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ANOTAÇÕES EER

AULA 17/07 – ATIVISMO NEGRO


- Discussões sobre um conjunto grande de iniciativas
- Todo movimento social é heterogêneo
- Flavia é uma ativista da nova geração/ Tem debatido ativismo negro, mas com inúmeras
interpretações.
- O objeto do ativismo:
- Mudança de valores societários
- A discussão sobre o país (Debate sobre o que é a sociedade brasileira)
- A disputa pela narrativa do passado (Sempre foi contada de forma unilateral)
- Movimento Negro:
- Protesto e luta política – a importância do espaço público
- Retorno à cena pública (Momento em que o ativismo negro volta as ruas
e denuncia o racismo publicamente)
- As Fases do Ativismo Negro:
- Primeiro Ciclo de Mobilização (1888-1930)
- Associações de homens de cor (Termo negro era visto como
um termo pejorativo): clubes, imprensa negra (conjunto de jornais/iniciativas que são
produzidas em todo o Brasil), frente negra brasileira, etc. (Demarcação para pensar a
constituição de organizações mais permanentes na denúncia do racismo). A entidade
que mais se destaca é a “Frente Negra Brasileira” = Pensava-se que era necessários
criar condições para se estar dentro da sociedade brasileira, uma espécie de adequação,
algumas ideias têm influência do integralismo, entidade com muitos aspectos a serem
estudados.
- Segundo Ciclo de Mobilização (1944-1964)
- Teatro Experimental do Negro (Entidade que não está somente
preocupada as questões artísticas culturais, pensa-se sobre capacitação, oportunidades,
vendo a arte como porta de entrada.
- Terceiro Ciclo: (Não anotei o período)
- Fundação do MNU – Radicalização e “Refundação” da Luta
Antirracista
(Os movimentos sociais assumem outro lugar no contexto de perseguição)
- O contexto – A resistência à ditadura
- A pauta: exigência do reconhecimento do racismo e das desigualdades (O
que fazer a respeito?)
- As marchas do centenário da abolição (Ilustra um momento de tentativa de virada da
narrativa/As coisas não foram resolvidas com a abolição/Não houve desarranjo que
promova a inserção da população negra na sociedade brasileira)
- A “não abolição”
- Novo marco reivindicatório – a igualdade
- Marcha Noturna pela Democracia Racial (Ocorre sem interrupções desde 1996)
- Memória da resistência negra
- A “fuga” da abordagem comum sobre o 13 de maio (É a data em que a abolição
da escravidão faz aniversário, porém traz um novo significado desde que a marcha
começou) Pág. 67 do texto explica com maior clareza
- Marcha do Tricentenário de Zumbi – 1995
- Caminho para se pensar, vai fazendo registros a partir de 78 para mostrar como
isso vai se constituindo.
- A partir dos marcos da Flávia vai tendo um movimento que começa a consolidar
na década de 90
- A marcha de Zumbi representa isso, foi uma marcha grande, que mostra esta
construção
- Repercussões da Marcha
- A pauta – políticas públicas
- Aprofundamento da relação com outros movimentos – as alianças
- Novo espaço de diálogo na esfera estatal (Sobretudo a partir dos anos 2000
esse diálogo se amplia como nunca havia se visto antes)
(Este grupo emplaca uma série de iniciativas, mas nem tudo se consolida, o que
perpetua mais são as iniciativas no campo educacional)
AULA 20/07 – ATIVISMO INDÍGENA
- Movimento indígena respondendo a sociedade brasileira no que diz respeito as suas
mazelas, as pautas indígenas
- Ênfase na questão da terra = Terra é questão de sobrevivência básica para os povos
indígenas.
- Quando se fala em movimento indígena, o que se pensa?
- Ativismo Indígena – Horizonte
- Respeito a identidade dos povos indígenas
- Mudança de concepção acerca de quem são os povos indígenas
- A questão da terra – condição de existência
- “Somos brasileiros, mas também somos indígenas, queremos ser respeitados
na nossa visão de mundo”
- Reconhecer que as pessoas estão em lugares distintos, que enfrentam
desigualdades especificas e que essas só poderão ser superadas com medidas
especificas
(Mobilização governamental – principal questão é que as pessoas indígenas precisam
ser tuteladas)
- Depois da década de 70 teremos uma atenção grande da igreja (apoio condicionado a
conversão) e das universidades ao movimento indígena.
- É fundamental a mudança da igreja católica
- Ativismo Indígena - Consolidação
- Conjuntura Política: movimentos sociais a partir de 1970
- Criação do CIMI – 1972
- União das nações indígenas 1982
- 1974 – Primeira Assembleia Plurinacional indígena – 9 nações
- A constituição tem a abertura para muitas pautas, muda a postura do estado para o
movimento indígena, retira a ideia de tutela
- Se reconhece o legado da academia brasileira com suas pesquisas sobre os povos
indígenas, mas se tem entendido também que é preciso pensar em mudanças nessa
relação, querem passar de objeto de estudo para sujeito de estudo.
- Parcerias: Final da década de 70 garante esse apoio
- 1975 – mudança de postura da igreja católica
- CIMI alarga sua atuação – busca apoios fora da igreja
- 1977/1978 – a questão ganha mais apoios
- Ato no Tuca – SP – 1978
Parentes = Somos de etnias/grupos diferentes, mas temos um vínculo.
- Direito de fala, grupos sociais que estiveram sempre em lugares diferentes
- Ativismo Indígena – Caráter Educativo (que educa de dentro pra fora)
- Movimento indígena como reação ao tratamento equivocado dispensado pelo
Estado, tem resgatado a memória e pensado no futuro do país e das novas gerações
- Apoderamento de repertórios não – indígenas
- Construir novas imagens, outras visões sobre os povos indígenas, pois existem
muitos estereótipos sobre os indígenas que está atrelada a uma ideia errada de cultura,
pois a vemos como algo engessado, quando na verdade ela é dinâmica.
- A mudança de postura das lideranças formadas – antropólogos e religiosos como
assessores
- Autonomia – Funai e parceiros
- “Educou após ser educado” – indígenas assumirão protagonismo das suas lutas
- O movimento indígena deu cara aos povos indígenas e possibilitou a criação de
novas imagens
- Constituição de 1988 – artigo 231
- Lei 11.645/2008
- As universidades têm um papel fundamental, é necessário dar formação sobre
questões indígenas.
AULA 24/07 – MULHERES RACIALIZADAS E QUESTÃO DE GENERO (VÍDEO)
- Categorização foi pensada para se pensar mulheres negras e indígenas
- A experiencia de pessoas indígenas é uma experiencia racializada, o contexto de
colonização faz uma classificação baseada na raça.
- Todo o outro que não é o colonizador, é visto em uma raça inferior.
- “Como o debate sobre racismo se conecta com a questão de gênero?”
- Gênero: primeira coisa: não se usa o termo gênero ao abordar os estudos feministas,
a princípio se fala em termos que tomam como referência o termo “mulher”. Tudo que diz
respeito a gênero foi produzido dentro do campo feminista, que é um campo heterógeno
com diferentes interpretações. Questionamento da ineficiência da categoria mulher
para se pensar o entendimento do que é desigualdade com a mulher =
questionamento essencial para o debate. Pressuposto básico do feminismo é produzir
uma separação entre natureza e cultura = a suposta natureza biológica nada tem a ver
com os papéis sociais que são designados a pessoas na sociedade, o biológico não deve
determinar o futuro das pessoas, desnaturalização da vida social e da cultura. Com esse
questionamento inicial, vindo de um grupo de mulheres que não se sentem
representadas neste sentido, irá abrir o campo feminista, pois irá demandar a criação de
outras categorias e conceitos que serão mais abrangentes. Gênero entre nesse quesito,
pois é mais abrangente. Gênero sendo a categoria que daria conta se pensar o mundo
cultural, âmbito das relações sociais. O conceito de gênero será útil ao pensamento
feminista, pois vai tentar explicar a criação de lugares predeterminados biologicamente.
Conceito será bastante questionado, mas há uma concordância maior atualmente do que
no passado. Há uma disputa instaurada nos estudos sobre sexualidade que gênero não
pode ser pensado de uma questão binária, pois ainda se pensa somente na questão
masculino e feminino.
- Discussão:
- O que querem as mulheres indígenas?
- A posição da entrevistadora.
D: Diferenças culturais/Relativismo/Não é cultura
- Heloísa não reconhece a cultura como conceito para explicar as diferenças entre
as pessoas, o campo feminista é um campo heterógeno, pois há diferentes
interpretações e formas diferentes de se superar a desigualdade de gênero
- Tudo está dentro da cultura para o bem e para o mal. Há diferentes configurações
das relações de gênero, reconhecimento de que há diferentes experiencias. Existe um
processo histórico que alterou as relações de gênero/
- Do ponto de vista das relações de gênero teremos diversas nuances atuando
nas desigualdades,
- Existência como mulher indígena não está descolada da realidade quanto
individuo indígena.
- Camadas sociais de opressão.
- Insuficiência das classificações e categorias: desigualdade de gênero é
desigualdade de poder na sociedade. Entender a realidade com a qual está lidando, a
realidade precede a classificação e a nomeação.
- Identificação mais precisa dos contextos, cair em comparação, ignora tudo que
gerou aquelas relações analisadas.
AULA 31/07 – MULHERES RACIALIZADAS E QUESTÃO DE GENERO (TEXTO)
as anotações desta aula estão incompletas, mas o texto é curto e a linguagem é de
fácil entendimento caso queira ter um conhecimento maior, página 246 do pdf da
aula.
- Intersecção: Como pensar a realidade de mulheres racializadas para além da dimensão
da raça, do gênero e de outras dimensões
- Lugar social: espaço imaginário que ocupamos na sociedade.
- Questões iniciais:
1) Como as mulheres negras são retratadas na sociedade brasileira?

2) Que lugar social ocupam as mulheres negras na sociedade brasileira?

3) Por que a interpretação dessa realidade exige uma abordagem


articulada?

- Seus questionamentos gerais são direcionados ao feminismo, pois ele não comtempla
todas as mulheres, não leva em conta as suas diferenças.

- O feminismo quer impor uma hegemoneidade que não percebe as diversas


singularidades das mulheres

-O feminismo não dá conta de pensar as diferenças entre as diferentes realidades das


mulheres

- O problema não são as diferenças, mas o que se constrói em torno delas, uma
hierarquia.

- Ponto de Partida: ler e lidar com as diferenças

1) Não ignorar e não hierarquizar

2) Nomear as diferenças

- Interseccionalidade

- Os Questionamentos:

- A ação feminista – as falsas escolhas e recompensas ofertadas á mulheres


brancas (identificação com o poder)
AULA 03/08 – AS COTAS ÉTNICO-RACIAS NO BRASIL
- Retomando o Racismo Brasileiro:
- Princípios: desumanização: inferiorização da diferença/ Aquilo que ajuda a
legitimar politicamente o racismo no Brasil
- Resultados: a produção de desigualdade
- Ações Afirmativas no Brasil:
- Ponto de Partida: discriminação racial e desigualdade
- Objetivo: combate aos efeitos do racismo
- Assim, o que fundamente as cotas étnico-raciais nas universidades? A existência
de um racismo que produz desigualdades, produz vantagens para somente uma parcela
da sociedade. Desigualdades e sub-representação das populações negra e indígena.
Justiça ajudou a justificar as ações afirmativas no Brasil, a Diversidade ajudou mais em
outros aspectos como nos EUA, mas também no Brasil.
- Que processos marcam essas políticas no Brasil? Marca das Ações Afirmativas:
Marcha Zumbi, 1995: espaço no âmbito estatal para as reivindicações do movimento
negro, GTI e as ações afirmativas. Conferência de Durban, 2001: Brasil levou uma
grande delegação, decisiva a participação no que viria depois no que diz respeito as
políticas de ação afirmativa.
- As primeiras experiencias de cotas se deram em 2002, a lei federal é de 2012, entre
esse período algumas universidades adotaram o sistema de cotas, mas através de
decisões internas, com diferentes mecanismos. Os autores levantam que uma
diversidade de experiencias se perde, pois é necessário de padronizar a partir de uma
lei.
- A Lei 12.711/2012 resulta do tipo de arranjo que se precisou fazer para garantir a
reserva de vagas. As diferenças experiencias que existiam nas antigas faculdades se
perdeu por conta das alianças, das disputas que se teve que fazer.
- Argumentos contra: racialização, identidade nacional, ineficácia, violação da igualdade
e mérito
- Lei não prevê mecanismos de identificação de pessoas beneficiadas
- A modalidade cota racial é uma medida de combate ao racismo, tem direito as cotas
quem sofre racismo.
- Efeitos sobre a identificação étnico-racial: há um crescimento da população negra que
não é quantitativo, mas em relação a uma maior identificação das pessoas como negras
ou pardas.
- Bônus: acréscimo na nota de determinados candidatos.
- Colorismo gera estratificação dentro do movimento negro.
- As repercussões das ações afirmativas:
- O que muda nas universidades?
AULA 07/08 – AS COTAS ÉTNICO-RACIAIS NO BRASIL
- ISA (Institutos socioambientais)
- 1.693.593 pessoas (CENSO 2022)
- 180 linguais (ISA)
- Ocupação de 13% do território nacional (ISA)
- Expectativa sobre as AA’s
- A questão das desigualdades
- “Estes povos desejam formação superior em seus termos”
- O que se deseja fazer a partir do ensino superior?
- Relação individualidade-coletividade, de modo geral, a vivência coletiva é um ponto
fundamental da existência desses grupos. Sustenta-se argumentos elitistas no ensino
superior brasileiro. Há um processo de referência cultural que é diferente do nosso
- Oposição ao individualismo, sua formação deve capacitar uma transformação de vida
no grupo que o indivíduo integra
- Cidadania diferenciada: ligada a necessidade de que o Estado os reconheça como
povos brasileiros, mas que há especificidades na forma como eles vivem.
- Os desafios do acesso:
- Acesso, permanência, individualidade, coletividade
- Os dilemas da autodeclaração
- A homogeneização das políticas públicas e a “diversidade dentro da diversidade”
- Os apoios institucionais
- Como marca as diferentes formas de identificação de um grupo e outro? Não há
padronização
- Como funciona para os povos indígenas?
- Não dá para dizer que a comunidade indígena sofre discriminação da mesma forma
que a comunidade negra
- O que precisaria mudar para garantir uma política conectada com os anseios
indígenas?
- Âmbito administrativo: orçamento, política interna, ...
- Âmbito acadêmico: currículo, linhas de pesquisa, ...
- Ensino superior como uma estratégia de transformação

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