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Escola Técnica SENAI

Curso Técnico em Mecânica Automotiva

Deivid Mateus da Costa Silva

SUSPENSÃO DE VEÍCULOS

Recife
2023
Escola Técnica SENAI
Curso Técnico em Mecânica Automotiva

SUSPENSÃO DE VEÍCULOS

Relatório de trabalho de conclusão de curso


apresentado para obtenção parcial da nota para o curso
Técnico em Mecânica, à Escola Técnica do SENAI.

Orientador (a): Prof. Raphael Barros de Santana

Recife
2023
AGRADECIMENTOS

Este trabalho de pesquisa contou com a contribuição e apoio de diversas


pessoas, dentre as quais agradeço.
Em primeiro lugar a Deus por me conduzir em caminhos que possibilitasse a
chegar à conclusão desse curso.
Aos professores e colaboradores do SENAI, excepcionalmente ao coordenador
Raphael Barros de Santana pelas orientações e por me oportunizar tamanha
experiência ao frequentar este curso, que promoveu uma vasta gama de
conhecimentos e habilidades técnica.
Aos meus pais, que acreditaram no meu potencial incentivando, orientando e
me fortalecendo nos momentos de dificuldades.
Aos colegas de classe pela espontaneidade e alegria na troca de
informações, conhecimentos e materiais de estudo, numa agradável demonstração
de amizade e fraternidade.

3
Resumo

O presente trabalho tem como objetivo principal Apresentar as principais


características e componentes que compõem a suspensão veicular. O texto é
apresentado por meio de um estudo de pesquisa Bibliográfica o que possibilita a
compreensão e apresentação dos componentes que compõe a suspensão veicular.

4
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................6
1 SUSPENSÃO.......................................................................................................8
2 MOVIMENTAÇÃO DA CARROCERIA…………………………………....................9
3 SISTEMAS E COMPONENTES DA SUSPENSÃO..............................................10
4 AMORTECEDORES….…………………………………….......................................11
5 TIPOS DE SUSPENSÃO………………..…………………………………………..….15
6 SUSPENSÃO INDEPENDENTES........................................................................17
7 SISTEMAS DE SUSPENÇÃO E SUAS CARACTRÍSTICAS................................19
8 SUSPENSÃO INDEPENDENTE COM MOLAS HELICOIDAIS TIPO
MACPHERSON.........................................................................................................24
9 MANUTENÇÃO...................................................................................................28
10 METODOLOGIA..................................................................................................30
11 CONCIDERAÇÕES FINAIS................................................................................31
REFERÊNCIAS........................................................................................................32

INTRODUÇÃO

Ao longo da história da humanidade, havia uma grande necessidade de unir


materiais, para o desenvolvimento e crescimento pessoal do seres humanos. Esta
história começou a se transformar e mudar com o descobrimento do aço em 1856

5
onde anteriormente o meio de transporte era desde o andar em animais e os
mesmos sendo utilizados e chamados como veículos de tração animal que eram
carroças puxadas por cavalos, bois e outros animais que foram domesticados, há
mais de 3,4 mil anos A.C já tinham grande papel na ajuda ao transporte de pessoas
e cargas pesadas de maneira mais simples e muito mais eficaz, onde esta situação
começou a melhor e mudar por meio do metalúrgico Henry Bessemer que permitiu
as molas fundidas em aço temperado pudessem ser usadas nas carroças e
carruagens, melhorando o conforte, estabilidade, e segurança.

Figura 1

Fonte: Especial: da carroça ao carro autônomo em um século - Revista Carro

Foi daí por diante que começaram a aprimorar esta técnica de suspensão das
massas dos ocupantes das carruagens e carroças, melhorando as oscilações,
absorção de impactos dos seus ocupantes e massa não suspensa como pneus,
rodas e suspensão, onde em 1930 surgiram os primeiros amortecedores hidráulicos
que melhorou bastante o sistema, que em 1950 os amortecedores de dupla ação
dando melhor amortecimento nas curvas e acelerações mais elevadas.
A era do Fordismo que iniciou na revolução industrial com o norte-americano
Henry Ford que foi por volta de 1913, onde tivemos a criação de veículos automores,
foi o sistema de produção que mais se desenvolveu em 1914, onde um automóvel
era fabricado a cada 98 minutos, o modelo mais famoso foi o ‘’ T’’, que também era
conhecido como Ford Bigode.
Neste trabalho abordaremos o desenvolvido da era automotiva e seus
componentes como, por exemplo, os diversos tipos de suspensões veiculares, seus
elementos e sua importância no desenvolvimento e segurança dos veículos. Todos
os veículos automores são movidos por meio de um motor que tem combustão
interna, seja ela elétrica a gasolina ou qualquer outra maneira de propulsão, fazem
uso de um sistema de suspensão.

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Tivemos o inicio das primeiras soluções em relação a suspensão em meados
de 1926, onde desenvolveram amortecedores à fricção que eram constituídos por
duas placas de formato circular de atrito que eram fixadas com determinados pesos
como se fossem um conjunto de embreagem. Este conjunto de peças fazia a função
de absorção de impactos amortecendo pesos, vibrações, porém a estabilidade do
atrito era bastante difícil fazendo com que a estabilidade do automóvel e o conforto
dos ocupantes fossem comprometidos não gerando o máximo de conforto esperado.
Podemos entender que a suspensão é um sistema que compõem vários
componentes que atuam em tempo integral com ligação aos chassis do carro e as
rodas, fazendo com que as mesmas fiquem em contato o solo, fazendo com que os
impactos sejam absorvidos para que os ocupantes do veículo tenham o máximo de
conforte possível, garantido boa dirigibilidade, estabilidade ao solo sendo
responsável em manter as rodas do carro no chão e dar segurança nas curvas ao
dirigir e um bom funcionamento das outras peças do veículo.

Sendo assim este trabalho se constrói com base nos seguintes objetivos de
pesquisa:

Objetivo Geral

Apresentar as principais características e componentes que compõem a suspensão


veicular.

Objetivos específicos

l. Entender os conceitos de conforto de rodagem, estabilidade, segurança e


alterações verticais, aceleração de pitch, funcionamento dos amortecedores, entre
outros aspectos e componentes da suspensão de um automóvel; ll. Descrever as
etapas do processo do controle da qualidade na montagem e lll. Compreender as
funções das molas e amortecedores.

1. SUSPENSÃO

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Segundo Gillespie (1992) é possível entender que a suspensão é um conjunto
de peças que adéqua a transmissão de energia da excitação de base (uma
lombada, por exemplo) e a capacidade de aderência do veículo ao solo. É feito por
um conjunto de mola e amortecedor. Um conjunto de peças que estabilizam as
rodas do carro no solo, proporcionando estabilidade e segurança. O principal
propósito da suspensão é fazer com que o automóvel se mantenha em contato com
o solo as suas rodas, tendo uma resistência elástica a uma determinada carga,
capacidade de absorver a energia da mola após a mesma ser comprimida,
direcionando a trajetória proporcionando uma boa dirigibilidade ao condutor,
estabilidade em circunstâncias adversas e conforto aos ocupantes para que a viajem
se torne agradável para ambas as partes.
A Engenharia de projetos automotivos desenvolveu técnicas para se obter um
nível bem elevado de conforto sem dispensar segurança e uma excelente
condutividade do automóvel, fazendo com que o movimento das rodas esteja sob
controle da suspensão seja qual for a situação em o mesmo se encontre.
De acordo com Freitas (2006) é possível entender que, o amortecer
transforma a energia mecânica em energia calorífica. Para minimizar o máximo
possível dos ruídos aumentando a suavidade, as molas são montadas sobre
borracha para que não haja trepidações e ruídos indesejáveis. O sistema de
suspensão inclui ainda almofadas semelhantes aos dos bancos, que também
protegem contra as vibrações indesejadas. Ruthes (2016) define a principal função
do amortecedor como:

A principal função do amortecedor é reduzir e limitar as oscilações


provocadas pela mola da suspensão. Além disso, mantém o contato dos
pneus com o solo melhorando a estabilidade do veículo. A energia
transmitida para as molas, devido aos impactos provocados pela
irregularidade do solo, é absorvida pelo amortecedor e dissipada em forma
de calor para o ambiente (p.23).

Para isto, o dimensionamento das rodas constitui um fator importante


dirigibilidade suave. Uma roda com diâmetro bem maior que o especificado pelo
fabricante transporá irregularidades do piso; contudo, não é viável uma roda
suficientemente grande para anular os efeitos de todas essas irregularidades. Uma
roda não deverá também ser tão pequena que caiba em todos os buracos que
encontramos em nossas rodovias e estradas

2. MOVIMENTAÇÃO DA CARROCERIA
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Segundo Freitas (2006) uma das funções da suspensão é a de absorver e
neutralizar as imensas irregularidades que encontramos em nossas estradas
brasileiras, fazendo com que as vibrações e movimentos não sejam transmitidos de
forma total aos ocupantes do veículo.
O Manual de alinhamento e balanceamento de rodas da Fiat (1996), por meio
da suspensão é possível neutralizar movimentos irregulares e impactos do solo na
carroceria, visto que os diversos fatores ambientais, climáticos e estruturais. Dessa
forma, ao entrar em contato com o solo a carroceria sofre diversas oscilações de
acordo com os movimentos realizados pelo veículo.
Logo, alguns exemplos de oscilações são; oscilações frontais que ocorrem ao
acelerar ou frear o carro, oscilação lateral que ocorre entre o eixo longitudinal, forças
laterais que produzem uma força de inclinação vertical na carroceria. Porém estas
oscilações citadas anteriormente não devem interferir no conforte e estabilidade do
veículo, tendo como base de uma a duas oscilações por cada segundo, caso seja
superior a estes valores ocorrerá uma excitação no sistema nervoso e caso esteja
abaixo haverá náuseas Fiat (1996).

3. SISTEMAS E COMPONENTES DA SUSPENSÃO

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Podemos inferir do Manuais de mecânica do automóvel; sistema de
suspensão e direção (1984) que, a suspensão é diferenciada tendo sua arquitetura
bem distinta de acordo com o projeto e modelo de cada montadora, porém os
princípios básicos são seguidos como um padrão preestabelecido. Os elementos da
suspensão são classificados em alguns grupos, citaremos algumas;
 Elásticos, que possuem o objetivo de sustentar o carro fazendo com que haja
um isolamento acústico entre o solo e o veículo onde podemos observar uma
energia potencial elástica atuando entre o amortecedor e molas.
 Absorção, que funcionam complementando os movimentos que são elásticos
produzidos pela oscilação na movimentação dos carros, atenuando
movimentos produzidos por ele.
 As rodas que atuam na movimentação dos carros graças aos pneus,
proporcionando uma boa mobilidade e flexibilidade.
 Eixo rígido, obtendo uma união entre as rodas do mesmo eixo (barra)
 transversal de conectam as duas rodas sendo fixada na carroceria do
veículo). Este tipo de suspensão foi substituído pelo sistema de suspensão
independente, porém são bastante utilizados pelos carros off Road e
militares.
 As de rodas independentes, como o próprio nome diz, as rodas tem
movimentos de cada roda de forma independente. Este sistema são os mais
comuns que podemos observar nos carros atualmente.
 As suspensões especiais que são a evolução das suspensões citadas
anteriormente, elas são bastante utilizadas em carros blindados, os de
corridas ou até mesmo em veículos rebaixados.
 E as suspensões ativas, são bem modernas que possuem assistência
eletrônica que atuam com precisões em seu desempenho aos veículos dando
um molejamento e amortecimento ao veículo e ocupantes.

Figura 2: Sistemas e componentes da suspensão

Fonte: manutencao_automotiva_sistema_de_suspensao.pdf

4. AMORTECEDORES
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De acordo com Fiat (1996) o amortecedor é extrema importância para a
segurança e estabilidade do automóvel, sendo considerado um sendo um item
indispensável, geralmente é composto por dois componentes que movimentam
lentamente entre si, tendo com objetivo o amortecimento das oscilações efetuadas
pelas molas dos carros quando o veículo sofre impactos que são provocados pelos
pisos esburacados onde rodamos em nosso cotidiano. A ação de amortecer os
impactos, os amortecedores geralmente são peças feitas por meio de dispositivos
mecânicos, que se articulam entre si, ou por meio de dispositivos mecânicos e
hidráulicos, e até mesmo por meio de dispositivos mecânicos e uma combinação
hidráulico-pneumático, que é composta de óleo e ar comprimido, denominado de
óleo-pneumático. Veremos alguns exemplos de amortecedor e como eles atuam.

4.1 Amortecedores mecânicos

São formados por dois discos de aço ligados a um tipo de braço que por sua
vez também é feito de um aço resiste a impactos e fricção.

Figura 3: Amortecedor mecânico

Fonte: manutencao_automotiva_sistema_de_suspensao.pdf

Os discos de aço de encaixam paralelamente uns nos outros, sendo que os


discos de fricção esta também separados e sendo unidos por um conjunto bem
arrojado de parafuso e porca, sendo controlados por uma mola. Fazendo que com
um braço seja preso na carroceria do carro e o outro no eixo causando um
determinado atrito. O interessante que podemos observar sobre os amortecedores
mecânicos é que eles são simples para instalar e regular, porém não possui um
funcionamento macio e bem poucos sensíveis a oscilação.

4.2 Amortecedores hidráulicos

Sendo conhecido como amortecedor telescópio podemos dizer que é o mais


usado atualmente, que é formado por um cilindro que tem um pistão que está ligado
a uma haste. Possuem válvulas que regulam a livre passagem do fluxo de óleo nos
dois sentidos por meio do pistão, onde uma válvula de óleo comanda a saída do
óleo para uma câmara de recuperação que cobre o cilindro. Atuando com força
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elástica e amortecimento, onde o elástico absorve choques provocados por terrenos
irregulares e o amortecimento das molas nestas situações.

Figura 4: amotercedores hidráulicos

Fonte: manutencao_automotiva_sistema_de_suspensao.pdf

Figura 5: amotercedores hidráulicos

Fonte: manutencao_automotiva_sistema_de_suspensao.pdf

4.3 Amortecedor Óleo-pneumático

O funcionamento deste amortecedor é semelhante ao hidráulico, porém em


seu interior existe um cilindo-êmbolo de uma determinada câmara com ar
comprimido e outra com óleo que são limitadas pelo êmbolo. Onde a velocidade do
movimento entre a passagem de óleo e ar comprimido são controladas pelos
orifícios do êmbolo fazendo com que a passagem de ar e óleo seja controlados de
maneira adequada. Acima observamos o Sistema de funcionamento do amortecedor
óleo-pneumático.

Figura 6: Amortecedor Óleo-pneumático

12
Fonte: manutencao_automotiva_sistema_de_suspensao.pdf

4.4 Amortecedor Pressurizado

De acordo com o Manual de rodas e pneus (FIAT, 1997) este tipo de


amortecedor contém gás hidrogênio nele fazendo com que seja a maior
concentração contida, porém o seu desempenho chega a ser superior ao dos
amortecedores hidráulicos, tendo um desempenho bem melhor. Podemos dizer que
sua principal diferença entre os demais é que os amortecedores hidráulicos
possuem um liquido e este um gás e óleo para evitar o atrito desnecessário entre as
peças fazendo não haja em seu funcionamento a formação de bolhas de ar devido o
gás expandir de acordo com a temperatura. Este tipo de amortecedor não pode ser
aberto devido o alto risco de explosão.

Figura 7: Amortecedor Pressurizado

Fonte: amortecedor pressurizado e amortecedor convencional (pemavel.com.br)


Podemos dizer em breves palavras que suspensão é constituída por três fases bem
básicas:

 A parte estrutural que faz a conexão roda e chassis.


 As molas, que também absorvem os impactos das rodas

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 Os amortecedores que também absorvem e atenuam os impactos impostos
às molas

Os amortecedores pressurizados entregam um maior conforto e estabilidade ao


motorista e ocupantes do veículo, onde tendo uma maneira correta de seu
funcionamento teremos uma durabilidade bem maior das outras peças e
componentes que compões a suspensão. Atenuando bastante as famosas
chacoalhadas ocasionadas pelas estradas e rodovias esburacadas que temos em
nosso país, sendo um pouquinho mais cara, porém compensa ser adquirida (FIAT,
1997).

5. TIPOS DE SUSPENSÃO

Segundo Manuais de mecânica do automóvel; sistema de suspensão e direção


(1984), podemos dizer que de acordo com as partes estruturais dos veículos a
suspensão é classificado como:

 Dependente
 Independente
 Semi independente

Os tipos de suspensão dependente são caracterizadas pela utilização de um eixo


rígido transversal ligada ao chassis do carro, sendo ligadas pelo feixe de molas ou a

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mola helicoidal, tendo os seus impactos e trepidações ligadas de uma roda são
transmitidas a outra executando um trabalho em conjunto.

Figura 8: Suspensão Rígida

Fonte: manutencao_automotiva_sistema_de_suspensao.pdf

Figura 9: Suspensão com feixe de molas

Fonte: manutencao_automotiva_sistema_de_suspensao.pdf

Figura10: suspensão rígida, ou seja, sistema dependente com feixe de molas

15
Fonte: manutencao_automotiva_sistema_de_suspensao.pdf

6. SUSPENSÃO INDEPENDENTES

Podemos observar que cada empresa tem seus projetos elaborados pelos
seus respectivos engenheiros, devido às diversas tecnologias de suspensão
adotadas por elas, sendo uma das mais utilizadas são as que possuem um sistema
independentes. Com este tipo de independência as trepidações de uma roda não
são transmitidas a outra. Este tipo de suspensão, as molas utilizadas são de
tamanha diversividade e tipos. No entanto, a de utilização mais utilizada é a mola
helicoidal fabricada em forma de hélice cilíndrica e, geralmente, com barras
cilíndricas de aço especial com uma boa tenacidade. Os tipos mais comuns de
suspensão são:

Figura 11: Suspensão independente com mola helicoidal

16
Fonte: Quais as diferenças entre os tipos de suspensão independente? | Quatro Rodas (abril.com.br)

Figura 12: Suspensão

Fonte: manutencao_automotiva_sistema_de_suspensao.pdf

Figura 13: Suspensão independente com barras de torção

17
Fonte: Quais as diferenças entre os tipos de suspensão independente? | Quatro Rodas (abril.com.br)

Figura 14: Suspensão independente com feixe de torção

Fonte:https://educacaoautomotiva.com/2018/02/28/5-tipos-suspensao/Suspensãoindependente
hidropneumática

7. SISTEMAS DE SUSPENÇÃO E SUAS CARACTRÍSTICAS

7.1 Feixe de molas

De acordo com Fiat (1996) o sistema de suspensão por meio do feixe de


molas é baseada em um conjunto de lâminas fundidas com um aço especial de
diversos tamanhos e formatos de acordo com o projeto, sendo colocados no sentido
transversal do seu movimento, observando à tendência que é a diminuição do
número de molas de acordo as novas tecnologias adotadas. A montagem desse
sistema ocorre sendo as molas empilhadas uma sobre a outra e presas a um pino
no centro delas e por meio de braçadeiras e algemas. Durante o deslocamento do
18
carro as rodas sofrem impactos e estes são atenuados pelos feixes de molas que
atua flexionando e absorvendo para si a maior força dos impactos que serias
passados para carroceria caso não houvesse este sistema, sendo transmito apenas
uma pequena porção desse reflexo.

Figura 15: Feixe de molas

Fonte: manutencao_automotiva_sistema_de_suspensao.pdf

7.2 Barras de torção

Segundo Fiat (1996), este sistema de suspensão é feito com o eixo de aço
especial com formato cilíndrico que pode ocorrer uma deformação através de uma
torção, uma extremidade da barra é encaixada no chassis do veículo enquanto a
outra é ligada a um braço que recebe a carga e executa movimentos semicirculares
dando rotação aos cubos da roda. Este sistema é bastante utilizado nos carros de
corrida.

Figura 16: Sistema de suspensão com barras de torção

19
Fonte: http://www.autoentusiastasclassic.com.br/2009/04/barra-de-torcao-grande-tecnologia.html

7.3 Mola helicoidal

De acordo com Fiat ( 1996) o material que é da mola helicoidal cilíndrica sofre
o processo de tempera fazendo com que seu aço obtenha uma dureza mais
elevada, porém com certa elasticidade, seja em um modo de relaxamento ou
compressão. Nesta situação a mola trabalha em modo de compressão entre o eixo
das rodas do veículo e a carroceria. As molas helicoidais podem facilmente substituir
os feixes de mola oferecendo diversas vantagens como:

 Fácil fabricação
 A ocupação do espaço é bem menor
 Menor peso
 Ausência de atrito
 Eficiência em sistemas mecânicos
 Diversas aplicações industriais
 Grande capacidade de compressão

Figura 17: Molas helicoidais

20
Fonte: https://www.vibramol.com.br/mola-helicoidal-de-compressao.php

7.4 Suspensão independente

Este tipo de suspensão atua em conjunto com as molas helicoidais e são


bastantes utilizadas nas suspensões dianteiras ou traseiras em alguns veículos.
Temos a suspensão dianteira provida de pino mestre e a com molas helicoidais com
articulações independentes.

Figura18: Suspensão dianteira independente com molas helicoidais

Fonte:manutencao_automotiva_sistema_de_suspensao.pdf

Figura19: Suspensão dianteira independente com molas helicoidais

21
Fonte:manutencao_automotiva_sistema_de_suspensao.pdf

Figura 20: Suspensão dianteira independente com molas helicoidais e articulações esféricas

Fonte: manutencao_automotiva_sistema_de_suspensao.pdf

Figura 21 : Suspensão independente com molas helicoidais

22
Fonte: Qual a diferença entre suspensão multilink e por eixo de torção? | Quatro Roda(abril.com.br)

Figura 22: Suspensão independente com molas helicoidais

Fonte manutencao_automotiva_sistema_de_suspensao.pdf

8. SUSPENSÃO INDEPENDENTE COM MOLAS HELICOIDAIS TIPO


MACPHERSON

Mencionamos vários tipos de suspensão que temos atualmente, desde as mais


antigas até as mais modernas. Apresentamos agora a suspensão bem conhecida
pelos amantes de carros, a suspensão MECPHERSON. A criação e nome desta
suspensão se deram em meados de 1940 quando o engenheiro Earle Steele
McPherson. Onde a primeira aplicação foi pela montadora Ford e posteriormente
pela Fiat e outros fabricantes, tendo com principal vantagem a distribuição do peso,
a facilidade de manutenção e o preço custo benefício. Hoje em dia este tipo de
suspensão é observado no HB20 da montadora Hyundai e até mesmo um super
possante que é o Porshe 911, tendo uma complexidade bem menor que as demais
suspensões. Com base nas leituras de Fiat (1996) apresentamos os componentes
desta suspensão:
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 Pivô
 Braço inferior
 Manga de eixos
 Buchas
 Amortecedores

8.1 Pivô

São componentes fabricados com um aço especial que permitem movimentos


angulares sendo conectado a manga de eixo fixado no braço da suspensão.

Figura 23 :Sistema de funcionamento do pivô

Fonte: Pivo Suspensão (Autostar) Palio/Siena 96/ | Giro Autopeças (giroautopecas.com.br)

8.2 Braço inferior (bandeja)

Segundo Fiat (1996) o braço inferior é a articulação feito de aço especial que
liga a roda a carroceria do carro e a roda tendo também dois pontos de sustentação
em cada extremidade do carro, realizando o trabalho em sentido longitudinal,
transversal ou oblíquo. Temos geralmente a utilização de dois braços, um inferior e
outro superior, um braço em ‘’ L’’ e outro braço triangular. As dimensões
empregadas nestes braços da um bom condicionamento no percurso e direção da
trajetória das rodas do carro ao se deslocar em superfícies irregulares. Enquanto o
comportamento das rodas influencia o comando da direção que está relacionada a
rodagem e desgastes dos pneus.

Figura 24: Tipos de braços oscilantes

24
Fonte: Você sabe qual é a importância da bandeja do carro? Confira(motorshow.com.br)

8.3 Manga de eixos

A função da manga de eixo a sustentação da perna de força, estribo de freio e


o cubo. É responsável pela transformação do movimento de translação que ocorre
nos braços da caixa de direção em um movimento de rotação das rodas.

Figura25: Manga de eixo

Fonte: MANGA DE EIXO LADO ESQUERDO PONTA GROSSA 33MM - Grupo Vannucci

25
8.4 Buchas

As buchas fazem parte de vários componentes do carro, são geralmente


feitas de borracha e um metal na parte interna, possuindo as diversas formas, porém
as mais utilizadas nos automóveis possuem formato anelar. As buchas possuem
uma interface bastante importante fazendo com o que haja sensibilidade no que
acontece entre as rodas do carro e o volante, tendo como principal função a
flexibilidade, absorção das vibrações que ocorrem no terreno a ser trafegado que
eventualmente são passadas pelas rodas e até mesmo o desbalanceamento do
veículo. Levando em consideração aos demais componentes é bastante barato e de
fácil substituição.

Figura 26: Exemplos de buchas

Fonte: Nakata lança buchas de suspensão para veículos de várias marcas : Verso Assessoria de
Imprensa

8.5 Amortecedores

Um amortecedor faz parte do conjunto de segurança que um veículo precisa


para trafegar, sem ele o carro andará com oscilações e trepidações havendo uma
ausência de estabilidade e segurança. Tem a finalidade de absorver ou até mesmo
amortecer as vibrações que ocorrem durante o percurso do carro. O amortecedor é
constituído por suas partes que se movimentam para cima e para baixo, fabricados
com um aço especial que suporte fricção, sendo fabricado por meio de dispositivos
mecânicos ou hidráulico e até mesmo hidráulico-pneumático, mantendo uma
constância entre a distância do pneu, a carroceria do veículo e o chão.

Figura 27: Exemplo de amortecedores

26
Fonte Amortecedor pressurizado e convencional - Qual a diferença? PraKaranga

Segundo Fiat (1996) os amortecedores não podem ser abertos pelo risco que
oferece a explosão. Devemos seguir as orientações do fabricante em relação ao
tempo de uso dos amortecedores, levando em consideração que o tráfego em
estradas em boas condições prolongam a vida útil dos amortecedores enquanto o
tráfego em estradas em péssimas condições que é as que já estamos acostumados
a trafegar, reduzem bastante o tempo de vida e afadiga é mais severa. Os
amortecedores em bom estado de conservação atuam ajudando a garantir mais
estabilidade, segurança e conforto, tornando a viagem mais agradável ao condutor e
aos passageiros. Enquanto isso ao rodar com amortecedores em má condição irá
acarretar prejuízos na segurança do veículo como no processo de frenagem e
estabilidade ao rodar com o carro, aumentando o risco de acidentes.

9. MANUTENÇÃO

Tavares (1996) afirma que, a manutenção pode ser entendida como um


conjunto de ações necessárias para que determinado equipamento seja conservado
ou restaurado, de forma que possa permanecer de acordo com as condições
especificadas pelo fabricante podemos seguir as orientações prescritas pelo manual
do fabricante, cada montadora possue suas normas e conceitos baseados em
estudos realizados pela equipe de engenharia. Temos outro ponto de vista de
acordo com (Bertsche, 2008), manutenção consiste de métodos para determinação
e avaliação da situação atual, bem como para a preservação e o restabelecimento
da condição nominal das instalações, máquinas e componentes, seguindo as datas,
quilometragem descritas pelas montadoras. Já Waeyenbergh (2005), relata que a
manutenção é a responsável em garantir a funcionalidade, conservação e controle
da vida útil de todos os equipamentos e instalações. Mesmo que tenha ultrapassado

27
a garantia dada pela montadora, devemos ter um mecânico de confiança para
levarmos regularmente o carro para avaliações e perícias.
Para Monchy (1989) o termo manutenção possui origem no meio militar. Seu
sentido básico era manter nas unidades de combate o efetivo e o material num nível
constante de aceitação. A manutenção proporciona maior vida útil da suspensão
veicular, fazendo com que haja uma redução significativa na incidência de possíveis
defeitos ocasionados pelo tráfego em nossas rodovias e estradas que por sua vez
não apresentam uma situação satisfatória e favorável ao condutor e passageiros do
carro. Realizando as manutenções de acordo com manual do fabricante e em um
mecânico de sua confiança, teremos uma confiabilidade maior em trafegar com
segurança e prevenção do meio ambiente proporcionando uma economia de
recursos naturais para o meio ambiente.
Porém para os autores Pinto e Xavier (2009) comentam que a missão da
manutenção é garantir a disponibilidade e função dos equipamentos e instalações
de forma a atender ao processo produtivo e preservar o meio ambiente, com
confiabilidade, segurança e ao menor custo possível. Garantindo a segurança dos
ocupantes do veículo e os que os cercam durante o seu trajeto.

A manutenção evidencia inúmeros benefícios para os consumidores, Costa


Junior (2008) relata:

 Aumento da segurança: um equipamento em perfeitas condições de


funcionamento traz segurança para o operador e para os processos;
 Melhoria da qualidade: equipamentos ajustados segundo as especificações
técnicas garantem a qualidade desejada ao produto;
 Aumento da confiabilidade: quanto menores forem as interrupções para a
manutenção de equipamentos, maior será a taxa de utilização e
disponibilidade do mesmo;
 Redução de custos: todas as atividades de manutenção representam custos
para a organização, seja pelo tempo de interrupção do equipamento, pelos
custos de reposição das peças, ou pela mão de obra da produção que fica
ociosa durante esse processo.

Segundo Waeyenbergh (2005), a manutenção é um procedimento essencial para


evitar danos, devendo acontecer constantemente. De acordo com o autor temos três
tipos de manutenção: manutenção corretiva (baseada na falha, repara); manutenção
preventiva (baseada no uso, no tempo e no projeto) e manutenção preditiva
(baseada na detecção e na condição buscando inspecionar). Assim, o condutor deve
está sempre em alerta sobre a necessidade da realização da manutenção, quando a
mesma é realizada nos prazos estabelecidos, por profissionais capacitados é
possível notar melhor desempenho automotivo e mais conforto e segurança aos
passageiros.

28
10 METODOLOGIA

A pesquisa cientifica se faz necessário no campo acadêmico, por ser um


instrumento capaz de demonstrar os conhecimentos adquiridos durante a realização
de cursos acadêmicos. Por esse motivo, construímos este trabalho na intenção de
investigar o funcionamento da suspensão veicular.
Esta pesquisa é do tipo bibliográfica, pois realizamos um levantamento
bibliográfico sobre o funcionamento da suspensão veicular. Segundo Marconi;
Lakatos (2010) é por meio da pesquisa bibliográfica é possível investigar um
determinado tema, e com isso apresentar fatos e atualizações sobre a temática
investigada.

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11 CONCIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho apresentado possui apresentou as partes, os tipos e os


componentes da suspensão automotiva, tendo em vista que todos os fabricantes
possuem seus métodos e tecnologias de acordo com cada projeto e a necessidade
do cliente. Observamos também no decorrer desta tratativa o inicio da história de
como foi criada a suspensão, seus componentes, as diversidades e a evolução da
engenharia automotiva que durante séculos para cria vários tipos e modelos de
suspensões, tendo como bem maior em comum a segurança, o conforto das
pessoas que ocupam o veículo e o prazer de dirigir que todos os compradores de
automóveis possuem. Atualmente, diante das diversas dificuldades encontradas nas
ruas brasileiras, é necessário e agradável ter uma boa suspensão. Abordamos
conceitos básicos que gera ao leitor uma visão geral e global da suspensão e a
grande importância da manutenção, tendo como a mais correta a ser realizada em
minha ótica a manutenção preventiva, baseada no tempo, no projeto e na detecção
dos defeitos que uma suspensão automotiva pode apresentar. Devemos tomar

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alguns cuidados para poder trafegar com segurança: verificar a calibragem dos
pneus, evitar o excesso de peso, prestar bastante atenção aos buracos e lavar as
peças regularmente para realizar o alinhamento e o balanceamento. Todos estes
cuidados irão proporcionar uma maior segurança e conforto de qualidade a todos os
ocupantes do automóvel.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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____. Manual de rodas e pneus FIAT . s.l., s.ed., 1997.
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