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Continuada a Distância
Curso de Tecnologia de
Leite e Derivados
MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos nas Referências Bibliográficas.
MÓDULO IV
12.1 LEITE EM PÓ
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Quanto ao teor de gordura, o leite em pó classifica-se em:
a. Leite em pó integral ou gordo (mínimo 26% de gordura);
b. Leite em pó padronizado (mínimo de 24% de gordura);
c. Leite em pó magro (mínimo 16% de gordura);
d. Leite em pó semidesnatado (mínimo 10% de gordura);
e. Leite em pó desnatado (menos de 10% de gordura).
12.3 IOGURTES
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O iogurte é um produto lácteo, ácido, que envolve o uso de culturas
simbióticas de Lactobacillus delbruckii ssp. Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus
thermophillus. A proporção de cocci para bacilli normalmente usada é de 1:1.
Também podem ser usadas as proporções 1:2, 1:3 e 2:3. O importante é que a
cultura contenha um número maior de cocos do que de bacilos. Esta proporção na
cultura é fundamental na produção de “flavor” e outras características no produto
final em razão dos efeitos de simbiose no início e antibiose no final do
processamento do iogurte. Jamais se deve fazer um iogurte a partir do próprio
iogurte.
Entre os principais componentes do “flavor” do iogurte observa-se o ácido
lático, acetaldeído e diacetil em baixas concentrações. O acetaldeído é o composto
mais importante no “flavor” do iogurte.
Os Lactobacillus parecem ser os principais responsáveis pelo acetaldeído
nos iogurtes. Quando na proporção de 1:1, a produção do aceltaldeído é maior do
que quando os Lactobacillus crescem sozinhos no substrato.
Por ser um alimento fresco, sua durabilidade em torno de duas a quatro
semanas só é mantida se o produto for conservado em temperatura abaixo de 7ºC,
não devendo chegar a 0ºC, pois congelaria alguns componentes diminuindo sua
qualidade.
Em função das deficiências de refrigeração existentes no mercado, que
provocaria o envelhecimento precoce e consequente perda de qualidade do produto,
alguns fabricantes, com o intuito de produzir um alimento mais durável, pasteurizam
o iogurte e adicionam estabilizantes, conferindo maior durabilidade ao produto
(acima de 45 dias).
O iogurte é um alimento natural e desta forma o leite destinado à sua
fabricação deve ser de boa qualidade, isento de antibióticos, produtos de limpeza e
desinfecção, pesticidas e agentes conservadores, já que a presença de qualquer
uma destas substâncias iria interferir na qualidade e no processo de fabricação.
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Alguns microrganismos (bifidobactérias) presentes no iogurte ajudam a
equilibrar a microbiota intestinal e auxiliam a prevenção do crescimento de
microrganismos patogênicos e agentes causadores de doenças, por isso é
reconhecido como um alimento probiótico e imunomodulador.
O leite a ser utilizado na fabricação de iogurtes deve satisfazer os seguintes
padrões:
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12.5 DOCE DE LEITE
12.6 QUEIJOS
O queijo existe há pelo menos seis mil anos e sua origem é uma incógnita.
Conta a lenda que o primeiro queijo teria sido obtido acidentalmente por um
mercador árabe que, ao sair para cavalgar por uma região montanhosa, sobre o sol
escaldante, levou uma bolsa cheia de leite de cabra para matar a sede. Depois de
um dia inteiro de galopes, o árabe, com sede, pegou seu cantil e deparou-se com
uma grande surpresa, o leite havia se separado em duas partes: um líquido fino e
esbranquiçado, o soro, e uma porção sólida, o queijo. A transformação se deu em
razão do calor do sol, ao galope do cavalo e ao material do cantil, uma bolsa feita de
estômago de carneiro que ainda continha o coalho, substância que coagula o leite.
O processo de fabricação do queijo até hoje segue o mesmo princípio, é feito por
meio da coagulação do leite pela ação do composto enzimático extraído de um dos
estômagos dos bovinos. Assim o queijo foi descoberto.
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Ao deixar o leite em um recipiente, observou-se que ele se dividia em duas
partes, uma sólida – a coalhada - e uma líquida – o soro. Escorrendo esse último,
obtinha-se a matéria-prima que é usada até hoje na fabricação de qualquer tipo de
queijo.
O queijo é um produto obtido do leite integral, padronizado, magro ou
desnatado, coagulado natural ou artificialmente, adicionado ou não de substâncias
permitidas, seguida de uma desidratação da coalhada e submetidas a manipulações
necessárias para a formação de suas características próprias, podendo ser de
massa fresca ou maturada. O queijo é tido como um alimento de alto valor nutritivo,
pois apresenta alta concentração de proteínas, gorduras, sais minerais e vitaminas.
Os diferentes tipos de queijos variam de país para país, de acordo com a
qualidade do leite, variação climática e tipo de fabricante. Existem diversas técnicas
de produção desse alimento, algumas delas muito sofisticadas, que resultaram na
variedade de queijos existentes hoje no mundo. Só na França existem pelo menos
quatrocentos tipos diferentes de queijos e é de lá também o maior consumo per
capita deste alimento. Para se ter uma ideia, cada francês consome anualmente em
torno de 22 quilos de queijo. Outros povos que consomem muito queijo são os
gregos e os italianos.
a) Consistência:
i. Moles (frescal, cottage, cream chease);
ii. Semiduros (prato, mussarela, gouda);
iii. Duros (parmesão, sbrinz).
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b) Temperatura de fabricação:
i. Massa crua: são os queijos cuja massa somente sofre o
aquecimento para coagulação. Ex: minas frescal, ricota.
ii. Massa semicozida: além do aquecimento para a coagulação, a
massa sofre um aquecimento até 42ºC. Ex: prato, gouda.
iii. Massa cozida: o aquecimento da massa deve chegar a 55ºC. Ex:
parmesão, emmental, gruyère.
c) Textura da massa:
i. Fechada (mussarela, prato);
ii. Aberta (gruyère, emmental);
iii. Filada (mussarela, provolone);
iv. Granada (parmesão).
d) Utilização de fungos:
i. Penicillium candidum (brie, camembert);
ii. Penicillium roquefortii (gorgonozola, roquefort, blue);
iii. Penicillium mixtus (cambazola, brizola).
e) Quantidade de gordura:
i. Gordos: queijos com mais de quarenta porcento de gordura
butirométrica no extrato seco total.
ii. Meio gordo: gordura entre 25 e 40% de gordura butirométrica
sobre o extrato seco total.
iii. Magros: gordura butirométrica entre 15 e 25% sobre o extrato
seco total.
iv. Desnatado: com menos de quinze porcento de gordura
butirométrica sobre o extrato seco total.
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f) Quanto à obtenção da massa:
i. Massa obtida por coalho: a massa é obtida por ação do coalho.
Ex: minas frescal, prato e variedades, roquefort.
ii. Massa obtida por fermentação ácida: a ação dos
microrganismos provoca uma produção de ácido láctico que por
sua vez altera o equilíbrio da proteína provocando sua
precipitação. Ex: requeijão.
iii. Massa extraída do soro: a massa é obtida por ação de calor e
ácido aplicados ao soro, que associados provocam a
precipitação da proteína. Ex: ricota.
iv. Massa obtida por fusão: é obtida por ação de fundente e calor.
Ex: queijo fundido e pasteurizado.
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12.6.2 Percentagem de Matéria Gorda nos Queijos
Minas frescal 21 - 23 61 - 63
Minas curado ou padrão 25 – 27 46 – 48
Mussarela 26 – 28 46 – 48
Linha prato 23 -25 38 – 40
Gouda/Itálico 23 -25 43 – 45
Parmesão 22 – 24 30 – 33
Grana 25 – 27 39 – 41
Cheddar 31 -33 50 -52
Emmenthal 20 - 22 40 – 42
Gruyére 25 – 27 42 – 44
Limburgo 24 – 26 47 – 49
Gorgonzola 28 – 30 58 – 60
Camembert 29 – 31 58 – 60
Brie 29 – 31 58 -60
Estepe 25 – 27 42 – 44
Saint Paulin 21 – 23 43 – 45
Port-Salut 20 – 22 41 – 43
Reino 29 – 31 50 – 53
Tilsit 23 - 25 43 – 46
Esférico 24 – 26 44 – 46
Provolone 28 – 30 48 – 50
Ricota - -
Roquefort Argentino 39 – 41 74 - 76
FONTE: Curso in company queijos, Criscione (2000).
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12.6.3 Classificação dos Queijos quanto à Maturação
É o tipo de queijo que após o processo de fabricação não está pronto para o
consumo, devendo ser armazenado em condições de tempo, temperatura e umidade
controlados para surgir algumas alterações bioquímicas que caracterizam este tipo.
Ex: queijo prato e variedades.
São aqueles tipos de queijos que estão prontos para o consumo logo após
sua fabricação. Ex: minas frescal, requeijão, ricota, mussarela.
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12.6.4 Tipos de Queijos
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É um queijo de crosta lisa e untuosa, com textura uniforme, com pequenos
opérculos bem distribuídos e de forma irregular, sendo produzido com leite de vaca
pasteurizado, e embalado imediatamente após produzido. Possui alto teor de
umidade e a proporção de gordura sobre o extrato total é de dezesseis porcento.
As principais fases de fabricação são:
a) Filtração;
b) Pasteurização e resfriamento;
c) Fermento láctico selecionado e coalho;
d) Coagulação, corte da coalhada, dessoragem;
e) Enformagem;
f) Salga;
g) Cura e embalagem.
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12.6.4.3 Queijo Minas Padrão
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12.6.4.5 Queijo “Mascarpone”
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Basicamente, existem dois tipos de queijo coalho:
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12.6.4.7 Queijo Parmesão
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12.6.4.8 Queijo Mussarela
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12.6.4.9 Queijo Mussarela de Búfala
Queijo italiano feito a partir do soro do leite, depois que é coagulado. A ricota
de qualidade deve ficar firme e não esfarelar com facilidade, embora tenha aspecto
granulado. Com tonalidade branca, serve para rechear massas e pães e fazer patês.
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FOTO 18 - QUEIJO RICOTA
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12.6.4.12 Queijo Camembert
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Após o 11º dia de maturação, é ele perfurado com agulhas para que o fungo
Penicillium roqueforti, adicionado antes da coagulação do leite possa respirar o
oxigênio e o CO2 da fermentação ser liberado, e vá se desenvolvendo por toda a
massa do queijo colorindo-o com mofo azul. Protegido por uma salga demorada,
este queijo rescende um odor forte e característico, mas oferece um sabor delicioso
e inebriante.
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Durante o processo de maturação, que dura em torno de sessenta dias, seu
fermento provoca o aparecimento de pequenas olhaduras, sendo que neste período
sua casca é pintada com fucsina, e embalado a vácuo após secagem em
embalagem cry-o-vac. Por ser um queijo de sabor suave e textura macia, é bastante
apreciado pelos consumidores brasileiros.
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FOTO 23 - QUEIJO GRUYÉRE
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12.6.4.17 Queijo Edam
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12.6.4.18 Queijo Emmental
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FOTO 27 - QUEIJO REINO
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FOTO 28 - QUEIJO CHEDDAR
12.6.4.21 Requeijão
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12.7 CREME DE LEITE
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12.7.2 Creme de Indústria
12.8 MANTEIGA
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