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Prof.

Helder Mota – Teoria Geral do Processo - 2023

TEORIA GERAL DO PROCESSO


Prof. Helder Mota – Teoria Geral do Processo - 2023

A TRÍADE:
JURISDIÇÃO, AÇÃO E PROCESSO
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PROCESSO
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• Conceito: processo pode ser encarado pelo


dúplice aspecto (a) dos atos que lhe dão corpo e
da relação entre eles e (b) das relações entre seus
sujeitos.
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• RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL E RELAÇÃO JURÍDICA MATERIAL

Autonomia da relação jurídica processual, que se distingue da


material:
a) por seus sujeitos;
b) por seu objeto;
c) por seus pressupostos.
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• Procedimento: meio extrínseco pelo que se instaura,


desenvolve-se e termina o processo; em um só processo
pode haver mais de um procedimento. Ex.: procedimentos
em primeiro e segundo graus.
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OBJETO DO PROCESSO

É o serviço jurisdicional que o Estado tem o dever de


prestar, consumando-o mediante o provimento final em cada
processo ou fase processual.
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CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO

• Complexidade: soma de uma série de posições


jurídicas ativas e passivas;
• Progressividade: ocorrem fatos e atos jurídicos
que conduzem de uma posição jurídica a outra;
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CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO

• Unidade: todos os atos visam um objetivo comum – o


provimento jurisdicional;
• Estrutura tríplice: Estado-juiz, autor e réu;
• Natureza pública: o Estado detém poder sobre os
demais.
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PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
(POR CÂNDIDO RANGEL DINAMARCO)
• São os requisitos para a constituição de uma
relação processual válida, ou seja, com viabilidade
para desenvolver-se regularmente.
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PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
(POR CÂNDIDO RANGEL DINAMARCO)

Demanda regularmente formulada (art. 2°,


CPC e arts. 24 e 41, CPP);
Capacidade de quem a formula;
Investidura do destinatário da demanda.
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PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO
JULGAMENTO DO MÉRITO

Condições da ação;
Pressupostos processuais;
Demais requisitos para que seja admissível o
enfrentamento do mérito da causa (inexistência de
quaisquer das causas do art. 485, CPC ou do art. 395, CPP).
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Verificado o vício, e podendo, o juiz deverá intimar a


parte para corrigir.
Art. 488, CPC. Desde que possível, o juiz resolverá o mérito
sempre que a decisão for favorável à parte a quem
aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art.
485 .
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INÍCIO DO PROCESSO

• Cada processo tem início quando o primeiro ato processual é praticado:


Art. 312, CPC;
Arts. 24 e 29, CPP;
Art. 840, CLT.
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FIM DO PROCESSO

O fim do processo se dará quando a situação litigiosa é


eliminada por completo, ou ocorre alguma das causas
extintivas sem resolução do mérito (ex.: art. 485, CPC; art.
395, CPP; ausência do reclamante à audiência no processo
trabalhista);
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TIPOS DE PROCESSO

• Processo de conhecimento: É aquele instaurado para


processar e julgar pretensões mediante uma decisão de mérito,
ou seja, pretensões à tutela cognitiva;
• Processo ou fase de execução: Destina-se a veicular as
pretensões à tutela executiva, consistente na oferta de satisfação
prática a um direito;
• Processo SINCRÉTICO: divide-se em meras fases!
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PROCEDIMENTOS ORDINÁRIO E ESPECIAL

• O procedimento ordinário (Art. 318 e ss., CPC) é o mais comum entre as


ações judiciais.
• Os procedimentos especiais são exceções, apesar de muito comuns;
foram criados para dar mais efetividade, celeridade ou mesmo possibilitar a
satisfação da parte. Exemplos:
Consignação em pagamento (Arts. 539 a 549, CPC): pagamento de dívida
pelo devedor que está impossibilitado de fazê-lo;
Ação de exigir contas (arts. 550 a 553, CPC).
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PROCESSO AUTÔNOMO DE EXECUÇÃO

Fundado em título extrajudicial (arts. 771 e ss., CPC).


Existe uma variedade de procedimentos, a depender do tipo
de satisfação do credor:
Entrega de coisa certa;
Obrigações de fazer e de não fazer;
Execuções por dinheiro (ou quantia certa).
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PROCESSO MONITÓRIO
(ARTS. 700 A 702, CPC)

Se cria o título executivo e se executa o direito, sem


julgamento do mérito;

Depende de documento idôneo que possa razoavelmente


inferir a existência do crédito.
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PROCESSOS ANTECEDENTES

Tutela cautelar ou antecipatória;

Situações urgentes e necessárias, pois se esperar um


processo pelo procedimento comum, provavelmente o
direito perecerá.
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OUTROS PROCESSOS E PROCEDIMENTOS

• Processo dos juizados especiais cíveis;


• Ação Civil Pública;
• Ação Popular;
• Mandado de segurança;
• Etc.
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PROCESSO E PROCEDIMENTO NO PROCESSO PENAL

• Procedimento comum:
 Ordinário – pena máxima igual ou superior a 4 anos;
 Sumário – pena máxima inferior a 4 anos;
 Sumaríssimo – infrações penais de menor potencial ofensivo – crimes ou contravenções cuja
pena máxima seja igual ou inferior a 2 anos.

• Procedimentos especiais: ex.: crimes dolosos contra a vida (JÚRI); Lei de Drogas;
procedimento nos crimes contra a honra – fase prévia visando a conciliação entre as
partes.
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SUJEITOS DO PROCESSO
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• São, ao menos, 3 sujeitos no processo:


Estado-juiz;
Autor (MP, querelante);
Réu (acusado; reclamado).
oÓrgãos auxiliares; pluralidade de autores ou réus;
intervenção de terceiros etc.
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JUIZ

• O juiz situa-se super et inter partes (“acima da


confusão”);
• É superior às partes no processo, já que
representa o Estado, que é obrigado a dar uma
solução às partes, quando provocado.
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PODERES DO JUIZ
(ARTS. 139 A 143, CPC)
• Poderes jurisdicionais:
Poderes-meio: ordinatórios (andamento do processo) e
instrutórios (formação do convencimento do juiz);
Poderes-fim: atos decisórios e os de execução.
• Poderes administrativos ou de polícia: para manter a ordem,
evitando tumultos.
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Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a


alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento
jurídico.
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade
nos casos previstos em lei.
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Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites


propostos pelas partes, sendo-lhe vedado
conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a
lei exige iniciativa da parte.
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Art. 142. Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que


autor e réu se serviram do processo para praticar
ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o
juiz proferirá decisão que impeça os objetivos das
partes, aplicando, de ofício, as penalidades da litigância de
má-fé.
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DEVERES DO JUIZ
(ARTS. 139 A 143, CPC)

• Dever de conduzir o processo de acordo segundo


a ordem legal estabelecida (devido processo legal);
• Propiciar às partes todas as oportunidades de
participação a que tem direito (contraditório);
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DEVERES DO JUIZ
(ARTS. 139 A 143, CPC)

• Dialogar com as partes (despachos e decisões);


• Motivar suas decisões;
• Etc.
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RESPONSABILIDADE DO JUIZ

Art. 143, CPC. O juiz responderá, civil e regressivamente,


por perdas e danos quando:
I – no exercício de suas funções, proceder com dolo ou
fraude;
II – recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência
que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte.
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RESPONSABILIDADE DO JUIZ

Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II


somente serão verificadas depois que a parte
requerer ao juiz que determine a providência e o
requerimento não for apreciado no prazo de 10
(dez) dias.
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CONCEITO DE PARTE E DE TERCEIRO

Partes são os sujeitos do contraditório instituído perante o juiz,


com poderes, faculdades, ônus, deveres e sujeição.
Terceiro é todo aquele que não for parte em determinado
processo. Assim, não é permitido que os efeitos da sentença lhe
atinja (art. 506, CPC).
Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre
as quais é dada, não prejudicando terceiros.
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CONCEITO DE PARTE E DE TERCEIRO

Quando o terceiro ingressa num processo


pendente entre outros sujeitos, deixa de ser
terceiro, passando a ser parte (intervenção de
terceiros – denunciação da lide, chamamento ao
processo, recurso de terceiro prejudicado etc.).
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AQUISIÇÃO DA QUALIDADE DE PARTE

1. Pelo ajuizamento de uma demanda inicial;


2. Pela citação;
3. Pela intervenção voluntária (assistente).
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• Dualidade de partes: autor e réu;


• Pluralidade de partes: litisconsórcio e intervenção de
terceiro;
O litisconsórcio pode ser inicial ou ulterior;
A intervenção de terceiro é o ingresso no processo de
sujeitos não pertencentes à relação jurídica processual
inicial.
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LITISCONSÓRCIO
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LITISCONSÓRCIO – CLASSIFICAÇÃO

• Quanto aos sujeitos:


Ativo;
Passivo;
Misto.
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LITISCONSÓRCIO – CLASSIFICAÇÃO

• Quanto aos efeitos da sentença:


Unitário: OBRIGATORIEDADE DA MESMA SENTENÇA;
Simples: POSSIBILIDADE DE SENTENÇAS DIFERENTES.
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LITISCONSÓRCIO – CLASSIFICAÇÃO

Unitário: quando o provimento jurisdicional precisa ser


uniforme para todos litisconsortes (art. 116, CPC);
Várias pessoas são tratadas no processo como se fossem
apenas uma.
RELAÇÃO JURÍDICA INDIVISÍVEL.
Ex.: ação pauliana (fraude contra credores) e anulação de
casamento (pelo MP);
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LITISCONSÓRCIO – CLASSIFICAÇÃO

Simples ou comum:
É aquele em que a decisão pode ser diferente para os
litisconsortes;
Pluralidade de relações jurídicas ou relação jurídica
cindível;
Cada litisconsorte é tratado como parte autônoma.
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LITISCONSÓRCIO – CLASSIFICAÇÃO

• Quanto à obrigatoriedade de formação:


Necessário;
Facultativo.
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LITISCONSÓRCIO – CLASSIFICAÇÃO

Facultativo: art. 113, CPC


Comunhão de direitos e obrigações; Ex.: obrigação solidária.
Conexão; Ex.: vítimas de um mesmo acidente de trânsito.
Afinidade de questões (fato ou direito). Ex.: 2 trabalhadores
que ingressam com reclamação trabalhista – insalubridade;
Litisconsórcio multitudinário (§1°).
Prof. Helder Mota – Direito Processual Civil I - 2023

LITISCONSÓRCIO – CLASSIFICAÇÃO

Necessário: quando sua formação for obrigatória – art.


114, CPC
Previsão em lei;
Ex.: Ação Pauliana e Oposição: “Quem pretender, no
todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que
controvertem autor e réu poderá, até ser proferida a
sentença, oferecer oposição contra ambos.” (Art. 682,
CPC)
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LITISCONSÓRCIO – CLASSIFICAÇÃO

Necessário: quando sua formação for obrigatória – art.


114, CPC
Natureza jurídica: incindibilidade da relação material.
Os exemplos citados para o litisconsórcio unitário
servem para essa situação de litisconsórcio
necessário. Outro exemplo: oposição.
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INTERVENÇÃO DE TERCEIRO

• É o ingresso de um sujeito como parte em um processo pendente entre


outros.
Assistência – arts. 119 a 124, CPC;
Denunciação da lide – arts. 125 a 129, CPC;
Chamamento ao processo – arts. 130 a 132, CPC;
Incidente de desconsideração da personalidade jurídica – arts. 133 a 137,
CPC;
Amicus curiae – art. 138, CPC;
Assistente de acusação (Processo Penal) – art. 268, CPP.
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INTERVENÇÃO VOLUNTÁRIA OU PROVOCADA

• Voluntária: assistência e amicus curiae;


• Provocada: denunciação da lide, chamamento ao processo,
chamamento ao processo, incidente de desconsideração da
personalidade jurídica e amicus curiae;
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ASSISTÊNCIA (ART. 119 E SS., CPC)

• Conceito: A assistência ocorre quando um terceiro


ingressa em processo alheio para auxiliar uma das
partes. Pode ocorrer a qualquer tempo e grau de
jurisdição, sendo admissível em qualquer
procedimento.
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ASSISTÊNCIA – ESPÉCIES

ASSISTÊNCIA SIMPLES (arts. 121 a 123, CPC): o assistente só tem relação


jurídica com o assistido, e é considerado coadjuvante.
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ASSISTÊNCIA – ESPÉCIES

ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL
Art. 124, CPC. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente
sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário
do assistido.
O assistente mantém relação com ambas as partes;
O assistente recebe tratamento de parte.
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ASSISTÊNCIA – ESPÉCIES
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DENUNCIAÇÃO DA LIDE
ARTS. 125 A 129, CPC
“A denunciação da lide é uma forma de intervenção forçada de terceiro
em um processo já pendente que tem cabimento à vista da afirmação,
pelo denunciante, da existência de um dever legal ou contratual de
garantia do denunciado de sua posição jurídica. Com a litisdenunciação
convoca-se o terceiro para participar do processo auxiliando e
denunciante ao mesmo tempo em que contra esse mesmo terceiro se
propõe uma demanda de regresso para a eventualidade de o denunciante
sucumbir na causa.” (Luiz Guilherme Marinoni)
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CHAMAMENTO AO PROCESSO
ARTS. 130 A 132, CPC

• Somente poderá ser usada pelo réu;


Conceito: É hipótese de intervenção forçada de
terceiro que tem por objetivo chamar ao processo
todos os possíveis devedores de determinada
obrigação comum, a fim de que se forme título
executivo que a todos apanhe.
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INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA
PERSONALIDADE JURÍDICA
“Consiste na desconsideração da autonomia entre o patrimônio da
pessoa jurídica e dos seus sócios, de modo a permitir, em determinadas
circunstâncias, que o patrimônio dos sócios seja atingido mesmo quando
a obrigação tenha sido assumida pela pessoa jurídica. Normalmente,
objetiva evitar que a autonomia patrimonial da pessoa jurídica possa ser
usada como instrumento para fraudar a lei ou para o abuso de direito.”
(Luiz Guilherme Marinoni)
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AMICUS CURIAE
ART. 138, CPC

“O amicus curiae é o terceiro que, espontaneamente,


a pedido da parte ou por provocação do órgão
jurisdicional, intervém no processo para fornecer
subsídios que possam aprimorar a qualidade da
decisão.” (Fredie Didier Jr.)
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ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO (PROCESSO PENAL)

Art. 268, CPP. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir,


como assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu
representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas
no Art. 31.
Art. 31, CPP. No caso de morte do ofendido ou quando declarado
ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou
prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão.
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TRÍPLICE CAPACIDADE PROCESSUAL

•Capacidade de ser parte;


•Capacidade de estar em juízo (legitimatio ad
processum);
•Capacidade postulatória.
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TRÍPLICE CAPACIDADE PROCESSUAL

• Capacidade de ser parte: todos os entes que possam ser


titulares dos poderes, deveres, faculdades e ônus que
integram a relação jurídica processual (pessoas físicas e
jurídicas);
Entes que não têm personalidade jurídica: massa falida,
condomínio, sociedade de fato, dentre outros;
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TRÍPLICE CAPACIDADE PROCESSUAL

• Capacidade de estar em juízo (legitimatio ad processum):


capacidade de atuação processual – art. 70, CPC;
• Capacidade postulatória: a parte deve ser representada
por advogado.
Exceções: habeas corpus, juizados especiais (até 20
salários mínimos) e reclamação trabalhista.
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NO PROCESSO PENAL também será exigido do MP e querelante as


capacidades de ser parte, estar em juízo e postulatória;
Se o(a) querelante não for advogado, deverá constituir um para
representá-lo.
Com relação ao acusado, também se exige a capacidade de ser
parte, de estar em juízo e postulatória: ele as terá quando
completar 18 anos.

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