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Larissa Carrijo Gonçalves

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PRINCIPAIS INDICAÇÕES MEDICAMENTOSAS UTILIZADAS POR


PACIENTES DE ALTO RISCO E SUAS INTERAÇÕES EM
ODONTOLOGIA

Graduação em Odontologia
Universidade de Uberaba

Uberaba, 25 de Junho de 2023


PRINCIPAIS INDICAÇÕES MEDICAMENTOSAS UTILIZADAS POR
PACIENTES DE ALTO RISCO E SUAS INTERAÇÕES EM
ODONTOLOGIA

O presente trabalho visa abordar as principais interações


medicamentos de interesse na Odontologia.

Graduação em Odontologia
Universidade de Uberaba

Uberaba, 25 de Junho de 2023


PRINCIPAIS INDICAÇÕES MEDICAMENTOSAS UTILIZADAS POR
PACIENTES DE ALTO RISCO E SUAS INTERAÇÕES EM
ODONTOLOGIA

Introdução:
A odontologia é uma área da saúde que lida com o diagnóstico, prevenção e tratamento de
doenças e condições que afetam a saúde bucal. Assim como em outras áreas da medicina, o
uso de medicamentos é comum na odontologia para auxiliar no controle da dor, infecções e
inflamações, entre outras condições. No entanto, é importante destacar que certos
medicamentos podem interagir entre si, resultando em efeitos adversos ou diminuindo a
eficácia do tratamento. Neste contexto, é fundamental que os profissionais da odontologia
estejam cientes das principais interações medicamentosas que podem ocorrer no âmbito
odontológico, a fim de evitar complicações e garantir um tratamento seguro e efetivo para os
pacientes.

Desenvolvimento:
Existem diversas classes de medicamentos utilizados na prática odontológica que podem
interagir com outros fármacos. Um exemplo relevante são os antibióticos, frequentemente
prescritos para o tratamento de infecções bucais. Alguns antibióticos, como as tetraciclinas,
podem interagir com medicamentos contendo ferro, cálcio ou magnésio, reduzindo sua
absorção pelo organismo. Portanto, é recomendado que esses medicamentos sejam
administrados em horários separados, para evitar a diminuição da eficácia do tratamento.

Outro exemplo comum de interação medicamentosa na odontologia envolve os analgésicos,


como os opiáceos e os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). Esses medicamentos são
frequentemente prescritos para o controle da dor pós-operatória ou de inflamações na
cavidade bucal. No entanto, é importante estar ciente de que os AINEs podem interagir com
medicamentos anticoagulantes, como a varfarina, aumentando o risco de sangramento.
Portanto, é necessário monitorar cuidadosamente os pacientes que fazem uso desses
medicamentos em conjunto, ajustando as doses e realizando exames de coagulação, quando
necessário.
Além disso, certos medicamentos utilizados no tratamento de doenças sistêmicas podem
afetar a saúde bucal e interagir com os tratamentos odontológicos. Por exemplo, os
bifosfonatos, comumente prescritos para o tratamento da osteoporose, podem levar ao
desenvolvimento de uma condição chamada osteonecrose dos maxilares, que causa a morte do
osso na mandíbula ou maxila. Essa interação medicamentosa requer precauções especiais
durante procedimentos dentários invasivos, como extrações de dentes, para evitar
complicações graves.

1. Sinvastatina.

1.1 Interações medicamentosas e Medicamentos contraindicados:

 Itraconazol
 Cetoconazol
 Posaconazol
 Voriconazol,
 Eritromicina
 Claritromicina
 Telitromicina
 Inibidores da protease do HIV
 Boceprevir
 Telaprevir
 Nefazodona
 medicamentos contendo cobicistate
 Genfibrozila
 Ciclosporina
 Danazol
 O risco de miopatia é aumentado pela genfibrozila e outros fibratos (com
exceção do fenofibrato)
 Ácido fusídico
 Amiodarona
 Bloqueadores do canal de cálcio (verapamil, diltiazem ou anlodipino)
 Lomitapida
 Daptomicina
 Colchicina
 Derivados cumarínicos

2. Losartana Potássica

2.1 Interações medicamentosas:


 O uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio (como espironolactona,
triantereno e amilorida), suplementos de potássio, substitutos do sal que contenham
potássio.
 Os fármacos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), incluindo os inibidores
seletivos da cicloxigenase-2 (inibidores da COX-2)

3. Cloridrato de metformina

3.1 Interações medicamentosas:

 Álcool
 Glicocorticoides, tetracosactida (vias sistêmica e local), agonistas beta-2,
danazol,
 Diuréticos, especialmente os de alça: podem aumentar o risco de acidose lática
devido ao seu potencial para diminuir a função renal.

4. Glifage® (cloridrato de metformina)

4.1 Interações medicamentosas:

 O nifedipino parece aumentar a absorção de metformina


 Estudo de interação em dose única metformina-furosemida em indivíduos sadios
demonstrou que os parâmetros farmacocinéticos de ambos os fármacos foram afetados
pela coadministração. A furosemida aumentou o Cmax da metformina no plasma e no
sangue em 22% e a AUC no sangue em 15%, sem nenhuma alteração significativa na
depuração renal da metformina.
 Em um estudo de interação farmacocinética, a metformina aumentou a taxa de
eliminação da varfarina.
 Amilorida, digoxina, morfina, procainamida, quinidina, quinina, ranitidina,
triantereno, trimetoprima ou Colesevelam aumenta os níveis sanguíneos da metformina
quando coadminitrado com metformina de liberação prolongada
 Glicocorticoides, tetracosactida (vias sistêmica e local), agonistas beta-2, danazol,
clorpromazina em altas doses de 100 mg ao dia, diuréticos;
 Diuréticos, especialmente os de alça: podem aumentar o risco de acidose láctica
devido ao seu potencial para diminuir a função renal.

5. Digoxina

5.1 Interações medicamentosas:


 Bloqueadores de receptores beta-adrenérgicos pode aumentar o tempo de condução
atrioventricular.
 Agentes que causam hipocalémia ou deficiência de potássio intracelular diuréticos,
sais de lítio, corticosteroides e carbenoxolona.
 Amiodarona, flecainida, prazosin, propafenona, quinidina, espironolactona,
antibioticos macrolideos (p.ex.: eritromicina e claritromicina), tetraciclina, (e
possivelmente outros antibioticos), gentamicina, itraconazol, quinina, trimetoprima,
alprazolam, indometacina, propantelina, nefazodona, atorvastatina,
ciclosporina, epoprostenol (transitório) e carvedilol.
 Antiácidos, alguns laxantes formadores de massa, caopectina, colestiramina, acarbose,
sulfasalazina, neomicina, rifampicina, alguns citostaticos, fenitoina, metoclopramida,
penicilamina, adrenalina, salbutamol.

6. Cloridrato de propranolol

6.1 Interações medicamentosas:


 A administração simultânea de rizatriptana e propranolol pode causar um aumento de
aproximadamente 70-80% na AUC e Cmaxda rizatriptana.
 Antiarrítmicos Classe I (por exemplo, disopiramida) e amiodarona podem apresentar
efeito potencializado no tempo de condução atrial e induzir efeito inotrópico negativo.
 Betabloqueadores e bloqueadores do canal de cálcio, como, por exemplo, verapamil e
diltiazem.
 A terapia concomitante com bloqueadores de canais de cálcio diidropiridínicos, por
exemplo, nifedipino, pode aumentar o risco de hipotensão
 O uso concomitante de agentes simpatomiméticos, como, por exemplo, adrenalina,
pode neutralizar o efeito dos betabloqueadores
 A administração de cloridrato de propranolol durante infusão de
lidocaína pode aumentar a concentração plasmática de lidocaína em
aproximadamente 30%. Pacientes que já estejam recebendo propranolol
tendem a apresentar níveis mais altos de lidocaína do que pacientes-
controle. Esta associação deve ser evitada.
 Quinidina, propafenona, rifampicina, teofilina, varfarina, tioridazina e bloqueadores de
canais de cálcio diidropiridínicos, tais como nifedipino, nisoldipino, nicardipino,
isradipina e lacidipina

Conclusão:

As interações medicamentosas são um aspecto importante a ser considerado na


prática odontológica, a fim de garantir a segurança e a eficácia do tratamento. Os
profissionais da odontologia devem estar cientes das principais interações
medicamentosas que podem ocorrer, especialmente aquelas relacionadas a
antibióticos, analgésicos e medicamentos sistêmicos. É fundamental realizar uma
revisão completa dos medicamentos que o paciente está utilizando antes de iniciar
qualquer procedimento odontológico, a fim de evitar complicações e proporcionar
um cuidado adequado. Além disso, a comunicação efetiva entre os profissionais
da saúde é fundamental para garantir que todas as interações medicamentosas
sejam consideradas e gerenciadas adequadamente, visando o bem-estar do
paciente.
Referências

1 Bula do profissional Sandoz, disponível em:


https://www.sandoz.com.br/sites/www.sandoz.com.br/files/PF-SINVASTATINA.pdf
2 Bula do profissional Euroforma, disponível em:
https://cdn.eurofarma.com.br//wp-content/uploads/2016/09/losartana-potassica-bula-
profissional-eurofarma.pdf
3 Bula do profissional Merck, disponível em: https://static-
webv8.jet.com.br/drogaosuper/Bulas/7891721022722.pdf
4 Bula do profissional Merck, disponível em: https://www.merckgroup.com/br-
pt/bulario/Glifage%20XR_Bula%20Profissional_05.07.19.pdf
5 Bula do profissional Gsk, disponível em:
https://erclinic.com.br/bula/detalhes/4823/
6 Bula do profissional Medley, disponível em:
https://sm.far.br/pdfshow/bula_183260156_3756220207_p.pdf

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