a Fundação Casa da Música agradece

APOIO INSTITUCIONAL

APOIO INSTITUCIONAL ANO ALEMANHA

MECENAS CASA DA MÚSICA

Editorial 7

Residências artísticas 13

Agrupamentos 17

Programação 27

Serviço Educativo 175

Assinaturas 181

índice
 “Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música,
ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível,
Bem-vindos a 2023. Bem-vindos ao Ano da
Alemanha na Casa da Música!
No início desta nova temporada, parece-nos
oportuno recordar que a Casa da Música foi
pensada para ser um centro musical de produ-
ção própria de excelência, a par duma progra-
mação criteriosa de vários géneros musicais e
diversidade dentro dos géneros musicais.
O modelo de gestão artística integrada de
um Serviço Educativo e cinco Agrupamentos
Musicais com características adequadas à in-
terpretação do repertório de um arco temporal
sempre em expansão, bem como o apoio a pro-
jectos musicais independentes de reconhecido
mérito, confere à Casa da Música um potencial
único e distintivo duma programação articula-
da, comunicante e de realização artística dos
talentos produzidos no país.
Do exercício permanente de aprofundamento
e maturação, no seio da equipa de maestros
titulares e programadores, de conceitos e es-
tratégia artística, tem resultado a convicção
de que continua ainda avisado, para o usufruto
do público e coerência dentro da diversidade,
visitar, com critério, uma segunda vez países
que já tinham sido tema de temporadas pas-
sadas, aprofundando perspectivas que terão
ficado por tratar. Nesse sentido, revisitámos a
Áustria, a França e a Itália, enquanto grandes
referências da música, permitindo o aprofun-
damento de diferentes abordagens, entre as
quais a revelação de novos artistas, a pujante
criação contemporânea e a abertura de novas
redes e cumplicidades artísticas.
6 editorial
dizer algumas palavras sensatas.”
J. W. GOETHE
Por uma questão de coerência programáti-
ca, impunha-se revisitar umas das potências
maiores da música, ao caso a Alemanha, que
continua a oferecer-nos um património musi-
cal inesgotável, desde o Renascimento até aos
nossos dias, proporcionando, como poucos,
um maná de obras-primas, do cânone ou de
criação recente, para todos os Agrupamentos
Residentes, novas propostas musicais que
tendem a esbater as tradicionais e mútuas ex-
clusões entre música “erudita” e “não erudita”,
e matéria fértil para o Serviço Educativo.
Oito anos volvidos desde o primeiro Ano da
Alemanha, muito se passou, na música, na
Europa, no Mundo, nas prioridades da socie-
dade e dos indivíduos. As perplexidades perante
a fragilidade do adquirido convidam pouco à
racionalidade e ao humanismo; às indignações
justas contrapõem-se trincheiras imunes à ver-
dade; os novos desafios conduzem muitos à
frustração e ao desespero.
É no mundo e no tempo em que vivemos, e não
numa qualquer torre de marfim, que a Casa da
Música se propõe cumprir a sua missão cultural
e apresentar-se a escrutínio, com um programa
e um compromisso entendíveis e atendíveis.
Verificaremos – nós, o nosso público, os artistas
convidados e parceiros nacionais e interna-
cionais – até que ponto a Casa da Música se
encontra apetrechada para responder às ex-
pectativas de cidadãos mais informados e cada
vez mais exigentes, bem como das aptidões
técnico-artísticas requeridas por novas obras,
nas suas componentes musicais, tecnológicas,
educativas e de capacidade de produção.
O convívio, ao longo destes anos, com alguns
dos maiores compositores da actualidade, no-
meadamente os alemães, deixou sementes em
terreno cada vez mais fértil e contribuiu defini-
tivamente para a proximidade entre público e
criadores, para a capacitação de jovens músicos
e compositores nacionais e para a relevância da
Casa da Música nos planos nacional e interna-
cional. No que à Alemanha diz respeito, o peso
do testemunho de personalidades como Helmut
Lachenmann, Heiner Goebbels, Wolfgang Rihm
ou Jörg Widmann abriu importantes caminhos
num terreno íngreme e com forte competição.
O seu regresso regular só veio evidenciar a sua
confiança numa Casa focada e preparada para
servir os artistas, e assim melhor servir o público.
A manifesta qualificação e evolução do nível ar-
tístico da Orquestra Sinfónica, Remix Ensemble,
Orquestra Barroca, Coro e Coro Infantil, o re-
lançamento da capacidade e alargamento do
espectro da intervenção do Serviço Educativo
na sociedade, um novo élan no nosso núcleo de
investigação e produção tecnológica digital, a
Digitópia, dão-nos todas as garantias de estar-
mos à altura de novos desafios.
A Casa da Música tem-se tornado um palco
cada vez mais apelativo para os promotores
privados apresentarem artistas de renome in-
ternacional, muito na medida em que a progra-
mação própria se afirmou pela sua credibilidade
e elevado grau de exigência nos mais variados
géneros musicais. E porque criou um público.
Sinal dos tempos, a distinção entre a operação
económica do entretenimento e a actividade
cultural como missão de serviço público proble-
matizou-se – primeiro nos géneros do pop-rock
e afins, e agora também num certo jazz easy
listening e em modelos empobrecidos da cha-
mada “música clássica light”. Mais complexas
dinâmicas concorrenciais, com a entrada em
cena e proliferação de novos players, tantas ve-
8 9
zes associados a grandes marcas de consumo,
obrigam as grandes instituições co-financiadas
pelo Estado a repensarem o seu posiciona-
mento. A seu tempo estaremos a anunciar uma
nova estratégia e o cartaz para a programação
própria do jazz, pop-rock ou world music, numa
articulação que se pretende cada vez mais es-
treita com os promotores privados.
Neste regresso ao Tema da Alemanha em 2023,
a escolha para a principal residência artística
recaiu com naturalidade no já consagrado Enno
Poppe. Um compositor entretanto alcandorado
ao auge da sua produção e reconhecimento
internacional, também requisitado pelas suas
qualidades enquanto maestro especializado,
que há já vários anos mantém uma relação de
empatia artística com a Casa da Música. Deste
brilhante artista alemão iremos partilhar com o
público algumas das suas obras mais relevantes
ou mais recentes, que a Orquestra Sinfónica e
o Remix Ensemble darão a ouvir em primeira
audição nacional.
Tendo em atenção os compositores que es-
tiveram mais em foco em 2015 – e sendo que
muitos destes se mantêm inevitavelmente no
cardápio – iremos desta feita tentar fazer algu-
ma luz sobre alguns “esquecidos” e injustamente
menos frequentados. Para a sua interpreta-
ção convocámos um grupo notável de artistas,
maestros e solistas reconhecidos pelas suas
qualidades e especialização, muitos dos quais
fazem parte do percurso de desenvolvimento e
credibilização do projecto artístico da Casa da
Música, a começar pelos Maestros Titulados da
Orquestra Sinfónica, Stefan Blunier e Christian
Zacharias, do Remix Ensemble, Peter Rundel,
da Orquestra Barroca, Laurence Cummings e
do Coro Infantil, Raquel Couto.
Para além das sempre renovadas Narrativas
identitárias da grelha da programação, do Ciclo
de Piano, do Ciclo de Jazz ou do Ciclo de Jovens
Talentos nacionais, em 2023 propõem-se no-
vas constelações programáticas e assinaturas,
novas temáticas, novos olhares. A Integral das
Sinfonias de Schumann será um forte con-
tributo para a consistência programática do
Ano da Alemanha. Enquanto o Ciclo Grandes
Concertos Virtuosos reunirá uma série de con-
certos para vários instrumentos solistas (com
destaque para o piano, violino e violoncelo) que,
do Barroco aos nossos dias, ilustrará em que
medida a figura do solista virtuoso ganhou um
estatuto quase divino.
Logo em Janeiro, a marcar a Abertura Oficial
do Ano da Alemanha, Made in Germany
dá o mote para o eixo principal da temporada.
Neste ciclo inaugural, a Orquestra Sinfónica
terá três momentos para colocar a sua versa-
tilidade ao serviço de Wagner, Richard Strauss,
Bernd Alois Zimmermann (numa obra-farol de
meados do século XX) e de Heiner Goebbels,
com a estreia nacional de A House of Call, a
sua última grande obra cénico-sinfónica, aliás
co-encomendada pela Casa da Música. A mú-
sica barroca estará representada por Georg
Muffat, G. F. Händel e J. S. Bach, contando com
o panache da Orquestra Barroca e a sabedoria
de Andreas Staier. Ao Remix Ensemble com-
petirá apresentar Enno Poppe, dirigindo ele
próprio uma das suas obras de grande fôlego
e intensidade expressiva. Brahms terá merecido
espaço para a sua obra coral, uma faceta menos
conhecida pelo público, a que o Coro Casa da
Música se entregará com paixão. Pela mão do
Serviço Educativo teremos a estreia dum novo
espectáculo de teatro musical para as famílias
inspirado na figura de Einstein.
O ciclo Invicta.Música.Filmes tem lugar re-
servado em Fevereiro e apresenta dois filmes
de culto, servidos por novas partituras interpre-
tadas ao vivo pela Orquestra Sinfónica e pelo
Remix Ensemble. Destaque para as estreias em
Portugal da música que Sanchez-Verdú compôs
para o filme de Jean Epstein, La chute de la
maison de Usher (baseado no conto homóni-
mo de Edgar Allan Poe), e de Frankenstein, de
James Whale, com partitura original de Michael
Shapiro. Numa nova produção do Serviço
Educativo teremos a oportunidade de assistir
a uma série de filmes históricos de animação
de Lotte Reiniger, musicados por um colectivo
de músicos e formadores.
Em Março, Música e Mito, não sendo um
ciclo regular, regressa em segunda edição ao
alinhamento da programação. Esta Narrativa
aborda uma temática intemporal que produziu
notáveis obras-primas da música erudita oci-
dental, desde a mitologia greco-latina até aos
grandes arquétipos da humanidade. Em desta-
que estarão Elektra de Richard Strauss – uma
das óperas fundamentais do início de Séc.XX
– e Castor et Pollux, de Jean-Philippe Rameau.
O ciclo termina com uma versão de Christian
Zacharias de As Criaturas de Prometeu, o úni-
co bailado escrito por Beethoven. O titã, que,
desobedecendo aos Deuses, se atreveu a dar
o fogo à Humanidade, não poderia ser mais
talhado para a genial pluma que musicou “Alle
Menschen werden Brüder”.
Os dois Concertos de Páscoa ilustram
exemplos musicais de devoção profunda ou
êxtase humano perante o mistério da morte. O
belíssimo moteto Exsultate, jubilate de Mozart
figura no primeiro concerto, evocando “o su-
premo sacrifício feito por Ele”. Já em Parsifal,
o último drama musical do compositor, Wagner
vai buscar inspiração na Lenda do Santo Graal.
Desta “acção cénica sagrada” de Wagner, ouvire-
mos excertos magistrais e bem representativos do
clima de profunda imersão mística – e sensual – em
que a “ópera” decorre, como o “Encantamento de
Sexta-feira Santa”. Uma noite em que a Orquestra
Sinfónica e o Maestro Stefan Blunier nos leva-
rão aos recantos mais íntimos das nossas almas.
Nos antípodas da hipersaturação espiritual wag-
neriana, as pungentes Sete Últimas Palavras de
Cristo na Cruz de Haydn estarão nas estantes da
Orquestra Barroca.
Abril é o mês do festival Música & Revolução.
Em Ano da Alemanha, revolução musical rima
com “Escola” de Darmstadt, onde se destacou a
figura fulgurante, radical e visionária de Karlheinz
Stockhausen. A sua aura e raio de influência tiveram
considerável impacto, muito para lá dos círculos
da música contemporânea. Exemplo maior foi a
sua comprovada relação com Miles Davis. Obras
como Hymmen (no programa deste Stockhausen
and Friends) tiveram influência definitiva na forma
com Miles passou a trabalhar os sons processados
pela electrónica.
Em Música & Revolução, os dois programas cruza-
dos da Orquestra Sinfónica e do Remix Ensemble
apresentam uma panorâmica (necessariamente
sintética) da geração emergente no rescaldo da
Segunda Guerra Mundial. Stockhausen, Maderna e
Boulez lideraram a transformação da nossa forma
de ver e ouvir a música, através de um pensamento
radical de recusa do romantismo e da “nostalgia
do passado”, da exploração do espaço como novo
parâmetro musical, da nova lutherie electrónica e
da sua interacção com os instrumentos tradicionais.
Uma época fascinante na história da música. Um
intenso fim-de-semana a não perder.
Rito da Primavera ressurge em Maio, no tempo
da natureza que renasce e da pujança da juventude.
Mantém-se a aposta na promoção jovens músicos
10
emergentes nos vários géneros musicais. Destaque
para a final do Prémio Novos Talentos e para os
seis recitais pelos artistas seleccionados para esta
edição das ECHO Rising Stars.
Entre o Solstício de Verão e meados de Setembro,
Verão da Casa renova o espírito festivo que
sempre o caracterizou, tendo como pontos altos
os Grandes Concertos Metropolitanos, em que a
Orquestra Sinfónica, o Coro Infantil e outros agru-
pamentos realizam concertos em ambiente urbano
ao ar livre, atraindo largos milhares de pessoas que
se iniciam em novas experiências musicais. O palco
da Esplanada abre-se para oferecer à cidade um
número significativo de concertos dos mais varia-
dos géneros da música e uma das expressões mais
populares da música portuguesa, o fado, pontua
os fins de tarde de Agosto.
Os temas da actualidade têm fornecido maté-
ria para a narrativa programática de Setembro.
Vista do Espaço a Terra era Azul confronta
as nossas consciências com a responsabilidade
colectiva perante a Natureza. A Orquestra Sinfónica
convida-nos para o debate propondo obras de
compositores como Tchaikovski, Frank Bridge e
Dvořák, que evocam as paisagens imensas da Terra
em perigo. Com o Remix Ensemble, o programa
passa por Darius Milhaud e a sua jazzística Criação
do Mundo. A poluição e as extinções de espécies
movem a australiana Liza Lim, cuja produção mu-
sical mais recente nos coloca ao espelho perante
as transformações nos ecossistemas. O segundo
concerto da Orquestra Sinfónica exemplifica os
contrastes próprios das forças naturais. Entre a
exuberância de Earth Dances, em que Birtwistle
evoca as massivas forças telúricas que forma-
ram o planeta, e a causa da preservação das ba-
leias, numa peça de Alan Hovhaness, interpõe-se
a bela sinfonia de Haydn que nos remete para o
elemento fogo. Já a Orquestra Barroca apresenta
suites barrocas ligadas à Natureza. O bailado Les
Éléments, de Jean-Féry Rebel, e Water Music, Barroca, o Coro e o Coro Infantil interpretam
de Telemann, encerram assim o festival. O poder Gloria de Vivaldi e o exaltante Magnificat de J.
expressivo da música para nos recordar que só S. Bach, num concerto sempre esperado para
temos este berlinde azul! um desfecho feliz de uma temporada repleta
da grande música de todos os tempos.
O Outono em Jazz, sempre atento a novas
propostas de um género musical com cada No final, estaremos, cada um a seu modo, muito
vez mais seguidores e uma activa cena nacio- mais bem preparados para lidar com o génio
nal, aborda territórios cada vez mais vastos, e epigramático de Oscar Wilde: “Esta música é
marca a agenda de Outubro, complementando em alemão, vocês não a vão compreender.”
a programação ao longo do ano.
ANTÓNIO JORGE PACHECO
Como o próprio título indica, À Volta do
Barroco é uma narrativa temporalmente
abrangente, com licença para uma viagem que,
começando na polifonia renascentista, se es-
tende até aos exemplos da influência profícua
do Barroco na actualidade. Sendo o “concer-
to” uma invenção do Barroco, o Ciclo Grandes
Concertos Virtuosos terá aqui um ponto alto, em
que os repertórios seiscentista e setecentista se
cruzam com o contemporâneo, iluminando-se
mutuamente. Para os amantes de música mais
trepidante, os famosíssimos Carmina Burana,
de Carl Orff, são devidamente enquadrados
por grandes obras sinfónicas do nosso tempo,
que evocam a música e a poesia medievais. Em
Novembro cá vos esperamos para um dos fes-
tivais da temporada que melhor exemplificam a
fecunda diversidade entre os géneros musicais.
A época natalícia é hoje uma celebração univer-
sal, que vai vendo acentuarem-se motivações
puramente materiais. Pela música continuamos
a poder invocar o seu carácter espiritual, de
harmonia e de paz. Música para o Natal
continua a desvendar um repertório infindável
sobre a temática do Nascimento de Cristo, da
Sua Glorificação ou simplesmente recordando
o espírito da época. A Orquestra Sinfónica vai
deliciar as famílias com uma versão narrada de
O Quebra Nozes de Tchaikovski. A Orquestra
11
ENNO POPPE
Enno Poppe nasceu em Hemer, em 1969, e é
um dos compositores alemães mais impor-
tantes da actualidade. Vive em Berlim desde
1990. Estudou composição e direcção de or-
questra na Universidade das Artes de Berlim,
com Friedrich Goldmann e Gösta Neuwirth,
entre outros. Dedicou-se também ao estudo
de síntese sonora e composição algorítmica
no Instituto de Tecnologia de Berlim e no ZKM
(Centro de Arte e Media) de Karlsruhe.
Enquanto maestro, Enno Poppe trabalha regu-
larmente com o Klangforum Wien, o Ensemble
Musikfabrik e o Ensemble Resonanz, bem como
com orquestras internacionais. É membro e
maestro do Ensemble Mosaik desde 1998.
Ensinou composição na Hochschule für Musik
Hanns Eisler de Berlim, nos Cursos de Verão
para a Nova Música de Darmstadt e na Impuls
Akademie (Graz).
Enno Poppe recebe encomendas de obras por
parte de ensembles de toda a Europa e de paí-
ses de outros continentes, de orquestras como a
Filarmónica de Helsínquia, a Filarmónica de Los
Angeles e a Sinfónica WDR, e ainda de diversos
festivais (Donaueschinger Musiktage, Festival de
Salzburgo, musica viva de Munique, Ultraschall
Berlin, MaerzMusik de Berlim, Eclat de Estugarda
e Wittener Tage für Neue Kammermusik).
As obras de Enno Poppe foram interpretadas,
entre outros, pelos quartetos Arditti e Kairos,
pelos maestros Pierre Boulez, Susanna Mälkki,
Emilio Pomàrico e Peter Rundel, e pelas sin-
fónicas SWR, Escocesa da BBC, da Rádio
Bávara, Alemã de Berlim, hr de Frankfurt e a
Filarmónica de Jovens Alemã. A lista de en-
PORTRAIT ENNO POPPE
13 22.01 – P38 / 13.05 – P96 / 21.10 – P142 / 22.10 – P143
artista em residência
sembles que tocam regularmente a sua música
é vasta: Ensemble intercontemporain, Ensemble
Modern, London Sinfonietta, Ensemble
Resonanz, Klangforum Wien, Ensemble
Mosaik, Ensemble Contrechamps, Musikfabrik,
Ensemble 2e2m, SWR Vokalensemble e Neue
Vocalsolisten Stuttgart, entre outros.
Algumas das composições mais emblemáti-
cas da carreira de Enno Poppe são Interzone
(2003-2004) — uma obra para vozes, vídeo
e ensemble, em que o escritor Marcel Beyer
parafraseia um texto de William S. Burroughs
sobre Tânger e Marrocos; o teatro musical Arbeit
Nahrung Wohnung (2006-2007) — uma história
fragmentada de Robinson Crusoé, acerca da
solidão; e IQ (2011-2012) — a encenação de um
teste à inteligência em oito actos, regressando
constantemente ao início para começar de novo.
Enno Poppe foi bolseiro da Akademie Schloss
Solitude e da Villa Serpentara em Olevano
Romano. Dos prémios que recebeu, desta-
cam-se o Prémio Busoni de Composição da
Academia das Artes de Berlim (2002), a distin-
ção dada pela Fundação Ernst von Siemens, o
Schneider-Schott-Musikpreis (2005), o apoio
da Academia das Artes de Berlim (2006), o
Prémio da Fundação Christoph e Stephan Kaske
(2009), o Prémio da Fundação Hans e Gertrud
Zender (2011), o Prémio Hans-Werner-Henze
(2013) e o Deutscher Musikautorenpreis (2016).
Enno Poppe é membro da Academia das Artes
de Berlim desde 2008; da Academia de Ciências
e Artes de Norte-Vestfália desde 2009; e da
Academia de Belas Artes da Baviera desde 2010.
JOÃO CALDAS jovem compositor em residência

João Caldas estudou com Eurico Carrapatoso
na Escola de Música do Conservatório Nacional
e com João Madureira, Luís Tinoco, Carlos
Marecos e Carlos Caires durante a Licenciatura
em Composição na Escola Superior de Música
de Lisboa.
Iniciou em 2019 um processo de criação de
peças para solista sem partitura escrita, em
que o instrumentista participa enquanto co-
-compositor. Desta abordagem resultou, entre
outros, a peça murmúrios da terra (2021) para
gamba solo, que deu início ao projecto multi-
disciplinar murmuration, da música e artista
Carolina Schwäbl-Martins.
Em 2021, a sua peça Apneia (2020) foi vence-
dora do 1.º prémio da 10.ª Edição do Prémio de
Composição SPA/Antena 2, sendo estreada
pela Orquestra Gulbenkian.
Em 2022, participa enquanto músico e com-
positor na Kantata do Tecto Incerto, projecto
político e comunitário pelo direito à habitação.
Para além da criação de obras orquestrais, ca-
merísticas e solísticas, tem vindo a dedicar-se
à música/som para teatro (Enseada; Síndroma
de Stendhal), instalações (Réplica) e cinema
(Das Cabinet des Dr. Caligari; oficina Trabalho
com Pedro Costa).
Actualmente, reside e trabalha em Colónia.

CONCERTOS
15 23.07 – P123 / 07.10 – P136
ORQUESTRA SINFÓNICA
DO PORTO CASA DA MÚSICA
STEFAN BLUNIER maestro titular
LEOPOLD HAGER maestro emérito
A Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música
realiza uma temporada sinfónica com cerca de
45 programas distintos. Testemunho da sua
abrangência de repertório e diversidade de es-
tilos são os prémios da crítica internacional ob-
tidos com o álbum Follow the Songlines, Prémio
da categoria de Jazz Victoires de la musique,
ou o disco monográfico com obras de Pascal
Dusapin, Escolha dos Críticos Gramophone.
Com uma aptidão para a interpretação do re-
pertório contemporâneo e do século XX, no
âmbito das residências artísticas na Casa da
Música a Orquestra acolheu compositores
como Emmanuel Nunes, Jonathan Harvey, Kaija
Saariaho, Magnus Lindberg, Pascal Dusapin,
Luca Francesconi, Unsuk Chin, Peter Eötvös,
Helmut Lachenmann, Georges Aperghis, Heinz
Holliger, Harrison Birtwistle, Georg Friedrich
Haas, Jörg Widmann, Philippe Manoury e
Rebecca Saunders. Destas residências resulta-
17
ram vários discos gravados ao vivo que recolhe-
ram os maiores elogios da crítica especializada.
A Orquestra tem sido dirigida por reputados
maestros, tais como Stefan Blunier, Baldur
Brönnimann, Peter Eötvös, Heinz Holliger,
Elihau Inbal, Michail Jurowski, Reinbert de
Leeuw, Andris Nelsons, Vasily Petrenko,
Emilio Pomàrico, Peter Rundel, Michael
Sanderling, Vassily Sinaisky, Tugan Sokhiev,
John Storgårds, Jörg Widmann, Antoni Wit,
Christian Zacharias, Lothar Zagrosek, Nuno
Coelho, Pedro Neves, Joana Carneiro, Tito
Ceccherini ou Clemens Schuldt.
A Orquestra tem actuado nas mais prestigia-
das salas de concerto de Viena, Estrasburgo,
Luxemburgo, Antuérpia, Roterdão, Valladolid,
Madrid, Santiago de Compostela e Brasil, e em
2021 actuou pela primeira vez na emblemática
Philharmonie de Colónia.
REMIX ENSEMBLE
CASA DA MÚSICA
PETER RUNDEL maestro titular
Desde a sua formação, em 2000, o Remix
Ensemble apresentou, em estreia absoluta,
mais de uma centena de obras e foi dirigido
por alguns dos maestros mais relevantes da
cena internacional, como Peter Rundel, Peter
Eötvös, Heinz Holliger, Reinbert de Leeuw,
Emilio Pomàrico, Ilan Volkov, Matthias Pintscher,
Franck Ollu, Baldur Brönnimann, Olari Elts, Pedro
Neves, entre outros. Stefan Asbury foi o primeiro
maestro titular do Remix Ensemble.
Nas suas digressões nacionais, o Remix
Ensemble levou a nova música a praticamente
todo o território continental e Açores. No plano
internacional, foi convidado pelas mais presti-
giadas salas e festivais europeus, passando por
Berlim, Colónia, Hamburgo, Donaueschingen,
Witten, Viena, Paris, Estrasburgo, Toulouse,
Orleães, Bourges, Reims, Zurique, Antuérpia,
Bruxelas, Milão, Reggio Emilia, Amesterdão,
Roterdão, Luxemburgo, Huddersfield,
Norrköping, Budapeste, Barcelona, Madrid,
Valência e Ourense. Foi o primeiro ensemble
português a apresentar-se na Philharmonie
de Berlim e o primeiro agrupamento musical
português a apresentar-se na Elbphilharmonie
de Hamburgo.
Entre obras instrumentais e óperas interpreta-
das em estreia mundial ou nacional, incluem-
-se as de compositores em residência na Casa
da Música, como Emmanuel Nunes, Harrison
Birtwistle, Helmut Lachenmann, Wolfgang
Rihm, Magnus Lindberg, Kaija Saariaho,
19
Jonathan Harvey, Georg Friedrich Haas, Pascal
Dusapin, Peter Eötvös, Rebecca Saunders, Luca
Francesconi, Unsuk Chin, Philippe Manoury,
Georges Aperghis e Jörg Widmann ou de outras
figuras de grande relevo, entre as quais Pierre
Boulez, Hans Zender, Salvatore Sciarrino, Enno
Poppe, Wolfgang Mitterer, Francesco Filidei,
James Dillon, Justė Janulytė, Erkki-Sven
Tüür, Johannes Maria Staud, Bernhard Lang,
Christophe Bertrand, Oscar Bianchi, Hèctor
Parra ou Cathy Milliken. Neste capítulo, são de
salientar as inúmeras obras de compositores
portugueses de várias gerações, tais como
Jorge Peixinho, António Pinho Vargas, Luís
Tinoco, Carlos Caires, Vasco Mendonça, Pedro
Amaral, Daniel Moreira, Igor C. Silva, Pedro Lima,
Luís Antunes Pena, Miguel Azguime ou Nuno
Côrte-Real.
O Remix tem mais de uma vintena de discos edi-
tados, com obras de Pauset, Azguime, Peixinho,
Dillon, Jorgensen, Staud, Nunes, Pinho Vargas,
Mitterer, Karin Rehnqvist, Dusapin, Francesconi,
Unsuk Chin, Bernhard Lang, Schöllhorn,
Aperghis e Eötvös. A prestigiada revista lon-
drina de crítica musical Gramophone incluiu o
CD com gravações de obras de Pascal Dusapin,
pelo Remix Ensemble e pela Sinfónica do Porto
Casa da Música, na restrita listagem de Escolha
dos Críticos do Ano 2013. A edição discográfica
da ópera Philomela de James Dillon foi premiada
com o Orpheé d’Or para a melhor gravação de
ópera do século XXI.
ORQUESTRA BARROCA
CASA DA MÚSICA
LAURENCE CUMMINGS maestro titular
A Orquestra Barroca Casa da Música nasceu
em 2006 com o propósito de interpretar o
grande repertório Barroco em instrumentos de
época e numa perspectiva historicamente infor-
mada. Para além do trabalho regular com o seu
maestro titular, Laurence Cummings, a orques-
tra apresentou-se sob a direcção de Rinaldo
Alessandrini, Alfredo Bernardini, Amandine
Beyer, Fabio Biondi, Harry Christophers, Antonio
Florio, Paul Hillier, Paul McCreesh, Riccardo
Minasi, Hervé Niquet, Andrew Parrott, Rachel
Podger, Christophe Rousset, Dmitri Sinkovsky,
Andreas Staier e Masaaki Suzuki, na compa-
nhia de solistas como Andreas Staier, Roberta
Invernizzi, Franco Fagioli, Peter Kooij, Dmitri
Sinkovsky, Alina Ibragimova, Rachel Podger,
Marie Lys, Iestyn Davies, Rowan Pierce, Andreas
Scholl, Pieter Wispelwey e os agrupamentos The
Sixteen, Coro Casa da Música e Coro Infantil
Casa da Música.
Os concertos da Orquestra Barroca têm recebi-
do a unânime aclamação da crítica nacional e in-
ternacional. Já se apresentou em digressão em
21
Espanha (Festival de Música Antiga de Úbeda y
Baeza, Catedral de Ourense e Palau de la Musica
em Barcelona), Inglaterra (Festival Haendel de
Londres), França (Ópera de Dijon e festivais
Barrocos de Sablé e de Ambronay), Alemanha
(BASF em Ludwigshafen am Rhein), Áustria
(Konzerthaus de Viena) e China (Conservatório
de Música da China em Pequim), além de con-
certos um pouco por todo o país.
A música antiga portuguesa tem merecido sem-
pre uma especial atenção e está regularmente
presente nos programas dos concertos e nas
digressões internacionais. Fez a estreia mo-
derna da obra L’Ippolito de Francisco António
de Almeida e gravou, com Andreas Staier, o
disco À Portuguesa (Harmonia Mundi, 2018),
que incluiu dois concertos de Carlos Seixas.
A Orquestra Barroca Casa da Música editou
em CD gravações ao vivo de obras de Avison,
D. Scarlatti, Carlos Seixas, Avondano, Vivaldi,
Bach, Muffat, Händel e Haydn, sob a direcção
de alguns dos mais prestigiados maestros da
actualidade internacional.
CORO CASA DA MÚSICA
PAUL HILLIER maestro emérito
PEDRO TEIXEIRA maestro adjunto
Fundado em 2009, o Coro Casa da Música é
constituído por uma formação regular de 18
cantores, que se alarga a formação média ou
sinfónica em função dos programas apresen-
tados. Contou com Paul Hillier como maestro
titular, até 2019, e tem sido também dirigido
por outros maestros prestigiados no âmbi-
to da música coral, como Simon Carrington,
Nicolas Fink, Antonio Florio, Robin Gritton, Sofi
Jeannin, Andrew Parrott, Marco Mencoboni,
Kaspars Putniņš, Nacho Rodríguez, Gregory
Rose, Nils Schweckendiek, Stephen Layton, Léo
Warynski e James Wood. As suas participações
em programas corais-sinfónicos levam-no a
trabalhar com os maestros Martin André, Stefan
Blunier, Douglas Boyd, Baldur Brönnimann, Olari
Elts, Leopold Hager, Michail Jurowski, Michael
Sanderling, Christoph König, Peter Rundel,
Vassily Sinaisky e Takuo Yuasa, destacando-
-se ainda os programas de música antiga com
especialistas como Laurence Cummings, Paul
McCreesh e Hervé Niquet.
As temporadas do Coro revelam um repertório
ecléctico que se estende desde os primórdios da
23
polifonia medieval à nova música. Ao longo dos
anos, apresentou em estreia mundial obras de
Michael Gordon, Gregory Rose, Manuel Hidalgo,
Carlos Caires, uma partitura reencontrada
de Lopes-Graça e, juntamente com o Remix
Ensemble, o Requiem de Francesco Filidei.
A música portuguesa tem sido um dos focos de
atenção do Coro, com programas dedicados ao
período de ouro da polifonia renascentista, a
Lopes-Graça ou a obras corais-sinfónicas como
o Requiem à memória de Camões de Bomtempo
e o Te Deum de António Teixeira. O seu primeiro
disco, dedicado a Fernando Lopes-Graça, será
brevemente editado pela Naxos.
O Coro Casa da Música passou por vários palcos
internacionais, sendo de destacar as actuações
no Festival de Música Antiga de Úbeda y Baeza
e no Auditório Nacional de Madrid, no Festival
Laus Polyphoniae em Antuérpia, no Festival
Händel de Londres, no Festival de Música
Contemporânea de Huddersfield, no Festival
Tenso Days em Marselha, nos Concertos de
Natal de Ourense e em várias salas portuguesas.
CORO INFANTIL CASA DA MÚSICA
RAQUEL COUTO maestrina titular
O Coro Infantil Casa da Música é um dos grupos
residentes da instituição, justificando por talento
próprio a sua estreia pública num dos concertos
maiores de 2017: no Dia Mundial da Música, na
Sala Suggia, juntou-se à Orquestra Sinfónica
do Porto Casa da Música, ao Coro Nacional de
España e ao Coro Lira para interpretar o War
Requiem de Benjamin Britten. Depois da sua
estreia, o Coro já participou no concerto de
Natal de 2018, cantando a Missa em Si menor de
Bach com a Orquestra Barroca e o Coro Casa
da Música, bem como num concerto de Páscoa
de 2019, cantando o Stabat Mater de Dvořák
com a Orquestra Sinfónica e o Coro Casa da
Música. Em Janeiro de 2020 voltou ao palco
principal da Casa da Música para interpretar
o Te Deum de Berlioz, ao lado da Orquestra
Sinfónica do Porto Casa da Música e do Coro
Nacional de España.
25
Formado por cerca de 50 crianças, o Coro
Infantil Casa da Música resulta e é parte inte-
grante de uma dinâmica iniciada no ano lectivo
de 2016/2017 e que continua. Em articulação
com as escolas básicas de Quatro Caminhos
(Matosinhos), Lomba (Porto) e Quinta das Chãs
(Vila Nova de Gaia), desenvolveu-se um pro-
cesso de formação coral que chamou cerca de
350 crianças, agregou educadores e famílias,
motivou as comunidades vizinhas.
Deste percurso resultaram três grupos corais,
um por escola, de onde saem as vozes do Coro
Infantil. São, assim, quatro estruturas a evo-
luir numa geografia alargada, orientadas pelo
Serviço Educativo. Exploração de repertórios
corais, composição colectiva e incentivo ao
sucesso curricular são alicerces deste projecto.
A CASA DA MÚSICA
É MEMBRO DA ECHO
MEMBROS DA ECHO
Barbican Centre London
Bozar Brussels
Casa da Música Porto
Festspielhaus Baden-Baden
Fundação Calouste
Gulbenkian Lisboa
Het Concertgebouw
Amsterdam
Kölner Philharmonie
Konzerthaus Dortmund
Laeiszhalle Elbphilharmonie
Hamburg
L'auditori Barcelona
Megaron - The Athens
Concert Hall
Musikverein Wien
MUPA- Budapest
Palau de la Música
Catalana
Philharmonie Luxembourg
Philharmonie de Paris Organização das Salas de Concerto Europeias (ECHO) é uma rede acti-
Sage Gateshead va que reúne as principais salas de concerto na Europa com o objectivo
Stockholms Konserthus de promover troca de experiência profissional entre os seus membros,
Théâtre des partilha de reflexão e estabelecimento de parcerias estratégicas. Todos
Champs-Elysées Paris os anos a ECHO nomeia um grupo de jovens artistas excepcionais que
Town Hall & Symphony Hall integram as suas Rising Stars. Aos artistas seleccionados é oferecida a
Birmingham oportunidade de se apresentarem em concerto nas principais salas da
Wiener Konzerthaus ECHO, com um programa da sua escolha. A ECHO organiza regularmente
NOSPR Katowice reuniões e seminários abertos a colegas de vários sectores profissionais
Harpa Reykjavik europeus e de outras regiões do mundo.
Auditorium et Orchestre
National de Lyon

janeiro
06.01
sexta CONCERTO DE THIAGO TORTARO 10.01
terça
21:00
+
07.01
ANO NOVO ciclo piano 21:00
sala suggia

sábado
18:00 ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA JOHANN SEBASTIAN BACH/FERRUCIO BUSONI Chaconne € 14
sala suggia STEFAN BLUNIER direcção musical em Ré menor, BWV 1004 Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
JOHANN STRAUSS II Abertura de O Barão Cigano LUDWIG VAN BEETHOVEN Sonata op. 27 n.º 2, Ao luar de música 50%
ERICH KORNGOLD Straussiana — Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
fora de série JOHANN STRAUSS II Czardas da ópera Ritter Pázmán JOHANNES BRAHMS Variações sobre um tema de Paganini, op. 35 Seniores (> 65 anos) 15%
RICHARD STRAUSS Walzerfolge n.º 1 da ópera O Cavaleiro da Rosa
€ 30 — Com apenas 16 anos e vários prémios nacionais e internacionais conquistados, o
Juniores (< 30 anos) 50% FERRUCIO BUSONI Tanzwalzer, op. 53 jovem pianista português Thiago Tortaro estreia-se na Sala Suggia após as brilhantes
Professores e estudantes
de música 50%
JOHANN STRAUSS II Fledermaus-Quadrille, op. 363 provas que o levaram à final do Prémio Jovens Músicos. Discípulo do pianista António
Cartão Amigo 25% ROBERT FUCHS “Finale” da Serenata n.º 5, op. 53 Rosado, Thiago demonstra uma solidez técnica impressionante e tem no seu repertório
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% JOHANN STRAUSS II Fata morgana op. 330, Polca-Mazurca; Marcha obras capitais do Romantismo. No recital que abre o ciclo de piano da Casa da Música,
Persa, op. 289; Marcha do Oriente, op. 444 apresenta peças favoritas do público marcadas por um traço de grandiosidade sonora
e virtuosismo técnico. Mostrando a faceta mais poética e nocturnal de Beethoven, o
Os sons vienenses dominam o Concerto de Ano Novo. A atmosfera de sofisticação e lado mais monumental da música de Bach ou as sonoridades de pendor sinfónico de
cosmopolitismo da segunda metade do século XIX encarnaram em géneros musicais Brahms, o programa revela-se ideal para dar a conhecer um dos músicos portugueses
como a opereta e as danças sociais. Na época, a família Strauss dominava o entrete- mais promissores da nova geração.
nimento da cidade e a sua fama transcendeu fronteiras. No tradicional Concerto de
Ano Novo ouviremos obras associadas à Viena imperial, onde música, moda e espaço
urbano se fundiram em eventos muito especiais.

28 29
Made in Germany 13–29
janeiro

O ciclo Made in Germany lança a temporada de 2023 da Casa da Música. É um cartão de vi-
sita para os meses seguintes e consiste em oito concertos com os agrupamentos residentes.
Neles, traça-se uma panorâmica da música da Alemanha. A estreia em Portugal de obras como
Photoptosis, A House of Call (co-encomendada pela Casa da Música) e Speicher mostra a
diversidade da música alemã dos nossos dias. Bernd Alois Zimmermann é uma figura ímpar da
reconstrução artística da Alemanha, dividida após a Segunda Guerra Mundial. Heiner Goebbels
transformou a relação espacial e colaborativa entre músicos, desenhando espaços cénicos
que exploram e amplificam as funções dos intervenientes. Enno Poppe, Artista em Residência,
apresenta-se ao público como compositor e maestro neste ciclo. A sua visão musical marca a
contemporaneidade germânica, ligando passado e futuro num presente que amplifica a tradi-
ção através de uma imprevisível rede de variações. O Barroco alemão é o foco do concerto da
Orquestra Barroca Casa da Música, que, contando com a presença marcante de Nuria Rial e a
mestria de Andreas Staier, visita obras dos séculos XVII e XVIII em que a devoção religiosa se
mistura com a expressividade operática. Johannes Brahms, alemão radicado em Viena, marcou
o final do Romantismo. Uma abordagem que olha o futuro a partir das raízes do passado vincou a
sua obra. O Coro Casa da Música apresenta obras corais do compositor, num programa aliciante.
Um espectáculo de teatro musical destinado às famílias organizado pelo Serviço Educativo da
Casa da Música complementa a oferta de duas semanas dedicadas ao País-Tema da temporada.

13.01 ABERTURA OFICIAL ANO ALEMANHA pág. 32

14.01 O BARBEIRO DE EINSTEIN pág. 33

14.01 O ESPLENDOR DO BARROCO ALEMÃO pág. 34

15.01 VALSAS DE AMOR pág. 35

21.01 NOTAS IMAGINÁRIAS pág. 36

22.01 MÚSICA IMERSIVA pág. 38

27.01 O ANEL DE WAGNER pág. 40

29.01 QUEM SÃO OS NIBELUNGOS? pág. 41

31
13.01
sexta ABERTURA OFICIAL O BARBEIRO 14.01
sábado
21:00
sala suggia ANO ALEMANHA DE EINSTEIN Uma ópera relativamente física
16:00
sala 2

série clássica ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA MÁRIO JOÃO ALVES concepção, direcção artística e interpretação serviço educativo
STEFAN BLUNIER direcção musical ÓPERA ISTO! co-produção e interpretação famílias e público geral
> 6 anos
€ 22 BERND ALOIS ZIMMERMANN Photoptosis
Juniores (< 30 anos) 50% RICHARD STRAUSS Uma vida de herói € 8
Professores e estudantes
de música 50%
Cartão Amigo 25% Einstein era aquele físico célebre pelo seu penteado de propulsão vertical, mas era
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% também um grande apaixonado por música. Adorava tocar violino e ouvir uma bela
voz. Para ele, a música e a matemática eram como duas fatias do mesmo melão. Mas
A Abertura Oficial do Ano Alemanha é feita ao som de duas referências da música or- agora vamos lá ver uma coisa: quem seria o barbeiro capaz de resolver aquela com-
questral germânica dos últimos 130 anos. Em Photoptosis, as texturas em permanente plexa equação imanente da sua cabeça? O de Sevilha? O de Bagdad? O da Sibéria?
transformação, associadas a técnicas de colagem, revelam a abordagem de Bernd Alois O da Boavista? Ou vamos tentar arranjar a coisa por outro lado: será que uma ópera
Zimmermann à paleta da orquestra num prelúdio de grande intensidade expressiva. relativamente física é capaz de lhe sossegar o arrepio capilar? Tragam as tesouras!
Escrito em 1968, apresenta a linguagem muito pessoal do compositor numa época Tac! + Tac! + Tac! = Plim!
inovadora e tantas vezes dogmática. Em Uma vida de herói, Richard Strauss mostra a
mestria no domínio da orquestração, numa obra cujos ecos autobiográficos encarnam
os ideais sinfónicos do final do século XIX, dominados pela monumentalidade. Um
diálogo entre dois tempos históricos numa Alemanha profundamente contrastante.

32 Made In Germany 33 Made In Germany

14.01
sábado O ESPLENDOR DO VALSAS DE AMOR 15.01
domingo
18:00
sala suggia BARROCO ALEMÃO 18:00
sala suggia

€ 18 ORQUESTRA BARROCA CASA DA MÚSICA CORO CASA DA MÚSICA € 12

Juniores (< 30 anos) 50% ANDREAS STAIER cravo e direcção musical SOFI JEANNIN direcção musical Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes Professores e estudantes
de música 50%
NURIA RIAL soprano LUÍS DUARTE piano de música 50%
Cartão Amigo 25% GEORG MUFFAT Armonico Tributo: Sonata n.º 2 em Sol menor LÍGIA MADEIRA piano Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20% Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% JOHANN SEBASTIAN BACH Cantata “Mein Herze schwimmt CLARA SCHUMANN Abendfeier in Venedig Seniores (> 65 anos) 15%
im Blut”, BWV 199 ROBERT SCHUMANN (arr. CLAUDE DEBUSSY) Seis Estudos
— em Forma de Cânone, op. 56
JOHANN SEBASTIAN BACH Cantata “Ich bin vergnügt mit meinem JOHANNES BRAHMS Verlorene Jugend, de Cinco Canções, op. 104;
Glücke”, BWV 84 Liebeslieder-Walzer, op. 52
GEORG FRIEDRICH HÄNDEL Concerto grosso op. 3, n.º 2,
em Si bemol maior O movimento coral germânico foi essencial na génese de muitas peças musicais.
Associações corais e editores de música impressa encomendaram muitas obras aos
O Barroco foi uma época de fantasia e de extravagância, marcado pela ascensão do compositores do século XIX. Nessa época a valsa dominava muitos eventos sociais,
solista. A génese da vocalidade operática e a transferência desse estilo para a música com particular destaque para os bailes. Johannes Brahms escreveu uma quantidade
instrumental sublinham uma nova expressividade. O intimismo devocional das canta- assinalável de música coral num percurso cosmopolita que concluiu com a sua mu-
tas de Johann Sebastian Bach domina um concerto centrado no Barroco germânico. dança definitiva para Viena. As Liebeslieder-Walzer representam a estilização leve da
O cosmopolitismo de Händel e de Muffat reflecte-se na sua música instrumental que dança popular e contrastam com a atmosfera séria e nostálgica de Verlorene Jugend.
congrega estilos e abordagens. Uma viagem sonora pelo melhor do Barroco, guiada pela O Romantismo coral encarnado no ideal sinfónico das terras germânicas aliado à ex-
voz de Nuria Rial e pela direcção de Andreas Staier, visita habitual da Casa da Música. pressividade de Robert e Clara Schumann.
ANDREAS STAIER

34 Made In Germany 35 Made In Germany

 NOTAS IMAGINÁRIAS
Heiner Goebbels
21.01
sábado
18:00
sala suggia

ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA fora de série

PETER RUNDEL direcção musical
HEINER GOEBBELS concepção cénica e desenho de luzes € 22
HEINER GOEBBELS A House of Call. My Imaginary Notebook Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
(estreia em Portugal; encomenda Ensemble Modern, Berliner de música 50%
Festspiele/Musikfest Berlin, Kölner Philharmonie, beuys2021, Cartão Amigo 25%
Elbphilharmonie Hamburg, musica viva/Bayerischer Rundfunk, Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15%
Wien Modern e Casa da Música)

Heiner Goebbels é uma referência das vanguardas alemãs. O compositor destaca-se

com obras que atravessam fronteiras de estilo e género. A sua visão única do papel dos
músicos traduz-se numa abordagem ímpar ao espaço cénico. Através de disposições
menos usuais e do desenho de luz, delimita o desenrolar das suas obras influenciadas
por culturas musicais da Ásia e de África. Colaborando, de forma continuada, com
prestigiados agrupamentos ligados à música contemporânea, Goebbels ocupa um lugar
único no panorama actual. Neste concerto, ouviremos a estreia em Portugal da obra
orquestral A House of Call. My Imaginary Notebook, uma série de meditações sinfónicas
resultante de uma encomenda conjunta de várias instituições internacionais, nas quais
se inclui a Casa da Música. O vanguardismo e a expressividade contemporânea num
espaço físico e sonoro único.

36 37 Made In Germany
22.01
domingo
18:00
MÚSICA IMERSIVA NENA 25.01
quarta
21:30
sala suggia sala suggia

portrait REMIX ENSEMBLE CASA DA MÚSICA Cantautora natural de Lisboa, Nena sentiu desde muito cedo a paixão pela € 15 · € 20
Enno Poppe I
ENNO POPPE direcção musical música, tendo escrito a primeira canção com apenas 12 anos. Em 2019, Cartão Amigo 25%
€ 14 ENNO POPPE Speicher, para grande ensemble iniciou a sua carreira musical graças ao incentivo e apoio de João Só. As promotor: Primeira Linha
Juniores (< 30 anos) 50% (estreia em Portugal) suas influências vão de John Mayer a Taylor Swift, passando por nomes
Professores e estudantes
de música 50%
como Sara Bareilles, Dixie Chicks ou Maro. O tema mais recorrente das
Cartão Amigo 25% suas canções é o amor, num processo composicional onde letra e música
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% nascem em simultâneo. O cartão de apresentação ao público foi “Portas do
Sol” e, mais recentemente, “Do Meu ao Teu Correio”. Sobe ao palco para um
Enno Poppe é Artista em Residência 2023 na Casa da Música. Neste ano, faremos concerto intimista que contará com estes e outros temas que vão integrar
uma retrospectiva da sua obra, proporcionando ao público primeiras audições na- o seu álbum de estreia, editado em Novembro de 2022.
cionais que já tardavam. Speicher, escrita entre 2008 e 2013, transporta o ouvinte
num percurso único entre células e motivos, criando um ambiente surpreendente de
constante antecipação. O virtuosismo de uma trama sonora em incessante mutação
é um desafio para os integrantes do Remix Ensemble Casa da Música, que exploram
os limites expressivos e técnicos dos seus instrumentos numa obra de grande fôlego
para agrupamento de câmara. A contemporaneidade imprevisível de Poppe num
concerto único e dirigido pelo próprio.

38 Made In Germany 39
27.01
sexta
21:00
O ANEL DE WAGNER BACH BE CUE
serviço educativo
29.01
domingo
10:00, 11:30
sala suggia e 16:00
sala 2

série clássica ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA SERVIÇO EDUCATIVO direcção artística famílias (crianças dos
3 meses aos 6 anos)
VASSILY SINAISKY direcção musical DANIEL SOUSA, INÊS LAPA, JOAQUIM ALVES, ÓSCAR RODRIGUES
€ 22 RICHARD WAGNER O Anel sem palavras (versão de Lorin Maazel) e TIAGO OLIVEIRA interpretação € 12
Juniores (< 30 anos) 50% ÓSCAR RODRIGUES electrónica criança+adulto
Professores e estudantes
€ 10
de música 50%
Cartão Amigo 25% Se a música alimenta, sirva-se então uma suculenta refeição de Bach. Este segundo acompanhante
Cartão BPI 20% > 6 anos
Seniores (> 65 anos) 15% concerto bem-humorado, finalista dos YEAH! Awards, os prémios europeus
para produções infanto-juvenis, já montou o restaurante em vários palcos,
Vassily Sinaisky tem sido uma presença frequente à frente da Orquestra Sinfónica do inclusive em São Paulo. Regressa à Casa com a melhor ementa barroca.
Porto Casa da Música. No ano dedicado à Alemanha, dirige a versão instrumental de
O Anel do Nibelungo, tetralogia da autoria de Richard Wagner que reconfigurou o con-
ceito de espectáculo no século XIX e antecipou o experimentalismo dos modernismos.
Condensando uma obra monumental, O Anel sem palavras é um passeio orquestral pelo
panteão escandinavo, numa narrativa concebida pelo grande maestro Lorin Maazel.

QUEM SÃO 29.01

domingo

OS NIBELUNGOS?
concerto comentado
12:00
sala suggia

ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA série familias

VASSILY SINAISKY direcção musical
RICHARD WAGNER Excertos de O Anel sem palavras € 12
(versão de Lorin Maazel) Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
de música 50%
Deuses, valquírias, dragões, anões e heróis são alguns dos personagens Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
de O Anel do Nibelungo, tetralogia oitocentista concebida por Richard Seniores (> 65 anos) 15%
Wagner. Neste concerto são apresentados extractos da versão instrumental
da obra, acompanhados pela narração de alguns episódios. Mitologias e
grande música numa manhã muito especial.

40 Made In Germany 41 Made In Germany

31.01
terça CHRISTIAN
21:00
sala suggia ZACHARIAS
ciclo piano

€ 26 PIOTR ILITCH TCHAIKOVSKI As Estações

Juniores (< 30 anos) 50% —
Professores e estudantes
de música 50%
FRANZ SCHUBERT Sonata em Ré maior, D. 850
Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15%

Senhor de uma extensa e premiada discografia, o pianista alemão Christian Zacharias

despede-se dos recitais a solo após uma carreira internacional notável que ao
longo de mais de cinquenta anos o levou aos palcos mais prestigiados do mundo.
As sonatas de Franz Schubert, cuja gravação integral deu vários prémios a Zacharias, são
marcos do pianismo romântico. A expressividade, o experimentalismo e a abordagem
narrativa encontram-se presentes na Sonata em Ré maior, D. 850. Uma das poucas
sonatas publicadas em vida do compositor, foi escrita numa estada na vila termal de
Bad Gastein e marca o início do Romantismo. As Estações, conjunto de doze miniaturas
dedicadas aos meses do ano, são marcadas por uma grande nostalgia e pela ideia do
destino que percorre a obra de Tchaikovski. São uma estreia no repertório de Zacharias,
que dá, assim, a conhecer a sua visão sempre reflectida sobre algumas das páginas
mais célebres do Romantismo.

42 fevereiro
01.02
quarta SOULS OF FIRE A TRAGÉDIA 04.02
sábado
21:30
sala 2 DE SALOMÉ 18:00
sala suggia

€ 15 Com quatro discos editados – Comunicar (2006), Subentender (2009), ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA série descobertas
Cartão Amigo 25% Pontas Soltas (2012) e O Sol é vida (2021) –, os Souls of Fire trazem na BASTIEN STIL direcção musical
promotor: O Malhão bagagem inúmeros concertos pelo país inteiro e a felicidade de terem co- PEDRO AMARAL Anamorphoses € 14
nhecido algumas das suas maiores influências: The Wailers, Alpha Blondy, (estreia mundial da nova versão; encomenda Casa da Música Juniores (< 30 anos) 50%
e Câmara Municipal de Matosinhos) Professores e estudantes
Black Uhuru, Ijahman Levi, Groundation, Skatalites, Natiruts e Gentleman, de música 50%
entre muitos outros. Hoje, as ambições da banda, que se assume como de — Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
pop-reggae, passam por lançar novos temas e voltar a correr os palcos FLORENT SCHMITT A Tragédia de Salomé Seniores (> 65 anos) 15%
portugueses de ponta a ponta.
A história bíblica de Salomé inspirou muitos compositores nos primeiros anos do sé-
culo XX. Literatura, música e dança contaram essa história dramática. Neste concerto,
descobriremos o “drama mudo” A Tragédia de Salomé, encomendado pela bailarina
americana Loïe Fuller, figura marcante da dança moderna. Frequentemente apresentada
como narrativa sinfónica, revela o estilo descomprometido de Schmitt. A estreia mundial
da nova versão de Anamorphoses, escrita por Pedro Amaral, marca uma descoberta
de novos sons e abordagens.

BASTIEN STIL
44 45
Invicta.Música.Filmes 07–11
fevereiro

O Porto é uma cidade de cinema e de cineastas. O ciclo Invicta.Música.Filmes tem lugar reservado
em Fevereiro e apresenta uma programação variada que procura revelar música a cinéfilos e
cinema a melómanos. Em 2023, começamos com um clássico do terror gótico. A história do Dr.
Frankenstein e da sua criatura foi contada em vários filmes. O realizador James Whale apresentou
a sua visão em 1931. Esta, sublinhada pela prestação de Boris Karloff (que se tornou um ícone do
cinema de terror), redefiniu a história do género. Frankenstein será projectado com uma banda
sonora encomendada em 2001 a Michael Shapiro, inspirada pela tradição hollywoodesca de
música para cinema. A Queda da Casa de Usher é um filme mudo de Jean Epstein lançado em
1928. Inspirado num conto de Edgar Allan Poe que Debussy se encontrava a musicar aquando da
morte, conta com uma banda sonora original escrita para orquestra pelo compositor espanhol
José Maria Sanchez-Verdú. Uma estreia em Portugal da releitura actual de um filme que primou
pelo pioneirismo e que marcou a história do cinema. O Serviço Educativo Casa da Música, em
colaboração com a Digitópia, apresenta um cine-concerto destinado a famílias, numa experiência
educativa e informal.

07.02 FRANKENSTEIN pág. 48

10.02 A QUEDA DA CASA DE USHER pág. 49

11.02 SOMBRAS ANIMADAS pág. 50

07.02
terça FRANKENSTEIN A QUEDA DA CASA 10.02
sexta
19:30
sala suggia
cine-concerto
DE USHER
cine-concerto
21:00
sala suggia

€ 14 REMIX ENSEMBLE CASA DA MÚSICA ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA fora de série
Juniores (< 30 anos) 50% BRAD LUBMAN direcção musical BRAD LUBMAN direcção musical
Professores e estudantes
de música 50%
DIGITÓPIA projecção DIGITÓPIA projecção € 18
Cartão Amigo 25% JAMES WHALE filme JEAN EPSTEIN filme Juniores (< 30 anos) 50%
Cartão BPI 20% Professores e estudantes
Seniores (> 65 anos) 15% MICHAEL SHAPIRO música JOSÉ MARIA SANCHEZ-VERDÚ música de música 50%
(estreia em Portugal; encomenda Casa da Música, Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
O cinema de terror foi alimentado por grandes bandas sonoras. A história do Dr. Settimane Musicali di Stresa e Real Filharmonía de Galicia) Seniores (> 65 anos) 15%
Frankenstein e da sua criatura foi apresentada em filme com várias perspectivas. O
filme de James Whale, exibido em 1931, redefiniu a história do género, sublinhada pela Dois irmãos com doenças enigmáticas, uma mulher sepultada que regressa, uma casa
prestação de Boris Karloff. Karloff tornou-se um ícone do cinema de terror. Neste ci- que não aguenta o seu próprio peso. Em 1928, o poeta e realizador Jean Epstein adaptou
ne-concerto, assistiremos a Frankenstein com uma banda sonora encomendada em para cinema este conto de Edgar Allan Poe, explorando o cenário gótico bem carac-
2001 a Michael Shapiro, que recebe e transforma a tradição hollywoodesca das obras terístico do escritor norte-americano e técnicas de filmagem então vanguardistas que
orquestrais para cinema. resultam em ambientes oníricos e misteriosos. Tornar-se-ia o mais emblemático dos
trinta filmes que Epstein fez ao longo da carreira, um clássico do terror que pertence
Europäische Filmphilharmonie – EFPI – GmbH

a qualquer lista das grandes obras cinematográficas do século XX. A nova banda so-
nora escrita por José Maria Sanchez-Verdú resulta da admiração do compositor pelo
pensamento de Epstein, trabalhando não apenas os aspectos puramente sonoros
mas também os aspectos filosóficos do pensamento do cineasta. Um cine-concerto
obrigatório para quem gosta de cinema e do privilégio de ouvir a banda sonora tocada
ao vivo, a acompanhar a projecção.

La Cinémathèque française – Musée du Cinéma

48 Invicta.Música.Filmes 49 Invicta.Música.Filmes
11.02
sábado SOMBRAS ANIMADAS CARLOS ALBERTO 14.02
terça
16:00
sala 2
cine-concerto
MONIZ Por esse mar abaixo 21:00
sala suggia

serviço educativo DIGITÓPIA direcção artística
Famílias e público geral FILIPE FERNANDES, ÓSCAR RODRIGUES e RICARDO VIEIRA
(> 6 anos)
música e interpretação
€ 8
Todos os anos temos marcado presença no ciclo Invicta.Música.Filmes com projec-
tos novos que envolvem o Serviço Educativo e a Digitópia. Debruçamo-nos uma vez
mais sobre os filmes de animação da alemã Lotte Reiniger, uma verdadeira mestre
na utilização do jogo de sombras. Apesar de serem quase centenários, os seus filmes
influenciam animadores ainda nos dias de hoje e constituirão uma enorme novidade
para quem não conhece o mundo da realizadora – miúdos ou graúdos. A música que
vamos ouvir, numa interpretação ao vivo, foi composta especialmente para cada um
dos filmes que vão ser projectados.
Carlos Alberto Moniz apresenta o novo trabalho, Por esse mar abaixo, € 15
um disco triplo que espelha o seu percurso de vida, banhado por um mar Cartão Amigo 25%
Pares 30%
de influências. O músico traz o mar e toda a realidade por ele inspirada, > 60 anos 20%
fundindo o tanto que já cantou com novas formas de ver, sentir e resistir, promotor:
Carlos Alberto Moniz
em cantigas de memórias viradas para o futuro. No alinhamento do con-
certo encontram-se as suas canções, mas também as de outros autores,
fazendo-se acompanhar por vários amigos: Lúcia Moniz, Pedro Jóia, Uxia,
José Barros e Inês Fonseca. O músico dedica o concerto “a todos os que
amam ou já amaram alguém nas correntes marítimas da vida”.

LUÍSA SOBRAL 18.02

sábado

DanSando 21:30
sala suggia

Explorando com leveza os terrenos da pop, sem nunca perder os tons jazzís- € 15 · € 25
ticos, o sexto álbum de originais de Luísa Sobral, DanSando, é um trabalho Cartão Amigo 25%
íntimo e pessoal, mas também socialmente consciente e implicado, que promotor:
reúne canções luminosas inspiradas no amor. Produzido pelo vencedor de Locomotiva Azul

um Grammy Latino, Tó Brandileone, este é um disco que a irmã de Salvador

Sobral, para quem escreveu a canção vencedora da Eurovisão em 2017,
“já queria fazer há muito tempo: uma ode à vida”. Na Casa da Música, Luísa
Sobral será acompanhada por Manuel Rocha (guitarra), António Quintino
(baixo e contrabaixo) e Carlos Miguel Antunes (bateria).

50 Invicta.Música.Filmes 51
19.02
domingo CONCERTO PAULO OLIVEIRA 21.02
terça
18:00
sala suggia DE CARNAVAL 19:30
sala 2

série famílias ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA PAULO OLIVEIRA piano € 10
JOSÉ EDUARDO GOMES direcção musical ARMANDO JOSÉ FERNANDES Sonatina Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
€ 12 HECTOR BERLIOZ Carnaval Romano ISAAC ALBÉNIZ España, op. 165
Juniores (< 30 anos) 50% BEDRICH SMETANA O Moldau PEDRO BLANCO Castilla, op. 16; Heures Romantiques, op. 6;
Professores e estudantes Galanias, op. 10
de música 50%
JEAN SIBELIUS Finlândia
Cartão Amigo 25% LUÍS DE FREITAS BRANCO Fandango, da Suite Alentejana n.º 1 JOSÉ VIANNA DA MOTTA Cenas Portuguesas, op. 9
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% GIUSEPPE VERDI Abertura da ópera Nabucco XAVIER MONTSALVATGE Sonatine pour Yvette
MANUEL DE FALLA Dança Ritual do Fogo, do bailado El Amor Brujo
PIOTR ILITCH TCHAIKOVSKI Marcha Eslava Este recital representa uma viagem pela música ibérica para piano. Começa e acaba com
duas obras de construção mais formal, funcionando como alicerces de todo o programa,
O Carnaval é uma época de festa, diversão e mascarada. Herdeiro das grandes festas que as Sonatinas de Armando José Fernandes e de Xavier Montsalvatge, respectivamente.
marcam o retomar da vida após o longo e rigoroso Inverno, é a transgressão celebrada. Inclui dois ciclos com obras de carácter nacionalista (a suite España de Isaac Albéniz
Florença, Veneza, Rio de Janeiro, Nova Orleães e muitas cidades portuguesas saem à e a 1.ª série das Cenas Portuguesas de José Vianna da Motta). Apresenta ainda um
rua vestidas para a festa. O Concerto de Carnaval é já uma tradição na Casa da Música. conjunto de obras de Pedro Blanco, compositor espanhol que se radicou na cidade do
Nele, músicos e público encontram-se numa atmosfera de diversão descontraída, à Porto, onde passou praticamente metade da sua curta vida. Fortemente enraizado na
qual não faltarão o humor e as surpresas. A música ao serviço da folia carnavalesca. vida cultural da cidade e do país, acaba por ser um exemplo ímpar da fusão entre as
culturas portuguesa e espanhola, sendo um eixo de ligação privilegiado deste programa.

52 53
26.02
domingo
10:00, 11:30
PINÓQUIO
e 16:00
sala 2

serviço educativo PAULO NETO direcção artística e interpretação

famílias JOÃO PRATAS, MATILDE BARBAS, RODRIGO NEVES
(crianças dos 3
meses aos 6 anos)
e SÓNIA SOBRAL interpretação

€ 12 Carlo Collodi escreveu uma das mais fascinantes histórias infantis de sem-
criança+adulto pre, Pinóquio. 140 anos depois, revemos a história do boneco de madeira,
€ 10 a sua mensagem, e transformamo-la num espectáculo musical adaptado
segundo acompanhante aos nossos dias e vocacionado para o público dos Primeiros Concertos.
> 6 anos

54 março
01.03
quarta
22:00
sala 2
S. PEDRO
O melhor, até agora. CARTÃO AMIGO
€ 15 Autor de canções simples, com recorte clássico, num registo pop alegre,
Cartão Amigo 25% elegante e sofisticado, transmitindo histórias quotidianas em letras que
promotor: O Malhão nos fazem sorrir e pensar, Pedro Pode, ou S. Pedro, tem vindo a conso-
lidar um lugar de destaque na música portuguesa. Para este concerto,
intitulado “O melhor, até agora”, a banda liderada pelo cantautor nortenho
propõe-se justamente apresentar um repertório que condense as suas
criações mais inspiradas.

Em 2023, ao aderir ao Cartão Amigo apoia o projecto

A Casa vai a Casa.
O projecto A Casa vai a Casa está direccionado para comunidades institucio-
nalizadas, hospitais, unidades de reclusão, centros de apoio à infância e terceira
idade ou cidadãos com necessidades especiais. Junto de grupos com um acesso
restrito, ou inexistente, à realização e expressão musical, desenvolve-se um
trabalho que contribui para a reabilitação da autoestima, promove o combate à
exclusão social e incentiva o espírito de comunidade. Foi reconhecido em 2010
com o prémio Norte Inclusivo, promovido pela CCDR-N/NORTE 2020.
Ao apoiar A Casa vai a Casa receberá regularmente informação relativa às
diferentes actividades realizadas e poderá indicar comunidades que desejaria
ver integradas neste projecto.

Com um valor de 50 euros, o Cartão Amigo

permite ainda usufruir dos seguintes benefícios:
25% de desconto em todos os concertos
10% de desconto nas Assinaturas
Prioridade na compra de assinaturas e muitos outros benefícios

56
Música e Mito 04–10
março

Os mitos fazem parte do imaginário colectivo. Frequentemente revisitados e transformados, en-

contram-se na génese da ópera e forneceram muitos argumentos para grandes obras sinfónicas
ou bailados. O ciclo Música e Mito congrega três concertos que evocam a herança cultural da
Antiguidade Clássica. Em Elektra, Richard Strauss retomou a narrativa de Sófocles, posicionan-
do-a no Modernismo de cariz expressionista. Hugo von Hoffmanstahl viu o mito grego a partir
do Simbolismo. Assim, contribuiu para a intensidade dramática de Elektra, ópera emblemática
da primeira década do século XX, interpretada, em versão concerto, por Coro Casa da Música,
Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música e solistas de primeira linha. A Orquestra Barroca
Casa da Música apresenta obras instrumentais retiradas de óperas francesas e inglesas, num
périplo entre imaginários mitológicos e lendários. O ciclo termina com a visão de Christian Zacharias
de As Criaturas de Prometeu, o único bailado escrito por Beethoven. O titã que, desobedecendo
aos Deuses, se atreveu a dar o fogo à Humanidade não poderia ser mais fadado para a genial
pluma que musicou “Alle Menschen werden Brüder”.

04.03 ELEKTRA pág. 60

05.03 MITOS NA ÓPERA BARROCA pág. 62

10.03 PROMETEU pág. 63

 ELEKTRA 04.03
sábado
18:00
sala suggia

ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA fora de série

CORO CASA DA MÚSICA
STEFAN BLUNIER direcção musical € 30
CHRISTIANE LIBOR soprano dramático (Elektra) Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
TANJA BAUMGARTNER mezzo-soprano dramático (Clitmenestra) de música 50%
JEFF MARTIN tenor dramático (Egisto) Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
ALLISON OAKES soprano dramático (Crisotemis) Seniores (> 65 anos) 15%
BOAZ DANIEL barítono dramático (Orestes)
RICHARD STRAUSS Elektra (ópera em um acto)

Frequentemente revisitados e transformados, os mitos gregos encontram-se na gé-

nese da ópera. Richard Strauss retomou a narrativa de Sófocles, posicionando-a no
Modernismo de cariz expressionista. O libreto do poeta simbolista Hugo von Hoffmanstahl,
a orquestração magistral de Strauss e a escrita vocal desafiante contribuem para a
intensidade dramática de Elektra, obra emblemática da primeira década do século XX.
Antiguidade e Modernismo numa leitura tensa e expressiva da interioridade humana.

60 61 Música e Mito
05.03
domingo MITOS NA ÓPERA PROMETEU 10.03
sexta
18:00
sala suggia BARROCA 21:00
sala suggia

€ 18 ORQUESTRA BARROCA CASA DA MÚSICA ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA série clássica
Juniores (< 30 anos) 50% LAURENCE CUMMINGS direcção musical CHRISTIAN ZACHARIAS direcção musical integral das sinfonias
Professores e estudantes de Schumann
de música 50%
ÉLISABETH JACQUET DE LA GUERRE Suite de Cephale et Procris CHRISTINA DALETSKA soprano
Cartão Amigo 25% JEAN-PHILIPPE RAMEAU Suite de Castor et Pollux; LUDWIG VAN BEETHOVEN As Criaturas de Prometeu
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15%
Suite de Dardanus (Suite de Christian Zacharias) € 22
HENRY PURCELL The Fairy Queen; King Arthur (excertos) JOSEPH HAYDN Cena de Berenice Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
— de música 50%
A ópera séria do Barroco assentava em mitos. Neste concerto, apresentam-se obras ROBERT SCHUMANN Sinfonia n.º 1 em Si bemol maior, Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
instrumentais retiradas de óperas francesas e inglesas. O papel da dança destaca-se op. 38, “Primavera” Seniores (> 65 anos) 15%
nas duas tradições, encarnando a sofisticação e a etiqueta cortês. A recuperação da
obra dramática da compositora Élisabeth Jacquet de La Guerre marca o concerto, O mito de Prometeu inspirou muitos artistas. O titã que deu o fogo à Humanidade sofreu
dominado por peças canónicas do repertório, das pioneiras óperas e semi-óperas de um castigo terrível. Neste concerto, Christian Zacharias guia-nos pela sua visão de As
Purcell às polémicas produções de Rameau. Criaturas de Prometeu, o único bailado que Beethoven escreveu e que influenciou obras
marcantes como a Sinfonia n.º 3, Heróica. O mestre Haydn escreveu Cena de Berenice,
exigente trecho de cariz operático sobre uma princesa egípcia. O ciclo Integral das
Sinfonias de Schumann é lançado com a primeira dessas peças, episódio destacado
na busca romântica pela metafísica da música instrumental.

CHRISTINA DALETSKA
62 Música e Mito 63 Música e Mito
11.03
sábado LER GRANDES 17.03
sexta
16:00
sala 2 CONCERTOS 21:00
sala suggia

serviço educativo DIGITÓPIA direcção artística

VIRTUOSOS I série clássica
famílias e público geral CLARA HADDAD, FILIPE FERNANDES, MANUEL BRÁSIO,
(> 6 anos)
ÓSCAR RODRIGUES e RICARDO VIEIRA interpretação ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA € 22
€ 8 MARC COPPEY violoncelo e direcção musical Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
Com base em textos seleccionados do programa da disciplina de língua CARL MARIA VON WEBER Abertura de O Franco-Atirador de música 50%
portuguesa, Ler explora a relação entre a voz falada e a música. Num diálogo ROBERT SCHUMANN Concerto para violoncelo e orquestra Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
para que são convocados instrumentos electrónicos e acústicos, o itinerário em Lá menor, op. 129 Seniores (> 65 anos) 15%
passa por vários momentos da História de Portugal, evocando também o —
prazer e a riqueza que a música nos tem legado ao longo do tempo. ANTONÍN DVOŘÁK Sinfonia n.º 8, op. 88

O dramatismo orquestral domina a abertura de Der Freischütz, passagem marcante

no Romantismo alemão pela criação de novas atmosferas. O virtuosismo, elemento
característico do século XIX, encontra-se expressamente patente no Concerto para
violoncelo de Schumann, obra tardia que encarna a ambiguidade do espírito que domina
este concerto, o Romantismo. Dvořák é um mestre do sinfonismo oitocentista, conju-
gando elementos da música tradicional com o modelo cosmopolita austro-germânico
12.03
domingo O AMIGO em obras de grande fôlego e expressividade.

DOS HOMENS

MARC COPPEY
12:00 concerto
sala suggia comentado

série famílias ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA

CHRISTIAN ZACHARIAS direcção musical
€ 12 JOÃO DELGADO LOURENÇO narrador
Juniores (< 30 anos) 50% LUDWIG VAN BEETHOVEN As Criaturas de Prometeu
Professores e estudantes (Suite de Christian Zacharias)
de música 50%
Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% Na mitologia grega, Prometeu foi o titã que roubou o fogo do Olimpo e o deu
aos humanos. Como castigo, foi condenado a uma pena dolorosa. Beethoven
escreveu um bailado sobre esse mito. Neste concerto para famílias, faz-se
uma leitura abreviada dessa obra, num ambiente descontraído e didáctico
pleno de descobertas que ligam o som à história.

64 65
22.03
quarta
21:00
GRIGORY SOKOLOV
ciclo piano
AGNES1.ª parte MARI FROES
24.03
sexta
22:30
sala suggia sala 2

€ 30 Grigory Sokolov é um gigante do teclado. As suas interpretações, baseadas
Juniores (< 30 anos) 50% no culto do detalhe, transformam a nossa percepção das obras pianísti-
Professores e estudantes
de música 50%
cas. Com uma abordagem quase religiosa, promove uma ligação mística
Cartão Amigo 25% com a música de compositores de várias eras. A irreverência e o risco
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% encontram-se omnipresentes nas suas leituras, muitas vezes polémicas
e tensas, das obras a que se dedica. Visita habitual da Casa da Música,
Sokolov revisita-nos em 2023, num recital electrizante e imperdível que
reflecte a sua dedicação quase monástica à música.
Com apenas 20 anos, Agnes Nunes é hoje um dos maiores nomes da nova € 20
geração da música brasileira, transitando entre géneros como a MPB, o forró Cartão Amigo 25%
e o blues. A baiana de voz suave foca no seu trabalho diversos assuntos promotor: 1.ª Linha
sociais importantes, como o empoderamento negro, o feminismo e a luta
contra o racismo. Em apenas quatro anos de carreira, Agnes já soma 28
músicas lançadas, um Leão de Ouro conquistado no Festival Internacional
de Criatividade de Cannes e um Prémio Jovem Brasileiro. Em 2022 lançou
o seu primeiro álbum, Menina Mulher, que a confirma como uma artista
versátil com muitas inspirações sonoras e estéticas. A primeira parte do
concerto que traz Agnes à Casa da Música fica a cargo de Mari Froes,
cantora e compositora goiana cuja música carrega uma identidade singular,
viajando por vários ritmos brasileiros com sensibilidade e perspicácia.

66 67
 25.03
sábado DE KURT WEILL 1 BIGO 26.03
domingo
18:00
sala suggia A RIHM 10:00, 11:30
e 16:00
sala 2

série descobertas ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA JORGE QUEIJO direcção artística e interpretação serviço educativo
SYLVAIN CAMBRELING direcção musical ANA CONCEIÇÃO, BEATRIZ PRADA, BEATRIZ ROLA e CATARINA famílias (crianças dos
3 meses aos 6 anos)
€ 14 KURT WEILL Sinfonia n.º 2 CARVALHO GOMES interpretação
Juniores (< 30 anos) 50% — € 12
Professores e estudantes
de música 50%
WOLFGANG RIHM Sub-Kontur O que é o amor umbilical? Que cordão é esse que nos mantém ligados muito criança+adulto
Cartão Amigo 25% depois de ser cortado? Viagem ao umbigo de cada um e demonstração de € 10
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% como ele nos liga àqueles de quem gostamos, este concerto para bebés segundo acompanhante
> 6 anos
é também representativo da essencialidade do amor maternal e paternal.
Kurt Weill teve uma produção variada. De obras em colaboração com Bertolt Brecht Mostra-nos, por outro lado, como a vida nos pode dar mais cordões e
a musicais da Broadway, encarnou um Modernismo multifacetado que processava os ligações, pondo-nos perante o paradoxo do umbigo enquanto símbolo do
modelos da música americana de Entre Guerras. Paralelamente, cultivou os modelos egoísmo e da união ao outro.
orquestrais do Classicismo e do Romantismo. Escrita em Paris, durante um período
muito difícil para o compositor, a segunda sinfonia encarna a sua visão do Modernismo.
Wolfgang Rihm é uma referência da música alemã da actualidade. Em Sub-Kontur, obra
dedicada a Stockhausen, o jovem compositor apresenta as tensões entre o modelo
serialista e uma abordagem pessoal contrastante.
SYLVAIN CAMBRELING

68 69
Concertos de Páscoa 31 março
+05 abril

A evocação da narrativa bíblica da Paixão de Cristo, da morte e do para além da morte, da trans-
figuração humana ou do milagre divino, inspirou – e continua a inspirar – muitos compositores,
crentes ou não crentes. Os dois Concertos de Páscoa de 2023 apresentam formas contrastantes
de devoção profunda ou êxtase humano perante o mistério da morte.
O belíssimo moteto Exsultate, jubilate de Mozart, abre o primeiro concerto, evocando “o supremo
sacrifício feito por Ele”. Já em Parsifal, o último drama musical do compositor, Wagner vai buscar
inspiração na Lenda do Santo Graal. Desta “ópera sagrada” de um Wagner em final de vida, ouvi-
remos excertos magistrais e bem representativos do clima de profunda imersão mística em que
a acção decorre, como o “Encantamento de Sexta-feira Santa”. Uma noite em que a Orquestra
Sinfónica do Porto Casa da Música e o maestro Stefan Blunier nos levarão aos recantos mais
íntimos das nossas almas. Nos antípodas da hipersaturação espiritual wagneriana, a Orquestra
Barroca apresenta, sempre emotivas, As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz de Joseph Haydn.

31.03 MÚSICA PARA A SEXTA-FEIRA SANTA pág. 72

05.04 AS ÚLTIMAS PALAVRAS DE CRISTO pág. 76

31.03
sexta MÚSICA PARA A
21:30
sala suggia SEXTA-FEIRA SANTA
série clássica ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA
STEFAN BLUNIER direcção musical
€ 22 KATERYNA KASPER soprano
Juniores (< 30 anos) 50% CHRISTIAN MIEDL barítono
Professores e estudantes
de música 50%
WOLFGANG AMADEUS MOZART Música fúnebre maçónica;
Cartão Amigo 25% Exsultate, jubilate
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% RICHARD WAGNER Parsifal (Prelúdio, árias e Música
para Sexta-feira Santa)

O tom sombrio e escuro da Música fúnebre maçónica de Mozart, onde escutamos uma
citação do Requiem de Michael Haydn, não podia ser mais contrastante com o ambiente
festivo do Exsultate, jubilate, moteto predilecto que nos dá a ouvir a voz da aclamada
soprano ucraniana e solista da Ópera de Frankfurt, Kateryna Kasper.
No repertório operático, Parsifal, na sua demanda épica pelo Santo Graal, tem uma
ligação germinal com a Páscoa, razão pela qual se inclui neste programa. Merece des-
taque a presença do barítono Christian Miedl para dar voz ao personagem Amfortas,
Rei dos Cavaleiros do Santo Graal.
KATERYNA KASPER E CHRISTIAN MIEDL

72 Concertos de Páscoa abril

05.04
quarta
19:00
VIAGEM AO CENTRO
DA CRIATIVIDADE ASSINATURAS
2023
sala 2
ao alcance de todos

serviço educativo ANA ISABEL OLIVEIRA e IVO BRANDÃO direcção artística

público geral (> 6 anos) CERCI SÃO JOÃO DA MADEIRA interpretação
€ 8

A música é uma das mais poderosas ferramentas de inclusão na sociedade, trans-

formando-se muitas vezes num elemento fundamental para a realização pessoal.
Criado no âmbito do projecto Holograma que levou formadores do Serviço Educativo
a trabalhar de perto com a CERCI de São João da Madeira, este concerto tem como
ponto de partida a própria cidade: a sua indústria, as suas tradições e as suas gentes.
Um espectáculo único onde todos os participantes foram criadores, contribuindo assim
para esbater as barreiras que ainda persistem no dia-a-dia

Há sempre um lugar que nos é favorito. Seja pela visão única

e privilegiada que temos dos dedos do pianista no teclado,
por vermos mais de perto este ou aquele instrumento ou
pelos rostos familiares dos que estão sentados próximo
de nós e fazem do nosso lugar a nossa Casa.
Reserve já o seu lugar para os concertos que não vai querer
perder em 2023.

74 mais informações Pág. 181

05.04
quarta AS ÚLTIMAS JOANA ALMEIRANTE 06.04
quinta
21:00
sala suggia PALAVRAS DE CRISTO 21:30
sala suggia

€ 18 ORQUESTRA BARROCA CASA DA MÚSICA Natural de Santa Maria da Feira, Joana Almeirante iniciou bem cedo o € 15 · € 20
Juniores (< 30 anos) 50% LAURENCE CUMMINGS cravo e direcção musical seu percurso musical, na escola Acorde, onde teve um primeiro contacto Cartão Amigo 25%
Professores e estudantes
de música 50%
JOSEPH HAYDN As sete últimas palavras de Cristo na cruz, op. 51 “a sério” com a guitarra. Aos 18 anos, após concluir o curso profissional promotor:
Primeira Linha
Cartão Amigo 25% de instrumentista de jazz em Guitarra no Conservatório de Música da
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% Jobra, integrou a banda de Miguel Araújo, de que ainda hoje faz parte. Em
nome próprio lançou o EP Ilusão (2022), do qual constam os singles “Mera
As sete últimas palavras de Cristo na cruz é uma das muitas encomendas que Joseph Ilusão”, “Bem Me Quer” e “Tão Cedo Não É Amanhã”, e prepara agora o
Haydn recebeu de vários países da Europa quando alcançou o estatuto de maior com- seu álbum de estreia.
positor vivo do seu tempo. Para além do grande sucesso que a obra alcançou na época,
permanece como uma das mais apreciadas por entre os melómanos conhecedores do
repertório Clássico em geral e da obra de Haydn em particular.

76 Concertos de Páscoa 77
14.04
sexta A DESPEDIDA OJM & 15.04
sábado
21:00
sala suggia DO MAESTRO ANTÓNIO SAIOTE
ciclo jazz
22:00
sala suggia

série clássica ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA PEDRO GUEDES direcção musical € 14
LEOPOLD HAGER direcção musical ANTÓNIO SAIOTE clarinete Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
€ 22 ANTON BRUCKNER Sinfonia n.º 8
Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
de música 50%
Indissociável da história do jazz, o clarinete revelou figuras que marcariam em definitivo
Cartão Amigo 25% o género – Benny Goodman, Sidney Bechet e Artie Shaw são apenas alguns deles. Pela
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% primeira vez, a Orquestra Jazz de Matosinhos apresenta o clarinete como solista num
programa que percorre alguns dos temas eternizados pela voz única do instrumento.
Leopold Hager, grande mestre de Salzburgo, ficará para sempre ligado à história da nossa Para desempenhar o virtuoso papel, a big band convida uma das maiores referências
Orquestra Sinfónica. O seu profundo conhecimento do repertório canónico germânico internacionais do instrumento, António Saiote. Com uma longa carreira enquanto in-
e das variantes estilísticas, a autoridade musical que transmite com profundo huma- térprete, o premiado clarinetista construiu paralelamente uma importante trajectória
nismo, o rigor e generosidade, marcaram profundamente o desenvolvimento artístico como pedagogo, edificando uma prestigiada classe preenchida por alunos que somam
da Orquestra. No ano da sua despedida dos palcos, Leopold Hager fez questão de prémios pelo mundo inteiro.
voltar ao Porto para dirigir o seu amado Bruckner, dedicando à Orquestra e ao público
um dos seus expoentes máximos, a sua Oitava Sinfonia. Um concerto de homenagem
merecida a um grande maestro e a um amigo.

APOIO

78 79
Música & Revolução 22+23
abril

Stockhausen and friends

Abril é o mês do Música & Revolução. Em Ano da Alemanha, revolução musical rima com “Escola”
de Darmstadt, onde se destacou a figura fulgurante, radical e visionária de Karlheinz Stockhausen.
Dos modelos serialistas e pós-serialistas, passando pela música electrónica e por novos enqua-
dramentos cénicos – em que o espaço é utilizado como se de um novo parâmetro da música se
tratasse –, Stockhausen revolucionou o panorama artístico do pós-Segunda Guerra. A sua aura e o
seu raio de influência tiveram considerável impacto, muito para lá dos meios da música contemporâ-
nea. Exemplo maior foi a sua relação com Miles Davis, como este reconheceu na sua autobiografia.
Obras como Hymmen (no programa deste Stockhausen and Friends), tiveram influência definitiva
na forma como Miles passou a trabalhar o processamento de sons produzidos pela electrónica.
Em Música & Revolução (Stockhausen and Friends), os dois programas cruzados da Orquestra
Sinfónica e do Remix Ensemble apresentam uma panorâmica (necessariamente sintética) da geração
emergente no rescaldo da Segunda Guerra Mundial. Stockhausen, Maderna e Boulez lideraram a trans-
formação da nossa forma de ver e ouvir a música. Expandiram o campo dos possíveis através da inova-
ção e da exploração da nova lutherie electrónica e da sua interacção com os instrumentos tradicionais.
Uma época fascinante na história da música. Um intenso fim-de-semana a não perder.

22.04 DARMSTADT: O JARDIM RELIGIOSO? pág. 82

23.04 HINOS DO MUNDO pág. 83

22.04
sábado DARMSTADT: O HINOS DO MUNDO 23.04
domingo
18:00
sala suggia JARDIM RELIGIOSO? 18:00
sala suggia

fora de série 1.ª PARTE 1.ª PARTE fora de série

REMIX ENSEMBLE CASA DA MÚSICA REMIX ENSEMBLE CASA DA MÚSICA
€ 14 LUCAS VIS direcção musical LUCAS VIS direcção musical € 14
Juniores (< 30 anos) 50% KARLHEINZ STOCKHAUSEN Stop (versão de Paris) BRUNO MADERNA Concerto n.º 1 para oboé e ensemble Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes Professores e estudantes
de música 50%
2.ª PARTE PIERRE BOULEZ/JOHANNES SCHÖLLHORN Douze Notations de música 50%
Cartão Amigo 25% ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA 2.ª PARTE Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20% Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% STEFAN BLUNIER direcção musical ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA Seniores (> 65 anos) 15%
BRUNO MADERNA Giardino Religioso DIGITÓPIA electrónica
PIERRE BOULEZ Notations I a IV e VII STEFAN BLUNIER direcção musical
KARLHEINZ STOCKHAUSEN Hymnen (3.ª Região)
A figura de Karlheinz Stockhausen tutelou e alimentou as vanguardas do pós-Segunda
Guerra Mundial. Este concerto apresenta obras deste e de compositores da sua esfera. O Concerto n.º 1 para oboé e ensemble de Maderna é ilustrativo da tendência das
A espacialidade sonora de Stop contrasta com as texturas das Notations do francês vanguardas musicais para produzirem obras virtuosísticas para solistas. O arranjo das
Pierre Boulez, amigo/rival de Stockhausen. As vanguardas italianas lideradas por Bruno Douze Notations de Boulez intensifica o impulso criador da obra que associa a influência
Maderna emergem com uma obra muito particular, Giardino Religioso. Três compositores de Messiaen ao serialismo. A secção de Hymnen, obra para electrónica e orquestra
e maestros que colaboraram na transformação da música dos nossos dias. baseada em hinos nacionais, encontrou em John Cage um dedicatário prestigiado, cuja
abordagem marcou a produção de Stockhausen.

PIERRE BOULEZ, BRUNO MADERNA E KARLHEINZ STOCKHAUSEN

82 Música & Revolução 83 Música & Revolução
28.04
sexta SINFONIA CORAIS DA 29.04
sábado
21:00
sala suggia DA LIBERDADE ALEMANHA 18:00
sala suggia

fora de série 1.ª PARTE CORO CASA DA MÚSICA € 12

serviço educativo
PAUL GRIFFITHS E PETE LETANKA direcção musical NILS SCHWECKENDIEK direcção musical Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
€ 22 17.º CURSO DE FORMAÇÃO DE ANIMADORES MUSICAIS E FELIX MENDELSSOHN Richte mich, Gott de música 50%
Juniores (< 30 anos) 50% COMUNIDADES PARTICIPANTES NO PROJECTO HOLOGRAMA JOHANN HERMANN SCHEIN Was betrübst du dich, meine Seele; Cartão Amigo 25%
Professores e estudantes Cartão BPI 20%
CRIAÇÃO COLECTIVA Sinfonia da Liberdade Die mit Tränen säen Seniores (> 65 anos) 15%
de música 50%
Cartão Amigo 25% 2.ª PARTE KARLHEINZ STOCKHAUSEN Choral
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA CLARA SCHUMANN Abendfeier in Venedig
DMITRY SINKOVSKY direcção musical JOHANN HERMANN SCHEIN Freue dich des Weibes deiner Jugend
LUDWIG VAN BEETHOVEN Sinfonia n.º 5 MAX REGER Unser lieben Frauen Traum
JOHANN HERMANN SCHEIN Lehre uns bedenken
A Sinfonia n.º 5 de Beethoven encarna o espírito iluminista que transcende fronteiras. JOHANNES BRAHMS Warum ist das Licht gegeben dem Mühseligen
A visão de uma nova forma de escrever música orquestral enraizou-se a partir dessa JOHANN HERMANN SCHEIN Nu danket alle Gott
obra, que se tornou para o grande público uma espécie de sinédoque da música clássica
sinfónica. Pela sua simbologia, este era o contexto desejado para dar a conhecer a um A música coral alemã encontra-se umbilicalmente ligada à Reforma Protestante en-
público mais alargado o intenso trabalho realizado pelo Serviço Educativo da Casa da cabeçada por Lutero. Incentivando a prática musical comunitária, estabeleceram-se
Música em projectos que, partindo das ferramentas da música, são concebidos para tradições que se expandiram noutras áreas. Do final do Renascimento aos nossos dias,
envolver activamente comunidades com necessidades especiais e dar um contributo este concerto apresenta obras corais que reflectem a diversidade das práticas vocais
para a sua mais fácil inclusão. nesses territórios. As peças de Schein ligam os diversos tempos históricos e movimentos
artísticos, sublinhando as continuidades e rupturas na música ao longo dos séculos.
DMITRY SINKOVSKY

NILS SCHWECKENDIEK
84 85
29.04
sábado PEQUENA HISTÓRIA
16:00
sala 2 DE UM POVO
serviço educativo
COM MEMÓRIA
famílias e público geral
(> 6 anos)
QUARTETO CONTRATEMPUS concepção, direcção artística
€ 8 e interpretação

Projecto dedicado à juventude, inspira-se na liberdade como fundamento da identidade

e história do ser humano. É uma ópera transdisciplinar que canta e conta a relação da
liberdade com o nosso património, o seu ir e vir no curso dos acontecimentos. Reactivar
a memória é uma prática fundamental para nos reencontrarmos hoje e aqui. Saber
como era quando as pessoas não podiam dizer o que sentiam nem fazer o que que-
riam, quando não se lhes permitia ouvir estas músicas ou ver aqueles filmes, quando
as obrigavam a ir para a guerra lutar contra outras pessoas que não lhes tinham feito
mal. Saber como era e como é. Recuperar acontecimentos históricos e levá-los à cena
numa linguagem multidisciplinar e contemporânea, eis o que faz este espectáculo para
resgatar a ideia de liberdade e a capacidade de desfrutar e cuidar dela no presente,
comunicando, cantando, revolucionando.

86 maio
Rito da Primavera 01–14
maio

A Primavera marca o renascimento da vida. Após um período de moratória, a paisagem trans-

forma-se revelando a pujança de um novo tempo. O ciclo temático Rito da Primavera dá palco
à juventude. A final do Prémio Novos Talentos marca a abertura do ciclo. Músicos de variados
domínios participam num evento já habitual na Casa da Música e no esperado momento em que
a decisão do Júri é desvendada. O programa ECHO Rising Stars visa apresentar jovens músicos
nas mais prestigiadas salas de concerto da Europa pertencentes a esta rede. Nesta edição,
instrumentistas de vários países apresentam cinco recitais entusiasmantes. A variedade da
música de câmara, do Classicismo aos nossos dias, pontifica no ciclo, com repertórios diversos.
De assinalar a apresentação de várias obras encomendadas pela ECHO, garantindo múltiplas
interpretações numa mesma temporada. Dos quartetos de Mozart às canções de Cole Porter,
passando pelo vanguardismo teatral de Aperghis, a energia da juventude em recitais cheios de
frescura e novidade.

01.05 PRÉMIO NOVOS TALENTOS pág. 90

12.05 CRISTINA GÓMEZ GODOY pág. 94

13.05 DIANA TISHCHENKO pág. 95

13.05 JAMES NEWBY pág. 97

14.05 ARIS QUARTET pág. 98

14.05 VANESSA PORTER pág. 99

01.05
segunda PRÉMIO NOVOS GLENN MILLER 02.05
terça
18:00
sala suggia TALENTOS ORCHESTRA 21:30
sala suggia

€ 10 Ao longo de 2022, o público da Casa da Música votou nos seus músicos
Cartão Amigo 25% e projectos favoritos, em 17 candidatos em concerto às terças ao fim da
Cartão BPI 20%
tarde. Com o objectivo de premiar o trabalho de jovens músicos com idade
até 35 anos e de nacionalidade portuguesa ou residência em Portugal,
de todos os géneros musicais, o Prémio Novos Talentos, com o apoio da
Ageas Portugal, chega agora ao seu ponto culminante com a final disputa-
da entre os três candidatos que obtiveram melhor classificação atribuída
pelo público. Horácio Ferreira (clarinete), o duo de piano de Sérgio de A
e Bernardo Pinhal, Pedro Borges (piano) e Beatriz Felício (fado) foram os
vencedores das edições deste Prémio.
Caso de sucesso em Portugal, onde esgota sempre as salas por onde pas- € 35
sa, a Glenn Miller Orchestra regressa à Casa da Música, sob a direcção do Cartão Amigo 25%
maestro Ray McVay, para desfiar os grandes êxitos do repertório do seu promotor:
Incubadora d’Artes
líder fundador. “Moonlight Serenade”, “In The Mood”, “Tuxedo Junction” ou
“Chattanooga Choo Choo” são apenas exemplos do talento extraordinário
em que sempre assentou a popularidade de Glenn Miller. De tão oleada, a
big band, constituída por 20 músicos e cantores, faz-nos recuar aos anos
30 num estalar de dedos.

GRANDES 05.05
sexta

CONCERTOS 21:00
sala suggia

VIRTUOSOS II
ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA série clássica
MICHAEL SANDERLING direcção musical
MARC COPPEY violoncelo € 22
FRANCISCO DE LACERDA Almourol Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
EDWARD ELGAR Concerto para violoncelo e orquestra de música 50%
em Mi menor, op. 85 Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
— Seniores (> 65 anos) 15%
SERGEI PROKOFIEFF Sinfonia n.º 7, em Dó sustenido maior, op. 131

O legado de Elgar encontra-se patente no seu Concerto para violoncelo. Uma das últimas
obras do compositor é uma meditação solista sobre a Europa do início do século XX, mar-
cada pela Grande Guerra. A expressividade da obra rapidamente a tornou uma favorita
do público. A mestria de Prokofieff como sinfonista ouve-se na Sinfonia n.º 7. Terminada
em 1952, é uma peça introspectiva que nos leva numa recapitulação do percurso criativo
do compositor. Portugal encontra-se representado por Francisco de Lacerda. Almourol
é uma breve pintura orquestral da paisagem portuguesa, escrita em 1926.

90 91
07.05
domingo SINFONIA ECHO RISING STARS 12–14
maio
12:00
sala suggia CINTILANTE
concerto
comentado

série famílias ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA As jovens promessas do circuito internacional têm encontro marcado no
MICHAEL SANDERLING direcção musical ciclo dedicado às ECHO Rising Stars, o talentoso grupo de artistas nomeado
€ 12 SERGEI PROKOFIEFF Sinfonia n.º 7, em Dó sustenido maior, op. 131 pelos programadores e directores das mais importantes salas de concerto
Juniores (< 30 anos) 50% da Europa. São quatro solistas e um quarteto de cordas que se apresentam
Professores e estudantes
de música 50%
em recitais de entrada livre na Casa da Música, incluindo nos alinhamentos
Cartão Amigo 25% novas obras encomendadas a Charlotte Bray, Vasco Mendonça, George
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% Aperghis e Misato Mochizuki. Uma oportunidade única para escutar os
nomes que se têm destacado nos concursos internacionais e que estão
A orquestra sinfónica foi trabalhada por Prokofieff de uma forma muito particular. A na mira das grandes editoras discográficas.
Sinfonia n.º 7 é um tratado de orquestração e da arte de combinar timbres. Atribuindo
importância à secção de percussão, traço marcante da produção orquestral do século
XX, é uma viagem por estilos e atmosferas. Neste concerto, a sinfonia é apresentada
de forma didáctica como veículo de compreensão da orquestra.
SERGEI PROKOFIEFF

92 93 Rito da Primavera
12.05
sexta CRISTINA
ECHO Rising Stars
GÓMEZ GODOY DIANA TISHCHENKO
ECHO Rising Stars
13.05
sábado
19:30 12:00
sala 2 sala 2
L’Auditori de Barcelona e Palau de la Música Catalana apresentam: Casa da Música e Philharmonie de Paris apresentam:

ENTRADA LIVRE CRISTINA GÓMEZ GODOY oboé
SARA FERRÁNDEZ viola
MARIO HÄRING piano
WOLFGANG AMADEUS MOZART Trio em Mi bemol maior, K.498
“Kegelsttat”, para oboé, viola e piano
MAURICE RAVEL Sonatina para piano
CAMILLE SAINT-SAËNS Sonata em Ré maior, op. 166, para oboé e piano
CHARLOTTE BRAY This oder Eden
(encomenda ECHO)
ROBERT KAHN Serenata em Fá menor, op. 73, para oboé, viola e piano
O Romantismo, centro deste recital, foi um período dourado da música de câmara em
que novas perspectivas de domesticidade e educação contribuíram para a valorização
da música feita em casa em contextos mais ou menos formais. Paralelamente, é apre-
sentada uma obra da jovem compositora inglesa residente em Berlim Charlotte Bray,
escrita aquando da aproximação do Brexit. Cristina Gómez Godoy lançou em Fevereiro
de 2022 o seu álbum de estreia, Mozart, Strauss: Oboe Concertos (Warner Classics),
muito aclamado por crítica e público.
DIANA TISHCHENKO violino ENTRADA LIVRE
KIRILL KOZLOVSKI piano
MAURICE RAVEL Tzigane
VASCO MENDONÇA a box of darkness with a bird in its heart,
para violino solo
(encomenda Casa da Música, Philharmonie de Paris e ECHO)
SOFIA GUBAIDULINA Dancer on a tightrope
IGOR STRAVINSKI Divertimento
O violino dos séculos XX e XXI domina este concerto. Do virtuosismo exótico de Tzigane
à apresentação de uma obra nova de Vasco Mendonça inspirada na poesia do norte-
-americano Terrance Hayes, as potencialidades do instrumento são exploradas sob o
Modernismo. O risco constante permeia Dancer on a tightrope, exploração sonora da
acrobacia, contrastando com a síntese de estilos e géneros alcançada por Stravinski
no seu Divertimento.

94 Rito da Primavera 95 Rito da Primavera

13.05
sábado CONSTELAÇÕES JAMES NEWBY 13.05
sábado
18:00
sala suggia ORQUESTRAIS ECHO Rising Stars

Barbican Centre apresenta:

21:00
sala 2

série descobertas ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA JAMES NEWBY barítono ENTRADA LIVRE
portrait ENNO POPPE direcção musical SIMON LEPPER piano
Enno Poppe II
CAROLIN WIDMANN violino GUSTAV MAHLER Ablösung im Sommer
€ 14 CARL PHILIPP EMANUEL BACH Sinfonia em Ré maior, W. 183/1 ERNEST CHAUSSON Le Colibri
Juniores (< 30 anos) 50% ENNO POPPE Schnur, para violino e orquestra JOHN IRELAND Three Ravens
Professores e estudantes
de música 50%
(estreia em Portugal) JOHANNES BRAHMS Lerchengesang
Cartão Amigo 25% — GABRIEL FAURÉ Le Papillon et La Fleur
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% CARL PHILIPP EMANUEL BACH Sinfonia em Mi bemol, W. 183/2 ROGER QUILTER The Wild Flower’s Song
FRIEDRICH GOLDMANN De profundis WOLFGANG AMADEUS MOZART Das Veilchen
SERGEI RACHMANINOFF My Child, you are as beautiful as a flower
As sinfonias de Carl Philipp Emanuel Bach encarnam a transição do Barroco para o GABRIEL FAURÉ Les Roses d’Ispahan
Classicismo. A simplificação das texturas, aliada à surpresa dos percursos harmónicos, FRANCIS POULENC Le Bestiaire
marcou o Classicismo inicial. A música de Friedrich Goldmann encontra-se baseada MICHAEL FLANDERS/DONALD SWANN The Whale
nos modelos europeus estabelecidos no pós-Segunda Guerra Mundial, conjugando FRANZ SCHUBERT Die Forelle
influências artísticas das duas Alemanhas. A estreia em Portugal de Schnur conta com REBECCA CLARKE The Seal Man
a violinista que contribuiu, determinantemente, para a escrita da peça, num trabalho GUSTAV MAHLER Des Antonius von Padua Fischpredigt
de proximidade entre compositor e intérprete. COLE PORTER Tale of the Oyster
CAROLIN WIDMANN

A Natureza inspirou muitas obras musicais. Neste recital, apresentam-se canções cujos
poemas abordam animais e plantas. Das violetas do Classicismo tardio ao Sermão de
Santo António, mistura-se fauna e flora num percurso variado da música para canto e
piano do século XVIII ao XX. Cruzando o erudito e o popular num contexto doméstico,
um recital que poderia ser um catálogo da vida selvagem.

96 97 Rito da Primavera
14.05
domingo ARIS QUARTET
ECHO Rising Stars
VANESSA
ECHO Rising Stars
PORTER 14.05
domingo
16:00 18:00
sala 2 sala 2
Elbphilharmonie Hamburg e Konzerthaus Dortmund apresentam: Festspielhaus Baden-Baden e Kölner Philharmonie apresentam:

ENTRADA LIVRE ARIS QUARTET VANESSA PORTER percussão ENTRADA LIVRE

WOLFGANG AMADEUS MOZART Quarteto de cordas em Dó KV465,
“dissonância”
MISATTO MOCHIZUKI nova obra
(encomenda Elbphilharmonie Hamburg, Konzerthaus Dortmund
e ECHO)
FRANZ SCHUBERT Quarteto de Cordas em Lá menor, “Rosamunde”
O quarteto para cordas é um veículo privilegiado para a criação musical. Partindo de
um dos quartetos mais conhecidos da História da Música, lança-se uma viagem do
Classicismo até aos nossos dias. A leveza e o carácter lúdico de alguns momentos de
Mozart contrastam com o vanguardismo romântico de Schubert. A nova obra para esse
agrupamento da compositora japonesa Misatto Mochizuki revela o percurso sinuoso
dessa formação ao longo da História da Música.
DANIEL MUDRAK electrónica
VANESSA PORTER Folie, para sons e electrónica
SALVATORE SCIARRINO Appendice alla perfezione, para 14 sinos
VINKO GLOBOKAR ?Corporel, para percussão corporal
DAVID LANG The Anvil Chorus, para Set-up
GEORGES APERGHIS The Messenger, para Zarb e voz
(encomenda Kölner Philharmonie (KölnMusik) no âmbito do “non
bthvn project”, Festspielhaus Baden-Baden e ECHO)
EMIL KUYUMCUYAN Shapes, para vibrafone
(encomenda Kölner Philharmonie (KölnMusik))
GEORGES APERGHIS Le corps a corps, para Zarb e voz
ALEXANDER SANDI KUHN À Deux, para vibrafone
(encomenda Kölner Philharmonie (KölnMusik))

A música de compositores vivos domina este recital de percussão e electrónica. Ao

longo do século XX, a emancipação da percussão tornou-a um veículo privilegiado
para as linguagens vanguardistas. Com o desenvolvimento de meios electrónicos,
as possibilidades expressivas da percussão foram aumentadas substancialmente. A
contemporaneidade, a improvisação e a surpresa têm palco num recital que explora
som e música de uma forma especial.

98 Rito da Primavera 99 Rito da Primavera

19–21
maio TRIBUTO A HELENA ALLEGRO 19.05
sexta

SÁ E COSTA APPASIONATO 21:00

sala suggia

Este ano cumpre-se o 110.º aniversário do nascimento de Helena Sá e ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA série clássica
Costa, pianista e pedagoga portuense que desenvolveu uma carreira de CORO CASA DA MÚSICA integral das sinfonias
de Schumann
dimensão internacional e contribuiu para a formação de inúmeros músicos. CHRISTIAN ZACHARIAS piano e direcção musical
Como tem sido habitual, a Casa da Música assinala a data com um ciclo JOHANNES BRAHMS Serenata n.º 2, op. 16 € 22
em que o piano assume o protagonismo. Desta vez são três os eventos ROBERT SCHUMANN Introdução e Allegro appasionato, Juniores (< 30 anos) 50%
para piano e orquestra Professores e estudantes
programados: o recital de estreia em Portugal da multipremiada pianista de música 50%
chinesa Zee Zee, considerada a jovem revelação internacional do piano — Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
pela BBC, um concerto com uma peça para piano e orquestra, novamente ROBERT SCHUMANN Sinfonia n.º 4 em Ré menor, op. 120 Seniores (> 65 anos) 15%
com a presença do virtuoso Christian Zacharias, e a já tradicional Maratona
de Teclistas, que todos os anos nos permite tomar o pulso ao panorama do A ligação entre Schumann e Brahms foi fulcral no Romantismo germânico. O virtuosismo
ensino dos instrumentos de teclas em Portugal. Acima de tudo, o Tributo proeminente da Introdução e Allegro appasionato e a expressividade da Sinfonia n.º
a Helena Sá e Costa é uma festa em torno do piano. 4 apresentam facetas distintas do estilo do primeiro. Ambiguidade, densidade e con-
traste dominam uma abordagem filosófica à música. As canções para coro e orquestra
de Brahms revelam uma faceta pouco conhecida do compositor, a transformação da
poesia germânica através do ideal sinfónico.

100 101 Tributo a Helena Sá e Costa

20.05
sábado MARATONA DE ZEE ZEE 21.05
domingo
+
21.05
domingo
TECLISTAS 2023 ciclo piano 18:00
sala suggia

10:00 vários
espaços
serviço educativo Várias centenas de teclistas, alunos de escolas vocacionais de música de
famílias e público geral diversos pontos do país, distribuem-se pelos diferentes espaços da Casa e
€ 3 mostram a um público entusiástico o talento que têm, contribuindo para a
criação de uma atmosfera muito especial. Não é uma novidade, mas todos
os anos nos surpreende. Para 2023 aguardamos, como de costume, uma
participação muito expressiva nas salas da Casa da Música.
RICHARD WAGNER Tristão e Isolda: Prelúdio do Primeiro Acto € 22
ARNOLD SCHOENBERG Três peças para piano, op. 11 Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
MAURICE RAVEL Gaspard de la Nuit de música 50%
— Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
FRANZ LISZT Vallée d’Obermann; Les Jeux d’Eaux à la Villa Seniores (> 65 anos) 15%
d’Este; Tarantella
Um dos grandes destaques do ciclo de piano em 2023 é a estreia em Portugal de Zee
Zee, a pianista que venceu prestigiados concursos internacionais nos Estados Unidos, na
China e na Rússia e cujas recentes gravações para a as editoras Deutsche Gramophone
e Decca foram recebidas entusiasticamente pela crítica. Considerada a jovem revelação
internacional do piano pela BBC, a pianista traz-nos um recital abrangente com uma
criteriosa escolha do seu último álbum. As viagens do virtuoso Franz Liszt pela Suíça e
Itália enformaram o seu pianismo, que integrou elementos das paisagens com as quais
contactou. Richard Wagner inspirou-se na obra de Liszt para a exploração inovadora da
tonalidade. O simbolismo etéreo de Gaspard de la Nuit e o modernismo de Schoenberg
completam um recital cativante.

102 Tributo a Helena Sá e Costa 103 Tributo a Helena Sá e Costa

 27.05
sábado
18:00
REQUIEM SECULAR CENAS INFANTIS 28.05
domingo
10:00, 11:30
sala suggia e 16:00
sala 2

série descobertas ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA BEATRIZ ROLA e PEDRO ALVADIA direcção artística e interpretação serviço educativo
BALDUR BRÖNNIMANN direcção musical SERVIÇO EDUCATIVO interpretação famílias
(crianças dos 3 meses
€ 14 JONATHAN AYERST piano aos 6 anos)
Juniores (< 30 anos) 50% MARCO BLAAUW trompete Jogar à cabra-cega, brincar montado num cavalo de pau ou simplesmente
Professores e estudantes
de música 50%
HANS WERNER HENZE Requiem sentir o conforto de se estar à lareira. São estas apenas algumas das ima- € 12
Cartão Amigo 25% (estreia em Portugal) gens que levavam Robert Schumann até à infância, o mundo dos sonhos, criança+adulto
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% do mistério e de todas as possibilidades. Inspirado neste imaginário, o € 10
compositor escreveu Cenas Infantis, o célebre ciclo para piano que agora segundo acompanhante
> 6 anos
São nove Concertos Sagrados que, todos juntos, constituem um Requiem sem vozes se torna objecto de uma releitura delicada e divertida do Serviço Educativo
nem texto. A obra de Hans Werner Henze foi escrita entre 1991 e 1993 e teve, na ori- da Casa da Música. Um espectáculo único que nos vai levar pelos mundos
gem, uma encomenda da Sinfonietta de Londres. E assim nasceu um Requiem que, de imaginados pelo compositor.
acordo com o compositor, se quis “secular e multicultural, um gesto de amor fraterno
por todos aqueles que perdem a vida demasiado cedo”. Henze, compositor alemão,
deixou uma obra extensa de trabalhos muito diferentes, tendo sido influenciado por
fontes tão distintas como a obra de Stravinski, a música italiana, a árabe e o jazz. Para
este Requiem, ao piano vai estar Jonathan Ayerst e no trompete o mítico Marco Blaauw.
HANS WERNER HENZE

104 105
 28.05
domingo 100.º ANIVERSÁRIO ESCOLA A CANTAR 29.05
segunda
18:00
sala suggia DE LIGETI 2023 19:00
sala suggia

€ 12 CORO CASA DA MÚSICA ANTÓNIO MIGUEL TEIXEIRA, DALILA TEIXEIRA, DUARTE CARDOSO, serviço educativo
Juniores (< 30 anos) 50% MARTINA BATIČ direcção musical IVO BRANDÃO, JOANA CASTRO e RAQUEL COUTO direcção musical famílias e público geral
Professores e estudantes
de música 50%
ARVO PÄRT Missa de Berlim ANTÓNIO MIGUEL TEIXEIRA, JOANA CASTRO e RAQUEL COUTO (> 6 anos)
Cartão Amigo 25% GYÖRGY LIGETI Noite e Manhã; Luz Eterna; Viúva Papai; direcção coral
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15%
Dança do Casamento; Duas Danças de Kállo DALILA TEIXEIRA, DUARTE CARDOSO e IVO BRANDÃO € 8
acompanhamento instrumental
György Ligeti é uma referência da música do século XX, nascido a 28 de maio de 1923. COROS DAS EB1 DA LOMBA, QUATRO CAMINHOS
Este concerto assinala o centenário do seu nascimento. A sua obra coral, solidamente e QUINTA DAS CHÃS interpretação
ancorada nas técnicas do Renascimento e do Barroco, foca-se na variabilidade da
textura e do espectro, transformando a abordagem à voz. Neste concerto, além de Este encontro dos três projectos corais escolares que iniciámos em Outubro de 2016
obras emblemáticas de Ligeti, ouviremos a Missa de Berlim de Arvo Pärt, uma obra é já um momento alto da nossa programação. Milhares de crianças tiveram, ao longo
contemplativa em que o estatismo convida à devoção. destes anos, um contacto progressivo com a prática vocal. Em Maio de 2023, mais
uma vez, recebemos cerca de 350 crianças que apresentam a toda a comunidade
escolar o trabalho desenvolvido durante o ano lectivo e, simultaneamente, têm uma
experiência artística na Sala Suggia, auditório principal da Casa da Música, o que para
muitos ficará na memória.
MARTINA BATIČ

106 107
31.05
quarta ADRIANA
21:00
sala suggia CALCANHOTTO
€ 30 · € 45 Com um percurso discográfico iniciado há mais de 30 anos, Adriana
Cartão Amigo 25% Calcanhotto cedo se afirmou como uma artista de grande dimensão, es-
promotor: Im.par pecialmente dotada para a escrita de canções intimistas que resistem ao
tempo. Depois de Só, disco composto durante a pandemia, a cantautora
brasileira voltou ao estúdio para gravar Errante, o seu 13.º álbum de originais,
com lançamento previsto para Março ou Abril de 2023. Este concerto na
Casa da Música é, pois, um momento de revelação, uma tomada de pulso
à vitalidade artística e performativa de Adriana Calcanhotto.
© LEO AVERSA

108 junho
 02.06
sexta A QUARTA VALSAS NOBRES 04.06
domingo
21:00
sala suggia DE BRAHMS concerto comentado 12:00
sala suggia

série clássica ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA série famílias
KEREM HASAN direcção musical KEREM HASAN direcção musical
€ 22 MAURICE RAVEL Valsas Nobres e Sentimentais MAURICE RAVEL Valsas Nobres e Sentimentais € 12
Juniores (< 30 anos) 50% RICHARD STRAUSS Valsas, da ópera O Cavaleiro da Rosa RICHARD STRAUSS Valsas, da ópera O Cavaleiro da Rosa Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes Professores e estudantes
de música 50%
— de música 50%
Cartão Amigo 25% JOHANNES BRAHMS Sinfonia n.º 4 em Mi menor, op. 98 Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20% Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% Seniores (> 65 anos) 15%

Vencedor do prestigiado prémio de direcção de orquestra The Nestlé and Salsburg
Young Conductors Award em 2017, o jovem maestro londrino Kerem Hasan tem di-
rigido grandes orquestras europeias como a London Symphony ou a Orquestra do
Concertgebouw, sendo já titular da Orquestra de Innsbruck, na Áustria. Na sua estreia
com a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música dirige um programa marcado pelo
ímpeto sedutor da valsa, nas versões de Maurice Ravel e Richard Strauss, e pelo apogeu
sinfónico da obra de Brahms.
KEREM HASAN
A valsa, essa dança sedutora a três tempos cujo rodopio constante causava delírios e
desmaios nos salões de baile do século XIX, na visão de dois dos maiores compositores
da História da Música. Nas Valsas Nobres e Sentimentais, Ravel presta homenagem
ao compositor vienense Franz Schubert, natural da capital da valsa e que também
retratou o género em peças para piano. A valsa é também a dança mais presente na
célebre e bem-humorada ópera de Strauss, O Cavaleiro da Rosa, fazendo parte dos
jogos de galanteio.

RICHARD STRAUSS
110 111
 16.06
sexta A DÉCIMA FLORESTA DOS SONS 18.06
domingo
21:00
sala suggia DE MAHLER 10:00, 11:30
e 16:00
sala 2

série clássica ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA DIGITÓPIA direcção artística serviço educativo
JOHN STORGÅRDS direcção musical ANA ISABEL OLIVEIRA, FILIPE FERNANDES, ÓSCAR RODRIGUES, famílias (crianças dos
3 meses aos 6 anos)
€ 22 GUSTAV MAHLER Sinfonia n.º 10 (Cooke) RICARDO VIEIRA e RUI RODRIGUES interpretação
Juniores (< 30 anos) 50% € 12
Professores e estudantes
de música 50%
Um mergulho na floresta, nas suas histórias e paisagens sonoras, com a criança+adulto
Cartão Amigo 25% ajuda da Digitópia, que, recorrendo à tecnologia, nos dará a ouvir de múl- € 10
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% tiplas formas os sons de uma floresta mágica. Um concerto-viagem que é segundo acompanhante
> 6 anos
igualmente um despertar da consciência de todos para questões ambientais.
A escrita da Sinfonia n.º 10 foi interrompida pela morte de Mahler. O compositor tinha
deixado um andamento completo e esboços detalhados do restante. Dessa forma, os
materiais alimentaram a possibilidade da sua realização e várias pessoas empenharam-
-se na construção do puzzle. O musicólogo inglês Deryck Cooke destacou-se através
da criação de diversas versões da obra que se tornaram presença frequente nas salas
de concerto. O espírito de Mahler numa obra que funde Romantismo e Modernismo
de forma tensa e excitante.
JOHN STORGÅRDS

112 113
Verão da Casa 23 junho –
09 setembro

O Verão da Casa é um grande festival com início na noite mais longa da cidade. A Casa sai de
casa em momentos que marcam a temporada estival, levando a música ao encontro das pessoas,
em espaços urbanos emblemáticos do Porto e de cidades da Área Metropolitana. O palco da
Esplanada do Café volta a oferecer ao público uma grande diversidade de concertos nos meses
em que apetece ouvir boa música ao ar livre e tomar uma bebida fresca. Apresentando uma
grande variedade de artistas, a programação abarca músicas dos mais diversos géneros e em
contextos apenas possíveis nesta altura do ano. Em 2023, a Sala 2 abre as portas a concertos
de música portuguesa de raiz tradicional, marcando a diferença e ampliando a oferta cultural da
cidade num Verão que se espera quente e cheio de um entusiamo descontraído.
 30.06
sexta GRANDES
21:00
sala suggia CONCERTOS
fora de série
VIRTUOSOS III
€ 22 ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA
Juniores (< 30 anos) 50% CORO CASA DA MÚSICA
Professores e estudantes
de música 50%
STEFAN BLUNIER direcção musical
Cartão Amigo 25% VADYM KHOLODENKO piano
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% FERRUCIO BUSONI Suite Turandot
—
FERRUCIO BUSONI Concerto para piano e orquestra
(estreia em Portugal)

Ferrucio Busoni é uma figura fascinante do Modernismo. Pianista virtuoso e professor

destacado, coexistem diversas estéticas na sua abordagem. O fascínio pelo século
XVIII marcou o seu pianismo e a commedia dell’arte de Turandot materializou-se numa
suite e numa ópera. O grande pianista Vadym Kholodenko apresenta, pela primeira
vez em Portugal, o Concerto para piano e orquestra de Busoni, obra de grande fôlego
e virtuosismo pirotécnico.
VADYM KHOLODENKO

116 julho
02.07
domingo
18:00
SONÓPOLIS 2023 PRÉMIO SUGGIA
concerto do vencedor da edição 2022 · suggia
07.07
sexta
21:00
sala suggia sala suggia

serviço educativo SAM MASON e TIM STEINER direcção musical ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA série clássica
famílias e público geral 17.º CURSO DE FORMAÇÃO DE ANIMADORES MUSICAIS, BRUNO BORRALHINHO direcção musical
(> 6 anos)
OUTROS interpretação KONSTANZE PIETSCHMANN violoncelo € 22
ENTRADA LIVRE FERNANDO LOPES-GRAÇA Suite Rústica n.º 1 Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
DMITRI CHOSTAKOVITCH Concerto para violoncelo e orquestra n.º 2 de música 50%
Sonópolis é um encontro entre comunidades diversas, tendo-se tornado ao longo do — Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
tempo – celebra o 15.º aniversário em 2023 – uma referência internacional na arte partici- SERGEI PROKOFIEFF Sinfonia n.º 5 Seniores (> 65 anos) 15%
pativa que integra de forma homogénea artistas profissionais e não-profissionais. Todos
os anos a festa é diferente, como são diferentes os músicos, vindos de vários pontos O violoncelo ocupa um lugar de destaque neste concerto, dedicado à música do século
do País, os formandos e, naturalmente, a música. Corolário do Curso de Formação de XX. Nele, apresenta-se Konstanze Pietschmann, artista em ascensão e vencedora do
Animadores Musicais, Sonópolis reúne cerca de duas centenas de pessoas no palco 7.º Prémio Internacional Suggia/Fundação Casa da Música. A expressividade român-
da Sala Suggia, em ambiente de celebração e partilha. Um espectáculo de créditos tica é sublinhada pelo virtuosismo no Concerto para violoncelo n.º 2, em cuja escrita
firmados no panorama nacional como a grande festa da música feita com comunidades. Chostakovitch destilou o seu estilo único, evidenciando grande maturidade. O buco-
lismo e a canção tradicional pontificam na obra de Lopes-Graça, de carácter quase
cinematográfico. A Sinfonia n.º 5 de Prokofieff foi escrita quando já se pressentia o
desfecho da Segunda Guerra Mundial, com a derrota da Alemanha nazi. Os ecos da
guerra encarnam numa obra dominada pelo virtuosismo e pelo distanciamento irónico.

KONSTANZE PIETSCHMANN
118 119
08.07
sábado MARATONA DE CANTO EM CANTO 09.07
domingo
10:00
vários espaços DE VIOLONCELISTAS 18:00
sala suggia

suggia 2023 CORO INFANTIL CASA DA MÚSICA serviço educativo

RAQUEL COUTO direcção musical famílias e público geral
(> 6 anos)
DALILA TEIXEIRA piano
serviço educativo É mais uma celebração e é mais um momento em que alunos do ensino € 8
famílias e público geral vocacional de música se apresentam em vários espaços da Casa da Música. Viajar por canções de vários tempos e lugares. Vai-se de canto em canto
€ 3 Ao longo dos anos temos tido grande participação de violoncelistas: a solo, para celebrar a música em todas as suas vertentes: ora se viaja pelas par-
em pequenos agrupamentos ou em grandes ensembles com dezenas de tituras eruditas de várias épocas, ora se canta os temas da música popular
instrumentistas. Para 2023 aguardamos igualmente uma participação de várias geografias e eras. Um concerto para todos os que adoram viajar
escolar forte e apaixonada. e conhecer o mundo através da música.

120 121
 ACADEMIA DE VERÃO 23.07
domingo

REMIX ENSEMBLE
concerto final
18:00
sala suggia

REMIX ENSEMBLE CASA DA MÚSICA € 14

FORMANDOS DA ACADEMIA DE VERÃO Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
PETER RUNDEL direcção musical de música 50%
JOÃO CALDAS nova obra para ensemble Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
(estreia mundial; encomenda Casa da Música) Seniores (> 65 anos) 15%
Restante programa a anunciar

A 5.ª edição da Academia de Verão Remix Ensemble é, à semelhança das edições

anteriores, uma oportunidade para instrumentistas e alunos de direcção trabalharem
com os elementos do prestigiado agrupamento residente da Casa da Música de forma
a aperfeiçoarem as suas competências técnicas, artísticas e performativas. Além das
masterclasses de direcção, orientadas por Peter Rundel, há lugar para workshops
individuais, ensaios, recitais de música de câmara e a possibilidade de integrar o en-
semble nos concertos da Academia de Verão. A Academia termina mais uma edição
juntando os instrumentistas participantes e os membros do agrupamento de música
contemporânea num concerto final, onde se pode ouvir a estreia mundial de uma nova
obra do jovem compositor em residência em 2023.

122 123
info.casadamusica.com/holograma setembro
Vista do Espaço 15–24
setembro

a Terra era Azul

Os assuntos da actualidade têm fornecido temas para a narrativa programática de Setembro. Na
presente temporada, Vista do Espaço a Terra era Azul coloca no centro da discussão a relação
do Humano com a Natureza. Da conservação das espécies à descarbonização, passando pelas
paisagens naturais, o ciclo transporta-nos para o mundo natural. Um concerto da Orquestra
Sinfónica convida-nos ao debate propondo obras de compositores como Tchaikovski, Frank Bridge
e Dvořák, que evocam as paisagens imensas da Terra. Com o Remix Ensemble, o programa passa
por Darius Milhaud e a sua Criação do Mundo. Inspirado no jazz, incorpora a herança africana numa
obra muito especial. Sciarrino metabolizou As Quatro Estações, de Antonio Vivaldi, lançando o
alerta para as alterações climáticas. A poluição e a extinção de espécies movem a australiana
Liza Lim, que criou uma obra que nos coloca ao espelho perante as transformações nos ecossis-
temas. O passado e o presente coexistem no segundo concerto da Orquestra Sinfónica. Entre o
primitivismo pagão de Earth Dances e a causa da preservação das baleias numa peça de Alan
Hovhaness, uma bela sinfonia de Haydn remete-nos para o elemento fogo. A Orquestra Barroca
apresenta suites barrocas ligadas à Natureza. O bailado Os Elementos acompanha a criação do
mundo, enquanto a Música Aquática de Telemann nos leva ao porto de Hamburgo nas margens
do rio Elba. O poder expressivo da música para nos recordar que só temos este berlinde azul!

15.09 A TEMPESTADE pág. 128

17.09 SINFONIA DO NOVO MUNDO pág. 129

19.09 ESTAÇÕES ARTIFICIAIS pág. 130

23.09 DANÇAS DA TERRA pág. 131

24.09 A MÚSICA E OS ELEMENTOS pág. 132

127
15.09
sexta A TEMPESTADE SINFONIA DO 17.09
domingo
21:00
sala suggia NOVO MUNDO
concerto
comentado
12:00
sala suggia

série clássica ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA série famílias
CLEMENS SCHULDT direcção musical CLEMENS SCHULDT direcção musical
€ 22 PIOTR ILITCH TCHAIKOVSKI A tempestade ANTONÍN DVOŘÁK Sinfonia n.º 9 € 12
Juniores (< 30 anos) 50% FRANK BRIDGE O mar Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes Professores e estudantes
de música 50%
— de música 50%
Cartão Amigo 25% ANTONÍN DVOŘÁK Sinfonia n.º 9 Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20% Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% Seniores (> 65 anos) 15%

O Planeta Azul é o tema deste concerto. A inspiração shakespeareana do Romantismo A paisagem natural dos Estados Unidos da América inspirou a escrita de uma das obras
encarnou num poema sinfónico de Tchaikovski pleno de dramatismo e cor orquestral. mais emblemáticas da música erudita. A Sinfonia n.º 9, Do Novo Mundo, foi escrita por
Nascido numa cidade costeira do sul de Inglaterra, Frank Bridge escreveu uma obra Dvořák nesse país em construção. A expansão para Oeste, a transformação dos cen-
orquestral inspirada no mar e na sua mutabilidade, acompanhando vários estados da tros urbanos e a industrialização transformaram profundamente o ecossistema dessa
massa aquática. A ciência aeroespacial permitiu-nos chegar a outros lugares no espaço, nação. Neste concerto familiar, ouvimos os sons americanos filtrados pelos ouvidos de
mas também nos deu imagens únicas da Terra. Assim, temos um Novo Mundo ao som de um compositor europeu.
uma obra emblemática de Antonín Dvořák, que nos remete para as paisagens naturais
dos Estados Unidos da América numa época de expansão a Oeste.
Várias formas de evocar musicalmente o nosso planeta, num apelo a uma consciencia-
lização plena do quanto todos podemos fazer para evitar a sua destruição anunciada.
CLEMENS SCHULDT

128 Vista do Espaço a Terra era Azul 129 Vista do Espaço a Terra era Azul
19.09
terça ESTAÇÕES DANÇAS DA TERRA 23.09
sábado
19:30
sala suggia ARTIFICIAIS 18:00
sala suggia

€ 14 REMIX ENSEMBLE CASA DA MÚSICA ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA série descobertas
Juniores (< 30 anos) 50% PETER RUNDEL direcção musical STEFAN BLUNIER direcção musical
Professores e estudantes
de música 50%
ASHOT SARKISSJAN violino ALAN HOVHANESS And God Created Great Whales € 14
Cartão Amigo 25% DARIUS MILHAUD La Création du Monde (estreia em Portugal) Juniores (< 30 anos) 50%
Cartão BPI 20% Professores e estudantes
Seniores (> 65 anos) 15% SALVATORE SCIARRINO Le stagioni artificiali, para violino e ensemble JOSEPH HAYDN Sinfonia n.º 59 em Lá maior, “O Fogo” de música 50%
— — Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
LIZA LIM Extinction Events & Dawn Chorus HARRISON BIRTWISTLE Earth Dances Seniores (> 65 anos) 15%

O planeta e o ambiente motivam o programa deste concerto que reúne abordagens
musicais inovadoras que, precisamente nos últimos cem anos, nos recordam que a
preservação da Natureza não é facultativa. Darius Milhaud inspirou-se em mitos africa-
nos para explicar a criação do mundo, ligando a África às Américas através do jazz. As
mudanças climáticas transtornaram as estações do ano. Assim, Sciarrino revisita As
Quatro Estações de Vivaldi através de um prisma vanguardista. A australiana Liza Lim
inspirou-se na cultura dos aborígenes para escrever uma intensa obra sobre a relação
da Humanidade com o planeta Terra.
A pulsação telúrica e primitivista marca as Earth Dances, de Birtwistle, a teatralidade
pagã inspira uma obra marcante no panorama musical contemporâneo. Os movimen-
tos ecologistas do século XX abraçaram diversas causas. And God Created Great
Whales, do americano Alan Hovhaness, é um alerta para a extinção desses mamíferos
de grande porte. Uma linguagem orquestral que se mistura com sons gravados des-
ses magníficos animais. O espírito cinético do fogo encarna numa sinfonia de Haydn.
Contudo, a associação do título ao elemento não foi forjada pelo compositor, um Hefesto
da sinfonia clássica.

HARRISON BIRTWISTLE
130 Vista do Espaço a Terra era Azul 131 Vista do Espaço a Terra era Azul
 24.09
domingo A MÚSICA E OS
18:00
sala suggia ELEMENTOS
€ 18 ORQUESTRA BARROCA CASA DA MÚSICA
Juniores (< 30 anos) 50% LAURENCE CUMMINGS cravo e direcção musical
Professores e estudantes
de música 50%
JEAN-FÉRY REBEL Os Elementos
Cartão Amigo 25% —
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% GEORG PHILIPP TELEMANN Música Aquática, TWV 55:C3

O fascínio pela descrição da Natureza faz parte do imaginário do século XVIII. Foi numa
época em que os modelos franceses se encontravam em mudança que Rebel e Telemann
escreveram as suas obras. Les Éléments é um bailado que mistura os elementos com o
caos, numa leitura inovadora para a época. Water Music, estreada em 1723, foi escrita
para celebrar o centésimo aniversário do Almirantado de Hamburgo. É uma obra que
utiliza a técnica de composição “pintura de palavras”, através da qual se procura que
a música imite as emoções, acções ou os sons reais do tema abordado e onde é retra-
tado um conjunto de divindades aquáticas. O rigor da dança barroca, a ornamentação
e a fantasia misturam-se em narrativas que nos transportam para um período com
preocupações muito diferentes sobre os fenómenos ambientais.
LA PALMA, 2014 © WOLFGANG TILLMANS

132 Vista do Espaço a Terra era Azul outubro

01.10
domingo GRANDES AMORES DE POETA 04.10
quarta
18:00
sala suggia CONCERTOS 19:30
sala suggia

fora de série
VIRTUOSOS IV
dia mundial
da música
REMIX ENSEMBLE CASA DA MÚSICA € 18
PETER RUNDEL direcção musical Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
€ 22 ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA MATTHIAS GOERNE barítono de música 50%
Juniores (< 30 anos) 50% VASSILY SINAISKY direcção musical ROBERT SCHUMANN/JÖRG WIDMANN Dichterliebe (versão para Cartão Amigo 25%
Professores e estudantes Cartão BPI 20%
DMITRII KALASHNIKOV piano ensemble e barítono) Seniores (> 65 anos) 15%
de música 50%
Cartão Amigo 25% HECTOR BERLIOZ O Corsário (estreia mundial; encomenda Casa da Música, Kölner Philharmonie
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% SERGEI RACHMANINOFF Concerto para piano n.º 3 e Elphilharmonie Hamburg, com o apoio da Ernst von Siemens
— Music Foundation)
CLAUDE DEBUSSY Jeux
MAURICE RAVEL Bolero Matthias Goerne é uma referência no panorama do Lied. Neste concerto, apresenta
a estreia mundial de uma abordagem pessoal a uma obra cimeira do Romantismo. A
No Dia Mundial da Música, propomos uma viagem pela música orquestral do Romantismo narrativa poética de Dichterliebe, com poemas de Heinrich Heine, é arranjada/composta
e do bailado modernista. O Corsário transporta os ouvintes ao mundo marítimo e por Jörg Widmann numa releitura que sobrepõe tempos históricos de forma a atribuir
aos textos de Byron, numa manifestação do colorido tímbrico que sublinha a acção o valor máximo à palavra. Música tornada literatura e literatura tornada música.
musical. O virtuosismo do compositor-pianista Sergei Rachmaninoff sobressai num
concerto intenso em que solista e orquestra se digladiam e complementam. O ténis era

MATTHIAS GOERNE
um desporto cuja moda tocou a sociedade elegante do início do século XX. Debussy
inspirou-se numa partida desse desporto para criar um bailado vanguardista, estreado
duas semanas antes de A Sagração da Primavera. A bailarina Ida Rubinstein encomen-
dou a Ravel uma obra orquestral para coreografar. Desse encontro de dois grandes
artistas resultou uma das obras mais famosas da música erudita, o Bolero, mostruário
electrizante dos instrumentos da orquestra.
DMITRII KALASHNIKOV

134 135
07.10
sábado O MANDARIM ARRANJOS CORAIS 08.10
domingo
18:00
sala suggia MARAVILHOSO 18:00
sala suggia

série descobertas ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA CORO CASA DA MÚSICA € 12
NUNO COELHO direcção musical LÉO WARINSKI direcção musical Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
€ 14 MARTIM BARBOSA clarinete SAMUEL BARBER Agnus Dei de música 50%
Juniores (< 30 anos) 50% JOÃO CALDAS nova obra para orquestra MAURICE RAVEL (arr. CLYTUS GOTTWALD) Soupir Cartão Amigo 25%
Professores e estudantes Cartão BPI 20%
de música 50%
(estreia mundial; encomenda Casa da Música) GUSTAV MAHLER (arr. CLYTUS GOTTWALD) Ich bin der Welt Seniores (> 65 anos) 15%
Cartão Amigo 25% MAGNUS LINDBERG Concerto para clarinete MAURICE RAVEL (arr. THIBAULT PERRINE) Pavane pour une infante
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% — défunte; Bolero
BÉLA BARTÓK Suite de O Mandarim maravilhoso CLAUDE DEBUSSY (arr. CLYTUS GOTTWALD) Des pas sur la neige

Dirigido por um maestro com a carreira em crescendo, este concerto apresenta duas
obras do século XX e outras tantas do século XXI. Estreado em 2002, o Concerto para
clarinete de Magnus Lindberg é uma peça concertante que rapidamente se integrou
nos programas de virtuosos e salas de concerto. O jovem Martim Barbosa, vencedor
do 2.º Concurso Ibero-Americano de Clarinete, protagoniza uma obra cujo virtuosismo
teatral, associado à heterogeneidade de ambientes, tornou uma referência da contem-
poraneidade. A estreia mundial da peça orquestral encomendada pela Casa da Música
Os arranjos fazem parte do universo da música coral. Este concerto apresenta obras
para coro do Modernismo baseadas em peças instrumentais. Barber arranjou o famoso
Adagio do Quarteto para cordas, op. 11 para coro, num momento de intensa expressi-
vidade. Os arranjos corais do compositor alemão Clytus Gottwald são uma referência.
Nesta tarde outonal, ouvimos obras famosas de Ravel, Debussy e Mahler como nunca
as escutámos. O coro como agregado tímbrico no tardo-Romantismo e no Modernismo.

LÉO WARINSKI
a João Caldas gera a expectativa de como a ouviremos, por si mesma e pelo modo
como contrasta com Lindberg. A sensualidade coreográfica levantou problemas ao
bailado O Mandarim maravilhoso, filigrana modernista cuja apresentação em formato
suite levou o nome de Bartók mais longe.
NUNO COELHO

136 137
 AS FLORES
USTINA DUBITSKY

13.10
sexta

DE MAHLER 21:00
sala suggia

ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA série clássica

USTINA DUBITSKY direcção musical
VICTOIRE BUNEL soprano € 22
WOLFGANG AMADEUS MOZART Sinfonia n.º 24 em Sol menor, K.183 Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
GUSTAV MAHLER Kindertotenlieder de música 50%
— Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
GUSTAV MAHLER Blumine; Totenfeier (versão original de 1888) Seniores (> 65 anos) 15%

A figura de Gustav Mahler ilumina o presente concerto. A poesia de Friedrich Rückert

encarna numa obra orquestral de grande emotividade. Guiado pela mão segura de
Ustina Dubitsky e pela bela voz de Victoire Bunel, o público atravessa lugares trágicos e
nostálgicos do Romantismo, enfatizados pela orquestração inovadora de Mahler. Blumine
integrava a primeira sinfonia do compositor. Contudo, uma recepção desastrosa implicou
a sua retirada da obra. Totenfeier percorreu o sentido inverso. Inicialmente concebido
como um poema sinfónico, foi transformado por Mahler no primeiro andamento da
Sinfonia n.º 2. O Classicismo vienense antecipou a produção de Mahler, contrastando,
expressiva e marcadamente, com o cânone finissecular. A Sinfonia n.º 24 foi escrita
por Mozart nos últimos tempos de Salzburgo e encarna a leveza e a expressividade
galante do final do século XVIII.

138 139
15.10
domingo
12:00
MAHLER EXPLICADO
concerto comentado
PEDRO BORGES
ciclo piano
17.10
terça
21:00
sala suggia sala suggia

série famílias ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA JOSEPH HAYDN Fantasia em Dó menor, Hob.XVII:4 € 22
USTINA DUBITSKY direcção musical CLAUDE DEBUSSY Images, Livro 1 Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
€ 12 GUSTAV MAHLER Blumine; Totenfeier BÉLA BARTÓK Sonata para piano de música 50%
Juniores (< 30 anos) 50% — Cartão Amigo 25%
Professores e estudantes Cartão BPI 20%
de música 50%
O génio musical de Mahler explora magistralmente a orquestra. A in- JOHANNES BRAHMS/FERRUCIO BUSONI Prelúdios corais, op. 122 Seniores (> 65 anos) 15%
Cartão Amigo 25% tegração de elementos sonoros do quotidiano transformou a forma (selecção)
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% de abordar a sinfonia. Neste concerto para famílias, apresentam-se JOHANNES BRAHMS Sonata para piano, op. 5
duas obras marcantes do compositor. Blumine é um andamento da
Sinfonia n.º 1 retirado por Mahler após o fracasso da estreia da obra, em Recentemente premiado em concursos internacionais, Pedro Borges é um valor em
Budapeste. Totenfeier começou como um poema sinfónico que o com- ascensão no panorama musical português. Neste seu recital de estreia no Ciclo de
positor transformou e integrou na Sinfonia n.º 2. Uma viagem ao Império Piano da Casa da Música, transporta-nos numa viagem por repertório canónico do
Austro-Húngaro através de duas partituras apaixonantes de Mahler. instrumento onde se denota a influência da música popular e da arte do contraponto.
Haydn usou uma canção tradicional austríaca como mote para a Fantasia. A música
tradicional enformou o estilo de Bartók de forma única, dando origem a uma lingua-
gem musical ímpar. A omnipresença de Johann Sebastian Bach é notória nas obras
de Brahms e Busoni, virtuosos em busca de uma síntese. Rompendo com o passado,
as Images são um catálogo do Modernismo pianístico, explorando elementos como o
timbre e a ressonância de forma saliente.

140 141
21.10
sábado SINFONIA HERÓICA AS CRIAÇÕES 22.10
domingo
18:00
sala suggia DE ENNO POPPE 18:00
sala suggia

série descobertas ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA REMIX ENSEMBLE CASA DA MÚSICA portrait
Enno Poppe IV
portrait SYLVAIN CAMBRELING direcção musical ENNO POPPE direcção musical
Enno Poppe III
PIERRE-LAURENT AIMARD piano ENNO POPPE Brot € 14
€ 14 SARAH MARIA SUN soprano WOLFGANG RIHM Chiffre II, Silence to be beaten Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
Juniores (< 30 anos) 50% ENNO POPPE Augen, 25 Lieder para soprano e orquestra — de música 50%
Professores e estudantes
de música 50%
sobre textos de Else Lasker-Schüler MICHAEL PELZEL … along 101… Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
Cartão Amigo 25% (estreia em Portugal) ENNO POPPE nova obra para ensemble Seniores (> 65 anos) 15%
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% KLAUS OSPALD Se da contra las piedras la libertad, (estreia em Portugal; encomenda Casa da Música, Ensemble
para piano e orquestra de sopros Intercontemporain e Lucerne Festival)
(estreia em Portugal; encomenda Casa da Música e WDR)
— A música de ensemble dos nossos dias é o foco deste concerto. A rede viária dos Estados
LUDWIG VAN BEETHOVEN Sinfonia n.º 3 Unidos da América inspirou o suíço-alemão Michael Pelzel a escrever uma viagem sonora
em Mi bemol maior, “Heróica” por espaços, pessoas e edifícios. O contraste, o ritmo vivo e a surpresa dominam Chiffre II,
obra escrita em 1983 que evoca a música de Edgard Varèse. O concerto termina com
A Sinfonia n.º 3, “Heróica”, marca uma transformação da escrita orquestral no século a esperada estreia em Portugal de uma nova obra do Artista em Residência, o alemão
XIX. Pode-se mesmo dizer que há um antes e um depois desta sinfonia, desconcer- Enno Poppe, logo depois da estreia mundial no Festival de Lucerna.
tante para os melómanos da época. Em pleno Ano Alemanha, o concerto inclui duas
relevantes estreias em Portugal. De Enno Poppe, Artista em Residência, Augen, ciclo de
canções baseadas em poemas de Else Lasker-Schüler que explora o expressionismo
da República de Weimar registado por uma das protagonistas da sua boémia. Klaus
Ospald é um premiado compositor alemão cujo experimentalismo do concerto para
piano e instrumentos de sopro promete integrar o panteão da música contemporânea.
Solistas na estreia mundial destas obras, respectivamente, Pierre-Laurent Aimard e
Sarah Maria Sun estão na Casa para garantir interpretações irrepreensíveis.
PIERRE-LAURENT AIMARD

142 143
27.10
sexta SINFONIA
21:00
sala suggia CONCERTANTE
série clássica ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA
integral das sinfonias CHRISTIAN ZACHARIAS direcção musical
de Schumann
ALDO SALVETTI oboé
LUÍS SILVA clarinete
€ 22 NUNO VAZ trompa
Juniores (< 30 anos) 50% GAVIN HILL fagote
Professores e estudantes
de música 50%
ROBERT SCHUMANN Abertura Genoveva
Cartão Amigo 25% WOLFGANG AMADEUS MOZART Sinfonia concertante, K. 297b
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% —
ROBERT SCHUMANN Sinfonia n.º 2

Os solistas da orquestra protagonizam este concerto. De Mozart a Schumann, deram-se

importantes transformações nos instrumentos, no agrupamento e nos géneros musicais.
O princípio concertante apresenta as novas possibilidades dos instrumentos de sopro
do Classicismo na obra de Mozart. O universo do drama alemão encontra-se patente na
breve e ondulante abertura da ópera Genoveva. A densidade de escrita e a permanente
transformação de elementos musicais pontificam no sinfonismo schumanniano, do qual
a Sinfonia n.º 2 é um exemplo proeminente.

144 novembro
À Volta do Barroco 01–11
novembro

À Volta do Barroco celebra a mútua iluminação entre as músicas de tempos históricos separados
por séculos. O concerto de abertura do ciclo centra-se na música coral religiosa alemã e fomenta
o diálogo da música setecentista, representada pelo sublime Heinrich Schütz, com a moderni-
dade de Totentanz, obra para declamador e coro escrita por Hugo Distler durante a noite nazi.
Sendo o “concerto” uma invenção do Barroco, o Ciclo Grandes Concertos Virtuosos terá aqui
um ponto alto, em que o Barroco e o Clássico se cruzam com o contemporâneo pelas mãos
dos brilhantes Fabio Biondi e Ilya Gringolts, na excelente companhia da Orquestra Barroca e
do Remix Ensemble. O princípio concertante do Classicismo mozartiano, com suas ressonân-
cias italianas, domina as apresentações de Fabio Biondi, uma referência na abordagem a esse
repertório. O supervirtuoso concerto para violino de György Ligeti, compositor cujo centená-
rio de nascimento é assinalado em 2023, faz sobressair o enorme carisma de Ilya Gringolts,
A viagem no tempo termina com elaborações românticas e contemporâneas sobre a Idade Média,
protagonizadas por Orquestra Sinfónica, Coro e Coro Infantil Casa da Música. Em Tannhäuser,
Wagner recria um clima medieval germânico de trovadores e damas, saturado pela sensualidade
tanto como pela religiosidade. A reescrita de motetos do Ars Nova por Harrison Birtwistle, no
magnífico Machaut à ma manière, prepara a segunda parte do concerto. À atenção dos amantes
de música mais trepidante, para o fim ficam, pela primeira vez na agenda da Casa da Música, os
consagrados Carmina Burana de Carl Orff.

01.11 NO DIA DOS MORTOS pág. 148

05.11 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS V pág. 150

07.11 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS VI pág. 151

11.11 OS CARMINA BURANA pág. 152

 01.11
quarta
18:00
NO DIA DOS MORTOS SINFONIA “TITÔ 03.11
sexta
21:30
sala suggia sala suggia

€ 12 CORO CASA DA MÚSICA ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA série clássica
Juniores (< 30 anos) 50% NACHO RODRÍGUEZ direcção musical STEFAN BLUNIER direcção musical
Professores e estudantes
de música 50%
ROMI SOARES actriz GUSTAV MAHLER Sinfonia n.º 1 € 22
Cartão Amigo 25% HEINRICH SCHÜTZ Musikalische Exequien Juniores (< 30 anos) 50%
Cartão BPI 20% Professores e estudantes
Seniores (> 65 anos) 15% HUGO DISTLER Totentanz, op. 12/2 de música 50%
Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
O espectro da morte permeia este concerto pelo Coro Casa da Música. A expressividade Seniores (> 65 anos) 15%
das Musikalische Exequien de Heirich Schütz ilustra o dramatismo Barroco. Escritas para
os ritos fúnebres do Conde Henrique II, de Reuss-Gera, encarnam o estilo concertante A sinfonia era um género cimeiro no Romantismo, marcado pela organicidade. Todavia,
do início do século XVII e reflectem uma nova abordagem às emoções, sublinhadas pelo o modelo começou a mudar no final do século XIX. Compositores como Gustav Mahler
Luteranismo. Hugo Distler escreveu a Totentanz num período conturbado na Alemanha. divisaram obras de grande fôlego e contraste que integravam elementos de tradições
Um tropo medieval recuperado pelo Romantismo dá a tónica para uma obra coral de musicais eruditas e populares, religiosas e profanas, num ambiente fortemente emotivo.
grande devoção, narrada com intensidade. Obra de grande sucesso nas maiores salas de concerto, apesar da má recepção na
época, a sua primeira sinfonia marca uma página em que vários mundos se contrapõem
numa narrativa tensa que intensifica e distorce os tropos do Romantismo.
NACHO RODRÍGUEZ

148 À Volta do Barroco 149

05.11
domingo GRANDES GRANDES 07.11
terça
18:00
sala suggia CONCERTOS CONCERTOS 19:30
sala suggia

VIRTUOSOS V VIRTUOSOS VI
€ 18 1.ª PARTE 1.ª PARTE € 18
Juniores (< 30 anos) 50% REMIX ENSEMBLE CASA DA MÚSICA ORQUESTRA BARROCA CASA DA MÚSICA Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes Professores e estudantes
de música 50%
TITO CECCHERINI direcção musical FABIO BIONDI violino e direcção musical de música 50%
Cartão Amigo 25% FRANCO DONATONI Spiri ANTONIO BRIOSCHI Sinfonia em Ré maior Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20% Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% PETER EÖTVÖS Da Capo, para marimba e ensemble WOLFGANG AMADEUS MOZART Sinfonia n.º 13 em Fá maior, K. 112; Seniores (> 65 anos) 15%
2.ª PARTE Concerto para violino n.º 7
ORQUESTRA BARROCA CASA DA MÚSICA 2.ª PARTE
FABIO BIONDI violino e direcção musical REMIX ENSEMBLE CASA DA MÚSICA
WOLFGANG AMADEUS MOZART Sinfonia n.º 11 em Ré maior, K. 84 TITO CECCHERINI direcção musical
GIOVANNI BATTISTA SAMMARTINI Sinfonia para orquestra ILYA GRINGOLTS violino
de cordas em Sol maior GYÖRGY LIGETI Concerto para violino e orquestra
WOLFGANG AMADEUS MOZART Sinfonia n.º 10 em Sol maior, K. 74
PIETRO NARDINI Concerto para violino, op. 1 n.º 1 O concerto para violino foi criado no Barroco como veículo de comunicação e transfor-
mação de afectos. No Classicismo, a expansão da orquestra e a consolidação da forma
O virtuosismo dá o mote a este concerto duplo. A abordagem camerística de Donatoni, sonata e da cadência solista transformaram-no profundamente. A primeira parte deste
Mozart e Sammartini cruza géneros e estilos dos séculos XVIII e XX. Da capo, concerto concerto apresenta música orquestral associada ao Ducado de Milão, por onde passou
de Peter Eötvös, estreou na Casa da Música em 2014. Ouvimos uma versão da obra para Mozart, intermitentemente entre 1769 e 1773, e onde terá escrito a Sinfonia em concerto.
marimba e ensemble, em que se destaca a expressividade. O estilo galante italiano, com Ligeti, de quem se comemora o centenário de nascimento, escreveu um concerto para
foco em Milão, marca a segunda parte do concerto. A ligação de Mozart à cidade do violino inspirado no passado e com dois olhos no futuro. Técnicas contemporâneas
norte de Itália marcou a sua produção. Música de três séculos pela mão dos mestres. fundem-se com modelos clássicos de uma forma ímpar. Dois virtuosos, duas estéticas,
três grandes concertos.
FABIO BIONDI

ILYA GRINGOLTS
150 À Volta do Barroco 151 À Volta do Barroco
11.11
sábado OS CARMINA ALEXANDER 12.11
domingo
18:00
sala suggia BURANA MALOFEEV
ciclo piano
18:00
sala suggia

fora de série GEORG FRIEDRICH HANDEL Suite em Si bemol maior, HWV 434 € 22
ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA HENRY PURCELL Ground em Dó menor, ZD 221 Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
€ 30 CORO CASA DA MÚSICA GEORG MUFFAT Passacaglia em Sol menor, de música 50%
Juniores (< 30 anos) 50% CORO INFANTIL CASA DA MÚSICA de “Apparatus musico-organisticus” Cartão Amigo 25%
Professores e estudantes Cartão BPI 20%
de música 50%
STEFAN BLUNIER direcção musical JOHANN SEBASTIAN BACH/SAMUIL FEINBERG Concerto Seniores (> 65 anos) 15%
Cartão Amigo 25% ANNA NEKHAMES soprano para órgão n.º 2 em Lá menor, segundo Vivaldi, BWV 593
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% PAUL SCHWEINESTER tenor —
DANIEL SCHMUTZHARD barítono MIECZYSLAW WEINBERG Sonata para piano n.º 4, op. 56
RICHARD WAGNER Abertura de Tannhäuser RICHARD WAGNER/FRANZ LISZT Abertura de Tannhäuser, S. 442
HARRISON BIRTWISTLE Machaut à ma manière
— Os jovens intérpretes são uma presença regular na Sala Suggia da Casa da Música.
CARL ORFF Os Carmina Burana Alexander Malofeev é uma das grandes promessas do piano. Nascido em Moscovo
em 2001, saltou para a ribalta com apenas 13 anos, arrecadando o Primeiro Prémio e a
Uma viagem à Alta Idade Média conduz este concerto. A tradição trovadoresca germâ- Medalha de Ouro na edição do Concurso Internacional Tchaikovski para Jovens Músicos.
nica, entre o amor cortês e o amor carnal, inspirou o argumento de Tannhäuser. Baseado Entretanto, foi galardoado com vários prémios. Malofeev tem realizado digressões na
numa figura real, Wagner criou uma ópera de grande envergadura que representa o Europa e nas Américas, apresentando-se em prestigiadas salas de concerto. As suas
medievalismo romântico. Harrison Birtwistle trabalhou três obras de Machaut, poeta arrojadas interpretações de compositores românticos originaram calorosas críticas na
e compositor do Ars Nova, numa revisitação modernista. O racionalismo matemático imprensa especializada. Ouviremos no Porto a energia da juventude, aliada ao rigor e a
da Idade Média francesa refeito no final do século XX. Wagner e Birtwistle preparam os uma técnica apuradíssima, ao serviço de uma musicalidade muito especial.
ouvidos do público para uma obra controversa da História da Música, Os Carmina Burana,
baseados num manuscrito medieval germânico. Alguns poemas estão escritos em latim
e abordam práticas condenadas pela Ordem de São Bento. Contudo, os pergaminhos
foram encontrados num mosteiro. Os textos e as iluminuras forneceram elementos
para o alemão Carl Orff escrever uma cantata de grande poder coral e orquestral, que
contrastou com as correntes modernistas que o poder nazi perseguiu, e que irá juntar
em palco três dos agrupamentos residentes da Casa da Música.

152 À Volta do Barroco 153

 GÉNIOS HÚNGAROS
TITO CECCHERINI

18.11
sábado
18:00
sala suggia

ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA série descobertas

TITO CECCHERINI direcção musical
GYÖRGY KURTÁG Stele € 14
(estreia em Portugal) Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
— de música 50%
BÉLA BARTÓK O Príncipe de Pau (versão completa) Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15%

O Simbolismo encarnou de várias formas no Modernismo. Com argumento de Béla Balázs

O Príncipe de Pau é uma história de amor em que, na sua intenção de conquistar uma
princesa, o príncipe, por cautela, envia uma réplica sua feita de pau, não imaginando que
a princesa se iria apaixonar pelo boneco... O colorido orquestral e a ancestralidade da
música tradicional fundem-se numa abordagem ímpar. O igualmente húngaro György
Kurtág escreveu uma obra para grande orquestra raramente ouvida, Stele. Em estreia
portuguesa, esta partitura tremenda apoia-se na indefinição de frequências, numa
trama textural em que o timbre domina.

154 155
24.11
sexta GRANDES OJM & GUINGA 25.11
sábado
21:00
sala suggia CONCERTOS ciclo jazz 22:00
sala suggia

série clássica
VIRTUOSOS VII PEDRO GUEDES direcção musical € 14
GUINGA voz, guitarra e composição Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
€ 22 ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA
Juniores (< 30 anos) 50% MICHAEL SANDERLING direcção musical
Professores e estudantes
de música 50%
ALENA BAEVA violino A Orquestra Jazz de Matosinhos encontra-se pela primeira vez com Guinga, figura in-
Cartão Amigo 25% LUDWIG VAN BEETHOVEN Concerto para violino contornável da música brasileira. Com arranjos escritos especialmente para a ocasião,
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15% — a big band mergulha no universo único inventado pelo músico, dotado de uma lingua-
WITOLD LUTOSŁAWSKI Concerto para orquestra gem ímpar que o coloca entre os principais compositores da música popular brasileira
contemporânea. O bruxo dos sons, Hermeto Pascoal, resumiu: “um cara como esse só
Alena Baeva é uma violinista marcada pelo rigor e pela musicalidade e, desta forma, uma aparece a cada cem anos”. Um encontro único com uma figura que escreveu música
intérprete privilegiada do Concerto para violino de Beethoven, obra que reconfigurou a em parceria com Paulo César Pinheiro, Aldir Blanc, Chico Buarque, Nei Lopes e muitos
abordagem orquestral ao género. A segunda parte do programa é preenchida por outro outros, acompanhou artistas como Clara Nunes, Beth Carvalho ou João Nogueira e viu
concerto, desta feita para orquestra. A tradição do concerto grosso e do Modernismo os seus discos aclamados por crítica e músicos de vários universos: do popular ao jazz
bartókiano misturam-se com novas visões de vanguarda, numa obra marcante da até à tradição clássica.
produção de Lutosławski que, rapidamente, atravessou fronteiras.
ALENA BAEVA

APOIO

156 157
 26.11
domingo O QUE É UM
12:00
sala suggia CONCERTO PARA
série famílias
ORQUESTRA?
concerto
comentado

€ 12
Juniores (< 30 anos) 50% ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA
Professores e estudantes
de música 50%
MICHAEL SANDERLING direcção musical
Cartão Amigo 25% WITOLD LUTOSŁAWSKI Concerto para orquestra
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15%

O Modernismo na Hungria esteve muito ligado à descoberta e recuperação da música

tradicional. Na senda de Bartók, Lutosławski empenhou-se na escrita de obras de pen-
dor patriótico numa época difícil para a Polónia. A herança da Segunda Guerra Mundial
e o regime que se lhe seguiu constrangeu a produção de muitos artistas. Lutosławski
conciliou vanguarda e tradição no seu Concerto para orquestra, porta de entrada do
público para a música da segunda metade do século XX.
WITOLD LUTOSŁAWSKI

158 dezembro
08.12
sexta NAS MARGENS CORO INFANTIL 10.12
domingo
21:00
sala suggia DO RENO CASA DA MÚSICA 18:00
sala suggia

série clássica ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA RAQUEL COUTO direcção musical serviço educativo
integral das sinfonias CHRISTIAN ZACHARIAS direcção musical famílias e público geral
de Schumann (> 6 anos)
TAMÁS BARTÓK oboé Ao longo destes anos, o riquíssimo repertório de Natal tem encontrado no
ROBERT SCHUMANN Abertura, Scherzo e Finale Coro Infantil um intérprete privilegiado. Após vários concertos natalícios na € 10
€ 22 JOSEPH HAYDN Concerto para oboé em Dó maior Sala 2, este ano, e pela primeira vez, o Coro sobe ao palco da Sala Suggia Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
Juniores (< 30 anos) 50% — para nos levar numa viagem pelos muitos natais que podemos celebrar de música 50%
Professores e estudantes
de música 50%
ROBERT SCHUMANN Sinfonia n.º 3, “Renana” em Dezembro: o sacro, o pagão, o erudito e o popular. Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
Cartão Amigo 25%
Seniores (> 65 anos) 15%
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15%

Haydn foi um mestre da música concertante. Contudo, vários musicólogos atribuem

a autoria do Concerto para oboé a Ignaz Malzat, que pode ter estudado com Haydn.
O espírito sinfónico do Romantismo tem em Schumann um dos seus maiores expoentes.
Numa época em que a música instrumental comunicava o indizível, o compositor visitou
várias áreas expressivas nas suas obras. Se Abertura, Scherzo e Finale é um ensaio
exemplar de escrita orquestral, a Sinfonia n.º 3 revela-nos um Schumann maduro e de
grande profundidade estética. A experiência traduzida em som.
CHRISTIAN ZACHARIAS

160 161
12.12
terça ALEXEI VOLODIN GRANDES 15.12
sexta
21:00
sala suggia & CLAIRE HUANGCI CONCERTOS 21:00
sala suggia

€ 22
ciclo piano

WOLFGANG AMADEUS MOZART Sonata para dois pianos

VIRTUOSOS VIII série clássica
Juniores (< 30 anos) 50% em Ré maior ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA
Professores e estudantes
de música 50%
SERGEI RACHMANINOFF Suite para dois pianos n.º 1 em Sol menor STEFAN BLUNIER direcção musical € 22
Cartão Amigo 25% — EVGENY MAKHTIN violino Juniores (< 30 anos) 50%
Cartão BPI 20% Professores e estudantes
Seniores (> 65 anos) 15% SERGEI RACHMANINOFF Suites para dois pianos n.º 2 em Dó maior RICHARD WAGNER Prelúdio de Parsifal de música 50%
MAURICE RAVEL La Valse para dois pianos MAX BRUCH Concerto para violino n.º 1, em Sol menor, op. 26 Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
— Seniores (> 65 anos) 15%
O piano é um instrumento central no virtuosismo romântico, do qual Sergei Rachmaninoff MAX REGER Prólogo sinfónico para uma tragédia
foi herdeiro. Na época da gravação sonora e da radiodifusão, o compositor e pianista viu
a sua música amplamente disseminada. No ano em que se assinalam os 150 anos do O final do século XIX ficou marcado pela expansão do sistema tonal. Nesse processo,
seu nascimento, este recital é preenchido por duas obras muito especiais. Dois pianos e destacou-se Richard Wagner, então visto como arauto da modernidade. O mito germânico
dois pianistas apresentam duas suites. Poemas russos e ingleses inspiraram a primeira de Parsifal foi a última obra de grande escala que Wagner pôs em música. Atmosferas
obra, peça escrita na juventude que traduz um ambiente literário. Esta contrasta com a etéreas e místicas sublinham o carácter religioso do enredo. A influência de Wagner
estilização das danças tradicionais italianas da segunda suite. Uma arena em que dois em Max Reger encontra-se patente nas várias transcrições que o último fez de obras
virtuosos se digladiam e complementam, sublinhando as potencialidades do piano. do primeiro. O Prólogo sinfónico para uma tragédia transporta a influência wagneriana
para o século XX. Antecipando algumas inovações estilísticas, Max Bruch desenvolveu
uma carreira significativa e escreveu um concerto emblemático do Romantismo, em
que as capacidades do violino são exploradas de forma a evidenciar a expressividade
do virtuoso que o interpreta.

162 163
Música para o Natal 16–23
dezembro

O Natal é hoje uma celebração universal, que vai vendo acentuarem-se matizes puramente
materiais. Pela música continuamos a poder sentir o seu carácter espiritual, de harmonia e de
paz. Em 2023, o Coro Casa da Música leva-nos numa viagem entre países, épocas e estilos, evo-
cando o Natal e o Inverno através da polifonia vocal. A Orquestra Barroca apresenta verdadeiras
obras-primas que, de alguma forma, nos transportam o espírito para o clima jubilatório. O lirismo
operático do Gloria, de Antonio Vivaldi, é um momento cimeiro da música sacra italiana do sé-
culo XVIII. Johann Sebastian Bach escreveu o seu Magnificat em Leipzig. Baseando-se no hino
latino, concentrou a expressividade do pietismo luterano numa obra entusiasmante, que conta
com a participação do Coro Casa da Música, do Coro Infantil Casa da Música e de prestigiados
solistas. A temporada termina com um bailado de temática natalícia, O Quebra-nozes. O narrador
conduz-nos numa obra essencial do bailado, em que as danças primorosamente orquestradas
contam uma história de Natal inspirada pelo imaginário literário do Romantismo alemão e filtrada
pela sensibilidade russa.

16.12 MÚSICA PARA UMA NOITE FELIZ pág. 166

20+21.12 BACH MAGNÍFICO pág. 169

22+23.12 O QUEBRA-NOZES pág. 170

 MÚSICA PARA UMA
NILS SCHWECKENDIEK

16.12
sábado

NOITE FELIZ 18:00

sala suggia

CORO CASA DA MÚSICA € 12

músicos da ORQUESTRA BARROCA CASA DA MÚSICA Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
NILS SCHWECKENDIEK direcção musical de música 50%
PEDRO DE CRISTO O magnum mysterium Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
CLAUDE DEBUSSY (arr. CLYTUS GOTTWALD) Des pas sur la neige Seniores (> 65 anos) 15%
ARVO PÄRT Drei Hirtenkinder aus Fátima
FRANCIS POULENC Un soir de neige
ALEX FREEMAN Ring Out, Wild Bells
GEORGE FRIEDRICH HÄNDEL Pifa (de O Messias)
CARLOS SEIXAS Hodie nobis caelorum Rex
JOHANN SEBASTIAN BACH Vom Himmel hoch, Choral Prelude
BWV606; Magnificat BWV243a (“Vom Himmel hoch”; “Freut euch
und jubiliert”; “Gloria in excelsis Deo”)
GEORG FRIEDRICH HÄNDEL For unto us a Child is born
(de O Messias)
LOWELL MASON Joy to the World
JOHN FRANCIS WADE Adeste fideles
FRANZ XAVIER GRUBER Noite Feliz

O Natal é uma época festiva que alimentou a criação de muitas obras vocais. Neste
concerto, o Coro Casa da Música junta-se a membros da Orquestra Barroca Casa da
Música para uma viagem do Renascimento aos nossos dias. De canções natalícias
pertencentes a várias tradições a motetes latinos, passando pelas oratórias e cantatas
do Barroco tardio e pela estreia mundial de uma obra de Alex Freeman, acompanhamos
a forma de viver musicalmente este momento, num programa heterogéneo com um
percurso por diferentes Natais.

166 167 Música para o Natal

17.12
domingo PRÓLOGO BACH MAGNÍFICO 20.12
quarta
12:00
sala suggia SINFÓNICO
concerto comentado
+
21.12
quinta
21:00
série famílias ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA ORQUESTRA BARROCA CASA DA MÚSICA sala suggia
STEFAN BLUNIER direcção musical CORO CASA DA MÚSICA
€ 12 MAX REGER Prólogo sinfónico para uma tragédia CORO INFANTIL CASA DA MÚSICA
Juniores (< 30 anos) 50% LAURENCE CUMMINGS direcção musical € 26
Professores e estudantes
de música 50%
ANTONIO VIVALDI Gloria em Ré maior, RV589 Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
Cartão Amigo 25% JOHANN SEBASTIAN BACH Magnificat de música 50%
Cartão BPI 20%
Cartão Amigo 25%
Seniores (> 65 anos) 15%
Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15%
O Modernismo de Max Reger foi, solidamente, baseado em tradições do passado. A sua
abordagem particular destaca-se pela veneração a mestres como Johann Sebastian O Barroco tardio produziu algumas das obras natalícias mais conhecidas. Da expres-
Bach, cujo contraponto integrou nas suas obras. No Prólogo sinfónico para uma tragédia sividade operática e violinística veneziana de Antonio Vivaldi à austeridade devota de
ouvimos uma peça que reflecte a individualidade do compositor numa época em que Johann Sebastian Bach, o Natal é assinalado através de mecanismos muito particulares.
novas soluções expressivas eram desenvolvidas continuamente. Um concerto educativo O Gloria é parte integrante da Missa católica desde a Idade Média. Contudo, o recurso a
sobre uma figura singular. modelos operáticos e vozes solistas é profundamente Barroco. O Magnificat é um hino
de Anunciação. O luterano Bach transformou um texto latino numa peça em que cada
verso é tratado de forma a transmitir as emoções associadas ao texto.
Um programa imperdível e magnífico, antecipando a Noite de Paz.

168 169 Música para o Natal

 O QUEBRA-NOZES 22.12
sexta
21:00
+
23.12
sábado
ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA 18:00
PEDRO NEVES direcção musical sala suggia
PIOTR ILITCH TCHAIKOVSKI O Quebra-Nozes
fora de série
Não há bailados de Natal sem O Quebra-Nozes. Tchaikovski escreveu um
ballet associado à quadra natalícia onde os brinquedos ganham vida por € 30
magia. Então, atravessam vários mundos e contactam com personagens Juniores (< 30 anos) 50%
Professores e estudantes
muito especiais. O contraste entre os diversos momentos é sublinhado de música 50%
pela orquestração, numa obra marcante do bailado no Império Russo. Cartão Amigo 25%
Cartão BPI 20%
Neste concerto, contaremos com narração, complementando a música Seniores (> 65 anos) 15%
com a palavra e possibilitando que a história seja seguida por toda a família.

170 171 Música para o Natal

 BANDA SINFÓNICA
PORTUGUESA EM 2023
A Banda Sinfónica Portuguesa apresenta uma temporada que atravessa géneros, paí- 10 setembro · 12:00 sala suggia
ses e estilos. Começa em França, com a transcrição da Sinfonia Fantástica, de Hector JAN WIERZBA direcção musical
Berlioz, para orquestra de sopros, seguindo-se um concerto centrado na música nacio- QUARTETO CONTRATEMPUS
nal que traça um panorama do que foi e é a composição para agrupamentos de sopro PEDRO LIMA compositor
em Portugal. O XI Concurso Nacional de Composição BSP dá palco a novas obras de EDWARD AYRES DE ABREU libreto
jovens compositores. Esse concerto é complementado por Don Giovanni, uma cantata ANTÓNIO DURÃES actor
inspirada no personagem homónimo. O Outono é celebrado de forma única, com várias PEDRO LIMA Don Giovanni: Cantata Cénica
obras inspiradas nessa estação do ano, de mudança e transição. Celebrando o Natal, Obras finalistas do XI Concurso Nacional
a Banda Sinfónica Portuguesa conta com o Coro da Academia de Música de Vilar do de Composição BSP
Paraíso. Uma viagem por carols ingleses dá o mote para essa quadra festiva, com muita
brincadeira e danças. A temporada de 2023 da Banda Sinfónica Portuguesa inclui obras 29 outubro · 12:00 sala suggia
concertantes por reputados solistas, como Adriana Ferreira, Carlos Ferreira e Pacho JOSÉ RAFAEL PASCUAL VILAPLANA
Flores. Um ano recheado de propostas para todos os gostos. direcção musical
PACHO FLORES trompete
ERIC WHITACRE October
ARTURO MÁRQUEZ Concerto de Outono,
para trompete e banda
DAVID MASLANKA Sinfonia n.º 8

10 dezembro · 12:00 sala suggia

MARTIN ANDRÉ direcção musical
CORO DA ACADEMIA DE MÚSICA DE VILAR
12 fevereiro · 12:00 sala suggia DO PARAÍSO
FRANÇOIS BOULANGER direcção musical KENNETH HESKETH Diaghilev Dances
ADRIANA FERREIRA flauta transversal ADAM GORB Bohemian Reverly
MIKE MOWER Concerto para flauta e orquestra PHILIP SPARKE An English Christmas
de sopros
HECTOR BERLIOZ Sinfonia Fantástica, op. 14

16 abril · 12:00 sala suggia

DAVID FIÚZA direcção musical
CARLOS FERREIRA clarinete € 12 POR CONCERTO
DUARTE PESTANA Arco-Íris Juniores (< 30 anos) 50%
TELMO MARQUES Contradança Professores e estudantes
de música 50%
LUÍS CARVALHO Chiaroscuro Cartão Amigo 25%
NELSON JESUS Porto de Saudades Cartão BPI 20%
Seniores (> 65 anos) 15%

172 173
 TERÇAS FIM DE TARDE SERVIÇO
A música de câmara é protagonista dos fins de tarde às terças-feiras na Casa da Música EDUCATIVO
2022/23
juntamente com novos valores do jazz, fado e guitarra portuguesa.
No âmbito da música erudita este ciclo expõe uma multiplicidade de artistas e forma-
ções que se apresentam em recitais a solo e música de câmara, com programas que
demonstram todas as possibilidades e facetas dos seus instrumentos, passando por
vencedores e laureados do Prémio Jovens Músicos/Antena 2, Concurso de Piano de
Oeiras, Prémio Conservatório de Música do Porto e Folefest.
Artistas que se têm vindo a destacar nas variadas abordagens do jazz, no género con-
siderado Património Cultural Imaterial da Humanidade e nas diferentes sonoridades
da guitarra portuguesa completam esta oferta. Entre todos os géneros apresentados o
público terá novamente a possibilidade de participar como júri no Prémio Novos Talentos,
apoiado pela Ageas Portugal, destinado a artistas com menos de 35 anos e de nacio-
nalidade portuguesa ou residência em Portugal. Momentos únicos, às terças na Sala 2.

APOIO INSTITUCIONAL MECENAS SERVIÇO EDUCATIVO

174
 PRIMEIRAS OFICINAS
Pensadas para um público dos três meses aos seis anos, estas oficinas enquadram de forma
sedutora as primeiras experiências de proximidade entre as crianças e a música. São quatro
propostas, como de costume, mas todas novas, bem diferentes das anteriores em termos cénicos
e musicais e já não intercaladas mensalmente ao longo do ano. Cada uma delas é apresentada
de forma seguida durante sete semanas, dando depois lugar a outra. As Primeiras Oficinas ar-
rancam em Setembro e enquadram-se num conceito, também ele novo, de “workshow” (híbrido
entre oficina e espectáculo), que potencia a interacção da criança com os seus acompanhantes.

domingos 10:00 e 11:30

sala de ensaio 2
€ 12 CRIANÇA+ADULTO
€ 10 ACOMPANHANTE EXTRA > 6 ANOS

08+15+22.01
CANTO MEDO ESPANTO
ANA BENTO e BRUNO PINTO formadores

05+12.02 · 05+12+19.03 · 02+16.04

A FLAUTA MÁGICA DO MOZART
ANTÓNIO MIGUEL TEIXEIRA e SOFIA NEREIDA formadores

23.04 · 07+14.05 · 04+11+25.06 · 09.07

DISOMNÁRIO
JOANA ARAÚJO e TIAGO OLIVEIRA formadores

177
 OFICINAS DO DIA FORMAR NA CASA

São 90 minutos, como num jogo de futebol, mas aqui não há adversários. Cada oficina é um
estímulo à união entre participantes por um propósito comum: fazer música. A partir dos 6 anos,
todos têm lugar nas propostas que apresentamos, orientadas para trabalhar diferentes recursos
do processo criativo, da voz ao gamelão, do ritmo à reutilização. E é da alegria e do entusiasmo
colectivos que a música nasce, trazida ao mundo por uma nova família feita de muitas pessoas,
de muitos lugares.
Abertas a um vasto leque de potenciais interessados, estas acções formativas propõem novas
e diferentes respostas para necessidades práticas do trabalho com a música. Visam ajudar a
capacitação de pessoas que, estando no terreno, desejam produzir mais e melhor – daí os seus
muitos destinatários: professores dos ensinos pré-escolar, básico e secundário, músicos, for-
madores, programadores, artistas digitais, auxiliares de acção educativa. Com os projectos do
Formar na Casa mostra-se a música enquanto elemento activo no processo de educação, indutor
da lógica e da criatividade, mas também auxiliador na gestão das emoções.

sábados 10:30 ou 14:30

sala de ensaio 2 sábados 14:30
€ 6 sala de ensaio 2
€ 18 GRUPO DE 4 PESSOAS € 18

18.02 25.03
VIVA O CARNAVAL! CANTAR COM BEBÉS
JOAQUIM ALVES e LUÍS OLIVEIRA formadores ISABEL GONÇALVES e JOANA ARAÚJO formadoras
Músicos, formadores, professores do ensino pré-escolar e auxiliares de acção educativa
04.03
GAMELÃO
PHILIPPE MARTINS formador

01.04
CANTAR A PRIMAVERA
ANTÓNIO MIGUEL TEIXEIRA e DUARTE CARDOSO formadores

27.05
DO LIXO SE FAZ MÚSICA
PAULO COELHO DE CASTRO formador

03.06
MÚSICA TRADICIONAL PORTUGUESA
FRANCISCO BEIRÃO e RUI RODRIGUES formadores

178 A realização destas oficinas requer um mínimo de 5 participantes. 179

 Assinaturas 2023
SINFÓNICA 18 CONCERTOS CARTÃO AMIGO
SÉRIE CLÁSSICA € 257,40 € 231,66
35% desconto 10% desconto
sobre o preço de assinatura

13.01 ABERTURA OFICIAL ANO ALEMANHA Pág. 32

27.01 O ANEL DE WAGNER Pág. 40
10.03 PROMETEU Pág. 63
17.03 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS I Pág. 65
31.03 MÚSICA PARA A SEXTA-FEIRA SANTA Pág. 72
14.04 A DESPEDIDA DO MAESTRO Pág. 78
05.05 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS II Pág. 91
19.05 ALLEGRO APPASIONATO Pág. 101
02.06 A QUARTA DE BRAHMS Pág. 110
16.06 A DÉCIMA DE MAHLER Pág. 112
07.07 PRÉMIO SUGGIA Pág. 119
15.09 A TEMPESTADE Pág. 128
13.10 AS FLORES DE MAHLER Pág. 138
27.10 SINFONIA CONCERTANTE Pág. 144
03.11 SINFONIA “TITÔ Pág. 149
24.11 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS VII Pág. 156
08.12 NAS MARGENS DO RENO Pág. 160
15.12 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS VIII Pág. 163

180 181
SINFÓNICA 11 CONCERTOS CARTÃO AMIGO SINFÓNICA 09 CONCERTOS CARTÃO AMIGO
FORA DE SÉRIE € 177,80 € 160,02 SÉRIE FAMÍLIAS € 75,60 € 68,04
30% desconto 10% desconto 30% desconto 10% desconto
sobre o preço de assinatura sobre o preço de assinatura

06.01 CONCERTO DE ANO NOVO* Pág. 28 29.01 QUEM SÃO OS NIBELUNGOS? Pág. 41
07.01 CONCERTO DE ANO NOVO* Pág. 28 19.02 CONCERTO DE CARNAVAL Pág. 52
21.01 NOTAS IMAGINÁRIAS Pág. 36 12.03 O AMIGO DOS HOMENS Pág. 64
10.02 A QUEDA DA CASA DE USHER Pág. 49 07.05 SINFONIA CINTILANTE Pág. 92
04.03 ELEKTRA Pág. 60 04.06 VALSAS NOBRES Pág. 111
22.04 DARMSTADT: O JARDIM RELIGIOSO? Pág. 82 17.09 SINFONIA DO NOVO MUNDO Pág. 129
23.04 HINOS DO MUNDO Pág. 83 15.10 MAHLER EXPLICADO Pág. 140
28.04 SINFONIA DA LIBERDADE Pág. 84 26.11 O QUE É UM CONCERTO PARA ORQUESTRA? Pág. 158
30.06 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS III Pág. 116 17.12 PRÓLOGO SINFÓNICO Pág. 168
01.10 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS IV Pág. 134
11.11 OS CARMINA BURANA Pág. 152
22.12 O QUEBRA-NOZES* Pág. 170
23.12 O QUEBRA-NOZES* Pág. 170 10 CONCERTOS CARTÃO AMIGO
*uma das datas à escolha para cada concerto REMIX ENSEMBLE € 106,40 € 95,76
30% desconto 10% desconto
sobre o preço de assinatura

22.01 MÚSICA IMERSIVA Pág. 38

SINFÓNICA 08 CONCERTOS CARTÃO AMIGO 07.02 FRANKENSTEIN Pág. 48
SÉRIE DESCOBERTAS € 78,40 € 70,56 22.04 DARMSTADT: O JARDIM RELIGIOSO? Pág. 82
30% desconto 10% desconto 23.04 HINOS DO MUNDO Pág. 83
sobre o preço de assinatura
23.07 ACADEMIA DE VERÃO REMIX ENSEMBLE Pág. 122
04.02 A TRAGÉDIA DE SALOMÉ Pág. 45 19.09 ESTAÇÕES ARTIFICIAIS Pág. 130
25.03 DE KURT WEILL A RIHM Pág. 68 04.10 AMORES DE POETA Pág. 135
13.05 CONSTELAÇÕES ORQUESTRAIS Pág. 96 22.10 AS CRIAÇÕES DE ENNO POPPE Pág. 143
27.05 REQUIEM SECULAR Pág. 104 05.11 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS V Pág. 150
23.09 DANÇAS DA TERRA Pág. 131 07.11 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS VI Pág. 151
07.10 O MANDARIM MARAVILHOSO Pág. 136
21.10 SINFONIA HERÓICA Pág. 142
18.11 GÉNIOS HÚNGAROS Pág. 154

182 183
ORQUESTRA 07 CONCERTOS CARTÃO AMIGO CICLO GRANDES 08 CONCERTOS CARTÃO AMIGO
BARROCA € 93,80 € 84,42 CONCERTOS VIRTUOSOS € 117,60 € 105,84
30% desconto 10% desconto 30% desconto 10% desconto
sobre o preço de assinatura sobre o preço de assinatura

14.01 O ESPLENDOR DO BARROCO ALEMÃO Pág. 34 17.03 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS I Pág. 65
05.03 MITOS NA ÓPERA BARROCA Pág. 62 05.05 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS II Pág. 91
05.04 AS ÚLTIMAS PALAVRAS DE CRISTO Pág. 76 30.06 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS III Pág. 116
24.09 A MÚSICA E OS ELEMENTOS Pág. 132 01.10 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS IV Pág. 134
05.11 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS V Pág. 150 05.11 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS V Pág. 150
07.11 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS VI Pág. 151 07.11 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS VI Pág. 151
20.12 BACH MAGNÍFICO* Pág. 169 24.11 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS VII Pág. 156
21.12 BACH MAGNÍFICO* Pág. 169 15.12 GRANDES CONCERTOS VIRTUOSOS VIII Pág. 163
*uma das datas à escolha para cada concerto

07 CONCERTOS CARTÃO AMIGO

06 CONCERTOS CARTÃO AMIGO CICLO PIANO € 110,60 € 99,54

CORO € 54,00 € 48,60 30% desconto 10% desconto

sobre o preço de assinatura
25% desconto 10% desconto
sobre o preço de assinatura
10.01 THIAGO TORTARO Pág. 29
15.01 VALSAS DE AMOR Pág. 35 31.01 CHRISTIAN ZACHARIAS Pág. 42
29.04 CORAIS DA ALEMANHA Pág. 85 22.03 GRIGORY SOKOLOV Pág. 66
28.05 100.º ANIVERSÁRIO DE LIGETI Pág. 106 21.05 ZEE ZEE Pág. 103
08.10 ARRANJOS CORAIS Pág. 137 17.10 PEDRO BORGES Pág. 141
01.11 NO DIA DOS MORTOS Pág. 148 12.11 ALEXANDER MALOFEEV Pág. 153
16.12 MÚSICA PARA UMA NOITE FELIZ Pág. 166 12.12 ALEXEI VOLODIN & CLAIRE HUANGCI Pág. 162

INTEGRAL DAS SINFONIAS 04 CONCERTOS CARTÃO AMIGO BANDA SINFÓNICA 05 CONCERTOS CARTÃO AMIGO
DE SCHUMANN € 66,00 € 59,40 PORTUGUESA € 45,00 € 40,50
25% desconto 10% desconto 25% desconto 10% desconto
sobre o preço de assinatura sobre o preço de assinatura

10.03 PROMETEU Pág. 63 12.02 / 16.04 / 10.09 / 29.10 / 10.12 Pág. 172
19.05 ALLEGRO APPASIONATO Pág. 101
27.10 SINFONIA CONCERTANTE Pág. 144
08.12 NAS MARGENS DO RENO Pág. 160

184 185
CONSELHO DE FUNDADORES Novo Banco ADMINISTRADORA-DELEGADA SISTEMAS E INFRAESTRUTURAS CANAIS DE VENDA & CRM DIRECÇÃO ADMINISTRATIVA,
Pescanova Portugal, Lda. Carla Chousal DE PRODUÇÃO José Ribeiro FINANCEIRA E SISTEMAS
PRESIDENTE PHAROL , SGPS, SA Ernesto Costa CANAIS DE VENDA DE INFORMAÇÂO
Luís Valente de Oliveira PLMJ, Advogados, SP, RL DIRECÇÃO ARTÍSTICA E DE EDUCAÇÃO PRODUÇÃO EXECUTIVA Armanda Peixoto Ana Isabel Mena Matos
Porto Editora, SA António Jorge Pacheco Arthur Vasques Bárbara Ramos
VICE-PRESIDENTES PricewaterhouseCoopers & Associados DIRECÇÃO ADJUNTA José Orlando Rodrigues Inês Amorim GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA
Carlos Moreira da Silva – SROC, Lda Rui Pedro Pereira Mónica Ferreira Ricardo Loureiro Filipe Oliveira
Fernando da Cunha Guedes RAR - Sociedade de Controle (Holding), S.A ASSISTENTE Paula Matos Rita Lage CONTROLO DE GESTÃO
Revigrés - Indústria de Revestimentos Paula Matos Susana Lamarão Sara Gonçalves Fernanda Ribeiro
Estado Português de Grés, S.A. PRODUÇÃO TÉCNICA Sérgio Leite Rita Albuquerque
Município do Porto SOGRAPE Vinhos S.A ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO Emanuel Pereira TESOURARIA
Área Metropolitana do Porto Solverde - Sociedade de Investimentos CASA DA MÚSICA – CICLO PIANO Ernesto Pinto da Costa SERVIÇOS COMERCIAIS E ACOLHIMENTO Emília Martins
Município de Matosinhos Turísticos da Costa Verde, S.A Rui Pedro Pereira Olinda Botelho Simone Almeida SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
Somague, SGPS, S.A. Cristina Guimarães Ricardo Gandra CEDÊNCIAS DE ESPAÇOS Álvaro Sousa
Ageas Portugal Sonae SGPS S.A. João Ribeiro Serafim Ribeiro Verónica Moreira José Bárcia
Alberto Couto Alves, S.A. SUPER BOCK GROUP, SGPS, S.A. Sara Cruz ASSISTÊNCIA DE CENA VISITAS GUIADAS Maria Cândida Tavares
Amorim Investimentos e Participações, TERTIR, Terminais de Portugal, S.A. Sónia Melo João Paulo Cardoso Alice Clanet-Hallard Sílvia Salvado
SGPS, S.A. TÊXTIL MANUEL GONÇALVES, SA Orquestra Sinfónica José Amaro Castro António Amorim
APDL Administração dos Portos do Douro TOYOTA CAETANO PORTUGAL, S.A. do Porto Casa da Música ÁUDIO Isabel Ferreira SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
e Leixões, S.A. Carlos Lopes José Paulo Ferreira Ana Isabel Mena Matos
ARSOPI – Indústrias Metalúrgicas Arlindo S. REMIX ENSEMBLE CASA DA MÚSICA Daniel Santos Ricardo Vasconcelos SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E TECNOLOGIAS
Pinho, S.A. CONSELHO FISCAL António Jorge Pacheco Sérgio Luís Teresa Aguiar OPERACIONAIS
Ascendi Grande Porto, Autoestradas Sónia Maria da Silva Barbosa (Presidente) Ricardo Torres ILUMINAÇÃO FRENTE DE CASA Luís Maia
do Grande Porto, S.A. Ana Isabel Príncipe dos Santos da Silva Bruno Mendes Álvaro Campo INFRAESTRUTURAS DE INFORMAÇÃO
BA GLASS PORTUGAL, S.A. Lourenço (Vogal) ORQUESTRA BARROCA – CORO CASA DA MÚSICA Rui Pinto Leite Augusta Fernandes E COMUNICAÇÃO
BMCar António Magalhães & Carlos Santos, – MÚSICA ERUDITA – OUTROS Virgínia Esteves Carla Santos Nuno Pereira
Banco BPI, S.A. SROC, representada por António Monteiro André Quelhas PALCO
Banco Comercial Português, S.A. Magalhães (Vogal e ROC) ORQUESTRA BARROCA Alfredo Braga DESENVOLVIMENTO E GESTÃO OPERACIONAL
Banco L.J. Carregosa, S.A. Ricardo Torres André Silva DE FUNDRAISING ASSESSORIA
Banco Santander Totta, S.A. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO CORO CASA DA MÚSICA Carlos Almeida Gilda Veloso SECRETARIADO E APOIO AOS ÓRGÃOS SOCIAIS
BIAL HOLDING, S.A. PRESIDENTE Cristina Guimarães Fernando Gonçalves PARCERIAS INSTITUCIONAIS E CARTÃO AMIGO Antonieta Diniz
CAPITÓLIO, S.A. Rui Amorim de Sousa CONTEÚDOS EDITORIAIS, PUBLICAÇÕES José Torres Rita Moreira ASSESSORIA DE IMPRENSA
Caixa Económica Montepio Geral, SA E MEDIATECA José Vilela MECENATO E PATROCÍNIOS Cândida Colaço Monteiro
Caixa Geral de Depósitos VICE-PRESIDENTES Cristina Barbosa Rui Brito Mário Guedes ASSESSORIA AO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Cerealis, SGPS, S.A. Fernando Freire de Sousa Fernando Lima Vítor Resende FUNDADORES E PATRONOS Paulo Sarmento e Cunha
CIN - Corporação Industrial do Norte S.A. António Marquez Filipe Mário Santos VÍDEO Antonieta Diniz GESTÃO DO EDIFÍCIO
CMPEA – Empresa de Águas do Município Pedro Marques Margarida Garcia Gilberto Gomes
do Porto, EM ADMINISTRADORA-DELEGADA Ricardo Sacramento DIRECÇÃO DE PESSOAS, APOIO JURÍDICO E Gonçalo Garcez
Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. Carla Chousal MÚSICA NÃO ERUDITA DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL RESTAURAÇÃO
Companhia de Seguros Tranquilidade, S.A. Olinda Botelho Carla Chousal Ana Rita Alves
Continental Mabor - Indústria de pneus, S.A VOGAIS Fernando Sousa DIRECÇÃO COMERCIAL, MARKETING Sandra Carvalho e Silva Artur Gomes
CPCIS - Companhia Portuguesa de Graça Graça Moura Filipa Leite E FUNDRAISING Beatriz Rodrigues
Computadores Informática e Sistemas, S.A Leonor Sopas Gilda Veloso DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL Catarina Nogueira
El Corte Inglês, Grandes Armazéns, S.A Luís Miguel Bonifácio Osório SERVIÇO EDUCATIVO Sandra Carvalho e Silva Cátia Rebelo
Família Oliveira Jorge Prendas MARKETING GESTÃO RECURSOS HUMANOS Fátima Santos
Fundação EDP Ana Rebelo Gilda Veloso Elsa Novais Gonçalo Lourenço
GALP Energia, SGPS, S.A Anabela Leite DIGITAL Paula Moreira Maria Barroso
Grupo Media Capital, SGPS, S.A. Inês Leão André Alves Pedro Rocha Madalena Silva
Grupo Visabeira, S.A Paula Oliveira Joana Almeida Natércia Ferreira
HVF – Holding Violas Ferreira, SGPS, SA. Teresa Coelho CONTEÚDOS DE COMUNICAÇÃO APOIO JURÍDICO E CONTRATAÇÃO PÚBLICA Susana Castro
Lactogal – Produtos Alimentares S.A. Liliana Marinho Sandra Carvalho e Silva Tânia Machado
Lameirinho–Indústria Têxtil, SA GESTÃO INTEGRADA DE PRODUÇÃO Marcos Cruz CONTRATAÇÃO PÚBLICA Yuriy Biloshapka
Metro do Porto, S.A. Ernesto Costa DESIGN GRÁFICO Paula Moreira PROJECTOS ESPECIAIS E FUNDOS EUROPEUS
MOTA-ENGIL SGPS, S.A. ASSISTENTE Tiago Carneiro Pedro Rocha Paulo Sarmento e Cunha
MSFT – Software para Lourenço Ricca GESTÃO DE MEIOS
Microcomputadores, Lda Walter Salgado COMUNICAÇÃO INTERNA
NORS, S.A. Luísa Bessa

ficha técnica
ORQUESTRA SINFÓNICA REMIX ENSEMBLE CASA DA MÚSICA ORQUESTRA BARROCA CORO CASA DA MÚSICA
DO PORTO CASA DA MÚSICA CASA DA MÚSICA

MAESTRO TITULAR VIOLONCELO TROMPETE MAESTRO TITULAR MAESTRO TITULAR MAESTRO EMÉRITO
Stefan Blunier Nikolai Gimaletdinov – chefe de naipe Sérgio Pacheco – chefe de naipe Peter Rundel Laurence Cummings Paul Hillier
MAESTRO EMÉRITO Vicente Chuaqui – solista A Ivan Crespo – solista A MAESTRO ADJUNTO
Leopold Hager Feodor Kolpashnikov – solista B Luís Granjo – solista B VIOLINO VIOLINO Pedro Teixeira
Aaron Choi Rui Brito – solista B Angel Gimeno N.N. – concertino
VIOLINO I Bruno Cardoso Ashot Sarkissjan Reyes Gallardo SOPRANOS
Evgeny Makhtin – concertino principal Hrant Yeranosyan TROMBONE Ariana Dantas Ângela Alves
James Dahlgren – concertino honorário Irene Rozas Severo Martinez – chefe de naipe VIOLA Bárbara Barros Eva Braga Simões
Álvaro Pereira – segundo concertino João Cunha Dawid Seidenberg – solista A Trevor McTait Cecília Falcão Coutinho Joana Pereira
Radu Ungureanu – concertino assistente Michal Kiska Nuno Martins – solista B César Nogueira Leonor Barbosa de Melo
NN – solista A Sharon Kinder VIOLONCELO Miriam Macaia Rita Venda
Alan Guimarães TUBA Oliver Parr Prisca Stalmarski
Andras Burai CONTRABAIXO Sérgio Carolino – solista A CONTRALTOS
Emilia Vanguelova Rui Rodrigues – chefe de naipe CONTRABAIXO VIOLA Ana Calheiros
Evandra Gonçalves Florian Pertzborn – solista A TÍMPANOS António A. Aguiar Trevor Mctait Joana Guimarães
Ianina Khmelik N.N. – solista B Jean-François Lézé – tímpaneiro solista Raquel Massadas Joana Valente
José Despujols Altino Carvalho FLAUTA Maria João Gomes
Maria Kagan Joel Azevedo PERCUSSÃO Stephanie Wagner VIOLONCELO
Roumiana Badeva Nadia Choi Bruno Costa – solista A Filipe Quaresma TENORES
Tünde Hadadi Slawomir Marzec Nuno Simões – solista B OBOÉ Vanessa Pires Almeno Gonçalves
Vadim Feldblioum Tiago Pinto Ribeiro Paulo Oliveira – solista B N.N. André Lacerda
Vladimir Grinman CONTRABAIXO Luís Toscano
N.N. FLAUTA HARPA CLARINETE José Fidalgo Vítor Sousa
Paulo Barros – chefe de naipe Ilaria Vivan – solista A Victor J. Pereira
VIOLINO II Ana Maria Ribeiro – solista A OBOÉ BAIXOS
Ana Madalena Ribeiro – chefe de naipe Alexander Auer – solista B FAGOTE Pedro Castro Francisco Reis
Nancy Frederick – solista A Angelina Rodrigues – solista B Roberto Erculiani Andreia Teixeira Luís Rendas Pereira
Tatiana Afanasieva – solista B Pedro Guedes Marques
Catarina Martins OBOÉ TROMPA FAGOTE Nuno Mendes
Domingos Lopes Aldo Salvetti – chefe de naipe Nuno Vaz José Rodrigues Gomes Ricardo Torres
José Paulo Jesus Tamás Bartók – solista A
Karolina Andrzejczak Eldevina Materula – solista B TROMPETE CRAVO
Lilit Davtyan Roberto Henriques – solista B Aleš Klančar N.N.
Mariana Costa
Nikola Vasiljev CLARINETE TROMBONE
Paul Almond Luís Silva – chefe de naipe Ricardo Pereira
Pedro Rocha Carlos Alves – solista A
N.N. Gergely Suto – solista B PERCUSSÃO
N.N. João Moreira – solista B Mário Teixeira
Manuel Campos
VIOLA FAGOTE
Mateusz Stasto – chefe de naipe Gavin Hill – chefe de naipe PIANO
Joana Pereira – solista A Robert Glassburner – solista A Jonathan Ayerst
N.N. – solista B Vasily Suprunov – solista B
Anna Gonera N.N. – solista B
Biliana Chamlieva
Emília Alves TROMPA
Francisco Moreira Nuno Vaz – chefe de naipe
Hazel Veitch Bohdan Sebestik – solista A
Jean Loup Lecomte Eddy Tauber Abreu – solista A
Luís Norberto Silva José Bernardo Silva – solista A interino
Rute Azevedo Hugo Carneiro – solista B
Theo Ellegiers

agrupamentos residentes
VENDA DE BILHETES
Bilheteiras da Casa da Música
Bilheteira on-line
www.casadamusica.com
ESPECTÁCULOS DE ENTRADA LIVRE
Sujeitos a levantamento de bilhete no
próprio dia até ao limite de 4 por pessoa.
RESERVAS
Válidas durante 7 dias. No caso de serem
efectuadas nos 7 dias que antecedem
o evento, manter-se-ão até 48 horas antes
do mesmo.
DESCONTOS GERAIS
Efectuados no acto da compra de bilhetes.
Aos seus portadores é indispensável
a apresentação de documentos
comprovativos aquando da sua admissão
aos espectáculos.
Os descontos não são cumulativos.
Sinfónica, Remix, Barroca, Coro
e Ciclo Piano
50% Jovem = < 30 Anos
50% Professores e estudantes de música
20% Cartão BPI
15% Sénior > = 65 anos
CARTÃO AMIGO
Desconto de 25% em concertos
promovidos pela Casa da Música.
Os descontos acima mencionados
são aplicados em concertos com
preço igual ou superior a € 10.
informações gerais
VISITAS GUIADAS
VISITAS DIÁRIAS
Segunda a Sexta
Português · 11:00 e 16:00
Inglês · 16:00
Sábados, Domingos e Feriados
Português · 11:00 e 16:00
Inglês · 11:00 e 16:00
€ 12 por pessoa
(entrada livre para crianças até aos
12 anos desde que acompanhadas
por um adulto com bilhete)
VISITA FAMÍLIAS
€ 10 por pessoa
(entrada livre para crianças até
aos 12 anos desde que acompanhadas
por um adulto com bilhete)
(jovens dos 12 aos 18 anos € 5)
Segunda a Sexta
Português · 11:00 e 16:00
Inglês · 16:00
Sábados, Domingos e Feriados
Português · 11:00 e 16:00
Inglês · 11:00 e 16:00
VISITAS COM MARCAÇÃO
(grupos a partir de 15 pessoas
com horário a fixar previamente)
€ 12 por pessoa
VISITAS ESCOLARES
€ 3,50 por aluno
Reservas +351 220 120 233
visitasguiadas@casadamusica.com
*valor a descontar na compra de um
bilhete para qualquer concerto dos
Agrupamentos Residentes.
A CASA DA MÚSICA É MEMBRO DE
HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO
EDIFÍCIO, BILHETEIRA E LOJA
Diariamente
09:30—18:00
Dias de Espectáculo
Edifício aberto até ao final do espectáculo,
bilheteira aberta até meia hora após o
seu início.
CAFÉ CASA DA MÚSICA
Todos os dias 09:00—22:00
PARQUE DE ESTACIONAMENTO SABA
CPE — COMPANHIA DE PARQUES
DE ESTACIONAMENTO, SA.
Bilhete de Evento Sala Suggia
€ 2,5 válido para um período máximo de
estacionamento de 3,5 horas consecutivas
entre as 19:00 e a 01:00
Aberto 24 horas
226 095 407 / 917 649 836
pcm-porto@sabagroup.com
Para mais informações enviar e-mail para:
info@casadamusica.com
Se desejar ser incluído na nossa mailing
list, envie um e-mail para:
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A programação e os preços apresentados
nesta agenda poderão estar sujeitos a
alterações. Os preços anunciados nesta
brochura são válidos salvo erro tipográfico.
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192 193
APOIO INSTITUCIONAL

APOIO INSTITUCIONAL ANO ALEMANHA

MECENAS CASA DA MÚSICA