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A
maioria escolheria a segunda opção. Isso é explicado pelo que se chama de “aversão à
perda”: um dos vários vieses cognitivos que temos.
Esses vieses são conclusões automáticas e tendenciosas. Eles são resultado de atalhos
mentais que nosso cérebro usa para tomar decisões de forma mais ágil, entre outras
razões.
E o que explica tudo isso é a ciência: nosso cérebro realiza até 16 processos por segundo
e consome surpreendentes 20% das nossas calorias! Por isso, ele evoluiu por meio de
mecanismos que reduzem o consumo de energia sempre que possível. Ponto para
biologia.
Quer saber por quê? Então, bora entender melhor o que são os vieses cognitivos, quais
são os tipos mais comuns e por que você deve se lembrar deles nas suas próximas
negociações. Vamos te contar tudo isso neste artigo!
E essa ideia não é nova, viu? O conceito foi trazido pelos pesquisadores Amos Tversky e
Daniel Kahneman na década de 70. Desde então, outros pesquisadores vêm
descrevendo como vieses moldam nosso pensamento. Por isso, são estudados em áreas
como marketing, economia comportamental, psicologia e medicina.
Elas são os atalhos mentais que o cérebro escolhe para tomar decisões e fazer
julgamentos de forma rápida. Já os vieses, como explicamos antes, são as análises
tendenciosas que fazemos a partir desses atalhos.
Mas bora entender se você tem uma mentalidade tendenciosa? Vamos descobrir na
sequência.
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Sinais de que você está sendo influenciado por um viés
Tendemos a achar que apenas os outros carregam vieses que afetam o pensamento e
que nós pensamos livremente e de forma 100% objetiva. Mas será?
Olha, preciso balançar suas estruturas agora, pois existem literalmente centenas de
vieses cognitivos. Então, com certeza suas decisões são influenciadas por alguns deles.
• Atribui seu sucesso ao mérito pessoal, mas o sucesso das outras pessoas à sorte
• Aprende um pouco sobre um assunto e acha que não há mais nada para aprender
Quer testar quais vieses cognitivos afetam você? Faça aqui o teste da Outsmarting
Human Minds, projeto da Universidade de Harvard.
Além disso, tornamos nossas interações com os outros mais empáticas e menos
superficiais. Mas vamos explicar melhor isso na sequência!
Enquanto isso, dá uma olhada neste vídeo incrível com J. Marshall Shepherd, professor
da Universidade de Geórgia (com legendas em português). Nele, o cientista explica
como vieses podem afetar completamente nossa visão de mundo:
Dessa forma, conhecer os vieses é uma vantagem em negociações por dois motivos.
Primeiro, porque identi car quando outras pessoas estão tendo uma visão parcial
sobre determinado assunto, nos indica que é a hora de reformular os argumentos ou
conduzir a conversa de outra forma. Segundo, porque entender os nossos próprios
vieses, nos ajuda a tomar decisões mais inteligentes.
Ou seja, em uma negociação, podemos nos deixar levar pelos nossos vieses ou das
outras pessoas. No entanto, é preciso tomar cuidado com a parcialidade, pois ela pode
levar a más decisões e negociações.
Na dúvida, re ita ao invés de apenas reagir. E já anota os vieses que vamos explicar
abaixo para você prestar atenção.
• Pessoa B: “Isso!”
Preste atenção quando você fala “isso”. Ele con rma o seu ponto de vista ou de fato é
uma boa ideia? Você ouviu outros pontos de vista com a mente aberta antes de tomar
uma decisão?
A dica, portanto, é evitar concordar ou discordar de uma opinião logo de cara. Tire um
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tempo e analise os prós e contras de cada ideia levantada.
Mas já pensou quantas ideias boas são perdidas quando não há pluralidade de
opiniões? Um processo colaborativo depende dessa diversidade de sugestões e ideias
– não só ouvidas, como, de fato, valorizadas.
Talvez você não ache que faz isso. Mas coloque a pulga atrás da orelha e que ciente de
que isso pode acontecer de forma automática.
Esse questionamento se relaciona com o viés da perda. Ou seja, como somos mais
afetados emocionalmente pela perda do que por um ganho equivalente.
Em situações assim, vale a pena esfriar a cabeça e pensar estrategicamente no que seria
a melhor solução.
Já percebeu que a ordem das informações que escutamos faz toda a diferença? Neste
sentido, a primeira mensagem que recebemos é a mais relevante, in uenciando o
julgamento de toda a conversa.
Estamos treinados a enxergar uma parte das informações a que temos acesso. É
como se o cérebro desligasse quando vemos uma mensagem que causa desconforto ou
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não vai ao encontro do que acreditamos. Vou te exempli car.
Digamos que em uma negociação com um cliente, ele só está falando do preço e está
fazendo uma comparação com os concorrentes. Esse é o momento de ampliar a
percepção dele, trazendo argumentos como qualidade, prazo ou atendimento.
Da mesma forma, é possível que seja você a pessoa que não está vendo oportunidades
em uma negociação. Por isso, mantenha a mente aberta.
Você já viu que o assunto rende, né? Por isso, listei mais vieses que podem atrapalhar
não só as negociações, como o seu desenvolvimento. Então, bora conhecer:
• Egoísmo: tendemos a culpar outros fatores pelos nossos erros, mas a nós mesmos
pelos acertos. A dica é se conscientizar desse viés, culpando menos as
circunstâncias e julgando menos as outras pessoas ao nosso redor.
• Efeito Backfire: quando suas crenças são desafiadas, você acredita mais
fortemente nelas, e fica até ofendido quando discordam de você. O risco é discutir
apenas pela motivação de “ganhar”. Por isso, escute o outro de verdade.
• Heurística de disponibilidade: julgamos algo pelo que nos vêm à mente primeiro.
Geralmente, as memórias recentes são mais poderosas e parecem ser mais
relevantes. Para combater isso, procure novas perspectivas e dados.
• Pensamento de grupo: divergir do grupo pode parecer perigoso, por isso a opinião
de quem fala primeiro ou de forma mais con ante pode determinar as demais
decisões. Portanto, mantenha o pensamento crítico e objetivo.
Mesmo sem querer, o seu cérebro ou então o outro negociador pode estar direcionando
você a uma decisão arbitrária e impensada. Portando, perceber os vieses ajuda você a se
blindar de erros mentais ou manipulações.
Por isso, observe de que forma você ou a outra pessoa pode estar sendo parcial. Mas
como fazer isso? Veri que alguns pontos como:
• Informações relevantes estão sendo ignoradas porque alguém não concorda com
elas?
Parte de se tornar um profissional mais influente e tomar melhores decisões passa por
se desafiar com questionamentos ou levantar pontos que gerem reflexão em um
grupo.
Ao negociar com alguém intransigente, você já deve ter percebido que o caminho fácil é
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apenas concordar e nalizar a argumentação. Mas nem sempre esse é o jeito mais
bené co de resolver as coisas, né? Principalmente para você!
Além de observar (e apontar com sutileza) os vieses cognitivos que essa pessoa pode
estar exibindo, busque os pontos em comum entre vocês, por meio da PNL, por
exemplo. Além disso, traga mais dados e informações relevantes para a conversa.
Assim, você sai da opinião e chega aos fatos. Mas lembre-se de fazer isso por meio de
técnicas de negociação, que envolvam a outra pessoa na conversa e gerem confiança.
seu poder, mas sem intimidar. Assim, você aprenderá a negociar escapando de
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armadilhas. Por m, chegará a opções que satisfaçam as duas partes.
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