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COLÉGIO TENENTE RÊGO BARROS

Diretor: Cel INT Christiano Pinto Marçal


Professor: 1T MEIRELLES
Aluno (a): _____________________________________ Nº ______
Ano: 1º Turma: _________ Data: ____/_____ /_____
MATERIAL DE APOIO 05 COMPONENTE CURRICULAR: FILOSOFIA

Heráclito

Heráclito de Éfeso foi um dos principais filósofos pré-socráticos, por ter iniciado o pensamento
dialético e defender que a natureza é composta por uma constante mudança.

Foi um dos principais filósofos da Antiguidade pré-socrática. É classificado como partícipe da


escola jônica apenas por sua localização geográfica e pela facilidade didática com que essa
classificação permite entender seu pensamento. A obra do filósofo caracterizou-se por iniciar
um movimento de ruptura na filosofia pré-socrática que, juntamente com as ideias dos eleatas,
desembocaria nas filosofias socrática, platônica e aristotélica.

Principais ideias
Heráclito inaugura uma maneira de pensar o surgimento do Universo diferente da que fazia os
jônicos e pitagóricos, pois, enquanto esses apresentavam uma unidade material como elemento
originário de tudo, Heráclito depositou a sua especulação em um elemento (o fogo), por sua
capacidade de movimentar, agitar e transformar as coisas. Segundo esse pensador, o mundo e a
natureza são constantes movimentos. Tudo muda o tempo todo, e o fluxo perpétuo (movimento
constante) é a principal característica da natureza.
Heráclito diz, em alguma passagem, que todas as coisas movem-se e nada permanece imóvel. E, ao
comparar os seres com a corrente de um rio, afirma que não poderia entrar duas vezes num mesmo
rio.
Essa afirmação condensa o significado do fluxo heraclitiano, pois o movimento constante é a marca
principal da natureza. Nada fica estático, tudo se move, tudo muda. O rio muda a cada segundo,
do mesmo modo que a pessoa muda a cada segundo, sendo assim uma mesma pessoa não pode
entrar duas vezes no mesmo rio, pois tanto ela quanto o rio já não são mais os mesmos no instante
após o primeiro banho.
Heráclito defende que não há unidade natural no mundo, mas duelos e dualidade constante. “O
mundo é um eterno devir”, afirma o filósofo, querendo dizer que há uma constante mudança,
imprevisível, que caracteriza a natureza. O pensador despreza a noção de essência e defende que
existe uma mutabilidade, surgida de vários processos contínuos, que resulta no que é o mundo. Essa
relação é composta pelo duelo entre os contrários, o qual gera novas características. Por pensar
assim, Heráclito é considerado o “pai” da dialética.
Existem divergências quanto à obra de Heráclito, pois os estudiosos convencionaram que ele teria
escrito uma obra completa, chamada Sobre a natureza. Não obstante, pesquisas mais recentes
tentam demonstrar que a obra do filósofo consiste em um conjunto de aforismos espaçados e
separados, não sendo um conjunto único.
No entanto, as publicações atuais reúnem os fragmentos heraclitianos para publicá-los em uma
obra intitulada Sobre a natureza, pois esse é o tema geral, sendo um único livro ou não. Essa
confusão deu-se pelo encontro de fragmentos, de suposta autoria do filósofo, que não teriam uma
continuidade. Não se sabe ao certo se a obra fragmentada foi propositalmente escrita assim (na
forma de aforismos) ou se tal fragmentação deu-se pela ação do tempo e dos seres humanos.

Parmênides
Temos, na filosofia pré-socrática, uma oposição de pensamentos que consiste na maior disputa do
mundo antigo: de um lado, Heráclito defende a mudança contínua das coisas e a recusa a uma
essência fixa e rígida que defina a tudo. De outro, Parmênides defende que não há mudança, pois
as essências permanecem as mesmas e a mudança que acontece é superficial, fruto do engano dos
sentidos.
De fato, Heráclito e Parmênides não se conheceram, mas a relação conflituosa dos pensamentos de
ambos os filósofos foi reconhecida nas obras de Platão, de Aristóteles e dos pré-socráticos
pluralistas.
Para além do reconhecimento dessa oposição, os pré-socráticos pluralistas dedicaram-se a
formular teorias cosmológicas que dessem conta de explicar essa oposição, fazendo questão de
mostrar que no mundo há, ambiguamente, movimento e imobilidade. Caso tenha mais interesse
nesse assunto, leia nosso texto sobre o principal discípulo de Parmênides: Zenão de Eleia.

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