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RELATÓRIO

CONCEITO
A prova pericial é aquela em que a elucidação dos fatos se dá por meio de
um perito, que possui conhecimento específico em uma determinada
área, emite sua opinião técnica e científica em um instrumento chamado
laudo pericial.
Alguns exemplos de ocorrência de prova pericial são :
Ação de indenização por danos oriundos de doenças profissional
Ação para reparação de danos do desabamento de um prédio
Ação de prestação de contas
A perícia feita pelo perito, chamada de perícia técnica, pode se dar de dois
modos : pela percepção técnica que é aquela em que o perito faz uma
declaração dos fatos mediante a sua percepção técnica, pela afirmação de
juízo técnico que é aquela em que o perito dar sua opinião e
recomendação em um parecer e por ambas, que além de declaras os
fatos, ainda emite um parecer técnico.
Quando o juiz pode mediante a seu conhecimento comum acessar e
compreender as fontes da prova não necessitará de um perito. Contudo
caso necessite de uma avalição e um dote técnico mais aprofundado, a
fonte da prova precisa ser feita por um expert na área. Nesse caso, o
perito substituirá o juiz na inspeção. Trocando a inspeção judicial pela
pericial.
Tal análise se limita somente à fonte de prova, não podendo fazer a
valoração de prova e muito menos dar opiniões de direito. Cabe ao juiz tal
análise da pericia como a sua valoração. A exemplo, o perito pode dizer
que houve incêndio num imóvel e atestar a suas possíveis causas, mas
cabe ao juiz valorar a informação. Se entender que as informações foram
muito rasas, poderá determinar outra perícia, chamada de segunda
perícia.
FONTES DA PROVA PERICIAL
As fontes periciais se resumem em : pessoas, coisas e fenômenos.
Em relação às pessoas, não há restrições para a realização dos exames
podendo ser morta ou viva, desde que sejam respeitados seus direitos
fundamentais. Considerando ilegítimas as perícias que ferirem tais
direitos. Não se admitindo provas obtidas por meios ilícitos art.5º, LVI, CF
Tratando-se de coisas, não há limites jurídicos em relação a elas.
Entretanto, o problema poderá surgir na obtenção da coisa que pode
estar no domínio das partes, em uma repartição pública ou de terceiros.
Caso esteja no domínio das partes ou de repartição pública, poderá o
perito requerer a exibição da coisa art. 473 § 3º do CPC/15.Caso as parte
requerida não exiba tal coisa, o juiz presumirá como verdadeiras as
alegações que a perícia iria provar art.400, CPC/15
Se a coisa estiver em posse de terceiro, o juiz irá determinar a sua
exibição. O terceiro tem a obrigação de exibir coisa que esteja em sua
posse, art. 380,II,CPC/15.
ESPÉCIES DE PERÍCIA
De acordo com o art. 464 do CPC/15 as espécies de perícia de dividem em:
exame, vistoria e avaliação.
O exame dar-se em pessoas, bens móveis e semovente. A vistoria dar-se
em bens imóveis.
E a avaliação dar-se na fixação de valor de coisas e direitos.
Fora essas, existem aquelas chamadas de perícias extrajudiciais que são
aquelas realizadas pelas partes fora do processo.
PERITO E O ASSITENTE TÉCNICO
FUNÇÕES
A função do perito está em avaliar ou examinar a fonte de provas e assim
elaborar um parecer ou emitir um laudo. Sua função é auxiliar a justiça
com os seus conhecimentos técnicos e científicos, que será objeto de
discursão pelas partes e seus assistentes técnicos. Assim, existem dois
tipos de perito : o percipiente aquele que percebe os fatos com o seu
apurado sensu técnico para noticiá-lo ao juiz- se assemelha a testemunha;
e o perito judicante, que não só narra os fatos, como também lança um
parecer técnico especializado. O perito deve cumprir o seu em cargo no
tempo fixado pelo juiz, caso não cumpra, o juiz poderá substituí-lo com
multa fixada no valor da causa. Vale ressaltar que o perito deve fornecer
informações verídicas que correspondem a realidade fática. Caso ele
forneça dados falsos ficará inabilitado para atuar como perito em
quaisquer outro processo no prazo de 5 anos, respondendo ainda por
danos causado às partes.
REQUISITO PARA A ESCOLHA DO PERITO.
A escolha do perito pode ser feita pelo juiz entre uma pessoa autônoma,
ou uma que faça parte do quadro de servidores de uma pessoa jurídica ou
te instituições especializadas, como laboratórios ou instituições medicas.
Entretanto, o perito precisa estar vinculado ao tribunal ao que o juiz
pertença. Trata-se de uma lista que é feita mediante a consulta pública
pelos meios de comunicação como jornais, sites ou até visitas em
universidades. Depois devem ser avaliados com critérios objetivos, onde
será feita uma lista que será cadastrada no tribunal. Não é necessário, que
o perito possua nível superior, embora o CPC/73 exigia que fosse.
NOMEAÇÃO DE MAIS DE UM PERITO. PERÍCIA COMPLETA
Quando a causa versar sobre mais de foto, exigindo vários conhecimentos
especializados, poderá o juiz nomear mais de um perito.
ESCUSA E RECUSA DO PERITO
O perito poderá se escusar na causa alegando motivos justos e legítimos
como o impedimento ou suspeição no prazo de 15 dias.
O perito pode ainda ser recusado por impedimento ou suspeição pelas
partes, que deverá argui-lo no momento que lhe cabe falar nos autos.
SUBSTITUIÇÃO DO PERÍTO
A princípio, o perito pode ser substituído em duas situações : quando seus
conhecimentos não forem suficientes para elucidar os fatos ou quando
sem justo motivo não apresentar o laudo no prazo fixado pelo juiz ou
quando houver escusa ou recusa do perito. Quando o perito for escolhido
consensualmente, deverá ser substituído consensualmente.
ASSITENTE TÉCNICO E SUAS FUNÇÕES
A função do assistente técnico é um auxiliar da parte, não pertencendo ao
rol de sujeitos submetidos às hipóteses de impedimento e suspeição. Cabe
a ele manifestar-se, no parecer técnico, sua concordância ou discordância
do laudo pericial.

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