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reparatória

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A k C ham on
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Aline Mar
Roteiro da aula
01 Sobre o autor 04 Capítulo III
02 Sobre o livro 05 Capítulo V
03 Capítulo I 06 Reflexões
finais
Sobre o autor
Norbert Elias (1897-1990) nasceu
na cidade de Breslau e é um
importante sociólogo alemão de
origem judia, notadamente
reconhecido por suas teorias
sobre o processo civilizador, a
sociedade dos indivíduos, a
sociedade de corte e outras.

Elias é frequentemente apontado


como um teórico de síntese,
juntamente com nomes como
Bourdieu, Foucault e Giddens.
Introdução à Sociologia (2008)

Representação mais
Existe uma tendência de visualizar adequada
a sociedade a partir de uma visão
egocêntrica e reificada

A sociologia trata dos problemas da sociedade e a esta consiste


na junção entre nós e os outros, para Elias (2008)
So b r e o l i v r o
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Sociolo n v e st ig a ç ão da
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A proposta
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soc
Cap. I: Introdução
O autor aponta para uma lacuna. A investigação sociológica da sociedade de
corte e da corte real enquanto figurações específicas;

Figurações = interdependências entre os indivíduos que estão ligados entre si;

Elias (2001) pontua que a ascensão da sociedade de corte está intrinsecamente


ligada à crescente centralização do poder do Estado;

“mesmo nos tempos do assim chamado absolutismo, o poder do soberano


individual não chegava a ser tão irrestrito e absoluto como o termo “absolutismo”
sugere” (Elias, 2001, p. 29);

Nem mesmo Luís XIV goza de um Poder absoluto.


Ele só podia manter o espaço de atuação de seu poder com o auxílio de uma estratégia
muito bem-articulada, prescrita pela figuração particular da sociedade de corte, em
sentido estrito, e da sociedade francesa como um todo, em sentido mais amplo. Sem a
análise sociológica da estratégia específica que um soberano como Luís XIV usava para
preservar a liberdade de ação e a margem de manobra da posição de rei, sempre
ameaçadas, e sem a elaboração de um modelo de figuração social específica dos
homens que tornavam possível e necessária a estratégia do indivíduo singular na
posição de rei, caso este não quisesse perder o grande jogo, o procedimento do
soberano individual permanece incompreensível e inexplicável (Elias, 2001, p. 29)
Cap. I: Introdução
O papel central desempenhado pela corte no contexto do Ancien Régime

A perspectiva histórica enquanto abordagem insuficiente;

História = indivíduos [reis] singulares;

Sociologia = posições sociais [o rei e suas relações];

Elias demarca diferenças entre o seu modelo e os tipos ideais weberianos.


"A vida da corte é um jogo sério, melancólico, que exige muito;
é preciso enfileirar suas armas e suas baterias, ter um
objetivo, segui-lo, obstruir, segui-lo, obstruir o de seu
adversário, ousar algumas vezes, e jogar caprichosamente; e
depois de todos os nossos devaneios e todas as nossas
providências ficamos em xeque, algumas vezes xeque-mate".
Jean de La Bruyère (1645 - 1696)

(Elias, 2001, p. 120)


Cap. III: Estruturas de habitação
•Corte - "órgão representativo no campo social do Antigo Regime"

•Para Luís XIV – a corte era "o espaço de atuação primordial e imediato, enquanto o país era o espaço
secundário e indireto"

•Tudo passava pelo filtro do rei e pelo filtro da corte antes de chegar ao país

•Uma sociologia da corte é também uma sociologia da realeza

•As formas de habitação dos cortesão podem oferecer uma compreensão das relações sociais
características da sociedade de corte.

•Os salões de recepção como o maior espaço da casa da aristocracia denota a dimensão que a vida
social possuía para os integrantes da corte.
Distinção - caráter
hierárquico das moradias
•Maison - burguês

•Hôtel - figurão

•Palais - Príncipe ou rei

•Aristocracia fazia parte do "monde" ou "society" - vida pública

•Burguesia - "vie particulière"


O que se exige de nós é um ato de reflexão a fim
de tornar visível novamente o pano de fundo das
tensões e coerções sociais por trás das "ninharias" e
"formalidades", e das lutas que muitas vezes se
desenrolam em torno delas (Elias, 2001, p. 77)
Cap. V: Etiqueta e Cerimonial

•Estudar não um rei em particular, mas a função de rei, não a ação de um príncipe,
mas a rede de pressões na qual ela está inscrita [...] (Chartier, 2001, p. 7)

•Não a corte, mas a sociedade de Corte (Chartier, 2001, , p. 9)


Cap. V: Etiqueta e Cerimonial

• "Monde" - Século XVIII - França

• "Formação social extremamente rígida e coerente" - papeis sociais bem delimitados


Luís XIV desfrutava de caminhadas diárias
(independentemente do clima) nos jardins de
Versalhes, o que oferecia aos visitantes uma
excelente oportunidade de ver o rei. Aqui, o
monarca está acompanhado de seu
jardineiro, André Le Nôtre, à sua direita, bem
como de cortesãos e funcionários dos
Bâtimentsdu Roi, uma divisão responsável
pela manutenção das residências reais.

Fonte: https://www.metmuseum.org/exhibitions/listings/2018/visitors-to-versailles

Exposição: Visitors to Versailles (1682 – 1789) NY 20018


• Palácio de Versalhes – capaz de abrigar
milhares de pessoas;

• 1744 – registro de 10 mil pessoas, contando


criados/as;

• A maioria deles possuía um alojamento no


palácio do rei (Versailles) e uma habitação,
um "hôtel" (casas dos nobres) em Paris;

• Regras precisas dentro do palácio,


hierarquia, etiqueta como função simbólica
de grande importância;

• Leitura da cerimônia "lever" do rei (4 – p.


101)/ rainha também tinha seu "lever"
acompanhado.
Cap. V: Etiqueta e Cerimonial

• Portanto, dentro do mecanismo da corte, a busca de status por parte de um


indivíduo mantinha os outros em alerta. E, depois que um determinado sistema de
privilégios, estava estabilizado em seu equilíbrio, nenhum dos privilegiados podia
abandoná-lo sem tocar nesses privilégios, que constituíam a base de toda a sua
existência pessoal e social (Elias, 2001, p. 105);

•Estavam todos envolvidos na "rede do cerimonial";

• Engrenagem da corte sustentada pela sociedade de corte.


Cap. V: Etiqueta e Cerimonial
• Competições por prestígio e status podem ser observadas em muitas formações sociais;
é possível que se encontrem em todas as sociedades. Nesse sentido, o que se observa na
sociedade de corte tem um caráter paradigmático. Portanto, nossa atenção é dirigida
para uma figuração social que leva os indivíduos que a formam a uma competição
particularmente intensa e específica por chances de poder ligadas ao status e ao
prestígio (Elias, 2001, p. 110)

• Ponto de partida - "não são muitos indivíduos, mas a figuração que formam entre si"
(Elias, 2001, p. 110)

• Cabe à sociologia a investigação "da dinâmica das interconexões sociais"


- Elias, em Introdução à Sociologia (2008)
Cap. V: Etiqueta e Cerimonial
Todos dependiam da pessoa do rei, uns mais, outros menos. Portanto, a menor nuance no
comportamento do rei com relação a eles era significativa, uma indicação visível de seu
lugar perante o rei e de sua posição na sociedade de corte. Mas essa relação de
dependência também determinava o comportamento dos cortesão entre si passando por
diversas mediações (Elias, 2001, p. 107).

Eles não frequentavam a corte apenas porque dependiam do rei, mas permaneciam
dependentes do rei porque só pelo acesso à corte e à vida junto à sociedade de corte
podiam manter a distância em relação aos outros, distância da qual dependia a salvação
de suas almas, de seu prestígio como aristocratas de corte, ou seja, de sua existência
social e identidade pessoal (Elias, 2001, p.116).

O prestígio nesta figuração (redes dinâmicas de interconexões entre os indivíduos em uma


sociedade) é o valor em relação aos outros.
Reflexões finais
Qual é a proposta de Elias em “A sociedade de
corte”?

Qual a importância da abordagem de Elias?

Como posso relacionar essas informações com


outros textos da seleção da UFC?
reparatória
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