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• Divisão de Ensino
Direção do CFAP
Diretor - Cel PM Alfredo José Souza Nascimento
Diretor Adjunto -Ten Cel PM Lucas Miguez Palma
Equipe Pedagógica
Chefe da Divisão de Ensino: Maj PM Helena Carolina Jones da Cunha
Coordenadora dos Batalhões-Escola: Maj PM Karina Silva Seixas
Instrutor–Chefe: Cap PM Guttemberg Loiola de Carvalho dos Santos
Seção Técnica Pedagógica e Design: Sub Ten PM Karina da Hora Farias
Seção Técnica Pedagógica: Sub Ten PM Lindinalva Brito da Silva
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO........................................................................................................................04
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................57
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA - JUNHO/ 2021 4
APRESENTAÇÃO
Este é o início de uma nova vida profissional nesta quase bicentenária corporação de
Polícia, e como tal, imperioso se faz adquirirmos conhecimento e capacitação, para exercer as
funções de segurança pública em plena conformidade com os ditames da Lei, de acordo com
os meios e formas por ela estabelecidos, buscando sempre atender os anseios do interesse
público.
Com mais esse passo, cresce junto, a responsabilidade de manter um trânsito tranquilo
e seguro, garantindo o direito de ir e vir de cada cidadão com os seus bens, de modo a
respeitar a liberdade da coletividade na sua mais plena essência, e para tal, o conhecimento
sobre as regras e normas especificas é o fator mais importante para o cumprimento desta
missão de policiamento.
Para tanto, este manual foi elaborado para utilização no Curso de Formação de
Soldados da Polícia Militar da Bahia, pelo
Subten PM RR Paulo César Nascimento
dos Santos (à época, 1º Sargento PM),
tendo sido revisto e atualizado pelo 1.º
Ten PM Adelmo de Jesus Santana.
Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a Lei não proíbe, na
Administração Pública só é permitido fazer o que a Lei autoriza e da forma nela
prevista. Para o particular, a Lei significa “PODE fazer assim”. Para o administrador
público significa “DEVE fazer assim”.
Portanto, o policial militar deve sempre pautar sua conduta em conformidade com
as normas jurídicas!
IMPESSOALIDADE: Estabelece o dever da imparcialidade em prol do interesse
público. Tem o propósito de reprimir a prática de atos que tenham objetivo de
atingir fins pessoais, devendo, repise-se, atentar-se às finalidades públicas. Tal
princípio proíbe que o agente público adote atos e decisões administrativas
motivadas por represálias, favorecimentos, relações de amizade ou inimizade,
nepotismo, entre outros sentimentos pessoais que não estejam relacionados com o
interesse público, de modo a beneficiar ou prejudicar alguém. Tais atos somente
devem ser voltado para à coletividade.
EFICIÊNCIA: Nos ensina que durante suas atribuições, os agentes públicos devem
agir com vistas à obtenção do melhor desempenho possível, produzindo resultados
positivos e satisfatórios na prestação do serviço público. Para tanto, a
Administração Pública deve se organizar, se estruturar, se disciplinar, no sentido de
obter os melhores resultados, da maneira mais racional possível.
A Administração Pública desempenha sua função executiva por meio de atos jurídicos
denominados atos administrativos. Tais atos, por sua natureza, conteúdo e forma se
diferenciam dos que emanam do legislativo (leis) e do judiciário (decisões judiciais) quando
desempenham suas atribuições específicas de legislação e de jurisdição.
Temos, assim, na atividade pública geral, três categorias de atos inconfundíveis entre
si: atos legislativos, atos judiciais e atos administrativos.
Conceito: Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da
Administração Pública, que agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir,
resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos
administrados ou a si própria.
O magistério de Cavalieri Filho resta-se bastante didático acerca do tema (2008, p.2):
Em seu sentido etimológico, responsabilidade exprime a
ideia de obrigação, encargo, contraprestação. Em
sentido jurídico, o vocábulo não foge dessa ideia.
Designa o dever que alguém tem de reparar o prejuízo
decorrente da violação de outro dever jurídico. Em
apertada síntese, responsabilidade civil é um dever
jurídico sucessivo que surge para recompor o dano
decorrente da violação de um dever jurídico originário.
Destaca-se que quando o servidor público, no desempenho de suas funções, com culpa
ou dolo, pratica um ato ilícito e gera dano à Administração Pública ou a terceiros, a exemplo,
o policial militar que, ao conduzir uma viatura, se envolve em acidente de trânsito, causando
danos ao bem de um particular, surge a obrigação de reparar tais prejuízos. Essa
responsabilidade não se confunde com a objetiva, a qual independe de dolo ou culpa. Para
que seja responsabilizado, a culpa ou o dolo do agente público deverá ser comprovada, por
meio de ação regressiva movida pelo ente público.
O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento, consagrando a teoria da "dupla
garantia", segundo a qual não poderia o servidor público ser diretamente acionado pelo
particular por ato relacionado ao exercício de suas funções, cabendo, se houver dolo ou
culpa, à própria Administração cobrar-lhe através de ação regressiva os prejuízos causados.
Tal teoria consagra a dupla garantia: uma, em favor do particular, possibilitando-lhe ação
indenizatória contra o ente público, com maior possibilidade de ver seu prejuízo ser
reparado. A outra garantia é em favor do servidor estatal, que somente responde
administrativa e civilmente perante a pessoa jurídica a cujo quadro funcional se vincula.
Nesse mesmo sentido a Lei nº 7.990/01 (Estatuto dos Policiais Militares do Estado da
Bahia) preceitua em seu art. 50, §1º:
Para facilitar o entendimento da amplitude das normas legais que regem o trânsito,
conceituamos trânsito conforme disposto no art.1º, § 1º do atual CTB:
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres
do território nacional, abertas à circulação, rege-se por
este Código.
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por
pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada,
estacionamento e operação de carga ou descarga. (grifo
nosso)
Para entendermos quais são as vias terrestres abertas à circulação, o legislador fixou no
art. 2º do CTB o seguinte:
Desta forma, nota-se quais são as áreas passíveis de controle e fiscalização dos órgãos
componentes do Sistema Nacional de Trânsito.
Como todo ramo do Direito, as normas jurídicas que disciplinam o trânsito brasileiro
também estão ordenadas de forma hierarquizada:
Constituição Federal;
Emendas constitucionais;
Leis complementares;
Convenção sobre trânsito viário de Viena;
Regulamentação Básica Unificada de Trânsito (1993);
Código de Trânsito Brasileiro (1997);
Leis incorporáveis ao CTB;
Leis e Decretos não incorporáveis ao CTB;
Resoluções e Deliberações do CONTRAN;
Portarias do DENATRAN.
Obs.: Prevalece sobre o CTB, naquilo que com ele for conflitante.
[...]
I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito,
com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa
ambiental e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu
cumprimento;
II - fixar, mediante normas e procedimentos, a
padronização de critérios técnicos, financeiros e
administrativos para a execução das atividades de
trânsito;
III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de
informações entre os seus diversos órgãos e entidades, a
fim de facilitar o processo decisório e a integração do
Sistema
Com o novo CTB, as Polícias Militares perderam bastante espaço, uma vez que tal
norma estabeleceu em seu art. 23, como única competência, a de “executar a fiscalização de
trânsito, quando e conforme convênio firmado, como agente do órgão ou entidade executivos de
trânsito ou executivos rodoviários, concomitantemente com os demais agentes credenciados”.
Nota-se que para que os policiais militares possam executar a fiscalização de trânsito,
atuando como agente da autoridade de trânsito, isto é, lavrar autos de infração, aplicar
medidas administrativas etc., necessário se faz a existência de convênio firmado com o órgão
de trânsito competente, com jurisdição sobre a via.
Na Bahia, quanto à fiscalização estadual, tem-se o DETRAN-BA e a Superintendência
de Infraestrutura e Transporte (SIT), antigo DER-BA, vinculada à Secretaria de
Infraestrutura (SEINFRA), nas atribuições de fiscalização de trânsito e rodoviária,
respectivamente.
Neste Estado existe um convênio firmado entre o DETRAN-Ba e o Estado, através da
Secretaria de Segurança Pública, com interveniência da Polícia Militar, para execução das
atividades de fiscalização, policiamento e controle nas vias públicas urbanas do Estado, no
limite da competência estadual. Por oportuno, cite-se a cláusula primeira do instrumento
deste
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convênio:
Somente por força deste convênio, os policiais militares realizam a execução das
atividades de fiscalização, policiamento e controle nas vias públicas urbanas do Estado, no
limite da competência estadual. Portanto, isso mostra que não somente os policiais militares
que servem no Esquadrão de Motociclistas Águia têm competência para tal atividade.
O mesmo ocorre com a fiscalização, policiamento e controle de trânsito nas rodovias do
Estado e do Distrito Federal, de modo que para que os policiais militares possam exercer tais
atividades, imperioso é que exista convênio firmado com os órgãos executivos rodoviários
dos respectivos entes federativos.
Todavia, para atuar na fiscalização das infrações de competência municipal, da mesma
forma, necessário se faz que seja firmado um convênio entre o órgão executivo de trânsito ou
rodoviário da cidade e o Estado, através da Secretaria de Segurança Pública, com
interveniência da Polícia Militar.
Quanto à competência para exercer o policiamento ostensivo de trânsito, cumpre
destacar que, ao responder consulta formulada pelo presidente do CETRAN/SC, o
CONTRAN, através do parecer nº 119/89, não deixa dúvidas, consignando que trata-se de
atribuição exclusiva das Polícias Militares, fundamentando seu entendimento no art. 3º do
Decreto-Lei nº 667/79, o qual atribuiu tal exclusividade às Policias Militares. No mesmo
sentido, dispõe o Anexo I do CTB:
POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função
exercida pelas Polícias Militares com o objetivo de prevenir
e reprimir atos relacionados com a segurança pública e de
garantir obediência às normas relativas à segurança de
trânsito, assegurando a livre circulação e evitando
acidentes.
A partir do art. 26, o CTB disciplina as normas gerais de circulação e conduta dos
usuários do trânsito, sejam eles condutores de veículos ou pedestres. Tais normas traduzem
comportamentos essenciais para se preservar um trânsito seguro, e na condição de policial
militar, devemos redobrar a atenção para a sua fiel observância, estando na condição de
pedestre ou de condutor de veículo de urgência (viaturas). Visando facilitar o magistério,
citemos alguns dos principais artigos do CTB acerca do tema:
O policiamento Ostensivo de Trânsito pode ser executado por meio dos seguintes
processos: a pé, motorizado (duas ou quatro rodas), aéreo e
montado.
6.4.1 - Policiamento Ostensivo de Trânsito a pé
O processo a pé é o mais empregado dentro do policiamento Ostensivo de Trânsito
Urbano, e consiste em empregar o agente em um local determinado, onde será o seu posto de
serviço.
O local ou ponto da via terrestre onde o agente de trânsito ou PM é escalado para
trabalhar é chamado de Posto de Controle de Trânsito (PCTRAN). Nele, através de
sinalização sonora e de gestos, o PM ou agente exercerá o controle do trânsito e executará as
ordens recebidas pelos respectivos Chefes. Pontue-se que no PCTRAN o PM deve postar-se
da seguinte forma:
Em local que ofereça destaque;
De maneira que lhe permita boa visualização das vias e que seja bem visualizado
por todos;
Que permita o melhor domínio do fluxo;
Que lhe ofereça segurança.
6.4.1.1 - Emprego:
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6.4.1.2 - Vantagens:
6.4.1.3 - Desvantagens:
O homem está sujeito às intempéries e ao Stress;
Pouca mobilidade em uma pequena área de abrangência:
Dificuldade e impossibilidade de utilização de vários equipamentos e materiais de
trânsito;
Pouca capacidade de visualização;
Sinalização limitada, basicamente, aos sons e gestos;
Dificuldade para carregar aparelho de comunicação.
6.4.2.1.2 - Vantagens:
Maior mobilidade e fácil deslocamento por locais de difícil acesso, inclusive, nos
congestionamentos, permitindo chegar rapidamente às causas dos problemas;
Possibilidade de utilização e guarda de alguns equipamentos, tais como, radares
móveis, etilômetros, rádios comunicadores, sirene, luzes intermitentes (giroflex) etc.;
Facilidade de estacionamento;
Essencial no serviço de escoltas;
Menor custo com combustível e manutenção.
6.4.2.1.3 - Desvantagens:
Maior necessidade de qualificação do policial para a pilotagem;
Maior vulnerabilidade a acidentes;
Maior exposição do policial às intempéries climáticas;
Oferece pouco conforto ao policial;
6.4.2.2.1 - Emprego:
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6.4.2.3 - Aéreo
6.4.2.3.1 - Emprego:
Apoio às demais modalidades de Policiamento;
Utilização em operações de busca, salvamento, socorro e transporte das vítimas de
acidentes de trânsito;
Para transporte rápido de patrulheiros para locais de acidentes;
Em locais que apresentam pontos críticos de congestionamentos;
Em locais que necessitam de um acompanhamento mais detalhado e amplo.
Para monitorar o trânsito de maneira mais eficiente.
6.4.2.3.2 - Vantagens:
Possibilita grande mobilidade e rapidez nos deslocamentos, com capacidade para
cobrir grandes áreas em um curto espaço de tempo, monitorando o trânsito com
maior eficiência, permitindo identificar situações com maior rapidez e precisão;
Amplitude de visualização dos locais, áreas e regiões;
Possibilita acompanhar a movimentação dos fluxos de trânsito mais rapidamente;
Possibilita coordenar e transmitir informações aos outros tipos de policiamento;
Permite o acompanhamento de veículos infratores com segurança e precisão.
6.4.2.3.3 - Desvantagens:
Alto custo com combustível e manutenção;
Dificuldades de patrulhamento em dias de chuva e à noite;
Necessidade de alto grau de especialização e habilidade do piloto e tripulação;
Restrições quanto aos locais para pouso (necessidade de espaço adequado);
Restrições quanto ao voo noturno.
6.4.2.4.1 - Emprego:
Em eventos de médio e grande porte;
Em grandes áreas de estacionamento de veículos, com a missão principal de
orientação do tráfego.
Em locais em que seja permitido e que disponha de condições para o animal circular;
6.4.2.4.2 - Vantagens:
Montado, o patamar em que o policial se encontra lhe proporciona uma melhor visão
no ambiente de trabalho;
Maior visibilidade do policiamento aos condutores e demais usuários da via;
O animal causado impacto psicológico, inibindo o cometimento de infrações;
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6.4.2.4.3 - Desvantagens:
Dificuldades para o transporte dos animais;
Possibilidade de se perder o controle do animal e se envolver em acidentes;
Sujeira (fezes) deixada pelo animal nas ruas;
Desconfortável para o policial;
Impossibilidade ou dificuldade para o transporte de equipamentos;
Maior exposição do policial às intempéries climáticas;
Algumas pessoas sentem receio de solicitar apoio ao policial, em razão do impacto
visual causado pelo animal;
Limitações quanto ao emprego em todos os tipos de ocorrências;
Menor mobilidade que o policiamento motorizado;
Pode se deparar com obstáculos típicos de áreas urbanas (pavimento escorregadio,
concentração de pessoas, etc.) dificultando a movimentação do animal;
Necessidade de se dispensar cuidados peculiares ao animal.
Para escrituração:
Caneta;
Talonário de Auto de Infração de Trânsito (AIT) físico ou eletrônico;
Formulário de Registro de Acidente de Trânsito (RAT);
Prancheta para anotações (plástica ou de madeira) com papel rascunho;
Formulário de Relatório de Serviço;
Codificação das infrações ou um CTB de bolso, para enquadramento correto das
infrações constatadas;
Formulários de Recibo de Recolhimento de Documentos (RRD);
Formulário de Termo de Remoção / Retenção / Apreensão de veículo (TRAV).
Para utilização pelo policial:
Coletes ou suspensórios refletivos;
Apito com cordão (fiel);
Lanterna;
Rádio comunicador portátil (Hand-Talk);
Giz de cera ou tinta spray para marcação de veículos;
7 - SINAIS DE TRÂNSITO
Dentro do Policiamento Ostensivo de Trânsito, este é um assunto de extrema
relevância. Quando o policial militar pretende transmitir alguma informação aos usuários da
via, deve fazer uso das diversas formas de comunicação regulamentares, tais como, gestos,
sons, figuras, formas convencionadas, sinais, ícones etc., conforme previsto no CTB e
resoluções do CONTRAN. Da mesma forma, quando a autoridade de trânsito pretende
regulamentar o uso da via, utiliza como fontes o quanto disposto nas mesmas normas acima
mencionadas.
[...]
I - verticais;
II - horizontais;
III - dispositivos de sinalização auxiliar;
IV - luminosos;
V - sonoros;
VI - gestos do agente de trânsito e do condutor.
c) De indicação
Visam fornecer aos usuários das vias, informações úteis aos seus deslocamentos, conforme
exemplos abaixo:
Placas indicativas de direção;
Placas de identificação, sentidos e distâncias, de via interrompida;
Placas de localização;
Placas indicativas da existência de serviços auxiliares;
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Placas educativas;
Placas de informação de atrativos turísticos.
Em alguns casos, esse tipo de sinalização atua, por si só, como controladora de fluxos.
Pode ser utilizada como forma de reforço da sinalização vertical, bem como ser
complementada com dispositivos auxiliares.
A sinalização horizontal é classificada em:
Este tipo de sinalização é formado por combinações de traçado e cores que definem os
diversos tipos de marcas viárias. Tais cores se definem, conforme se segue:
1
Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito Vol. IV/2007. Disponível em
<https://www.denatran.gov.br/images/Educacao/Publicacoes/Manual_VOL_IV_2.pdf>. Acesso em 28/05/19.
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Dispositivos auxiliares são elementos aplicados ao pavimento da via, junto a ela, ou nos
obstáculos próximos, de forma a tornar mais eficiente e segura a operação da via.
De acordo com o art. 89 do CTB, os sinais de trânsito, entre si, têm a seguinte
prevalência:
As ordens dos agentes de trânsito sobre as normas de circulação e outros sinais,
As indicações do semáforo, sobre os demais sinais;
As indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.
Refere-se ao modo de propulsão do veículo ou seu tipo de locomoção. Seria algo sobre qual a
força que o faz se movimentar.
Automotor: Possui seu próprio motor;
Reboque e semirreboque.
Especial: São aqueles que não se enquadram em nenhuma espécie aqui descrita. Ex:
Ambulância, trio elétrico;
Particular;
Resolução 231/98
Resolução 729/18
Da mesma forma, em seu art. 159, o CTB firma que a CNH é de porte
obrigatório:
Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor deverá verificar
a existência e as boas condições de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório (art.
27, CTB). Por questões de segurança, alguns equipamentos, definidos pelo legislador, devem
fazer parte, obrigatoriamente, do veículo, para que possa circular nas vias terrestres. Por
serem obrigatórios, os veículos já saem de fábrica com eles equipados (obrigação do
fabricante). Contudo, trata-se de um dever imposto aos proprietários e condutores, no
sentido de mantê-los em condições eficientes e operantes.
12.1 - CONSIDERAÇÕES
Para efeito da lavratura do auto de infração de trânsito, quando o veículo for alvo de
fiscalização e for flagrado com a ausência de mais de um equipamento obrigatório ou
estando mais de um, ineficiente ou inoperante, deverá ser lavrado apenas um AIT, autuando
o infrator nos termos do art. 230, IX do CTB, registrando no campo de observação as demais
alterações constatadas (vide ficha do MBFT Vol. II - Res.561/15 do Contran. Ver anexo, os
principais equipamentos obrigatórios.
§ 1º Elementos de Identificação:
I) Número de identificação veicular - VIN gravado na
estrutura do semirreboque
II) Ano de fabricação do veículo gravado em 4 dígitos
III) Plaqueta com os dados de identificação do fabricante,
Tara, Lotação, PBT e dimensões (altura, comprimento e
largura).
§ 2° Equipamentos Obrigatórios:
I) Para-choque traseiro;
II) Lanternas de posição traseira, de cor vermelha; III)
Protetores das rodas traseiras;
IV) Freio de serviço;
V) Lanternas de freio, de cor vermelha;
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I - caso não haja identificação do condutor infrator até o término do prazo fixado na
Notificação da Autuação;
II - caso a identificação seja feita em desacordo com o estabelecido no artigo anterior; e
III - caso não haja registro de comunicação de venda à época da infração.
Anteriormente a avaliação era renovável a cada cinco anos, com exceção dos
condutores com mais de 65 anos, cujo prazo era de três anos. Segundo a nova lei
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14.071, a renovação ocorrerá a cada dez anos para os condutores com idade até 49
anos, a cada cinco anos para aqueles com idade entre 50 e 69 anos e a cada três para
os condutores com idade igual ou superior a 70 anos.
E por falar em multa de trânsito, os motoristas terão novos prazos para a indicação
do condutor responsável pela infração e para a apresentação da defesa prévia. Em
ambas as situações o prazo era de 15 dias. Com a mudança no CTB, esse tempo foi
ampliado para 30 dias, a contar do recebimento da notificação de autuação.
não tenha cometido nenhuma outra infração nos últimos 12 meses, ao invés da
multa, deverá ser aplicada a advertência.
Apesar de ser assunto do Módulo II, para fins de conhecimento e possibilitar a atividade de
Policiamento de Trânsito – PCTRAN prático, a serem desenvolvidos na disciplina, segue
abaixo conteúdo sobre infração de trânsito que poderá ser retomado no próximo módulo.
Ao atuar, o agente de trânsito deve priorizar suas ações no sentido de coibir a prática
das infrações de trânsito, devendo tratar a todos com urbanidade e respeito, sem, contudo,
omitir-se das providências que a lei determina. Os artigos 256 e 269 e Anexo I do CTB tratam
do tema:
Obs.: O policial jamais deverá dizer ao condutor que vai multá-lo, uma vez que multa
é uma penalidade que compete, exclusivamente, à Autoridade de trânsito aplicar.
b) INFRAÇÃO DE TRÂNSITO
Para que possa exercer suas atribuições como agente da autoridade de trânsito, o
policial militar deverá estar devidamente uniformizado e no exercício regular de suas
funções. Jamais poderá lavrar AIT ou aplicar medidas administrativas quando estiver na
folga.
O AIT não poderá conter rasuras, emendas, uso de corretivo, ou qualquer tipo de
adulteração. O seu preenchimento se dará com letra legível, preferencialmente, com caneta
esferográfica de tinta azul.
Poderá ser utilizado o talão eletrônico para o registro da infração, conforme
regulamentação específica.
O policial militar só poderá registrar uma infração por auto e, no caso da constatação
de infrações em que os códigos infracionais possuam a mesma raiz (os três primeiros
dígitos), considerar-se-á apenas uma infração.
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Uma via do AIT será utilizada pelo órgão ou entidade de trânsito para os
procedimentos administrativos e a outra deverá ser entregue ao condutor, quando se tratar
de autuação com abordagem, ainda que este se recuse a assiná-lo.
Para que possa realizar o preenchimento regular do AIT, o policial militar precisa ter
conhecimento do que dispõem as Portarias nº 59/07 e 03/16 (alterou o Anexo IV - Tabela de
Enquadramentos da Portaria nº 59/07) do Denatran, que também tratam do preenchimento
dos campos do AIT, trazendo uma tabela de enquadramentos e de codificação das infrações.
Tal recurso também está disponível em alguns aplicativos que podem ser utilizados em
aparelhos celulares.
Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 deste
Código, nas situações em que o juiz aplicar a SUBSTITUIÇÃO DE
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR PENA RESTRITIVA DE
DIREITOS, esta deverá ser de prestação de serviço à comunidade ou
a entidades públicas, em uma das seguintes atividades:
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REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Julyver Modesto de. Código de Trânsito Brasileiro: legislação de trânsito anotada. 6 ed. ver e
atual. / Julyver Modesto de Araujo. – 6 ed. São Paulo: Letras jurídicas, 2016.
https://www.google.com/search?q=imagem+opera%C3%A7%C3%A3o+blitz+detran+ba+e+PM
BRASIL. Coletânea de legislação de trânsito. Organizadores Sérgio de Bona Portão, Vilma Pereira de Bona
Portão. 14 ed. Tubarão. Ed. do autor 2011.