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ORÇAMENTO
EM DISCUSSÃO
SENADO FEDERAL
Diretor
Luiz Fernando de Mello Perezino
Editores
Flavio Diogo Luz
Marcel Pereira
Maria Liz de Medeiros Roarelli
Oadia Rossy Campos
Renan Bezerra Milfont
Rudinei Baumbach
Equipe Técnica
Lívio Botelho Dantas
2014
Resumo
Este texto tem por objetivo contribuir para a discussão nacional sobre a agenda
da governança orçamentária, com ênfase nos seus aspectos de consolidação fiscal e
busca de maior qualidade do gasto público. Com esse propósito, é apresentada,
inicialmente, uma breve contextualização sobre desafios quantitativos e qualitativos que
cercam as finanças públicas nacionais. Na sequência, são exploradas as bases
conceituais da governança, em sentido amplo, bem como as da governança fiscal e
orçamentária. De modo central, são apresentados e comentados o modelo de
Governança Fiscal da Comunidade Europeia e o conjunto de Princípios de Governança
Orçamentária formulados pela OCDE. Em desfecho, é ressaltada a importância de
plataformas estruturadas de diálogo como ponto fulcral para o acompanhamento da
agenda da governança orçamentária em nível nacional.
Sumário
1. Introdução ............................................................................................ 6
2. Base Conceitual da Governança ....................................................... 10
3. Governança Orçamentária ................................................................ 10
4. Modelo de Governança Fiscal da Comunidade Europeia ................. 12
a. Regras Fiscais Numéricas.............................................................. 14
b. Instituições Fiscais Independentes................................................. 18
c. Estruturas de Gasto de Médio Prazo ............................................. 20
5. Modelo de Governança Orçamentária da OCDE: Novos Princípios
Orçamentários ......................................................................................... 22
6. Conclusão: Relevância do Tema e a Importância de Plataformas
Estruturadas de Diálogo .......................................................................... 39
Referências bibliográficas........................................................................ 43
5
ORÇAMENTO em discussão n. 12
1. Introdução
1
Tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei (iniciado na Câmara) nº 54/2009, o qual
prevê a imposição de um teto de 650% da Receita Corrente Líquida (RCL) para a dívida bruta
mobiliária federal. Também se encontra em tramitação o Projeto de Resolução do Senado
Federal nº 84/2007, que propõe a fixação do limite de 350% da RCL para a dívida consolidada
líquida federal. Quanto aos demais entes da Federação, já foram fixados, na Resolução do
Senado Federal nº 40/2001, os limites de 200% da RCL e 120% da RCL, respectivamente,
para as dívidas consolidadas líquidas dos estados e municípios.
2
Trata-se de ausência de regulamentação pós-constitucional, já que a Lei nº 4.320, de 1964,
foi devidamente recepcionada com base no art. 165, §9º, da Constituição de 1988. Referida
norma, vale esclarecer, também comporta relevantes déficits normativos à luz da Constituição
atual, na medida em que nada dispõe, por exemplo, sobre leis de planos plurianuais ou leis de
diretrizes orçamentárias – inovações trazidas pela Lei Fundamental de 1988.
3
Vale registrar que a maior parte dos planos, políticas e programas governamentais tem sido
instituída por intermédio de decretos autônomos do Poder Executivo, previstos pelo art. 84,
inciso VI, “a”, da Constituição.
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ORÇAMENTO em discussão n. 12
4
Não se deve perder de vista, porém, o histórico evolutivo do sistema orçamentário brasileiro.
Quanto às suas etapas relativamente recentes, deve ser valorizado o mérito da reforma
gerencial orçamentária (CORE, 2001) consubstanciada na edição do Decreto nº 2.829/1998 e
da Portaria nº 42/1999 – do, à época, Ministério do Orçamento e Gestão (MOG). Essa reforma
trouxe relevantes avanços, em que pesem temporários, no tocante à integração entre plano e
orçamento, bem como à sistematização do orçamento-programa no nível federal, juntamente
com o aperfeiçoamento das classificações orçamentárias por funções e programas, em nível
nacional.
Paulo Roberto Simão Bijos
5
No âmbito da União, participam desse estudo, além do TCU, representantes da Casa Civil, do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, do Ministério da Fazenda, da Controladoria-
Geral da União, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Também participam do
estudo membros do setor público da África do Sul, Canadá, Chile, Coreia do Sul, Estados
Unidos da América, França, Holanda, Índia, México, Polônia, Portugal e União Europeia.
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ORÇAMENTO em discussão n. 12
3. Governança Orçamentária
6
“Em seu nível mais básico, a governança abrange a gestão do curso dos eventos em um
sistema social” [...]. “Em suma, a governança se preocupa com como e por que os sistemas de
todos os tipos são constituídas e operados” (EDWARDS, M. et al., 2012).
7
A expressão “economic governance” também é utilizada como sinônimo de “fiscal
governance”, conforme comentado no tópico seguinte.
Paulo Roberto Simão Bijos
11
ORÇAMENTO em discussão n. 12
9
A origem dessa linha de pesquisa é geralmente associada ao artigo seminal “A natureza da
firma”, de Ronald Coase, publicado em 1937.
10
Há, ainda, a vertente da “governança econômica global”, voltada ao estudo do papel de
instituições como FMI (finanças), Banco Mundial (desenvolvimento), OMC (comércio
internacional), etc.
11
Segundo: http://ec.europa.eu/economy_finance/db_indicators/fiscal_governance/index_en.htm
12
Conquanto o texto original faça uso da expressão “budgetary policy”, parece mais
consistente traduzi-la como “política fiscal”, no lugar de “política orçamentária”, tendo em vista a
predominância dos aspectos fiscais desse modelo, o qual, ademais, é intitulado de “fiscal
governance”.
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ORÇAMENTO em discussão n. 12
13
Mais especificamente da “receita corrente líquida”, definida pela Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF).
14
Esses valores máximos, ou “valores de referência”, foram definidos no Protocolo nº 12 (Sobre o
Procedimento Relativo aos Déficits Excessivos), anexo ao Tratado de Maastricht.
Paulo Roberto Simão Bijos
15
O MTBO, enquanto veículo de planejamento de metas fiscais, guarda relação com a lógica do Medium-
Term Expenditure Framework (MTEF), sobretudo com a sua espécie denominada Medium-Term Fiscal
Framework (MTFF), constante do tópico deste texto intitulado “Estruturas de Gasto de Médio Prazo”.
16
Foram mantidos, porém, os tetos originais de 60% e 3% do PIB para dívida e déficit, respectivamente.
17
Monitoramento, mas também alerta e sanção. Quando um país, por exemplo, não adotar as
medidas necessárias para eliminar seu déficit excessivo, surge a obrigação de depósito
remunerado equivalente a 0,2% do PIB, conversível em multa na hipótese de não supressão
do referido excesso. A multa ainda pode ser elevada para 0,5% do PIB se houver detecção de
fraude.
15
ORÇAMENTO em discussão n. 12
E como movimento mais recente, foi firmado, em 2012 (20 anos após a
edição do Tratado de Maastricht), o já citado Tratado sobre a Estabilidade,
Coordenação e Governança da União Econômica e Monetária Europeia, ou
“Treaty On Stability, Coordination and Governance in the Economic and
Monetary Union” (TSCG). Em linhas gerais, o TSCG é um tratado
intergovernamental que, em sua seção intitulada “Fiscal Compact”,
complementa e reforça as disposições essenciais do SGP no âmbito da
Eurozona. Nesse quesito, destaca-se o fato de que, desta vez, houve
significativa alteração no tocante à disciplina do déficit orçamentário.
18
Não se trata da regra de ouro mais tradicional, segundo a qual os déficits orçamentários
(cobertos por dívida) só deveriam ser utilizados para o financiamento de despesas de capital,
que aumentam o patrimônio do Estado e em tese beneficiam gerações futuras. No Brasil, por
exemplo, regra similar a esta foi prevista, de modo não absoluto, no art. 167, III, da
Constituição de 1988.
Paulo Roberto Simão Bijos
19
Essa sanção, cabe esclarecer, corre em paralelo àquela prevista pelo “Six Pack”, que varia
de 0,2% a 0,5% do PIB.
20
http://ec.europa.eu/economy_finance/economic_governance/index_en.htm
21
De acordo com esse modelo (da Comissão Europeia), o “enforcement” das regras fiscais é
medido com base no “Fiscal Rule Strengh Index” (FRSI), ou Índice de Força de Regra Fiscal,
constituído de cinco fatores: (i) da base legal da regra; (ii) do espaço para a criação ou revisão
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ORÇAMENTO em discussão n. 12
de seus objetivos; (iii) do órgão responsável pela vigilância do respeito e da aplicação da regra;
(iv) dos mecanismos de execução relativa à regra; e (v) da visibilidade midiática da regra.
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O HCPF é composto por 10 membros: 4 membros da própria Corte de Contas; 4
especialistas indicados pelo Parlamento; 1 especialista indicado por órgão consultivo
(representativo da sociedade); e o diretor do Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos
Econômicos.
Paulo Roberto Simão Bijos
Itens de Análise 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
1. Projeção Oficial* 2,50% 2,25% 2,25% 2,25% 1,25% 0,75% 2,00% 1,75%
2. Consenso de
2,25% 1,80% 2,00% 2,00% 0,80% 1,20% 1,50% 1,20%
Mercado
3. Diferença (1-2) 0,25% 0,45% 0,25% 0,25% 0,45% -0,45% 0,50% 0,55%
4. Crescimento Real 1,80% 2,50% 2,30% -0,10% 2,70% 1,50% 1,70% 0,00%
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ORÇAMENTO em discussão n. 12
23
Quadro analítico constante do relatório “Partners for Good Governance: Mapping the Role of
Supreme Audit Institutions” (OCDE, 2014).
24
Quanto à OCDE, vale mencionar, também, que esta organização sistematizou um conjunto
de 22 princípios aplicáveis às IFIs, agrupados em 9 grandes tópicos, tal como consta em:
http://acts.oecd.org/Instruments/ShowInstrumentView.aspx?InstrumentID=301&InstrumentPID=
316&Lang=en&Book=False.
Paulo Roberto Simão Bijos
25
Conforme relatório do Banco Mundial intitulado “Beyond the Annual Budget: Global
Experience with Medium-Term Expenditure Frameworks”, de 2013.
Paulo Roberto Simão Bijos
26
Também consta do sítio eletrônico da OCDE a seguinte definição alternativa: “governança
orçamentária é o processo de elaboração do orçamento anual, fiscalização da sua execução e
garantia do seu alinhamento com objetivos públicos” (tradução livre). Fonte:
http://www.oecd.org/gov/budgeting/principles-budgetary-governance.htm
27
Trata-se da rede de “Senior Budget Officials” (SBO), da OCDE.
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ORÇAMENTO em discussão n. 12
Nota-se, pela simples leitura desses dez novos princípios, que se trata
de uma importante reunião do que se tem consolidado, na histórica recente,
como evolução do corpo de conhecimento e da prática orçamentária, de modo
que o valor desses princípios decorre menos de seu ineditismo e mais do
reconhecimento da sua atualidade, relevância e validade. Não em substituição
aos princípios orçamentários clássicos (tais como os da periodicidade, unidade,
universalidade etc.), mas sim como complementos resultantes do enfoque da
governança orçamentária, com suas características próprias distintivas.
I. Dimensão Fiscal
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ORÇAMENTO em discussão n. 12
28
Aqui também caberia a inclusão do princípio nº 8.
29
No tópico sobre “Instituições Fiscais Independentes”, por exemplo, foi feita uma crítica à falta
de realismo orçamentário, em consonância com o princípio nº 6, o qual declara que os
orçamentos devem apresentar um retrato abrangente, preciso e confiável das finanças
públicas.
Paulo Roberto Simão Bijos
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Sobretudo em seus níveis mais elevados de maturidade.
27
ORÇAMENTO em discussão n. 12
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As prioridades têm sido fixadas de modo demasiadamente genérico. A LDO da União para
2014, por exemplo, definiu como prioridades de governo, no mesmo nível de agregação do
PPA para 2012-2015, as ações relativas ao Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e
ao Plano Brasil sem Miséria (PBSM), além das decorrentes de emendas individuais. Registre-
se, em adição, que o anexo de metas e prioridades para 2014, ao final, restou vetado.
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Não têm sido fixadas metas enquanto quantificação de objetivos programáticos. O que há,
tão somente, são metas fiscais, requeridas pela LRF, e não pela Constituição de 1988.
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Reforma conhecida pelo acrônimo VBTB (“Van Beleidsbegroting tot Beleidsverantwoording”),
cujo significado é traduzido ao idioma inglês como “Policy Budgets and Policy Accountability”.
Necessário esclarecer, todavia, que as lições aprendidas após uma década de experiência com
o VBTB ensejaram a adoção, em 2012, de um novo arranjo orçamentário chamado de
“Accountable Budgeting” (DE JONG, BEEK e POSTHUMUS, 2013), o qual manteve a filosofia
original do VBTB, mas o reformulou com vistas a dotá-lo de níveis mais efetivos de
responsabilização, sobretudo em nível ministerial.
Paulo Roberto Simão Bijos
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O “agenda setting” é o processo pelo qual os problemas e soluções alternativas ganham ou
perdem a atenção do público e do poder político. A análise da “agenda-setting” se ocupa de
questões do tipo: por que alguns problemas chegam aos políticos e outros não?
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“International Organization of Supreme Audit Institutions” (Organização Internacional de
Entidades Fiscalizadoras Superiores).
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A expressão Vila Potemkin (“Potemkin Village”) é associada à história de Grigory Potemkin,
militar russo que teria erguido assentamentos falsos a fim de impressionar a imperatriz Catarina
II durante a sua viagem a Criméia, em 1787. De modo figurado, a expressão é utilizada para
descrever qualquer construção criada para passar a impressão de que alguma situação está
melhor do que realmente é.
Paulo Roberto Simão Bijos
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Esse referencial define governança em políticas públicas como os “arranjos institucionais que
condicionam a forma pela qual as políticas são formuladas, implementadas e avaliadas, em
benefício da sociedade”.
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De qualquer modo, do ponto de vista das ações de controle, a abordagem da avaliação de
governança em políticas públicas se insere no contexto das Auditorias Operacionais (ou
Auditorias de Desempenho).
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ORÇAMENTO em discussão n. 12
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Esse alerta foi feito no vídeo Entendendo o Problema da Dívida Pública (“Understanding the
Debt Problem”), disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=hsUdK70Jtmc.
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A dívida pública dos EUA só foi zerada uma vez em sua história, no dia 8 de Janeiro de
1835, durante o mandato de Andrew Jackson.
41
A declaração do economista Jason Seligman, autor da maior parte do relatório “Life After
Debt” (A Vida Depois da Dívida), divulgado por força da “Freedom Information Act”, é um bom
indicativo da atmosfera daquele momento: “Eu provavelmente pensei sobre essa peça cerca de
16 horas por dia, e levou um bom tempo para que eu começasse a escrevê-la” (tradução livre).
Disponível em: https://www.wbur.org/npr/141510617/what-if-we-paid-off-the-debt-the-secret-
government-report?ft=3&f=141510617. Acesso em: 26/10/2014.
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ORÇAMENTO em discussão n. 12
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Um debate mais substantivo sobre “déficit zero” foi realizado, no Brasil, a partir da
publicação, em 2005, da Nota Técnica do IPEA “O Brasil precisa de uma agenda de consenso”,
de autoria dos economistas Antônio Delfim Netto e Fabio Giambiagi.
Paulo Roberto Simão Bijos
Não que isso seja motivo para grande otimismo, tendo em vista que o
patrocínio político para temas inovadores dessa natureza, tal como nível ótimo
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ORÇAMENTO em discussão n. 12
Esse novo cenário, por certo, não decorre apenas de crises econômicas
ou de choques externos, mas também de predomínio da miopia fiscal. Na
ausência de uma visão de longo prazo para o endividamento público, o futuro
da dívida dos EUA restou refém dos ajustes de curto prazo nos seus
temporários “valores de teto”, aprovados pelo Congresso como conta de
chegada45.
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De acordo com Milton Friedman, o vulnerável cenário de superávits orçamentários dos EUA,
verificados durante a gestão Clinton, podia ser explicado, em larga medida, pelo fato de haver
um impasse (gridlock) anormal e temporário entre Executivo e Legislativo. Naquele momento, o
Executivo estava nas mãos dos democratas e o Legislativo (ambas as Casas) nas dos
republicanos. Esse cenário, “para a felicidade dos contribuintes” (nas palavras de Friedman),
provocou um impasse sobre como gastar. Na visão do laureado economista, se ambos os
Poderes estivessem, por exemplo, sob controle dos democratas, o gasto seria muito mais
facilmente viabilizado e não haveria superávits. Além disso, Friedman realça o fato de que a
economia estava crescendo, com significativo aumento de arrecadação, já que mais pessoas
naturalmente passaram (por terem rendas maiores) a faixas de alíquotas mais altas da tabela
do imposto de renda, sem que para isso fosse necessário qualquer aumento formal de
tributação. Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=ZiTVachByhM.
44
Para valores mais atuais, consultar esta estimativa: http://www.usdebtclock.org/
45
Atualmente, esse valor limite corresponde a 17,2 trilhões de dólares, embora tenha sido
temporariamente suspenso, até 15 de março de 2015, entre outros motivos pelo receio de
ocorrência de mais um “shutdown” (desligamento), tal como ocorrera em outubro de 2011,
quando o governo federal ficou 16 dias parcialmente parado, sem orçamento aprovado. Vale
observar que o ano fiscal, nos EUA, vige de outubro a setembro do ano posterior. O que
ocorreu, em outubro de 2011, foi que, naquele primeiro mês do exercício fiscal de 2011-2012, o
orçamento ainda não havia sido aprovado. Em parte, esse atraso se deveu a um desacordo
entre republicanos e democratas quanto à aprovação do programa conhecido como
“Obamacare”.
Paulo Roberto Simão Bijos
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ORÇAMENTO em discussão n. 12
seja ampliado para muito além do padrão médio de 3 a 5 anos que caracteriza
o MTEF, e que o órgão central de orçamento se comporte como o guardião do
espaço fiscal prudentemente dimensionado.
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Esse quadro analítico (“analytical framework”) representa o produto da fase 1 do estudo
“Partners for Good Governance: Mapping the Role of Supreme Audit Institutions” (OCDE,
2014).
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ORÇAMENTO em discussão n. 12
Com base nessa dinâmica, foi constituída, desde já, uma relevante rede
de pontos focais para acompanhar o desenvolvimento do estudo desde as suas
etapas mais inicias, com a participação de representantes da Casa Civil, do
Ministério da Fazenda, da Controladoria-Geral da União, do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, bem como das Consultorias da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal.
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