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RESUMO LIDERANÇA E EQUIPES – P1

A teoria política afirma que o poder é baseado no cargo que a pessoa ocupa (eu não sou
lídereu estou líder), sendo assim uma liderança formal. Nesta teoria, poder é o poder que a
pessoa tem para agir e está vinculado a controle e disciplina. As formas de controlar o grupo
em uma liderança formal são: repressão, coerção e manipulação. Esta teoria supõe a
existência de governantes (pessoas que possuem preparo especial) e governados (aqueles que
obedecem) com diferentes papéis na sociedade. Os governados devem confiar no preparo
especial de seu governante para atingirem o bem comum e os objetivos (líder que define os
objetivos uma vez que os governados não têm preparo especial).

A teoria da psicologia social afirma que a perspectiva de poder é baseada na capacidade do


indivíduo, independente do cargo que este ocupa, sendo então uma liderança informal. O
poder é a aplicação do poder pessoal. Neste tipo de liderança o poder está vinculado à
persuasão e influência que geram controle através do apoio/colaboração, consentimento e
confiança/respeito. Existe uma relação de interdependência e interesse entre líder e liderado
para atingir o bem comum e objetivo comum (objetivo é de todos).

OBS: Se o líder não der às pessoas aquilo que querem, ele não terá seguidores (mesmo um
líder carismático) uma vez que todas as relações são de interesse.

A teoria de traços tentou provar que as pessoas nasciam líderes identificando traços
consistentes e únicos, mas falhou. Esta teoria só conseguiu provar que algumas pessoas têm
um conjunto de traços que podem facilitar a sua liderança. Logo, alguns traços aumentam a
probabilidade de sucesso como um líder, mas nenhum dos traços garante sucesso. Alguns
desses traços são: autocontrole, autoconfiança, integridade, capacidade de assumir
responsabilidades, inteligência, experiência, maturidade, coragem, ousadia, independência,
criatividade, persistência, determinação, iniciativa, capacidade de planejamento e organização,
facilidade de comunicação, altos níveis de energia e atividade, conhecimentos relativos à
missão, porte físico (em termos de postura, como se veste, etc) e dominância. O carisma de
um líder é a combinação destas características e da forma como elas são aplicadas, uma vez
que quem define o tamanho do carisma é o grupo.

A teoria de perspectiva funcional (comportamental) foca nos estilos comportamentais dos


líderes e nas funções desempenhadas por eles. Foram identificados diferentes tipos de
liderança: autocrático (liderança pelo comando e foco em trabalhomaior produtividade),
democrático (foco nas pessoas e nas relaçõesmaior qualidade e satisfação) e laissez-faire
(sem focopior em todos os níveis). Os estudos feitos defendiam o uso da liderança
democrática, ou seja, orientada para os subordinados. Todas as teorias comportamentais se
baseiam na crença de que o estilo do líder é o principal fator determinante do processo de
liderança.
LÍDER ORIENTADO PARA TAREFAS LÍDER ORIENTADO PARA PESSOAS
Comportamento orientado para a finalização Comportamento orientado para apoiar as
do trabalho pessoas no trabalho
Planeja e estabelece como o trabalho será Atua como apoio e retaguarda para os
feito subordinados
Atribui responsabilidade pelas tarefas a cada Desenvolve relações sociais com os
subordinado subordinados
Define claramente os padrões de trabalho Respeita o sentimento das pessoas
Procura completar o trabalho É sensível quanto às necessidades
Monitora os resultados do desempenho Mostra confiança nos seguidores
Preocupa-se com o trabalho, com os Preocupa-se com as pessoas, com seus
métodos, processos, com as regras e sentimentos, aspirações, necessidades e
regulamentos. emoções.

As teorias contingenciais (situacional) afirmam que não existe um modo ideal de liderar e que
os líderes mais eficazes são aqueles capazes de adaptar seus valores e estilos às exigências de
cada situação. O modelo de Tannenbaum e Schmidt demonstra que o estilo de liderança a ser
adotado depende das forças no gerente (valores, convicções pessoais, nível de confiança nos
subordinados, facilidade de comunicação), forças na situação (tipo de empresa, valores da
empresa, tradições da empresa) e forças no subordinado (necessidade de autonomia, desejo
de assumir responsabilidade, tolerância para incerteza, conhecimentos, experiências e desejo
de participar nas decisões). A teoria contingencial baseada no modelo de Fiedler afirma que 3
variáveis situacionais determinam a liderança e permitem avaliar o grau de favorabilidade da
situação do líder. São as variáveis: relações entre líder e membros do grupo, estrutura da
tarefa (tarefas bem definidas são favoráveis ao lídertarefas desorganizadas ou imprevisíveis
são desfavoráveis) e posição de poder do líder (se o líder tem forte influência ou não). Todas as
teorias contingenciais afirmam que o líder deve flexibilizar seu comportamento a fim de ajustá-
lo à situação. É possível concluir que em situações completamente favoráveis (o líder manda,
mas não é considerado algo negativo uma vez que o subordinado não percebe que está sendo
mandado) ou completamente desfavoráveis para o líder, o estilo autocrático é o mais eficaz. Já
em situações de favorabilidade intermediária, o estilo democrático é mais eficaz.

A liderança é o processo de conduzir as ações ou influenciais o comportamento das pessoas. A


relação entre líderes e liderados é uma relação de mútua dependência e de interesse, ou seja,
não há líderes sem os liderados e líderes influenciam seus liderados na medida em que
distribuem vantagens. A liderança só existe quando os liderados seguem o líder
espontaneamente (consentimento) e quando existe uma tarefa/missão (sem isso só existe
popularidadenão é liderança). Os componentes da natureza que interferem na liderança
informal são:
TAREFA
TAREFA
LÍDER
LÍDER LIDERA
LIDERA OU
LIDERADO OU
LIDERADO NÇA
NÇA MISSÃO
SS MISSÃO
Carisma é o conjunto de características que inspira (mais que persuadir ou
influenciarinspirar mexe com as emoções) confiança nos outros a apoiar as convicções de
um indivíduo. O carisma é o resultado das percepções que os seguidores têm sobre as
qualidades e comportamento dos líderes, ou seja, a forma como o conjunto de características
do líder é aplicado ao meio faz com que os seguidores o percebam como carismático. Os
seguidores de um líder carismático se identificam com o líder e com a missão, o aceitam
irrestritamente, possuem extrema lealdade/confiança, têm afeição/respeito pelo líder e o
obedecem voluntariamente. Os líderes carismáticos são visionários (capazes de criar um sonho
e traduzi-lo em imagens que os seguidores buscam/compartilham), capazes de assumir riscos
pessoais (fazem autossacrifícios), têm total confiança em sua capacidade, são comprometidos,
possuem coragem, trabalham com emoções nas pessoas, têm comportamentos fora do
normal (vistos como novos), são agentes de mudança e são capazes de lidar com problemas de
um mundo em transformação.

O gerenciamento de impressões ocorre quando as pessoas administram o ambiente, o modo


de vestir e seus gestos, com o objetivo de corresponderem às impressões que estão tentando
criar. A ideia é influenciar o modo como as pessoas o veem. O gerenciamento de impressões
envolve a busca de controle por parte dos indivíduos sobre a impressão que os outros podem
ter a seu respeito, ou seja, é a tentativa de controlar as impressões das pessoas. Um líder
precisa apresentar certos padrões de comportamento que são esperados pelos seus liderados.
O gerenciamento de impressões está relacionado com ser um importante mecanismo de
influência para que os líderes criem uma base de apoio para suas ações sendo um elemento
que o líder pode utilizar para influenciar tanto seu sucesso organizacional quanto o pessoal.

Os líderes carismáticos usam diversas estratégias de gerenciamento de impressões para criar e


manter imagens desejadas. As diferentes estratégias são: insinuação (se fazer
atraente/agradável), autopromoção (se apresentar como altamente competente),
exemplificação (se apresentar como um modelo), intimidação (se apresentar como uma
pessoa perigoso) e súplica (se apresentar como impotente para receber ajuda). Os líderes
precisam utilizar estratégias de gerenciamento de impressões que assegurem o papel de
liderança a ser representado uma vez que o líder só é líder enquanto estiver atendendo às
expectativas e necessidades de seus liderados. Uma pesso para se tornar um líder carismático,
necessita desenvolver uma aura de carisma (perspectiva sempre otimista), usar a paixão como
incentivo para gerar entusiasmo, usar gestos/expressões faciais/corporais para se comunicar
(não usar só palavras), atrair os outros com a criação de uma meta que os inspire, envolver as
pessoas emocionalmente e sair da “zona de conforto” (não ficar em situações que não
apresentam desafios).

SEGUID
SEGUID LÍDERES
LÍDERES
ORES
ORES TRANSFORMA
TRANSFORMA
FIÉIS
FIÉIS LIDER
LIDER
CIONAIS
CIONAIS
SEGUIDO
SEGUIDO ANÇA
ANÇA LÍDERES
LÍDERES
RES
RES TRANSACIONAI
TRANSACIONAI
Os tipos de liderados/seguidores variam entre: liderados fiéis (parceiros, ajudam o líder no
SS atender seus
cumprimento do objetivo), mercenários (aquele que negocia com o líderquer
MERCENÁ
MERCENÁ
interesses e só colabora com o líder em troca de algo) e os não liderados (aqueles que não
aceitam oRIOS
líder de qualquer forma).
RIOS
A liderança transformacional é aquele que inspira o sucesso organizacional, afetando
profundamente os valores e as crenças dos subordinados sobre o que deve ser uma
organização. O líder transformacional tem a capacidade de inspirar seus seguidores a ir além
de seus próprios interesses para o bem da organização, sendo capaz de causar um impacto
profundo em seus liderados. O carisma faz parte da liderança transformacional, sendo uma
parte central para os seguidores. A liderança transformacional está intimamente ligada aos
conceitos de liderança carismática, com foco no líder transformador (mudanças radicais) e
ênfase nas tarefas desempenhadas para mudar a organização. Este tipo de liderança é
adequado ao gerenciamento estratégico da empresa e cria uma noção de dever dentro da
organização. Esta liderança incentiva novas formas de conduzir problemas e promove a
aprendizagem para todos os membros. As características da liderança transformacional são:
aumentam a consciência dos subordinados em relação às questões organizacionais, criam uma
visão do que a empresa deve ser (facilitam mudanças que apoiam esta visão), despertam
orgulho/respeito, comunicam elevadas expectativas, focalizam esforços, expressam os
objetivos por meios simples e tratam cada pessoa individualmente.

A liderança transacional se refere a uma troca entre líderes e liderados em que o líder oferece
algum tipo de recompensa pela obediência aos seus desejos. Este tipo de liderança possui uma
eficácia limitada devido ao contrato implícito de interesses entre as partes. Este líder lida com
os interesses imediatos dos seus subordinados e faz com que seus seguidores atinjam as metas
estabelecidas por meio do esclarecimento dos papéis e das exigências de tarefas. O líder
transacional intervém somente quando os objetivos não são alcançados, abdica de
responsabilidades, evita tomar decisões e procura/identifica desvios das regras/objetivos para
provocar ações corretivas.

A liderança ética afirma que os líderes são espelhos para seus liderados, logo o
comportamento desejado deve começar de cima para baixo. Os líderes devem inspirar a boa
conduta para que não ocorra perda na confiança e na integridade moral da empresa. Os
líderes éticos devem se fazer disponíveis para educar os liderados que estão desorientados
quanto a problemas éticos (o liderado deve confiar no líder a ponto de se sentir a vontade para
contar problemas e dúvidas sobre o que pode ser feito em determinada situação), devem
possibilitar um alto desenvolvimento moral dos empregados (insistir nos valores morais até
que o liderado aprenda), devem criar um ambiente empresarial fortemente caracterizado por
atividades éticas (lembrar exemplo de imprimir algo pessoal na empresa) e devem evitar
relacionamentos comerciais com profissionais pouco éticos (parceiros, fornecedores devem
ser éticos).

No geral, líderes são aqueles que ocupam uma posição de poder no interior de um grupo.
Poder é a capacidade da pessoa de realizar o que deseja, de influenciar de exercer controle
sobre os acontecimentos/pessoas/situações. O poder é legítimo se for sancionado
formalmente por uma organização (liderança formal) ou se for informalmente apoiado por
indivíduos ou grupos (consensualliderança informal). É sempre instável e pode ser delegado
ou conquistado. O poder que uma pessoa tem é o poder percebido por alguém e não o seu
real poder, ou seja, depende da percepção sua e do outro (o que interessa é o comportamento
percebido). Ele existe para fazer com que as pessoas tenham condições de “controlar” as
pessoas e as diversas situações, não sendo nem bom, nem mau, nem moral, nem imoral. O
poder pode ser decorrente da posição (baseado no que o líder pode oferecer aos
outrosrecompensa, coerção, legitimado) ou decorrente da pessoa (baseado na maneira pela
qual o líder é visto pelos outroscompetência, referência). OLHAR PÁGINA 20 DA APOSTILA.

A política é o poder em ação, ou seja, é a aplicação do poder para alcançar os resultados


desejados e está relacionada com o uso do poder para influenciar as pessoas que buscam seus
próprios interesses. Fazer política satisfaz as necessidades sociais e facilita o atendimento de
nossos interesses. Um comportamento político legítimo se refere à política normal do
cotidiano, ou seja, uma política sadia, honesta, que melhora as relações sociais e satisfaz as
necessidades pessoais (pessoas mais políticas se sobressaem exemplo do aluno que
conversa sempre com o professor). Já um comportamento político ilegítimo viola as regras
estabelecidas (jogo sujo), ou seja, é quando algo parece fingido, é a politicagem.

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