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MOVIMENTAÇÃO, TRANSPORTE, MANUSEIO E

ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS DE SUPRIMENTO


A inevitável intervenção física do homem no trabalho, por experiência, demonstra que a maioria
dos trabalhadores efetua, com frequência, movimentos e esforços de gravidade variável e essas ações são
potencialmente geradoras de lesões e acidentes o que fundamenta o fato de que sempre existirá risco de
acidente do trabalho.
A movimentação, o transporte, o manuseio e o armazenamento de materiais de suprimento são
responsáveis por grande parte das lesões ocorridas no âmbito da Força e podem ocorrer em qualquer parte
de uma operação, não necessariamente no almoxarifado ou no depósito. Os danos como esmagamento por
prensagem, entorse, fraturas e contusões se devem aos maus hábitos e condições inseguras de trabalho,
como elevação de forma inadequada, transporte de cargas além do limite estabelecido e uso de
equipamentos de forma inadequada.
O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) deve
levantar as respostas para algumas questões sobre práticas mais seguras desenvolvidas na movimentação
de materiais, tais como:

• Pode o serviço ser executado de modo a ser eliminada a movimentação manual?


• Quais e quantos são os acidentes causados por qual tipo de Equipamento/Ato?
• Existe um equipamento capaz de dar mais segurança aos serviços?
• Quais são os equipamentos de proteção individual que ajudariam a prevenir acidentes?

LEGISLAÇÃO PERTINENTE

A legislação referente à segurança do trabalho nas operações de transporte, movimentação,


armazenagem e manuseio de materiais, máquinas e equipamentos é contemplada nos seguintes textos:

a) Lei nº 6.514: Seções X (Da Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais) e XI (Das


Máquinas e Equipamentos);
b) Portaria nº 3.214:
NR nº 6. Equipamento de Proteção Individual
NR nº 8. Edificações;
NR nº 9. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;
NR nº 11. Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais
NR nº 12. Máquinas e equipamentos,
NR nº 15. Atividades e operações insalubres,
NR nº 16. Atividades e operações perigosas;
NR nº 17. Ergonomia;
NR nº 18. Programa das Condições e Meio Ambiente de Trabalho (PCMAT):
NR nº 19. Depósito, manuseio e armazenagem de explosivos.
NR nº 20. Líquidos combustíveis e inflamáveis;
NR nº 22. Trabalho a céu aberto;
NR nº 26. Sinalização de segurança
NR nº 29. Segurança e saúde no trabalho portuário.
Além das NRs da Portaria nº 3.214, de 8-6-1978, devem ser observadas as normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

ASPECTOS ERGONÔMICOS NA MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS

Manusear cargas manualmente é uma das atividades que mais causa de lesões nos trabalhadores.
Isso ocorre principalmente por operações feitas de forma indevida ou por sobrecarga.

CATEGORIAS DO MANEJO DE MATERIAIS


O manejo dos materiais pode ser dividido basicamente em três categorias: levantamento, transporte
e armazenamento.

Levantamento

Grande parte do levantamento, carregamento e manejo tem de ser, no todo ou em parte, manual.

Transporte

O planejamento e a rota do tráfego devem merecer muita consideração e sempre que possível,
devem ser usados meios mecânicos em lugar do transporte manual.

Armazenamento

Um dos itens de grande importância, já que o custo de um produto depende, em parte, do método
usado para armazená-lo. Deve permitir fácil e livre afluxo dos materiais do começo ao fim.

PLANEJAMENTO PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

Como grande parte do ciclo de fabricação a movimentação de cargas exige um planejamento com
foco na redução dos deslocamentos de materiais, bem como a correta disposição de máquinas e bancadas
para o trabalho, representando fator de economia. Começar por eliminar as movimentações inúteis, reduzir
as que não podem ser suprimidas e procurar, sempre que possível, substituir a movimentação manual pela
mecânica são bons exemplos de se fazer isso.
Dessa forma, elimina-se o congestionamento e alcança-se maior eficiência de operações nas áreas
destinadas a fabricação e armazenamento.
Como a produção implica material em movimento, podem-se reduzir custos por meio de um eficaz
sistema de manejo de materiais. Os propósitos básicos e fundamentais são:

• facilidades para receber, inspecionar e distribuir todo o material;


• rotas curtas e diretas, desde o armazém de matéria-prima até as áreas de fabricação,
proporcionando ciclo rápido e eficaz;
• disposição planejada das máquinas e equipamentos em cada departamento, a fim de que
haja espaço suficiente para colocar o material ao alcance das mãos dos operadores;
• acesso livre às máquinas, para que a entrega ou retirada de materiais possa fazer se
imediatamente em cada setor;
• agrupamento de máquinas e departamentos para que o movimento de material entre as
operações seja tão curto quanto possível, com o mínimo de retrocesso;
• facilidades de armazenamento para o material em processo entre as operações;
• almoxarifado para ferramentas com facilidades para receber, armazenar e entregar. com o
mínimo de manejo ou esforço;
• facilidades para enviar aos estoques, armazenar e despachar os produtos acabados.

Esses pré-requisitos representará uma considerável redução dos ciclos de fabricação e, em


consequência, dos custos; e, principalmente, diminuirá os riscos para o manejo incorreto de materiais.
Existe basicamente cinco características envolvidas no programa de manejo de materiais, que
devem ser determinadas antes de se estabelecer qualquer solução.

a) O que vai ser movimentado?

Este é o mais importante dos fatores. É imperativo conhecer o tipo de carga a ser movimentada.
Sem isso será impossível determinar o método e o tipo de equipamento a serem utilizados.

b) Em que direção a carga deve ser movimentada?


Conhecida a natureza da carga, é mister saber em que direção ela será movimentada, para serem
determinadas a largura de corredores, a desobstrução de passagens e o desimpedimento de áreas. Se a
carga tiver de fluir em direção única, será possível estabelecer o tráfego de mão única. Se nos dois
sentidos, devem-se providenciar passagens de largura adequada, de forma a permitir a mão dupla e
possibilitar o escoamento rápido e seguro dos materiais.

c) Com que frequência o material será movido?

Na movimentação contínua de cargas, devem ser adotados programas especiais, estudando-se o


sistema mecânico mais apropriado. Nas movimentações isoladas ou a intervalos periódicos, deve-se
estabelecer o programa antes do início da operação.

d) Qual o volume de carga a ser movimentada?

Este importante item determinará a adoção do sistema mais adequado de movimentação da carga.
Se o volume e o peso forem grandes, deve-se instalar um sistema mecânico, ao passo que, se o material
for leve e de pequeno volume, talvez seja melhor um sistema de transporte de correias.

e) Qual a distância a percorrer?

Este fator, juntamente com o volume, é muito importante para a determinação do sistema de
movimentação a empregar. Se a distância for grande, poderá ser melhor um sistema mecânico; entretanto,
para curtas distâncias, o emprego de equipamentos manuais pode ser mais indicado.
Respondidas essas cinco questões, será possível determinar a maneira de transportar carga: carros
motorizados, transportadores, carros manuais ou mesmo manejo.

MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE MATERIAIS.

A movimentação manual de materiais compreende as operações de carga, descarga e transporte de


materiais em que o operador é quem realiza o trabalho. Essa tarefa requer sério estudo e atenção, pois,
apesar de existir veículos motorizados e acessórios mecânicos para o deslocamento de materiais, é
necessário utilizar por muito tempo a força humana, isto é, as mãos e os músculos, como meio para
levantar, abaixar e acomodar objetos, ou também as pernas, para pequenos deslocamentos até o local do
transporte mecanizado.

Algumas recomendações:

a) Carregar objetos compridos ou volumosos de tal modo que não atinjam pessoas ou coisas.
Procurar sempre a ajuda de um guia para o alerta. Não carregar nos braços um ou mais objetos volumosos
que, pelo seu tamanho, venham a obstruir a visão.
b) Não assentar peso diretamente no piso, na pilha, na bancada, e etc. Fazê-lo de modo que os
dedos não fiquem entalados ou sejam esmagados. Usar calços ou blocos.
c) Evitar atirar objetos, pois eles correm o risco de ser danificados. Mas, se tiver de fazê-lo, manter
os pés fora de alcance, certificar-se de que outros operários não serão atingidos. Tomar precauções.
d) Erguer ou carregar objetos em alguns casos, utilizando ferramentas manuais apropriadas, tais
como:

• tenazes (para gelo ou materiais quentes);


• ventosas (para vidros laminados);
• ganchos (para fardos);
• pegas (para postes);
• conchas ou cadinhos (para metais em fusão);
• cestos (para carregar amostras de controle em laboratórios);
• ganchos imantados (para chapas de aço), etc.
e) Utilizar, em caso de movimentação de material tóxico ou poeirento, além dos EPIs de costume,
máscaras dotadas de filtros adequados.
f) Demarcar o piso com faixas de segurança amarelas ou brancas, por onde deverão locomover-se
os operários, evitando o armazenamento indevido de materiais ao acaso ou choques com meios mecânicos.

Sem a pretensão de querer abranger todos os materiais, segue um apanhado sucinto de regras que
servirá como fonte de consulta para diversas espécies de materiais a serem movimentados com segurança.

Materiais em estado físico sólido

Lâminas ou pranchas

Embora na movimentação de lâminas de algum peso geralmente se empreguem procedimentos


mecânicos, a manipulação, armazenagem ou montagem na indústria nem sempre são feitas
mecanicamente.
A primeira precaução, portanto, é proteger o indivíduo que executa a manipulação, isto é, dotá-lo
de luvas apropriadas, botas ou sapatos com perneiras de segurança e capacetes. (EPIs)
A segunda providência é prever o peso aproximado da chapa que se deseja movimentar, evitando
assim lesões lombares, o que muitas vezes ocorre devido a superesforços, e, ainda, por outras
circunstâncias, deslizamentos, pisadas em falso, etc.
Uma das operações mais perigosas (não são poucas as amputações de mãos ou dedos ligadas a ela)
é levantar uma chapa que se encontra sobre uma superfície plana, sem que se possam colocar as mãos por
baixo, ou colocá-la sobre esse tipo de superfície, sem que se possam tirar as mãos de debaixo. Antes de
apoiar uma lâmina em uma superfície plana, é preciso prever a colocação de calços por baixo.
A falta de coordenação entre os trabalhadores que transportam uma chapa, tanto ao elevá-la como
ao depositá-la, pode também provocar acidentes.
É importante que a operação seja orientada por um, e somente um, entre os participantes da
operação.

Perfis, pré-fabricados e tubos

Entre os acidentes na manipulação de perfis e tubos, destaca-se o aprisionamento de mãos e pés


entre eles, na retirada ou armazenamento sem as condições devidas. É muito importante empilhar esses
materiais de modo correto e utilizar os EPIs adequados: capacetes de segurança, luvas e sapatos com
biqueira de aço.

Terra, minerais e escórias

Sendo a pá a ferramenta fundamental para mover esse tipo de material, obviamente as lesões, como
mau jeito, ferimentos nas mãos, etc., são provocadas por ela. O melhor meio para eliminar esses tipos de
acidentes é manter sempre as ferramentas em bom estado.
O EPI para esse tipo de trabalho consiste em: luvas, capacetes, óculos e, em algumas
circunstâncias, como em ambiente tóxico, máscara contra as emanações, com filtro adequado.

Troncos ou madeiras trabalhadas

Os acidentes característicos na movimentação desses tipos de materiais ocorrem com as lascas e


os maus empilhamentos.
O EPI apropriado para essa operação são: luvas, botas e capacetes de segurança.

Barris e tambores
Esses materiais são movimentados com facilidade, uma vez que podem ser rolados. tomando-se a
precaução especial de fazê-lo pelo centro do barril, pois, pelo fundo, pode originar cortes e esmagamentos
de mãos ao passar em portas ou passagens estreitas.
Para ser depositados sobre veículos, tanto os tambores como os barris devem ser amarrados pelas
extremidades, puxados e rolados sobre planos inclinados. Nessa operação, é aconselhável prover o
calçamento com cunhas para evitar o deslizamento. O EPI para essa operação são: luvas, sapatos e
capacetes de segurança.

Cal e cimento

Em geral a cal e o cimento são embalados em sacos e deve-se ter todo o cuidado ao erguê-los, para
evitar os chamados maus jeitos. Entretanto, na manipulação desses materiais, quando eles se encontram a
granel, devem ser tomadas outras precauções e utilizar a pá.
As prescrições de segurança consistem em empregar trajes de algodão, luvas de borracha, máscaras
apropriadas e sapatos de segurança.

Máquinas e ferramentas

A movimentação de máquinas e ferramentas apresenta semelhança com a de chapas e perfis


estruturais. Porém aconselha-se, sempre que haja condições de piso, a colocação de cilindros e rolos na
base, tomando-se a precaução de nunca manobrá-las mudando de direção com as mãos, mas sempre com
uma alavanca ou com uma simples barra.

Vidros

Embora já se tenham utilizado diversos tipos de luvas na movimentação manual de vidro, até o
momento nenhuma provou ser suficientemente apropriada. Por isso é sempre aconselhável o uso de
ventosas.
A falta de precaução para transportar manualmente esse material resulta em uma infinidade de
lesões, originadas de acidentes por golpes contra as superfícies rígidas. rompendo-se o vidro em pedaços
e produzindo cortes ou picadas nas pernas, mãos e pés.

Lã de vidro

Esse produto requer formas especiais de proteção para os trabalhadores que o manipulam. Ele
produz picadas, podendo atingir a pele, os olhos e os pulmões, e penetra no tecido do vestuário. É
obrigatório o uso de trajes de algodão espesso, hermeticamente fechados, luvas, óculos, capacetes e
máscaras contra pó.

Explosivos

O manuseio de dinamites e detonadores, desde os depósitos ou centros de distribuição até os


lugares de trabalho, deve ser feito por pessoas especializadas e devidamente autorizadas. No nosso caso,
por BMB e em especial os que tem o curso de EOD.
Quando os detonadores não forem transportados em sua embalagem original de fábrica, devem
sempre ser transportados com cartucheiras de couro de fecho eficaz - acondicionadas de tal forma que não
colidam com as dinamites-, em sacos ou mochilas de 15 kg de capacidade.
Não são possíveis a abertura de caixas que contenham explosivos e sua manipulação ou
distribuição em qualquer local; é necessário utilizar câmaras de distribuição. As operações devem ser
realizadas por pessoas de competência comprovada e devidamente autorizadas pelo Governo Federal. Na
abertura das caixas não devem ser utilizadas ferramentas metálicas ou outras que possam produzir faíscas.
É terminantemente proibido fumar ou empregar lâmpadas de chama aberta durante o transporte, o
armazenamento e a manipulação de explosivos. Quando for necessário utilizar lâmpadas com o foco
protegido.
Líquidos (movimentação manual)

Quanto à movimentação de materiais em estado líquido, analisam-se os meios que contenham


ácidos corrosivos, líquidos inflamáveis, etc.

Recipientes com ácidos corrosivos ou com inflamáveis

O emprego do plástico para acondicionar ácidos corrosivos ou líquidos cáusticos e inflamáveis é


intenso, hoje. Isso certamente eliminou uma razoável porcentagem de acidentes resultantes do manuseio
desses materiais. Primeiro, porque não se conta mais com a fragilidade do cristal e, segundo, porque os
recipientes atuais têm forma mais funcional e, portanto, torna-se mais fácil o transporte.
Sabemos que uns ácidos são mais ativos do que outros. Assim, as precauções a ser tomadas diferem
bastante em cada caso.
As pessoas que transportam ou manipulam recipientes com ácidos estão expostas aos mais diversos
tipos de acidentes, com ações generalizadas. Um deles deve-se ao contato da pele com a substância
corrosiva, tendo como consequência reações violentas. Desse modo, antes de mover um recipiente é
preciso verificar se está bem tampado e se as superfícies em que se tenha de pegar estão limpas de ácidos
cáusticos.
São muitos os acidentes ocorridos nas operações de transferência do ácido de um recipiente para
outro, geralmente devido a procedimentos inadequados. Nunca se deve simplesmente derramar o
conteúdo de uma vasilha para outra.
Os equipamentos de proteção a empregar no trabalho com esses recipientes são: luvas e sapatos
de goma, óculos, trajes antiácidos e capacetes de segurança.
Os líquidos inflamáveis (gasolina, benzol, etc.) têm efeitos lesivos sobre a pele, além de,
obviamente, inflamarem. A medida geral de prevenção de acidentes é nunca fumar ou acender qualquer
tipo de fogo nas imediações de um local onde haja recipientes inflamáveis.
Os recipientes que contenham líquidos inflamáveis e as prateleiras onde se encontram devem ser
eletricamente aterrados. Durante o enchimento de um recipiente portátil, este deve ser ligado à borda do
outro recipiente por meio de um cabo elétrico flexível com clipe. Essa medida previne os efeitos da
eletricidade eletrostática gerada pelo movimento do próprio líquido contra as paredes do recipiente.

Materiais em estado físico gasoso

Cilindros de gases comprimidos

Os tipos mais comuns de materiais gasosos manuseados na indústria são, sem dúvida alguma, os
denominados gases comprimidos. Apesar de seu acondicionamento frequente em cilindros, o que os torna
um corpo sólido, preferimos aqui fazer a descrição dos riscos e medidas de segurança.
A movimentação manual de cilindros de gases comprimidos exige precauções maiores do que as
das cargas tratadas até agora, pois pode resultar em verdadeiras catástrofes.
Os cilindros de aço são cada vez mais utilizados para a distribuição de gases comprimidos como
oxigênio, acetileno, hidrogênio, butano, etc. As principais medidas preventivas de acidentes com esses
recipientes são:

• tratar a válvula de segurança, a parte mais delicada do cilindro, com todo o cuidado, para
evitar quaisquer deteriorações;
• mantê-la protegida por um tampão metálico resistente;
• manter o tampão colocado sempre que deixar de utilizar um cilindro, mesmo que esteja
vazio;
• não engordurar a válvula ou tocá-la com as mãos ou objetos engordurados;
• ao manejar os cilindros, evitar de todo modo que sofram pancadas, choques de qualquer
tipo e quedas;
• nunca rolar os cilindros pelo chão;
• nunca os transportar sobre os ombros;
• transportar cilindros sempre com o carrinho apropriado, gaiolas para içamento, dispositivo
ergonômico de pega e fita apropriada.

Com a elevação de temperaturas, há aumento da pressão interna do gás. Logo, não é aconselhável
deixar os recipientes com gases expostos ao calor do sol, de fornos, de caldeiras de metais em fusão ou de
focos de calefação.
Ao utilizar e armazenar os cilindros deve-se proceder de modo que eles fiquem sempre na posição
vertical. O armazenamento deve ser feito em locais secos e ventilados, bastante frescos e afastados de
condutos de vapor, água quente e eletricidade.
Prendem-se os cilindros às colunas ou paredes com braçadeiras metálicas ou correntes que
impeçam sua queda, mas que possam ser retiradas com facilidade; por exemplo, para a remoção em caso
de incêndio.
O transporte requer sempre o cuidado de não provocar pancadas nos cilindros. Para transportá-los
em um mesmo piso, pode-se usar um carrinho de mão feito especialmente para acondicionar um ou dois.
Ao entrar num armazém de recipientes de gases comprimidos, deve manter-se a
porta aberta e empregar, como EPI, luvas, sapatos e capacetes de segurança.

EQUIPAMENTOS PARA O TRANSPORTE MANUAL DE MATERIAIS

Os meios mais comuns para o transporte manual de materiais num estabelecimento são os
carrinhos de mão; o comando e o esforço nesse caso são do trabalhador encarregado da tarefa. Existem
muitos tipos de carrinho de mão em uso nos diversos estabelecimentos comerciais e industriais. Os mais
comuns são:

• carrinho de uma roda;


• carrinho de duas rodas;
• carreta de quatro rodas.

Carrinho de uma roda

O carrinho de uma roda transporta mais especificamente reboco, areia, tijolos, terra e pedregulho.
Não é fácil de conduzir como parece. Certas normas de segurança devem ser tomadas em seu uso:

• lembrar sempre que é o carrinho que carrega o peso;


• manter o centro de gravidade da carga tão baixo quanto possível e colocar os objetos
pesados embaixo dos mais leves;
• colocar a carga de modo a não tombar e a não obstruir a visão do condutor; • conduzir
o carrinho de modo que o peso da carga recaia sobre o eixo, e não sobre os manípulos;
• mantê-lo apenas equilibrado e nunca o conduzir recuando;
• não utilizar um carrinho próprio para determinado serviço em outro:
• não colocar o pé na roda ou no eixo para travar o carrinho (a qualquer carrinho pode-se
aplicar um freio de pé apropriado para esse fim);
• é recomendável que os manípulos de certos carrinhos tenham proteção para as mãos.

Carrinho de duas rodas

Esse tipo de carrinho é usado geralmente para erguer e transportar objetos volumosos ou pesados
a curtas distâncias, e especialmente para carregar e descarregar caixas.
Existem tipos especiais desses carrinhos para determinados fins, como na movimentação de
tambores de óleo, garrafões de ácido, cilindros de gases, etc. As normas de segurança para esses carrinhos
são semelhantes às do carrinho de uma roda. Entretanto, convém lembrar que não se deve sobrecarregá-
los, limitando à carga sua capacidade de segurança, ou fazer esforço excessivo para levantá-los ou
conduzi-los.
Além disso, deve-se dotá-los de freios nas rodas e mantê-los em bom estado.
Carreta de quatro rodas

Construídas de modo a eliminar excessivo erguimento e manejo de carga, essas carretas são
geralmente usadas para o transporte de objetos pesados e volumosos. As recomendações básicas para sua
utilização são:

• quando muito grandes ou no transporte de cargas demasiadamente pesadas, requerem a


presença de mais de um operário;
• empurrar, e não puxar a carreta, salvo no caso em que haja uma quinta roda e um temão
para puxar;
• a haste de condução deve estar situada na carreta de tal modo que o condutor, ao passar por
outros veículos, paredes ou outros objetos, não tenha que expor suas mãos ao risco de imprensaduras;
• quando estacionadas, os temões devem ficar voltados para a posição vertical, para que
ninguém tropece neles;
• o condutor deve tomar o cuidado especial de evitar que as rodas da carreta resvalem para
fora de pontes ou passarelas.

Riscos de acidentes

As causas mais comuns de acidentes com carros de mão são as seguintes:

• carregamento malfeito ou sobrecarga, que exige maior esforço do condutor, na tentativa de


equilibrar a carga, podendo provocar o tombamento dela;
• carros de mão em mau estado, com peças quebradas, rodas com muito jogo, reparos
improvisados, etc.;
• passagens estreitas e precárias;
• abuso de velocidade;
• desatenção nas manobras;
• falta de protetores de mão, para evitar o contato com montantes de portas ou de portas
duplas que abram nos dois sentidos, vigas, cantos, etc.;
• esforço excessivo para erguer ou transportar.

Protetores das juntas das mãos

Os carrinhos de mão, tanto de uma como de duas rodas, devem ser equipados com protetores das
juntas das mãos, para evitar o contato das mãos dos trabalhadores que os conduzem com portas, vigas,
paredes e outros objetos.

Equipamentos para serviços especiais

A maioria dos serviços pode ser realizada com carrinhos de mão tipo padrão ou convencional.
Entretanto, certos serviços podem ser executados de maneira mais rápida, eficiente e segura se for
utilizado um carrinho específico para eles, como os descritos a seguir.

Carro para tambores

Esse carro possui quatro rodas e pode ser usado com facilidade para a finalidade a que se destina:
conduzido até o tambor, é manobrado até a posição requerida para erguê-lo; o tambor, tombado sobre
rodas, é levado até o novo local, onde pode ser depositado com segurança ou ter seu conteúdo removido
sem que seja necessário tirá-lo do carro.

Carro para bombona (basculante)


Há muitos tipos de bombonas este carro é usado para transporte de líquidos (geralmente ácidos,
cáusticos ou outros líquidos corrosivos ou perigosos). Ele tem a característica adicional de poder ser
tombados para frente, para descarregar o líquido com a desejada segurança.

Carro para cilindros de aço

Esse tipo de carro pode ser usado para transportar muitos tipos de cilindro, especialmente os que
contêm gases comprimidos, como oxigênio, acetileno, cloro, dióxido de enxofre, etc.
É importante evitar manejo rude ou descuidado com os gases comprimidos. Por isso é essencial
que os cilindros sejam fixados ao carro por meio de faixas e correntes. durante o transporte.

Carro-elevador

No transporte de materiais ou ferramentas de prensas, que devem ser colocados sobre uma
superfície de nível elevado, utiliza-se esse tipo de carro, dotado de um sistema hidráulico ou pneumático
que permite elevar a base do carro até determinada altura. facilitando assim o manejo e eliminando
possíveis riscos de queda.

Carro para subir ou descer escadas

É um tipo de carro manual dotado de um eixo com três rodas em cada ponta, o que permite vencer
degraus mesmo com carga, sem muito esforço.

Paleteira

É geralmente um carro de três rodas usado para transportar estrados (paletes) com carga. A
vantagem mecânica é seu acionamento hidráulico-manual, que permite erguer e transportar cargas sem
esforço.

EQUIPAMENTOS PARA MANUSEIO DE MATERIAIS

O manuseio de materiais somente com as mãos é geralmente mais lento e perigoso. Existem muitos
utensílios, ferramentas e dispositivos que tornam a movimentação manual de materiais mais segura e mais
eficiente.

Pé-de-cabra e barra

São provavelmente as ferramentas mais usadas. Certos cuidados são requeridos para seu emprego:

• como podem escapulir, o trabalhador não deve nunca realizar a tarefa com as pernas
abertas;
• o trabalhador deve colocar-se numa posição tal que não seja atingido ou imprensado no
caso de a barra escapulir ou o objeto se movimentar inesperadamente;
• tanto a barra quanto o pé-de-cabra devem ser mantidos sempre em boas condições e
devidamente guardados, quando fora de uso.

Cilindros ou rolos

São usados na movimentação de objetos pesados ou volumosos.


Os cuidados específicos no uso desses instrumentos são:

• o trabalhador não deve nunca se expor ao risco de ser colhido nos pés ou nas mãos pelos
cilindros em movimento;
• deve-se usar a barra para mudar a direção do objeto, e nunca as mãos ou os pés;
• sendo o pavimento liso e resistente, os rolos podem ser substituídos, com vantagens, por
patins.

Suporte para manejo de latas


É um dispositivo que permite distribuir toda carga de uma lata na mão, evitando o contato direto
de apenas três dedos.

Gancho para transporte de chapas

É um instrumento simples, que permite o transporte seguro de materiais em forma de chapas,


eliminando, assim, o contato direto da palma da mão, mesmo enluvada, com a chapa.

Pinças e tenazes

São construídas com base em modelo apropriado para agarrar com segurança e transportar sem
esforço objetos pesados, como perfis trefilados (trilho, vigas de vários formatos).

Ganchos de mão

Além de facilitar a movimentação, no caso de tubos oleosos que oferecem risco de deslizar das
mãos, têm ainda a vantagem de evitar qualquer deterioração dos materiais.

Ventosas

Na movimentação de superfícies planas, como o vidro, por exemplo, usam-se as ventosas.

MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS POR MEIOS MECÂNICOS

Podemos assegurar que grande parte dos acidentes de trabalho é produzida pelos meios mecânicos
de movimentação de cargas, isto é, aparelhos de elevação e transporte.
É muito importante, portanto, adotar medidas preventivas de segurança, tais como:

• equipamentos utilizados na movimentação de materiais - ascensores, elevadores de carga,


guindastes, monta-cargas, pontes rolantes, transportadores de diferentes tipos, etc. - são calculados e
construídos de maneira a oferecer as garantias de resistência e segurança necessárias, e devem ser
conservados em perfeitas condições de trabalho;
• especial atenção deve ser dada a cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos, que
deverão ser inspecionados permanentemente, substituindo-se as partes e peças defeituosas;
• todo equipamento deve ter a indicação, em lugar bem visível, da carga máxima de trabalho
permitida:
• equipamentos só poderão ser operados por quem possua experiência e conhecimento
técnico sobre o assunto.

Para os diversos aparelhos de elevação e transporte, devem-se examinar as precauções a tomar em


função da situação dos aparelhos ou de seu deslocamento, que poderá produzir um acidente pela ação ou
aparecimento inesperado de um trabalhador na zona de trabalho.
Os equipamentos citados a seguir são aplicados no levantamento e transporte de cargas pesadas.
São muito usados sobretudo na construção civil, portos, indústrias pesadas e indústrias em geral. Por
tratar-se de movimentação de cargas pesadas, os acidentes que aqui ocorrem são os mais graves. Daí a
necessidade de ter uma série de cuidados em relação a esses equipamentos sobretudo eles terem sua tabela
de capacidade afixada em lugar bem visível.
Vejamos a seguir alguns deles:

Equipamentos de levantamento e transporte de carga


Para conhecer melhor esses equipamentos, nos seus mais diversos tipos, suas aplicações e
restrições, a seguir é feita sua descrição e as respectivas medidas de segurança.

Guindaste com lança

É um guindaste capaz de içar, abaixar e mover uma carga dentro da área de um círculo ou de parte
de um círculo delimitado por um braço rotativo sobre o qual geralmente corre um trolley (carrinho).
Esse tipo de guindaste tem, em sua maioria, uma capacidade inferior a duas toneladas e é fixado a
paredes, colunas ou pilares, mas existem também aqueles montados em caminhões ou jipes.
As principais medidas de segurança são:

• prender firmemente para-choques ou travas à extremidade do braço, de modo que, em caso


de movimento para fora da talha e da carga, essas não escapem da extremidade do braço;
• inspecionar as travas a intervalos regulares, para confirmar seu estado de segurança;
• usar escoras para cargas pesadas nos balanços ou oscilações do guindaste sob a influência
de cargas;
• colocar o braço diretamente sobre a carga a erguer;
• marcar a capacidade máxima no guindaste, visivelmente.

Guindaste de esteira

Os guindastes de esteira têm como característica central a propriedade de se locomover sobre


lagartas (esteiras), o que lhes permite chegar em locais de dificil acesso.
As principais medidas de segurança para esse equipamento são:

• conhecer e jamais esquecer a carga exata de segurança para o ângulo do braço;


• calçar as sapatas como segurança contra deslizamento;
• assegurar sempre uma superfície sólida para o tráfego do guindaste;
• ter inscrito numa placa sobre o guindaste um aviso de "Carga máxima de trabalho";
• ser manuseado por operador bem treinado e competente;
• ser inspecionado regularmente por pessoa competente;
• elaborar regras de operação segura e exigir o seu cumprimento;
• conhecer os riscos de operar esse equipamento perto de equipamento elétrico;
• utilizar um suporte adequado para o braço, quando o guindaste estiver fora de uso.

Como esses guindastes operam frequentemente em terrenos onde existem fios ou cabos elétricos,
deve-se tomar o máximo cuidado para que nenhuma de suas partes (cabo, braço ou carga) chegue à
distância perigosa de qualquer equipamento com corrente elétrica. Existem dispositivos especiais de
sinalização e ligação-terra para auxiliar a reduzir fisicamente o risco.

Guindaste de cavalete

O guindaste de cavalete foi criado para desempenhar funções equivalentes às de pontes rolantes,
para serviços ao ar livre em que não seria econômico ou factível construir uma estrutura para o emprego
de uma ponte rolante.
Contudo, há guindastes de cavalete de outros tipos, para fins especiais, sendo mais comum o
guindaste com um lado, mas com o outro lado deslizando sobre um trilho postado em situação elevada.
E habitual em cais, fábricas, estaleiros e pátios de estradas de ferro.

Guindaste de pórtico

Esse guindaste faz um serviço semelhante ao de um guindaste com lança montado em um


caminhão ou jipe, com as seguintes restrições:

• área de ação limitada pelos trilhos permanentes;


• ausência de torre rotativa;
• pode ser adquirido com torre rotativa, com raio de ação de 360° onde se situa a lança.

Acionado por eletricidade ou por força hidráulica, o guindaste de pórtico tem geralmente grande
capacidade de carga. É de uso comum em docas e cais.
De uso constante em estaleiros e na indústria pesada, o guindaste "cabeça de martelo" é um dos
tipos de dois braços horizontais mais comuns, de máxima utilidade em serviços de cargas e movimentação
pesada, geralmente a grandes alturas. Algumas torres têm a capacidade de elevação efetiva de 60 metros.

Guindaste-automóvel (auto guindaste)

Os auto guindastes são utilizados para movimentação de cargas pesadas que não podem ser
movidas com segurança por veículos de outros tipos. São equipados com lança, cabos, tambor e demais
dispositivos para içar, e instalados em veículos de tração motora a diesel ou a gasolina. Sua utilização é
bastante diversificada, geralmente em todas as indústrias de médio e grande porte.
Como medidas de segurança, recomendam-se:

• conduzi-los durante o transporte de cargas em marcha lenta, com carga suspensa a não mais
de 30 cm do solo;
• prender o gancho à estrutura da lança, para impedir sua oscilação, quando o guindaste se
movimenta;
• amarrar uma corda ao gancho, com um operário como contrapeso, para impedir o balanço
da carga.

Pontes rolantes

Dos meios mecânicos para a movimentação de materiais pesados ou leves e volumosos esse é o
equipamento mais usado internamente nas indústrias.
O projeto de construção de uma ponte rolante é de grande importância do ponto de vista da
prevenção de acidentes. Nesse sentido, deve-se:

• dar toda consideração aos limites de carga requeridos e providenciar os fatores de


segurança corretos;
• fazer a construção das pontes rolantes toda em aço, descartando o uso de material
combustível;
• assoalhar completamente o trolley;
• dispor meios de acesso a calçadas seguras;
• indicar os limites de carga;
• prover o mecanismo de guindar e os breques de todos os requisitos de operação segura;
• manter um espaço mínimo de 60 cm entre a ponte e qualquer objeto fixo, como parede ou
coluna;
• dotar a ponte rolante de para-choques, com altura igual, pelo menos, a metade do diâmetro
das rodas.
• construir os para-choques com chapa de aço ondulado (ou aço fundido).

Generalidades e fatores de segurança

Para todos os equipamentos de levantamento e transporte de cargas devem-se prever itens a seguir:

• passeios seguros ao longo de toda a extensão da ponte do lado do eixo transmissão;


• uma plataforma colocada de tal maneira que os operadores do guindaste não tenham de
atravessar um espaço aberto de mais de 30 cm para alcançar a cabine, vindos pela escada de acesso;
• gongos ou campainhas para avisar os trabalhadores de que o guindaste vai aproximando-
se, ou que a ponte vai passar acima deles;
• sinais de aviso, telas metálicas para proteção contra barras de contato de eletricidade.

Normas de segurança para operadores de guindastes e pontes rolantes

Sugerimos as seguintes regras de segurança para os trabalhadores escolhidos para operar


guindastes e pontes rolantes:

• o pessoal que trabalha na movimentação de materiais por meios mecânicos deve se manter
afastado da carga e, quando esta estiver suspensa, estar sempre alerta prestar atenção aos sinais:
• o operador deve permanecer na cabine e nunca subir ao topo da ponte, nem permitir que
outros o façam, sem desligar primeiramente a chave-geral e colocar um aviso ou prendê-la a cadeado;
• não levantar nem abaixar a carga com a máquina em movimento e certificar-se de que não
abalroará outras máquinas ou materiais empilhados durante o percurso;
• em nenhuma circunstância deixar que a ponte ou guindaste encoste violentamente em outra
ou no fio do curso;
• examinar a máquina, no início de cada turno, quanto a engrenagens defeituosas, chaves,
passagens, corrimões, sineta ou sirene, sinais luminosos, cabos, lança. etc., e comunicar as irregularidades
constatadas ao supervisor;
• manter a máquina limpa e bem lubrificada;
• assegurar-se, após o término de uma reparação, de que as ferramentas, parafusos e outros
materiais foram removidos, para que não causem dano à máquina ou caiam, quando ela for movimentada;
• guardar as ferramentas, as vasilhas de óleo e outros objetos soltos numa caixa;
• não passar com a carga por cima de homens que se encontrem no piso;
• fazer soar a sirene, quando necessário;
• não permitir que o pessoal se faça transportar junto com as cargas ou nos ganchos;
• se a energia faltar ou cair, mover o controle para a posição "OFF" até que ela se restabeleça;
• verificar se o extintor está em boas condições;
• após utilizar o extintor, providenciar imediatamente sua recarga;
• não operar guindaste ou ponte quando não se sentir fisicamente capaz e comunicar o fato
imediatamente ao superior imediato;
• não arrastar as ligas, cabos ou correntes;
• não mover as máquinas após remoção de carga, até que os cabos ou correntes tenham sido
retirados dos ganchos;
• consultar antes o supervisor sempre que solicitado a realizar uma operação de risco;
• ao deixar a cabine ou estacionar o guindaste, desligar a chave principal e assegurar-se de
que os controles estejam na posição "Desligado" e as luzes de segurança, acesas;
• ter pelo menos dois operadores, um para os comandos e um para a sinalização;
• mover a máquina ou a carga somente quando o sinal dado for bem entendido e se o sinaleiro
estiver devidamente identificado e houver apenas um na operação;
• se não houver segurança na interpretação dos sinais, parar a ponte e chamar o supervisor
até que a ordem seja restabelecida; se a máquina não reagir devidamente, suspender a operação, desligar
a energia e chamar o supervisor, não tentar sair da dificuldade repetindo a operação;
• não permitir que a carga balance de encontro a pessoas no piso; assegurar-se de que todos
estejam suficientemente afastados;
• nunca levantar uma carga de peso superior ao da capacidade do equipamento.

Empilhadeiras

Vantagens do uso da empilhadeira

Sendo a empilhadeira bem utilizada, é possível reduzir os custos de movimentação à terça parte,
em comparação ao trabalho braçal. O uso de empilhadeiras proporciona a paletização do sistema de
armazenamento com inúmeras vantagens, a dinamização dos meios de distribuição e a redução do
acidente-tipo (ergonômico) que ocorre na área de manuseio e armazenamento de materiais. Porém, muitos
acidentes ocorrem durante a operação de empilhadeiras, destacando-se os seguintes: colisão,
atropelamentos, prensagem, queda do material e tombamento da empilhadeira. Por isso o treinamento dos
operadores deve ser obrigatório e reciclado anualmente.
Para exemplificar, seguem alguns itens que devem compor uma norma de segurança para a
utilização correta e segura de uma empilhadeira.

Verificações diárias

Ao iniciar um período devem-se verificar:

• luzes;
• níveis de óleo;
• níveis de água;
• sistema hidráulico;
• cabos de bateria;
• limpador de para-brisa;
• bom estado dos pneumáticos;
• eficiência dos freios e o bom funcionamento da buzina;
• abastecimento de combustível, água e óleo;
• funcionamento dos sistemas de elevação e de inclinação.

Carregamentos

As normas sobre carregamentos devem ser rigorosamente respeitadas:

• não ultrapassar jamais a carga máxima prevista para empilhadeiras;


• obedecer estritamente às indicações inscritas na placa de carregamento existente sobre a
empilhadeira e jamais carregar sem conhecer a distância entre o centro da carga e a base do garfo (o peso
que esse veículo pode carregar diminui quando essa distância aumenta);
• não aumentar, qualquer que seja o pretexto, o valor do contrapeso, seja adicionando um
peso, seja fazendo subir pessoas na parte traseira do aparelho, com a finalidade de carregar cargas
superiores às indicadas pelo construtor;
• o uso simultâneo de duas empilhadeiras para transporte de cargas pesadas ou muito grandes
é uma manobra perigosa, exige precauções particulares e só pode ser efetuada excepcionalmente e na
presença do responsável pelo serviço de empilhadeiras;
• antes de elevar uma carga, verificar se as caixas, paletes, são apropriadas e estão em bom
estado;

• assegurar-se de que as cargas estão perfeitamente equilibradas, amarradas ou calçadas


sobre os suportes, de forma a evitar todo risco de deslizamento e queda:
• para carregar uma carga, avançar totalmente o garfo por baixo dela, levantá-la ligeiramente
e inclinar imediatamente para trás;
• para colocar uma carga sobre uma pilha, elevá-la até a altura necessária, avançar lentamente
a empilhadeira até que a carga se encontre em cima do local de empilhamento; frear o aparelho; depositar
lentamente a carga, servindo-se, quando necessário, da inclinação para frente prevista pelo construtor.

Regras gerais sobre o trânsito com empilhadeiras

O trânsito com empilhadeiras requer obediência estrita às normas de segurança:

• ter boa visibilidade e utilizar, quando necessário, um auxiliar para orientar as manobras;
• observar os sinais existentes;
• dirigir em velocidade razoável; diminuir a velocidade e buzinar nos locais perigosos e na
proximidade de pessoas, mas nunca para pregar sustos;
• fazer as curvas a pequena velocidade;
• vigiar a carga, principalmente nas curvas e se ela for muito grande ou pouco estável;
• usar, e não abusar, da buzina;
• evitar saídas e paradas bruscas;
• conduzir lentamente sobre terreno úmido, escorregadio ou desigual;
• levar em consideração a altura livre de passagem sob as portas; ao atravessar uma porta:
- marcar um tempo de parada;
- buzinar e olhar pelos espelhos de segurança para verificar se a passagem está livre;
- conservar-se corretamente sentado sobre a empilhadeira, pronto a executar qualquer
manobra imprevista;
- antes de comandar uma inversão de marcha, parar completamente;
• não ultrapassar outra empilhadeira a não ser em caso de absoluta necessidade, em boas
condições de visibilidade e após haver buzinado;
• manter distância suficiente (três vezes o comprimento, no mínimo) entre duas
empilhadeiras transitando no mesmo sentido;
• em caso de paradas longas, durante o serviço, desligar o motor;
• desenvolver, nas subidas, velocidade suficiente e, nas descidas, conduzir lentamente;
• jamais dirigir com as mãos úmidas ou sujas de graxas, etc.;
• efetuar a descida de rampas, em principio, de marcha à ré: a carga deve ser mantida
inclinada para trás;
• nunca estacionar a empilhadeira:
- em local onde possa prejudicar a passagem;
- em rampa, salvo em casos excepcionais, nos quais somente se deve fazê-lo após haver
tomado o cuidado de calçar as rodas;
• ao deixar a empilhadeira o motorista deve assegurar-se de que:
- o motor está desligado;
- o freio de mão está acionado;
- a chave de contato foi retirada;
- o garfo está abaixado sobre o solo ou elevado a uma altura superior a 2 m.

Ao terminar o período de trabalho o motorista deve recolher a empilhadeira em local destinado a


esse fim, não se esquecendo de colocar embaixo dela um papelão para evitar encharcar o chão com óleo
ou graxa.

Proibições

É formalmente proibido:

• dirigir uma empilhadeira sem autorização;


• dirigir uma empilhadeira sem treinamento;
• praticar brincadeiras ou pregar sustos nas pessoas com a empilhadeira;
• abusar da buzina;
• elevar carga superior à capacidade do aparelho;
• elevar carga mal equilibrada;
• elevar carga com um só braço do garfo;
• aumentar o valor do contrapeso;
• dirigir com a carga elevada;
• frear bruscamente;
• fazer curvas em grande velocidade;
• abandonar a empilhadeira em passagens;
• deixar a chave de contato na empilhadeira durante a ausência do motorista;
• desobedecer aos sinais de segurança;
• transportar pessoas nas empilhadeiras;
• puxar ou empurrar veículos, a menos que sob a orientação direta do encarregado pelos
serviços de empilhadeiras;
• carregar ou transportar fardos de tiras de folhas sem amarrar com fita convenientemente.
Normas de manutenção

Ao verificar qualquer defeito em sua empilhadeira, o motorista deverá informar imediatamente o


chefe responsável. Não deverá, entretanto, em qualquer caso, efetuar ele mesmo qualquer reparo ou
regulagem.
O motorista da empilhadeira é responsável pela limpeza dela, devendo mantê-la em perfeito estado
de asseio e conservação.

Verificações periódicas

De acordo com o plano de manutenção preventiva, a empilhadeira deve ser apresentada


periodicamente à divisão técnica. Nessas ocasiões o motorista deverá entregar a máquina para revisão.

Normas de abastecimento

a) Não fumar ou acender fósforos nas proximidades de uma empilhadeira que esteja sendo
abastecida; não efetuar o abastecimento senão nos locais destinados para esse fim.
b) Desligar o motor durante o abastecimento.
c) Se cair gasolina sobre o motor, seque-o ou deixe o líquido evaporar-se antes de ligá-lo
novamente.

ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS

Armazenar não é simplesmente colocar as coisas em qualquer lugar e deve ser feito de forma que
sejam eliminados os perigos de queda, desprendimento ou rebaixamento do piso ou materiais
armazenados. O armazenamento inadequado e inseguro é responsável por inúmeros acidentes e perdas.
A seguir, há uma série de regras práticas de segurança para prevenir os acidentes oriundos desse
tipo de atividade.

Regras práticas de segurança

Quando for armazenar materiais, lembrar-se de:

• colocar o material de modo acessível ao pessoal ou maquinaria de manejo e transporte, e


cômodo para a realização das operações necessárias;
• manter os corredores sempre limpos e ordenados para evitar as lesões produzidas por
golpes ou choques contra o material;
• levar em conta que o material deverá ser retirado posteriormente; portanto, procurar deixar
um vazio na parte inferior para que possa ser retirado e colocado com facilidade;
• prever, no planejamento de armazenagem de materiais combustíveis (líquidos inflamáveis,
tintas, peças de madeira, plásticos, papéis, graxas, etc.), o acesso a extintores, caixas de alarme, controles
do sistema de sprinklers, caixas de primeiros socorros, lâmpadas, interruptores e caixas de fusíveis;
• deixar espaço mínimo de 60 cm entre o topo do material empilhado e a rede de sprinklers;
• cuidar para que prateleiras ou gavetas tenham resistência suficiente e suportem o peso. As
escadas utilizadas para alcançar os materiais também devem estar em boas condições;
• cuidar previamente, no caso de materiais líquidos, de examinar os recipientes e deixar todos
os rótulos em boas condições e voltados para a frente do trabalhador encarregado da tarefa;
• colocar os materiais sólidos a granel, especialmente os suscetíveis de se aglomerar pela
umidade ou por outras causas, levando em conta sua inclinação e mantendo-a sempre no momento de
retirar, principalmente quando se faz a retirada com pá de mão;
• considerar o planejamento da estocagem, fator preponderante para obter, além de facilidade
e do controle e segurança para a execução do serviço, os seguintes resultados:
- redução máxima dos custos de ocupação de áreas de estocagem;
- minimização ou eliminação de prejuízos decorrentes de avarias,
- aumento do tempo de vida útil de unidades de estocagem e de equipamentos de movimentação
de carga;
- minimização dos custos de preservação de materiais;
- rapidez e eficiência na realização de inventários físicos e inspeções.

Empilhamentos

Quando for empilhar, lembrar-se de:

• preparar uma base firme e iniciar a pilha corretamente;


• não fazer pilha demasiado alta, para ser possível remover o material com segurança;
• deixar espaços suficientes para passagens, observando as distâncias estabelecidas para
corredores, hidrantes, trilhos, etc.;
• nunca obstruir vias de acesso ao equipamento de combate a incêndio;
• procurar saber de antemão, no empilhamento de materiais pesados em sobrados,
prateleiras, plataformas, etc., o limite de peso que podem suportar com segurança;
• afastar as pilhas pelo menos 50 cm das paredes, a fim de não forçar a estrutura do edifício,
possibilitar melhor ventilação e iluminação e facilitar o combate ao fogo em caso de incêndio;
• dispor, no empilhamento manual, apenas até 2 m de altura; no mecânico, não armazenar a
uma altura que possa causar instabilidade das pilhas;
• verificar se, nas proximidades das pilhas, não há máquinas sem proteção ou equipamento
elétrico sem isolação;
• aterrar os recipientes que contenham líquidos inflamáveis e as prateleiras metálicas onde
se encontram;
• remover pregos, arames, cintas, etc. que estejam projetados para fora, oferecendo risco ou
comprometendo o manuseio.

Segurança em instalações de armazenamento

Ao planejar um espaço para armazenar materiais, é importante prever:

• capacidade de carga (km/m²) dos pisos das áreas de estocagem; livre acesso às portas de
comunicação, plataformas, rampas e áreas de circulação;
• desobstrução de áreas fronteiriças locais onde haja pontos de contato elétricos, extintores
de incêndio e armários de equipamentos de segurança;
• utilização do plano esquemático de estocagem;
• inspeção periódica das áreas de estocagem quanto à existência de detritos ou agentes que
possam representar perigo de incêndio;
• estocagem de materiais de fácil combustão no fundo das instalações, de forma a permitir
rápido isolamento em caso de incêndio;
• identificação correta de locais, equipamentos e instalações existentes em áreas de
estocagem;
• utilização adequada de impressos de segurança;
• instalações de armazenamento deverão ser dotadas de sistemas de combate a incêndio
implantados de acordo com a orientação técnica dos órgãos de segurança;
• a incineração de resíduos somente deve ser feita em áreas externas determinadas pelos
órgãos de segurança;
• resíduos de fácil combustão devem ser colocados, de imediato, em recipientes metálicos
fechados;
• recipientes de resíduos devem ser descarregados em viaturas de coleta de incineração em
horários predeterminados;
• recipientes de combustíveis vazios não devem ser estocados sem prévia limpeza e
eliminação de vapores, que devem ser efetuadas em áreas externas às instalações por pessoal conhecedor
das normas respectivas;
• materiais inflamáveis, qualquer que seja sua finalidade ou uso, incluindo aqueles
destinados ao consumo interno, devem ser estocados somente em áreas especiais; instalações que possuam
áreas de ventilação devem ser protegidas com telas metálicas de malha fina;
• equipamentos de segurança, áreas de perigo e instalações de proteção contra incêndio
devem obedecer às normas de identificação cromática oficialmente padronizadas;
• corredores, escadas, bem como saídas de emergência devem possuir sinalização de
advertência de fácil visualização e leitura;
• locais onde seja proibido fumar devem possuir avisos posicionados em locais de fácil
visualização;
• equipamentos de proteção contra incêndio devem ser inspecionados periodicamente para
testar sua eficiência.

Embalagem e acondicionamento

Quando for embalar e acondicionar, lembrar-se de:

• utilizar, para o transporte, preferencialmente recipientes de madeira, metal ou plástico;


• imobilizar e proteger, com amortecedores, caixas abertas lateralmente;
• reforçar caixas e engradados de madeira externamente por meio de cintas;
• colocar reforços em diagonal nos lados dos recipientes de maior volume/peso;
• colocar cintas de aço ou de plástico em amarrados de chapas, perfilados e materiais
similares, quando estocados em engradados;
• fazer a manutenção das embalagens originais, que só podem ser abertas em ocasiões de
inspeção;
• preservação ou fornecimento;
• utilizar recipientes uniforme para a estocagem de materiais recebidos;
• remover saliências perigosas de embalagens.

Estocagem

A estocagem de materiais exige o uso racional do espaço tanto em termos da funcionalidade e da


facilidade de acesso como em termos da segurança oferecida aos próprios materiais e aos trabalhadores
que os vão manusear ou transportar.
Assim, quando for estocar, lembrar-se de:

• escolher unidades e áreas de estocagem que ofereçam a melhor proteção dos materiais
contra deterioração e avarias;
• estocar, sempre que possível, materiais pertencentes ao mesmo subgrupo em locais
adjacentes; separar os estoques do mesmo material, de acordo com a data do recebimento, de modo a
permitir fornecimento prioritários: primeiro a entrar, primeiro a sair;
• estocar materiais de maior movimentação em locais de fácil acesso;
• estocar materiais pesados, volumosos e/ou de dimensões irregulares, quando em estantes
de escaninhos, somente nas prateleiras inferiores e de largura suficiente;
• uniformizar o empilhamento de materiais, observando que as pilhas sejam formadas na
sequência frente/fundo e parte lateral/circulação principal das áreas e estocagem;
• utilizar, para a arrumação de materiais de estoque reserva, locais de pouca movimentação
e relativa facilidade de acesso;
• limitar as quantidades de estoque ativo às reais necessidades de fornecimento, a fim de
evitar o manuseio desnecessário do estoque, e reserva ou imobilização excessiva do estoque ativo;
• observar rigorosamente os limites de peso de cada unidade de estocagem, obedecidas as
recomendações fixadas pelos respectivos fabricantes;
• posicionar corretamente os materiais, de modo a permitir fácil e rápida leitura das
informações registradas nos respectivos formulários de identificação;
• utilizar exclusivamente os espaços úteis das unidades e áreas de estocagem, mantendo livre
e desimpedido o acesso a portas, circulações e corredores de segurança:
• empacotar, amarrar e marcar externamente de maneira uniforme os materiais soltos,
quando estocados em estantes de escaninhos;
• limitar a quantidade e a diversidade de materiais estocados em estantes de escaninhos;
• utilizar estantes de escaninhos para materiais cujo porte reduzido e fragilidade não
recomendam o uso de engradados, estrados ou caixa de estocagem;
• utilizar armações para estocagem de materiais desprovidos de embalagem, tais como:
chapas, tubos, perfilados ou outros materiais cujas características físicas não permitam o uso de estrados,
engradados ou estantes;
• utilizar engradados para um só tipo de material, cujas características não permitam o
empilhamento direto ou por meio de estrados;
• observar a distância de cerca de 60 cm entre o topo de unidades de estocagem ou pilhas de
materiais e aparelhos de iluminação ou partes inferiores de vigas;
• proteger os materiais contra insetos, roedores e a ação do tempo;
• empilhar engradados de forma compatível com a velocidade e facilidade necessárias com
que os materiais estocados devam ser movimentados;
• estocar materiais volumosos ou pesados preferencialmente em engradados ou sobre
estrados, a fim de facilitar o uso de empilhadeiras:
• empilhar adequadamente os materiais, de modo a evitar a obstrução de circulação, avarias
(do material ou das embalagens) e acidentes pessoais;
• observar as recomendações sobre segurança quanto aos espaços que devem ser deixados
livres em torno de equipamentos e acessórios do sistema de combate a incêndio;
• estocar materiais em galpões e pátios de acordo com os mesmos princípios e cuidados
dispensados à estocagem em armazéns;
• utilizar preferencialmente estrados, na estocagem em pátios, a fim de serem corrigidos
possíveis desnivelamentos de piso e possibilitar maior proteção contra a umidade;
• utilizar encerados, lonas, plásticos ou similares para proteger e preservar materiais
estocados em pátios e galpões;
• inspecionar, periodicamente, materiais sujeitos a corrosão ou deterioração, para
conhecimento de seu estado e providências de preservação;
• inspecionar toldos e encerados utilizados na estocagem a céu aberto, a fim de ser
eliminados possíveis efeitos da ação do tempo;
• reservar espaços para a estocagem de materiais cuja entrada não tenha sido prevista.

Quesitos importantes no armazenamento

Quando for planejar a área de estocagem, inspecionar o armazém ou armazenar materiais, bem
como verificar as condições de segurança para o trabalho no setor, fazer as seguintes indagações:

• O piso, a prateleira ou a laje, etc., são resistentes o suficiente para receber o peso dos
materiais em estoque?
• As pilhas de material estão em prumo, no mesmo alinhamento?
• As pilhas estão afastadas, no mínimo, 50 cm relação às paredes?
• O armazenamento não impede a passagem das pessoas para as saídas de emergência, os
extintores e os hidrantes?
• A iluminação não está prejudicada pelo material empilhado?
• Os sprinklers estão, no mínimo, 60 cm distantes do topo das pilhas?
• O empilhamento manual atinge, no máximo, 2 metros de altura?
• Acima dessa altura usa-se equipamento mecanizado?
• No manuseio de chapas, tubulações e vigas é exigido o uso de luvas?
• Tubos, postes e perfis são estocados em prateleiras, cavaletes ou berços e impedidos de se
movimentar lateralmente?
• Arames e fios são estocados dependurados em barrotes ou vigas?
• Madeiras são empilhadas em camadas desencontradas e, a partir de 1,20 metro de altura, a
camada é recuada de 2,5 cm a cada 30 cm que a pilha cresce?
• Tambores são estocados deitados, com calços por baixo e formando pirâmides de até dez
unidades?
• Quando empilhados em pé, as camadas são desencontradas e são colocadas tábuas entre
elas?
• O tambor estocado em pé ao relento fica ligeiramente inclinado, de modo a evitar o
acúmulo de água da chuva junto aos botijões?
• O número máximo de fiadas para sacos de cimento é 10?
• Durante o empilhamento de sacos de cimento, é considerada a resistência do material de
embalagem?
• O local de estoque de rebolos é seco e sem variação de temperatura?
• No recebimento do rebolo para ser armazenado é feita a prova de som?
• Os rebolos são estocados verticalmente?
• Rebolos de até 15 cm de diâmetro são estocados horizontalmente?
• Rebolos grandes são transportados em carrinhos e protegidos contra golpes?
• Ao descarregar bombonas, tambores, etc., de plástico ou de aço, evita-se fazê-lo
diretamente no piso ou sobre pneus?
• Os recipientes de plástico são estocados em pé, isoladamente, não em pirâmide uns sobre
os outros?
• Evitam-se rolar tambores de plástico no piso?
• Evita-se o uso de tesoura, faca ou objeto pontiagudo para abrir caixas contendo recipientes
plásticos?
• Os lubrificantes são estocados longe de solventes e inflamáveis?
• Os lubrificantes estão identificados legivelmente?
• Evita-se usar ar comprimido para esvaziar tambores de lubrificantes?
• Os tambores de óleo para transformadores são estocados separadamente dos tambores de
óleos lubrificantes?
• O levantamento manual é feito corretamente, com as costas eretas?
• Observa-se o peso máximo para transporte manual?
• Proíbe-se estocar tubos dentro de outros tubos?
• Escadas de mão são sempre guardadas suspensas e nunca no chão?

Rotulagem e armazenamento

Cuidados especiais devem ser previstos para armazenar substâncias químicas ditas "perigosas".
Usadas e armazenadas de maneira inadequada, tais substâncias podem oferecer uma série de riscos de
lesões, pois apresentam uma ou mais das seguintes características: explosividade, toxicidade,
inflamabilidade, oxidação, corrosividade, radioatividade, etc. Convém, para cada caso, consultar o
fabricante e solicitar informações adicionais específicas, bem como a presença de um perito de seguro do
patrimônio, que indicará a maneira correta de armazenar, bem como prevenir acidentes.
Os rótulos devem ser mantidos intactos durante o uso e a armazenagem, e em hipótese alguma
podem ser retirados, mesmo após esvaziados os recipientes, como medida preventiva para transporte de
retorno.
Quando se trata de rotulagem as normas em vigor, além da NR se sinalização já citada é preciso
também ter conhecimento das:

• ABNT NBR 7500, Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e


armazenamento de produtos;
• ABNT NBR 14725-1, Produtos químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio
ambiente – Parte 1: Terminologia;
• ABNT NBR 14725-2, Produtos químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio
ambiente – Parte 2: Sistema de classificação de perigo;
• ABNT NBR 14725-4, Produtos químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio
ambiente – Parte 4: Ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ)
Ü Estes são os símbolos que devem ser utilizados em rótulos de
substâncias perigosas:

Para as disposições de rotulagem que não apresentam critérios


definidos pelo sistema atual de classificação (ABNT NBR 14725-2) podem
ser utilizados os critérios de classificação descritos na 4ª revisão do Livro
GHS (Globally Harmonized System of Classification and Labelling of
Chemicals), Purple Book, da Organização das Nações Unidas (ONU).

ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS UTILIZADOS NAS


INDÚSTRIAS

Estão listados, a seguir, em ordem alfabética, os materiais e embalagens comumente manuseados


durante o desenvolvimento de um empreendimento, com as peculiaridades de cada item, assim como as
regras de armazenamento.

Ácido nítrico:

• o local de estocagem deve ser separado da edificação principal, com boa ventilação natural
e piso impermeável;
• a instalação elétrica deve ser blindada;
• as embalagens (vasilhames) não devem ser armazenadas em mais de duas camadas nem
em prateleiras;
• o vasilhame deve ser de material não-transparente, a fim de que não sofra a ação da luz e
do calor, e ficar isolado de substâncias com as quais possa reagir.

Amônia:

• o local de armazenagem deve ter boa ventilação e instalação elétrica do tipo blindado;
• os recipientes devem ser estocados na posição vertical, abrigados da ação dos raios solares,
do calor e de produtos com os quais a amônia possa reagir.

Arame farpado:

• o local de armazenamento deve ser coberto e ocupar área onde seja evitado o contato
acidental com o material;
• no manuseio dos rolos, é obrigatório o uso de luvas.

Areia:

• o local de armazenamento deve ficar perto do de utilização;


• o empilhamento deve manter inclinação aproximada de:
- areia seca: 25° a 35º;
- areia úmida: 30° a 45°;
- areia molhada: 30° a 45%;
• para melhor contenção, utilizar painéis fixados no solo, devidamente dimensionados para
resistir às pressões laterais; é comum a utilização de guincho com pá de arraste.
Barris:

• armazenar em pé, com madeira (sarrafo, tábua, etc.) entre as camadas;


• a altura recomendada de camadas é a correspondente a três delas;
• o local de armazenamento deve ser coberto, limpo e com boa drenagem;
• em caso de armazenamento externo, utilizar lona plástica, tendo em vista que as alterações
do tempo provocam contrações e dilatações na madeira, abrindo frestas nas junções das aduelas.

Benzeno:
• o local de armazenamento deve ser afastado da edificação, ter boa ventilação, piso
impermeável e instalação elétrica do tipo blindado;
• o benzeno não pode ser armazenado com substâncias inflamáveis, agentes oxidantes ou
ácidos.

Blocos de concreto:
• devem ser empilhados em camadas cruzadas, sobre piso nivelado, com resistência
compatível e boa drenagem;
• recomenda-se, para altura máxima da pilha, 1,80 m.

Bobinas de papel:

• sendo a umidade extremamente prejudicial a esse tipo de material, seu armazenamento


deve ser feito em piso resistente e seco, e sobre estrados de madeira com 30 cm de altura;
• recomenda-se a altura de três fileiras no armazenamento;
• se o local de armazenamento for descoberto, usar lona para cobrir as bobinas, deixando,
além do afastamento do piso pelos estrados, 20 cm a 40 cm entre a lona e o material, para evitar o contato
direto e permitir a ventilação.

Cabos de aço:

• o local de armazenamento deve ser coberto, limpo e seco;


• o armazenamento por período longo requer tratamento com compostos de preservação,
sendo importante manter os cabos longe de agentes corrosivos.

Caixas de papelão:

• empilhar por lote de caixas do mesmo tamanho e peso, entrelaçando e assentando papel
grosso entre as camadas, como almofadas;
• armazenar caixas com pesos diferentes de forma que as mais leves fiquem por cima;
• armazenar em local seco, uma vez que a umidade amolece e deforma o material;
• é aconselhável o uso de estrados, para evitar o contato do material com o piso;
• determinar a altura da pilha pelo conteúdo da caixa, considerando como fator limitante as
laterais das caixas, por não suportarem cargas elevadas;
• se ocorrer deformação das caixas inferiores durante o processo de empilhamento, é
necessário refazer a pilha.

Caixotes:

• o empilhamento deve ser realizado por lotes de caixotes de mesmo tamanho, e de forma
entrelaçada, para melhor estabilidade.
• após abri-los para retirar os materiais ou equipamentos, recomenda-se empilhar as tábuas
após o rebatimento ou retirada dos pregos.

Carpetes:
• são estocados em "gaiolas", com o auxílio de empilhadeiras;
• nos locais de utilização, os rolos devem permanecer na horizontal, longe de aberturas nos
pisos e paredes.

Chapas de fibrocimento (telhas):


• o local de armazenamento deve ser plano e firme, com caibros para suportar as telhas;
• dar preferência ao empilhamento horizontal; se vertical, fazê-lo sobre suporte adequado e
com inclinação que evite quedas;
• em ambos os casos, a pilha não deve ultrapassar 1 m.

Chapas metálicas:

• o local de armazenamento deve ter pouca circulação de pessoas;


• usar dispositivos (exemplo: chapas dobradas) nos cantos das pilhas para evitar acidentes;
• prever a colocação de tacos ou estrados entre camadas ou grupos de chapas, para facilitar
o manuseio do material;
• a altura máxima recomendada para a pilha é de 1 m;
• no armazenamento de chapas de alumínio, evitar o contato de uma com outra, para que elas
não fiquem manchadas por falta de ventilação adequada; as placas de aço ( ½ pol. a 1 pol.) podem ser
armazenadas na vertical, sobre suportes rígidos.

Cilindros em geral:

• os locais destinados à estocagem de cilindros devem:


- ser ventilados o suficiente para evitar o acúmulo de gás, devido à possibilidade de
vazamentos;
- ser cobertos, para protegê-los contra a ação direta dos raios solares;
- ter piso resistente e nivelado;
- ter dispositivos que os protejam contra pancadas ou golpes;
- ser suficientemente espaçosos para a estocagem separada dos cheios e dos vazios;
- ter seções separadas por material, para que os cilindros sejam colocados com o gás que
contenham;
• os cilindros devem:
- ficar firmemente escorados;
- ser mantidos em perfeitas condições de limpeza;
- estar locados, de preferência, fora da estrutura da edificação;
- estar a uma distância segura de fagulhas, fontes de calor, materiais de fácil combustão,
inflamáveis, tintas, equipamentos elétricos, graxas, etc.;
• o armazenamento deve ser feito, de preferência, na posição vertical;
• para a movimentação dos cilindros deve-se:
- usar carrinhos adequados;
- nunca usar eletroímãs;
- somente rolá-los por curtas distâncias, segurando sua parte superior;
- nunca movimentar os cilindros segurando pelas válvulas;
• realizar a entrega para utilização (consumo) pela ordem em que forem chegando do
fornecedor;
• todos os cuidados são necessários, mesmo estando os cilindros vazios.

Cilindros de acetileno:

• em virtude da necessidade de mantê-los em ambientes com temperatura inferior a 50 °C,


devem ser armazenados necessariamente longe de qualquer fonte de calor;
• o local de armazenamento deve ficar suficientemente afastado (no mínimo 6 m) de
substâncias inflamáveis ou combustíveis;
• cheios ou vazios, armazená-los a, no mínimo, 4 m de distância dos que estejam em uso;
• armazená-los em pé, evitando, assim, a perda de acetona.

Cilindros de oxigênio:

• o local de armazenamento deve ficar longe de gases combustíveis ou de substâncias que


causem ou auxiliem a combustão;
• limpar óleos e graxas antes de manuseá-los.

Eletrodos de solda:

• seguir a maneira correta de estocagem recomendada pelo fabricante; por serem muito
sujeitos a perder suas propriedades devido à umidade, após a abertura das embalagens devem ser mantidos
em estufas;
• manter os eletrodos revestidos à temperatura de 50 °C a 60 °C; os de baixo hidrogênio, a
110 °C (essas temperaturas são reguladas por termostato ou termômetro, quando o aquecimento é feito
por lâmpadas incandescentes).

Escórias:

• o depósito de escórias deve situar-se próximo do local de utilização, sobre piso resistente,
afastado das paredes da edificação;
• quando há necessidade de grande armazenamento, recomenda-se a utilização de painéis de
contenção lateral, com resistência adequada às pressões laterais.

Explosivos:

• a estocagem de explosivos deve ser feita em paióis, cuja construção e localização


satisfaçam as recomendações a seguir:
- localização tal que não comprometa a segurança da área, de acordo com as recomendações
legais;
- terreno firme, não sujeito a inundações e com boa drenagem;
- acessos fáceis e desimpedidos aos meios de transporte;
- dimensões de acordo com a quantidade de explosivo a ser armazenado e distâncias a serem
obedecidas (altura máxima de empilhamento: 2 m);
- circulação interna: 40% da área; distância entre teto e o topo da pilha: 0,70 metro;
• no armazenamento, usar estrados para isolar os explosivos do piso;
• não é permitida a instalação de luz elétrica no interior dos depósitos; os paióis devem
possuir dispositivos para iluminação e ventilação natural; se necessária a iluminação artificial, é permitido
o uso de lanterna de pilha;
• é proibido armazenar espoletas ou similares junto com explosivos, assim como pólvora
junto com altos explosivos e dinamites;
• nos paióis devem ser instalados para-raios e termômetros de máxima e mínima.

Inflamáveis:

• o local de estocagem deve ser ventilado e devidamente delimitado;


• quando necessário o estoque dentro das edificações, deve ser prevista a construção de
depósitos com paredes, pisos e portas de material incombustível, com resistência ao fogo superior a duas
horas;
• formar as pilhas sobre estrados, com os recipientes arrumados verticalmente, repousando
sobre o fundo para evitar vazamento;
• os recipientes portáteis não podem ter capacidade superior a 226 litros;
• os paletes, se utilizados, podem ser agrupados em cinco ou seis tambores; armazenando-se
horizontalmente, calçar os recipientes com cunhas.
Louça sanitária:

• pode ser utilizado empilhamento vertical, desde que a altura da pilha não ultrapasse três
camadas e se coloquem ripas entre elas;
• a louça sanitária pode ser armazenada a céu aberto.

Lubrificantes:

• o local de armazenamento deve ser bem ventilado e abrigado dos raios solares e da chuva,
além de ficar distante de solventes, inflamáveis e cilindros de gases;
• no manuseio, evitar que os recipientes sofram pancadas, utilizando para tantos métodos de
transportes seguros e adequados.

Madeiras:

• estocar, de preferência em galpões, armazéns, etc., a uma distância segura de inflamáveis


e fontes de ignição;
• quando for inevitável o armazenamento ao ar livre, deve ser provisório, visto que o sol e a
umidade são inimigos naturais da madeira, e com declive de 10% para boa drenagem; para armazenamento
seguro, utilizar uma base sólida, procurando separar as madeiras por lotes de comprimentos aproximados;
• antes de empilhar as madeiras já usadas, rebater ou retirar pregos, arames, etc.;
• para dar estabilidade às pilhas e evitar seu desmoronamento:
- no caso de peças de manuseio constante, montar as pilhas com 1,50 m de altura;
- para as pilhas com alturas superiores, colocar peças laterais para escoramento que
mantenham sua estabilidade (a altura máxima para manuseio é de 5 m) e é necessário provê-las de meios
de acesso à parte mais alta (degraus na própria pilha, escadas, etc.);
• cruzar as camadas de madeira, rentes à pilha, com peças de amarração colocadas
perpendicularmente ao comprimento da madeira, para dar mais estabilidade, evitar saliências perigosas;
as peças de amarração (sarrafos, caibros, etc.) devem ter espessuras idênticas (esse procedimento é
recomendado em especial para o armazenamento de madeira verde, que é mais sujeita a entortar e
empenar).

Material de pintura:

• estocar junto com os produtos químicos e inflamáveis, agrupados de acordo com as


especificações, cores, etc.;
• as latas de tinta, solventes, massa e outros materiais de pintura podem ser agrupados e
empilhados até a altura de 2 m.

Material elétrico:

• armazenar em local seco, protegido das intempéries;


• sendo necessário o armazenamento a céu aberto, colocar calços de madeira e cobertura de
lona;
• além de inspeção, os equipamentos elétricos devem receber, periodicamente, uma leve
camada de graxa nas partes sujeitas a corrosão.

Material refratário:

• deve ser armazenado em locais protegidos contra chuva, com utilização de estrados para
facilitar o manuseio;
• o metro quadrado de tijolo refratário pesa aproximadamente 2.100 kg.

Pedregulho:
• empilhar com inclinação de ângulo de repouso entre 30⁰ e 50⁰.

Perfis metálicos:

• empilhar de forma que suas extremidades fiquem alinhadas, separando-os com espaçadores
transversais (madeira) com travamento nas laterais e colocados entre camadas;
• a altura recomendada para o armazenamento é de 1,50 m;
• armazenar o perfil "1" sempre apoiado nas abas, com a alma da posição horizontal.

Pneus:

• armazenar em estruturas específicas, um a um, e em pé (radial);


• estocar pneus de grande porte (por exemplo, os de máquinas de terraplanagem)
obrigatoriamente e na vertical, fazendo periodicamente sua rotação para evitar que fiquem ovais.

Postes:

• armazenar sobre base sólida, nivelada e com boa drenagem;


• utilizar calços de madeira ou outro material resistente, para impedir seu movimento lateral;
• postes compridos e com grande variação de diâmetro entre a base e o topo devem ser
armazenados em forma de pirâmide;
• para movimentar os materiais empilhados em forma de pirâmide, deve-se começar pelo
topo, para não causar o desmoronamento da pilha.

Produtos químicos:

• os produtos químicos perigosos não devem ficar expostos à luz solar;


• armazenar em local seco, ventilado e longe de linhas energizadas e tabulações quentes ou
com vapor;
• usar prateleiras especiais.

Rebolos:

• armazenar em local limpo, seco, não sujeito a grandes variações de temperatura e afastado
de radiações, janelas e portas;

• colocá-los, preferencialmente, na posição vertical (radial), dispostos em prateleiras com


dispositivos individuais de proteção;
• rebolos com diâmetro inferior a 15 cm podem ser armazenados em posição horizontal,
utilizando-se papel corrugado para separá-los;
• arrumar a fim de permitir o fornecimento para uso conforme a ordem cronológica de tempo
de estoque;
• antes da entrega para uso, efetuar o teste de som, rejeitando os que estiverem rachados,
defeituosos, trincados ou em estado suspeito ou duvidoso;
• ao manuseá-los, deve-se evitar que sofram pancadas ou quedas;
• para o transporte de rebolos grandes e pesados pode-se utilizar carrinho de mão com
dispositivos especiais de proteção.

Sacos:

• para fins práticos, o dimensionamento de galpões destinados ao armazenamento de sacos


com 90 cm de comprimento por 60 cm de largura deve respeitar o limite de vinte fiadas quando, no
empilhamento, for usado o processo manual; e de trinta fiadas, quando mecanizado (esteiras rolantes,
empilhadeiras, etc.);
• sempre que a altura da pilha ultrapassar 1,20 m, recuar 2,5 cm para cada 30 cm de altura
adicional;
• manter a verticalidade na formação da pilha;
• a disposição de sacos em formação desencontrada oferece maior estabilidade;
• a resistência do material de fabricação do saco (papel, plástico, pano, etc.) é um fator
limitante de altura da pilha: quando o peso é excessivo, os sacos das camadas inferiores costumam
arrebentar;
• os sacos devem ser dispostos em forma de escada, com lance único de degraus, com acesso
a um patamar final;
• o patamar deve apresentar as dimensões mínimas de 1 metro x 1 metro, e altura em relação
ao solo de 2,25 m;
• deverá ser guardada proporção conveniente entre o piso e o espelho dos degraus: o espelho
não pode ter altura superior a 15 cm; nem o piso, largura inferior a 25 cm;
• o empilhamento deve ser reforçado, lateral e verticalmente, por meio de estrutura metálica
ou de madeira que assegure sua estabilidade;
• o empilhamento deve possuir, lateralmente, um corrimão ou guarda-corpo de 1 metro de
altura em toda a extensão;
• deve haver perfeitas condições de estabilidade e segurança;
• intercalar tábuas entre as fiadas para que não ocorra desmoronamento da pilha de sacos;
• no empilhamento as bocas dos sacos devem ficar voltadas para dentro da pilha;
• não empilhar sacos abertos ou furados, pois seu esvaziamento comprometerá a estabilidade
da pilha.

Sacos de cimento:

• preparar as pilhas sobre estrados de madeira, com distância mínima de 20 cm do solo;


• montar as pilhas com no máximo dez fiadas (altura aproximada de 2,10 m), porque os
componentes de cimento ressecam facilmente e o peso das fiadas superiores pode acelerar o
endurecimento do material nas fiadas de base; o papel multifoliado de que são feitos os sacos também
podem não resistir a peso excessivo;
• dispor os sacos de forma a permitir a entrega para o consumo pela ordem de entrada no
estoque;
• o depósito deve situar-se próximo do local de utilização (betoneiras, central de concreto,
etc.);
• os sacos devem ser protegidos das intempéries.

Soda cáustica:

• quando em sacos, estes devem ser armazenados sobre paletes com seis camadas no
máximo, não ultrapassando três paletes;
• quando em tambores, estes devem ficar em pátios predeterminados.

Solventes:

• armazenar em depósitos cobertos, ventilados, distantes de fontes de calor, chamas abertas,


fagulhas de soldas, faíscas elétricas e cilindros de gases inflamáveis;
• seguir as recomendações do rótulo de advertência, tanto no armazenamento como na
manipulação;
• por serem em geral tóxicos, a manipulação de solventes deve ser cuidadosa, com o uso dos
equipamentos adequados.

Tambores:

• armazenar sobre piso pavimentado e com boa drenagem, evitando colocá-los sobre
escórias, visto que, quando úmidas, estas provocam a aceleração da corrosão dos tambores;
• montar pilhas estáveis, dando preferência:
- quando deitados, à forma de pirâmide (completa ou incompleta), com no máximo dez
camadas de altura, fixados com calços de madeira;
- quando em pé, à forma de camadas desencontradas, intercalando-se tábuas entre elas;
• não colocar tambores deitados sobre tambores na vertical e vice-versa;
• tambores cheios, quando armazenados em áreas externas, devem ter uma leve inclinação
para evitar a penetração de água pelos botijões das tampas (botijões virados para a parte mais alta);
• determinados produtos podem ser afetados com as oscilações de temperatura;
• para o transporte em vagões ou caminhões, colocar os tambores na posição vertical, para
evitar que rolem, e verificar se estão devidamente fechados.

Tijolos:

• armazenar em local de piso nivelado e resistente, e com boa drenagem;


• a altura máxima da pilha é 1,50 m;
• ao manusear as pilhas, manter sempre o topo nivelado e as peças da periferia amarradas
(cruzadas) de acordo com a forma inicial;
• os tijolos podem ser empilhados formando-se quadros com 24 unidades cruzadas de 4 x 6;
colocando sobre a última camada (a décima) mais de dez unidades de forma centralizada. Dessa forma,
cada quadro terá 250 tijolos, com uma altura aproximada de 1,20 m.

Tubos:

• armazenar em compartimentos especiais (por exemplo, prateleiras, cavaletes, etc.) de metal


ou de madeira;
• separados por diâmetro, comprimento e tipo de material, com as extremidades alinhadas
de modo a não interferirem na área de circulação;
• não estocar tubo dentro de tubo; quando próximos de beiradas de laje ou de aberturas nos
pisos, colocá-los em pé para evitar que rolem;
• quando armazenados sobre base sólida, recomenda-se a altura máxima de 1,80m e prendê-
los nas extremidades com peças de retenção (por exemplo, calços de madeira) em cada fiada ou barras
com pontas dobradas entre as camadas, que, além de servir de berço, impedem o movimento do material;
• as prateleiras utilizadas no armazenamento devem ser tais que permitam a sua utilização
de um só lado em perfeita estabilidade;
• o material deverá ficar centrado na prateleira e o mais pesado, nas divisões inferiores.

Vidros:

• devem ser armazenados verticalmente, com pequena inclinação;


• colocar folhas de papelão entre os vidros para facilitar o manuseio.

“Se tratando de segurança do trabalho,


se você sabe a teoria e não aplica, você morre na prática”.
Dhione Tito
REFERÊNCIAS:

BRASIL. Lei nº 6.514 de 22 de dezembro de 1977. Altera o Capítulo V do Titulo II da Consolidação das
Leis do Trabalho, relativo à segurança e medicina do trabalho e dá outras providências. Diário Oficial
[da] Republica Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 23 dez. 1977. Disponível em:
http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6514.htm Acesso em 20 set. 2021.

BRASIL. Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978. Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do


Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do
Trabalho. Disponível em: <http://
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=9CFA236F73433A3AA30
822052EF011F8.proposicoesWebExterno1?codteor=309173&filename=LegislacaoCitada+-> Acesso
em 20 set de 2021.

CAMPOS, Armando. Prevenção e Controle de Risco Em Máquinas, Equipamentos e Instalações /


Armando Campos, José Cunha Tavares, Valter Lima. - 2. ed. São Paulo: SENAC, 2007.

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