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ARMAZENAMENTO
E EMBALAGEM
GESTÃO DE
www.iesde.com.br
2012
ISBN: 978-85-387-3299-0
CDD 658.4
As atividades da armazenagem........................................................................33
O fluxo do recebimento das mercadorias e armazenamento...................................................34
O fluxo do recebimento dos pedidos dos clientes........................................................................39
Considerações finais.................................................................................................................................46
Movimentação de produtos..............................................................................55
Aspectos gerais sobre a movimentação de produtos.................................................................55
Sistemas de movimentação mecanizados.......................................................................................58
Sistemas de movimentação semiautomatizados..........................................................................62
Sistemas de movimentação automatizados...................................................................................64
Sistemas de movimentação orientados pela informação..........................................................65
Considerações finais.................................................................................................................................67
Acondicionamento de produtos......................................................................75
SKUs e unitização......................................................................................................................................75
Dimensionamento de armazéns.........................................................................................................81
Leiaute do armazém.................................................................................................................................82
Embalagem..............................................................................................................97
Funções da embalagem..........................................................................................................................98
Tipos de embalagem.............................................................................................................................101
Relação da embalagem com a armazenagem.............................................................................105
O custo da embalagem.........................................................................................................................106
Ballou (2006) afirma que são quatro as razões básicas para a formação de estoques:
Dessa forma, o tamanho dos lotes é normalmente fixado por quem fabrica ou
Aspectos gerais da armazenagem
Centro de Distribuição
Os Centros de Distribuição (CDs) são parte decisiva da estratégia de distribuição
de uma empresa. Nesse tipo de armazém, são depositados os produtos acabados de
propriedade de uma empresa que serão distribuídos a outras unidades, clientes ou até
mesmo aos consumidores. Segundo o glossário do SCSMP (2009), CD é o armazém que
tem por objetivo pegar os estoques das fábricas e distribuir às lojas, de acordo com sua
necessidade.
Transit point
Os armazéns do tipo transit point são semelhantes aos centros de distribuição,
mas não mantêm estoques. O objetivo é atender determinadas áreas distantes do ar-
mazém central ou da fábrica, e opera como uma instalação de passagem. As cargas
consolidadas são recebidas de sua origem, são separadas para a entrega para clien-
tes individuais. Os produtos recebidos já têm os destinos definidos e não há espera
Aspectos gerais da armazenagem
Um armazém pode assumir uma composição mista, onde guarda alguns produ-
tos ao mesmo tempo em que faz cross-docking em outros. Independente da configura-
ção, é necessária grande sincronia entre o processo logístico de abastecimento desse
armazém com a logística de expedição.
meses de antecedência. A produção se inicia muitos meses antes do seu consumo, que
ocorre, na maior parte, na semana que antecede a data. Para que não faltem produtos
e a empresa consiga atender o consumo, é necessário que seja formado um estoque.
Primeiro dos armazéns da fábrica e depois nos armazéns do varejo.
Assim como os ovos de Páscoa, muitos outros produtos são armazenados para
serem consumidos em períodos específicos. Outro exemplo são os insumos agrícolas,
que são comprados apenas em poucos meses do ano.
Para esse fim, é possível que a empresa crie um almoxarifado para materiais de
uso e consumo, armazéns específicos para matérias-primas, espaços para estocar
peças de manutenção e lubrificantes. Todos estes são armazéns, mesmo que utilizem
um espaço pequeno.
Os almoxarifados são áreas específicas dentro de uma organização, que visam seu
próprio fornecimento. Em algumas empresas, o gestor desse espaço tem sob responsa-
bilidades todos os produtos consumidos pela organização e pela indústria; em outras,
a abrangência da responsabilidade é menor, limitando-se aos materiais de apoio.
Benefícios econômicos
Os benefícios econômicos estão relacionados à redução dos custos, que impactam
diretamente na competitividade da empresa. A armazenagem pode gerar benefícios
econômicos ao sistema através da: consolidação e fracionamento de carga; separação;
armazenamento sazonal; logística reversa (BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2007).
Fábrica C Fábrica C
Separação
A separação, que é outro dos benefícios econômicos, visa à reconfiguração dos
fretes até chegar ao destino. Esse benefício pode ser alcançado através de três diferen-
tes técnicas: cross-docking, composição e montagem. No decorrer da cadeia de distri-
buição, é comum diversas empresas terem como destino clientes semelhantes, com os
produtos se complementando entre si.
Por exemplo, é possível comprar um computador sem que este seja expedido com-
pleto de uma única empresa. Há diversos casos em que a CPU vem de uma empresa
montadora de tais componentes, o monitor vem de outro fabricante, que produz para
diversas marcas, e os outros componentes vêm de um terceiro fornecedor. Para que os
produtos cheguem ao mesmo tempo ao destino, utiliza-se o cross-docking, que é feito
em um armazém intermediário, onde as partes serão agrupadas e depois enviadas juntas
ao cliente. A descarga, a movimentação até a doca de destino e o carregamento do veí-
culo são realizados com extrema velocidade, não devendo gerar acúmulo de estoques.
Cross-docking
(BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2007, p. 238)
Empresa A
ou
Aspectos gerais da armazenagem
Fábrica A
Cliente A
Empresa B
Centro de
ou Cliente B
Distribuição
Fábrica B
Cliente C
Empresa C
ou
Fábrica C
Composição
Cliente W
Cliente Z
A B
Vendedor A
Centro de
Vendedor B distribuição do Loja de varejo
varejo
Vendedor C
Estocagem sazonal
Um armazém que faz estocagem sazonal atua no sentido de prevenir a empre-
sa da variação que ocorre em diferentes épocas do ano. Um bom exemplo é o Natal,
que exige que os varejistas estoquem uma quantidade e variedade de produtos, muito
maior que nos outros meses do ano. Para guardar adequadamente tais produtos, as in-
dústrias possuem armazéns especialmente construídos para absorver a sazonalidade.
Logística reversa
A logística reversa necessita dos armazéns para dar suporte a atividades, como o
gerenciamento de devoluções, revenda, reciclagem etc. As devoluções, por exemplo,
são encontradas em diversas situações, como quando produtos estão perdendo a va-
lidade ou sendo substituídos por uma linha remodelada. Nesses casos, será necessário
que os produtos antigos sejam separados e preparados para serem devolvidos à indús-
tria. Há também a possibilidade de revendê-los, o que ocorre geralmente quando há
Aspectos gerais da armazenagem
Benefícios de serviço
Um armazém, assim como qualquer outro investimento feito por uma empresa,
deve dar o seu retorno. O que se espera é que ele contribua tanto no aumento da
Estoque ocasional
O estoque ocasional refere-se a produtos armazenados, em alguns períodos do
ano, para atender demandas sazonais. Dessa forma, não é necessário manter armaze-
nado um produto que será consumido somente no inverno, por exemplo. Para esse
tipo de estoque, geralmente, a variedade de itens é pequena. Isto é, foca-se em poucos
itens, mas em vários locais, para atender melhor o cliente.
Para essa forma de estocagem, é importante saber quem são os clientes a serem
atendidos, quais serão os produtos estocados e qual o volume de vendas previsto. Com
essas informações, a empresa decidirá quantos armazéns serão criados, onde serão
localizados e quanta mercadoria será depositada. Dessa forma, os riscos de sobrar ou
faltar produtos poderão ser reduzidos.
Separação/embalagem.
Consertar/reformar.
Logística reversa.
Embalagem especial.
Devoluções de clientes.
Entrega em domicílio.
Formação de kits.
Rotulagem/pré-etiquetagem.
Controle de lote.
Armazéns públicos
O uso de armazéns públicos está bastante difundido. O maior motivador é a pos-
sibilidade de armazenar os produtos sem precisar investir um alto valor na construção
ou compra de um imóvel para tal fim. É possível encontrar diversos tipos de armazéns
públicos, entre eles os para cargas gerais, refrigerados e commodities.
Armazéns terceirizados
Os armazéns terceirizados podem oferecer, além do próprio armazenamento,
uma gama completa de serviços logísticos, como transporte, controle de estoques,
gestão de estoques, etiquetagem. As empresas que oferecem esse tipo de serviços
são chamadas de Operadores Logísticos. Por serem empresas especializadas no que
fazem, podem oferecer aos contratantes preços competitivos, ao mesmo tempo em
que oferecem um nível de serviço superior.
Por outro lado, tem-se a vantagem de poder contar com um parceiro para quando
a empresa for aumentar sua oferta de produtos ao mercado ou abrir novos merca-
dos. A empresa não precisará investir na armazenagem, já que o parceiro o fará. Da
mesma forma, se a demanda diminuir a empresa não terá o problema de ter um espaço
ocioso.
Uma decisão que a empresa passa a ter é como utilizar essa combinação – qual
armazém utilizar para cada produto? Essa decisão pode estar relacionada com a seg-
mentação dos clientes, que cada vez mais exigem um atendimento personalizado.
Com isso, pode-se buscar armazéns próximos aos clientes, com as características que
atendam as necessidades de tempo de resposta e quantidade.
Armazém de produção
O armazém de produção é formado para suprir o sistema produtivo com matérias-
-primas, produtos em processo e produtos acabados em poder da fábrica. A empresa
pode formar, dessa forma, diversos centros de armazenagem com diferentes funções,
relacionadas à produção, como de:
matérias-primas;
Aspectos gerais da armazenagem
peças semiacabadas;
módulos pré-montados;
Para as empresas que fornecem essas peças, possuir uma estratégia bem definida
para a entrega destas pode lhes dar uma grande vantagem competitiva, pois permite
que o cliente se sinta mais seguro em relação à reposição das peças e ofereça uma
parceria de longo prazo.
Armazém de distribuição
O armazém de distribuição refere-se ao mesmo elemento que o CD. Portanto,
está relacionado ao atendimento dos clientes, conforme as estratégias já comentadas
na seção que fala sobre a redução dos custos de transporte e produção.
o valor dos produtos armazenados já está com todos os custos agregados, isto
é, já estão envolvidos os custos de transformação do produto acabado; e
a instalação precisa ser maior devido ao volume dos produtos, que normal-
mente são maiores no seu formato acabado do que quando eram matérias-
Aspectos gerais da armazenagem
-primas.
(CORREA, 2006)
Aos produtores que não contam com estrutura própria, resta recorrer a arma-
zéns de terceiros, seja do governo, de cooperativas ou de indústrias. “Hoje, implantar
um sistema de armazenagem é minha prioridade número 1”, afirma o produtor Al-
cides Carlos Pereira Alves, que planta 2 500 hectares de soja, milho, trigo e aveia no
município de Tupanciretã, no Rio Grande do Sul. Como muitos agricultores gaúchos,
Alves utiliza o armazém de uma cooperativa próxima à fazenda. Diferentemente
da maioria dos agricultores que usam silos de terceiros, ele pode vender a safra a
quem quiser – o mais comum é que o produtor seja obrigado a negociar a produção
com a empresa dona do armazém. Mesmo assim, a prioridade de Alves é investir na
armazenagem própria. A quebra da safra passada, no entanto, adiou seus planos.
“Embora seja um problema urgente, não posso comprometer o capital de giro”, diz.
Canadá – 80%
Apesar da imensa demanda reprimida por silos, o fato é que, pelo menos até
agora, o Moderinfra ainda não conseguiu alcançar seu objetivo de ampliar a capa-
cidade de armazenamento nas propriedades. O maior problema é a burocracia. “A
documentação nem sempre sai na velocidade com que gostaríamos”, afirma Wilson
Araújo, coordenador-geral de análise econômica da Secretaria de Política Agrícola
do Ministério da Agricultura. É comum que a liberação do financiamento demore
mais de 150 dias. “Passa a safra e o produtor não tem mais o dinheiro”, diz Abreu, da
Kepler Weber. Segundo Araújo, o ministério trabalha em conjunto com o BNDES e
o Tesouro para tentar evitar atrasos. Apesar desse esforço, do total de 700 milhões
de reais que o programa tem à disposição dos produtores interessados, apenas uma
fração – 192 milhões – foi liberada entre julho de 2005 e janeiro de 2006.
Atividades
BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J.; COOPER, M. Bixby. Gestão da Cadeia de Supri-
mentos e Logística. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
CORREA, Alessandra. A falta que faz um armazém. Exame. Publicado em: 1 jun. 2006.
Disponível em: <http://portalexame.abril.com.br/static/aberto/anuarioagronegocio/
edicoes_0869/m0082220.html>. Acesso em: 12 ago. 2009.
LAMBERT, Douglas M.; STOCK, James R.; ELLRAM, Lisa M. Fundamentals of Logistics
Management. New York: McGraw-Hill, 1998.
SCSMP (Estados Unidos) (Comp.). Supply Chain Management Terms and Glossary.
Disponível em: <http://cscmp.org/resources/terms.asp>. Acesso em: 15 jan. 2009.
Gabarito
2. Podem ser classificados pela propriedade e pelo fim a que se destinam. A pri-
meira pode ser dividida em: armazéns particulares, públicos, terceirizados e dis-
Por exemplo: o aluno poderia fazer um quadro, fazendo o cruzamento das in-
formações para uma empresa, conforme segue:
Isso quer dizer que a empresa possui armazéns particulares para produção
e material auxiliar. Mas se utiliza de armazéns públicos para a distribuição. É
importante ressaltar que o exemplo é ilustrativo. Com certeza a Whirpool tem
uma situação mais complexa que essa.
Para que isso ocorra, é importante que a empresa organize bem as atividades,
de tal forma que exista uma continuidade dos trabalhos, não deixando as pessoas ou
recursos ociosos e nem os sobrecarregando ou fazendo horas extras.
Para entender o processo de armazenagem, as atividades foram divididas em dois
grandes fluxos, relacionados com o manuseio dos estoques:
recebimento das mercadorias dos fornecedores até a armazenagem propria-
mente dita; e
recebimento dos pedidos dos clientes (internos ou externos) e o seu respecti-
vo atendimento.
Esses fluxos se referem a atividades com fins diferentes, mas complementares. En-
quanto o recebimento das mercadorias visa tornar disponíveis os produtos recebidos
para o fluxo dos pedidos dos clientes, este visa atender o cliente, partindo da coleta
(picking) dos produtos no armazém. A seguir, cada um dos dois será explorado, junta-
mente com as atividades envolvidas para que ao final seja possível identificar como é
o processo de armazenagem.
O fluxo do recebimento
das mercadorias e armazenamento
O fluxo de recebimento das mercadorias inicia-se com o agendamento ou recebi-
mento da informação de quando o veículo irá chegar para descarregar a mercadoria,
até o produto ser posto nas estruturas de armazenagem. O fluxo completo está ilustra-
do pela figura 1 e será explicado a seguir.
Neimar Follmann.
Agendamento dos
recebimentos: é feito
Recebimento
do veículo
Descarga
e conferência
Controle
Preparação
para armazenar
Movimentação
para armazenar
Em cada uma das atividades, existem recursos que precisam ser bem gerenciados,
seja para que os produtos sejam estocados de forma ágil e correta, seja para que isso seja
feito ao menor custo.
É importante destacar que cada tipo de armazém, seja ele público, privado ou de
uso comum, ou ainda Centro de Distribuição (CD), o transit point ou o cross-docking, terá
suas características de operacionalização e, portanto, poderá receber adaptações do
que está sendo proposto. Inclusive, mesmo em armazéns de características semelhan-
tes, pode-se trabalhar de diferentes formas, dependendo de onde estão localizados seus
pontos críticos, como a falta de capacidade em alguma das atividades, por exemplo.
as docas de descargas, que para muitos depósitos são insuficientes, sejam uti-
lizadas da melhor forma possível;
o trabalho possa ser feito com a devida atenção, evitando-se avarias e erros de
conferência.
Algumas grandes redes de varejo, por exemplo, marcam seu agendamento limi-
tando-se aos dias. Isto é, não é marcada a hora em que o veículo deverá estar disponível.
Isso é decorrente de dois problemas principais: quando há mais de uma entrega a ser
feita pelo veículo, é impossível saber o horário exato em que ele poderá se deslocar a um
Essas situações levam a grandes perdas de tempo nos depósitos, fazendo com
que, muitas vezes, os veículos passem o dia esperando para serem atendidos. Isso sig-
nifica custo para toda a cadeia, onde o custo do veículo parado será, invariavelmente,
incluído no preço final do produto, já que, pela lógica, nem fornecedor e nem varejista
irão trabalhar com prejuízo.
Descarga e conferência
A descarga da mercadoria é uma atividade crítica. As duas atividades anteriores
justificam-se para que esta se preocupe apenas com o produto a ser descarregado. Isto
é, quando o veículo estacionar na doca, todas as questões administrativas e fiscais já
devem ter sido resolvidas.
Segundo Moura (1997), durante a descarga nas plataformas, as cargas são iden-
tificadas e registradas. Em geral, são utilizados leitores de código de barras e coletores
As atividades da armazenagem
Por outro lado, se o controle for feito em um software, é possível agilizar esse pro-
cesso e reduzir os riscos de extravios de documentos. No entanto, isso exige um alto
investimento.
Em algumas situações, colocar a etiqueta em todos os SKUs pode ser caro e demora-
do. Há casos, no entanto, em que é necessário que o SKU esteja com a etiqueta de código
de barras. É o caso dos produtos da prateleira de um supermercado. Nesse caso, todos os
itens precisam vir do armazém em condições de terem sua saída de caixa feita pela leitura
As atividades da armazenagem
A movimentação em si, pode ser feita de diversas formas. Podem-se utilizar equi-
pamentos manuais, no caso de estruturas mais horizontalizadas – com poucos níveis
de porta-paletes –, equipamentos motorizados para estruturas verticalizadas ou ainda
uma estrutura totalmente automatizada. Quanto mais automatizada for a estrutura de
armazenagem, maior a necessidade de uma correta preparação, isto é, mais importan-
te é a identificação da mercadoria.
Neimar Follmann.
Recebimento de
pedidos
Programação das
entregas
Separação de pedidos
– picking
Embalagem e
etiquetagem
Emissão da
Carregamento
documentação de
viagem
Liberação do veículo
Acompanhamento
para confirmação
das entregas
Recebimento de pedidos
O envio de mercadorias do armazém aos clientes será feito somente quando ele
for informado. Isto é, ele fará isso mediante a chegada de algum tipo de ordem de
carregamento, conforme o tipo de armazém. Por exemplo, o armazém de uma grande
rede de lojas de móveis e eletro poderá ter dois tipos de ordens: transferência para
lojas e entrega ao cliente. Já o armazém de componentes de uma fábrica, terá apenas
ordens de transferência para a fábrica.
isso seja organizado, para evitar que alguma mercadoria deixe de ser carregada ou venha
a ser carregada indevidamente. A forma como os pedidos chegarão depende da estrutura
organizacional da empresa, da qual o armazém faz parte, e da tecnologia utilizada.
É possível que o armazém seja informado sobre cada pedido e ele mesmo orga-
nize e programe as cargas para expedição (ver seção seguinte). Mas há a possibilidade
de outro setor da empresa organizar os pedidos em cargas e o armazém ser informado
apenas das cargas a serem expedidas.
Roteirização refere-se à ordenação das entregas dos pedidos de forma que se ob-
tenha o menor custo e/ou tempo para execução da atividade. O ideal é que tanto o
tempo como os custos sejam mínimos, mas a empresa precisará estabelecer priorida-
des. Caso um cliente tenha urgência no pedido, o fator tempo é mais importante, caso
contrário, poderá se optar pela minimização dos custos.
Esse documento deve conter informações claras sobre quais e quantos itens
As atividades da armazenagem
devem ser coletados, onde estão localizados e onde devem ser colocados. Isso deverá
facilitar o trabalho das pessoas envolvidas na atividade, já que a forma como esta é
executada influencia o tempo que um pedido demora em ser expedido.
O picking discreto é feito de forma que cada operador colete um pedido por vez,
coletando uma linha do pedido por vez. Isto é, os pedidos são selecionados item
(LIMA, 2002)
Formas Descrição Aplicações
– Unidades de separação de grande volume.
Cada operador coleta um pedido por
Picking discreto – Alta relação entre: SKUs por pedido/SKUs
vez, item a item.
em estoque.
– Unidades de separação de médio/peque-
As atividades da armazenagem
conjunto de caixas, que formam uma camada do palete. E a separação de caixas ocorre
quando a menor unidade de separação são as caixas fechadas.
Embalagem e etiquetagem
O que se deseja nessa atividade de embalagem e etiquetagem é dar condições
de carregamento e despacho ao produto. Por exemplo, com o advento da internet
surgiram muitas empresas que vendem livros, CDs, roupas etc. diretamente de seus
sites. No entanto, para que o produto chegue aos clientes, é necessário que ele seja
embalado e etiquetado novamente, de acordo com os dados registrados no momento
da compra.
Montagem de cargas
A montagem das cargas refere-se à colocação dos produtos em uma área espe-
cífica, próxima à plataforma de carregamento, antes que o veículo seja carregado. O
objetivo é acumular as mercadorias de forma a agilizar o carregamento. Há, no entan-
to, armazéns em que os produtos são carregados diretamente nos veículos sem serem
consolidados antes. Isso tem um efeito positivo e outro negativo.
O positivo é que o produto sai do armazém direto para o veículo, sem que tempo
seja gasto colocando-o em uma área específica e evitando que precise ser movimen-
tado novamente. No entanto, isso fará com que o veículo tenha que esperar durante o
período de preparação da carga.
Além disso, nessa atividade pode-se fazer uma conferência final antes do carre-
gamento propriamente dito. Assim, é possível evitar que algum produto coletado in-
devidamente seja passado adiante. Essa conferência pode ser visual ou por meio de
tecnologias, como o código de barras ou o RFID.
de descarga são as mesmas e usadas de forma compartilhada. Essa situação exige uma
atenção especial de quem agenda o recebimento e de quem programa as cargas. O
que pode ser feito é determinar uma parte do dia para descarga e outra para o carrega-
mento. Mas é importante considerar as prioridades de atendimento ao cliente.
É importante que a área de carregamento seja adequada aos produtos e aos veículos
que os transportarão. A altura das docas e o espaço da plataforma, por exemplo, devem
permitir a aproximação dos equipamentos que serão utilizados no carregamento.
O documento fiscal é exigência legal. Nenhuma mercadoria pode transitar sem que
esteja documentada, isto é, acompanhada de uma nota fiscal. Esta pode ser para diver-
sos fins, como nota fiscal de venda, de transferência, de compras, entre outros. Assim,
mesmo que o produto esteja apenas transitando entre o armazém e uma loja da mesma
empresa, é necessário que ele esteja acompanhado de uma nota fiscal.
O documento para controle pode ser uma espécie de recibo, onde o receptor da
mercadoria declara que está recebendo as mercadorias. Pode-se, no entanto, utilizar
o canhoto da nota fiscal para esse fim, já que na nota estarão discriminados todos os
itens entregues.
Liberação do veículo
As atividades da armazenagem
Da mesma forma que é feito o controle na entrada dos veículos, pode ser feito na
saída. Há situações em que é difícil a mensuração da quantidade de produto carregado
no ato do carregamento, então se pode usar balanças para medir o quanto está sendo
carregado.
Por exemplo, uma grande rede varejista com matriz no estado de São Paulo possui
uma frota própria para entregar os produtos direto ao consumidor. Ao fazer isso, é impor-
tante que o armazém seja informado sobre o número de entregas não realizadas, sobre
possíveis avarias no transporte, sobre endereços não encontrados, reclamações etc.
Considerações finais
Foram apresentadas neste capítulo as atividades que compõem o processo de arma-
zenagem. Algumas dessas atividades são acessórias e outras principais. As acessórias são
aquelas que dão condições para que atividades diretamente relacionadas à movimenta-
ção e armazenamento dos produtos aconteçam ao menor custo e esforço possível.
Fechar uma compra pela internet é uma operação relativamente simples. Esco-
lhe-se o produto, preenchem-se alguns dados e a mercadoria chega à porta de sua
casa alguns dias depois – seja em São Paulo, seja no interior do Piauí. Por trás dessa
comodidade toda, no entanto, está uma das mais complexas operações possíveis
no mundo da logística. O clique do internauta na tela do computador desencadeia
uma série de operações que exigem uma engenharia capaz de fazer o produto – um
simples CD ou um notebook de última geração – chegar de forma segura e no menor
tempo possível à casa do cliente. Para que a entrega aconteça, dezenas de profissio-
nais, às vezes centenas deles, são mobilizados numa corrida frenética que não tem
similar. A razão para esse frenesi é simples. Em contratos normais envolvendo empre-
sas de logística, é possível saber com certa antecedência para onde a carga vai e
a que horas deve sair. No caso das compras eletrônicas, a previsibilidade é quase
nula. A partir do momento em que a compra é realizada, começa uma corrida contra
o tempo. “O comércio eletrônico é a expressão máxima da inteligência estratégica
que envolve um trabalho de logística”, afirma o professor Alberto Luís Albertin, da
Fundação Getulio Vargas.
Nessa gincana contra o relógio, uma das empresas que mais se destacam é o
Submarino, um dos líderes do comércio varejista virtual no Brasil, com faturamento
anual de 574 milhões de reais. Como se verá, o Submarino é, acima de tudo, uma
empresa de logística. Diariamente, a companhia processa cerca de 15 000 pedidos. É
uma enormidade. Numa comparação livre, corresponderia ao trabalho de 100 opera-
doras de telemarketing trabalhando 24 horas por dia e com uma excepcional média
de 10 minutos gastos por atendimento. Apesar desse grande volume, o método de
As atividades da armazenagem
trabalho criado pela empresa possibilita que, aproximadamente, 90% desses pedi-
dos sejam entregues num prazo máximo de um dia (isso se a encomenda for feita da
região metropolitana de São Paulo). Como eles fazem isso? Elementar. Depois que
o consumidor fecha a compra, entra em cena uma máquina de guerra. São mais de
300 funcionários envolvidos em tarefas que incluem a captação do pedido, a locali-
zação do item desejado, a retirada da prateleira, o processo de embalagem e o envio
até a residência do cliente. A complexidade aumenta porque são quase 700 000
itens no catálogo do Submarino.
Enquanto o mercado de encomendas tradicionais deve fechar 2006 com crescimento de 14%, as
entregas para o comércio eletrônico devem avançar muito mais no mesmo período: quase 85%.
Em 2005, o comércio eletrônico faturou 2,5 bilhões de reais, um crescimento de 43% sobre o
ano anterior. Projeções indicam um desempenho melhor em 2006, com receitas da ordem de
3,9 bilhões.
O primeiro passo desse processo é dar uma “identidade” ao pedido. Logo que a
compra é processada, emite-se uma nota fiscal com os dados pessoais do consumidor
e as especificações da mercadoria. Trata-se de uma espécie de certidão de nasci-
mento da encomenda, algo que vai acompanhá-la até o final da jornada. A nota
fiscal é então enviada pelo sistema aos computadores do Centro de Distribuição da
empresa, estrategicamente localizado em Osasco, cidade da grande São Paulo, pró-
xima à Rodovia Castelo Branco e à Marginal Pinheiros. O prédio impressiona pelas
dimensões: pé-direito de mais de 10 metros de altura e área de 35 000 metros qua-
drados, o equivalente a quatro campos de futebol. No total, a capacidade de arma-
zenamento é de 800 000 produtos.
É no meio desse gigantesco armazém que pulsa o coração de uma loja virtual.
Durante 24 horas por dia, de domingo a domingo, centenas de funcionários correm
de um lado para o outro em meio a pilhas de caixas abarrotadas de produtos. Nada
lembra mais o trabalho realizado por formigas ou abelhas que a segunda parte da
operação: a localização e a retirada do produto das prateleiras. Com o auxílio de
empilhadeiras, alguns desses funcionários passam o dia esvaziando e recolocando
mercadorias nas prateleiras, num ciclo sem-fim. O movimento incessante é contro-
lado por computadores, que analisam o fluxo de vendas, informam onde cada mer-
cadoria está estocada e acompanham todos os estágios do processo. Tal operação
é repetida 15 000 vezes por dia. “Esse trabalho requer brutal planejamento e uma
estrutura que deve funcionar sem falhas em todas as suas etapas”, diz Armando Mar-
As atividades da armazenagem
Nenhuma empresa simboliza tão bem essa pujança americana como a Amazon.
A varejista mais conhecida da internet é um gigante com vendas anuais de 10 bi-
lhões de dólares. Em Nova York, cada cliente recebe os livros que compra na Amazon
no mesmo dia e de graça. Só para efeito de comparação, a Amazon tem um Centro
de Distribuição que é quase o triplo do Submarino e registra 2 milhões de pedidos
ao dia. Agora, a empresa prepara um salto no que os especialistas chamam de logís-
tica digital, uma tecnologia ainda incipiente que começa a ganhar musculatura com
a venda de arquivos de música e vídeo pela internet. Aguarda-se para breve o lan-
çamento, pela Amazon, de um serviço para baixar filmes e programas de televisão.
Nesse caso, o desafio será como garantir que o produto chegue às mãos de quem o
comprou, sem distribuição de cópias ilegais no processo.
O Brasil está num estágio anterior. E isso tem mais a ver com a falta de maturi-
As atividades da armazenagem
dade desse mercado do que com ausência de iniciativas por parte do empresariado.
O sistema de entregas do Pão de Açúcar, pela internet, ilustra com perfeição essa
dificuldade. São 10 anos de funcionamento (e várias reestruturações) no negócio de
delivery. A ideia parecia simplesmente genial. Proporcionar ao consumidor fazer as
compras de casa sem precisar ir até o supermercado. O problema é que essa opera-
ção exige altos investimentos em logística e o resultado, até pouco tempo, não tinha
sido satisfatório. Em boa parte, devido à desconfiança dos clientes. Não só em relação
Atividades
As atividades da armazenagem
BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J.; COOPER, M. Bixby. Gestão da Cadeia de Supri-
mentos e Logística. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
CAIRES, Rachel. A corrida depois de um clique. Exame. Publicado em: 5 out. 2006. Dispo-
nível em: <http://portalexame.abril.com.br/static/aberto/estudosexame/edicoes_0878/
m0113493.html>. Acesso em: 27 set. 2009.
Gabarito
até o local em que ficará armazenado. Pode ser feita com equipamento de tração
manual, motorizada ou automatizado.
Neimar Follmann.
Recebimento de
pedidos
Programação das
entregas
Separação de pedidos
– picking
Embalagem e
etiquetagem
Emissão da
Carregamento
documentação de
viagem
Liberação do veículo
Acompanhamento
para confirmação
das entregas
3. O picking é a coleta dos itens que comporão o pedido e pode ser organizado de
diferentes maneiras, conforme segue:
Picking discreto – Cada operador coleta um pedido por vez, item a item. É
utilizado em unidades de separação de grande volume e quando existir alta
relação entre SKUs por pedido/SKUs em estoque.
Picking por lote – Cada operador coleta um grupo de pedidos por vez, de
maneira conjunta. É utilizado em unidades de separação de médio/pequeno
volume e pedidos com poucos itens.
As atividades da armazenagem
Picking por zona – O armazém é segmentado por zonas e cada operador é as-
sociado a uma zona. É utilizado quando existe grande área de armazenagem,
grande variedade de produtos e quando há produtos que exigem diferentes
métodos de manuseio ou acondicionamento.
Esses e outros aspectos envolvidos serão apresentados, a partir daqui, nas próxi-
mas seções.
Além dos princípios acima citados, outros são citados por Francischini e Gurgel
(2002, p. 212):
equipamentos e pessoas.
Ballou (2006) afirma que há quatro fatores principais atuando na melhoria da efici-
ência do armazém: unitização da carga, do leiaute do espaço, da escolha do equipa-
mento de estocagem e da escolha do equipamento de movimentação.
A unitização da carga diz respeito ao fato de que quanto maior o volume da carga
a ser movimentada, maior será a economia gerada. Isso decorre da possibilidade de se
fazer menos viagens, uma vez que se transportam mais produtos por vez. Por exemplo,
é melhor transportar paletes completos do que caixas separadamente.
Por outro lado, o leiaute está relacionado à forma como o espaço para armazena-
gem é utilizado e às distâncias que precisam ser percorridas. Conforme o tipo de pro-
duto, é necessário utilizar leiautes específicos, que permitam a redução dos custos. Por
exemplo, a facilidade de transitar entre as prateleiras de mercadorias pode contribuir
para a melhor utilização de uma empilhadeira, já que ela conseguirá movimentar mais
produtos durante um dia de trabalho.
Paleteiras
Esse é o mais simples dos equipamentos de movimentação em armazéns. Faz uso
intenso de mão de obra, podendo exigir inclusive força física de seu operador. Contri-
bui, no entanto, para um melhor aproveitamento do espaço horizontal dos armazéns,
pois necessita de pouco espaço para manobras.
Istock Photo.
IESDE Brasil S.A.
Empilhadeiras
Esse equipamento pode movimentar produtos tanto horizontal como vertical-
mente. Exige, no entanto, uma padronização nas embalagens dos produtos transpor-
tados, normalmente através da paletização ou unitização, o que envolve fardos de
mercadorias ou outros tipos de containers.
Divulgação Saur.
Veículos de reboque
Os veículos ou carros de reboque têm a função de rebocar outras carretas e são
geralmente utilizados na separação de pedidos. Uma característica importante é a fle-
xibilidade. A estrutura formada entre o carro de reboque e as carretas pode ser cha-
Esteiras rolantes
As esteiras rolantes podem ser utilizadas tanto em operações de embarque como
recebimento, e servem também para a separação de pedidos. As esteiras podem ser
classificadas de acordo com a movimentação por fonte de energia, gravidade e cilin-
dros ou correias (BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2007).
Istock Photo.
Conforme pode ser visto na figura 11, o carrossel permite que o funcionário
permaneça estático enquanto as linhas de prateleiras descem até a altura desejada.
O resultado é que, quando forem itens de pequeno porte, é possível armazenar uma
grande quantidade de produtos, de forma que ocupe pouco espaço.
É importante notar que, até o momento, pouco foi falado sobre a estrutura do
armazém. Isso porque os equipamentos até então comentados não estão integrados
à estrutura. Ou seja, não há uma grande dependência entre a estrutura de armazena-
gem e o equipamento que move os produtos até ela.
Robótica
O uso da robótica se tornou comum nas indústrias automobilísticas nos anos
1980. O principal objetivo era ganhar produtividade ao mesmo tempo em que as tare-
fas fossem padronizadas. Para a armazenagem, esse é um desafio, uma vez que há uma
grande variedade de atividades, tarefas e movimentos a serem feitos.
Estantes dinâmicas
As estantes, apesar de fazerem parte da estrutura de acomodação de mercado-
rias de um armazém, podem assumir um papel de facilitador na movimentação de
A figura 13 exemplifica esse dispositivo. O lado esquerdo é um pouco mais baixo que
o direito, permitindo que os produtos fluam do lado direito para o esquerdo sem a neces-
sidade de aplicação de força ou uso de outros equipamentos. Isso exemplifica também o
uso da gravidade como forma de economizar energia para o sistema como um todo.
Divulgação Mecalux.
Figura 13 – Estantes dinâmicas.
Corredor de estocagem
e coleta
Equipamento de
estocagem e coleta
rga ega
d a ca e entr
e o
dad ent
Uni ebim
rec
a de
Áre
Radiofrequência
A separação ou movimentação por radiofrequência permite que o responsável
execute as atividades, seja por meio de sistemas mecanizados ou semiautomatizados,
com base em informações em tempo real. Dessa forma, o resultado decorrente desse
trabalho terá menores chances de erro e maior agilidade.
Para assistir as videoaulas deste livro, assine o site www.planoeducacao.com.br 65
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
É interessante observar que o trabalho de movimentação pode ser feito por uma
empilhadeira. Mas esta estará equipada com um computador de bordo com todas as
informações on-line para a execução de sua atividade. Ou seja, o foco dessa ferramenta
é a informação.
Divulgação Logismarket.
Considerações finais
Francischini e Gurgel (2002) proporcionam uma classificação diferente para tudo
o que foi apresentado até aqui. A seguir, temos um quadro de sua autoria, que classi-
fica os equipamentos de acordo com as características do movimento necessário para
cada tipo de situação ou produto.
Quadro 1 – Características dos movimentos e tipos de equipamentos
Texto complementar
De acordo com ele, ainda devem ser considerados vários pontos na hora de es-
colher a estrutura. São: a área disponível, o sistema de movimentação, que pode ser
manual, mecânico ou automático, o tipo do material a ser armazenado – se requer
algum cuidado especial, se tem controle de validade, se existem produtos com maior
ou menor giro –, se as cargas serão expedidas fechadas ou fracionadas e o valor do
investimento – previsto.
Pelo seu lado, Robson Luís Neves Abade, gerente de projetos da Fiel Móveis e
Equipamentos Industriais, considera que os fatores básicos que determinam a ne-
cessidade de armazenagem são: necessidade de compensação de diferentes capaci-
dades das fases de produção, equilíbrio sazonal, garantia da continuidade da produ-
ção, custos e especulação, redução dos custos de mão de obra, redução das perdas
de materiais por avarias, melhoria na organização e controle da armazenagem, bem
como nas condições de segurança de operação do depósito e aumento da velocida-
de na movimentação.
Atividades
Movimentação de produtos
Movimentação de produtos
BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J.; COOPER, M. Bixby. Gestão da Cadeia de Supri-
mentos e Logística. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
Vários tipos, um para cada aplicação. Revista LogWeb. 15. ed. Publicado em: 10 maio
2003. Disponível em: <http://logweb.com.br/index.php?urlop=noticia&nid=MTU2
NTU>. Acesso em: 5 out. 2009.
1.
Mínima distância.
Mínima manipulação.
Segurança e satisfação.
Padronização.
balho de movimentação pode ser feito por uma empilhadeira, mas esta estará
equipada com um computador de bordo com todas as informações on-line para
a execução de sua atividade. Ou seja, o foco dessa ferramenta é a informação.
SKUs e unitização
A sigla SKU – Stock Keeping Unit – é muito comum no campo da logística e refere-
-se a cada unidade movimentada ou estocada. Isto é, um SKU é a unidade mínima que
um produto pode ter. Por exemplo, uma categoria de produtos em um supermercado
são os chocolates. Mas, dentro de “chocolates”, existe um tipo de chocolate chamado
Sonho de Valsa. No entanto, este ainda pode ser dividido entre seus sabores; Trufa, por
exemplo. Esse é o SKU, que normalmente é expedido em caixas separadas por sabor
ou configuração específica.
O termo SKU refere-se à unidade mantida em estoque. Mas, muito além da sua
terminologia e conceituação, o SKU tem impacto direto na forma como um armazém
é organizado. Um armazém de supermercado pode facilmente passar de 40 000 SKUs,
o que significa que é preciso ter um espaço organizado para cada um desses produtos,
para que seja possível manter a disponibilidade e a organização do armazém.
Esses SKUs estão normalmente, ou pelo menos deveriam estar, unitizados. Isso
significa que eles estão organizados em volumes maiores, que permitam economia
na movimentação. Weir (1968) apud Ballou (2006, p. 386) afirma que “[...] geralmente, a
economia no manuseio de materiais é diretamente proporcional ao tamanho da carga
Isso quer dizer que quanto maior o tamanho da unidade a ser movimentada em
um armazém, menor será o número de viagens e menor será o custo de movimenta-
ção. É preciso, ainda, considerar que esse produto foi transportado até o armazém e
que será transportado novamente até um cliente ou uma loja, o que significa que os
custos logísticos como um todo serão afetados pela decisão de unitizar os produtos. A
figura a seguir ilustra essa diferença.
Esse contexto retrata bem o impacto nos custos e na agilidade conseguida atra-
vés da unitização, sem considerar o fator organização, que é fundamental para que
Acondicionamento de produtos
Esse é apenas um dos tipos de paletes. A relação a seguir, dada por Sobral (2009),
apresenta um leque maior de opções.
palete descartável;
palete reversível;
caixa-palete.
(SOBRAL, 2009)
Figura 3 – Palete descartável.
Os paletes de uso repetitivo são aqueles que podem ser utilizados em várias ope-
rações. Há alguns anos vem existindo um esforço de tornar esses paletes padroniza-
dos, dando a eles a característica de palete circulante ou retornável. Essa padronização
vem sendo liderada pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), que criou o
Palete Padrão (PBR).
O PBR, dentro de sua expectativa de vida útil, permite várias viagens, reduzin-
do substancialmente o seu investimento inicial.
Acondicionamento de produtos
ABRAS.
ABRAS.
Figura 4 – Palete padrão “ABRAS”. Figura 5 – Palete padrão (PBR).
Os paletes de duas e quatro entradas têm esse nome em função das possibilida-
des de se inserir os garfos da empilhadeira ou paleteira. Como pode ser observado, o
PBR tem quatro entradas.
Os paletes de face simples são aqueles em que pode ser colocada mercadoria so-
mente sobre uma das faces (superior). O de face dupla pode ser virado e aproveitado
do outro lado, caso seja necessário ou um lado seja danificado. Entretanto, a face infe-
rior não é igual à superior, limitando seu uso a alguns tipos de materiais (mais longos
e não flexíveis. Nesse mesmo contexto existem os paletes reversíveis, que possuem as
duas faces iguais.
(SOBRAL, 2009)
(SOBRAL, 2009)
Acondicionamento de produtos
O palete com abas é aquele que possui a face superior ou ambas as faces mais
largas que os apoios de sustentação. Esse tipo de palete permite que as paleteiras
tenham mais uma opção para elevar o palete, o que é importante em situações de
pouco espaço.
É importante destacar que essa lista não é definitiva e que, além da diversidade de
modelos, há diferentes materiais que podem ser utilizados para desenvolver paletes.
Portanto, há um número muito grande de possibilidades no mercado, onde cada em-
presa deve identificar aquela que lhe traz os melhores resultados operacionais e menor
custo de manutenção. Divulgação.
Acondicionamento de produtos
Para se fazer essa unitização, é importante que sejam considerados alguns fato-
res, como aproveitar o máximo possível a área do palete ou das bags, respeitar o peso
limite dos equipamentos de movimentação e atentar para a forma como as mercado-
rias serão empilhadas sobre o palete, no sentido de evitar que elas caiam. Para auxi-
liar essa atividade, há recursos tecnológicos bastante eficientes, tanto para otimizar o
aproveitamento do espaço, bem como para fazer a própria unitização.
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Dimensionamento de armazéns
“O tamanho é provavelmente o fator mais importante no projeto de uma instala-
ção de estocagem. Uma vez determinado, funciona como um condicionante das ope-
rações de armazenagem durante 20 anos ou mais” (BALLOU, 2006).
útil. A previsão é que, em três anos, 50 veículos serão descarregados por dia e outros
60 serão carregados. Cada veículo demanda por 90 minutos, em média, tanto para
descarga como para carregamento.
Cento e dez veículos por dia, utilizando 90 minutos, cada, demandam por 9 900
minutos nas docas. Dez horas por dia representam 600 minutos para cada doca. Fazen-
do-se 9 900 dividido por 600, tem-se 16,5 docas. Nesse caso, arredonda-se para cima,
17 docas. Há a possibilidade de não se poder misturar no mesmo cálculo as docas de
carregamento e de descarregamento, mas o cálculo é o mesmo.
O leiaute pode ser definido como a disposição física das estruturas de armazena-
gem, corredores, equipamentos de movimentação, a localização e sua integração com
as pessoas que trabalham no local. A realização de uma operação eficiente e efetiva de
armazenagem depende sempre de um bom leiaute.
Para que seja possível alcançar os objetivos acima, o leiaute do local de armazena-
gem deve considerar três aspectos:
Essas exigências acabam por gerar impactos nas diversas atividades de armaze-
nagem, como
legiar sua flexibilidade, para que seja possível atender o mercado com agilidade, sem
comprometer a gestão dos custos.
11
23 30
18
2
(KATOR, 2006)
Leiaute Paralelo. Leiaute Otimizado “V”. Leiaute Espinha de Peixe.
Figura 11 – Comparação entre o Leiaute Paralelo, Leiaute Otimizado em “V” e Leiaute Espinha de Peixe.
As instalações físicas
São diversas as possibilidades de se organizar os armazéns. O principal ponto é
quais serão as estruturas e como elas serão dispostas, o que é definido também com
base na forma como esses itens serão movimentados. Essa decisão é importante
porque está relacionada com os equipamentos de movimentação e a determinação
de como será executado o picking no futuro.
Acondicionamento de produtos
Divulgação Bertolini.
Figura 13 – Estrutura de armazena- Figura 14 – Estrutura de armaze-
gem do tipo porta-paletes deslizante. nagem do tipo porta-bobina.
Divulgação Bertolini.
Figura 15 – Estrutura de armazenagem do tipo autoportante.
Divulgação Bertolini.
Divulgação Bertolini.
Acondicionamento de produtos
(PALLETA; SILVA)
Entrada
Saída
Figura 19 – Leiaute de um armazém de
distribuição.
Tanto nesse caso como no caso de armazéns para estocagem (figura 20), uma classifi-
cação ABC é uma boa forma de organizar a localização dos produtos. Aqueles da categoria A
são compostos por menos de 20% dos SKUs, mas representam a maior parte dos itens movi-
mentados e, portanto, devem ser colocados no local mais próximo da área de expedição.
(PALLETA; SILVA.)
Acondicionamento de produtos
Entrada Saída
Vista superior
Neimar Follmann.
Blocos
Rua 01
Rua 02
Rua 03
Rua 04
Apartamento
Neimar Follmann.
Vista frontal dos blocos
0 1
2 Endereçamento:
3
Rua Bloco Nível Apto.
1
Nível 2
0 1
Palete inteiro 0
Meio palete
Figura 21 – Exemplo de endereçamento de armazéns.
construída.
A balança de pesagem deve ser colocada perto da portaria, de maneira a ser ope-
rada pelo porteiro ou por algum colaborador alocado fisicamente na portaria.
Opte, sempre que possível, pelo fluxo de materiais em “U”. Eles permitem um
maior compartilhamento de mão de obra e equipamentos nas áreas junto às
docas, facilitam a prática do cross-docking e oferecem maiores possibilidades
de otimização das viagens das empilhadeiras, indo e vindo carregadas.
Tenha uma atenção especial com o piso do armazém. Não economize nesse
quesito e busque as melhores opções do mercado. Pisos ruins geram transtor-
Acondicionamento de produtos
nos gigantescos!
Texto complementar
O projeto foi concebido para atender de forma automatizada mais de 80% dos
700 mil itens comercializados pelo Submarino, distribuídos em 24 categorias, que
vão de CDs, DVDs e livros até eletrodomésticos e eletrônicos.
“O perfil da venda on-line exige que a empresa seja ágil e eficiente, uma vez
que lida com uma grande quantidade de pedidos e de clientes. São essas as preocu-
pações do Submarino, tendo sempre em vista o compromisso que a empresa tem
Acondicionamento de produtos
de fazer a maior parte das suas entregas em até 24 horas”, explica Nelson Castello
Branco, gerente de marketing da Mostoles do Brasil.
Sobre o Submarino
O Submarino é a empresa líder entre aquelas que operam exclusivamente no
varejo eletrônico (pure play) no Brasil. A companhia construiu uma marca forte e uma
base de clientes premium, oferecendo um sortimento abrangente de produtos e quali-
dade no atendimento ao cliente. Através de seu web site, <www.submarino.com.br/>,
oferece mais de 700 000 itens, em 24 categorias de produtos, de mais de 1 300 forne-
cedores, além de serviços de comércio eletrônico terceirizado. O Submarino entrega
pedidos para as principais cidades do Brasil em média em até dois dias úteis e, para
alguns produtos, entrega no mesmo dia na região metropolitana de São Paulo.
Atividades
Por outro lado, nos últimos anos, ganhou força a questão ambiental, exigindo-se
um destino correto a essas embalagens, como reciclagem e reaproveitamento. Entre-
tanto, como isso nem sempre é possível, iniciou-se uma corrida pelo desenvolvimento
de processos e tecnologias que reduzam a agressão que os materiais utilizados trazem.
Como exemplo de processo, pode-se citar alguns países europeus, onde os supermer-
cados e lojas não disponibilizam mais a sacola plástica, fazendo com que o cliente traga
junto consigo uma sacola retornável, diferente do que ainda ocorre na maior parte do
Brasil. No campo da tecnologia, há as sacolas biodegradáveis, que são eliminadas pela
natureza em menos tempo.
Além disso, vários outros conceitos podem ser dados à embalagem, tais como
Funções da embalagem
Pode-se dar várias funções à embalagem, o que faz seu conceito mudar, conforme
o foco dado. Para um profissional da área de distribuição, por exemplo, a embalagem
pode ser classificada como uma forma de proteger o produto durante sua movimen-
tação. Enquanto que para um profissional de marketing, a embalagem tem também a
função de atrair a atenção dos clientes e aumentar as vendas. Isto é, nesse caso, a em-
balagem também tem a função de apresentar o produto ao consumidor (PEDELHES,
2005).
Segundo Bowersox, Closs e Cooper (2007, p. 260) “as quatro causas mais comuns
de danos em produtos em um sistema logístico são: vibração, impacto, perfuração e
compressão”. É possível que um ou mais desses problemas ocorram em conjunto e,
Embalagem
portanto, a embalagem deve estar preparada para proteger os produtos dessas situ-
ações. Há alguns laboratórios que fazem testes para medir a resistência das embala-
gens, mas que ainda custam caro.
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A função de conservação refere-se à manutenção da qualidade e a segurança dos
produtos, no sentido de prolongar sua vida útil, reduzindo as perdas. Isso é feito atra-
vés do controle de fatores como a umidade, oxigênio, luz etc., sempre dependendo das
características dos produtos embalados. A embalagem deve também ser constituída
por materiais e substâncias que não se transfiram para o produto em quantidades que
possam pôr em risco a segurança dos consumidores. Isso se torna ainda mais impor-
tante quando isso se referir a alimentos ou remédios.
Tanto para a logística como para o marketing, a embalagem serve também para
informar. Para a armazenagem, por exemplo, serve para identificar tipos de produtos,
prazos de vencimento, localização, origem, em alguns casos o destino, o proprietário etc.
As informações relacionadas poderão contribuir para a gestão de estoques, instruções
de como armazená-los e de manuseá-los e auxiliam na rastreabilidade do produto.
Embalagem
Entretanto, uma vez cortada a caixa para que o leite possa ser consumido, a embala-
gem tende a ficar aberta, limitando a vida útil do produto. Vendo isso, algumas empresas
decidiram incluir uma tampa de rosca ou do tipo abre e fecha na embalagem longa vida,
tornando o processo de abrir e fechar mais fácil. Ou seja, foi agregado mais um serviço.
É importante perceber que não será possível atender todos os requisitos merca-
dológicos e logísticos ao mesmo tempo, no que se refere à embalagem. Entretanto, é
preciso alcançar um equilíbrio, em que os produtos possam receber uma embalagem
atraente, prática e informativa ao mesmo tempo em que possam ser armazenados e
transportados com eficiência e segurança.
Produtos ou peças individuais normalmente são agrupados em caixas de papelão, sacolas, latas ou
barris para gerar proteção contra danos e eficiência de manuseio. Recipientes usados para agrupar
produtos individuais são denominados caixas principais. Quando as caixas principais são agrupadas
em unidades maiores para facilitar o manuseio, essa combinação é denominada conteinerização ou
unitização. (BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2007, p. 258)
Uma característica importante das caixas principais é que elas possam ser mo-
Embalagem
vimentadas por uma pessoa, ao mesmo tempo em que são suficientemente grandes
para justificar uma pessoa para o manuseio.
Tipos de embalagem
São diversos os tipos de embalagens e os materiais utilizados. Além disso, con-
forme pôde ser percebido até o momento, são diversas as funções que uma embala-
gem tem e, por consequência, os materiais utilizados em cada uma das situações. Há
diversos tipos de embalagens, entre elas pode-se citar as caixas de papelão, caixas de
madeira, vidros, tambores, tonéis, fardos e recipientes plásticos.
Vidro
(ABRE, 2009)
O vidro é um dos mais antigos materiais usados para a fabricação de embalagens. Armazena medica-
mentos, alimentos e bebidas, preservando-lhes o sabor e protegendo-os contra a transmissão de gases.
As embalagens de vidro são utilizadas também para conter produtos químicos, impedindo a liberação
de gases tóxicos. Podem ser lavadas e reutilizadas. O vidro é 100% reciclável e não sofre perda de quali-
dade ou pureza.
Metal
Além das tradicionais latas de folha de flandres, são exemplos de embalagens metálicas os tambores de
aço e os laminados de alumínio. Inicialmente, o uso principal das latas para embalagem era a preserva-
ção de alimentos. As embalagens de metal aumentam o tempo de venda do conteúdo e podem resistir
à pressão mecânica. As embalagens metálicas são infinitamente recicláveis.
Madeira
As caixas e os engradados de madeira foram as primeiras embalagens modernas para transporte de
produtos manufaturados e matérias-primas. Os barris de madeira são embalagens excelentes para o
acondicionamento de bebidas, onde aspectos como envelhecimento e paladar são relevantes.
Papel e papelão
Nesse grupo estão os sacos e papéis de embrulho, formas simples e baratas de embalagem, as caixas e
cartuchos de papelão liso e as caixas de papelão ondulado, utilizadas como embalagem por todos os
segmentos da indústria de transformação. As embalagens de papel e de papelão podem ser moldadas
em vários formatos, são relativamente leves e ocupam pouco espaço de armazenamento. Como não são
resistentes à água, várias técnicas foram desenvolvidas para modificar o material. Papéis encerados são
comumente usados para embalar alimentos. Caixas de cartão se tornam resistentes à água através de
camadas de polietileno. O sucesso dessas embalagens tem atraído cada vez mais segmentos dentro do
setor alimentício, como, por exemplo, o de leites, sucos e iogurtes para beber. O papel e o papelão são
matérias-primas 100% biodegradáveis e recicláveis.
Plástico
Os plásticos foram introduzidos na fabricação de embalagens no pós-guerra e englobam, entre outros,
filmes, sacos, tubos, engradados e frascos. As embalagens de plástico são leves e podem ser moldadas
em diversos formatos. Os principais plásticos usados são:
Polipropileno O PP é muito utilizado para moldar tampas, pequenos frascos, rótulos para garrafas de
(PP) refrigerante, potes de margarina etc.
O PS é usado na forma transparente ou composta para produção de utensílios de mesa
Poliestireno
e xícaras claras. Na forma de espuma, o PS é usado para xícaras de bebidas quentes e
(PS)
outros recipientes isolantes para comida, caixas para ovos e embalagens almofadadas.
O PVC é usado para fabricar frascos rígidos e maleáveis, blister e filmes, e outras em-
Policloreto de balagens para as quais existe a necessidade de barreiras. A principal utilização do PVC
vinila (PVC) é na fabricação de bens duráveis, sendo usado também em cosméticos, produtos de
limpeza e da indústria automobilística, área médica e alimentícia, entre outros.
Polietileno
O PET é utilizado principalmente para a produção de frascos de refrigerantes e águas
tereftalado
minerais.
(PET)
Polietileno de O PEAD, na forma sem pigmentos, é usado em frascos de laticínios, água mineral e su-
alta densidade cos de frutas. Pigmentado, é usado em frascos de maior volume, para detergentes de
(PEAD) roupa, branqueadores, óleo de motor etc.
que é uma das mais comuns entre as embalagens, sendo utilizada na maior parte das
empresas.
(ABPO, 2009)
capa
(ABPO, 2009)
miolo
capa
Figura 2 – Papelão ondulado. (ABPO, 2009) Figura 3 – Papelão ondulado face simples.
(ABPO, 2009)
Figura 4 – Papelão ondulado parede tripla. Figura 5 – Papelão ondulado parede simples.
(ABPO, 2009)
(ABPO, 2009)
Figura 6 – Papelão ondulado parede múltipla. Figura 7 – Papelão ondulado parede dupla.
Módulo A
unitário
e
ad
did
fun
pro
meio
módulo
altura
1/2
1/4
2 larguras L 1/4
módulo
O que se deseja com os tamanhos múltiplos é fazer com que um palete, por exem-
plo, seja totalmente aproveitado, sem que o empilhamento das mercadorias fique
comprometido ou crie espaços entre as caixas. Dessa forma, uma vez determinado um
tamanho padrão de embalagem, pode-se desenvolver as outras de forma que duas
outras tenham o tamanho equivalente da primeira. Ou que duas do primeiro modelo
sejam equivalentes à nova. Isso tornará mais fácil a unitização de cargas.
Esse aspecto tem relação direta com a armazenagem, uma vez que fará com que
esta ganhe tempo movimentando produtos de forma mais rápida, não necessite parar
para reorganizar algum palete desmontado ou para juntar produtos caídos, e servirá
Embalagem
para controle, uma vez que as embalagens também têm essa função nos armazéns.
O custo da embalagem
Uma pesquisa realizada em 2003, publicada por Luego, Camargo Filho e Jacomi-
no (2003) analisou os impactos da troca de uma embalagem para tomates até então
utilizada, por outra desenvolvida pela Embrapa. O resumo do artigo relata o seguinte:
Quantificou-se a participação do custo da embalagem caixa “k” no custo de produção e no preço
de atacado do tomate, comparando com a participação do custo da embalagem caixa Embrapa,
no mesmo processo de comercialização. A substituição da embalagem caixa “k” pela embalagem
caixa Embrapa significa uma redução de 10,14% no custo de produção do tomate e uma redução
de 5,92% no preço de atacado do tomate, somente devido à embalagem. Isso significa aumento
de lucro de 10,14% para o produtor de tomate e aumento de lucro de 5,92% para o varejista. Se for
repassada essa diferença para o consumidor final, poderá haver maior estímulo ao consumo e/ou
melhoria de qualidade do produto.
Ao decidir por uma embalagem, é importante não esquecer que dentro dessa
embalagem estarão produtos que precisam ser movimentados e que, para essa ativi-
Texto complementar
Temos percebido que muitas organizações dão ênfase aos processos referentes
à fabricação, buscando meios que aumentem a produtividade, melhorem a quali-
dade e reduzam os custos dessa etapa que, sem sombra de dúvidas, é muito im-
portante. No entanto, os aspectos relacionados à forma como esses produtos serão
armazenados e transportados ainda não são muito considerados pelas empresas.
Embalagem
“No Japão, a manga é vendida quase como um artigo de butique, por até US$
30 a unidade”, explica Carlos Masili, diretor comercial de embalagens da Klabin.
Neste ano, a Klabin estima embarcar 500 mil caixas de papelão ondulado, atenden-
do a vários produtores de manga que se preparam para exportar para o Japão. “É
um bom começo”, avalia o diretor, que acredita que, depois da manga, virão a uva e
outras frutas brasileiras.
Bem, como podemos ver, já temos algumas excelentes notícias sobre a preocu-
pação dos produtores com os aspectos da embalagem no processo logístico.
Atividades
1. O que é embalagem? Qual a importância que ela exerce para a logística, para o
marketing e para a armazenagem?
Embalagem
Embalagem
BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J.; COOPER, M. Bixby. Gestão da Cadeia de Supri-
mentos e Logística. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
LUENGO, Rita de Fátima Alves; CAMARGO FILHO, Waldemar; JACOMINO, Ângelo Pedro.
Participação do custo da embalagem na composição do custo de produção e do preço
de atacado do tomate de mesa. Hortic. Bras., Brasília, v. 21, n. 4, dez. 2003. Disponível
em: <www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-05362003000400030-
&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 16 fev. 2010. Doi: 10.1590/S0102-0536200300040003.
MOURA, Reinaldo A.; BANZATO José Maurício. Embalagem, Unitização & Conteineri-
zação. IMAM: São Paulo, 2000.
Gabarito
GESTÃO DE
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