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Mari Angela Calderari Oliveira

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Oliveira, Mari Angela Calderari


Avaliação psicológica [livro eletrônico] :
história, atualidade e desafios / Mari Angela
Calderari Oliveira. -- Londrina, PR : Sapiens
Instituto de Psicologia Ltda - ME, 2021.
PDF

ISBN 978-65-86204-10-0

1. Avaliação psicológica 2. Testes psicológicos


I. Título.

21-67010 CDD-150.287
Índices para catálogo sistemático:

1. Avaliação psicológica 150.287

Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427


AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO BRASIL

Conceitos

A avaliação psicológica é entendida como o processo técnico-científico de coleta de


dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos,
que são resultantes da relação do indivíduo com a sociedade, utilizando-se, para tanto,
de estratégias psicológicas – métodos, técnicas e instrumentos. Os resultados das ava-
liações devem considerar e analisar os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos
no psiquismo, com a finalidade de servirem como instrumentos para atuar não somente
sobre o indivíduo, mas na modificação desses condicionantes que operam desde a for-
mulação da demanda até a conclusão do processo de avaliação psicológica (CFP, 2003).

Conceito de Avaliação psicológica (CFP, 2007)

A avaliação psicológica é compreendida como um amplo processo de investigação, no


qual se conhece o avaliado e sua demanda, com o intuito de programar a tomada de
decisão mais apropriada do psicólogo. Mas especialmente, a avaliação psicológica re-
fere-se à coleta e interpretação de dados, obtidos por meio de um conjunto de proce-
dimentos confiáveis, entendidos como aqueles reconhecidos pela ciência psicológica.
Compete ao psicólogo planejar e realizar o processo avaliativo com base em aspectos
técnicos e teóricos. A escolha do número de sessões para a sua realização, das ques-
tões a serem respondidas, bem como de quais instrumentos/técnicas de avaliação de-
vem ser utilizados será baseada nos seguintes elementos:

1. contexto no qual a avaliação psicológica se insere; 2. propósitos da avaliação psicoló-


gica; 3. construtos psicológicos a serem investigados; 4. adequação das características
dos instrumentos/técnicas aos indivíduos avaliados; 5. condições técnicas, metodoló-
gicas e operacionais do instrumento de avaliação.

Por fim, esclarece-se que compete ao psicólogo analisar criticamente os resultados


obtidos, com o intuito de verificar se realmente forneceram elementos seguros e sufi-
cientes para a tomada de decisão nos vários contextos de atuação do psicólogo.

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Dimensões da Avaliação Psicológica

REFERÊNCIA: CARTILHA CRP 08/2016


https://crppr.org.br/wp-content/uploads/2019/05/AF_CRP_Caderno_AvaliacaoPsicologica_pdf.pdf

A dimensão técnica na Avaliação Psicológica é parte integrante de um processo ava-


liativo, constituído de diferentes estratégias que a (o) profissional pode utilizar para a
realização de um determinado procedimento em diferentes contextos de atuação, pois
em um processo avaliativo, a (o) profissional precisa acessar e mensurar os fenômenos
psicológicos envolvidos na demanda. Dessa forma, os recursos técnicos corroboram
para acessar e compreender as variáveis envolvidas. Dentre os principais instrumentos
utilizados em um processo de Avaliação Psicológica estão os testes psicológicos, a en-
trevista nas suas diferentes modalidades e a observação. Também podemos considerar
as fontes de informações complementares e a análise de documentos.

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A dimensão ética - O Código de Ética Profissional do Psicólogo possui vários itens
relativos à avaliação psicológica, porém as questões éticas neste caso possuem um
alto grau de complexidade e não podem ser exaustivamente tratadas em um código
de ética, pois o procedimento ético vai além da observância literal de artigos de um
código de ética (Hutz, 2015), pois “... princípios éticos são gerais e representam ideais
a serem atingidos... (São) ideias norteadoras de ações, atitudes e comportamentos
na prática profissional (Hutz, 2009). A dimensão ética, pressupõe não só o conheci-
mento de um código de ética, mas principalmente a vivência dos pressupostos deste
código, passa pelo crivo da moral, onde crenças e valores pessoais dão forma a uma
prática ética (CRP 08/2016). A construção de um conhecimento, nesse processo, par-
te do princípio que a relação que se estabelece entre o sujeito da avaliação e psicó-
loga (o) sempre será uma relação assimétrica na qual a (o) psicóloga (o), a partir de
sua competência técnica e teórica, busca dados possibilitando, ao sujeito da avalia-
ção, um espaço onde ele consiga mostrar sua dinâmica, levando a (o) psicóloga (o) a
construir um conhecimento sobre ele. Esse processo de avaliação também permitirá
ao sujeito da avaliação conhecer-se, construindo uma relação metacognitiva com o
processo de avaliação psicológica (CRP 08/2016).

Dimensão relacional - O posicionamento da (o) Psicóloga (o) diante da demanda do


processo de avaliação requer, desse profissional, o desenvolvimento de competências
e habilidades que pressupõem o estabelecimento de um vínculo profissional baseado
na verdade é que marque a crença no potencial humano de crescimento e transfor-
mação. Por outro lado, o psicólogo também deve estar atento ao alcance social do
conhecimento que vai construir acerca de um fenômeno psicológico e a necessidade
de sua socialização com o objetivo de fortalecer a ciência psicológica.

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Dimensão social - É fundamental estarmos atentos aos reflexos da nossa atuação
em relação aos sujeitos da avaliação, assim como nas repercussões sociais de nossas
tomadas de decisão em um processo de avaliação. Os efeitos danosos de um laudo
psicológico podem ser intensos, dependendo especialmente do nível de profundi-
dade da análise que o mesmo exigiu para sua elaboração, assim como das reflexões
éticas realizadas pela (o) Psicóloga (o) a respeito das consequências de emitir aquele
documento.

Dimensão profissional - A formação continuada é imprescindível ao profissional,


pois a competência e segurança nessa prática são inerentes à formação e à atu-
alização constante. Adicionalmente, também é relevante que a (o) profissional
identifique, em alguns casos, a necessidade de supervisão de um profissional com
experiência apropriada, para não correr o risco de cometer erros e ferir a ética no
processo avaliativo, assim prejudicando o sujeito da avaliação.

Proposta de um protocolo do processo de Avaliação


Psicológica - componentes metodológicos

• Recebimento da solicitação;

• Caracterização do sujeito da avaliação;

• Análise da demanda da avaliação;

• Elaboração do planejamento técnico;

• Enquadramento/contrato;

• Aplicação do planejamento;

• Avaliação das estratégias de avaliação psicológica utilizadas;

• Integração dos resultados - pensamento clínico integrativo;

• Elaboração de síntese conclusiva do processo de avaliação realizado;

• Estabelecimento de proposta de intervenção e encaminhamento;

• Elaboração de documento conclusivo da avaliação realizada - laudo e ou atestado;

• Escolha de uma metodologia adequada para a devolução dos resultados;

• Devolução de resultados.

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Competências do psicólogo avaliador
Monalisa Muniz propõe 26 competências (2017) com base no documento
Diretrizes para o ensino da Avaliação Psicológica (IBAP, 2012).
1) Conhecer os aspectos históricos da avaliação em âmbito nacional e internacional;

2) Conhecer a legislação pertinente a avaliação psicológica (Código de ética, resoluções, SA-


TEPSI, etc.);

3) Considerar aspectos éticos na realização da avaliação psicológica;

4) Saber avaliar se há condições de espaço físico adequadas para a avaliação e estabelece con-
dições suficientes para tal;

5) Ser capaz de compreender a avaliação enquanto processo, aliando seus conhecimentos às


técnicas de avaliação;

6) Ter conhecimento sobre funções, origem, natureza e uso dos testes psicológicos;

7) Ter conhecimento sobre o processo de construção de instrumentos psicológicos;

8) Ter conhecimento sobre validade, precisão, normatização e padronização de instrumentos


psicológico;

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9) Saber escolher e interpretar tabelas normativas dos manuais de testes psicológicos;

10) Ter capacidade crítica para refletir sobre as consequências sociais da avaliação psicológica;

11) Saber avaliar fenômenos humanos de ordem cognitiva, afetiva e comportamental em dife-
rentes contextos;

12) Ter conhecimento sobre a fundamentação teórica de testes psicométrico e do fenômeno


avaliado;

13) Ter conhecimento sobre a fundamentação de testes projetivos e/ou expressivos e do fenô-
meno avaliado;

14) Saber administrar, corrigir, interpretar e redigir os resultados de testes psicológicos e outras
técnicas de avaliação;

15) Saber selecionar instrumentos e técnicas de avaliação de acordo com os objetivos, público-
-alvo e contexto;

16) Saber planejar uma avaliação psicológica de acordo com o objetivo, público-alvo e contex-
to;

17) Planejar processo avaliativos e agir de forma coerente com referenciais teóricos adotados;

18) Identificar e conhecer peculiaridades de diferentes contextos de aplicação da avaliação;

19) Saber estabelecer rapport no momento da avaliação;

20) Conhecer teorias sobre entrevista psicológica e saber conduzi-las;

21) Conhecer teorias sobre observação do comportamento e saber conduzi-las;

22) Identificar as possibilidades de uso e limitações de diferentes técnicas de avaliação psico-


lógica, analisando-as de forma crítica;

23) Saber comparar e integrar informações de diferentes fontes obtidas na avaliação psicoló-
gica;

24) Fundamentar teoricamente os resultados decorrentes da avaliação psicológica (ex: cui-


dado com achismos, vieses de avaliação, excesso de subjetividade e ênfase em informações
isoladas);

25) Saber elaborar laudos e documentos psicológicos, bem como sua aplicação a cada con-
texto;

26) Saber comunicar resultados decorrentes da avaliação psicológica aos envolvidos no pro-
cesso, por meio de devolutiva verbal.

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A LEI Nº 4.119, DE 27 DE AGOSTO DE 1962 dispõe sobre os cursos de formação em psicologia
e regulamenta a profissão de psicólogo.

Art. 13
§ 1º Constitui função privativa do Psicólogo e utilização de métodos e técnicas psicológicas
com os seguintes objetivos:
(Expressão “privativa” vetada pelo Presidente da República e mantida pelo Congresso Nacio-
nal, em 17/12/1962).
a) diagnóstico psicológico;
b) orientação e seleção profissional;
c) orientação psicopedagógico;
d) solução de problemas de ajustamento.

RESOLUÇÃO Nº 5, DE 15 DE MARÇO DE 2011(1)

Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Psicologia, esta-


belecendo normas para o projeto pedagógico complementar para a Formação de Professores
de Psicologia.

Formação generalista
Art. 8º As competências reportam-se a desempenhos e atuações requeridas do formado em
Psicologia, e devem garantir ao profissional o domínio básico de conhecimentos psicológicos
e a capacidade de utilizá-los em diferentes contextos que demandam a investigação, análise,
avaliação, prevenção e atuação em processos psicológicos e psicossociais e na promoção da
qualidade de vida. São elas:

VI - avaliar fenômenos humanos de ordem cognitiva, comportamental e afetiva, em diferentes


contextos;
VII - realizar diagnóstico e avaliação de processos psicológicos de indivíduos, de grupos e de
organizações;
XIII - elaborar relatos científicos, pareceres técnicos, laudos e outras comunicações profissio-
nais, inclusive materiais de divulgação;

Art. 11. A organização do curso de Psicologia deve explicitar e detalhar as ênfases curriculares
que adotará, descrevendo-as detalhadamente em sua concepção e estrutura.

f) Psicologia e processos de avaliação diagnóstica, que implica a concentração em competên-


cias referentes ao uso e ao desenvolvimento de diferentes recursos, estratégias e instrumen-
tos de observação e avaliação úteis para a compreensão diagnóstica em diversos domínios e
níveis de ação profissional.

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Considerações
Toda ação do profissional da psicologia demanda um raciocínio que se caracteriza por
uma atitude avaliativa, compreensiva, integradora e contínua que norteia sua intervenção
em qualquer um dos campos de atuação da Psicologia (CFP, 2019).

Um processo de avaliação psicológica se caracteriza por uma ação sistemática e delimi-


tada no tempo, com finalidade de diagnóstico ou não, que utiliza de fontes de informa-
ção fundamentais e complementares com o propósito de uma investigação realizada a
partir de coleta de dados, estudo e interpretação de fenômenos e processos psicológi-
cos (CFP, 2019).

Processo de Avaliação Psicológica


Avaliação psicológica x Testagem psicológica

l Ainda por muitas vezes conceitos confundidos como sinônimos


l Origem da avaliação psicológica vinculada ao desenvolvimento dos testes psicológicos

l Avaliação psicológica limitada ao uso do teste

l Formação- conjunto de disciplinas que se referencia em ensinar testes

l Avaliação psicológica – processo

l Testagem – uma etapa específica deste processo

Processo de Avaliação Psicológica


DAS DIRETRIZES BÁSICAS PARA A REALIZAÇÃO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA PSICÓLOGA E DO PSICÓLOGO (Resolução
09/2018, CFP).

Art. 1º - Avaliação Psicológica é definida como um processo estruturado de investigação


de fenômenos psicológicos, composto de métodos, técnicas e instrumentos, com o ob-
jetivo de prover informações à tomada de decisão, no âmbito individual, grupal ou insti-
tucional, com base em demandas, condições e finalidades específicas.

Cenário atual da Avaliação psicológica


Aprovação da especialidade em Avaliação Psicológica ocorrida no dia 16 de dezembro
de 2018 na APAF (Assembleia de Políticas, Administração e Finanças).

Resolução CFP Nº 006/2019 Institui as regras para a elaboração de documentos escritos


produzidos pela (o) psicóloga (o) no exercício profissional, e revoga a Resolução CFP nº
7/2003 e a Resolução CFP nº 15/1996.

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Resolução CFP Nº 009/2018 Estabelece diretrizes para a realização de Avaliação Psi-
cológica no exercício profissional da psicóloga e do psicólogo, regulamenta o Sistema
de Avaliação de Testes Psicológicos - SATEPSI e revoga as Resoluções n° 002/2003, nº
006/2004 e n° 005/2012 e Notas Técnicas n° 01/2017 e 02/2017.

Resoluções especificas para as diferentes


modalidades de Avaliação Psicológica
Resolução CFP Nº 001/2019 Institui normas e procedimentos para a perícia psicológica
no contexto do trânsito e revoga as Resoluções CFP nº 007/2009 e 009/2011.

Resolução CFP Nº 002/2016 Regulamenta a Avaliação Psicológica em Concurso Pú-


blico e processos seletivos de natureza pública e privada e revoga a Resolução CFP Nº
001/2002.

Resolução CFP Nº 008/2010 Dispõe sobre a atuação do psicólogo como perito e assis-
tente técnico no Poder Judiciário. Resoluções CFP Nº 008/2008 e 002/2009 Dispõe
acerca do trabalho do psicólogo na avaliação psicológica para concessão de registro e/
ou porte de arma de fogo.

Além das modalidades normatizadas pelas resoluções podemos identificar uma cres-
cente demanda de avaliação psicológica que define outras modalidades:

l Seleção de Pessoal;

l Pré-cirúrgicas;

l Psicodiagnóstico;

l Psicopedagógico/Psicoeducacional;

l Institucional/Organizacional;

l Orientação profissional;

l Psicossocial - (NRs) em trabalhos em espaços confinados, altura, inflamáveis e combustíveis;

l Em contexto naval e contexto da aviação;

l Neuropsicológica;

l Avaliação Psicológica em gestão de crises e desastres.

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CCAP – Comissão consultiva de Avaliação Psicológica do CFP
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou a Resolução 034/2015, que define e regula-
menta a Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica da Autarquia.

As atribuições da CCAP são:

l Emitir pareceres em resposta a demandas dirigidas ao CFP em matéria de avaliação


psicológica;

l Elaborar e propor atualizações de documentos técnicos e normativos do CFP relativos à


avaliação psicológica;

l Elaborar e propor diretrizes para o ensino e formação continuada em avaliação psicológica;

l Conduzir o processo de avaliação dos instrumentos submetidos ao SATEPSI;

l Discutir temas e propor ações no âmbito da avaliação psicológica.

SATEPSI -Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos

O SATEPSI foi desenvolvido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) com o objetivo
de avaliar a qualidade técnico-científica de instrumentos psicológicos para uso profis-
sional, a partir da verificação objetiva de um conjunto de requisitos técnicos e divulgar
informações sobre os testes psicológicos à comunidade e às (aos) psicólogas (os).

A Resolução CFP Nº 009/2018 estabelece diretrizes para a realização de Avaliação Psi-


cológica no exercício profissional do psicólogo e regulamenta o Sistema de Avaliação de
Testes Psicológicos – SATEPSI, bem como estabelece quais requisitos mínimos os instru-
mentos devem apresentar para serem reconhecidos como testes psicológicos.

Avaliação Psicológica e Direitos Humanos


Na Resolução No. 009/2018 o eixo 6 dispõe:
JUSTIÇA E PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA.

Art. 33 - A psicóloga e o psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades


voltadas para a produção de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias, atuarão
considerando os processos de desenvolvimento humano, configurações familiares, con-
jugalidade, sexualidade, orientação sexual, identidade de gênero, identidade étnico-ra-
cial, características das pessoas com deficiência, classe social, e intimidade como cons-
truções sociais, históricas e culturais.

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Desafios atuais para a Avaliação Psicológica
Matrizes curriculares que contemplem a importância da Avaliação Psicológica na identi-
dade do Psicólogo e também a considerem como tema transversal:

l Cursos EAD – graduação e formação continuada;


l TICs - meios tecnológicos de informação e comunicação;
l Informatização das correções dos testes psicológicos;
l Aplicação on-line dos testes psicológicos.

RESOLUÇÃO Nº 11, DE 11 DE MAIO DE 2018 Regulamenta a prestação de serviços psico-


lógicos realizados por meios de tecnologias da informação e da comunicação e revoga a
Resolução CFP N.º 11/2012.

Art. 2º - São autorizadas a prestação dos seguintes serviços psicológicos realizados por
meios tecnológicos da informação e comunicação, desde que não firam as disposições
do Código de Ética Profissional da psicóloga e do psicólogo a esta Resolução:

II. Os processos de Seleção de Pessoal;


III. Utilização de instrumentos psicológicos devidamente regulamentados por resolução
pertinente, sendo que os testes psicológicos devem ter de parecer favorável do Sistema
de Avaliação de Instrumentos Psicológicos (SATEPSI), com padronização e normatiza-
ção específica para tal finalidade.
§ 1º. - Entende-se por consulta e/ou atendimentos psicológicos o conjunto sistemático
de procedimentos, por meio da utilização de métodos e técnicas psicológicas do qual se
presta um serviço nas diferentes áreas de atuação da Psicologia com vistas à avaliação,
orientação e/ou intervenção em processos individuais e grupais.

Proposta de uma conduta frente a avaliação psicológica


l Orientação pelo aprimoramento da ciência psicológica;
l Investimento e compromisso pessoal com a construção de conhecimento;
l Permanente revisão de informações produzidas pela prática profissional;
l Discussão qualificada em eventos científicos;
l Atualização de instrumentos e técnicas;
l Publicação dos resultados produzidos.
(CRUZ, ALCHIERI e SARDÁ, 2002).

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AUTORA
Mari Angela Calderari Oliveira (CRP
08/1374) especialista em Psicologia
Social e Psicopedagogia. Mestre em
Educação. Professora adjunta do cur-
so de Psicologia da Pontifícia Univer-
sidade Católica do Paraná, e docente
em cursos de especialização. Atua em
processos de Avaliação Psicológica
no campo da Saúde e da Educação.
Supervisora técnica de implementa-
ção de processo avaliativo do setor
de Educação Especial em instituições
públicas. Realiza atendimento de fa-
mílias com foco na gestão da apren-
dizagem no contexto escolar e aten-
dimento psicoterapêutico de adultos
e famílias.
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