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ATIVIDADE MAPA
Texto 1
A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) E O TRABALHO COM
GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO: CONCHAVES
TEÓRICOS
Francisco Renato Lima
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento oficial, construído na
vigência da Política Nacional de Educação (PNE) (2014-2024) (BRASIL, 2014), a
partir de três versões de consulta pública (BRASIL, 2015; 2016; 2017), e, as versões
oficiais: Educação Infantil e Ensino Fundamental; e do Ensino Médio,
respectivamente, aprovadas no final de 2017 (BRASIL, 2017) e de 2018 (BRASIL,
2018). A priori, no discurso educacional oficial, ela traz uma proposta de unificar o
ensino escolar na Educação Básica, em todo o país, contemplando os diversos
componentes curriculares do ensino, respeitando as variedades regionais históricas,
ideológicas e culturais inerentes à cultura heterogênea e plural do país.
Mas, antes de adentrar o olhar sobre o referido documento oficial, é importante situar,
pelas lentes de Aguiar (2018, p. 15), um breve retrospecto histórico, que evidencia a
evolução e a continuidade no campo das políticas públicas educacionais no Brasil,
para se compreender o estágio atual:
A temática Base Nacional Comum não é um assunto novo. Está prevista na
Constituição de 1988 para o Ensino Fundamental, e foi ampliada para o Ensino Médio
com a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), a partir da Lei 13.005/2014,
em consonância com a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – LDB, que define
as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Em nossa história recente de organização da educação, identificamos propostas que
se assemelham ao que hoje se denomina de Base Nacional Comum. Por exemplo,
na década de 1980, surgiram os “Guias Curriculares”, nos anos 1990, os “Parâmetros
Curriculares”. Neste percurso histórico, as “Diretrizes Curriculares Nacionais”
constituíram-se em efetivo avanço na agenda educacional ao delinear as concepções
político-pedagógicas para todas as etapas e modalidades da Educação Básica, em
atendimento ao previsto na atual LDB, contribuindo, efetivamente, para a implantação
da nova estrutura de educação então instituída.
Nesse sentido, as mudanças decorrentes da implantação dessas políticas oficiais, em
especial, as mais recentes, decorrentes da BNCC, implicam diretamente na (re)
organização do currículo escolar e na prática pedagógica dos professores de todos
os componentes curriculares, principalmente, no tocante às competências e
habilidades previstas de serem desenvolvidas e os desafios de aplicação no contexto
da sala de aula.
Quanto ao trabalho específico com o componente curricular Língua Portuguesa (LP),
que passa a integrar a área de Linguagens, é preciso destacar que, para bem situar
a contribuição que a BNCC traz hoje e o impacto que ela tem sobre o ensino da língua
e dos gêneros textuais, em especial, não se pode ignorar a importância dos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) (BRASIL, 2018), que, há vinte anos,
plantaram sementes, que alicerçaram uma proposta de trabalho com a língua e que,
agora, a BNCC, veio dá corpo aos PCN, ao esmiuçar, de modo mais detalhado e
pormenorizado, por meio de ‘competências’ e ‘habilidades’, os ‘conteúdos’ e os
‘objetivos’ de ensino definidos no documento de 1998.
Na sua versão final, de 2018, ela incorpora todas as anteriores, constituindo-se em
um documento único, contendo 600 páginas que, além de trazer os três níveis da
Educação Básica, ainda traz todos os componentes curriculares obrigatórios ao
ensino. Assim, tem-se um texto que divide-se em: uma “apresentação” geral; uma
“introdução”; a “Estrutura da BNCC”; “A etapa da Educação Infantil”; “A etapa do
Ensino Fundamental”; e “A etapa do Ensino Médio”.
Essa discussão se detém a essas duas últimas etapas, com foco nas competências
e nas habilidades previstas para o ensino da língua materna. No Ensino Fundamental,
do 1º ao 5º ano, por exemplo, contempla: “Leitura/escuta (compartilhada e
autônoma)”; “Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)”; “Oralidade”;
“Análise linguística/semiótica (Alfabetização)”; “Escrita (compartilhada e autônoma)”;
e “Análise linguística/semiótica (Ortografização)”. E, do 6º ao 9º ano, contempla:
“Leitura”; “Produção de textos”; “Oralidade (Considerar todas as habilidades dos eixos
leitura e produção que se referem a textos ou produções orais, em áudio ou vídeo)”;
e “Análise linguística/semiótica”.
Após leitura do texto A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o trabalho com os
gêneros textuais no ensino fundamental e médio: conchaves teóricos, de Francisco
Renato Lima, divulgado na Revista Dissertar, você deverá produzir um resumo, com
no mínimo 10 e no máximo 20 linhas, expondo as ideias centrais do texto-fonte e
fazendo uso dos aspectos linguístico-discursivos que demonstrem que o texto
produzido pertence ao gênero resumo acadêmico. É importante lembrar que as
informações não devem ser copiadas literalmente.