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Jobs To Be Done &

User Stories
Caio Gama
UX researcher @ Nubank
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Cronograma
● O que é Jobs To Be Done(JTBD)?
○ Como escrever JTBD
○ Como descobrir os JTBD do seu usuário
○ O que JTBD não é
● Usando JTBD
○ Priorizando JTBD
○ Bonus track: Personas com JTBD
● User Stories
○ O que são User Stories?
○ Principal foco das User Stories
○ Quebrando JTBD em User Stories
JTBD
O que é JTBD?
De forma abstrata, um "job" é um problema, fundamental, que um usuário precisa resolver em
uma determinada situação.

Jobs to Be Done implica em uma nova forma de olhar as interações de um usuário com os
seus produtos, ou com os produtos que ele precisa adquirir. Enquanto no passado olhávamos
essas interações de um ponto mais objetivo, hoje entendemos que elas são mais complexas.
O que é JTBD?
“People don’t want to buy a quarter-inch drill. They want a
quarter-inch hole!” - Ted Levitt

Isso implica que um usuário não vai atrás do seu produto pelo que ele é, e sim pelo que ele vai
ser capaz de executar quando tiver o seu produto em mãos.

Você não quer um carro, você quer se locomover sem pegar o ônibus.
Você não quer um telefone, você quer se manter em contato com quem ama.

Pessoas não compram produtos ou serviços, elas compram versões melhores de sí.
O que é JTBD?
JTBD não são tarefas, ou atividades, que os usuários querem/precisam fazer. JTBD não é um produto, serviço
ou uma solução específica, é na verdade o propósito pelo qual os usuários adquirem/usam produtos.

JTBD tem como finalidade entender o que de fato os usuários querem fazer, ao invés de só olhar para o produto
que foi usado. Se você entender profundamente qual “job” o usuário quer realizar você pode pensar em soluções
completamente diferentes.

“Upgrade your user, not your product. Don’t build better cameras — build
better photographers.” — Kathy Sierra
O que é JTBD?

+ =
O que é JTBD?
Podemos dividir os JTBD em duas categorias: funcionais e emocionais. E podemos dividir os emocionais em
duas subcategorias, os emocionais-pessoais e os emocionais-sociais.

E não é incomum que o mesmo JTBD seja funcional com um fundo de emocional, ou vice-versa. E também não
é incomum que se existam dois JTBD em paralelo, sendo um funcional e um emocional.
O que é JTBD?
Jobs funcionais Jobs emocionais
São aqueles que falam dos São aqueles subjetivos, que
objetivos práticos e diretos falam sobre sentimentos,
que os usuários querem sensações e percepções.
realizar.

Jobs Jobs
emocionais-pessoais emocionais-sociais
Tratam sobre como os Tratam sobre como os
usuários se sentem com a usuários acham que a
solução. comunidade os enxerga
enquanto usam a solução.
Como escrever JTBD?
Não existe uma regra de ou um modelo universal para se escrever um job. Entretanto, para um job ser bem
eficaz ele precisa de 3 partes: verbo de ação, objeto que sofre a ação e um contexto.

Segue um modelinho:

<Verbo de ação> <Objeto> em <Contexto>

Exemplos:

Colocar minha estante na parede da sala

Me livrar do mau hálito durante reuniões


Descobrindo os JTBD
JTBD podem ser definidos de diversas formas. Através do seu conhecimento sobre o mercado, conhecimento
sobre a pessoas ou até “adivinhar”. Mas, a melhor forma de descobrir os JTBD é: observando seus usuários ao
vivo.

Através da observação contextual, conseguimos ver de perto o que de fato motiva os seus usuários.
Conseguindo capturar todas as nuances que estão envolvidas em usar um produto.
Descobrindo os JTBD
Vocês vão se surpreender a acabar percebendo que as pessoas conseguem dar usos muito criativos para todo
tipo de produto ou serviço. E que raramente esses produtos e serviços são utilizados para o que foram
desenvolvidos.

O mais importante aqui não é entender o que as pessoas fazem com seus produtos e serviços e sim por que as
pessoas adquirem/usam seus produtos e serviços.
Descobrindo os JTBD
As melhores técnicas para isso são:

● Entrevista com o usuário


● Observação contextual
● Shadowing

O importante é que os JTBD sejam descobertos através de observação e não de relatos. Só com observação
que você vai ser capaz de ter toda a informação e contexto necessários.

“Don’t tell me, show me”


O que JTBD não é
JTBD não é um framework de trabalho e sim um modo de pensar. Uma nova forma de entender e estudar as
relações entre usuários e produtos/serviços.

Um JTBD é um desejo por progresso, e progresso não é sobre fazer coisas e sim sobre mudar as coisas de uma
forma positiva.

JTBD não é o estudo de como as pessoas usam produtos, e sim o estudo do por que as pessoas usam
produtos.
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USANDO JTBD
Como eu priorizo JTBD?
Não adianta de nada termos diversos JTBD e não sabermos qual atacar primeiro, correto?

Uma ótima forma de se priorizar quais JTBD vamos atacar primeiro é utilizar um plano de dois eixos, onde um é
o impacto na vida do usuário e o outro uma métrica de negócio, como tempo/dificuldade de desenvolvimento.

Dessa forma podemos selecionar aqueles que tem mais impacto na vida do usuário e com o menor custo de
desenvolvimento. Além de ajudar na criação de um backlog.
Como eu priorizo JTBD?

Tempo de desenvolvimento


Impacto no usuário
BONUS TRACK
Personas com JTBD?
● Por que criamos personas com base em dados demográficos?
● Por que criamos personas com base em dados de mercado?

● O que transforma a minha idade em um fator de corte para personas?


○ E meu gênero?
○ E meu local de residência?
○ Ou se eu faço as compras de tarde ou de noite?

● O que transforma minha classe social em um fator de corte para personas?


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User Stories
O que são User Stories
É uma forma de mudar o foco do desenvolvimento, que costumava se baseado em requisições
técnicas para o comportamento do usuário.

E é frequentemente vista de ambientes agile. Dessa forma paramos de falar sobre o que
precisamos desenvolver e focamos em para quem estamos desenvolvendo. Deixando o time muito
mais próximo de quem vai utilizar o seu produto, dando mais clareza.
O que são User Stories
Normalmente essas user stories são sentenças curtas que englobam um (pequeno) passo na
jornada do usuário. Mostrando que tipo de ação o usuário precisa realizar e o motivo de querer
realizar determinada ação.

As stories podem descrever um pedaço curto e específico da jornada, ou algo mais macro. Por sua
vez, essas stories mais macro costumam ser chamadas de épicos, já que englobam mais de uma
etapa da jornada.
O que são User Stories
Stories maiores, os épicos, costumam ser quebradas em stories menores, para que possam ser
resolvidas de forma rápida e no menor número de sprints possíveis.

Não é uma regra, mas stories costumam seguir um modelinho:

As a <type of user>, I want <some goal> so that <some reason>


O que são User Stories
Exemplo de épico:

As a <Buyer>, I want <to manage my inventory faster> so that <I can


have some extra free time>

Exemplo de storie:

As a <Buyer>, I want <to flag items that are out of stock> so that <I
can know what items to buy>
As a <Buyer>, I want <to be warned when items only have 2 unit in
stock> so that <I can be aware that I'm running out of stock>
Principal foco das User Stories
O principal foco das user stories é esse que comentamos, sobre trazer o foco do desenvolvimento
para um viés mais humano, mais próximo do que vamos entregar.

Mas elas também servem para dar mais visibilidade, quando vistas em um backlog, e como ponto
focal de debate para o valor que estamos entregando para os usuários.
Quebrando JTBD em User Stories
Aqui não existe uma regra, mas podemos levar em conta que nossos JTBD são muito parecidos
com épicos, e com isso em mente começar a dividir eles em pedaços menores e mais fáceis de
serem executados.
Como não usar User Stories
O mais importante quando se trata de user stories é sempre levar em consideração o ponto de vista
do usuário. O único modo de errar é começar a usar uma ótica de desenvolvimento, usando as user
stories para priorizar features a serem desenvolvidas ao invés de valor para ser entregue.
Dúvidas? 🧐
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Dúvidas finais?
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