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João Vitor de Souza Moreira e Julia Lima

ANÁLISE ELETROMIOGRAFICA DO EXERCICIO ELEVAÇÃO PELVICA; FOCO


NA ATIVAÇÃO DO GLÚTEO MÁXIMO

Juiz de Fora
2023
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1. INTRODUÇÃO

Nos Programas de Treinamento de Força, popularmente conhecidos como


Musculação, o exercício elevação pélvica vem ganhando cada vez mais popularidade com o
passar dos anos. (IACONO,2021) A facilidade e praticidade de execução do mesmo o torna
um aparato de fácil aplicação nas mais diversas academias de ginástica, sem a necessidade de
grandes maquinários. Discute-se o fato da capacidade desse exercício, quando executado da
maneira correta, ser um dos principais ativadores do glúteo máximo, músculo importante dos
membros inferiores, além de, consequentemente, ser um excelente aliado no ganho muscular
da região. (RODRIGUEZ- AÑEZ,2000)

Nesse sentido, estudos que ratifiquem a ativação muscular desse exercício contribuem
positivamente para a prescrição de protocolos de treinamentos mais específicos, alavancando
a eficiência do treinamento de força de determinadas pessoas treinadas. Com procedimentos
específicos, é possível captar sinais elétricos liberados por determinada musculatura durante
sua atividade, os deslizamentos de fibras musculares provocam uma mudança de potencial
elétrico nos sarcômeros, fato este conhecido como potencial de ação. Ao captar uma
sequência de potenciais, é possível determinar certos padrões de contrações musculares, que
podem ser indicadores da atividade realizada por determinado grupamento em algum período.

Acerca disso, um dos métodos mais eficientes para captação desses sinais se trata da
eletromiografia. Nela, sinais elétricos são captados da musculatura, através de métodos
invasivos, como o uso de agulhas aplicadas na região alvo, ou evasivos, com o uso de
eletrodos aplicados na pele do paciente. (REZENDE et al., 2011)

Essas captações são então enviadas a um processador, que passa por uma filtragem de
sinal, para então ser retificado eletricamente de uma forma onde a interpretação dos dados é
possível por um pesquisador. (OCARINO et al.,2005)

Seguindo essa ideia, pretendemos a utilização dessa técnica de pesquisa, aplicada em


um grupo de pessoas, de forma não evasiva na musculatura do glúteo máximo. Visando a
detecção desses potenciais de ação durante a execução da elevação pélvica, criando assim
mais uma referência sobre a possível eficácia desse exercício em programas de treinamento.
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2 OBJETIVO

Determinar a ativação muscular, do glúteo máximo, durante a execução do exercício


elevação pélvica com barra em um grupo de pessoas treinadas.

3. METODOLOGIA

Para atender o propósito do estudo, utilizamos uma análise descritiva dos dados
coletados. Descritiva na medida que, as informações coletadas serão interpretadas e expostas
buscando uma relação entre dois fatores específicos, o exercício elevação pélvica e a ativação
elétrica de um músculo específico. (KNECTHEL,2014)

3.1 AMOSTRA

Em relação a amostra investigada, em sua composição estarão inclusas 30 pessoas,


com indivíduos do sexo masculino e feminino. Serão inclusos na lista indivíduos praticantes
do treinamento de força, estando aptos a participarem aqueles com cerca de pelo menos 2
anos de prática da musculação, com uma frequência semanal de pelo menos 3 vezes na
semana.
Os componentes da amostra devem estar familiarizados em especial, com a execução
da elevação pélvica com barra livre e apoio escapular em um banco ou superfície horizontal
acima do chão, com os pés apoiados no solo. Indivíduos com histórico de lesão ou cirurgia
serão excluídos da amostra, e os interessados deverão ser previamente informados sobre a
necessidade de, no dia anterior, evitar exercícios físicos intensos com os membros inferiores,
a fim de evitar possíveis dores musculares e fadiga na musculatura alvo que possa interferir na
produção dos potenciais elétricos.
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Estes critérios de inclusão da amostra serão aferidos por meio da aplicação de um


questionário básico aos interessados em participar da pesquisa, criado pelo google forms e
disponibilizado via internet.

3.2 PROCEDIMENTOS

A coleta de dados acontecerá no salão de musculação da UFJF, localizado na


faculdade de Educação Física e Desportos. O sinal elétrico será captado por um
eletromiógrafo disponibilizado pela UFJF. Esse sinal, é detectado através de eletrodos que se
inserem na pele e transmitem o sinal elétrico para um aparelho que os decodifica, e para isso,
utilizaremos uma forma não invasiva de análise, com a aplicação de eletrodos superficiais
sobre a pele dos estudados, estes que, Segundo Neumann (2017, p.255) são “de fácil
aplicação, não invasivos e capazes de detectar sinais de uma área relativamente grande sobre
o musculo.”

Além disso, para proporcionar uma captação de sinal correta, os eletrodos serão
colocados de forma paralela a musculatura alvo do estudo, com um eletrodo dito (terra)
posicionado na patela do indivíduo, ações que buscam potencializar o sinal elétrico captado e
transferido para o processador. (NEUMANN, 2017).

Antes da coleta dos dados, os participantes serão orientados a realizar um breve


aquecimento de 5 minutos numa esteira ergométrica, em seguida, serão submetidos a um teste
de execução da elevação pélvica. O exercício será realizado com uma barra de
aproximadamente 10kg, onde os indivíduos devem apoiar as escapulas em um banco reto,
com 100 cm de comprimento por 30 cm de largura e com os dois pés juntos no chão.

A partir disso, com a barra apoiada na cintura, deverão realizar a inclinação pélvica
até uma angulação ou amplitude máxima na qual se sintam confortáveis e consigam manter
está contração por pelo menos 3 segundos, facilitando assim a captação do sinal. Será
orientado que se realize um total de 10 repetições em apenas uma serie de execução, com um
peso no qual os indivíduos já estejam familiarizados, o tempo de descanso desse teste até a
próxima execução será de pelo menos 3 minutos.

Em seguida, começaram os processos para inserção dos eletrodos na musculatura alvo


(Glúteo Máximo). Inicialmente, será realizada uma preparação da pele, com limpeza e
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marcações de caneta no local da inserção dos eletrodos, prévio a isso, os participantes serão
orientados a realizar, no dia anterior ao teste, uma raspagem dos pelos no local, já que sua
presença pode atrapalhar a captação do sinal elétrico (NEUMANN ,2017).

A partir disso, os indivíduos da amostra deverão realizar a execução da elevação


pélvica onde os dados serão propriamente coletados. Para uma avaliação mais fidedigna, o
sinal será captado durante uma contração isométrica voluntária máxima, já que, contrações
não isométricas estão sujeitas a alterarem os potenciais elétricos captados, devido a
velocidade de execução do movimento e comprimentos de alongamento ou encurtamento
favoráveis a produção de tensão pelo músculo. (NEUMANN,2017)

Com a captação dos sinais por todos os componentes da amostra, realizaremos uma
observação da intensidade do sinal coletado, procurando estabelecer um padrão de ativação e
assim verificando se os valores elétricos coletados indicam uma ativação elétrica significativa
para o Glúteo Máximo durante a execução do movimento de inclinação pélvica com barra.
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REFERÊNCIAS

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KNECHTEL. Maria do Rosário. Metodologia da Pesquisa em Educação: Uma abordagem


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NEUMANN, Donald A. Cinesiologia do Aparelho Musculoesquelético- Fundamentos


para Reabilitação. 2017.

OCARINO, Juliana de Melo et al. Eletromiografia: interpretação e aplicações nas ciências


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RODRIGUEZ- AÑEZ, Ciro Romelio. A eletromiografia na Análise da Postura. 2000.
Artigo (Doutorando Educação Física) Professor do curso de Educação Física PUCPR,2000.
Disponível em:
https://bdm.unb.br/bitstream/10483/22400/1/2018_EnricoPortoGiovannini_tcc.pdf.
Acesso em: 18 de maio 2023.

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