréola e mamilo quando o bebê não sugar
turgidas e congestas). “pega”  incorreta, e de AUREUS. e ate ductos lactíferos. adequadamente.
Pode ter febre baixa. higiene excessiva das Clinica: dor, Clinica: prurido, - tentar diferentes
Ocorre comumente aréolas. calor,calafrios, estase queimação, dor em posições para descobrir a
durante a apojadura ( 3ª – Prevenção: orientar a láctea, FEBRE ALTA. É agulhadas dentro da qual o bebê se adapta
4ª dia pós-parto) posição  e  “pega”correta  (   comum entre 2-3 semanas mama. Na boca do bebe melhor
Conduta: principal) pós-parto. contem crostas brancas - treinar manobras de
- não interromper o - não realizar higiene Conduta: que não são removíveis protrusão do mamilo
aleitamento excessiva da mama. - não interromper o com facilidade. antes das mamadas:
- realizar massagem na Conduta: aleitamento Conduta: tratar a mãe e o estimulo do mamilo,
mama e ordenhar o leite ( - não interromper o - ATB sistêmico por 10 bebê, mesmo que ele não sucção com bomba
é a medida principal) aleitamento DIAS ( Cefalexina 500 mg apresente sinais de manual ou seringa de 20
- começar a mama na - iniciar a mamada na VO 6/6 h) + analgésicos e clínicos de candidíase. ml
mama mais turgida. mama menos afetada antitérmicos. * uso tópico nas mamas x - ajudar a mãe com a pega
- compressas de gelo entre - lubrificar o mamilo com o 2 sem: nistatina, - promover a confiança da
as mamadas. próprio leite materno, ou P/ ABSCESSO: coleção de miconazol, cetoconazol. mãe, ela deve ter
- uso de analgésico: uso tópico de lanolina pus no subcutâneo, como A violeta de genciana 0,5% paciência, para superar o
ibuprofeno anidra modificada. complicação da mastite. O pode ser usada nos problema.
-- uso de sutiãs de alça - Orientar  a  “pega”correta   diagnostico se da pela mamilos e nas bocas dos
larga e firme para do RN. USG. bebes 1x ao dia por 4 dias.

228
sustentar o seio. - amamentar com > TTO: ATB + drenagem * uso sistêmico de
frequência cirúrgica. cetoconazol 200 mg/dia
- realizar massagem de * A amamentação só deve por 10 a 20 dias se o
ordenha antes da mamada ser suspensa em caso de tratamento tópico não for
- não usar sutiãs muito drenagem purulenta eficaz.
apertados espontânea pela papila. * enxaguar os mamilos e
seca-los ao ar após as
mamadas, expor os
mamilos a luz.

ALEITAMENTO ARTIFICIAL
FORMULAS INFANTIS LEITE DE VACA
As formulas infantis industrializadas são as A Sociedade de Pediatria NÃO recomenda para < de 1 ano, devido a:
MELHORES opções de aleitamento na - taxas ↑ de PROTEÍNAS que predispões a alergias devido as proteínas alérgicas do leite de vaca:
ausência do leito materno. CASEINA e BETALACTOGLOBULINA.
- não necessita de acréscimo de açúcar ou - ↑ concentração de SÓDIO
farinha e não devem ser submetidos a - ↓ teor de ácido linoleico
ação do calor. - ↓ teor de CARBOIDRATOS ( é necessário o ACRÉSCIMO de açucares)
* VOLUME oferecido a cada mamada: 25 a - ↓ teor de FERRO e ZINCO
30 ml/ Kg/ vez de 3/3 h ou 4/4 hrs. - ↓ concentração de VIT. D, E, C

* Sulfato Ferroso: 1 mg/ kg/dia, somente * Caso Houver APENAS a possibilidade de LEITE DE VACA, como recomendá-lo?
deve ser iniciado a partir do 6ª mês para - para leite de vaca fluido: - ferver o leite antes;
crianças que usam menos de 500 ml/dia - no 1ª mês de vida o leite deve ser DILUIDO em metade de água (
de formula. 1: 1), do 2ª ao 5ª mês a diluição pode ser feita na proporção 2/3 de volume de leite e 1/3 de água.
Após o 5ª mês NÃO precisa diluir.
OBS: DESVANTAGENS do aleitamento - para leite de vaca em pó: - no 1ª mês: 1 colher rasa de sobremesa de leite para 100 ml de água;
artificial: do 2ª ao 5ª mês 1 colher cheia de sobremesa para 100 ml de água. A partir do 5ª mês, uma colher
- > risco de infecções, alergias, obesidade, de sopa cheia para 100 ml de água.
prejudica a relação afetiva mãe-filho.
- Acrescentar AÇUCAR e AMIDO ( 1 colher cheia para cada 100 ml de leite)
- VOLUME oferecido: 25 a 30 ml/kg/ vez
LEITE DE CABRA

229
- POBRE em CÁLCIO, ferro, vitamina D.
- POBRE em ACIDO FOLICO que leva a ANEMIA MEGALOBLASTICA!!!!

ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR ( DESMAME)

6 MESES ate 2 ANOS PRÉ-ESCOLAR- 2 a 6 ANOS CARÊNCIAS NUTRICIONAIS HABITO INTESTINAL


A partir do 6ª mês em diante, o -nesta fase o ritmo de ganho de entre 2 e 3 meses de idade ate o Qual é o PADRÃO EVOLUTIVO DO
leite materno não fornece peso e estatura são menores que 5 mês , há uma queda fisiológica CONTROLE ESFINCTERIANO?
sozinho todas as necessidades na fase de lactante. A inapetência da Hemoglobina e do Começa o controle a partir dos 18
nutricionais para garantir o nesta  fase  é  “fisiológica”,  e  não   Hematocrito no lactante ( Hb MESES.
crescimento e desenvolvimento deve ser considerada uma entre 9 e 11 g/dl). Essa “anemia   1ª : Controle FECAL NOTURNO
ideal, sendo necessário adicionar doença. fisiológica do lactante”ocorre 2ª : Controle FECAL DIURNO ☼
ao cardápio da criança novos * total de refeições diárias: 6/dia devido a queda transitória do 3ª:Controle URINÁRIO DIURMO☼
alimentos, MAS se deve MANTER * valor calórico: - 2- 3 anos: 1.300 nível de eritropoietina, que antes 4ª: Controle URINÁRIO NOTURNO
o aleitamento materno ate os 2 Kcal/dia) era produzido pelo fígado ( desde
anos de vida!!!. - 4-6 anos: 1.800 a vida fetal) e agora inicia sua
- Introdução dos alimentos Kcal/dia) produção renal. Não deve ser OBS: após a mamada é normal
complementares: confundida com anemia que o bebê apresente evacuações
* 6ª mês: aleitamento materno + ESCOLAR – 6 a 10 ANOS ferropriva. de fezes liquidas e explosivas (
papa de fruta - nesta fase apresenta ritmo e Ate o 6ª mês, os estoques de normal de 8x dia), devido ao
* 6ª ao 7ª mês: + 1 papa salgada desenvolvimento mais constante Ferro são suficientes, sendo reflexo gastrocólico exacerbado
* 7ª ao 8ª mês: + 2 papas e > atividade física. necessário apenas do RN.
salgadas - recomendar consumo ideal de suplementação com este mineral
* 9ª a0 11ª mês: tornar o cálcio para formação adequada a partir desta idade.
alimento complementar + de massa óssea. OBS: NÃO há anemia ferropriva
próximo dos hábitos familiares * calor calórico: 2.000 Kcal/dia carencial antes dos 6 meses de
* 12ª mês: alimentação do vida, NÃO sendo necessário a
lactante deve ser igual ao da complementação de Ferro antes
família e mantendo o leite ADOLESCENTE- > 10 ANOS ate 20 dos 6 meses ( p/ crianças nascida
materno ate os 2 anos de vida. ANOS a termo)
OBS: NÃO bater as papas no - ocorre nesta fase, ↑ da estatura,
liquidificador. peso, massa magra e modificação
- NÃO adicionar, leite, açúcar e sal da distribuição de gordura, ↑ dos

230
nas papas- para que a criança órgãos e massa óssea. INÍCIO PROFILÁTICO DE FERRO:
conheça o sabor real dos OBS: * Lactantes A TERMO com
alimentos. - adolescente em uso de ACO: aleitamento exclusivo ate o 6
- a quantidade inicialmente risco de deficiência de vit. C mês, e a partir do 6ª mês ate 2
oferecida de sal, tende a ser - vegetarianos: carência de B12 anos: 1 mg/Kg/ de ferro
memorizada pela criança. - ↑ das necessidade de vit. A e D ; elementar.
Cálcio, Ferro, Zinco. * p/ Lactante A TERMO que usa
- NÃO usar MEL no 1ª ano de vida * Valor calórico ♀: 2.200 Kcal/dia formula infantil ao invés de leite
da criança, pelo risco de ♂: 2.500 Kcal/dia materno, só fazer complemento
desenvolver BOTULISMO. de Ferro a partir do 6ª mês se sua
ingestão diária de leite for < 500
ml.
* Lactantes PREMATURO ou
BAIXO PESO (< 2500 g): iniciar
complemento de Ferro a partir do
1ª mês ( 30 dias) ate 1 ano:
2 mg/Kg/dia de Fe. Elementar. E
de 1 ano ate 2 anos: 1 mg/kg/dia
de Ferro elementar.
* Lactante com MUITO BAIXO
PESO ( < 1500 g): iniciar a partir
de 30 dias de vida ate 1 ano: 3
mg/ kg/dia de Fe. Elementar.
* Lactante com EXTREMO BAIXO
PESO ( < 1.000 g): iniciar a partir
de 30 dias ate 1 ano: 4 mg/kg/dia
de Ferro elementar.

231
SÍNDROMES GASTROINTESTINAIS NA INFÂNCIA

MALFORMAÇÃO ETIOLOGIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


CONGENITA-
ATRESIA DE ESOFAGO
É a anormalidade - 90% se associa a fistula RN COM SALIVAÇÃO - ausência de ar na - CIRURGICO, mas NÃO é
congênita esofagiana mais traqueo- esofágica distal ABUNDANTE + TOSSE + radiografia de abdômen de urgência
freqüente - a metade desses pcts ASFIXIA + SNG QUE NÃO
- se manifesta logo após o possuem outras PROGRIDE
nascimento anormalidades congênitas
ESTENOSE PILORICA ETIOLOGIA CLINICA DIAGNOSTICO TRATAMENTO
-+ comum no RN sexo - manifestação entre a 1 PATOGNOMONICO: oliva - correção dos distúrbios
masculino e raça branca. semana e o 5 mês pilórica hidro- eletrolíticos e
OBS como diferenciar VOMITO NÃO BILIOSO pós estabilidade
estenose pilórica de - HIPERTROFIA DA alimentares, APÓS USG de abdome: hemodinâmica
hiperplasia adrenal MUSCULAR MEDIA PRIMEIRA SEMANA + - espessamento
congênita? Na HAC 75% PALPAÇÃO DE OLIVA cirunferencial do piloro > 4 - CIRURGIA: pilorotomia
dos casos apresenta a Obs: logo após o vomito o PILORICA mm e alongamento > 14 extramucosa
forma perdedora de sal, bebê esta faminto! Leva a ALCALOSE mm. ( sensibilidade de
que é caracterizado por metabólica 95%)
vomito, perda de peso, HIPOCLOREMIA (↓cl) e - Imagem em ALVO
desidratação e ACIDOSE HIPOKALEMIA (↓ k), por
METABOLICA, ↓ Na e ↑ K. perda através do vomito
de acido gástrico.
ENTEROCOLITE FATORES DE RISCO CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
NECROSANTE
Doença que ocorre - PREMATURIDADE RN PREMATURO com - RX de abdome: - admissão na terapia
predominantemente em INICIO da DIETA ENTERAL PENUMOPERITÔNIO- intensiva
PREMATUROS, e * PATOGENIA: ( geralmente após 4ª dia ( PNEUMATOSE - dieta ZERO
raramente em RN a termo TRÍADE: de vida) que evolui com INTESTINAL) ( acumulo de - sonda nasogástrica
que sofreram asfixia - isquemia intestinal DISTENSÃO ABDOMINAL, gás na submucosa da aberta
perinatal. - inicio da dieta enteral no dificuldade da progressão parede intestinal) - hidratação venosa
* Ocorre necrose da RN PREMATURO ( da dieta, presença de - correção dos distúrbios
mucosa intestinal. geralmente nas primeiras RESÍDUO GASTRICO eletrolíticos

232
* REGIÃO + ACOMETIDA: 2 SEMANAS de vida) BILIOSO e sangramento GI - ATB
íleo distal e cólon - presença de organismos + repercussão sistêmica ( - Indicação de
proximal. patogênicos. hipoatividade, oliguria, laparotomia exploratória:
palidez, taquicardia)→ 1- presença de
pode evoluir para pneumoperitoneo
perfuração intestinal e 2- cultura do liquido +
peritonite. 3- falha no tratamento
conservador
4- alça fixa no RX de abd.
5- eritema da parede abd.
ATRESIA DUODENAL EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
- se manifesta logo após - 20 a 30% portadores de RN COM VOMITOS - não tem ar no restante - CIRURGICO:
nascimento. SX. DE DOWN BILIOSOS logo após o do intestino porque o ar duodeno-duodenostomia
- outras más- formações nascimento, SEM não passa. em diamante
OBS: historia de estão associadas: DISTENSÃO ABDOMINAL + - RX com sinal de DUPLA
POLIDRAMNIA ( durante a malrotação intestinal, RX DE SINAL DE DUPLA BOLHA.
vida intrauterina) atresia de esôfago, BOLHA
cardiopatia congênita. (peristaltismo visível)
INTUSSUSCEPÇÃO EDPIDEMIOLOGIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
Ou INVAGINAÇÃO - é a causa mais comum de Criança previamente clinica + RX simples ou c/ suporte / ENEMA /
INTESTINAL: emergência abdominal hígida com aparecimento contraste , US e ENEMA cirurgia
evento agudo de em crianças < 2 anos súbito de :
invaginação de uma alça - + comum em CRIANÇAS - DOR ABDOMINAL ( RX: distensão de alça e OBS: o enema com bário é
intestinal para dentro do de 3 meses a 6 anos. cólica intensa) ausência de gás no reto. capaz de reverter a
próprio tubo digestivo. - + no sexo masculino 3:2 - FEZES EM GELEIA DE intussuscepção em 80%,
OBS: é a causa de FRAMBUESA US; imagem em ALVO e sem necessidade de
obstrução intestinal + - em crianças a causa é -MASSA PALPÁVEL PSEUDORIM. cirurgia.
frequente no 2ª SEMESTRE IDIOPÁTICA. (salsicha)- no quadrante
DE VIDA. superior D. OBS:: Historia clássica de
- Localização + comum: um lactante saudável que
junção ILEOCECAL subitamente GRITA, dobra
as pernas e vomita. A dor
retorna e os episódios se
tornam periódicos.

233
HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA CLÍNICA
Distúrbio autossômico recessivo da síntese dos * > causa de genitálias ambíguas na mulher: – PSEUDO HERMAFRODITISMO
esteroides adrenais. FEMININO: induz a masculinização do sistema genital externo feminino( ↑ clitóris,
ETILOGIA: deficiência de 21-hidroxilase (90% dos fusão dos lábios). A genitália interna não se altera.
casos), leva a deficiência de mineralcorticoide ( 3 FORMAS:
aldosterona) e glicocorticoide ( cortisol) com ↑ dos A- forma apenas virilizante:
androgênios. Sinais de puberdade precoce e VIRILIZAÇÃO nos BEBES do sexo feminino nos primeiros
RESUMO: * deficiência da enzima ↓ 21- 6 meses, com ↑ do clitóris, pelos pubianos, idade óssea adiantada e se não
hidroxilase→ diagnosticada o fechamento precoce das epífises leva a baixa estatura no adulto.
→↓ de cortisol e aldosterona E nos meninos leva a puberdade precoce.
→↑  androgênio: androstenediona e testosterona
→↑ de ACTH B- forma clássica perdedora de sal (75%):
→↑  17  OH Pela deficiência de mineralcorticoide, neonato com desidratação, vomito, perda de
peso, anorexia. No exame se encontra níveis elevados de 17-OH progesterona e níveis
* Fontes de androgênios: ovário ( testosterona) e baixos de cortisol e aldosterona→e sistema RAA aumentado, ↓ NA, ↑ K e ACIDOSE
suprarrenal ( androstenediona; DHEA e S-DHEA) . metabólica ( diferenciando de estenose pilórica que faz alcalose metabólica).
Tratamento: reposição de corticoide ( hidrocortisona) e mineralcorticoide (
OBS: 17 OH- progesterona da origem ao cortisol e a fludrocortisona)
androstenediona , então o androstenediona estará
aumentado, mas.... por falta também da 21- C- forma NÃO clássica- tardia
hidroxilase o cortisol e aldosterona estará baixo, Virilizaçao nas meninas ao nascimento, mas na adolescência pode simular uma SOP .
porque sem ele não tem síntese de cortisol e nem OBS: a SOP NÃO apresenta níveis elevados de 17- HIDROXIPROGESTERONA, e já a
aldosterona!!! Hiperplasia adrenal apresenta níveis elevados de 17 OH progesterona!!!

DX: dosar o hormônio 17- OH: < 200: NÃO é hiperplasia adrenal; entre 200 e 500:
diagnostico incerto, fazer estimulo com ACTH. > 500: diagnostico de hiperplasia
adrenal congênita.

234
CONSTIPAÇÃO

DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


Megacólon Aganglionar * distensão abdominal INTENSA EXAME FISICO: massa fecal TTO: CIRÚRGICO: retirada do
congênito (ausência de plexo de * Vômitos palpável, fezes da criança em fita segmento aganglionar, com
AUERBACH e MEISSNER). O * ausência de eliminação de ou caproica ou em cíbalos. reanastomose termino-terminal
seguimento agangliônico mecônio por 48 hrs após o OBS: ao toque retal se observa entre o segmento colônico
acometido é incapaz de relaxar. nascimento torna-se obrigatória a AMPOLA RETAL VAZIA e esfíncter normal e o reto.
investigação para doença de anal com TÔNUS NORMAL.
- localização + comum: RETO e Hirschsprung OU Durante o toque retal ocorre CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
SIGMOIDE (75%) ; é muito raro no * Parada da expulsão de mecônio saída explosiva de gases e fezes. CRÔNICA: é uma síndrome muito
intestino delgado. após 24 hrs do nascimento→ que frequente na pratica pediátrica,
- Pode ta associada a SX de Down leva a um quadro de RX: zona de transição entre o sendo que a etiologia ( causa)
e neoplasias endócrinas. CONSTIPAÇÃO crônica, déficit de colón proximal dilatado e o colón principal é a origem FUNCIONAL,
crescimento e desenvolvimento e distal obstruído de menor calibre. responsável por 90 a 95% dos
- EPIDEMIOLOGIA: dificuldade de ganho de peso casos. Para  ≠  constipação
* afeta + sexo Masc. ♂ ( 4:1) PADRÃO – OURO= BIOPSIA por funcional crônica de megacólon,
sucção RETAL , os principais é que as fezes da constipação
achados são: funcional observada ampola retal
*ausência de células ganglionares dilatada e preenchida com fezes
(obrigatório) e presença de encoprese ( escape
* hipertrofia de fibras nervosas de fecal, eliminação de fezes
* ↑ da atividade da liquefeitas em pequena
acetilcolinesterase quantidade, varias x/dia, sujando
a vestimenta, ou seja,
pseudodiarreia da constipação).

DIARREIA

1- diarreia aguda: no Max. 14 dias. A maioria dos episódios é provocado por agentes infecciosos. Na maioria das vezes é AUTOLIMITADA.

2- diarreia persistente: alem de 14 dias

3- diarreia crônica: De acordo com o NELSON: período >3 semanas. De acordo com SBP: > 30 dias.

235
DIARREIA AGUDA

VIRAL
ROTAVÍRUS NOROVÍRUS ou CALICIVÍRUS ( NORWALK) ADENOVÍRUS
* principal CAUSA de diarreia aguda do - acomete crianças + VELHAS. * Associado a INFECÇÕES das VIAS AÉREAS
MUNDO! - Período de incubação: < 12 horas SUPERIORES.
- acomete crianças de 6 a 24 MESES.e causa - Surtos associados a INGESTÃO DE ÁGUA e - Acomete crianças < 2 anos
diarreia GRAVE. ALIMENTOS CONTAMINADOS. - > incidência no verão
- Período de incubação: 1-3 dias. - Clinica: N e V - Clinica: cursa com diarreia Prolongada ( 14
- tipo de diarreia osmótica. - Duração: 1 a 3 dias. dias)
- Clinica: vômitos, febre seguida de diarreia
liquida, volumosa e EXPLOSIVA.
- duração: 2 a 8 dias.

BACTÉRIAS
E.COLI SHIGELLA SALMONELA CAMPYLOBACTER JEJUNI
E.COLI ÊNTEROTOXIGÊNICA * principal CAUSA de DISENTERIA - Clinica: inicio abrupto de N, V, * É a principal causa de
* Principal CAUSA de diarreia ( diarreia com muco, sangue e dor abdominal , inicialmente em DEISNTERIA em PAÍSES
BACTERIANA no BRASIL. pus) no nosso MEIO. região periumbilical e depois DESENVOLVIDOS.
- Diarreia do VIAJANTE. - acomete crianças < 5 anos e rara localizada em quadrante inferior -associada a:
- acomete crianças > 1 ano e antes dos 6 meses. D. * SX. DE GUILLAIN BARRÉ
viajantes. - FEBRE ↑ + dor intensa, N, V, 5-10% apresenta manifestação * ARTRITE REATIVA
- tipo de diarreia secretora. DISENTERIA, tenesmo e urgência SNC, pulmão, ossos ( osteomielite * SX. DE REITER
- Clinica: diarreia VOLUMOSA, + Sintomas do NEUROLÓGICOS ( por salmonella na anemia
aquosa e EXPLOSIVA, SEM MUCO, letargia, confusão, alucinação, falciforme), articulações.
pus e sangue e SEM FEBRE. CRISE CONVULSIVA) - pode se complicar com
- duração: É autolimitada ( 1 a 5 megacolon toxico. YERSINA
dias) - Complicação: a principal - associada a adenite
complicação é a DESIDRATAÇÃO. mesentérica, ela gera um
E.COLI ÊNTERO-HEMORRÁGICA Outras: SX. HEMOLÍTICO quadro que se confunde com
- Acomete > 6 meses a 10 anos. URÊMICA e Crise convulsiva. apendicite aguda.
- Transmissão: alimentos
CONTAMINADOS ( hambúrguer,

236
maça, alface, salame), carne mal
cozida, leite não pasteurizado.
- Clinica: disenteria, dor
abdominal, e pode NÃO ter febre.
- produz toxina SHIGA-LIKE 0157-
H7: causa colite hemorrágica,
formação de microtrombos,
hemólise intravascular e isquemia
tecidual.
- Complicação: 5 a 10 % pode se
complicar com SX. HEMOLÍTICO-
URÊMICA ( insuf. Renal aguda +
paquetopenia + anemia
hemolítica)

PROTOZOÁRIOS
GIARDIA LAMBLIA ENTAMOEBA HISTOLÍTICA
- Faixa etária: 1 a 5 anos - Faixa etária: a incidência ↑ com a idade.
Vive no intestino delgado CICLO: vive no intestino grosso sob forma de trofozoita e cisto
OBS: a água contaminada é um meio transmissor do parasita ( Invade a mucosa intestinal causa colite, invade o sangue e faz ABSCESSO
transmissão fecal-oral) HEPÁTICO , pulmonar e cerebral.
* período de incubação: 7 a 10 dias. CLINICA:* 90% assintomático
- a deficiência de IgA secretora pode esta associada a alguns * Disenteria( diarreia com sangue e muco)
casos de giardíase. * amebona ( causa lesão estenosante e faz diag. diferencial com
* NÃO há invasão intestinal neoplasia maligna)
* Assintomático ou diarreia alta NÃO invasiva * abscesso hepático amebiano
* Ma absorção intestinal - diarreia com restos alimentares, DIAG: pesquisa de trofozoita ou cisto nas fezes - EPF: 3 amostras
esteatorreia, perda de peso, anemia; deficiências de vitaminas. TTO: teclosan ( assintomáticos) ou METRONIDAZOL ou tinidazol (
A diarreia NÃO tem muco e nem sangue ( não é invasiva) sintomáticos)
DIAG:pesquisa de trofozoita ou cisto nas fezes – EPF 3 amostras ABSCESSO HEPATICO: único; + no lobo D ; + no sexo ♂ jovem.
ou detecção de antígeno Clinica: dor no HD + febre ↑,  sudorese noturna; sinal de TORRES HOMEM +
TTO: tinidazol ou METRONIDAZOL (percussão dolorosa no gradil costal D)
OBS: não responde ao tratamento de cura com mebendazol. Punção: liquido achocolatado; liquido  em  “pasta  de  anchova”,  sem  cheiro

237
TRATAMENTO DE DIARREIA AGUDA

1- HIDRATAÇÃO

PLANO A PLANO B PLANO C


* estado geral: bem alerta * irritado * letárgico- comatoso – hipotônica
* olhos: normais * fundos ENCOVADOS * muito fundos
* lacrimas: presente * ausente * ausente
* boca e língua: úmidas * secas * muito secas
* sede: bebe normalmente * SENDENTE, bebe RAPIDO e avidamente * NÃO É CAPAZ DE BEBER
* sinal de Prega: desaparece rapidamente * desaparece Lentamente * desaparece MUITO lentamente ( > 2 seg)
* pulso: cheio * RAPIDO, DÉBIL * MUITO débil ou AUSENTE
* enchimento capilar: normal < 3 seg * LENTO ( 3-5 seg) * MUITO lento ( > 5 seg)
* FC: normal * normal a aumentada * aumentada
* Respiração: normal * normal a aumentada * profunda
* Extremidades: quentes * frias * frias e cianóticas
* Debito urinário: normal a diminuído * diminuído * mínimo

* Diagnostico: DIARREIA SEM DESIDRATAÇÃO * 2 ou + sinais acima= DIARREIA COM * DIARREIA COM DESIDRATAÇÃO GRAVE!!!
- TRATAMENTO: DOMICILIAR DESIDRATAÇÃO LEVE A MODERADA - perda ponderal ≥  9%  do  peso.
1- aumentar a ingestão de líquidos ou - TRATAMENTO: SRO oferecido na UNIDADE - TRATAMENTO: HOSPITALAR- terapia de
oferecer SRO ( soro de reidratação oral)→ DE SAUDE DO ATENDIMENTO, onde a criança reidratação VENOSA.
* < 10 Kg: 60- 120 ml de SRO permanecerá ate sua reidratação completa.
* 10 kg: 120 – 240 ml de SRO 1- SRO: 50- 100 x kg por 4 a 6 HORAS FASE DE EXPANSÃO- recomendação atual da
Após cada evacuação ou episodio de vomito. - oferecer em pequenas quantidades e com OMS:
2- manter a alimentação habitual ( aumentar frequência 100 ml x kg de RL ou SF, utilizado da seguinte
a frequência de mamadas) - se deve MANTER o aleitamento materno forma:
3- orientar o retorno caso de piora da diarreia - Toda alimentação que seja diferente do leite * P/ < 1 ano: 30 ml/ Kg→ passar em 1 hora
e se a criança apresentar sinais de materno deve ser SUSPENSA enquanto - repetir caso o pulso radial ainda estaja muito
desidratação. persistir a desidratação. débil.
4- suplementação de ZINCO por 10 a 14 dias- - em caso de VOMITOS persistentes  (≥   70 ml/kg → passar em 5 horas.
dose única diária em crianças ate 6 meses: 10 4/hora), administrar SRO através de SNG (
mg e em crianças > 6 meses 20 mg/dia. gastróclise): 20 a 30 ml/kg/hora), caso a * P/ > 1 ano: 30 ml/kg → passar em 30 min.
OBS: o zinco reduz o risco de recorrência da criança permaneça vomitando diminua a 70 ml/kg→ passar em 2,5 horas.

238
diarreia aguda e da diarreia persistente. quantidade de infusão para 15 ml/kg/hora ate ... Reavaliar a criança cada 1 ou 2 horas, caso a
sua melhora. criança não esteja melhorando, aumentar o
Qual é a Composição do SRO? gotejamento.
- cloreto de Na: 2,6 gramas/L Quais são as OUTRAS indicações para * assim que criança conseguir ingerir líquidos
- cloreto de Potássio: 2,9 gramas/ L GASTRÓCLISE? administrar SRO na dose de 5 ml/kg/hr.
- glicose: 13,5 gramas/L - perda de peso após as primeiras 2 horas de
- Sódio: 75 mMol/L tratamento com SRO Após a fase de expansão que dura de 3 a 6
- glicose: 75 mMol/L - distensão abdominal acentuada com horas, a criança deve ser reclassificada em
- Cloro: 65 mMol/L persitalse presente. Plano A, B ou C.
- Potássio: 20 mMol/L - criança que não consegue ingerir SRO ( ex:
- Citrato: 10 mMol/L estomatite) Plano A: diarreia SEM desidratração:
- Osmolaridade: 245 mMol/L Terapia de reposição de perdas com SRO após
Quando terminar a fase de reidratação? evacuações ou vômitos em ambiente
O que difere a solução de reidratação oral de Quando terminar os sinais de desidratação. domiciliar:
2002 em relação a de 1975? * < 10 Kg: 60- 120 ml de SRO
MENOR concentração de SÓDIO, GLICOSE e < Posso passar para o plano A? * 10 kg: 120 – 240 ml de SRO
OSMOLARIDADE. Mostrando uma redução no SIM, se a criança melhorar, se deve liberar a OBS: a criança continua recebendo leite
numero de evacuações, vômitos e da dieta, dar alta a criança e orientar que deverá materno ou dieta adequada para idade.
necessidade de hidratação venosa. receber SRO nas próximas 48 hrs; o
aleitamento deve ser mantido, acrescentar Plano B: diarreia aguda COM desidratação
O SRO tem a mesma composição do soro uma refeição diária para recuperação leve a moderada:
CASEIRO? nutricional, retornar para reavaliação em 24- Terapia de reidratação em ambiente
NÃO, o soro caseiro tem concentração de 48 hrs ou imediatamente em caso de piora. hospitalar/ unidade de saúde:
SÓDIO de 40 a 50 mEq/litro. Ele é capaz de - Fazer suplementação de ZINCO. * 50- 100 ml/kg SRO por 4 a 6 horas.
manter uma criança com diarreia aguda
hidratada, MAS ele NÃO é capaz de Pano C: diarreia aguda COM desidratação
REIDRATAR uma criança desidratada. Sendo grave:
assim, a função do soro caseiro é PREVENIR a Esta recomendado terapia de reidratação em
desidratação e NÃO trata-la. ambiente hospitalar
* 20 ml/kg EV de RL ate perfusão e o estado
Como fazer o soro caseiro? mental melhorarem.
200 ml de Água limpa filtrada ou fervida + * 100 ml/Kg VO de SRO nas próximas 4 hrs
medida rasa de sal ( 1 pitada) + 2 medidas OU soro glicosado + SF na proporção de 1: 1
rasas de açúcar ( 1 punhado) EV 2x a taxa de manutenção.

239
FORMULA de HILLIDAY-SEGAR: estima a
necessidade hídrica de uma criança.
* Peso ate 10 kg→ 100 ml/ kg
* Peso de 11 a 20 Kg→1.000 ml + 50 ml/kg
para cada Kg acima de 10 Kg
* Peso acima de 20 Kg→ 1.500 ml + 20 ml/ kg
para cada kg acima de 20 Kg.

Como faço para Calcular o GOTEJAMENTO da


solução:
N° de gotas x min= volume a ser administrado
Tempo ( horas) x 3

Se o paciente voltar a ficar desidratado nesta


fase, o que fazer?
Voltar a fazer uma nova fase de expansão.

OBS: Durante um episódio de diarreia, mesmo nas diarreias secretoras, a capacidade de absorção de SÓDIO E GLICOSE NÃO é afetada. Este é o
principio no qual baseia a reidratação oral, que utiliza soluções glicossalinas no intuito, de manter a criança hidratada durante episodio de
diarreia, e reidratar o paciente através de administração da SRO.

2- ALIMENTAÇÃO:

x Manter o aleitamento materno


x ↑ uma refeição para aumentar a oferta calórica ( NÃO se faz uso de dieta restritiva, pobre em gordura) ( > oferta de alimentos)
x Não é necessária a restrição de gordura, pois não altera a evolução da diarreia.
x OBS: líquidos para reidratação oral NÃO substituem a alimentação.
3- MEDICAMENTOS:
Os medicamentos habitualmente utilizados são desnecessários e NÃO devem ser prescritos: antieméticos; antiespasmódicos, adstrigentes,
antipiréticos, lactobacilos.

240
4- ANTIBIÓTICOS:
x Usar somente em DISENTERIA com comprometimento grave do estado geral.
x Sinais de sepse ou toxemia após reidratação
x Cólera grave
x Fatores de risco para Salmonelose ( anemia falciforme, < 3 meses, crianças com leucemia/ linfoma e imunossupressão.)

* DISENTERIA: 1ª escolha: ácido nalidíxico: 40 mg/kg/dia 6/6 h durante 5 dias.

2ª escolha: trimetoprim/ sulfametaxazol: 40 mg/ kg/ dia de 12/ 12 h por 5 dias

Alternativa: ceftriaxone e ciprofloxacina

* CÓLERA: de acordo com MS: 1ª linha: sulfa-trimetoprim por 3 dias. 2ª linha: Eritromicina

De acordo com SBP: < 8 anos: sulfa-tripetoprim e > 8 anos: tetraciclina ou doxiciclina.

* SALMONELOSE: cefalosporina de 3ª G.

Alternativa: sulfa-trimetoprim e ciprofloxacina

* AMEBÁISE: metronidazol x 5 dias: 30 mg/kg/dia dividida em 3 doses.

* GIARDÍASE: metronidazol x 5 dias: 15 mg/kg/dia dividida em 3 doses.

DIARREIA CRÔNICA E SÍNDROMES DISABSORTIVAS

DOENÇA CELÍACA CLINICA DIAGNOSTICO TRATAMENTO


- intolerância ao GLUTEN - quadro típico de PRÉ-ESCOLAR SOROLOGIA ( ELISA): - Excluir glúten – TRIGO, CENTEIO,
- doença autoimune com diarreia crônica EXAME INICIAL : Dosagem de CEVADA, para o resto da vida!
- doença imunomediada a disabsortiva ( esteatorreia; fezes anticorpos-
proteína do glúten (trigo; cevada), fétidas) + DEFICIT de GANHO DE - antitrasglutaminase IgA ( + * lista de alimentos permitidos:
que causa lesão na mucosa do PESO E CRECIMENTO +- anemia especifico- DE ESCOLHA) OU - arroz; aveia; batata; milho;
delgado por linfócitos em FERROPRIVA ( refrataria a antiendomisio IgA. mandioca, carnes; manteiga, óleo;

241
indivíduos geneticamente reposição de ferro oral) + PADRAO-OURO: BIOPSIA DO leite; queijo minas e ricota; frutas,
predisposto ( HLA- DQ2 e DQ8). - distensão abdominal DELGADO ( obter 4 fragmentos legumes e verduras.
OBS: o íleo do intestino delgado é - alterações neurológicas da porção mais distal do
a porção que mais absorve (miopatia, epilepsia, ataxia) duodeno)- Atrofia + infiltrado de Associada:
nutrientes como carboidratos e - atrofia da musc. Glútea LINFOCITOS + hiperplasia de - DERMATITE HERPETIFORME:
proteínas e é importante na - edema criptas. erupções cutâneas
absorção de sais biliares e - artrite vesiculopapular pruriginosa no
vitamina B12. -↓ Ca (osteoporose), vitaminas COMPLICAÇÕES: tronco e superfície extensora dos
1- ADENOCARNOMA DE JEJUNO membros. OBS: 85% dos paciente
EPIDEMIOLOGIA: OBS: Lactante com historia de 2- LINFOMA NÃO HODGKIN ( com dermatite herpetiforme
- 1% da população geral diarreia crônica + déficit de principalmente no jejuno) apresenta DC.
- 5-20% de parentes de 1ª grau crescimento que se inicia no - DEF. de IgA
momento em que se faz a troca - SX DOWN
do leite materno por dieta - DM tipo I
alimentar→ pensar em DC. - dça TIREOIDIANA E HEPATICA
ALERGIA ALIMENTAR CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
As alergias alimentares afetam * Esofagite eosinofílica: disfagia 1- clinica * As mães de bebês
ate 6% das crianças < 3 anos. para alimentos sólidos + N, V, 2- recuperação clinica após a amamentados exclusivamente ao
Os  alimentos  +”alérgicos”  são:   principalmente em crianças > e retirada do alimento alérgico da seio materno, devem realizar
- OVO, LEITE, AMENDOIM, adolescentes + eosinofilia. dieta uma dieta livre de leite de vaca e
NOZES, PEIXES, SOJA E TRIGO. * Enterocolite alérgica: 1 a 5 3- reaparecimento dos sintomas deus derivados.
São responsáveis por 90% das meses após introdução do leite após a reintrodução do alimento
alergias alimentares em crianças. de vaca, lactante com diarreia, V, suspeito. * uso de formulas especificas em
cólicas... substituição do leite de vaca, a
Felizmente 50% das crianças se * enteropatia alérgica Relação de alimentos e suas base de soja, ou formulas a base
curam da alergia a proteína do * constipação respectivas proteínas + alérgicas: de aminoácidos ou a base de
leite de vaca e ovo após 2-3 anos * cólicas abdominais Alimento Proteína hidrolisado proteico.
de idade. * proctite alérgica OVO Ovomucoide
OBS: a alergia ao leite de vaca Leite de Caseína e
pode cursar com anemia grave, vaca betalactoglobulina
mas ela responde a terapia de Amendoim Vicilina conglutina
ferro oral, o que não acontece na Peixe Paralbumina
DC.

242
DESIDRATAÇÃO
1- Quais são os TIPOS de desidratação?
* ISOTÔNICA: perda PROPORCIONAL de água e eletrólitos. O meio INTRAcelular esta normal e o meio EXTRAcelular ( interstício e plasma) esta
diminuído. Ocorre principalmente por diarreia e vômitos. Laboratório: sódio entre 130 e 150 mEq/L.

* HIPOTÔNICA- HIPONATREMICA: ocorre MAIOR perda de ELETROLITOS do que de água, deixando o meio EXTRAcelular HIPOtonônico, assim o
liquido vai do LEC para LIC, devido a diferença de osmolaridade→ leva a um EDEMA CELULAR principalmente dos neurônios, que levara a
convulsão, coma. Ocorre principalmente por diarreia e vômitos em crianças com desnutrição grave e reposição com solução hipotônica.
Laboratório: sódio BAIXO < 130.

* HIPERTÔNICA- HIPERNATREMICA: perda MAIOR de AGUA do que de eletrólitos, deixando o LEC hiperosmolar, levando a desidratação
INTRAcelular. Os sinais de desidratação extracelular são mais sutis, ate mesmo com perda de volume significativo. Cursa com SEDE INTENSA,
MUCOSA SECA. Ocorre principalmente por uso de DIURÉTICOS, reposição com solução hipertônica e diabetes insípido. Laboratório: sódio > 150.

2- Qual a forma de desidratação + COMUM?


Isotônica, ou seja, inicialmente a espoliação hidroeletrolitica em uma diarreia aguda ocorre no meio EXTRAcelular e por enquanto a
osmolaridade se mantém normal, não há fluxo entre os compartimentos.
Obs: os quadros de diarreia pode vir acompanhado de ACIDOSE METABÓLICA ( devido a perda fecal de bicarbonato)

3- Qual a forma + GRAVE?


HIPOtônica. OBS: o CHOQUE HIPOVOLÊMICO é mais precoce na desidratação Hipotônica ( hiponatrêmica) E EDEMA CEREBRAL.

243
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

QUAIS SÃO OS FATORES QUE INFLUENCIAM COMO AVALIAR O CRESCIMENTO


- GENETICA: somente nas crianças > e - PESO:
adolescentes, a genética passa a atuar como “a  criança  DOBRA  de  peso  aos  4  a  5  meses, e TRIPLICA aos 12 meses e QUADRUPLICA aos 2
forte influencia no crescimento. anos”.
RN: perda de 10% do peso na 1ª semana e recupera o peso a partir da 2ª semana.
*alvo genético para meninos 1ª TRIMESTRE: 700g/mês ou 25-30g/dia
Altura do pai + (alt. Da mãe +13) / 2 (+- 8,5) 2ª TRIMESTRE: 600g/mês ou 20 g/dia
* alvo genético para meninas 3ª TRIMESTRE: 500g/mês ou 15 g/dia
Altura da mãe + (altura do pai -13) / 2 (+- 8,5) 4ª TRIMENTRE: 400g/mês
Dos 2 aos 6 anos ( Pré-escolar): 2Kg/ano.
- SIST. NEUROENDOCRINO: GH e os FATORES 6 aos 10 anos ( Escolar): 3 a 3,5 kg/ano
DE CRESCIMENTO INSULINA-SIMILE ( IGFs)→ PESO= IDADE X 2 + 9
são os principais hormônios que influenciam Obs: bebes ate 2 anos são pesados deitados.
no crescimento. - ESTATURA:
RN: media de 50 cm
- AMBIENTE; ATIVIDADES FISICAS e NUTRIÇAO 1ª TRIMESTRE: 8 a 9 cm nos 3 meses
: predomina na infância, principalmente ate os 2ª TRIMENTRE: 6 a 7 cm nos 3 meses ESTATURA= (idade-3) x 6 + 95
5 anos, são potentes determinantes do TOTAL no 1ª SEMESTRE: 15 cm.
crescimento. 2ª SEMESTRE: 10 cm
* com 1 ano a criança cresceu 25 cm ( 50%) do seu comprimento ao nascimento.
2ª ANO: 10 cm
3ª ANO: 10 cm
4ª ANO: a criança mede 1 metro
PRE-ESCOLAR: 7 a 8 cm/ano
ESCOLAR: 6 a 7 cm/ano ou 5 a 7cm/ano
ADOLESCENTE: ♀: 8,3 cm/ano e ♂: 9,5 cm/ano
- PERIMETRO CEFALICO:
* o PC é a METADE do comprimento + 10 no 1ª ano de vida.
* se mede o PC ate os 2 anos de idade.
RN: 35 cm
1ª TRIMESTRE: 2 cm/mês
2ª TRIMESTRE: 1 cm/ mês - 3ª 4ª TRIMESTRE: 0,5 cm/mês - Com 1 ano o PC médio é de 47 cm.

244
Denver avalia 4 funções primordiais:
DSENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR x motora GROSSEIRA; * motora FINA; * LINGUAGEM; * PESSOAL-SOCIAL
Existem diversas escalas com finalidade de estudar o neurodesenvolvimento, as mais conhecidas são: Gesell ( crianças de 0-5 anos) e Denver (
crianças de 0-6 anos). Estas escalas tem a finalidade de fazer TESTE DE TRIAGEM e NÃO de diagnostico especifico!

IDADE MARCO DO DESENVOLVIMENTO


NEONATO - Postura de braços e pernas semi fletidas
( 0-28 dias) - em Prono: vira a cabeça de um lado para o outro ( libera as vias aéreas)
- Reflexos PRIMITIVOS presentes ( moro, RTCA, marcha, pressão palmo-plantar)
- fixa o olhar a luz e movimento dos “olhos  de  boneca” ao girar o corpo de um lado para o outro.
1ª MÊS - RTCA na posição supina com as mãos fechadas
2ª MÊS - em prono levanta a cabeça momentaneamente.
- em supina PREDOMINA o RTCA
- a cabeça cai quando a criança é puxada pra sentar.
- segue um objeto em movimento 180°
- SORRISO SOCIAL e sons guturais
3ª MÊS - quando puxado pra sentar a cabeça pende pra trás, a cabeça titubeia para alcançar o controle
- em prono sustenta a cabeça e tronco com os braços estendidos.
- escuta musica
- REFLEXO DE MORO e PREENSÃO PALMAR DESAPARECE ( OBS: o reflexo de moro desaparece por completo aos 6 meses)
4ª MÊS - DESAPARECE o RTCA e predomina a postura SIMÉTRICA, e MÃOS NA LINHA MÉDIA.
- DESAPARECIMENTO do reflexo de GALANT
- PEGA OBJETOS E TRÁS A BOCA
- quando puxado pra sentar a CABEÇA NÃO PENDE PARA TRAS- SUSTENTA A CABEÇA
- quando colocado de pé empurra o corpo com as pernas
- senta com suporte completo de TRONCO e PELVE e firma a cabeça.
- RI ALTO, dá GARGALHADAS
- fica feliz ao VER COMIDA
7ª MÊS - ROLA
- rasteja-se e engatinha
- SENTA COM APOIO (com suporte DA PLEVE), e senta na posição de TRIPÉ: com tronco inclinado pra frente e mãos apoiadas.
- TRANSFERE OBJETOS DE UMA MÃO PARA OUTRA
- alcança e pega grandes objetos com a palma radial
- BRINCA COM OS PÉS

245
- prefere a mãe
- observa-se no espelho
- emite  sons  de  VOGAIS  “aaa”
OBS: REFLEXO DE PARAQUEDISTA: surge aos 8 ou 9 meses e permanece POR TODA A VIDA. É um REFLEXO DE MATURAÇÃO.
10ª MÊS - SENTA SOZINHA E SEM APOIO ( obs: aos 9 meses ele mantém a posição sentada sem apoio)
- passa da posição engatinhar para de pé
- ENGATINHA
- começa a segurar OBJETOS COM POLEGAR E INDICADOR.
- BRINCA DE PIQUE-ESCONDE
- da tchau
- emite  sons  de  CONSOANTES  “mmm”
12ª MÊS -ANDA COM APOIO
- levanta-se sozinho
- FAZ MOVIMENTO DE PINÇA entre o polegar e indicador
- brinca com bola e ajuda a se vestir
- diz ao menos 1 ou 2 PALAVRAS com sentido: mama, papa, aga...
15ª MÊS - ANDA SOZINHO E SEM APOIO
- escala escadas
- INDICA OBJETO DESEJADO APONTANDO
- faz uma torre com 3 cubos
- ABRAÇA OS PAIS
18ª MÊS - CORRE RIGIDAMENTE
- faz uma torre com 4 CUBOS
- queixa-se quando a fralda ta molhada e suja
- explora gavetas e lixos
- SOBE EM CADEIRAS
- COME SOZINHO
- BEIJA OS PAIS
- fala 10 palavras e identifica um ou + partes do corpo
24 MESES - SOBE E DESCE ESCADA, um passo de cada vez
- PULA
- CORRE BEM
- ajuda a se despir
- ouve e presta atenção em historias

246
- faz uma torre com 7 CUBOS
4 ANOS - PULA DE UM PÉ SÓ
- DESENHA UMA FIGURA HUMANA COM CABEÇA E 2-4 PARTES DO CORPO.
- usa tesoura pra cortar
- BRINCA COM OUTRAS CRIANÇAS
OBS: Qual o distúrbio de aprendizado MAIS COMUM na infância? DISLEXIA

REFLEXOS PRIMITIVOS AVALIADOS NO NEONATO ( tem que desaparecer ate os 2 anos – 24 meses)

Reflexo de MORO - RN na posição supina, eleva-se o bebe pelo tronco acima do plano da mesa e repentinamente o solte. Objetivo é
observar abdução seguida de adução e flexão de MMSS, extensão e flexão de pescoço e choro.
- DESAPARECIMENTO NO 3ª MÊS.
Reflexo TONICO CERVICAL - Bebe na posição supina, fazer rotação da cabeça para um dos lados por 15 segundos. Se observa extensão das
ASSIMÉTRICO ( RTCA) extremidades do lado que foi rodada a cabeça e flexão das extremidades do lado occipital.
- DESAPARECIMENTO NO 4ª MÊS . Após esse período o reflexo permanecer se torna um Reflexo PATOLÓGICO.
Reflexo de PRENSÃO - DESAPARECIMENTO NO 3ª MÊS.
PALMAR
Reflexo de PRENSÃO - DESAPARECIMENTO NO 15ª MÊS.
PLANTAR
Reflexo de GALANT - Bebe na posição PRONA com o tronco apoiado na mãe do examinador. Com o dedo da mãe contralateral o
examinador faz estimulo na pele do dorso, objetivando uma flexão de tronco.
- DESAPARECIMENTO NO 4ª MÊS.
Reflexo do APOIO - apoie os pés do RN sobre uma superfície e ele ira retirar e iniciar uma marcha reflexa.
PLANTAR E MARCHA - DESAPARECIMENTO NO 2ª MÊS.
Reflexo de LANDAU - Com uma das mãos suspendemos o lactante pela superfície ventral. Com outra mão flexionamos a cabeça
rapidamente e todo corpo fica em flexão.
- SURGE NO 3ª MÊS e DESAPARECE no final do 2ª mês.
Reflexo de SUCÇÃO - DESAPARECIMENTO: em vigília aos 3 meses e durante o sono com 6 meses.
Reflexo de EXPULSÃO Ao tocar a língua do lactante com uma colher, faz movimento de protrusão da mesma.
- DESAPARECIMENTO por volta do 2ª MÊS.
OBS: A persistência por um período maior levanta a SUSPEITA DE PARALISIA CEREBRAL.
Quais são os reflexos PATOLÓGICOS ?

* Reflexo Tônico Labiríntico ( é sempre patológico); * RTCA ( após o 4ª mês) e * RTCS ( é sempre patológico)

247
DESENVOLVIMENTO PUBERAL DE TANNER

SEXO FEMININO SEXO MASCULINO


MAMA GENITALIA
M1- G1-
M2- crescimento da glândula mamaria subareolar- BROTO MAMARIO G2- ↑ TESTICULAR > 3.5 ml de volume ou > 2,5 cm – 1ª sinal de
Ou TELARCA (é o 1ª sinal de puberdade na mulher, entre 8-13 anos)- puberdade nos homens, entre 9-14 anos. Ocorre também a 1ª
depende a secreção de estrógenos. EJACULAÇÃO – NÃO há ↑ do pênis.
M3- ultrapassa o limite da aréola e SEM separação dos contornos da G3- ↑ LONGITUDINAL do pênis
mama e da auréola e ESTIRÃO PUBERAL (8,3 cm/ano aos 11,5 anos)
M4- duplo contorno e MENARCA ( ocorre 2 a 2, 5 após a telarca) e G4- ↑ DIAMETRO TRANSVERSAL e nítida separação da glande do corpo
desaceleração do crescimento. do pênis e ESTIRÃO PUBERAL (9,5 cm/ano aos 13,5 anos)
M5- mama ADULTA G5- genitais de ADULTO e desaceleração do crescimento. Mudança da
voz.

PELOS PUBIANOS PELOS PUBIANOS


P1- discreta pelugem NÃO pigmentada P1- discreta penugem
P2- PUBARCA ( inicio dos desenvolvimentos dos pelos P2- PIGMENTADOS, FINOS E LISOS na raiz do pênis
PIGMENTADOS), pelos finos e LISOS em torno dos grandes lábios-
depende da secreção dos androgênios adrenais.
P3- PIGMENTADO GROSSO e ENCARACOLADO em pequena P3- PUBARCA e pigmentado GROSSO e ENCARACOLADO em pequena
quantidade na sínfise púbica quantidade na sínfise púbica
P4- em GRANDE quantidade P4- GRANDE quantidade
P5- presença de pelos na superfície interna da coxa P5- na superfície interna da coxa.

OBS: puberdade precoce, antes dos 8 anos. GINECOMASTIA: é benigna, em geral não ultrapassa 4 cm de diâmetro,
OBS: os NIVEIS SERICOS DE ANDROGENIO começa aumentar entre 6-8 tem cura espontânea em 100% dos casos, a conduta é expectante e
anos. +ou- 3 anos desaparece.
OBS: o estirão de crescimento se inicia distalmente ( 1ª os pés e mãos), OBS: nos MENINOS a puberdade começa em idade mais TARDIA,
depois braços e pernas e só depois o tronco. porem DURAM MAIS!!
OBS: antes da menarca o útero atinge sua conformação madura, com OBS: o testículo E é geralmente < que o D.
↑ da lubrificação vaginal e aparecimento de secreção vaginal clara.

248
SINDROMES DE CRESCIMENTO LINEAR

SX. da BAIXA ESTATURA PROGNOSTICO ETIOLOGIA


Define sx. da baixa estatura Como avaliar o crescimento? VELOCIDADE NORMAL DE CRESCIMENTO→ BE NÃO
aquela em que a criança 1ª: VELOCIDADE DE CRESCIMENTO, é a PATOLÓGICA:
apresenta: melhor ferramenta para avaliar o 1- BAIXA ESTATURA GENÉTICA/ FAMILIAR:
1- < percentil 3, na curva estatura crescimento e assim determinar se esta *VC NORMAL
x idade= baixa estatura. normal ou anormal . * idade óssea COMPATÍVEL com a idade cronológica
2- Velocidade de crescimento * 0 a 1 ano: 25 cm/ano * PAIS BAIXOS
abaixo do percentil 25 para * 1 a 2 anos: 15 cm/ ano “são  crianças  baixas  que  crescem  no  ritmo  constante  e  dentro  
determinada idade e sexo. * pré-escolar: 7 a 8 cm/ ano do alvo genético, sua estatura final é baixa, mas compatível
3- estatura 1 desvio- padrão * escolar: 5 a 7 cm/ ano ( período pré- com  padrão  familiar”.
abaixo do alvo- genético familiar. puberal)
4- estatura 2 desvio- padrão * adolecente: ♀: 8,3 cm/ano e ♂: 9,5 2- ATRASO CONSTITUCIONAL DO CRESCIMENTO e da
abaixo da media populacional. cm/ano PUBERDADE:
.....diante de uma alteração da VC, a * VC NORMAL
Quem regula o crescimento? conduta a seguir é avaliar a idade óssea, * idade ósseas ATRASADA em relação a idade cronológica
*intrauterino: pois a ela nos fornece informação a * PAIS com ALTURA NORMAL.
-insulina respeito do potencial futuro do “é  a  criança  que  cresce  mais  lentamente,  mas  no  final  da  
-tamanho do útero crescimento de uma criança. puberdade atinge a estatura final dentro do padrão genético
- estado metabólico e nutricional. - Avaliar IDADE OSSEA: familiar”.
* extrauterino: Pelo método de Greulich e pyle, avalia a
- HG maturação dos contornos epifisários: VELOCIDADE ANORMAL DO CRESCIMENTO: → BE
- hormônio tireoidiano P/ crianças > 1 ano: RX da Mão e punho E. PATOLÓGICA:
- hormônios sexuais são P/ crianças < 1 ano: RX do Joelho. 1- SX. GENETICA/ CROMOSSOMICA
importantes no estirão puberal. *BOM PROGNOSTICO: idade óssea - sx. Genética ou cromossômica: ex: TURNER ou DOWN
ATRASADA em relação a idade OBS: em mulheres avaliar o cariótipo, pode ser sx de Turner
CAUSAS DE BE: cronológica, isso significa que a criança
* Causas NÃO patológicas: ainda tem potencial de crescimento e 2- CAUSA ENDOCRINA:
- baixa estatura genética ( suas epífises ainda não fecharam. * VC ANORMAL ( ↓ )
familiar) * MAU PROGNOSTICO: idade ósseas * idade óssea ATRASADA
- atraso constitucional do ADIANTADA em relação a cronológica. * criança com BE + tendência a OBESIDADE ( SOBREPESO).
crescimento OBS: o hipotireoidismo é a causa endócrina + comum.
* Causas patológicas OBS: a deficiência de GH ( nanismo hipofisário), ocorre ↓ da VC

249
PROPORCIONAL ( relação SS/SI - avaliar o ALVO GENETICO: de forma intensa e precoce!
dimunuida) Leva em consideração a altura dos pais.
1- doenças CRONICAS: Calculo de ALVO GENÉTICO também é 3- DESNUTRIÇÃO ou DÇAS CRÔNICAS ou PRIVAÇÃO
- fibrose cística, doença celíaca importante para diagnostico de baixa PSICOAFETIVA:
- IRC estatura familiar: * VC ANORMAL ( ↓ )
- cardiopatia congênita *alvo genético para meninos *criança com BE e tendência ao EMAGRECIMENTO.
- anemia falciforme Altura do pai + (alt. Da mãe +13) / 2 (+-
2- DESNUTRIÇÃO GRAVE 8,5)
3- PSICOSSOCIAL: maus tratos, * alvo genético para meninas
privação afetiva. Altura da mãe + (altura do pai -13) / 2 (+-
4- causas ENDÓCRINAS: 8,5)
- hipotireoidismo ( causa
endócrina + comum) - avaliar RELAÇÃO ESTATURA/IDADE: a OBS: puberdade precoce determina um avanço da VC no inicio
- sx. de Cushing medida isolada da estatura não é um do quadro, pois os hormônios gonodais estimulam o
- hipogonadismo parâmetro fidedigno. crescimento acelerado; masss, a estatura final do crescimento
- deficiência de GH vai esta reduzida nos casos de puberdade precoce verdadeira
- baixa estatura idiopática - RELAÇÃO PESO/ ESTATURA: ajuda no sem tratamento.
- DM descompensada. Diagnostico etiológico-
5- SX. GENÉTICAS E - criança baixa e com ↑ peso: pensar em OBS: A VC é  ≠  nos  diversos  estágios  da  vida.  Sendo  ALTA  no  
CROMOSSOMICAS: endocrinopatias. lactante; MENOS no período pré-puberal e volta a AUMENTAR
- Down - criança baixa e com ↓ peso: pensar em na puberdade.
- Tuner doença sistêmica ou desnutrição.

* Causa patológica - PROPORÇÃO CORPORAL: relação entre


DESPROPORCIONAL ( relação segmento superior e inferior do corpo (
segmento superior/ segmento relação SS/ SI).
inferior AUMENTADA, ou seja, OBS: as displasias esqueléticas,
encurtamento de membros)- acondroplasia, síndromes genéticas e
crescimento desproporcional raquitismo cursam com alterações da
entre tronco e membros: relação SS/SI que no qual vai esta
- acondroplasia AUMENTANDA .
- displasia óssea Normalmente a relação U/L no final da
- raquitismo puberdade é igual a 1.

250
SX. da ALTA ESTATURA ETIOLOGIA
Quando a VC ultrapassa 2 VELOCIDADE NORMAL DE CRESCIMENTO→ AE NÃO PATOLÓGICA:
desvios-padrões da media para 1- ALTA ESTATURA GENETICA/ FAMILIAR:
idade e sexo. *VC NORMAL ou AUMENTADA
* idade óssea COMPATÍVEL com a idade cronológica
O que é Catch-up growth? * PAIS BAIXOS
ACELERAÇÃO do crescimento * NÃO há dismorfias
visto em lactantes que nasceram * medidas corporais PROPORCIONAIS
prematuros e em crianças > após “são  crianças  ALTAS  que  crescem  no  ritmo  constante  e  dentro  do  alvo  genético,  sua  estatura  final  é ALTA,
um período de doença aguda. mas  compatível  com  padrão  familiar”,  geralmente  com  estatura acima o p97.

2- ACELERAÇÃO CONSTITUCIONAL DO CRESCIMENTO/ PUBERDADE:


* VC NORMAL ou AUMENTADA ( entre percentis 75 e 97)
* idade ósseas AVANÇADA em relação a idade cronológica
* inicio e termino da puberdade mais cedo

VELOCIDADE ANORMAL DO CRESCIMENTO: → AE PATOLÓGICA:


- CAUSAS PRIMARIAS
1- SX. DE BECKWITH-WIEDEMANN
2- SX. de SOTOS ( gigantismo cerebral)
3- SX. de WEAVER
4- SX. XYY
5- SX. de KLINEFELTER ( XXY): é a causa genética + COMUM de HIIPOgonadismo e infertilidade no sexo ♂
6- SX. do X-FRAGIL: é a causa genética + COMUM de RETARDO MENTAL no homem ( ♂ )
7- SX. de MARFAN: alta estatura, membros LONGOS, escassez de tecido subcutâneo, hipotonia muscular,
pectus excavatum, redução da extensão do cotovelo, pés planos, miopia
- CAUSAS SECUNDÁRIAS
1- DM MATERNO
2- OBESIDADE ( causa exógena + COMUM de alta estatura)
3- EXCESSO DE GH ( GIGANTISMO hipofisário): a principal causa é adenoma hipofisario. Clinica: VC
aumentada + sintomas relacionados a massa tumoral ( cefaleia + dores ósseas...)

251
SÍNDROMES PUBERAIS

SX. da PUBERDADE PRECOCE ETIOLOGIA


- aparecimento de caracteres sexuais VARIAÇÃO NORMAL DA PUBERDADE → causas NÃO PATOLÓGICAS: pensar quando: VC
secundários precocemente: NORMAL e APENAS 1 SINAL de puberdade precoce.
*♀ : aparecimento de mamas e pelos antes
dos 8 anos. 1- ACELERAÇÃO CONSTITUCIONAL DA PUBERDADE
* ♂: antes do 9 anos. * INÍCIO antes dos 8 ANOS e depois dos 6 ANOS E MEIO: aparece mamas, depois pelos
pubianos e depois a menarca.
DIAGNÓSTICO * idade óssea um pouco avançada
Exames necessários * VC NORMAL ( não vai ter alteração na altura final)
* idade óssea ( RX de punho) “são  crianças  que  se  desenvolvem  e  crescem  mais  rápido  que  a  media”.
* dosagem das gonadotrofinas ( FSH e LH) * NÃO REQUER TRATAMENTO
* dosagem dos hormônios sexuais: estrogênio,
androgênio adrenais ( 17-OH progesterona), 2- TELARCA PRECOCE
testosterona ( DHEA). * INÍCIO do aparecimento ISOLADO das MAMAS normalmente entre 6 MESES e 2 ANOS
* imagem do SNC * NÃO há outros sinais de estrogenização ou androgenização ( pelos e odores)
* US de pelve/ abdome * idade óssea COMPATIVEL com idade cronológica
* VC NORMAL
TRATAMENTO OBS: o melhor definidor da benignidade do quadro é a avaliação a longo prazo, mostrando a
- Puberdade precoce CENTRAL causa parada da progressão ou involução das mamas.
idiopática: análogo de GnRH ( leuprolide) OBS: qualquer sinal de aumento progressivo das mamas, aparecimentos de pelos e aceleração
OBS: tem melhor resultado quanto mais da VC indica causa PATOLOGICA e deve ser investigada.
precocemente for utilizada diante de um
quadro de puberdade precoce. 3- ADRENARCA PRECOCE ( ↑ de androgênio)
* INÍCIO antes dos 8 anos em ♀ e 9 anos em ♂ , com o aparecimento ISOLADO de PELOS
- Puberdade precoce CENTRAL por lesao do AXILARES, PÚBICOS, ACNE, ODOR, na ausência de outros sinais puberais ( NÃO há
SNC: cirurgia desenvolvimento de MAMAS ou TESTÍCULOS).
* + frequente no sexo ♀,  raça negra
- Puberdade precoce PERIFÉRICA: * VC NORMAL ou um pouco AUMENTADA
* cirurgia nos casos de tumores OBS: Pode ocorrer virilização em meninas
* HAC : fazer reposição de corticoide OBS: a presença de DHEA ou 17-OH progesterona, requer avaliação da suprarrenal, pois
* em criança com excesso de androgênio, usar podemos estar diante de hiperplasia adrenal congênita forma tardia ou tumor da adrenal.
antiandrogenicos: espironolactona e flutamida

252
* SX. de McCUNE: usar tamoxifeno ( VARIAÇÃO ANORMAL DA PUBERDADE→ CAUSAS PATOLÓGICAS pensar quando: VC
antiestrogênicos) em meninas. AVANÇADA e 2 ou + SINAIS DE PUBERDADE PRECOCE.

1- PUBERDADE CENTRAL → puberdade precoce VERDADEIRA ou gonadotrofina-dependente:


*↑ das gonadotrofinas ( FSH/LH) e consequentemente de esteroides sexuais
* VC AUMENTADA
* desenvolvimento de caracteres sexuais TIPICOS DE CADA SEXO ( ou seja, NÃO causa
virilização nas meninas ou feminilização em meninos)
* em meninos ocorre ↑  dos TESTÍCULOS + PÊNIS de forma precoce.
* a sequencia de eventos puberais é semelhante a observada na puberdade fisiológica, só que
de forma mais precoce. Ex: telarca, , seguida de pubarca, estirão de crescimento ( ↑ VC) e
menarca ( seguindo esta ordem).
CAUSAS:
- 90% é de causa IDIOPÁTICA
- DOENÇAS DO SNC:
* HAMARTOMA HIPOTALÂMICO: é a lesão cerebral que + COMUM causa puberdade precoce.
Produz GnRH ectópico.
* NEOPLASIAS: astocitomas, neuroblastomas
* PÓS-TRAUMA: TCE grave
- RADIOTERAPIA/ QUIMIOTERAPIA
- HIPOTIREOIDISMO
- SX. GENÉTICAS: neurofibromatose tipo 1 ( manchas café com leite com bordes REGULARES);
esclerose tuberosa; síndrome de Willians; sx. de Cohen.

2- PUBERDADE PERIFÉRICA→ Pseudopuberdade precoce ou gonadotrofina- INDEPENDENTE:


* cursam com ↑ dos esteroides sexuais ( testosterona e estradiol) SEM estimulo das
gonadotrofinas ( FSH/LH ↓)
* VC AUMENTADA
- em meninos ocorre ↑   PÊNIS e dos PELOS PUBIANOS SEM AUMENTAR OS TESTÍCULOS. Isso
indica produção de andrógenos geralmente de origem suprarrenal.
- pode desenvolver caracteres sexuais correspondentes do próprio sexo OU ABERRANTES ( ou
seja, causa virilização em meninas e feminilização nos meninos)
CAUSAS:

253
* SX. de McCUNE ALBRIGHT:
Tríade: puberdade precoce + manchas café com leite com bordas IRREGULARES + displasia
óssea . O estimulo com GnRH é negativo, e os níveis de estradiol ↑. TTO: antiestrogênico (
tamoxifeno) em meninas.

* TUMOR TESTICULAR:
- Tumores da células de LEYDIG Ocorre aumento UNILATERAL do testículo.

* TUMORES OVARIANOS:
- Neoplasias ovarianas: Tumor das CÉLULAS DA GRANULOSA: apresenta 70% dos casos de
puberdade precoce: desenvolvimento rápido das mamas e genitais, cursa com ↑ do estrogênio
e ↓ do FSH e LH, ↑ inibina, hormônios antimulleriano e beta-HCG.

* DOENÇAS DE SUPRARRENAL:
- TUMORES DE ADRENAL: ↑ de DHEA, cursa com ↑ de androgênio, levando virilização em
meninas e puberdade precoce em meninos.
- HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA: deficiência do 21- hidroxilase, enzima necessária a
síntese de cortisol e aldosterona. Leva a virilização de meninas, devido ao aumento do
androgênio e puberdade precoce em meninos. TTO: reposição de corticoide ( hidrocortisona e
fludrocortisona)
- TUMORES SECRETORES DE GONADOTROFINA ( HCG): hepatoblastoma, hepatoma, teratoma,
secretam HCG, ativa os receptores de LH, levando a puberdade precoce SEM ocorrer
virilização.
OBS: o HEPATOBLASTOMA é + comum em meninos entre 4 MESES e 8 ANOS, manifesta como
puberdade precoce + hepatomegalia. O PROGNOSTICO é RUIM, sobrevida de 1 a 2 anos.

254
SÍNDROME da PUPERDADE ATRASADA ETIOLOGIA
Aparecimento de caracteres sexuais VARIAÇÃO NORMAL DA PUBERDADE → causas NÃO PATOLÓGICAS
secundários tardiamente: 1- ATRASO PUBERAL CONSTITUCIONAL
* ♀: ausência de mamas ( TELARCA) após 12- * BAIXA estatura
13 anos * VC NORMAL
* ♂: ausência de aumento de volume * idade óssea ATRASADA em relação a idade cronológica e atraso puberal
testicular ( > 3 ml de volume ou 2,5 cm de * há casos semelhantes na família.
comprimento) após 14 anos.
VARIAÇÃO ANORMAL DA PUBERDADE- causas PATOLOGICAS

* HIPOGONADISMO HIPOGONADOTROFICO:
↓ de FSH, LH ou GnRH e estrogênio
1- SX. DE KALLMANN: anosmia + amenorreia 1ª + cegueira para cores.
OBS: é a causa + comum de deficiência isolada de gonadotrofinas.
2- AUSENCIA ISOLADA DE LH ou FSH
3- SEQUENCIA DA DISPLASIA SEPTO-ÓPTICO
4- SX. DE PRADER-WILLI: obesidade iniciada aos 6 meses + falta de saciedade + obsessão
alimentar + retardo metal, mãos e pés pequenos + hipogonadismo.
5- CRANIOFARINGIOMA: tumor na região hipotalâmica- hipofisaria. Clinica: cefaleia + náusea e
vômitos + alterações visuais + poliúria e polidpsia

* HIPOGONADISMO- HIPERGONADOTROFICO
↓ estrogênio e ↑ FSH ou LH ou GnRH
1- SX. DE KLINEFLETER: é a causa + COMUM de hipogonadismo no sexo masculino.
Cariótipo é 46 XXY.
Clinica: MENINOS com ALTA ESTAURA + retardo metal + aumento desproporcional dos MMII
+ ginecomastia + micropênis e testículos pequenos e endurecidos.
2- SX. DE TURNER: e a causa + COMUM de hipogonadismo no sexo feminino.
Cariótipo 45 X0
Clinica: MENINAS com BAIXA ESTATURA + disgenesia ovariana, gônadas em fita, linfedema ao
nascimento, tórax em escudo, orelhas proeminentes, implantação baixa dos cabelos, pescoço
curto e alado, rins em ferradura→ NÃO apresenta RETARDO MENTAL
OBS: a principal causa de hipogonadismo-hipergonadotrofico é a FALÊNCIA OVARIANA
PRECOCE.

255
SÍNDROME DE DEFICITE PONDEROESTRUTURAL – DESNUTRIÇÃO

DESNUTRIÇÃO KWASHIORKOR MARASMO TRATAMENTO


Sx metabólica decorrente da - deficiência de PROTEINAS - deficiência CALORICA total 3 fases:
deficiência de energia e proteínas. - idade: > 1 ano - idade: < 1ano 1ª fase: ESTABILIZAÇÃO
Desnutrição deve ser considerada - instalação + rápida - instalação lenta - duração de 1 a 7 DIAS
sempre que as curvas de - EDEMA PRESENTE - EDEMA AUSENTE - tratar as condições que levam
peso/idade, peso/estatura ou - gordura subcutânea PRESENTE - gordura subcutânea AUSENTE- ao risco iminente de morte.
IMC/idade abaixo do percentil 3. desaparecimento da bola de * HIPOGLICEMIA:
gordura de bichat. Cça inconsciente: glicose 10%
3 TIPOS: - alteração do crescimento + - alteração do crescimento +++ 5ml/kg EV e manter infusão
1- KWASHIORKOR - dermatose PRESENTE : - dermatose RARO continua de glicose 4-6mg/kg/min
2- MARASMO hiperpigmentação em MMII e Cça consciente: solução de glicose
3- MISTO ( KWASHIORKOR- nadegas que alterna com 10% VO ou alimentação 2/2 hrs
MARASMATICO) hipopigmentação. * DESIDRATAÇÃO:
- alteração do cabelo +++ ( sinal - alteração do cabelo + - A VIA ORAL é preferencial (
ETIOLOGIA: de bandeira) RESOMAL- possui teor de NA < e >
*PRIMARIA: oferta insuficiente de - hepatomegalia +++ - hepatomegalia RARO concentração de K) 5 ml/kg cada
nutrientes e calorias. - atividade física ↓↓↓ - atividade física ↓ 30 min e depois de 12 hrs 70-100
* SECUNDARIA: ↑ de demanda - anemia MUITO comum - anemia comum ml/kg.
metabólica por doenças - apetite NÃO esta preservado - apetite preservado - A hidratação VENOSA pode
orgânicas. - emagrecimento acentuado levar a hiper- hidratação e ICC. A
- face senil reidratação venosa só esta
- é principal causa de morbidade indicada em caso de CHOQUE(
e mortalidade nas crianças abaixo SF+ SG em partes iguais 15ml/kg
de 5 anos. QUAIS SÃO AS FORMAS DE na 1ª hora)
CLASSIFICAÇÃO DA ** sinais de hiper-hidratação:
FISIOPATOLOGIA: DESNUTRIÇÃO? ↑ FR; FC, turgencia jugular e
A 1ª resposta é a ↓ de peso e SEGUNDO GOMEZ: edema palpebral.
depois ↓ da estatura. PESO/IDADE: Na presença de púrpura, icterícia
Alterações metabólicas e *  ≥  -2: peso adequado P/ idade ou fígado aumentado, dar 1 dose
hormonais: ↓ zinco *-2 -3: baixo peso p/ idade de vitamina K IM.
↓  K;;  ↓  Mg; ↓ fosfato; hipoglicemia * -3: muito baixo peso para idade - após 2-3 hrs do inicio da
Hiponatremia dilucional; anemia hidratação, iniciar alimentação.

256
OBS: 2ª a OMS desnutrição SX DE RECUPERAÇÃO - NORMAL > 90%; < 90% É * ALIMENTAÇÃO:
GRAVE é : NUTRICIONAL DESNUTRIDO Caloria: 100 kcal/kg/dia
- índice P/E abaixo de -3 desvios- Surge no decorrer do tratamento - GRAU 1 ( desnutrida leve): 75- Proteína: 1- 1,5g/kg/dia
padroes ou < 70% da media bem sucedido da criança com 90% * INFECÇÃO:
(percentil 50) desnutrição , sendo + exuberante - GRAU 2 (moderado):60-74% GENTAMICINA 7,5mg/kg/dia 1x
- presença de EDEMA nos casos de KWASHIORKOR. - GRAU 3 ( grave): < 60% ao dia IM ou IV por 7 dias +
* Inicio: entre 20ª a 40ª dia após OBS: segundo Gomez,não há AMPICILINA 50mg/kg/dose IM ou
o inicio do tratamento de como diferenciar desnutrição IV cada 6 hrs por 2 dias, seguido
OBS: o MS preconiza a crianças com desnutrição grave. aguda da crônica, pois não de AMOXILINA 15/ mg/dose cada
quantidade MINIMA de consultas *Os achados mais frequentes considera a altura. 8 hrs por 5 dias.
ao pediatra: são: hepatomegalia, distensão OBS: TODA criança com
Ate 1 ano: 7 CONSULTAS abdominal, circulação colateral, Como achar o Peso IDEAL? desnutrição grave tem infecção e
2ª ano: 2 CONSULTAS Ascite, faces de lua cheia, ( peso ideal – peso real) x 100 devem receber ATB.
3 a 6 anos: 1 consulta anual. sudorese, hipertricose, arritmias, Peso ideal DEFICIENCIA DE NUTRIENTES:
HIPERgamaglobulinemia, * avalia seu déficit: * VITAMINA A:
Como faço para entender o eosinofilia e hipervolemia. Grau 1: 10 a 24% : LEVE ≤ 6 meses: 50.000 UI VO
PERCENTIL? Grau 2: 25 a 39%: MODERADO 6 – 12 meses: 100.000
Ex: uma criança de 4 anos cujo *As alterações clinicas ocorrem Grau 3: > 40%: GRAVE > 12 meses: 200.000
peso esta no p-60%, significa, devido a: * ACIDO FOLICO: 5mg VO no 1ª
que? * ↓ FÓFORO; SEGUNDO WATERLOW: dia e a partir daí 1mg/dia por 2
60% das crianças com 4 anos * ↓ POTÁSSIO; PESO/ ESTATURA: sem.
estão abaixo deste peso e 40% e liberação de INSULINA no *  ≥  -2: eutrofico * ZINCO: 1ml/kg/dia
esta acima. momento da realimentação. * -2 -3: magreza ou *transfusão de concentrado de
Para entender imagina uma fila desnutrido moderado hemácias quando Hb <6 mg/dl:
invertida. * -3: magreza acentuada ou 10ml/kg EV em 3 hrs.
desnutrido grave
P/E: > 90% É NORMAL; < 90% É 2ª fase: REABILITAÇÃO
MAGRO * o sinal clinico que indica que a
ESTATURA/IDADE: criança esta apta pra entra nessa
*≥  -2: estatura adequada p/ idade fase é o retorno do apetite.
* -2 -3: baixa estatura para idade * duração de 2 a 6 SEMANA
* -3: muito baixa estatura Nesta fase intensificar a
E/I: > 95% É NORMAL ; < 95% É alimentação para promover
BAIXO ganho de peso (10g/kg/dia).

257
Obs: com esse método é possível *** Catch-grawth: ideal ganhar
avaliar se a desnutrição é aguda 1% do peso por dia→ fazer dieta
ou crônica. HIPERCALÓRICA E
HIPERPROTEICA!
CLASSIFICAÇÃO DE WATERLOW: - caloria: 150-220 kcal/kg/dia
* nem MAGRO e nem BAIXO: - proteína: 4 a 6 kcal/dia
eutrofico * FERRO: só iniciar quando a cça
* MAGRO: desnutrição AGUDA tiver apetite: 3-4mg/kg/dia
* BAIXO e MAGRO: desnutrição 3ª fase: ACOMPANHAMENTO
CRONICA Nível ambulatorial
* BAIXO: desnutrido pregresso * duração 7ª a 26ª SEMANA.

SÍNDROMES DA CARÊNCIA DE MICRONUTRIENTES

VITAMINA A ( VITAMINA B1 ( VITAMINA B3 ( VITAMINA B12- VITAMINA C ( ác. VITAMINA D- (calcitriol)


retinoides) tiamina) niacina) (cianocobalamina) Ascórbico)
- HIPOVITAMINOSE: * BERIBÉRI- * PELAGRA sua deficiência é * ESCORBUTO→ * RAQUITISMO →  
*CEGUEIRA deficiência de TRÍADE ( 3 Ds): causada por DIETA irritabilidade, CRANIOTABES ou
* manchas de BITOT: tiamina ( leva a 1- demência VEGETARIANA anorexia CRANIOMALÁCIA é um dos
manchas visíveis na confusão mental, 2-dermatite RESTRITA; ANEMIA *SANGRAMENTO sinais clínicos mais precoces
conjuntiva diabetes insipidus, 3- diarreia PERNICIOSA ( falta de GENGIVAL do raquitismo, quando o
* XEROFTALMIA hiperbilirrubinemia, fator intrínseco); sx. * HEMORRAGIA médico comprime a calota
* XERODERMIA: pele trombocitopenia e Sua deficiência da má-absorção SUBPERIOSTIAL craniana tem sensação de
seca, aspecto de lixa. acidose lática.) é causada por: intestinal, que leva: * petequias apertar uma “bola  de  
* NEURITE - região em o Causa : * DOR em MMII pingue-pongue” .
- HIPERVITAMINOSE: PERIFÉRICA MILHO é * ANEMIA (pseudoparalisia e - alterações ósseas: geno
* ↑ P. intra craniana e * ↓ capacidade de alimento MACROCÍTICA com posição de rã) varo; alargamento dos
abaulamento de concentração principal neutrófilos * EDEMA espaços ósseos; alterações
fontanelas - isoniazida plurisseguimentados. * anemia por vertebrais, pélvicas e de
* Alopecia, craniotabes Sua deficiência é - doença de * OSTEOPOROSE carência de FERRO membros inferiores são
* dor óssea causada por: Hartnup e FOLATO ( a responsáveis pelo nanismo
* descamação cutânea - lactante em uso de FONTE VIT. B12: vitamina C raquítico ( BAIXA
leite de soja - fonte ANIMAL: participa na ESTATURA)

258
FONTES DE VIT. A: - descendentes do carnes, leite, ovos. facilitação da Sua deficiência é causada
- alimentos de origem oriente, onde o absorção intestinal por:
animal: fígado, ovo, ARROZ é o alimento VITAMINA B 9- ( do ferro e da - deficiência nutricional:
óleo de fígado, leite básico. acido fólico) conversão do ac. OBS: o leite materno é
integral - consumo de peixe sua deficiência é Fólico na sua forma pobre em vit. D; crianças
- origem vegetal: folhas rico em tiaminase causada por: ativa. com pouca exposição solar;
cor verde e cor que degrada a - ALCOLISMO ( * sx. de Sjogren raça negra, uso de roupas
amarela, laranja ou tiamina principal) “like”. que cobrem o corpo, dieta
vermelha. - adolescentes após - leite de cabra RX de membro: vegetariana estão sujeitos a
cirurgia bariátrica. - gravidez - rarefação óssea hipovitaminose D.
- medicamento: - osteopenia - Insuficiencia Renal cronica
fenitoina, - hemorragia LABORATÓRIO:
fenobarbital; MTX, subperióstea: ↓ Ca ↓ fósforo e ↑ fosfatase
trimetropim. produz a classica alcalina.
VITAMINA B6 ( Causa: imagem em OBS: o nível da FA é um
piridoxina) * ANEMIA “halteres ou marcador bioquímico da
* DERMATITE MACROCÍTICA claves” intensidade do raquitismo.
SEBORREICA * Sua deficiência é OBS: o cálcio costuma esta
* ANEMIA HIPO- FONTE DE VIT. B9: causada por: próximo ao NORMAL, isso
MICRO - vegetais e fonte - ingestão ocorre devido a elevação
* NEURITE animal inadequada ( compensatória do PTH para
PERIFÉRICA desnutrição manter o níveis de Ca
* CONVULSÕES calórica-proteica) próximo a normalidade!.
NEONATAIS - vegetais FONTES DE VIT. D:
FONTES DE VIT. C: - síntese cutânea ( sol)-90%
- frutas cítricas - fonte vegetal e animal (
- vegetais óleo de peixe, ovo de peixe)
ZINCO O que é Acrodermatite enteropática?
* RETARDO DO CRESCIMENTO PUBERAL é uma doença genética que caracteriza por
anemia e déficit de crescimento. uma ineficaz absorção de zinco intestinal, leva
* HIPOGONADISMO a erupções ao redor das articulações , lesões
* ALOPÉCIA vesicobolhosas, diarreia crônica, alopecia.
* DERMATITE BOLHOSA
* DIARREIA CRÔNICA

259
OBESIDADE

OBESIDADE ETIOLOGIA DIAGNOSTICO TRATAMENTO


Distúrbio de aumento de peso por - 95% causas PRIMARIAS- fator - gráfico do IMC de acordo com SOBREPESO ( IMC < 95)
hipertrofia e/ou hiperplasia das genético, alimentar, físico e Nelson ( de 2 a 20 anos): S/ comorbidades: manter peso.
células adiposas. comportamental. IMC < percentil 5: baixo peso C/ comorbidades: cças < 7 anos
OBS: a obesidade dos pais IMC percentil 5-84: peso normal manter o peso e cça > 7 anos ↓ de
Como PREVINIR a obesidade? aumenta muito o risco de filhos IMC percentil 85-94: SOBREPESO peso.
- estimar o aleitamento materno obesos: 1 dos pais obesos: 40%; IMC  percentil  ≥  95:  OBESIDADE OBESIDADE ( IMC >95)
exclusivo ate os 6 meses e pai e mãe obesos: 80%. S/ comorbidades: <7 anos
complementar ate os 2 anos OBS: causas EXÓGENAS são De acordo com OMS: manutenção do peso e para > 7
- respeitar a saciedade da criança responsáveis por + de 90% dos Curva de Peso x estatura anos ↓ de peso
- limitar alimentos ricos em casos de obesidade infantil. * crianças < 5 anos: C/ comorbidades: ↓ de peso.
açúcar e gordura >percentil 85: risco de sobrepeso
- a partir dos 2 anos, substituir - 5% causas SECUNDARIAS a > percentil97: SOBREPESO 1- reeducação alimentar: redução
leite integral ou leite causas endócrinas, metabólicas, > percentil 99,9: OBESIDADE da ingesta de alimentos
semidesnatado neurológicas ou sx. genéticas: hipercalóricos e ↑ a ingestão de
- eivtar refrigerantes *sx. PRADER-WILLI: Curva de IMC x Idade frutas, legumes, folhas.
- ↓ a porção dos alimentos Retardo mental, associado a * crianças < 5 anos: * crianças < 2 anos: não se
compulsão alimentar de origem >percentil 85: risco de sobrepeso recomenda a redução do valor
OBS: o AME é fator proteção psiquiátrica. > percentil 97: SOBREPESO energético de gorduras
contra dislipidemia, hipertensão e > percentil 99,9: OBESIDADE * crianças > 2 anos: limitação de
obesidade. ingesta de gordura trans, sal e
* Criança de 5 a 19 anos: consumo de açúcar e manter suas
> 85 : SOBREPESO necessidades calóricas o
> 97: OBESIDADE consumo energético adequado
> 99.9: OBESIDADE GRAVE para o desenvolvimento e
crescimento.
2- atividade física regular e
IMC: ___PESO ( KG) reduzir tempo de TV, PC...
ALTURA X ALTURA 3-CIRURGIA BARIATRICA: para
IMC > 40 com comorbidade e tto
multidisciplinar x 6 meses tenha
falhado.

260
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS

SARAMPO CLINICA DIAGNOSTICO PROFILAXIA e PREVENÇAO TRATAMENTO


AGENTE: - TOSSE (é a ultima - manchas de KOPLIK ( PREVENÇAO: vacina - hidratação
PARAMYXOVIRIDAL desaparecer) manchas brancas na face triplice viral (sarampo, - antipirético
- FEBRE que dura toda a interna da bochecha) é caxumba e rubéola) aos 12 - oxigênio
doença, no 1ª dia do PATOGNOMONICO!!! meses e reforço aos 4-6 - ribavirina +
exantema a febre fica ↑ anos. gamaglobulina
- conjuntivite - ELISA- detecção de IgM e CONTRAINDICAÇÃO - vitamina A:
- fotofobia IgG - AIDS Indicação p/ uso de Vit. A:
-EXANTEMA -imunodeprimidos, - criança entre 6 meses e 2
maculopapilar COMPLICAÇÃO: -doença neurológica grave anos com complicações do
MORBIFORME Pensar em complicação - uso recente de sarampo
-PROGRESSÃO: craneo- qdo a febre persistir... imunoglobulina - criança > 6 meses com
caudal -OMA (+ freq) - Gestante fatores de risco:
- DESCAMAÇÃO: fina após - PNEUMONIA (+ grave) PROFILAXIA * Imunodeficiência
10 dias- FURFURÁCEA - PANENCEFALITE -VACINA ANTI-SARAMPO * deficiência de vit. A
-MANCHAS DE KOPLIK ESCLEROSANTE SUB- até 72 h após exposição * desnutridos
AGUDA – 100% de morte -IMUNOGLOBULINA- IM- * prejuízo da absorção
ate 6 dias após exposição intestinal
* NÃO há necessidade de Indicação p/ Ig:
fazer isolamento do -Contactante domiciliar, OBS: TEM Q NOTIFICAR O
paciente. - lactante < 6 meses MINISTERIO DA SAUDE
- grávidas antes mesmo da
-imunocomprometidos confirmação!
RUBEOLA CLINICA DIAGNOSTICO PROFILAXIA e TREVENÇAO TRATAMENTO
AGENTE: - LINFODENOPATIA *SINAL DE THEODOR: - VACINA de bloqueio ate OBS: para casos suspeitos
TOGAVIRUS retroauricular, occipital, Linfodenopatia 72 h após exposição DE RUBEOLA a
IDADE: > 19 ANOS cervical posterior retroauricular, occipital, NOTIFICAÇÃO tem q ser
- Período de incubação: -NAO descama cervical OBS: mulher deve esperar IMEDIATA NA
14 a 21 dias - febre ↓ um intervalo de 28 dias SECRETARIA DE SAUDE.
- Período contagioso: 5 - exantema maculopapular OBS: pode da ARTRALGIA após a vacina pra

261
dias antes e 6 dias após o RÓSEO no tronco me mãos, pés e joelho. engravidar
rash. - ARTRALGIA nos joelhos
ERITEMA INFECCIOSO CLINICA DIAGNOSTICO PROFILAXIA e PREVENÇAO TRATAMENTO
Ou 5ª DOENÇA -febre↓, cefaleia, sintomas OBS: aqui também pode - NÃO tem vacina COMPLICAÇÃO:
AGENTE: de IVAS da ARTRALGIA em mãos, -aplasia eritroide
PARVOVIRUS B19 3 FASES EXANTEMATICA: pés e joelhos. OBS: Não precisa afastar a (pacientes com anemia
IDADE: 5 a 15 anos 1ª – face esbofeteada criança da creche!!! hemolítica)
(escolar) 2ª – PROGRESSÃO: OBS: somente crianças -hidropisia fetal
OBS: o parvovirus Tb pode craniocaudal com anemia aplásica - artropatia em meninas
causar SX. LUVAS e MEIAS Exantema RENDILHADO devem ser isoladas.
que é caracterizado por NÃO DESCAMA
lesões purpúricas 3ª – RECIDIVA- em casos
simétricas, eritematosa e de exposição solar,
indolores nas mãos e pés. exercícios...
EXANTEMA SÚBITO CLINICA DIAGNOSTICO PROFILAXIA e PREVENÇAO TRATAMENTO
Ou ROSEOLA
AGENTE: - só FEBRE ↑(39-40° C) DIAG. DIFERENCIAL: - cuidado pode causar - antitérmico
HERPES VIRUS 6, 7 - depois desaparece a Farmacodermia( o CONVULSAO FEBRIL - ganciclovir, aciclovir ou
febre  em  “crise”  e  surge  os   exantema é morbiforme, foscarnet para
IDADE: < 2 anos (lactante) EXANTEMAS súbitos tem prurido e eosinofilia e imunocomprometidos
- PROGRESSÃO: desaparece com a
*é a doença exantemática CENTRIFUGA (no meio do suspensão do
+ comum no lactante. corpo e depois pra face) medicamento.
- NÃO DESCAMA
VARICELA CLINICA DIAGNOSTICO PROFILAXIA e PREVENÇAO TRATAMENTO
AGENTE: Período de transmissão: 2 COMPLICAÇÃO: PREVENÇÃO: - não usar ASS (leva a sx
VARICELA ZOSTER dias antes do exantema - INFECÇOES SECUDÁRIA *Vacina antivaricela ( não de REYE) e nem
ate que as vesículas DA LESÃO: faz parte do calendário IBUPROFENO
OBS: é a única que tem acabem! *PIODERMITE vacinal do MS)- - anti-histaminico
VESICULA EXANTEMA PRURIGINOSO BACTERIANA 2ª (S. Dose única aos 12 meses, (hidroxizina)
- PROGRESSÃO: PYOGENES e S. AUREUS)) + junto com a tríplice viral. - aciclovir: 20 mg/kg/doses
* A VARICELA É CENTRIPETA- céfalo- em crianças. CONTRAINDICADOS: (VO)- 4x/dia
TRANSMITIDA: caudal( couro cabeludo, * PNEUMONIA POR -imunodeprimidos - fazer isolamento da
- contato direto rosto, pescoço e tronco) VARICELA (+ em adultos) - mulheres grávidas criança ( 10 dias) - A

262
- dispersão aérea - Lesões em vários estágios - doença debilitante criança pode voltar a
- lesões cutâneas evolutivos: macula, escola qdo todas as lesões
* PERIODO DE papula, VESICULA , pústula VARICELA CONGENITA: PROFILAXIA: do tipo vesícula tiverem
INCUBAÇAO: e crosta→ Grave qdo: a mãe pega - VACINA de bloqueio ate transformado em crosta.
14 a 21 dias PLEOMORFISMO varicela 5 dias ANTES do 3 a 5 dias pós exposição
- NÃO DESCAMA PARTO até 48 hrs após . OBS: É contraindicada em QUANDO USAR
OBS: a vacina contra * RN pós-parto: fazer uso imunodeprimidos!! ACICLOVIR IV –
varicela não esta presente VARICELA PROGRESSIVA: de IMUNOGLOBULINA HOSPITALAR?
no calendário vacinal do envolve vísceras (pulmão, especifica e leite materno - IMUNOGLOBULINA até -imunocomprometidos
M.S. fígado, SNC e ordenhado ou 96 hrs ( 4ª dia) -corticoide sistêmico
coagulopatia) pasteurizado a partir de Indicado para: - mulheres grávidas
um banco de leite. Na fase -gestante - varicela progressiva
das crostas o bebê já pode - imunodeprimido ( ex: - RN
voltar a ter contato com a HIV, renal crônico...)
mãe. - RN de mãe com varicela * durante a internação,
entre 5 dias antes do parto requer quarto isolado com
* CLÍNICA DA VARICELA ate 48 hrs depois fluxo de ar e pressão
CONGENITA: - prematuro < 28 sem q negativa e uso de mascara
- hipoplasia de membros foram expostos a varicela de proteção contra
- lesões cutâneas independente da aerossol.
- microftalmia, catarata, imunidade da mãe.
atrofia óptica. - prematuro > 28 semanas
que foram expostos e a
mãe tinha imunidade.

ENTEROVIROSES CLINICA DIAGNOSTICO PROFILAXIA e PREVENÇAO TRATAMENTO


AGENTE: SX MÃO-PÉ- BOCA- -CLINICA E E FAIXA ETARIA - NÃO TEM VACINA - manifestações
COXSACKIE A HERPANGINA neurológicas( MENINGITE
febre↑  (  ate 41°C) , PREVENÇAO: E ENCEFALITE) e cardíacas
Idade: LACTANTE e odinofagia -lavar as mãos (MIOCARDITE E
CRIANÇAS PEQUENAS vesículas/ ulceras em -evitar compartilhar PERICARDITE 25 a
OBS: os ENTEROVIRUS são orofaringe utensílios 30%)requer internação.
responsáveis por 90% das vesículas e pústulas em
causas virais de mãos, pés e nadegas

263
MENINGITE.

MONONUCLEOSE CLINICA DIAGNOSTICO PROFILAXIA e PREVENÇAO TRATAMENTO


INFECCIOSA
AGENTE: - astenia - LEUCOCITOSE discreta as OBS: o EBV esta - sintomático
-EBV – 90% ( é um herpes - FEBRE ( 95%) custas de LINFOCITOS relacionadas a varias - corticoides em casos
vírus) - FARINGITE dolorosa e - linfocitos atípicos ( > desordens proliferativas: graves.
TRANSMISSÃO: gotículas petequias no palato. 10%)- células de Downey -CANCER DE - evitar ASS
de saliva (doença do beijo) - LINFODENOMEGALIA – NASOFARINGE - antivirais NÃO esta
e sexual GENERALIZADA ( - LINFOMA DE BURKIT indicado, pois não
-95% da população predomínio cervical) 90% - SX DE DUCAM ( modifica a evolução da
mundial já teve infecção - EXPLENOMEGALIA - sorologia: distúrbios ligado ao X, doença.
pelo EBV. (50%)- é observado na 2ª - *IgM anti VCA- antígeno quase exclusivo do sexo ♂,
- doença comum em 3ª semana. do capsídeo viral- (doença que torna incapaz de COMPLICAÇÃO:
crianças, adolescentes e - hepatomegalia ( apenas aguda) combater a infecção do -ruptura esplênica ( é a
adultos jovens. em 10% dos casos) * IgG Anti-EBNA- ( doença EBV, evoluindo para complicação mais temida!)
- icterícia em raros casos tardia) óbito.)
OBS: O EBV permanece - EDEMA NAS PALPEBRAS * anticorpos HETERÓFILOS
latente no organismo e (sinal de Hoagland) ( + )- reação de Paul- OBS: o quadro clinico
esta associado a - EXANTEMA ( 5%)- esta % Bunnell. clássico raramente é
neoplasias ( ↑ para 95% após uso de observado em crianças.
principalmente linfomas ). amoxilina e ampicilina
ESCARLATINA CLINICA DIAGNOSTICO PROFILAXIA e PREVENÇAO TRATAMENTO
AGENTE: - febre ↑ de inicio abrupto - clinico - criança infectada deve - penicilina G benzatina:
ESTREPTOCOCOS BETA- - dor de garganta - PADRAO-OURO- cultura ser afastada das 600.000 U IM dose única.
HEMOLITICOS GRUPO A - rash q se inicia no tórax, swab da orofaringe atividades escolares por
pescoço, membros e - anticorpos 24-48 horas após inicio do - penicilina V oral x 10 dias
-IDADE: 5 A 15 ANOS poupa a região estreptocócicos ATB. - ou eritromicina x 10 dias
- associada a FARINGITE palmoplantar NÃO é necessário
ESTREPTOCOCICA - eritema micropapular ( nenhuma medida
puntiforme) áspero (lixa) especifica para as demais
- língua em FRAMBOESA crianças que tiveram
OU MORANGO contato como o caso
- DESCAMAÇAO LAMELAR índice.

264
- SINAL DE FILATOV =
(palidez Peri bucal)
- SINAL DE PASTIA = COMPLICAÇAO:
(intensificação dos - glomerulonefrite difusa
exantemas nas fossas aguda
cubitais)

MOLUSCO CONTAGIOSO: lesão papular, PEROLADA, com umbicação central, material GASEOSO NO INTERIOR.

IMPETIGO: LESOES CROSTOSAS MELICERICAS ( cor de mel): é a infecção + comum da criança. São papulas, vesículas, crostas ( aspecto espesso
sero hemático)

SX. Da PELE ESCALDADA: AGENTE: S. aureus.; ocorre mais em crianças < 5 anos. Clinica: eritrodermia difusa e febre; formação de bolhas flácidas
que se rompem e exibem superfície cutânea hiperemica e úmida. SINAL DE NIKAESKY: separação da epiderme.

265
VASCULITES EM PEDIATRIA

DOENÇA DE KAWASAKI PATOGENIA CLINICA e DIAGNÓSTICO LABORATÓRIO TRATAMENTO


Ou FEBRE - VASCULITE necrosante da - FEBRE ↑ por no MNIMO - trombocitose(↑ - fase aguda:
FARINGOCONJUNTIVAL ARTERIA DE MEDIO 5 dias + 4 critérios dos 5: plaquetas ) Imunoglobulina- IV + ASS
EXANTEMATICA CALIBRE, especialmente 1- Conjuntivite BILATERAL - PIURIA ESTERIL por 14 dias
Ou SX MUCOCUTANEA coronárias NÃO exudativa - ↑ VHS e PCR
LINFONODAL 2- alt. Da cavidade oral: - ECO: vê o aneurisma. *Para trombose
AGENTE: desconhecido OBS: a febre NÃO eritema, fissura labial e coronariana: terapia com
responde a ATB. língua em framboesa fibrinolítico
- IDADE: 4 meses a 5 anos 3- Linfadenopatia cervical COMPLICAÇÃO:
- + entre asiáticos unilateral NÃO supurativa Aneurisma coronariano
4- Exantema POLIMORFO que pode levar ao infarto
( + em tronco) agudo do miocárdio.
5- descamação Obs: 20% dos pacientes
periungueal + mãos e pés não tratados
edematizados e desenvolverão aneurismas
endurecidos. de coronária.
PURPURA DE HENOCH- PATOGENIA CLINICA DIAGNOSTICO TRATAMENTO
SCHONLEIN
IDADE: 2-8 ANOS VASCULITE DE PEQUENOS Tétrade: - BIOPSIA: presença de - acetaminofen
VASOS, com -PÚRPURAS em áreas sob vasculite Leucocitoclástica - corticóide
É a vasculite mais hiperprodução e deposito efeito da gravidade + em com depósito de IgA e C3. - frio local
COMUM da INFANCIA, de IgA e C3 após infecção pernas e nadegas. Tem bom prognostico é
predomina no sexo ♂. das vias aéreas. - ARTRITE ou ARTRALGIA OBS: PLAQUETAS auto limitada, mas pode
simétrica migratória de de NORMAL! O que difere da esta envolvida com o
-50% dos casos é joelhos e tornozelos por PTI idiopática! acometimento RENAL
precedida por uma 2ou 3 dias.
infecção do trato - DOR ABDOMINAL tipo
respiratório superior. cólico, diarréia
sanguinolenta com
abdome inocente.

266
- SX. NEFRÍTICA-
hematuria
ARTRITES EM PEDIATRIA

FEBRE REUMATICA CLINICA DIAGNOSTICO TRATAMENTO


Complicação tardia NÃO CRITÉRIOS DE JONES: CRITERIOS 1ª MEDIDA: erradicar S.
supurativa após infecção 2 critérios > ou 1 critério > + 2 <. OBRIGATORIOS: hemolítico grupo A:
pelo S. pyogenes do trato 2 > OU 1 > e 2 < ATB
respiratório superior ( CRITERIOS MAIORES : + - PENICILINA BENZATINA-
após uma faringoamidalite * POLIARTRITE MIGRATÓRIA ( 75%): confirmar infecção dose única IM:
bacteriana ou escarlatina). - GRANDES artic. estreptocócica prévia: - < 25 Kg: 600.000 U
AGENTE: - MIGRATÓRIO que persiste 1-3 dias em cada articulação - ANTICORPOS ( + ) : > 25 Jg: 1.200.000 U
STREPTOCOCOS e não aditiva e ASSIMÉTRICO - ASLO- OU amoxilina ou
PYOGENES- β   - não deixa sequelas e é autolimitada (antiestreptolisina 0) eritromicina x 10 dias
HEMOLITICOS DO GRUPO - dura no Max. 1 mês e é manifestação clinica + precoce. - ANTI-DNA ase-B OBS: mesmo com
A OBS: a melhora rápida da artrite com o uso de anti- - anti-HIALURONIDASE tratamento adequado o
inflamatório oral é característica da FR. ASLO pode permanecer (+)
EPIDEMIOLOGIA: - CULTURA da orofaringe por ate 6 meses.
* idade: 5 a 15 anos * CARDITE ( 50-60%): - teste rápido do antígeno * ARTRITE:
* > incidência em países - tem potencial de uma pericardite, cardiomegalia, ICC ( Estreptococo. - ASPIRINA (ASS):
em desenvolvimento edema) e SOPRO cardíacos→ é uma PANCARDITE - EXAMES Cça: 100 mg/Kg/dia VO
COMPLEMENTARES: 6/6 h por 3 a 5 dias e
PATOGENIA: - a válvula + acometida é VALVULA MITRAL, seguida da * ECG: ↑ intervalo PR depois 75 mg/Kg/dia x 4
- Historia prévia de aórtica e tricúspide. * VHS e PCR semanas
Faringoamidalite nas - qual o processo + comum AGUDO? * FR: apenas 10 a 20% Adulto: 6-8 g/dia
ultimas semanas ( 2 a 4 INSUFICIENCIA MITRAL- presença de sopro e revelam FR (+). * CARDITE:
semanas antes) em regurgitação. - PREDINISONA em dose
indivíduos geneticamente OBS: ela é a única alteração que pode deixa sequelas de imunossupressora: 2mg/
predisposto. toda F.R. Kg/dia VO 6/6 hrs x 2-3
OBS: quando aparece a sem, seguido de redução
- qual é a sequela? – lesão crônica? coreia você pode falar para 5 mg a cada 3 dias.
OBS: NÃO há relação com ESTENOSE MITRAL que é F.R. , porque ela - ASPIRINA: 75mg/Kg/dia-
impetigo- piodermite aparece muito iniciada quando reduz a
* COREIA de SYDENHAM: Ou doença de São Vito- tardiamente e ai já não dose do corticoide e

267
- é a principal causa de - lesões dos gânglios da base: movimentos tem os outros critérios. E mantida por 6 semanas.
cardiopatia adquirida em involuntários, não ritmados e sem propósito. também pode ser o único * COREIA:
todas as faixas etárias no - é benigna e não deixa sequelas achado clinico. - repouso/ fenobarbital/
mundo. Geralmente - aparece tardiamente de 1 a 8 meses carbamazepina/ valproato
ocorre 10-20 anos depois - pode ser a única manifestação da febre reumática. OBS: Paciente alérgico a PROFILAXIA:
do ataque original. - desaparece no sono penicilina, usar PRIMÁRIA: 1ª: - evitar a
ERITROMICINA. doença a quem NÃO teve,
ACHADO * ERITEMA MARGINATUM- 3% porem esta sobre risco =
PATOGNOMÔNICO: - NÃO pruriginoso, serpentinosa. O que é SX. De REYE? ou seja, criança que tem
nódulos de ASCHOFF: - mais no tronco e aparece com o calor Uso de salicilatos faringoamidalite
lesões inflamatórias principalmente em bacteriana→
perivasculares focais. * NÓDULOS SUBCUTÂNEOS ( raros 1-5%) pacientes com varicela ou * PENICILINA BENZATINA –
São firmes e indolores, SEM sinais flogísticos infecção por influenza A e dose única IM
- Localiza na fascie extensora dos braços ou na B, associada por um erro
superfície óssea ou próximos a tendões. inato no metabolismo. SECUNDÁRIA: 2ª : - A
- apresenta relação com a gravidade do Ë uma condição paciente já teve F.R-
comprometimento cardíaco!!!!!!!. rapidamente progressiva Prevenir novos surtos:
marcada por - PENICILINA BENZATINA
encefalopatia e disfunção < 20 kg (600.000) e
hepática. Sendo assim o > 20 kg ( 1.2000.000) IM,
CRITERIOS MENORES tratamento de FR cada 21 dias ate quando?
* FEBRE associada a presença de * SEM CARDITE: ate os 21
* ARTRALGIA processo agudo viral deve anos ou 5 anos após o
* intervalo PR alargado ( BAV de 1ª grau) levar a suspensão do ultimo surto. ( o que durar
*↑ PCR e VHS salicilato. mais tempo de tto)
* COM CARDITE e SEM
SEQUELAS: ate os 25 anos
ou ate 10 anos do ultimo
surto
*COM CARDITE GRAVE e
COM REPERCUÇAO
SISTEMICA: para o RESTO
DA VIDA.

268
ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL- AIJ CLASSIFICAÇÃO E CLÍNICA
É uma doença de natureza 1- PAUCIARTICULAR/ OLIGOARTICULAR
imunogenética cujo alvo de lesão é ( + comum- 50% )
a sinóvia das articulações. - acometimento ≤ 4 artic. Nos 1ª 6 meses da doença
Inflamação CRÔNICA ( > 6 - predomina em MENINAS (♀) ≤ 4 ANOS
SEMANAS) da sinóvia das - artic. + acometidas: + MMII: joelhos e tornozelos
articulações ( SINOVITE CRÔNICA) - FR ( - ) e VHS NORMAL
periféricas em crianças e FAN :fator antinuclear ( + ) Esta intimamente ligado ao aparecimento da Uveite anterior.
adolescentes < 16 anos. - Manifestação extra-articular: associada a UVEÍTE ANTERIOR
OBS: pode evoluir para cegueira em 15% dos casos
CARACTERISTICA: - TRATAMENTO: AINES intra-articular e corticoide.
1- inicio antes dos 16 anos + no
sexo ♀ 2- POLIARTICULAR- 30-40%
2- ARTRITE CRÔNICA em + de 1 - acomete ≥  5  artic
articulação, com: - MENINAS > 10 ANOS
x -rigidez matinal - acomete tanto MMSS, quanto MMII/ Grandes e pequenas articulações.
x - Dor artic. No fim da tarde - observa nódulos reumatoides na superfície extensora dos cotovelos ou tendões de Aquiles.
x - Edema/ Calor - são + propensas a deformidades ósseas ( coluna cervical e quadril)
x - Limitação de movimento - FR variável e VHS ↑
x - Dor a mobilização - FAN ( + )
3- duração ≥  6  MESES - TRATAMENTO: imunomoduladores ( MTX) e drogas anti- TNF .
4- Os subtipos da AIJ:
x Pauciarticular (oligo) - ≤ 4 artic 3- SISTÊMICA ( DOENÇA DE STILL)- 10-15%
x Poliarticular- ≥  5  artic - 2/3 dos pacientes tem inicio antes do 5 anos
x Sistêmica- STILL ( artrite + febre - alem da ARTRITE por + 6 semanas, tem comprometimento visceral com :
+ rash salmão + trombocitose) * FEBRE ≥ 38,5° quase diária por + 2 semanas + hepatomegalia, linfadenomegalia e derrame pericárdico.
5- excluir outras causas de artrite. * RASH SALMÃO
* TROMBOCITOSE/ LEUCOCITOSE acentuada
ANEMIA e ↑ VHS (> 100 mm/h)
* FR ( - ) e FAN ( - )

269
VACINA DE AGENTES VIVOS / ATENUADOS: imunização ativa artificial.

BCG – via INTRA- VOP- via ORAL VORH- via ORAL FEBRE AMARELA- via SC TRIPLICE VIRAL- via SC
DERMICA
- Mycobacterium bovis - adm 3 DOSES (2-4-6 m), - adm 2 DOSES (2-4 m) - adm 1 DOSE aos 9 - CAXUMBA , RUBEOLA E
atenuado- Calmette e reforço aos 15 meses e 4 - aplicar no MAXIMO ate meses e depois de 10 em SARAMPO
Guerin. -6 anos + campanha 5 meses e ½, depois 10 anos em áreas - adm 1 DOSE aos 12 meses e
- DOSE ÚNICA ao nascer vacinal 2 X ao ano ate os dessa data não aplicar endêmicas reforço as\os 4 anos
ID no músculo deltoide 5 anos. mais. - período de latência- 10
do braço Direito. - no novo esquema - a 1ª dose pode ser dias **OBS: crianças com reação
( ainda na maternidade) apenas aos 6 meses. aplicada ate 3 meses e 7 anafilática a ingestão de OVO,
-protege 80% contra TBC - pode ser adm junto dias. CONTRAINDICAÇÃO NÃO apresenta contraindicação.
miliar e meningea e de com o aleitamento - introduzida no - < 6 meses ( risco de
50% contra TBC materno. calendário vacinal em ENCEFALITE) CONTRAINDICAÇÃO
pulmonar. 2006. - historia de reação - gravidez (aguardar 30 dias pra
- duração da proteção CONTRAINDICAÇÃO ANAFILATICA após engravidar)
10-15 anos. - criança CONTRAINDICAÇÃO ingestão de OVO de - imunodeficiente
imunodeprimida - cça com malformação GALINHA - HIV sintomático
INDICAÇOES - criança filhos de mãe intestinal - aleitamento materno - corticoide em dose
- todas crianças 0-4 anos HIV ( + ) antes da - historia de invaginação de < 6 meses OU contra imunossupressora e
- RN de mãe HIV + ou RN definição do diagnostico - imunodeficiência indica o aleitamento por quimioterapia, esperar 3 meses
HIV +ASSINTOMÁTICO - lactante que tem - drogas 15 dias após aplicação pra vacinar
- Contato intradomiciliar contato domiciliar com imussupressoras da vacina na mãe. - transplantado de medula:
com hanseníase ( 2 imunodeprimidos- ex: - gravidez esperar 2 anos pra aplicar a
doses com intervalo de lactante que tem dentro ADIAR - HIV com contagem de vacina.
6 m) de casa um irmão - vômitos e diarreia CD4 alta.
portador de leucemia em grave PROFILAXIA APÓS ESXPOSIÇÃO
EVENTOS ADVERSOS tratamento ** OBS: NÃO pode SARAMPO:
- ulcera > 1 cm, abscesso, quimioterápico. ** se a criança aplicar junto com a Vacina ate 72 horas após contato
linfadenite > 3 cm = usar - não aplicar dentro do regurgitar, ou cuspir VACINA ANTI intimo em pessoas NUNCA foram
ISONIAZIDA hospital, pois é um NÃO REPETIR a dose. PNEUMOCOCICA, dá VACINADOS
agente vacinal sempre preferência a
contaminante vacina de FEBRE Imunoglobulina ate 6 dias, para:
- reação anafilática- AMARELA. < 6 meses, grávidas, AIDS,

270
CONTRAINDICAÇÃO criança com historia de OBS: INTERVALO transplantados,imunodeficientes,
- RN < 2 kg (aplica após 1 paralisia flácida MINIMO ENTRE VACINAS que tiveram contato
mês) associada a vacina, após DIFERENTES??
- IG < 36 semanas dose anterior da VOP. NÃO há intervalo RUBEOLA:
- mãe bacilifera- não mínimo entre dose de Vacina – ate 72 hr ( 3 DIAS) após
aplicar a vacina ao RN, ADIAR A VACINA vacina DIFERENTE, contato entre 6 meses e 39 anos.
fazer isoniazida por 3 - diarreia e vômitos em 4 EXCETO por vacinas de Vacina durante a gestação: os
meses, realizar o PPD, se semanas vírus VIVO dada pela riscos são teóricos.
-, aplicar vacina BCG. - gravidez MESMA VIA de ADM,
- afecção dermatológica podem ser dadas no - TRANSFUSÃO DE SANGUE
extensa no local da ** se a criança regurgitar mesmo dia juntas, mas - ainda no período de latência da
aplicação. ou vomitar, REAPLICAR a se uma das 2 não poder vacina tem que ser revacinado ( 3
- quimioterapia, uso de vacina mais 1 x. ser adm no mesmo dia, meses)
corticoide dose esperar intervalo de 15
imunossupressora EVENTO ADVERSO: DIAS EVENTO ADVERSO do
(aplicar a vacina após 3 paralisia flácida. Se a via for diferente componente da RUBEOLA:
meses do termino do pode ser antes de 15 - Artralgia, artrite, febre
tto) dias.
- HIV + SINTOMÁTICO EVENTRO ADVERSO do
- imunodeficiência componente da CAXUMBA:
congênita adquirida - parotidite leve.

REVACINAÇÃO-
CICATRIZ VACINAL
- se NÃO tiver cicatriz ate
os 6 meses aplicar
novamente a BCG e não
aplicar mais, mesmo que
não crie cicatriz, ela já
será considerada
vacinada

271
VACINA DE VIRUS INATIVADO – MORTO

HEPATITE B- aplicar IM TETRAVALENTE- IM ANTI PNEUMOCOCICA- IM ANTI- MENINGOCOCO- IM VIP – aplicar IM


- anticorpo ANTI- HBS *DPT= DIFETERIA + - 3 DOSES (2ª -4ª – 6ª ), - 2 DOSES ( 3ª – 5ª mês) e - no esquema de 2012 –
- 1ª dose na maternidade, TETANO + reforço aos 12 meses e 15 reforço aos 15 meses aplicar VIP nas 2 primeiras
depois no 1ª e no 6ª mês COQUELUCHE→ TRÍPLICE meses - crianças entre 6 e 12 doses- 2ª- 4ª mês.
de vida ( esquema antigo) BACTERIANA. Tipo de anti- meses: aplicar 2 DOSES
- vacinar a 1ª DOSE ainda * ANTI-HIB = HEMOFILO B pneumocócica: conjugada - criança > 12 meses e
na MATERNIDADE ( nas ↓ 7 valente e 10 valente. adulto recebe só DOSE INDICAÇOES:
primeiras 12 hrs de vida), - aplicar 3 DOSES: 2ª- 4ª – - possui 10 sorotipos ÚNICA. - criança imunodeprimida
depois do 2ª -4ª e 6ª mês 6ª mês e 2 reforços: 15 diferentes. - introduzida no calendário ( filhos de mães HIV +) ou
( de acordo com novo mês e 4 anos ( os reforços - introduzida no calendário vacinal em 2010. em contato com
calendário vacinal) só entra as vacinas DPT) vacinal em 2010 imunodeprimido
- após o reforço, fazer - protege contra doença - transplantados de MO
- pcte PRÉ-MATURO <2kg cada 10 anos com dT ( ai invasiva do trato - RN que permanecem
recebe a vacina logo ao já não entra coqueluche e respiratório. internados na UTI
nascer segue um esquema nem hemofilo B) *** NÃO pode APLICAR no neonatal – ambiente
de 4 doses: 0 – 1-2-6 mês mesmo momento com hospitalar
- HIV+ pode vacinar OBS: se a PRIMEIRA vacina FEBRE AMARELA ( - crianças com historia de
seguindo um esquema de DOSE da criança for dou preferência pra paralisia flácida após VOP
4 doses.0-1-6-12 mês DEPOIS da data, seguir o vacinar 1ª febre amarela)
- HIV + imunodeficiente, seguinte esquema:
renais crônicos, aplicar *1ª vacinação aos 7 a 12 - criança que recebe 1ª
DOSE DOBRADA E MESES que nunca recebeu vacina APÓS 6 meses 2
esquema de 4 doses. vacina de deve fazer- DOSES e SEM reforço
2 doses de DPT + anti HIB
- a mãe HBSAG + pode * de 12 meses ate os 59 OBS: vacina
amamentar meses- 1 dose de anti-HIB. antipneumocócica NÃO
- mãe HBSAG + = aplicar a - idade MAXIMA para conjugada ( 23 valente):
VACINA + adm DPT – ate os 6 anos e somente A PARTIR dos 2
IMUNOGLOBULINA em 11 meses. ANOS DE IDADE.
sitio DIFERENTE na 1ª hora - idade MAXIMA para
de vida , IM. administrar anti-HIB- ate
5 anos. Depois desta data

272
Qual exame deve ser somente se a criança dor - OBS: NUNCA se reiniciar
solicitado para avaliar a portadora de doença esquema vacinal nem
existência de anticorpos crônica: anemia nenhum tipo de vacinação,
PÓS-VACINAÇÃO? falciforme, asplenia, HIV +, independente do intervalo
quando a criança toma fibrose cística... entre as doses!!!! Uma vez
vacina contra hepatite B, - a 1ª vacinação a partir vacinado é só completar o
ela se torna ANTI-HBS (+), dos 7 ANOS vacinar com esquema e NÃO esta
ou seja, sinal que ela criou 3 doses de dT ( sem indicado a utilização do
anticorpos contra o vírus. componente pertissis e soro.
E os restos dos outros com quantidade reduzida
marcadores sorológicos da de toxoide diftérico), não
hepatite estão é necessário de reforço
NEGATIVOS. antes dos 10 anos.
- 1ª vacinação a partir dos
OBS: aqueles que 20 anos: 2 doses de dT .
permanecem anti-HBS - RN prematuro usar DPT
negativo depois de 2 acelular na 1ª dose e
ESQUEMAS completos de depois anti-Hib 15 dias
3 doses, devem ser após.
considerados NÃO
respondedores e - GESTANTE:
SUSCETÍVEIS em caso de * sem vacina prévia:
exposição. aplicar 3 doses de dT com
internvalo de 30-60 dias.
* esquema incompleto:
OBS: a imunoglobulina é completar esquema
um tipo de imunização * 3 doses e a ultima a + de
PASSIVA ARTIFICIAL, alem 5 anos: fazer 1 reforço
dela, tem o soro. * 3 doses e a ultima a
menos 5 anos: não faz
Qual a diferença de SORO nada.
e IMUNOGLOBULINA?
* soro é extraído de
animais ( cavalo, cobra..) e

273
imunoglobulina é extraído EFEITOS ADVERSOS
de seres humanos. Obs: é + causada pelo
componente PERTUSSIS
(coqueluche)
- febre (39,5ª )
- sonolência ate 72 hrs
- choro inconsolável e
prolongado 3 h ou +
** tem que notificar e
continuar recebendo o
esquema e fazer
antitérmico profilático
- convulsão ate 72 hrs
- sx hipotônico
hiporresponsivo
** NÃO aplicar a
tetravalente, aplicar
vacinas separadamente –
ACELULAR.
- encefalopatia ate 7 dias,
dça neurológica ativa, e
reação anafilática
** NÃO APLICAR
NENHUMA VACINA, NEM
ACELULAR!

274
VACINA ANTI – TETÂNICA ( TT)

Ferimento com RISCO MÍNIMO: Ferimento com RISCO MÁXIMO: profundos ou


superficiais, limpos, sem corpo estranho superficiais sujos, com corpo estranho, ou tecido
ou tecido desvitalizado. desvitalizado, queimaduras, ferida por arma branca ou
de fogo, fratura exposta.
≥  3  doses,  sendo  a  ultima  dose  <  5  anos NÃO FAZER NADA NÃO FAZER NADA
≥  3  doses,  ultima  dose  entre  5  e  10  anos NÃO FAZER NADA Antecipar o reforço ( normalmente o reforço é de 10
em 10 anos)
≥  3  doses,  ultima  >  10  anos Aplicar REFORÇO vacinal VACINA + IMUNOGLOBULINA ou SORO
< 3 doses ou em caso de duvida do Vacina o paciente COM 3 DOSES ou VACINA + IMUNOGLOBILINA ou SORO
esquema vacinal COMPLETAR o esquema

PROFILAXIA ANTIRRÁBICA

→ P/ CÃO E GATO:

* GRAVE: ferimento da cabeça, face, mãos e plantas dos pés * LEVE


- Lavar com água e sabão. - lavar com água e sabão
- Observar o animal durante 10 DIAS após a exposição - observar o animal por 10 DIAS→ se permanecer SADIO→ NÃO FAZER
- INICIAR IMEDIATAMENTE o tratamento com 2 DOSES de VACINA ( NADA!
dia 0 e dia 3)→ - se o animal permanecer SADIO→ ENCERRAR o
tratamento. Obs: em todos os casos de mordida de cão e gato se deve usar ATB
→ se o animal se tornar RAIVOSO ou MORRER ou DESAPARECER→ para prevenir infecção bacteriana :PENICILINAS: penicilina G ou
aplicar SORO + COMPLETAR O ESQUEMA DE 5 DOSES- IM de VACINA ( amoxilina + clavulanato ou ampiciliana – subactam .
entre 7ª -10ª dia, DIA 14 e dia 28).
→ P/ ANIMAL SILVESTRE:

* GRAVE * LEVE
- aplicar IMEDIATAMENTE SORO antirrábico + ESQUEMA VACINAL - iniciar IMEDIATAMENTE esquema VACINAL COM 5 DOSES.
COM 5 DOSES ( dia 0- 3- 7- 14- 28)

275
INFECÇÃO DO TRATO URINARIO

ITU FATORES DE RISCO CLINICA E DIAGNOSTICO DIAGNOSTICO TRATAMENTO


- < 1 ANO: + no sexo ♂ - sexo feminino RECEM – NASCIDOS - EXAME INICIAL: exame de PROFILAXIA
- > 2 ANOS: + sexo ♀ - sexo ♂ não - NÃO apresenta GANHO de URINA ( piúria, bacteriuria) - a quimioprofilaxia deve
(10:1) circundados PESO, apesar de se ser iniciada desde o 1ª
- refluxo vesicureteral alimentarem normalmente! - CONFIRMA O episodio de ITU, e manter
ETIOLOGIA: - disfuncional - dificuldade de sucção DIAGNOSTICO: ate que toda a investigação
MASC: PROTEUS = E. - treino de toalete - irritabilidade URINOCULTURA morfológica e funcional do
COLI - roupas apertadas - vomito, diarreia, anorexia *Lactantes que NÃO tem sistema urinário esteja
FEM: E. COLI (90%) - bexiga neurogênica - icterícia colestatica controle vesical →fazer   completa (US + UCM+
- uropatia obstrutiva- - urina com odor fétido punção supra púbica(de cintilografia)
O agente etiológico é fimose, válvula de uretra - distermia ( geralmente escolha pra RN e lactante) - Pode usar: cefalexina,
adquirido por via posterior. HIPOTERMIA); letargia, ou cateterismo vesical. nitrofurantoina ou
ASCENDENTE, exceto hipotonia * para criança q tem SMX+TMP em ¼ da dose
em RN ( período OBS: as MENINAS ( ♀), controle vesical o método terapêutica em tomada
neonatal) que é por apresenta uretra mais de escolha é colher a urina única a noite.
via HEMATOGÊNICA. CURTA e anteriorizada. PRE- ESCOLARES E através da técnica do JATO
As infecções urinarias ESCOLARES MEDIO TRATAMENTO
-O VIRUS que pode são mais comuns no PIELONEFRITE: OBS: SACO COLETOR só OBS: inicia o tratamento
causar ITU: sexo masculino Febre, calafrios, dor serve para EXCLUIR mesmo sem o resultado da
ADENOVIRUS SOMENTE no PRIMEIRO abdominal e nos flancos diagnostico, ou seja, se vier urinocultura
ANO de vida, em * Atenção para febre SEM ( - ) exclui ITU. Porem se vier - manter o TTO x 10 a 14
- TBC RENAL: suspeitar associação a FOCO! > 100.000 de um único dias
em caso de PUIRIA malformações do trato CISTITE: enurese, polaciúria, patógeno + clinica, se
ESTERIL genitourinario. Do urgência, disuria, considera urinocultura ( + ), PIELONEFRITE (ITU FEBRIL)
primeiro ano de vida em incontinência, retenção porque este método esta * HOSPITALAR
Obs: PIELONEFRITE diante a infecção urinaria com urina fétida muito sujeito a - <1-3 meses (sempre
CRONICA é uma causa urinaria é + frequente OBS: cistite não cursa com contaminação. internar)
comum de em meninas. FEBRE! RESULTADO-UROCULTURA: - muitos vômitos, não
HIPERTENSAO < 10.000= negativo ingere liquido, desidratação
ARTERIAL 2ª NA 10.000 a 100.000 + clinica= - falha terapêutica
INFANCIA positivo ATB: AMPI+ GENTA OU
>100.000= positivo CEFTRIZXONE x 10-14 dias

276
Obs: pielonefrite é a INVESTIGAÇÃO * AMBULATORIAL
infecção grave + COMPLEMENTAR ATB: CEFIXIMA (cefal. 3ª G)
frequente em lactantes 1ª episodio de pielonefrite
< 24 meses com aguda: US + cintilografia CISTITE (ITU AFEBRIL)
quadro de FEBRE de DMSA + uretrocistografia
ORIGEM OBSCURA pos-miccional * AMBULATORIAL
TODAS as crianças < 5 anos - tto x 3 a 5 dias
com diag de ITU bem ATB: SMX+TMP (de
confirmada tem q fazer escolha): 40 mg + 8 mg de
investigação do trato 12/12 hrs.
urinário por imagens! NITROFURANTOINA
CEFALEXIMA
URETROCISTOGRAFIA PÓS-
MICCIONAL
- PADRAO-OURO para OBS: SEMPRE realizar
avaliar REFLUXO URICULTURA de CONTROLE
VESICOURETRAL após 2 – 4 semanas.
- usar na fase aguda, quando
a urinocultura for ( – ), para PARA GRÁVIDAS:
investigar refluxo TTO HOSPITALAR SEMPRE!
vesicouretral. - Cefalosporina 3ª G:
ceftriaxone X 14 dias. +
CINTILOGRAFIA RENAL - analgésico urinário:
-PADRAO – OURO para pyridium ( fenazopiridina)
avaliar CICATRIZ RENAL. 200 mg cada 8 hrs após
- identifica PIELONEFRITE refeições. E contraindicado
aguda ( durante a fase em crianças.
aguda) ou CICATRIZES renal
( durante a fase crônica), e
ajuda diferenciar
pielonefrite de cistite.

277
REFLUXO VESICOURETRAL

RVU ETIOLOGIA- FISIOPATOLOGIA CLINICA E DIAGNOSTICO TRATAMENTO


- Fluxo retrogrado de urina, da - 1% congênito por inserção - infecção urinaria Quimioprofilaxia para os graus III-
bexiga em direção ao ureter e a anômala dos ureteres na bexiga IV e V (SMX-TMP ou
pelve renal - duplicação ureteral DIAGNOSTICO NITROFURANTOINA
- quase 100% de cura espontânea - ureterocele - URETROCISTOGRAFIA - infecção de repetição –
ate os 6 anos SECUNDARIA MICCIONAL ( deve ser realizados CIRURGIA
- toda criança com pielonefrite - bexiga neurogênica em TODOS os lactantes e crianças
tem que investigar refluxo - válvula de uretra posterior ( menores de 5 anos que
- 80% são meninas com idade anomalia exclusiva do SEXO apresentem infecção urinaria) OBS: a principal causa de
entre 2 e 3 anos MASC) Depois se confirmar o diagnostico OBSTRUÇÃO congênita do trato
- hidronefrose pré-natal , 80% em fazer US ( pode demonstrar urinário em crianças que leva a
meninos FISIOPATOLOGIA HIDRONEFROSE ) e hidronefrose fetal é a estenose
* causas + comuns de - episódios de pielonefrite CINTILOGRAFIA (DMSA) avalia da junção ureteropélvica, e em 2ª
Hidronefrose pré-natal: obstrução reincidente- leva a fibrose – presença de CICATRIZ lugar refluxovesicoretral.
da junção ureteropiélica, válvula cicatriz
de uretra posterior, ureterocele,
megaureter obstrutivo 1ª e
refluxo vesicouretral.
ENURESE CLASSIFICAÇAO DIAGNOSTICO TRATAMENTO
: É a perda de urina em roupas ou - FORMA 1ª (90%) – a criança Investigação INICIAL: - colocar a criança pra urinar
na cama após 5 anos de idade ( 2 nunca adquiriu controle vesical - EAS antes de deitar
x ou + por semana durante 3 - FORMA 2ª – a criança que - URINOCULTURA - diminuir a ingestão hídrica
meses consecutivos). outrora já teve o controle de - US. - evitar punições
EPIDEMIOLOGIA urina por + de meses, e perdeu!
- + SEXO MASC -7%’ TTO de 2ª LINHA: antidepressivo
- historia familiar de enureses OBS: o treinamento esfincteriano tricíclico.
noturna -50% deve ser iniciado a partir dos 18
- ↓ da produção de ADH durante a meses.
noite
- infecção urinaria
- fatores psicológicos

278
x RESFRIADO COMUM
VIAS AÉREAS SUPERIORES x OMA
x SINUSITE
→ Ausência de taquipneia e estridor. x FARINGOAMIDALITE

RESFRIADO COMUM CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO COMPLICAÇÃO


AGENTE: - OBSTRUÇÃO nasal - clinico - benigna e auto- limitada - OMA ( + freq)
RINOVIRUS 50% - RINORREIA (coriza) DIAG. DIFERENCIAL: - sintomático - SINUSITE
-é a infecção mais comum - espirros 1. corpo estranho- obst. OBS: pensar em
do mundo. - tosse 30% Unilateral, fétida, complicação bacteriana se
TRANSMISSAO: contato ... melhora dos sintomas purulenta, súbita. não melhorar em 10 dias
direto ( nariz Mao, Mao- em 10 dias 2- sinusite ou piorar o quadro em 5
nariz, olho) 3- coqueluche dias.
COQUELUCHE CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO COMPLICAÇÃO
AGENTE: - período de incub: 1-3 s - LEUCOCITOSE ( > 50.000), - ERITROMICINA x 14 dias NOTIFICAÇÃO
BORDETELLA PERTUSSIS - tosse persistente, com predomínio de COMPLUSÓRIA
(GRAN - ) paroxística em GUINCHO LINFOCITOSE!!!!!! - VACINA: 2-4-6 meses –
* doença típica de criança, ou tosse seguida de DPT
mas pode acometer vomito, apneia. - PADRÃO-OURO: cultura
adultos tendo a clinica + 3 fases clinicas: da secreção nasofaríngea
branda. 1. CATARRAL- 7 a 10 dias
* período de transmissão: 2. PAROXISTICA (piora a - RX: infiltrado
a partir do 5ª dia ate 3ª tosse seca, de 2-4 sem) PARACÁRDICO BILATERAL
semana no inicio da tosse. 3. COVALESCENCIA: 2-6
sem. Ate 3 meses.
OTITE MÉDIA AGUDA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO COMPLICAÇÃO
AGENTE: - HISTÓRIA de Resfriado - otoscopia - AMOXILINA (40-50mg) x PREVENÇÃO:
- S. PNEUMONIAE 40% Comum a 2 sem atrás + - timpanometria e 10-14 dias - vacina anti-influenza, anti
- H. INFLUENZA OTALGIA + OTORREIA impedância acústica * <6 meses tratar com ATB pneumocócica
- M. CATARRALIS - timpanocentese com TODOS! - tubo de timpanostomia
- membrana timpânica: cultura ( fazer em casos * OMA GRAVE: tratar -adenoidectomia
- é a infecção + comum opaca, sem brilho, refratários, sepse em < 3 TODOS. - ATB profilático ½ dose
em crianças ( 99% já esbranquiçada, abaulada, meses, imunodeficiência) * > 6 meses se NÃO tiver para cças q ficam em casa
tiveram 1 episodio de convexa, com perda da certeza do DX e NÃO for ou vivem com poucas
OMA) mobilidade grave, NÃO prescrever pessoas

279
- idade: 6 a 24 meses OMA RECURRENTE? ATB, deixar em
3 ou + episódios nos observação por 48-72hrs. COMPLICAÇÕES
- a recidiva é comum 50% últimos 6 meses ou 4 ou + * criança com recidiva, MASTOIDITE: dor atrás da
em 1 ano. imunodeprimida, q vivem orelha ( região
em creches →DOSE retroauricular):
DOBRADA de amoxilina internação, TC de crânio e
-falha terapêutica: dobrar mastoidectomia e ATB
a dose para venoso
S.Pneumoniae ou
associar clavulanato para
M.Catarralis ou
H.Influenza)
SINUSITE BACTERIANA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO COMPLICAÇÃO
AGENTE: TRIÍADE: - clinico ( < 6 anos) AMOXILINA 40-50mg/kg x -CELULITE PERIORBITARIA
- S. PNEUMONIAE 30% - RINORREIA com secreção 14-21 dias Internar e ATB venoso
- H. INFLENZA nasal purulenta + - o RX dos seios da face - CELULITE ORBITARIA:
- M. CATARRALIS - TOSSE produtiva + NÃO é fundamental para o * DOSE DOBRADA: Internar, ATB venoso e
- vem da complicação do - FEBRE DX. -<2 anos, creches, ATB drenagem do seio
resfriado comum 5-13% ↓ NÃO realizar RX e TC da prévio. etmoidal
que dura mais de 10-14 face em cças < 6 anos, pela - INFEC. SNC
OBS: o diagnostico de dias. inexistência do seio frontal * ALERGICOS: azitro ou - MENINGITE
SINUSITE deve ser *A TOSSE piora em OBS: cça não tem cefaleia claritro -ABCESSO
suspeitado quando os decúbito- ao deitar e a pq não tem o seio frontal - TROMBOSE DO SEIO
sintomas de IVAS ( noite ( principal sintomas que se forma a partir dos 6 * 48-72 não melhorar: CAVERNOSO
resfriado comum) de sinusite em crianças) anos. amoxi-clavulanato dose OBS: os seios +
piorarem após 5ª dia ou dobrada acometidos são etmoidal e
persistirem por mais de Em crianças > e adulto: CRITERIOS RADIOLOGICOS maxilar.
10 dias; principalmente - cefaléia, dor a palpação -espessamento da mucosa
em crianças que não se dos seios paranasais - opacificação
manifesta com cefaleia. +hiposmia + edema - nível hidroaéreo
periorbitario.

280
FARINGOAMIDALITE CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO COMPLICAÇÃO
AGENTE: VIRUS :coriza, obst. Nasal Clinico -PENICILINA G BENZATINA NÃO SUPURATIVAS:
- < 3 anos- 100% é VIRAL e tosse→ indicam etiologia DOSE ÚNICA *Febre Reumática ( +
- ADENOVIRUS viral. - nos casos indefinidos: *cça < 27 Kg: 600.000 U freq)
- EPSTEIN-BARR ADENOVIRUS: TESTE BACTERIOLOGICO * cça > 27 Kg: 1.200.000 U * GNDA pós-
- COCKSACKIE A -idade: pré-escolar e RAPIDO SE: + = TRATAR c estreptocócica
75% de todos os casos de ATB e se – fazer CULTURA - para alérgicos:
FA é viral lactante: tríade: (PADRAO-OURO) eritromicina VO por 10 SUPURATIVAS:
- FARINGOAMIDALITE + =resultado em 48 h, se dias. * ABSCESSO
- 5 a 15 anos- BACTERIA febre + CONJUNTIVITE deve esperar o resultado RETROFARINGEO- cça
- STREPTOCOCCUS para o inicio de ATB, pois o OBS: após 24-48 hrs do apresenta rigidez de nuca
PYOGENES B- EPSTEIN-BARR: risco de complicação com inicio do ATB, o paciente + febre + dor de garganta
HEMOLITICOS DO GRUPO Idade: adolescente Febre Reumática pode não mais elimina o agente. + disfagia ...
A -dça do BEIJO→ atrasar o tratamento c ATB Conduta: internação + TC
- aparecimento + comum mononucleose infec: em 9 dias. cervical + ATB venoso e
no inverno. -FEBRE + Faringoamidalite drenagem de urgência
exudativa amarelo não
OBS: de 10-30% das aderente + *ABCESSO
crianças em idade escolar ADENOMEGALIA cervical PERIAMIGDALINO:
são carregadoras de generalizada + intensificação da dor de
estreptococo do grupo A esplenomegalia + garganta, surgindo intensa
na orofaringe, de forma LINFOCITOSE com ↑ % de disfagia e trismo em grau
assintomática. linfócitos atípicos. variado. Conduta:
internação + ATB venoso +
COCKSACKIE A: drenagem.
HERPANGINA- febre ↑ +
LESOES vesiculares
(ULCERAÇOES) na boca.

BACTERIAS
ESTREPTOCÓCICA
FEBRE ↑, inicio abrupto,
dor de garganta, disfagia,
dor abd, vomito,

281
petequias no palato,
adenomegalia e rash
eritematoso (lixa)-
escarlatina. E
LEUCOCITOSE.

x LARINGITE
VIAS AÉREAS INTERMEDIÁRIAS: x EPIGLOTITE
* presença de ESTRIDOR. x LARINGOMALACIA: É a causa + comum de ESTRIDOR CONGENITO 60%, QUE MELHORA COM O
TEMPO. Tem que fazer laringoscopia e broncoscopia- 15- 60% apresenta outras anormalidades.
Tratamento: expectante
x ANEL VASCULAR: ESTRIDOR CONGENITO que PIORA COM O TEMPO

LARINGITE ou CRUPE CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO COMPLICAÇÃO


Ou Historia previa de Clinico- cças pequena com AMBULATORIAL Traqueite bacteriana:
Laringotraqueobronquite. sintomas de resfriado que historia de resfriado que internar + ATB venoso
evoluir para: evolui para estridor, GRAVES: ESTRIDOR EM
AGENTE: - ESTRIDOR (é rouquidão e tosse REPOUSO- NBZ com
PARAINFLUENZA 75% proporcional a gravidade metálica. adrenalina + corticoide
É uma virose benigna da obstrução!)
Idade: 3 m a 5 anos - ROUQUIDÃO RX- sinal de torre
Sexo masculino ( ♂ ) - TOSSE METALICA- OBS: sinal de vela: imagem
Dça sazonal ( meses frios) “ladrante” do TIMO- é normal em
- taquidispneia crianças.
- geralmente NÃO observa
febre!
Os sintomas pioram a
noite e com o choro.
EPIGLOTITE CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO COMPLICAÇÃO
AGENTE: -instalação rápida 12-24 h PADRAO-OURO: 1- manter a criança em Causa de morte: obstrução
HAEMOPHILUS -FEBRE ↑  e TOXEMIA LARINGOSCOPIA DIRETA posição confortável- não laríngea e PCR
INFLUENZA TIPO B – agora marcante + - leucocitose >20.000 pode deitar a criança, Portanto só depois de
já faz parte do calendário - ESTRIDOR que NÃO é -RX: sinal de polegar risco de PCR!!!! estabelecer a

282
vacinal. proporcional ao grau de PROFILAXIA: 2- evitar manipulação na permeabilidade das VA,
- idade: < 5 anos obstrução. * RINFANPICINA: orofaringe fazer cultura, e ATB
- + no sexo masculino (♂ ) - SIALORREIA 20 mg/kg/dia 1x/dia VO x 3- Entubação traqueal- venoso ( cefuroxima,
- disfagia 4 dias para: traqueostomia o mais ceftriaxone ou ampicilina-
- posição de TRIPE: - contactantes cças < 48 rápido possível! subactam x 7-10 dias)
sentado com o tronco para meses com vacina 4- ATB venoso: ceftriaxone
frente, mãos apoiadas nos incompleta ou ampi-subactam ou
joelhos, cabeça pra frente, - < 12 meses que não foi cefuroxima por 7- 10 dias.
queixo para cima, vacinada com nenhuma
mandíbula protusa e vacina
língua pra fora com - imunocomprometidos
sialorreia. intradomiciliares

x ≥  60  irpm  em  <  2  MESES


VIAS AÉREAS INFERIORES: x ≥  50  irpm  em  crianças  entre 2 MESES e 11 MESES
* presença de TAQUIPNEIA x ≥  40  irpm  em  crianças  >  de  12  MESES  E  <  5  ANOS

BRONQUIOLITE CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO COMPLICAÇÃO


AGENTE: -SIBILO “Chiado  de  peito” - clinico - OXIGENIOTERAPIA – é o DIAG DIFERENCIAL:
- VSR 50% ( vírus sincicial - TAQUIPNEIA OBS: a FREQUENCIA RESP. principal tto de suporte, - ASMA: não da diag. De
respiratório) - T® normal ou ↑ melhora com NBZ, se não SAT de O2 normal em cças asma antes do 3 anos
- TOSSE paroxística, coriza melhorar, pensar em é  ≥  a  95% - FIBROSE CISTICA: os
Idade: < 24 meses - fígado e baço palpável Pneumonia!!!!! - cabeceira elevada 30 sibilos não melhorou com
PICO: do 2ª ao 5ª mês de - inapetência e dificuldade - broncodilatação com broncodilatador,
vida. para mamar - RX: HIPERINSUFLACÃO adrenalina ou brometo de dificuldade de ganho de
-1® episodio de SIBILO - coriza e obstrução nasal pulmonar e ipratrópio peso, anormalidade
FATORES DE RISCO ATELECTASIA - corticoide em sibilância hidroeletroliticas,
OBS: cuidado com o - sexo masc. ♂ OBS: a prevenção da recorrente e grave bronco baqueteamento digital
ADENOVIRUS, pq evolui - prematuro; -< 6 meses disseminação viral em espasmo - REFLUXO
para cronicidade- - dça pulm. Crônica ambiente hospitalar - CARDIOPATIA
BRONQUIOLITE - desnutrição; recomenda precaução de CONGENITA
OBLITERANTE ( BOOP)!!! aglomeração;- aleitamento contato apenas. - PNEUMONIA

283
PNEUMONIA CLÍNICA TRATAMENTO /COMPLICAÇÃO
OBS: para ter pneumonia PNEUMONIA TÍPICA BACTERIANA INDICAÇÃO PARA HOSPITALIZAR:
tem que ter TAQUIPNEIA PNEUMONIA PNEUMOCOCICA: - <2 meses
(↑ da FREQUENCIA OBS: o principal agente causador das pneumonias bacterianas - tiragem subcostal
RESPIRATORIA- sinal + comunitárias COM ou SEM derrame pleural em TODAS as faixas etárias - convulsões
importante) ( exceção do período neonatal) é o S. Pneumoniae. - sonolência
-80% de morte x IRA - CLÍNICA: - estridor de repouso
- 2® lugar de mortalidade para ter pneumonia tem que ter TAQUIPNEIA + - desnutrição grave
infantil em < 5 anos *Lactante: - ausência de ingestão de líquidos
-obst. Nasal, irritabilidade, gemência, aleteo nasal, retração, - sinais de hipoxemia
AGENTE: taquicardia, dist. Abdominal, ↓ do apetite - derrame pleural e abscesso
RECEN-NASCIDO: GRAN - - falha terapêutica
- S AGALACTIAE (grupo *Crianças e adolescentes: - problemas sociais
B) - calafrios seguidos por FEBRE de ate 40° C, retração, aleteo nasal,
- E. COLI MV↓, macicez a percurção, estertores crepitantes, ↑ frêmito, sopro Pneumonia de repetição: 2 ou + em 1 ano
- LISTERIA tubário. ou 3 ou+ durante a vida... pensar em
A partir do 3ª dia - LABORATÓRIO: leucocitose > 15.000 com predomínio de PMN fibrose cística ou corpo estranho, ou mal
acrescenta a lista: S. - RX: * CONSOLIDAÇÃO parenquimatosa ( hipotransparência de todo formação congênita do pulmão.
AUREUS e S. lobo pulmonar, broncograma aéreo)
EPIDERMIDIS. * DERRAME PLEURAL ( é a complicação + frequente das COMPLICAÇOES:
pneumonias bacterianas) 1- DERRAME PLEURAL
1 A 3 MESES: pneumonia - TRATAMENTO: - 40% das cças internadas
AFEBRIL de criança. <2 MESES - causa + comum de DP é S. Pneumoniae (
- VRS - tto SEMPRE é HOSPITALAR! 64% dos casos)
- CLAMYDIA - AMPICILINA + GENTAMICINA ou ampicilina + cefalosporina de 3 G ( - o S. aureus deve sempre ser considerado
TRACHOMATIS cefotaxima) como etiologia possível, em crianças < 1
- UREAPLASMA >2 MESES ano e que apresenta lesões cutâneas
AMBULATORIAL associadas.
PRÉ-ESCOLAR ( > 3 - PENICILINA PROCAINA ou AMOXILINA dose padrão x 10 dias - todo DP > 1 cm deve ser puncionado
MESES) * Se não melhorar AMOXI- CLAVULANATO ou CEFALOSP 2 G) (toracocentese) para analise bioquímica,
- S. PNEUMONIAE- PH, celuridade, cultura.
PNEUMOCOCO ( + freq- HOSPITALAR - sempre internar a cça e ATB venoso.
É o principal agente das -PENICILINA CRISTALINA ou AMPICILINA - EXAME FISICO: macicez à percussão, ↓ da
penumonias) - GRAVE: OXACILINA + CLORAFENICOL OU CEFTRIAXONE ausculta pulmonar.

284
90% das cças carregam S. - RESISTENTE: VANCOMICINA + CEFTRIAXONE - RX: velamento do seio costofrênico .
Pneumoniae na EXUDADO:
nasofaringe. PNEUMONIA ESTAFILOCOCICA (S. AUREUS) - liquido amarelo turvo
- principal causa de - idade: 70% em < 1 ANO e 30% < 3 meses - proteína pleural > 3.0
DERRAME PLEURAL. - CLINICA: -relação proteína pleural/ proteína sérica >
- 1® causa de pneumonia inicio abrupto de rápida progressão ( DIAS), febre alta, tosse e 0.5
bact. Da comunidade dispneia, pode associar a LESOES CUTANEAS ( historia de furúnculos, - LDH> 200
Outros agentes: impetigo, internação recente, trauma, osteomielite...) e é GRAVE!!! -relação LDH pleural / LDH sérico> 0.6
- H. INFLUENZA - LABORATÓRIO: LEUCOCITOS > 20.000 com predomínio de PMN. - PH < 7,2
- S. AUREUS -RX: rápida progressão de Broncopneumonia para DERRAME ou - glicose ↓(<50)
- M. PNEUMONIAE PIOPNEUMOTORAX com ou sem PNEUMATOCELE. - celuridade >1000
- TTO: - bacterioscopia gran+
OBS: Qual o VIRUS que OXACILINA, CEFALOTINA OU CLINDAMICINA em casos de Resistência: TTO: manter o ATB
pode levar a uma VANCOMICINA
pneumonia EMPIEMA:
FULMINANTE AGUDA? PENEUMONIA ATÍPICA BACTERIANA - PH < 7.2
ADENOVIRUS MICOPLASMA PNEUMONIAE -PUS FRANCO
Idade: escolar e adolescente (6-18 anos) - glicose < 40
-é benigna - LDH > 1000
- sintomas com inicio gradual de dor de garganta, CAFALEIA, MIALGIA, -neutrofilos > 100.000
mal estar, TOSSE proeminente, FEBRE BAIXA , rinorreia ( tempo de TTO:  drenagem  fechada  sob  selo  d’agua.
evolução arrastada- SEMANAS ) e TAQUIPNEIA.
- LABORATÓRIO: LEUCOCITOS NORMAL e VHS↑ 2- ABSCESSO PULMONAR:
- DX: ↑ títulos de CRIOAGLUTININA (>1:64) e anticorpos - são cavidades arredondadas contendo
ATIMICOPLASMA parênquima necrosante e pus.
- RX: INFILTRADO PULM. INTERSTICIAL. RX: imagem arredondada > 2 cm; presença
- TTO: AZITROMICINA, claritromicina ou eritromicina= (macrolidos de nível hidroaéreo, cavidade com paredes
erradicam 100%) espessadas, localização + frequente são os
-COMPLICAÇÃO: lobos superiores direitos e esquerdos. E
Anemia hemolítica auto imune ( anticorpos frio- IgM) segmento apical do lobo inferior direito.

CLAMYDIA TRACHOMATIS 3- PNEUMATOCELES:


- Pneumonia AFEBRIL do LACTANTE - são lesões císticas de conteúdo aéreo,

285
- neonatal com CONJUNTIVITE, AFEBRIL, e presença de EOSINOFILIA e formado por paredes finas, podendo ou
taquipneia, tosse seca não conter nível hidroaéreo.
A conduta é expectante.
PNEUMONIA VIRAL
VRS
- responsável pela maioria dos casos
- idade entre 2 e 3 anos
- é mais encontrada nos meses de inverno
- CLINICA: inicio insidioso de vários dias de TOSSE, CORIZA, obstrução
Nasal e FEBRE ↓  →  evolui para TAQUIPNEIA com RETRAÇÃO
intercostal, subcostal + BATIMENTO das ASAS do NARIZ e uso de
musculatura acessória→ gemência e cianose.
- LABORATÓRIO: Leucograma normal ou com leucocitose que não
passa de 20.000 com predomínio Linfocitário.
- DX: isolamento viral colhido da nasofaringe: cultura, ELISA
-RX: padrão de HIPERINSUFLAÇÃO e infiltrado INTERSTICIAL.
- TTO: de suporte.

TUBERCULOSE CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO PREVENÇAO


AGENTE: - febre moderada, O diagnostico da TBC na ≥  40 pontos- diag. MUITO RECEM –NASCIDO com
BACILO KOCH vespertina >2 semanas infância é dada com base no PROVÁVEL →iniciar o contactante bacilifero
-adinamia sistema de pontuação que tratamento ou mãe bacilifera
- as crianças com TBC são - expectoração leva em consideração: - NÃO fazer BCG, tomar
PAUCIBACILARES ( - perda de peso * CLINICA....15 PONTOS) + > 30 pontos: diag. POSSÍVEL- ISONIAZIDA por 3
geralmente a forma não -sudorese noturna * RX ..........(15 PONTOS) + iniciar o tto meses e assim fazer o
cavitaria; logo não * TT ...........(15 PONTOS) + TT se -, fazer BCG e se +
transmite a doença) e RX: ADENOMEGALIA * CONTATO COM ADULTO ≤ 25 pontos: diag. POUCO ( PPD ≥ 5) tomar mais 3
tem dificuldade na HILIAR unilateral ou TUBERCULOSO.... (10 P) + * PROVÁVEL→ continuar meses de isoniazida e
detecção e isolamento padrão MILIAR . ESTADO NUTRICIONAL (5 investigando, fazer cultura NÃO SE APLICA BCG.
da micobacteria a partir PONTOS) para micobacteria, a coleta - manter o aleitamento
do escarro. deve ser feita: materno com mascara
A Cultura para BK, OBs: Porque não usar o *lavado gástrico para ate que a mãe deixe de
somente é possível a Etambutol em crianças? crianças < 5 ou 6 anos. ser bacilifera. As

286
partir dos 5-6 anos obter Devido a dificuldade de TESTE TUBERCULINICO ( PPD * coleta do escarro para > 6 medicações
o exame do escarro, identificar ou REAÇÃO DE MANTOUX) anos. antituberculosas
antes disso a coleta é precocemente a neurite 0-4mm: NÃO REATOR utilizadas na mãe, não
feita através do lavado óptica( reação adversa - não tem TBC TRATAMENTO: contraindicam o
gástrico. do etambutol) nesta - ou esta na janela * crianças ate 10 anos: aleitamento materno.
faixa etária. imunológica, e tem que repetir RIP ( RHZ) x 2 meses +
OBS: BAAR e CULTURA o PPD em 8 semanas. RI ( RH) x 4 meses - criança TT+ que são
tem baixa sensibilidade ≥5mm: considerados (+) qdo: * crianças > 10 anos: assintomáticas (
* 80% das crianças -não vacinados com BCG RIPE por 2 meses + RI por 4 infecção latente), fazer
doentes NÃO - vacinados + de 2 anos meses profilaxia para não
apresentam confirmação - imunodeprimidos ( HIV) adoecer- ISONIAZIDA X
por BAAR ( Baciloscopia). ≥10mm:REATOR: PPD R: rinfampicina 6 meses, evita ate 90%.
POSITIVO- para: H ou I: isoniazida
* são definidas por BAAR - vacinados com BCG em Z ou P: pirazinamida
negativo com cultura + e menos de 2 anos
PPD +.

ASMA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO CLASSIFICAÇÃO


- doença inflamatória - dispneia - ESPIROMETRIA: VEF1/CVF < - ASMA INTERMITENTE: * ASMA
crônica da vias aéreas - chiado no peito 86% em crianças. Higiene + broncodilatador( – INTERMITENTE
inferiores. - dor torácica - Pico de fluxo expiatório- PFE: β2  agonista inalatório de - sintomas raros ( <
-é desencadeada pela - sensação de aperto ocorre um ↑ 15% no PFE, após curta duração) durante a 1x/semana)
interação entre genética - tosse crônica ( + a inalação de broncodilatador ou crise: salbutamol ( aerolin) ou - nenhuma limitação
e alérgenos. noite e pela manha.) corticoide oral. fenoterol ( berotec) ou das atividades
- ↑ dos eosinofilos > ou = - exacerbação em - avaliação de atopia ( ↑ de IgE terbutalina ( brincanyl)- - raro despertar
a 4. épocas chuvosas ( sérico) Tem ação imediata em 1 a 2 noturno ( ate 2 x/ mês)
sazonal) minutos com duração de 4
hrs. * PERSISTENTE LEVE
OBS:  o  β1  de  curta  duração   - sintomas semanais
não deve ser usado como - limitações presentes
terapia de manutenção!!! nas exacerbações
- despertar noturno
mensal ( > 2x x/mês)

287
RISCO DE ASMA EM TRATAMENTO P/ CRISE: OBS: Tratamento de - ASMA PERSISTENTE LEVE: - VEF1 ou PFE ≥80%  e  
LACTANTE NO FUTURO- 1ª  :  β2-agonista de manutenção que deve ser * a terapia de manutenção( variação do VEF1 ou
Indice Preditivo de curta duração : NBZ ou usado mesmo na ausência de período de intercrise) esta PFE <20%
Asma: aerossol sintomas, preservando a indicada com corticoide
CRITERIOS >: *NBZ: 1  gota  de  β2   função pulmonar a longo inalatorio em baixas doses: * PERSISTENTE
- um dos pais com asma agonista para cada 3 prazo, reduzindo os riscos de budesonida; beclometasona ( MODERADA
- dx. De dermatite Kg/peso + 3 a 5 ml de SF remodelamento das vias dose em criança 100-200 - sintomas diários
atópica cada 20 min x 1 hora. aéreas. mcg/dia e adulto 200 a 500 - limitações presentes
CRITERIOS <: * aerossol: 4-8 jatos de OBS: Quais são os mais mcg/dia) nas exacerbações
- dx. De rinite alérgica 20-20 min por 1 hora ( comuns efeitos adversos do *  durante  a  crise:  β2agonista   - despertar noturno
- sibilancia não associada mais eficaz!!) uso de corticoide inalatório? de curta duração. semanal (> de 1x/sem)
a resfriado - associar a O2 - candidíase oral - necessidade de uso
- Eosinofilia > 4% inalatorio de SatO2 < - disfonia (rouquidão) - ASMA PERSISTENTE diário de agonista
95%. - tosse MODERADA: beta2 de ação curta.
2 > ou 1> e 2< ( se pensa GRAVE: associar a: *Terapia de manutenção: - VEF1 ou PFE 60-80%
em lactante sibilante ANTICOLINERGICOS ( OBS: os antileucotrienos são Corticoide inalatório em e variação VEF1 ouPFE
precoce persistente) brometo de ipratropio- drogas de escolha para o baixas doses + >30%
E se não tiver esses atrovent) :20 a 40 gotas manejo de asma induzida por + β2  de  LONGA duração
critérios pensar em ou AAS ou AINES. (salmEterol ou FORMOterol) * PERSISTENTE GRAVE
sibilancia transitória que Β2  AGONISTA  (  berotec - sintomas diários e
melhora depois 3 anos. ) 1 gota / 3 Kg OBS: qual é o distúrbio - ASMA PERSISTENTE contínuos
... administrar corticoide eletrolítico decorrente do uso GRAVE: - exacerbações
OBS: 78% dos pacientes oral ( predinisona) se o de β2 agonista? Corticoide inalatório em continuas com
que tem asma, tem rinite paciente já é ↓ K ( hipopotassemia ou MÉDIA ou ALTAS doses + limitação de atividade
. dependente de hipocalemia) + β2  de  LONGA  duração    e física
corticoide ou se não associar a uma 3ª ou 4ª - despertar noturno
Dermatite atópica: houver resposta OBS: qual é a causa + droga: metilxantina e quase diário.
lesões adequada. frequente de falha no antileucotrieno - VEF1 ou PFE ≤ 60% e
eitematodescamativas, _ REAVALIAR: paciente tratamento? + corticoide ORAL: variação VEF1 ou PFE >
pruriginosas em face e estável: alta hospitalar Técnica inadequada na predinisona 5-10 mg em dias 30%
áreas de dobras. com  β2  – agonista de administração das drogas alternados por no Maximo 3
curta duração por inalatórias. meses. OBS: uma vez obtido o
OBS: o exercício físico aerossol ou NBZ de 4 controle sintomático
em especial em crianças, em 4 hrs por 2 dias + OBS: qual alteração na por no mínimo 3

288
pode ser fator corticoide oral: 1 a 2 gasometria arterial mais meses, pode reduzir as
desencadeante de crise mg/Kg dia de comum na asma ? medicações e suas
asmática. predinisona por 7 a 10 Alcalose respiratória ( doses, mantendo o
A principal opção de dias. paciente hiperventila, que acompanhamento do
medicamento para - paciente se mantém acarreta > eliminação de CO2, paciente
PROFILAXIA de asma instável ou PIORAR: levando a alcalose)
induzida pelo exercício é: internar o paciente e
β2- agonista de curta associar SULFATO DE
duração administrado 30 MAGNÉSIO IV. Se o
minutos antes do mesmo não melhorar
exercício. encaminhar para UTI
em dripping e xantinas
IV.

FIBROSE CISTICA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO COMPLICAÇÃO


Doença autossômica - múltiplas infecções de RASTREIO: Medidas de Prevenção de - A falência respiratória é a
recessiva, leva alteração vias aéreas , devido a - TRIAGEM NEONATAL: infecções nas Vias aéreas: causa de morte em mais
de um canal condutor de presença de muco espesso teste do pezinho com ↑ do - eliminação de muco: de 90% dos pacientes.
cloreto, que gera uma que gera inflamação , tripsinogênio exercícios respiratórios e - aspergilose
incapacidade de secretar destruição e fibrose.(causa tapotagem e inalação de broncopulmonar
íon cloreto. pneumonia de repetição.). PADRAO-OURO P/ DIAG: salina .
- Mutação do gene da Sintomas + comum é a - dosagem de CLORO no - ATB: alvo principal contra _ OBS:: a criança pode ter
PROTEINA CFTR- ela pega tosse crônica e sibilos SUOR ( cloro > 60 ou 70 P. aeruginosa e S. aureus: uma crise perdedora de
o CL que esta dentro da frequente. mEq/L) ( em 2 momentos) quinolona oral + NA.
célula e joga pra fora. Mas - polipose nasal ( presente OBS: no suor a proteína tobramicnia inalatoria. A PNEUMONIA CAUSADA
ela ta com problema em 25% dos casos) CFTR faz ao contrario do - Oxigenioterapia POR FIBRESE CISTICA, os
ocorre ao contrario . Pega - quadro de insuficiência que faz no resto de corpo, - dieta completa e germes causadores +
o cloro que ta fora da pancreática exócrina- por ou seja nas glândulas equilibrada comum são?
célula é joga pra dentro da obstrução dos canalículos sudoríparas ela pega o - reposição de vitaminas - S. AUREUS
célula, assim vai junto o pancreáticos- levando a Sx. cloro que ta fora da célula lipossolúveis ( D-E-K-A) - PSEUDOMONAS
Sódio, ocorre ↑ Da má-absorção→ e joga pra dentro, ↑ o teor - suplementação de
intracelular de H20 , desnutrição → baixo de cloro e Na do suor→ enzimas pancreáticas para DICA: criança + cirrose /

289
cloreto e sódio . ganho de peso e estatura CRIANÇA COM SUOR melhorar a digestão e a DPOC / insuf. Pancreática
Diminuindo assim a H2O - lesão hepática- CIRROSE SALGADO!!!! absorção dos alimentos. → pensar em: fibrose
que reveste os epitélios, - infertilidade masculina cística.
ocorrendo desidratação e - RN com quadro de ÍLEO - Pesquisa da mutação
↑ da viscosidade das MECONEAL (obstrução genética CFTR (F 508): OB- presente em 5% da
secreções→ inflamação intestinal), já no 1ª dia de população branca.
neutrofilica e fibrose das vida. É o 1ª sintomas que S:
mucosas aparece.

290
INTRODUÇÃO A NEONATOLOGIA

* Período neonatal: 0 a 28 dias de vida RN QUANTO A IDADE GESTACIONAL: A TERMO: 37 a 41 sem e 6 dias
* Período neonatal PRECOCE: 0 a 7 dias de vida PRE-TERMO: < 37 sem
TARDIA: 8ª a 28ª dia de vida PÓS-TERMO:  ≥ 42 sem
* Lactente: 29 dias ate 2 anos RN QUANTO AO PESO DE NASCIMENTO: ↓baixo peso: ≤  2500
* Pré- escolar: 2 anos a 6 anos ↓↓ muito baixo peso: ≤  1500
* Escolar: 6 anos a 12 anos ↓↓↓ extremo baixo peso≤ 1000
* Adolescente: 12 a 18 anos ou 10 a 20 anos. RN QUANTO A RELAÇAO PESO/IDADE GESTACIONAL AO
NASCIMENTO: AIG: entre o percentil 10 e 90
PIG: < do percentil 10
GIG: > percentil 90
OBS: PIG: trata-se de um percentil menor que 10. Os PIG são pequenos NÃO por um processo patológico
CIUR: crescimento intrauterino retardado: também é definido pelo percentil abaixo de 10, mas ocorre em decorrência de um processo
PATOLOGICO.
Os hormônios que predominantes dos PIG e GIG são: cortisol (PIG) e insulina (GIG)
Obs: a causa + comum de GIG é a DM materna!

ABORDAGEM DE RN DE BAIXO RISCO

1- ROTINA DA SALA DE PARTO:

*AQUECER: envolver o RN em campo estéril, a temperatura da sala de parto deve ser mínimo 26 C.

* COLO MATERNO

* SECAGEM: desprezando compressas úmidas

* CAMPOS SECOS 1. - esforço respiratório: FR ( ausente, choro fraco; e choro forte)


2. - frequência cardíaca: FC ( ausente, < 100 e > 100)
* BOLETIM APGAR: 1ª minuto e 5ª minuto =→ 3. - tônus muscular: ( flácido, semi-flexao; e movimentos ativos)
Avalia a vitalidade neonatal precoce. O boletim 4. - resposta ao cateter nas narinas:( sem resposta; sem movimento e
choro forte)
5. - cor : ( cianose central; cianose periférica ou rósea.)
291
De Apgar NÃO pode ser fator que determina o inicio das manobras de reanimação.

O APGAR ≤ 4 no 1ª minuto esta associado a acidose e PaCO2→ indica dificuldade respiratória grave!

* EXAME FÍSICO SUMARIO : FR normal ( entre 40 e 60 irpm); FC ( normal de RN : 90-180 bpm); T° axilar ( entre 36,1 e 37° C); Perímetro
cefálico ( entre 33 e 38 cm); Peso ( normal entre 2.500 a 3.999 g); Comprimento ( media de 50 cm)

* IDENTIFICAR O RN

* CALCULAR A IDADE GESTACIONAL PELO METODO CAPURRO: esta indicado apenas para RN A TERMO ( 37 semanas ate 41 semanas e 6 dias)
de idade gestacional. O grande problema do capurro é sua inadequação para prematuros extremos. É avaliado entre 4-6 hr do nascimento.
Avalia a textura da pele; forma da orelha; glândula mamaria; pregas plantares; sinal do xale e posição da cabeça ao levantar o RN.

* CALCULAR A IDADE GESTACIONAL PELO METODO NEW BALLARD: usado para PREMATUROS ( ≤ 36 semanas e 6 dias)

Se avalia sinais de maturidade física ( pele, lanugem, superfície plantar, mama, orelha e olho e genitália)

* BOLETIM DE SILVERMAN-ANDERNSEN: avalia o DESCONFORTO RESPIRATÓRIO DO RN. OBS: quanto > pontuação, PIOR será o prognostico!
x - Gemência
x - Batimento da asa do nariz
x - Tiragem intercostal
x - Retração esternal
x - Balancium

x - Aleitamento materno a livre demanda


* PRESCRIÇÃO MÉDICA:
x - nitrato de prata colírio a 1%: 1 gota em cada olho, dose única. ( contra oftalmia gonocócica)
x - vitamina K: 1mg IM dose única ( contra doença hemorrágica do RN)
x - vacina contra hepatite B: 0,5 ml IM
x - vacina BCG: via intra dérmica
x - cuidados gerais

292
OBS: de acordo com a sociedade brasileira de pediatria o RN a termo, saudável deve permanecer em alojamento conjunto com sua mãe por
no mínimo 48 hrs.

OBS: a eliminação de MECONIO ocorre em ate 48 hrs de nascidos. E a DIURESE em 24 hrs.

OBS: RN com historia de distensão abdominal progressiva, vômitos biliosos e ausência de evacuação de mecônio, e quadro de obstrução
intestinal, pensar sempre em FIBROSE CISTICA

OBS: CONJUNTIVITE do RN iniciada após 48 hrs de vida deve ser sempre investigada: infecção por N. GONORRHOEAE ( entre 2 e 5 dias) ;
CLAMYDIA TRACOMATIS ( entre 5 e 14 dias).

OBS: HEMORRAGIA RETINIANA e da CONJUNTIVA é um achado frequente em bebês nascidos de parto vaginal, que desaparece em 1-2 semanas
e não deixa sequelas e não é necessário o acompanhamento.

OBS: RN a termo e principalmente Pré-termo, pode apresentar ritmo respiratório PERIÓDICO, ou seja, encontra respiração intervalada por
pausas breves ( 5 a 10 seg) e SEM alteração da cor e FC. Por isso se deve contar a FR dentro de 1 minuto completo, pois a irregularidade em seu
curso. OBS: não confundir com APNÉIA, que são pausas respiratórias PATOLÓGICAS ( > 20 seg), acompanhadas de alteração da COR e FC do RN,
e não é normal em um RN.

O que significa PLETHORA do NEONATO?

Coloração azul-avermelhada da pele, é provocada pela elevação do hemotócrito acima de 65% ou policetemia, que ocorre devido a fatores
como: * gestação em grandes altitudes, pós-maturidade, atraso do clampeamento do cordão, transfusão entre gemelares, gestação diabéticas e
hipertensas, trissomias...

OBS: a ausculta de sopros cardíacos tem < importância no período neonatal do que em qualquer outra época, já que os RN podem ter anomalias
cardíacas graves sem apresentar sopros a ausculta e que fenômenos funcionais como o fechamento do canal arterial, podem gerar sopros
cardíacos transitórios.

OBS: o corrimento vaginal em geral esbranquiçado e mucoso e ate sanguinolento e comumente encontrado em meninas e não tem significado
patológico, pois é resultado de influencia dos hormônios femininos maternos ( ↓ devido a redução abrupta dos níveis de estrogênio maternos)

293
* COLHER O TESTE DO PEZINHO: nunca colher antes das 48 hrs e superior a 30 dias. Colher entre 3ª e 7ª dias

Inclui as seguintes doenças para o teste de RASTREIO:

FENILCETONURIA

HIPOTIROIDISMO CONGENITO

DOENÇAS FALCIFORMES E HEMAGLOBINOPATIAS ( importante para ↓ doenças infecciosas)

FIBROSE CISTICA ( somente em alguns estados)

OBS: qual é a causa + comum de Hipotireoidismo congênito? Disgenesia tireoidiana, principalmente a tireoidite ectópica. Sendo a icterícia
neonatal prolongada o sinal + precoce.

* REALIZAR TRIAGEM DO TESTE DA ORELINHA: EOA: é o melhor teste de triagem, por ser rápido, barato e fácil, o teste devera ser
confirmado antes dos 3 meses. Resultados falsos positivos podem ser produzidos pela presença de verniz caseoso ou secreção. Pode haver
resultado falso-positivo e o exame deve ser repetido ates do 3ª mês de vida.

BERA: avalia o potencial auditivo de tronco encefálico.

294
ABORDAGEM DO RN DE ALTO RISCO

1ª 30 segundos: ESTABILIZAÇÃO:

*Promover CALOR: campos estéreis aquecidos, fonte de calor. OBS: RN com peso < 1500, uso de saco plástico transparente de
polietileno em todo o corpo, para permanecer entre 36,5 e 37 graus C.

* POSICIONAR: cabeça em leve extensão

* ASPIRAR: 1ª a boca e depois as narinas

* SECAGEM

* ESTIMULAÇÃO TÁTIL: fricção do dorso e petelecos nos pés

... Se persistir apneico, cianótico →

Dos 30 aos 60 segundos: RESPIRAÇÃO:

OBS: o tempo Maximo para avaliação da vitalidade do neonato e o inicio da ventilação é de 60 segundos!!

AVALIAR A FREQUENCIA CARDIACA E RESPIRAÇÃO, se:

* FC > 100: o bebe deve receber s cuidados de rotina da sala de parto.

* FC < 100 ou BRADIPNEIA / APNEIA ou CIANOSE PERSISTÊNTE → inicio da VPP

* VPP: ventilação com pressão positiva, mascara facial acoplada ao ambú ( Balão + mascara) , com frequência de 40 a 60 ipm ( ventila-
2- 3, ventila-2-3....)

Se não melhorar a FC em 30 segundos de VPP em ar ambiente, recomenda-se mistura de ar + O2 suplementar.

Se o RN não melhorar ... INTUBAÇÃO!

295
Após 90 segundos:

* INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL: após 90 segundos

INDICAÇÃO DE INTUBAÇÃO: * VPP com balão ou mascara ineficaz ( após 30 segundos) ou prolongada

* LIQUIDO AMNIOTICO MECONIAL e RN NÃO VIGOROSO

* HERNIA DIAFRAGMATICA ( abdome escavado, instabilidade respiratória)

* PREMATURO EXTREMO < 1kg: para usar o surfactante via endotubo

* NECESSIDADE DE MASSAGEM CARDIACA

OBS: cada tentativa de intubação deve durar no Maximo 20 seg, caso não consiga, voltar a VPP

Reavaliar o paciente após 30 segundos, se a FC estiver < 60 → MASSAGEM CARDIACA

OBS: o melhor parâmetro para avaliar a eficácia da intubação é a elevação da FC.

Situações Especiais da Reanimação neonatal:

- RN com liquido amniótico meconial + sinais de Instabilidade ( depressão respiratória, apneia, FC < 100, hipotonia)→ a intubação orotraqueal
deve ser imediata + aspiração.

- RN com Hérnia diafragmática Congênita→ intubação orotraqueal imediata.


OBS: FC < 100: VPP
- RN com Atresia de coanas e SX. de Pierre-Robin→ intubação orotraqueal imediata
FC < 60: MASSAGEM CARDIACA.
Após 120 segundos: RESTABELECENDO A CIRCULAÇÃO:

* MASSAGEM CARDIACA: Indicado para FC < 60 bpm, após 30 segundos de de VPP adequado

Massagem cardíaca + ventilação, relação 3:1, reavaliar após 30 segundos

296
A massagem deve ser feita com a frequência em torno de 120 por minuto

Técnica dos polegares ( ideal) ou técnica dos 2 dedos.

Suspender massagem cardíaca se FC > 60

FC< 60 bpm mesmo após VPP e Massagem cardíaca com técnica correta: administrar ADRENALINA e VOLUME

Após 150 segundos: DROGAS: administrar ADRENALINA ( epinefrina):

* ADRENALINA ENDOVENOSA: veia umbilical: 0,01mg/kg a 0.03mg/kg ( dose não diluída) ou 0,1 x Kg ( dose diluída)

Pode repetir a dose cada 3 a 5 minutos

OBS: a única medicação que pode ser feita via ENDOTRAQUEAL é a ADRENALINA.

*VOLUME: Solução cristaloide ( SF ou RL) : 10 ml/kg IV, podendo repetir mais uma vez

Quando interromper as manobras de reanimação: após 10 minutos de reanimação com técnica adequada.

OBS: o parâmetro mais importante para avaliar a eficácia da ventilação é o AUMENTO DA FREQUENCIA CARDIACA!!!!

SUSPENDER A REANIMAÇAO: FC > 100

RESPIRAÇAO REGULAR

AUSENCIA DE CIANOSE CENTRAL

OBS: a > causa de BRADICARDIA no período neonatal é a ausência de VENTILAÇÃO e HIPÓXIA. Portanto o ponto chave da reanimação neonatal é
estabelecimento da respiração. No RN a principal causa de PCR é HIPÓXIA.

297
SINDROMES RESPIRATORIAS AGUDA DO NEONATO

SX DA MEMBRANA ETIOPATOGENIA FATORES DE RISCO CLINICA e DIAGNOSTICO TRATAMENTO


HIALINA
Ou SX da ANGUSTIA - deficiência de - prematuridade ( em - RN PREMATURO com 1- terapia de suporte inicial-
RESPIRATORIA DO RN SURFACTANTE pulmonar. mães que não tomou quadro de desconforto O2 inalatoria
* É a causa mais comum - os pulmões apresentam corticoide) respiratório ainda nas 1ª 2- CPAP nasal (5-8 cmH2O):
de insuficiência múltiplas áreas de - sexo masculino hrs de vida e PIORA com PO2 < 50 mmHg com
respiratória em atelectasia e o - diabetes mellitus ( a PROGRESSIVA dos sinais FIO2> 60%.
PREMATURO, instalando- preenchimento dos insulina atrasa a de insuficiência 3- ventilação mecânica-
se dentro das 1ª hrs de alvéolos por edema maturação do pneumocito respiratória ( taquipenia, INTUBAÇAO TRAQUEAL:
vida. proteináceo e uma tipo II que sintetiza o retração costal, Indicações:
membrana hialina surfactante) batimento da asa do - casos refratários a CPAP
OBS: RN normal quando eosinofilica. - raça branca nariz, palidez cutânea, - PH <7,20 e PCO2 > 60
nasce ocorre a produção e - gestação múltipla gemencia..) - apneia persistente
liberação de surfactante, OBS: o principal - parto Cesário 4- SURFACTANTE traqueal (
obsorção de líquido diagnostico diferencial da - amniocentese com baixa DIAGNÓSTICO: indicado p/ casos graves)
pulmonar e ↓ da membrana hialina é a relação L/E RX: infiltrado reticulo
resistência vascular pneumonia bacteriana - persistência do canal granular difuso ou vidro PROFILAXIA
pulmonar. neonatal. arterial moído ou vidro fosco e 1- betametasona IM 12mg
OBS: CIUR não esta broncograma aéreo. cada 24 hrs por 2 doses,
incluído entre os fatores GASOMETRIA ARTERIAL: dentro das 24-34 sem.
de risco. hipoxemia. 2- surfactante profilático:
para RN < 1.250g e com 23 e
29 sem de gestação.
PNEUMONIA POR S. ETIOPATOGENIA FATORES DE RISCO CLINICA e DIAGNOSTICO TRATAMENTO
AGALACTIAE ( GRUPO B)
- é fulminante Patógeno do sistema - amniorrexe prolongada - desconforto respiratório - PROFILAXIA INTRAPARTO
OBS: o estreptococo do genitourinario ou GI (>18h) ( taquipneia e dispneia) + para mães com:
grupo B é o principal materno que ascendem e - infecção urinaria neonato com fatores de * cultura +
agente etiológico da sepse atingem o liquido materna risco ( febre materna, LA * mãe com estado de
neonatal precoce e da amniótico e o feto, - corioamnionite ( febre fétido,, leucorreia, tempo colonização desconhecido
pneumonia neonatal. sempre que houver materna, taquicardia fetal, prolongado de bolsa que tenha entrado em
quebra da barreira dor a palpação uterina e rota...) trabalho de parto com < 37

298
placentária . liquido com odor fétido) - comprometimento semanas
A infecção do bebe pode - colonização de colo sistêmico da infecção: * bacteriuria assintomática
ocorrer ainda intra útero uterino pelo S. agalactiae hipoatividade, distermia, * ruptura de placenta > 18 h
ou durante o trabalho de - parto prematuro sem apneias, oliguria, que apresentam febre 38°:
parto. causa aparente. distensão abdominal e PENICILINA CRSITALINA ou
hipotensão arterial. AMPICILINA ate o parto.

RX: infiltrado reticulo TRATAMENTO:


granular difuso
HEMOGRAMA: AMPICILINA + GENTAMICINA
leucocitose, neutrofilia
OBS: fazer hemocultura,
urinocultura ( + para
infecções tardias) e
punsão lombar ( em
pacientes sintomáticos)
SEPSE NEONATAL ETIOPATOGENIA FATORES DE RISCO CLINICA e DIAGNOSTICO TRATAMENTO
É uma sx. Multissistemica 3 formas de transmissão - colonização do canal de -desconforto respiratório, SEPSE NEONATAL PRECOCE:
inflamatória de causas no período neonatal: parto ( principal fator de taquipneia, taquicardia, ampicilina + gentamicina
infecciosa. 1- via transplacentaria ( risco) choque, hipotermia,
SEPSE NEONATAL CMV, HIV, rubéola, - prematuridade resíduos gástricos SEPSE NEONATAL TARDIA:
PRECOCE: ate 1ª semana herpes, varicela, sífilis, - imaturidade do sistema aumentados, distensão vancomicina + cefepime
de vida. toxoplasmose, parvovirus imunológico abdominal e vômitos.
* S. AGALACTIAE ( S. beta B 19 - ( TORCHS) - corioamnionite OBS: a sepse neonatal e a PROFILAXIA da sepse por S.
hemolítico do grupo B) - 2- via ascendente: MO - ambiente hospitalar pneumonia por GBS Agalactiae ( GBS):
evolui com sepse em 50% que colonizam a via de - roptura prolongada da manifestam-se GESTANTE:
dos RN parto membrana  (≥  18  h) geralmente dentro das – PENICILINA G cristalina: 5
* E. COLI 3- infecção de inicio - filho anterior com sepse primeiras 24-48 hrs. milhões IV de ataque,
* LISTERIA tardio: através do leite neonatal precoce por GBS seguido de 2,5 a 3 milhões IV
OBS: materno (CMV e HIV) e EXAMES cada 4 hrs ate o parto ou
SEPSE NEONATAL TARDIA: contaminação do bebe Quais os distúrbios COMPLEMENTARES: AMPICILINA 2g IV dose de
8ª a 90 dias) por contato direto. hidroeletroliticos e - hemocultura ataque, seguida de 1g cada 4
* STAPHYLOCOCUS metabólicos que alteram a - coprocultura hrs.
COAGULASE (–) função cardiovascular no - cultura de urina * todas as gestantes dever

299
* S. AUREUS choque séptico? - cultura do liquor fazer o rastreamento para
* ↓ Ca colonização do S. agalactiae
* Hipoglicemia (GBS) entre a 35ª e 37ª
* Acidose metabólica semana de gestação.

Indicação de Profilaxia:
1- historia de sepse precoce
em neonato anterior
2- cultura + para GBS
3- bacteriúria por GBS em
qualquer trimestre
gestacional
4- gestante com status
desconhecido para GBS OU
na presença de:
* trabalho de parto
prematuro < 37 semanas
* ruptura prolongada de
membranas  ≥  18  hrs
* T° materna  intraparto  ≥  
38°
* teste intraparto para GBS (
+)

OBS: se for parto Cesário e a


gestante não entrou em
trabalho de parto e ta com
as membranas integras, NÃO
tem necessidade de
quimioprofilaxia.

NEONATO:
SINTOMATICO:
Colher todos os exames e

300
iniciar AMPICILINA + GENTA
ASSINTOMATICOS:
C/ CORIOAMNIONITE
materna: colher exames e
iniciar ATB
S/ CORIOAMNIONITE
materna:
*mãe que recebeu
quimioprofilaxia > 4 hrs
durante o trabalho de
parto: observar o bebe por
48 hrs.
*Mãe que não recebeu
profilaxia : observar por 48
hrs e hemograma completo.
SX. DA ASPIRAÇÃO FISIOPATOLOGIA FATORES DE RISCO CLINICA e DIAGNOSTICO TRATAMENTO
MECONIAL
Acomete RN a termo ou - ↓ do fluxo placentário e - neonatos sobre risco de -RN PÓS-TERMO com - oxigenioterapia: CPAP
PÓS-TERMO (42 semanas hipoxemia→ ↑ asfixia : sofrimento fetal desconforto respiratório - VM
ou mais), raramente antes peristaltismo intestinal e agudo, pós-termo, CIUR, GRAVE - ATB = ampi+ genta
das 37 semanas. relaxamento apresentação pélvica, - RN com sinais de - surfactante
esfincteriano → macrossomia. insuficiência nas 1ª hrs de
Associações entre a pós- liberação de mecônio → vida COMPLICAÇÕES
maturidade e doenças: aspiração meconial - hiperdistensão do tórax - Pneumotórax
1- anencefálico produz pneumonite - sx da hipertensão
2- trissomia 16 e 18 química → hipoxemia, DIAGNÓSTICO: pulmonar persistente (
3- sx de seckel hipercapnia e acidose → liquido amniótico tratamento é correção
pode haver inativação do meconial + desconforto volêmica, uso de inotrópico
surfactante. respiratório agudo + RX pra manter a PAS > que a
de tórax com infiltrado pressão
alveolar GROSSEIRO pulmonar e vasodilatadores
- Pneumotórax (30%) pulmonares seletivos ( oxido
- Hiperinsuflação nítrico)
pulm. ( ↑ volume pulm)

301
TAQUIPNEIA FISIOPATOLOGIA FATORES DE RISCO CLINICA e DIAGNOSTICO TRATAMENTO
TRANSITORIA DO RN
É a dificuldade de - retardo na absorção do - parto Cesáreo SEM que - taquipneia leve e - CPAP nasal ou capacete de
reabsorção do liquido liquido pulmonar pelo a mãe tenha entrado em transitória de rápida O2 (hood) com FiO2 40%
pulmonar após o sistema linfático trabalho de parto. resolução
nascimento. - imagem de pulmão - macrossomia (>4 kg e RX:
RN com idade gestacional molhado percentil > 90) -↓ da transparência
A TERMO , com - gestação múltipla pulmonar
desenvolvimento - sexo masculino - hiperinsuflaçao
pulmonar normal e por - demora no - liquido nas cissuras e DP
mais de 3 hrs mantém FR > clampeamento do Cordão pequenos
60. - vasos linfáticos Peri-
hiliares proeminentes
- infiltrado algodanoso

Quais são as doenças crônicas encontradas como sequelas típicas de PREMATURIDADE EXTREMA e COMPLICAÇÃO do EXCESSO DE OXIGÊNIO
no período neonatal?

1- Displasia Broncopulmonar: criança que depende de O2 por mais de 28 dias, sendo consequência tardia da oxigenioterapia e do trauma pela
ventilação mecânica ( pressão e volume) ao parênquima pulmonar imaturo.

2- Retinopatia da Prematuridade: caracterizado por uma proliferação anormal dos casos sanguíneos retinianos. Em 90% dos casos esse
processo se resolve espontaneamente.

302
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS DO NEONATO

1- SÍNDROME DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

(CIV) SEMIOLOGIA EXAME FISICO


COMUNICAÇÃO * CIV PEQUENA: a Pressão do VD é normal- paciente assintomático e com
INTERVENTRICULAR bom desenvolvimento pondero-estatural. - VE deslocado lateral e
É a cardiopatia congênita * CIV MODERADA: a um hiperfluxo pulmonar e ↑ da sobrecarga de ambas inferiormente.
+ COMUM!!! (30-35% dos camaras ventriculares- paciente com ICC sintomático + infecção respiratória - frêmito paraesternal
casos) de repetição e déficit pondero-estatural. - sopro sistólico na borda esternal E
Nas CIVs ocorre um desvio * CIV GRANDE: o diâmetro da comunicação interventricular é = ou > que o inferior
de sangue da cavidade E ( diâmetro da aorta, a um grande ↑ da cavidade E. paciente com ICC GRAVE e - B2 hiperfonético na CIV grande.
de > pressão) para D ( de < congestão pulmonar. - desdobramento da 2ª bulhas
pressão) CLINICA: fisiológico.
1- Taquipneia ( FR > 60 em neonatos ate 2 meses; FR > 50 de 2 meses a 11
FISIOPATOLOGIA meses...) RX DE TÓRAX
As CIVs pode ser de 3 2- dispneia: aleteo nasal, retração intercostal, subcostal; interrupção da - cardiomegalia
tipos, de acordo com sua mamada - artéria pulm. ↑
localização: 2- taquicardia ( FC > 200 em neonatos) - intensificação da trama vascular
1- perimenbranosa ( + 3- precórdio hiperdinâmico pulmonar.
comum-70%) 4- hepatomegalia
2- supracristal 5- atraso de peso e estatura, sudorese e irritabilidade ECG
3- muscular 6- ausculta pulmonar com roncos, estertores creptantes, chiado. - sobrecarga ventricular
SX. DE ELISENMENGER - onda AT invertida em V1 indica
OBS: qual cardiopatia + É a hipertensão vascular pulmonar desenvolvida por cardiopatias que ausência de hipertensão pulmonar,
frequente na SX. DE cursam com hiperfluxo e congestão pulmonar prolongada ( CIV, CIA, PCA). e onda T ascendente indica sua
DOWN? Defeito do septo - pode se auscultar um sopro holossistolico de regurgitação TRICUSPIDE, e a presença.
atrioventricular, cuja a artéria pulmonar pode ta tão dilatada que sua pulsação pode ser
clinica é igual a CIV. observada através do exame físico.
PERSISTÊNCIA DO CANAL FISIOPATOLOGIA SEMIOLOGIA EXAME FISICO
ARTERIAL ( PCA)
O canal arterial localiza-se * Fisiologicamente ocorre seu 1- Taquipneia ( FR > 60 em - PULSO PALMAR: é o grande
logo após a emergência da fechamento funcional dentro de 12 neonatos ate 2 meses; FR > 50 de valor diagnostico na diferenciação
artéria subclávia E, no arco horas de vida, e seu fechamento 2 meses a 11 meses...) entre CIV e PCA no período

303
aórtico, conectando a anatômico se completa em 14 a 21 dias 2- dispneia: aleteo nasal, retração neonatal.
aorta e a artéria pulmonar. após o nascimento. intercostal, subcostal; interrupção - sopro sistolico na região
*o PAC em RN a termo é decorrente de da mamada infraclavicular E que irradia para
um defeito da camada endotelial e da 2- taquicardia ( FC > 200 em Dorso, do tipo contínuo ou
camada muscular media. neonatos) MAQUINÁRIA.
TRATAMENTO * o PAC em RN PREMATURO não se deve 3- precórdio hiperdinâmico - pulso de amplitude ↑
- INDOMETACINA ou a defeito estrutural, e sim a imaturidade 4- hepatomegalia - pressão arterial divergente,
IBUPROFENO e hipoxia, que ↓ a eficácia da contração 5- atraso de peso e estatura, onde a diastólica será baixa.
- CIRURGIA ( fazer com ductal. Também pode ser considerada sudorese e irritabilidade - Cianose em MMII devido a
existe contraindicação ao uma complicação da doença da 6- ausculta pulmonar com roncos, resistência pulmonar > que a
uso de indometacina ou o membrana hialina, pois a hipoxia , estertores creptantes, chiado. sistêmica.
canal persistir aberto após acidose, ↑ da P. pulmonar por
seu uso) vasoconstricção, hipotensão sistêmica e OBS: o PAC é a cardiopatia RX de TÓRAX
liberação de prostaglandina, fazem congênita + frequentemente * ↑ das camaras E
dilatação do canal. associada a infecção por * intensificação da trama vascular
RUBÉOLA durante a gestação. pulmonar
* ↑ da artéria pulmonar.
COARCTAÇÃO DE AORTA SEMIOLOGIA SEMIOLOGIA TRATAMENTO
– (CoA)
- estreitamento em nas CoA graves, ocorre no período - Neonato que inicia quadro de O tratamento é CIRURGICO, mas
qualquer ponto da aorta. neonatal imediato, levando a um ICC que coincide com a época de ate que se realize a cirurgia, se
suprimento de sangue para os MMII do fechamento do canal arterial ( deve fazer o tratamento
- Mais freq. no sexo ♂ corpo ( não chega sangue nos MMII). nas primeiras 36 hrs)- inicia o temporário e paliativo na
- na SX. de Tuner, 70% das aparecimento dede uma SX. tentativa de manter o canal
meninas apresentam CaA respiratória aguda ( taquipneia + arterial ABERTO ( pra salvar a vida
associada a válvula aórtica dispneia + dificuldade para da criança), administrando
bicúspide. mamar+ taquicardia que vai PROSTAGLANDINA E endovenosa,
piorando progressivamente), na tentativa de manter pérvio o
porem sem comprometimento canal arterial.
OBS: a CoA costuma esta das vias aéreas inferiores,
associada a outros descartando doenças do
defeitos congênitos como parênquima pulmonar.
da válvula aórtica - CIANOSE em MMII→ AUSENCIA
bicúspide. de PULSO PERIFÉRICO EM MMII.

304
2- SÍNDROME CIANÓTICA

OBS: Como faço para DIFERENCIAR a origem da CIANOSE ( doença CARDÍACA ou DOENÇA RESPIRATORIA) no período neonatal?

Nos bebês com cianose se deve realizar o TESTE DA HIPERÓXIA, consiste na administração de O2 a 100% por 5 a 10 minutos. Se houver um ↑ da
Pao2 acima de 160 mmHg sugere ausência de cardiopatia congênita e provavelmente a cianose será se origem respiratória.

* 2 GRANDES CAUSAS de Cardiopatias Congênitas Cianóticas: TETRALOGIA DE FALLOT ( + comum ) e TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS.

TETRALOGIA DE FALLOT FISIOPATOLOGIA SEMIOLOGIA EXAME FÍSICO


É Ca cardiopatia CIANÓTICA + 1-Obstrução do trato de saída do * Obstrução GRAVE ao fluxo de - CIANOSE generalizada
COMUM!!! VD, devido a estenose saída do VD, devido a estenose - dedos em baqueta de tambor
pulmonar,que pode ser grave da artéria pulmonar, leva a nas crianças maiores.
OBS: a posição de cócoras encontrada em graus variados de CIANOSE que aparece logo após - desenvolvimento pondero-
aumenta a resistência vascular estenose. o fechamento do PCA( canal estatural prejudicado
periférica e assim reduz o shunt 2- CIV arterial), – nas 1ªs 36 hrs de vida;
D/E,  “forçando”o  fluxo  de  saída   3- Dextroposicionamento da ou seja, a perfusão pulmonar esta RX:
de sangue do VD para a artéria aorta tão reduzida que a única fonte de - sinal de TAMANCO HOLANDÊS:
pulmonar. 4- Hipertrofia do ventrículo fluxo era através do bypass de ponta cardíaca acima do
direito sangue da aorta para o ramo da diafragma
pulmonar através do canal arterial - área cardíaca NORMAL
TRATAMENTO OBS: quando o VD se contrai , o ( PCA), isso assegura a vida do RN. - arco pulmonar ESCAVADO
O tratamento é CIRURGICO, mas sangue desoxigenado é desviado - vasos pulmonares pouco
ate que se realize a cirurgia, se para a cavidade E pelo CIV, isso * se a obstrução for LEVE e NÃO desenvolvidos ( AUSENCIA de
deve fazer o tratamento ocorre devido a estenose da grave, as crianças poderam INFILTRADO PULMONAR E
temporário e paliativo na artéria pulmonar, gerando desenvolver uma sx. de ICC sem HIPOFLUXO PULMONAR)
tentativa de manter o canal CIANOSE. cianose, devido ao CIV. A medida
arterial ABERTO ( pra salvar a vida que a criança cresce, a hipertrofia ECG:
da criança), administrando do infundíbulo do VD aumenta e - hipertrofia do VD
PROSTAGLANDINA E endovenosa, aparece cianose ao longo do 1ª - onda T positiva em V1
na tentativa de manter pérvio o ano de vida. A crise de cianose - onda R proeminente nas
canal arterial. geralmente tende a piorar após o derivações precordiais.
CHORO.

305
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES FISIOPATOLOGIA SEMIOLOGIA EXAME FÍSICO
VASOS
- Mais prevalente em: 1- a aorta sai do VD - CIANOSE nas PRIMEIRAS HORAS - OBS: o TESTE DE HIPERÓXIA
* filhos de MÃES DIABÉTICAS 2- o tronco da artéria pulmonar DE VIDA, momento que ocorre o NÃO mostra melhora da cianose
* Sexo ♂ sai do VE. fechamento de PAC ( canal mesmo após administração de O2
* crianças com deleção do arterial)→ leva a CIANOSE, a 100%.
cromossomo 22q:11 OBS: o retorno venoso sistêmico taquicardia e piora do quadro em
segue do AD para VD e vai para 12 a 24 hrs.→ choque RX DE TÓRAX:
TRATAMENTO: AORTA, e o sangue venoso circulatório. - mediastino superior estreito
O tratamento é CIRURGICO, mas pulmonar vai para o AE e VE, - sombra  cardíaca  com  “formato  
ate que se realize a cirurgia, se sendo ejetado na artéria de  ovo”
deve fazer o tratamento pulmonar!!→ ocorre 2 circulações - fluxo pulmonar normal ou
temporário e paliativo na em paralelo. SE NÃO houver aumentado.
tentativa de manter o canal mistura do sangue entre estas 2
arterial ABERTO ( pra salvar a vida circulações, seja através do PAC,
da criança), administrando ou forame oval ou CIV, a
PROSTAGLANDINA E endovenosa, sobrevida será IMPOSSIVEL, pois
na tentativa de manter pérvio o não há sangue oxigenado na
canal arterial. circulação periférica. 50% dos
casos há CIV associado,
minimizando o distúrbio!!!.

OUTRAS CARDIOPATIAS CONGENTIAS CIANÓTICAS menos importantes:

1- ATRESIA TRICUSPIDE: RN com CIANOSE + DESVIO de EIXO CARDÍACO para E ( normal é entre 0 e 90°, na atresia tricúspide desvia p/ - 30°).

2- SX. DO CORAÇÃO E HIPOPLÁSICO: CIANOSE + sinais de insuficiência de VD ( hepatomegalia)

306
ICTERICIA NEONATAL ICTERICIA FISIOLOGICA ICTERICIA PATOLOGICA ICTERICIA DO LEITE TRATAMENTO
MATERNO. 2 formas:
Coloração amarelada na - reflexo da > produção de * apresenta umas das PRECOCE: ictérica do FOTOTERAPIA
pele e mucosa, por ↑ da bilirrubina INDIRETA pela seguintes características: aleitamento materno= Aplicação de luz de alta
fração INDIRETA ou degradação de hemácias 1- inicio antes de 24 hrs ocorre ↑ da BI intensidade, função de
lipossolúvel da bilirrubina. fetais, que tem uma de vida. TARDIA: ictérica do leite converter a bilirrubina toxica
A grande complicação dos sobrevida mais curta que 2- velocidade de aumento: materno= ocorre ao redor , atreves da
níveis elevados de BI, é a do adulto. > 5mg/dl/dia nas 24h ou de 4ª dia, ao invés de fotoisomerização , em um
cruzar a BHE produzindo - Limitação transitória da 0,5mg/dl/hr ocorrer a queda da isômero facilmente
efeito toxico, levando a captação e conjugação 3- BI > 12mg/dl ( a termo) bilirrubina como excretado pela bile e pela
um quadro de hepática. ou > 15 (pré-termo) esperada, a concentração urina. A BI se transforma em
encefalopatia - pico no 2ª ao 4ª dia de 4- icterícia persistente ( > de bilirrubina continua ↑ lumirrubina que é solúvel
bilirrubinica ou vida, atinge um valor de 8 dias em RN termo e > 14 ate o 14ª dia de vida, em H2O e sai pela urina.
KERNICTERUS(níveis 5-6mg/dl, podendo dias em pré-termo) podendo chegar a 20-
superiores a 25mg/dl), chegar a 12mg/dl e 5- icterícia as custas de ↑ 30mg/dl, depois disso EXSANGUINEOTRANSFUSÃO
como manifestação caindo para níveis < BD > 2 mg/dl começa cair lentamente
crônica apresenta: 2mg/dl entre o 5ª e 7ª 6- associado a alterações ate a 12 semana de vida. OBS: hematocrito  ≥  a 65%→
- déficit auditivo dia. clinicas: Não apresenta alteração POLICETEMIA + com a
neurosensorial OBS: nos prematuros a (hepatoesplenomegalia, da função hepática ou de clinica de irritabilidade,
- desordens de captação e conjugação de palidez, petequias) hemólise. Para confirmar letargia, taquipneia,
movimento ( atetose, bilirrubina é mais lenta, e 7- associado a historia se realiza prova desconforto respiratório,
balismo, tremor) o pico de BI ocorre no 4ª e familiar de anemia terapêutica , suspende o cianose, dificuldade de
- disfunção oculomotora 7ª dia alcançando valores hemolítica ou leite materno por 24-48 alimentar,
de 15mg/dl e incompatibilidade ABO ou hrs, assim a bilirrubina hiperbilirrubinemia,
permanecem ate a 2ª RH com sinais de cai rapidamente, hipoglicemia. + freq. Em
PRINCIPAL CAUSA DE semana hemólise. podendo ocorrer discreto crianças a termo e PIG.
ICTERICA É? aumento na reintrodução * P/ Paciente sintomático (
- anemia hemolítica por OBS: icterícia neonatal as do leite materno, porem independente do Ht) OU
incompatibilidade de RH custas de BD é sempre não atingindo valores Hto>70% ( mesmo na
e grupo sanguíneo ABO patológica. como os anteriores. ausência de sintomas)→
- anemia auto-imune OBS: os bebes fazer exanguineotransfusão
- esferocitose hereditária permanecem SAUDÁVEIS parcial.
- deficiência de G6PD e com BOM GANHO DE
PESO!!

307
Diagnostico diferencial * Cerca de 60% do RN tem EXAMES PRA INVESTIGAR * Hematocrito entre 60-70%
de icterícia q se inicia icterícia na 1ª semana. ICTERICA PRECOCE: + Assintomático: fazer
após a 1ª semana de - A progressão da icterícia - bilirrubina total e frações aumento de volume de
vida: é craniocaudal→ ZONAS - tipagem sanguínea liquido, e uma nova coleta
- icterícia do leite de KRAMER: - coombs direto de hematocrito em 4-6 hrs.
materno * zona I: cabeça e pescoço - hematocrito ou
- sepse * II: tronco ate umbigo hemoglobina OBS: qual DROGA usada no
- galactosemia ( não pode *III: hipogástrio ate coxa - hematoscopia FINAL da gestação pode
amamentar do leite *IV: joelhos ate tornozelo - contagem de levar ao surgimento de
materno) e cotovelos ate o punho reticulocitos Kernicterus?
- hipotireodismo *V: mãos e Pés - sorologia pra grupo de SULFONAMIDAS.
- atresia das vias biliares ( doenças TORCHS
exame: BIOPSIA SX. de Crigler- Najar tipo - US abdominal e das vias
HEPATICA I: biliares
- hepatites Deficiência por ausência - biopsia
TOTAL da enzima
glucoroniltransferase.
Não converte BI em BD.

HIPOGLICEMIA ETIOPATOGENIA CLINICA TRATAMENTO


Toda nível glicêmico abaixo de I- hipoglicemia - tremores - FASE AGUDA:
40 mg/dl. HIPERinsulinemica - choro fraco Glicose a 10%- 2ml/kg EV
- filho de mãe diabética - cianose Na presença de convulsões: 4ml/kg
OBS: RN prematuros tem - eritroblastose fetal - hipoatividade EV
diminuição da reserva de - RN GIG de mãe obesa - CONVULSÕES - MANUTENÇÃO: taxa de infusão
glicogênio hepático . - sx de beckwith-wiedemann - recusa de dieta de glicose 8 mg/kg/minuto
II- hipoglicemia secundaria e ↑ - apneia
OBS: o HIPERinsulinismo da demanda metabólica - movimentos oculares e abalos - em caso refratário as medidas
congênito é a causa + COMUM - hemorragia intra-craniana anteriores, avaliar corticoide (
de hipoglicemia PERSISTENTE na - sepse; RN asfixiado OBS: uma das causas + comum hidrocortisona), octreotide e
infância, que cursa com níveis - cardiopatia congênita cianótica de CONVULSÃO NO NEONATO, diazoxido.
elevados de pepitideo C no III- hipoglicemia por redução das principalmente neonato GIG (
momento da hipoglicemia; reservas mães diabéticas) é a

308
necessidade de altas taxas de - RN PIG HIPOGLICEMIA. OBS: durante a OBS: a causa metabólica + comum
infusão de glicose para prevenir a - RN prematuro vida fetal, os filhos de mães de crise convulsiva em RN é:
hipoglicemia, ausência de cetonia - gêmeos discordantes diabéticas estão expostos a HIPOGLICEMIA.
ou acidose. Geralmente são IV- hipoglicemia por defeitos ALTOS níveis de glicemia e em
filhos de mães diabéticas. genéticos ou metabólicas resposta a isso se tornam
- def. enzimática HIPERinsulinêmicos.
Imediatamente após o
nascimento os níveis de insulina
ainda estão altos, mas há uma
interrupção abrupta de glicose,
levando a HIPOGLICEMIA.

PRINCIPAIS SÍNDROMES GENÉTICAS

SX. DE DOWN Fissura palpebral obliquas com inclinação ascendentes, orelhas pequenas, língua protusa, face achatada, manchas
de Brushfield na íris, prega palmar única ( prega simiesca), hipoplasia da falange média do 5ª dedo com
clinodactilia, mãos pequenas e dedos curtos, retardo mental, HIPOTONIA e sinal de sandália nos pés, pele
redundante na nuca, BAIXA ESTATURA + cariótipo revelando a TRISSOMIA do cromossomo 21.
* apresenta > incidência de hipotireoidismo, leucemias, DM, obesidade, doença Alzheimer, doença celíaca.
OBS: qual cardiopatia + frequente na SX. DE DOWN? Defeito do septo átrio-ventricular.
SX. DE EDWARDS Orelhas malformadas e baixo implantadas, dedos das mãos sobrepostos, pelve estreita, calcanhar
proeminentes, micrognatia + cariótipo revelando a TRISSOMIA do 18.
SX. DE PATAU Hipotelorismo ocular, microftalmia, fenda labiopalatina, orelhas malformadas, polidactilia + cariótipo revelando
TRISSOMIA do 13.
SX. DE TUNER Baixa implantação das linhas do cabelo na nuca, orelha baixa implantada, pescoço curto e alado, pele
redundante na nuca, LINFEDEMA de mãos e pés, baixa estatura, tórax em escudo, cubito valgo, ausência do
cromossomo X ou Y- disgenesia gonodal- hipogonadismo hipergonadotrofico , rins em ferradura + cariótipo 45
X0 – SEMPRE É NO SEXO FEMININO!!! Não existe dx. de Turner do sexo masculino!!!
OBS: NÃO apresenta retardo mental!!!
SX. DE WILLIAMS Ponte nasal achatada, aletas nasais largas, filtro labial longo, lábios grossos, região periorbitária espessa +
detecção da microdeleção do cromossomo 7
SX. DO X-FRÁGIL Fronte proeminente, face fina e longa, mandíbula proeminente, orelhas grandes.
É considerada das causas hereditárias + comuns de retardo mental. Acomete + o sexo ♂

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INFECÇÕES CONGÊNITAS DO RN ( TORCHS )

SÍFILIS CONGÊNITA * Mães com sífilis que NÃO foi tratada ou tratada num período MENOR que 30 dias antes do parto→ o RN é
Treponema pallidum considerado com sífilis congênita.
OBS: a taxa de transmissão CLINICA: * PERIOSTITE – espessamento extenso e bilateral do cortical da diáfise- ossos longos
sem tratamento é de 100 * OSTEOCONDRITE METAFISÁRIA ( sinal RX + encontrado)
%, por via transplacentaria * LESÕES CUTÂNEAS: pênfigo palmo-plantar - descamação, condilomas planos.
ou perinatal, * CORIZA SEROSANGUINOLENTA
principalmente nas fases 1ª - Fazer 4 exames no RN: - VDRL do sangue periférico
e 2ª da doença. - RX de ossos longos
E já na fase tardia ou 3ª - Hemograma
fase a taxa de transmissão - Punção lombar ( liquor)
é de 30%. - TRATAMENTO:
OBS: a sífilis NÃO transmite * SEM ALTERAÇÃO LIQUÓRICA: penicilina G CRISTALINA 50.000/kg/dose EV por 10 dias 2 x dia OU Penicilina
pelo leite materno!!! Procaina 50.000 dose única diária x-por 10 dias
* COM ALTERAÇÃO DO LIQUOR: Penicilina G CRISTALINA IV por 10 dias.
* RN ASSINTOMÁTICO e TODOS os exames NORMAIS: dose ÚNICA de penicilina BENZATINA ( 50.000 U/Kg)- IM +
acompanhamento do RN.
TOXOPLASMOSE - CLINICA: TRÍADE DE SABIN: * CORIORRETINITE – 60-80%
CONGÊNITA * CALCIFICAÇÕES INTRACRANIANAS DISSEMINADAS ( DIFUSAS)
Transmissão * HIDROCEFALIA- MICROCEFALIA
transplacentaria. Obs: dos RN infectados 50% serão assintomáticos.
- TRATAMENTO: PIRIMETAMINA + SULFADIAZINA + ÁCIDO FÓLICO por 1 ano. Acrescentar CORTICÓIDE (
PREDINISONA) na presença de coriorretinite OU hiperproteinorraquia.
CMV CONGÊNITA - CLINICA: * CALCIFICAÇÕES INTRACRANIANAS PERIVENTRICULARES
Transmissão * SUDEZ NEUROSSENSORIAL ( o CMV é a principal causa de surdez de causa viral na infância)
transplacentaria. - TRATAMENTO: ganciclovir por 6 semanas.
RUBÉOLA - CLINICA: * CATARATA
O risco de transmissão fetal * RETINOPATIA com  aspecto  “sal  e  pimenta”
é > no inicio ( 80%) e no * Persistência do canal arterial ( cardiopatia congênita do RN presente na infecção por rubéola na
termino da gravidez ( gestação)
100%(. * SURDEZ
OBS: é a infecção congênita + associada a CIUR.
HERPES SIMPLES - CLINICA: * VESÍCULAS CUTÂNEAS

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Transmissão * ALTERAÇOES OCULARES
transplacentaria e * MICRO E HIDROCEFALIA
perinatal. - TRATAMENTO: aciclovir por 14 a 21 dias.
VARICELA quando a mãe pega varicela 5 dias ANTES do PARTO até 48 hrs após →  o  RN  é considerado com Varicela
Risco de transmissão fetal é Congênita.
de 25% - RN pós-parto: fazer uso de IMUNOGLOBULINA especifica e leite materno ordenhado ou pasteurizado (
CONTRAINDICADO o ALEITAMENTO MATERNO) a partir de um banco de leite. Na fase das crostas o bebê já pode
voltar a ter contato com a mãe.
- durante a internação, requer quarto isolado com fluxo de ar e pressão negativa e uso de mascara de proteção
contra aerossol.
- CLÍNICA: * HIPOPLASIA DE MEMBROS
* lesões cutâneas
* microftalmia, catarata, atrofia óptica
HIV - o teste de HIV deve ser realizado em TODAS as gestantes na 1ª consulta e no 3ª trimestre.
É transmitida por via - TODA gestante HIV (+) deve tomar a partir da 14ª semana de gestação ate o seu termino com terapia tríplice de
transplacentaria ( 35%- antirretroviral- TARV ( Zidovudina + Lamivudina + Lopinavir + Ritonavir)
principalmente nas ultimas - fazer a contagem de CD4 e carga viral trimestral; alem de hemograma, enzimas hepáticas mensalmente.
semanas de gestação) ,
perinatal ( durante o - qual antirretroviral NÃO é permitido usar durante a gravidez soropositivas devido efeito teratogênico?
trabalho de parto cerca EFAVIRENZ
65%) e através do leite
materno ( 7-22%) - Se deve manter baixas a contagem de leucócitos T CD4 e carga viral abaixo de 1000 ate o parto. Repetir na 34ª
semana contagem de CD4 e carga viral :
- se tiver < de 1.000→ pode fazer parto VAGINAL e fazer AZT ( zidovudina) durante o trabalho de parto ate a
ligadura do cordão umbilical e dar XAROPE de AZT para o bebê por 6 SEMANAS. Após 6 semanas iniciar
Sulfametaxazol-trimetropim ate 1 ano de idade.
- se a carga viral tiver > 1000 ou carga viral desconhecida ou paciente que durante a gestação só fez uso de
terapia monoterapia ( AZT) ou gestante HIV (+) NÃO tratada → fazer parto CESÁRIANA ELETIVA ( ou seja,
cesariana realizada com membranas integras e antes do inicio do trabalho de parto- ate 3 a 4 cm de dilatação)-
iniciar AZT endovenoso pelo ao menos 3 hrs antes da cesária.

CUIDADOS COM RN:


- banho imediato após o nascimento
- NÃO amamentar, alimentar com formula infantil

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- Administrar AZT solução oral nas primeiras 24 hrs após nascimento ate a 6ª semana de vida
- fazer profilaxia a partir da 6ª semana ate 1 ano de idade, para prevenir pneumonia pelo Pneumocystis jjrovecii
com SMZ+TMP
- o RN deve ficar com a mãe em alojamento conjunto
- esta contraindicado fazer amamentação por outra mulher

*ALTERAÇÕES CUTÂNEAS BENIGNAS NO PERÍODO NEONATAL

MANCHAS SALMÃO - manchas de cor RÓSEA; localizada na GLABELA, PÁLBEBRA ou NUCA, que se ACENTUAM COM CHORO e
desaparece com passar dos meses. São decorrentes de ectasia capilar.
MANCHA MONGÓLICA - coloração AZUL-ACINZENTADA; mais comum na região SACRAL. Mais comum na raça negra ou asiáticos. Ocorre
devido a persistência de melanócitos na derme.
ERITEMA TÓXICO - surge no 2ª dia de vida, são lesões MÁCULO-PAPULARES ( tipo picada de pulga) ou PUSTULOSAS, acomete
NEONATAL principalmente o tronco e região glútea, POUPANDO A REGIÃO PALMO-PLANTAR. Desaparece em 1 semana.
MELANOSE PUSTULOSA - VESÍCULAS e PÚSTULAS, + comum na RAÇA NEGRA, presente já ao nascimento e NÃO POUCA a região palmo-
plantar. Após 2-3 dias as lesões desaparecem, deixando tipicamente pequenas máculas HIPERCRÔMICAS com um
COLARETE DE ESCAMAS BRANCAS.
MILLIUM SEBÁCEO - são PÁPULAS AMARELO-ESBRANQUIÇADAS, que aparecem na fronte, asas do nariz e genitália, correspondem a
pequenos CISTOS por retenção de QUERATINA, causado por obstrução dos folículos pilosebácios.
MILIÁRIA - surge geralmente após 7 DIAS DO NASCIMENTO, são VESÍCULAS puntiforme, decorrente da OBSTRUÇÃO AO
FLUXO DE SUOR e ruptura das glândulas sudoríparas écrinas. O nível de obstrução determina a forma clinica:
1- FORMA CRISTALINA: somente VESÍCULAS
2- FORMA RUBRA: obstrução + profunda, VESICULAS + PÚSTULA + ERITEMA.
OBS: a miliária desaparece com compressas frias e resfriamento do ambiente.

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