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A IMPORTÂNCIA DE UMA AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA BEM FEITA

COMO BASE DO PLANEJAMENTO EDUCACIONAL DE UMA CRIANÇA QUE


APRESENTA TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Uma das maiores ansiedades de um professor, que atende a um aluno com
transtorno do espectro autista, é como fazer a sua avaliação do rendimento escolar
de seu aluno para atender as normas burocráticas da escola. Como eu vou avaliar se
ele não faz as mesmas atividades dos outros? Não tem como eu fazer uma prova.
Que nota eu vou dar?

Muitas vezes, o planejamento e avaliação do professor vai depender da avaliação


psicopedagógica que foi feita com um caráter diagnóstico e não classificador.

Para fazer uma avaliação que realmente embase o trabalho pedagógico, não
podemos começar com uma avaliação psicopedagógica que seja baseada somente
na aplicação de testes. O professor, para realizar um planejamento pedagógico que
realmente atenda às necessidades do aluno, tem que saber como este aluno
funciona e não somente o que ele sabe ou não sabe fazer.

Com isto temos que avaliar o aluno em quatro condições diferentes:

1º) sente com o aluno, só você e ele, por 15 minutos. Veja como ele interage com
você quando está fazendo uma atividade estruturada. Entenda o seu esquema de
pensamento, como executa as tarefas e como ele interage com o material de
aprendizagem;

2º) saia e troque a camisa, prenda ou solte o cabelo, e volte por mais 15 minutos e
veja como ele reage. Você vai ser se as mudanças na estrutura do ambiente
incomodam o aluno ou não;

3º) em outro dia, de um trabalho com uma demanda exagerada e veja como ele vai
reagir. Observe se ele tenta fugir da demanda e assinale quais os comportamentos
que mais se manifestam;

4º) em outro momento, deixe ele com uma atividade livre para ver como ele reage
sem estímulo e atenção.
Isto vai ajudar a entender como as situações do ambiente e as pessoas interferem
no comportamento do aluno, qual o sistema de comunicação vai ser mais eficiente
(gestos, palavras, PECS) e se ele lida bem com grandes demandas.

A partir destes aspectos, o professor pode fazer um planejamento centrado nas


possibilidades do aluno dando tarefas simples, com grau de dificuldade adequados
e com demanda possível de ser concluída.

Na hora de avaliar o aluno, podemos realizar um parecer descritivo que realmente


evidencie o que ele sabe fazer pois o ambiente está adequado as suas possibilidade e
necessidades e, o que oferecermos como atividade, pode ser mensurado como
aprendido, em aprendizagem ou com necessidade de retomada.

A avaliação tem que ser constante, o ensino tem que ser personalizado e
individualizado, devem ser estabelecidas exigências de domínio para o avanço nos
conteúdos e habilidades ao mesmo tempo que estimula o relacionamento social e
uma aprendizagem com poucos erros.

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