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Objetivos
Introdução
As limitações ao poder de tributar ocorrem de diversas formas em nosso
ordenamento jurídico por meio de princípios, imunidades e regras de
competência que visam estabilizar as relações e atrair segurança jurídica. O
Direito Tributário como um todo se revela um sistema que pretende apontar
os limites do poder estatal no exercício da atividade tributária.
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Ao final deste módulo, esperamos que você identifique os princípios norteadores da tributação e as
limitações deles decorrentes.
Atenção!
Quanto aos princípios, devemos observar que são normas que objetivam a
promoção de valores. Via de regra, eles possuem um grau de elasticidade e
aplicabilidade sobre os casos concretos, logo, determinam uma ótica pela qual
devem ser analisadas as situações e os padrões de conduta.
Compreendido o que são princípios, podemos entrar nos estudos daqueles que
regem o Direito Tributário.
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Princípio da legalidade
Relembrando
Lembremos que uma lei é aprovada por meio do processo legislativo, no qual,
segundo a ótica constitucional, há manifestação democrática que trará
legitimidade de interesse na elaboração daquela regra que figurará dentro do
ordenamento jurídico, uma vez que ela será elaborada pelo povo, por intermédio
de seus representantes eleitos.
Semelhante condição ocorrerá com os elementos que são necessários para sua
incidência, revelando a tipicidade tributária. Esta última não permite a invasão de
critérios subjetivos graças à disposição do art. 97 do Código Tributário Nacional.
Todo esse contexto visa à atribuição da máxima segurança jurídica nas relações
tributárias, visto que a instituição e extinção, a majoração e redução, o fato
gerador, a alíquota e base de cálculo, as penalidades e também as hipóteses de
exclusão, suspensão e extinção estão todos, em regra, previstos em lei.
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enquadramento na previsão legal, a incidência do tributo também será operada.
A vontade da sociedade estará representada na lei e, de igual modo, até onde o
contrato social converge para a aceitação da tributação.
1 2 3
Saiba mais
(BRASIL, 2010)
Portanto, conseguimos, com toda a clareza, observar que, por meio de medida
provisória, é possível a criação, a majoração, a redução e a extinção de tributos.
A questão que vem a impactar é se há algum limite para a atuação do poder
público em matéria tributária mediante a utilização de medidas provisórias.
São elas:
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arrow_drop_down Instituição de
Empréstimo
Compulsório
arrow_drop_down Exercício da
competência residual
Conforme inteligência do
art. 154, inciso I, da
Constituição Federal.
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da Constituição Federal, no qual as alíquotas são definidas mediante
deliberação dos Estados e do Distrito Federal.
Desse modo, fica claro que, para fins de atualização da base de cálculo,
não é necessária lei, desde que a atualização ocorra por índices oficiais,
de modo a não acarretar majoração, somente atualização.
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objetivo de se alcançar, ao final, uma igualdade real.
Não é por menos que poderemos ver que o princípio da capacidade contributiva
terá elo indissociável com o princípio da isonomia, pois, mediante a união
desses dois princípios, haverá perfeita harmonização do desejo constitucional
de trazer uma efetiva igualdade material, ajustando as condições de
desenvolvimento. Em outras palavras, o Estado atua diretamente para que a
tributação seja compatível com a capacidade econômica e com o potencial de
contribuição do indivíduo.
Exemplo
Progressividade
A progressividade é um princípio que guarda relação direta com a capacidade
contributiva. Na verdade, ela é um instrumento de sua efetivação, implicando
alterações diretas na cobrança dos tributos com o objetivo de alinhar a realidade
patrimonial e financeira do contribuinte com a prestação devida ao Estado. Logo,
em decorrência da progressividade, será possível a modificação das alíquotas
em função da dimensão da base de cálculo.
Atenção!
A progressividade é obrigatória no Imposto de Renda, por determinação do art.
153, § 2º da Constituição Federal.
A contrario sensu, quanto mais afastada da função social, maior será a cobrança
do imposto, a fim de compelir o proprietário a adequar a sua utilização para os
fins a que se destina. Fazemos um adendo especial para a compreensão da
função social da propriedade rural, pois, naturalmente, os imóveis rurais têm
uma predisposição à plantação, cultivo e produção. Assim, podemos dizer que
uma das formas de dar função social ao imóvel é utilizá-lo para produção rural.
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função social e pela localização do
imóvel.
Convém apontar que o Supremo Tribunal Federal possui orientação para que
todos os impostos se submetam à capacidade contributiva sem distinção por
classificação (real ou pessoal), uma vez que o princípio é um dos alicerces do
sistema tributário brasileiro.
Saiba mais
É com esse fundamento que o Supremo admite a progressividade, braço da
capacidade contributiva, incidir sobre o Imposto Transmissão Causa Mortis e
Doação, mesmo que a Constituição Federal não tenha previsto de forma
expressa a aplicação do princípio a esse tipo de imposto.
Proporcionalidade
A proporcionalidade é um instrumento da capacidade contributiva que visa a
uma razoabilidade na tributação, de forma que a atividade fiscal não implique
excesso capaz de gerar o confisco patrimonial do contribuinte.
Seletividade
A seletividade é o princípio que coordenará a proporção de incidência de um
tributo sobre um produto considerado vital para o contribuinte. Não é por menos
que é chamada seletividade, pois está relacionada à essencialidade do produto.
close
Quanto mais essencial o produto, menor deverá Por outro lado, quanto ma
ser a tributação sobre ele. dispensabilidade de um p
carga tributária e as alíquo
sobre ele.
Exemplo
Um bom exemplo dos efeitos da seletividade por essencialidade é a tributação
do cigarro, uma vez que ele é visto como um produto não essencial, supérfluo e
que poderá onerar o poder público em razão das consequências de seu uso. Por
todos esses motivos, o cigarro recebe uma tributação mais elevada.
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Uma polêmica em relação à seletividade recai sobre o caráter subjetivo que
envolve a medida da essencialidade. Ora, em um país de proporções
continentais, chegar a um consenso sobre o que é produto essencial e o que é
dispensável nos parece um trabalho árduo. Os costumes, as necessidades e o
consumo de uma região nem sempre serão os mesmos que os de outra, logo,
eleger o que são produtos essenciais se torna determinação legal que, ao fim,
não cumprirá de forma plena a sua função.
Uniformidade geográfica
Resumindo
Em suma, será possibilitada a concessão de benefícios fiscais a uma
determinada região com vistas a possibilitar o seu desenvolvimento e a atração
de investimentos para fins de estimular a economia.
Impossibilidade de tratamento
diferenciado em razão do destino ou
procedência
No exercício do poder de tributar, o Estado não pode apresentar tratamento
diferente em razão do destino ou origem do serviço ou do bem. A vedação a
esse tipo de discriminação tem amparo constitucional no art. 152 da
Constituição Federal, que expõe a impossibilidade de os entes federados
tratarem de forma diversa, no exercício da atividade tributária, bens ou serviços
em razão da procedência ou do local para o qual se destinam.
Princípio da irretroatividade
Como regra, o princípio determina a impossibilidade de a lei tributária retroagir
para alcançar fatos geradores do passado. O efeito dessa ótica principiológica é
tornar a atividade tributária previsível e dotada de segurança jurídica, de modo
que as leis novas, que tenham previsão de um fato gerador novo, não venham a
retroagir para alcançar os atos praticados pelo contribuinte no passado. Nesse
sentido, estaríamos privilegiando a anterioridade da lei tributária.
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(BRASIL, 1966).
(BRASIL, 2010).
Também deve ser observado que as hipóteses de retroatividade não podem ferir
a coisa julgada no âmbito do Poder Judiciário.
Retroatividade pró-fisco
O art. 144, § 1º do Código Tributário Nacional traz outras hipóteses de
possibilidade de que a lei nova produza efeitos para situações passadas. A
hipótese ventilada no dispositivo supramencionado está relacionada ao aumento
dos poderes de controle do fisco, além do aumento das garantias e privilégios do
crédito tributário. O objetivo é claro: aumentar a possibilidade de satisfação do
crédito tributário e alcançar maior eficácia na apuração de créditos a serem
perseguidos.
Vejamos:
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Atenção!
Convém mencionar que o art. 150, § 1º, da Constituição Federal, prevê impostos
que não se submetem ao princípio da anterioridade, estando incluídos, entre
eles, o Imposto sobre Importação, o Imposto sobre Exportação, o Imposto sobre
Operações Financeiras e o Imposto sobre Produtos Industrializados.
Princípio da noventena
Como podemos observar, a não surpresa é garantida pela Constituição Federal,
de modo a possibilitar ao cidadão a capacidade de suportar a carga tributária
mediante previsibilidade e estabilidade na exigibilidade das obrigações
tributárias.
Nesse contexto, surge a noventena, que tem como objetivo estabelecer uma
anterioridade mínima para exigibilidade no novo tributo ou daquele que sofreu a
majoração. Logo, se estabelece, no art. 150, inciso III, alínea “c”, que, entre a
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criação ou majoração, deve haver um período mínimo para que passe a ser
exigível.
As exceções ao princípio da
noventena constam do empréstimo
compulsório em caso de guerra ou
calamidade pública, Imposto sobre
Importação, Imposto sobre
Exportação, Imposto de Renda,
Imposto sobre Operação Financeira e
Impostos Extraordinários em caso de
Guerra. Tais exceções existem dada a
característica extrafiscal para
intervenção rápida na economia a fim
de solucionar distorções.
Convém ressaltar que a análise para fins de verificação do confisco deve ser
operada mediante a visão da carga tributária global e não sobre um tributo
específico, de modo a evidenciar se há invasão do Estado, de forma injusta, no
patrimônio do contribuinte.
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Questão 1
Questão 2
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decorrente do inadimplemento.
2 - Imunidades
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer as imunidades advindas das garantias
constitucionais.
Imunidades
Apresentando-se como forma de limitação constitucional ao poder de tributar,
imunidades são hipóteses de não incidência tributária, qualificadas e
constitucionalmente descritas. Nas imunidades, encontramos a certeza da não
incidência do tributo.
Analisar o art. 150, inciso VI da Constituição Federal nos conduz à ideia de que o
constituinte originário buscou assegurar ao contribuinte a proteção dos direitos
fundamentais, preceituando a defesa de direitos inerentes à dignidade e ao
desenvolvimento humano. A exemplo disso, a alínea “d” tutela a atividade
intelectual e informativa, protegendo livros, jornais e periódicos da incidência de
impostos e tornando-os mais acessíveis.
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seus objetivos, como promover o bem de
todos.
Atenção!
É importante destacar que não deve haver confusão entre o instituto da
imunidade com o da isenção. Podemos iniciar a separação entre os institutos a
partir de seu próprio conceito, visto que na imunidade teremos uma limitação ao
poder de tributar que impõe uma incompetência de ordem absoluta, na qual o
ente nem sequer poderá instituir o tributo sobre aquela situação
constitucionalmente tutelada.
Por outro lado, a isenção pode ser visualizada como dispensa do tributo que é
devido ou mesmo uma suspensão de eficácia da norma que o impõe. Assim,
nesta segunda situação, uma norma especial que regulará a isenção trará a
suspensão da eficácia da aplicação do tributo. A isenção estará prevista na
ordem infraconstitucional, ao passo que a imunidade será hipótese de não
incidência qualificada na Constituição Federal, independente do nome
apresentado pelo constituinte. A questão do nome eleito pelo constituinte,
abordado no parágrafo anterior, é relevante, visto que por vezes o constituinte
falará em isenção quando tecnicamente a hipótese é de imunidade/não
incidência.
Exemplo
Citamos, como exemplo, aquela descrita no art. 5º, inciso XXXIV, da Constituição
Federal que cuidará da imunidade ao pagamento de qualquer taxa para o
exercício do direito de petição.
Imunidade recíproca
Ao observar o art. 150, inciso VI, alínea “a” da Constituição Federal, encontramos
a imunidade recíproca, que irá cuidar de impedir a incidência de impostos sobre
patrimônio, renda e serviços entre os entes da Federação. Essa imunidade
protege o pacto federativo, com a manutenção da isonomia e da autonomia que
deve existir.
Exemplo
Pelo princípio, podemos exemplificar a impossibilidade de o estado cobrar IPVA
do município e da União. Também não seria possível o município cobrar IPTU da
União e do estado.
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a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
[...]
Comentário
Uma ressalva a esse entendimento está para as empresas em situação de
monopólio, como a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que não
está em competição com particulares. Desse modo, ela pode receber amparo da
imunidade.
Como visa assegurar a liberdade religiosa, e essa é tida como espécie de direito
individual articulado na Constituição Federal, a imunidade abraçará todo e
qualquer templo, independentemente da religião, da sua estrutura, se majoritária
ou minoritária, bastando que o templo exista como pessoa jurídica devidamente
registrada.
Quanto aos imóveis, ainda que alugados a terceiros, estes estarão sob o manto
da imunidade tributária se os rendimentos provenientes da locação forem
comprovadamente revertidos para a finalidade religiosa. Tal entendimento se
encontra fixado no enunciado da Súmula Vinculante 52:
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(BRASIL, 2015)
Chamamos a atenção para o fato de que os imóveis utilizados para moradia dos
membros/líderes religiosos estarão amparados pela imunidade.
(BRASIL, 2016)
Com a mesma ideia dos templos religiosos, o amparo da imunidade está ligado
à atividade desempenhada pelas pessoas descritas no art. 150, inciso VI, alínea
“c” da Constituição Federal. O motivo de o constituinte originário eleger essas
entidades para gozar da imunidade reside na contribuição que elas dão ao
Estado, produzindo aquilo que é tido como parte do mínimo existencial.
Comentário
Não é demais lembrar que o amparo da imunidade se dará com relação às
atividades essenciais e constitucionais.
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As instituições de educação e de
assistência social alcançadas pela
imunidade são aquelas que não
possuam como finalidade o lucro.
Para todas as pessoas enquadradas no art. 150, inciso VI, alínea “c” da
Constituição Federal é obrigatório o atendimento aos requisitos descritos em lei
complementar para que possam gozar da imunidade. O art. 14 do Código
Tributário Nacional aduz que, para a manutenção da imunidade, é necessário
impossibilitar a divisão do patrimônio ou renda a qualquer título entre os
dirigentes e a aplicação das receitas deve ser realizada no Brasil, bem como
devem as instituições se manter em dia com as obrigações acessórias.
Dica
Ao recair sobre coisas, podemos classificar a imunidade como objetiva, desse
modo, não irá proteger o editor. A imunidade irá alcançar os impostos
relacionados à mercadoria, portanto, serão afastados impostos como II, IE e
ICMS.
Outros itens que têm amparo pela imunidade são álbuns de figurinhas e listas
telefônicas, em virtude do caráter de livro ilustrado do primeiro e do viés
informativo do segundo.
Imunidade musical
O Direito Tributário recebeu a imunidade musical em 2013, por meio da Emenda
Constitucional 75. Da mesma forma que se opera diante das demais hipóteses, a
não incidência se dá com relação a impostos vinculados a patrimônio, renda e
serviços das obras musicais e literomusicais dos artistas do Brasil e produzidas
no país, sendo possibilitada ainda às produções estrangeiras executadas por
músicos brasileiros.
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geral reconhecida está a questão da aplicabilidade da imunidade aos vinis de
artistas brasileiros quando importados.
Questão 1
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Há imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos; no
B entanto, tendo em vista a previsão legal, é correta a cobrança
de multa pelo descumprimento da obrigação acessória.
Questão 2
3 - Os efeitos da tributação
Ao final deste módulo, você será capaz de analisar os efeitos e a necessidade da tributação.
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O mínimo existencial deve estar contido dentro daquilo que se tem por reserva
do possível, e, por sua vez, a reserva do possível é aquilo que o Estado está
capacitado a entregar dentro do seu orçamento.
Fundamento
O dever de pagar tributos possui fundamento no objetivo constitucional de se
alcançar o bem comum, afinal, é um dos princípios fundamentais da República
Federativa do Brasil a dignidade da pessoa humana e ainda constitui objetivo
desta república a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, que
almeja a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais e
regionais, promovendo o bem de todos e garantindo, assim, o desenvolvimento
nacional (art. 1º e 3º da Constituição Federal). Por meio do recolhimento dos
tributos se busca a entrega desses anseios do Estado brasileiro, produzindo
receita.
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Pagar tributos é dever de todo
cidadão, estando submetido à
obrigação de pagar o tributo pelo fato
de viver em sociedade e desfrutar dos
serviços que o Estado entrega, bem
como dos direitos fundamentais que o
Estado lhe assegura na Constituição.
O direito possui um preço, a
contraprestação do direito
corresponde aos deveres a eles
correspondentes e a eles submetidos
como forma de financiamento. A
própria liberdade é direito que
demanda um financiamento em vista
da necessidade de garantir a
segurança na liberdade.
Assim, o Direito Tributário é o ramo que irá atuar para equilibrar e limitar a
atuação do Estado/fisco em face do contribuinte, que será o sujeito passivo da
relação tributária.
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Questão 1
A relação que todo cidadão tem para com o Estado de pagar tributos é
A um dever.
B uma faculdade.
Questão 2
Considerações finais
Como vimos ao longo do conteúdo, os princípios constitucionais tributários irão
nortear a atividade do fisco, garantindo estabilidade nas relações tributárias e
impedindo alterações que impactem a segurança jurídica e a capacidade
contributiva dos contribuintes, prevendo ainda metodologia que permite adequar
a tributação para a proteção do Estado e de seus anseios econômicos.
headset Podcast
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Veja como Vidal Infante aborda a questão da tributação no livro Limites ao
poder de tributar no marco atual da Constituição Brasileira, publicado em
2016 pela Editora CRV.
Referências
AMARO, L. Direito Tributário Brasileiro. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
CARVALHO, P. de B. Curso de Direito Tributário. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
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