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MÓDULO VII – BPC

MISERABILIDADE

Lei n° 9.742/93. Art. 20, § 3º. Observados os demais critérios de elegibilidade definidos
nesta Lei, terão direito ao benefício financeiro de que trata o caput deste artigo a pessoa
com deficiência ou a pessoa idosa com renda familiar mensal per capita igual ou
inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo. (Redação dada pela Lei nº 14.176, de
2021)

§ 11. Para concessão do benefício de que trata o caput deste artigo, poderão ser
utilizados outros elementos probatórios da condição de miserabilidade do grupo familiar
e da situação de vulnerabilidade, conforme regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.146,
de 2015)

§ 11-A. O regulamento de que trata o § 11 deste artigo poderá ampliar o limite de renda
mensal familiar per capita previsto no § 3º deste artigo para até 1/2 (meio) salário-
mínimo, observado o disposto no art. 20-B desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.176, de
2021)

Art. 20-B. Na avaliação de outros elementos probatórios da condição de miserabilidade


e da situação de vulnerabilidade de que trata o § 11 do art. 20 desta Lei, serão
considerados os seguintes aspectos para ampliação do critério de aferição da renda
familiar mensal per capita de que trata o § 11-A do referido artigo: (Incluído pela Lei nº
14.176, de 2021)

I – o grau da deficiência; (Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021)

II – a dependência de terceiros para o desempenho de atividades básicas da vida diária;


e (Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021)

III – o comprometimento do orçamento do núcleo familiar de que trata o § 3º do art. 20


desta Lei exclusivamente com gastos médicos, com tratamentos de saúde, com fraldas,
com alimentos especiais e com medicamentos do idoso ou da pessoa com deficiência
não disponibilizados gratuitamente pelo SUS, ou com serviços não prestados pelo
Suas, desde que comprovadamente necessários à preservação da saúde e da vida.
(Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021)
§ 1º. A ampliação de que trata o caput deste artigo ocorrerá na forma de escalas
graduais, definidas em regulamento. (Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021)

§ 2º. Aplicam-se à pessoa com deficiência os elementos constantes dos incisos I e III
do caput deste artigo, e à pessoa idosa os constantes dos incisos II e III do caput deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021

§ 3º. O grau da deficiência de que trata o inciso I do caput deste artigo será aferido por
meio de instrumento de avaliação biopsicossocial, observados os termos dos §§ 1º e 2º
do art. 2º da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência),
e do § 6º do art. 20 e do art. 40-B desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021)

§ 4º. O valor referente ao comprometimento do orçamento do núcleo familiar com


gastos de que trata o inciso III do caput deste artigo será definido em ato conjunto do
Ministério da Cidadania, da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério
da Economia e do INSS, a partir de valores médios dos gastos realizados pelas famílias
exclusivamente com essas finalidades, facultada ao interessado a possibilidade de
comprovação, conforme critérios definidos em regulamento, de que os gastos efetivos
ultrapassam os valores médios.(Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021)

STF – Julgou Recurso Extraordinário. 567.985 e 580.963 em 2013 julgou


inconstitucional o parágrafo 3 do Artigo 20 da Lei n° 8.742/93, da análise pela renda
per capita de 1/4 do salário-mínimo por pessoa do grupo familiar, porém sem eficácia
vinculante, pois não foi tomada em controle abstrato de Constitucionalidade e também
não disse que critério deveria ser usado.

STJ - Tema 185: A limitação do valor da renda per capita familiar não deve ser
considerada a única forma de se comprovar que a pessoa não possui outros meios
para prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, pois é apenas
um elemento objetivo para se aferir a necessidade, ou seja, presume-se absolutamente
a miserabilidade quando comprovada a renda per capita inferior a 1/4 do salário
mínimo.

EXCLUSÃO DE BENEFÍCIO ASSISTENCIAL OU PREVIDENCIÁRIO DA


RENDA

Lei n° 10.741. Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não
possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é
assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica
da Assistência Social – Loas. (Vide Decreto nº 6.214, de 2007)
Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer membro da família nos termos
do caput não será computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que
se refere a Loas.

Tema 640. STJ fixou a tese de que o benefício previdenciário ou assistencial no valor
de um salário mínimo, recebido por idoso ou deficiente que faça parte do núcleo
familiar, não deve ser considerado na aferição da renda per capita prevista no artigo
20, parágrafo 3º, da lei 8.742/93, ante a interpretação do que dispõe o artigo 34,
parágrafo único, da lei 10.741/03 (estatuto do idoso).

Os ministros concluíram que o parágrafo único do artigo 34 do estatuto do idoso, por


analogia, deve ser aplicado ao deficiente. Segundo esse parágrafo, o benefício já
concedido a qualquer membro da família não será computado para os fins de cálculo
da renda familiar a que se refere à lei 8.742/93.

Lei 8.742/93. Art. 20. § 14. O benefício de prestação continuada ou o benefício


previdenciário no valor de até 1 (um) salário-mínimo concedido a idoso acima de 65
(sessenta e cinco) anos de idade ou pessoa com deficiência não será computado, para
fins de concessão do benefício de prestação continuada a outro idoso ou pessoa com
deficiência da mesma família, no cálculo da renda a que se refere o § 3º deste artigo.
(Incluído pela Lei nº 13.982, de 2020)

§ 15. O benefício de prestação continuada será devido a mais de um membro da


mesma família enquanto atendidos os requisitos exigidos nesta Lei.

GRUPO FAMILIAR ACUMULAÇÃO

Aposentadoria com Loas Idoso Sim – Salário-mínimo e aposentado


com 65 anos
Aposentadoria com Loas Deficiente Sim – Salário-mínimo e aposentado
com 65 anos
Pensão por morte com Loas Idoso Sim – Salário-mínimo e pensão por morte
com 65 anos
Pensão por morte com Loas Sim – Salário-mínimo e pensão com morte
Deficiente com 65 anos

BPC loas deficiente com BPC Loas Sim


Deficiente
BPC Loas Idoso com BPC Loas Sim
deficiente

BPC Loas Idoso com BPC Loas Idoso Sim

Analisar gastos com medicamentos não


fornecidos gratuitamente pelo Sistema
Outras acumulações Único de Saúde, alimentação especial,
transporte para tratamento de saúde,
cuidador, consultas médicas.

Portaria INSS n° 374, de 5 de maio de 2020

Art. 1º. Disciplinar os procedimentos aplicados ao reconhecimento do direito


ao Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) em decorrência das
alterações promovidas pela Lei nº 13.982, de 02 de abril de 2020, bem como
compatibilizá-los com as Ações Civis Públicas (ACP) em vigor.
§ 1º. As alterações promovidas pela Lei nº 13.982/2020 aplicam-se aos
pedidos de benefício com Data de Entrada do Requerimento - DER a partir
da data de sua publicação.
§ 2º. Para os benefícios pendentes de análise, com DER anterior a 02 de
abril de 2020, deve ser garantida a reafirmação da DER, se mais vantajosa.
Art. 2º. A partir de 2 de abril de 2020, os valores recebidos por componentes
do grupo familiar, idoso, acima de 65 (sessenta e cinco) anos de idade, ou
pessoa com deficiência, de BPC/LOAS ou de benefício previdenciário de até
um salário-mínimo, ficam excluídos da aferição da renda familiar mensal per
capita para fins de análise do direito ao BPC/LOAS

Decisão do CRPS

O INSS em processo de apuração de irregularidade suspendeu em


14/06/2019, o BPC Loas que a beneficiária percebia desde 08/02/2011, sob
a alegação de renda per capita superior a ¼ do salário-mínimo por pessoa do
grupo familiar, tendo em vista que, o cônjuge também recebe outro benefício
assistencial à pessoa com deficiência.
Em julgamento do Recurso Especial a 3° CAJ determinou através do Acórdão
n° 8358, de 27 de agosto de 2020, o restabelecimento do benefício a partir
de 02/04/2020, data da publicação da nova Lei que incluiu o § 14, no Art. 20
da Lei n° 8.742/93 (Lei orgânica da Assistência Social), onde passou a ser
desconsiderada a renda proveniente de um Benefício de Prestação
Continuada da Assistência Social – BPC para fins de concessão de outro
benefício assistencial:
Art. 20 (...).
(...).
§ 14. O benefício de prestação continuada ou o benefício previdenciário no
valor de até 1 (um) salário-mínimo concedido a idoso acima de 65 (sessenta
e cinco) anos de idade ou pessoa com deficiência não será computado, para
fins de concessão do benefício de prestação continuada a outro idoso ou
pessoa com deficiência da mesma família, no cálculo da renda a que se refere
o § 3º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.982, de 2020).

DEDUÇÃO DE GASTOS NA VIA ADMINISTRATIVA

ACP em VIGOR: 5044874-22.2013.4.04.7100/RS

Desde 04/05/2016, o INSS deve deduzir gastos mensais:

a) Alimentação especial
b) Medicamentos
c) Fraudas descartáveis
d) Consultas na área de saúde

- Declaração da secretária de saúde do município que não fornece


- Servidor encaminha para a Assistente Social do INSS para análise.

Memorando-Circular Conjunto INSS n° 58, de 16 de novembro de 2016

Obs. Quando a renda de ¼ ultrapassa o INSS coloca em exigência.

Portaria Conjunta MC/MTP/INSS Nº 14, de 7 DE outubro de 2021 – valor dos


gastos
PENTE FINO – APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES

Decreto 6214/07. Art. 47. O Benefício de Prestação Continuada será


suspenso nas seguintes hipóteses: (Redação dada pelo Decreto nº 9.462, de
2018)
I - superação das condições que deram origem ao benefício, previstas nos
art. 8º e art. 9º; (Redação dada pelo Decreto nº 9.462, de 2018)
II - identificação de irregularidade na concessão ou manutenção do
benefício; (Incluído pelo Decreto nº 9.462, de 2018)
III - não inscrição no CadÚnico após o fim do prazo estabelecido em ato do
Ministro de Estado do Desenvolvimento Social; (Incluído pelo Decreto nº
9.462, de 2018)
IV - não agendamento da reavaliação da deficiência até a data limite
estabelecida em convocação; (Incluído pelo Decreto nº 9.462, de 2018)
V - identificação de inconsistências ou insuficiências cadastrais que afetem
a avaliação da elegibilidade do beneficiário para fins de manutenção do
benefício, conforme o disposto em ato do Ministro de Estado do
Desenvolvimento Social; ou (Incluído pelo Decreto nº 9.462, de 2018)
VI - identificação de outras irregularidades. (Incluído pelo Decreto nº 9.462,
de 2018)

§ 1º. A suspensão do benefício deve ser precedida de notificação do


beneficiário, de seu representante legal ou de seu procurador,
preferencialmente pela rede bancária, sobre a irregularidade identificada e da
concessão do prazo de dez dias para a apresentação de defesa. (Redação
dada pelo Decreto nº 9.462, de 2018)
§ 2º. Se não for possível realizar a notificação de que trata o § 1º pela rede
bancária ou pelo correio, o valor do benefício será bloqueado. (Redação
dada pelo Decreto nº 9.462, de 2018)
§ 3º. O bloqueio do valor do benefício consiste no comando bancário que
impossibilita temporariamente a movimentação do valor referente ao
benefício, observadas as seguintes regras: (Redação dada pelo Decreto nº
9.462, de 2018)
I - o bloqueio terá duração máxima de um mês; (Incluído pelo Decreto nº
9.462, de 2018)
II - o valor do benefício será desbloqueado após contato do beneficiário,
do seu representante legal ou do seu procurador, por meio dos canais de
atendimento do INSS, presenciais ou remotos, ou de outros canais definidos
para esse fim; e (Incluído pelo Decreto nº 9.462, de 2018)
III - no momento da solicitação do desbloqueio, o INSS ou outros canais
definidos para esse fim deverão notificar o beneficiário, o seu representante
legal ou o seu procurador sobre a situação de irregularidade e sobre a
concessão do prazo para apresentação de defesa, devendo o interessado
confirmar ciência. (Incluído pelo Decreto nº 9.462, de 2018)
§ 4º. Após a notificação e o desbloqueio, o beneficiário, o seu
representante legal ou o seu procurador terá o prazo de dez dias para
apresentar a defesa junto aos canais de atendimento do INSS ou a outros
canais autorizados para esse fim. (Incluído pelo Decreto nº 9.462, de 2018)
§ 5º. O INSS terá o prazo de trinta dias, prorrogável por igual período, para
analisar a defesa interposta. (Redação dada pelo Decreto nº 9.462, de 2018)

§ 6º. O benefício será mantido caso a defesa apresentada seja acatada.


(Incluído pelo Decreto nº 9.462, de 2018)
§ 7º. A suspensão do pagamento do benefício consiste na interrupção do
envio do pagamento à rede bancária e observará as seguintes regras:
(Incluído pelo Decreto nº 9.462, de 2018)
I - o benefício será suspenso: (Incluído pelo Decreto nº 9.462, de 2018)
a) quando o beneficiário, o seu representante legal ou o procurador for
notificado e não apresentar defesa no prazo de dez dias; (Incluído pelo
Decreto nº 9.462, de 2018)
b) quando os elementos apresentados na defesa forem insuficientes;
(Incluído pelo Decreto nº 9.462, de 2018)
c) quando o beneficiário não entrar em contato com os canais de atendimento
do INSS ou outros canais autorizados para esse fim no prazo de trinta dias,
contado do bloqueio de que trata o § 3º; ou (Incluído pelo Decreto nº 9.462,
de 2018)
d) quando informada a ausência do beneficiário pelo representante legal ou
pelo procurador, na forma da lei; (Incluído pelo Decreto nº 9.462, de 2018)
II - o beneficiário, o seu representante legal ou o seu procurador deverá ser
comunicado sobre os motivos da suspensão do benefício e sobre o prazo de
trinta dias para a interposição de recurso junto aos canais de atendimento
do INSS ou a outros canais autorizados para esse fim; e (Incluído pelo
Decreto nº 9.462, de 2018)
III - o recurso interposto será analisado pelo Conselho de Recursos do Seguro
Social - CRSS. (Incluído pelo Decreto nº 9.462, de 2018)
§ 8º. A interposição de recurso não gera efeito suspensivo. (Incluído pelo
Decreto nº 9.462, de 2018)
§ 9º. O benefício será restabelecido caso o recurso interposto ao CRSS seja
provido, sendo devidos os valores desde a suspensão do benefício,
respeitado o teor da decisão. (Incluído pelo Decreto nº 9.462, de 2018)

Lei 8212/91. “Art. 69. O INSS manterá programa permanente de revisão da


concessão e da manutenção dos benefícios por ele administrados, a fim de
apurar irregularidades ou erros materiais. (Redação dada pela Lei nº 13.846,
de 2019)
§ 1º Na hipótese de haver indícios de irregularidade ou erros materiais na
concessão, na manutenção ou na revisão do benefício, o INSS notificará o
beneficiário, o seu representante legal ou o seu procurador para apresentar
defesa, provas ou documentos dos quais dispuser, no prazo de: (Incluído
pela Lei nº 13.846, de 2019)
I - 30 (trinta) dias, no caso de trabalhador urbano;
II - 60 (sessenta) dias, no caso de trabalhador rural individual e avulso,
agricultor familiar ou segurado especial.

Ofício SEI Circular nº 01/2020/DIRBEN/INSS, de 17 de janeiro de 2020.


Por analogia ao § 2º do Art. 69 da Lei 8.212/91 e por sua razoabilidade,
amplia-se para 30 (trinta) dias o prazo para o titular de Benefício de
Prestação Continuada – BPC – exercer o direito Ampla Defesa e
Contraditório quando notificado a apresentar defesa de indícios de
irregularidades identificados na concessão e/ou manutenção de seu
benefício assistencial.

Conforme a Nota nº 00038/2019/DAADM/PFE-INSS-SEDE/PGF/AGU, de


18/09/2019, a ampliação respeitará a razoabilidade de conceder um prazo
maior ao titular do BPC por presumir ser um cidadão em situação de
vulnerabilidade social.

OBS. Bloqueio cautelar (Portaria 14/2021)


ILMO. SENHOR GERENTE DO INSS DE ..........

...................................., brasileiro(a), casado(a), portador(a) do RG nº ..................... ,


SSP/.., inscrito(a) no CPF sob o nº ..................., residente e domiciliado na Rua
.............., SN, Bairro............., na cidade de ............................., Estado
do ............, com CEP. ........................., vem, perante Vossa Excelência,
propor:

CARTA DE DEFESA DE REGULARIDADE DE


BENEFÍCIO ASSISTENCIAL

Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS),


Autarquia Federal, com sede na Praça .................................., n° ........, na
cidade de .........................., com CEP. ............, pelos fatos e fundamentos
jurídicos a seguir expostos:

DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS

O Autor recebeu uma carta para comprovar a regularidade do seu


benefício (87/. ............... ), pois foi detectado possível existência de renda per
capita superior a ¼ do salário-mínimo por pessoa, pois apareceu uma renda
de R$ 994,00 em nome de EDCARLOS PEREIRA DA SILVA.
O irmão EDCARLOS PEREIRA DA SILVA é apenas representante legal
do beneficiário, e não faz parte do grupo familiar, pois é CASADO e tem 2 filhos

O conceito de família do BPC envolve o requerente, o cônjuge ou


companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto,
os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados,
desde que vivam sob o mesmo teto.
Conforme o artigo 20 da lei orgânica da Assistência Social n° 8.742/93,
que trata sobre o grupo familiar:

“Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um


salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com
65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir
meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por
sua família. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)

§ 1o Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta


pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na
ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos
solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados,
desde que vivam sob o mesmo teto. (Redação dada pela Lei nº
12.435, de 2011)”. (grifo nosso).
Na análise do processo verifica-se que foi incluído indevidamente no grupo
familiar o irmão casado EDCARLOS PEREIRA DA SILVA (Certidão de
casamento em anexo).
Não resta dúvida que a informação da renda foi equivocada, o beneficiário
é hipossuficiente, dependente da renda do seu benefício para sobreviver.

DO PEDIDO

ANTE O EXPOSTO, requer:

A manutenção do respectivo benefício por ser a mais inteira justiça.

Nesses Termos;

Pede Deferimento.

Cidade, data

Beneficiário

ILMO. SENHOR GERENTE DO INSS DE ..........

...................................., brasileiro(a), casado(a), portador(a) do RG nº ...........,


SSP/.., inscrito(a) no CPF sob o nº ..................., residente e domiciliado na Rua
.............., SN, Bairro............., na cidade de ............................., Estado
do ............, com CEP. ........................., vem, perante Vossa Excelência,
propor:

CARTA DE DEFESA DE REGULARIDADE DE


BENEFÍCIO ASSISTENCIAL

Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS),


Autarquia Federal, com sede na Praça .................................., n° ........, na
cidade de .........................., com CEP. ............, pelos fatos e fundamentos
jurídicos a seguir expostos:
DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS

O Autor recebeu uma carta para comprovar a regularidade do seu


benefício (87/...............), pois foi detectado possível existência de renda per
capita superior a ¼ do salário-mínimo por pessoa, pois apareceu uma renda
de R$ 2.325,89.
O fato não condiz com a realidade, pois o beneficiário não tem
conhecimento dessa renda, não consta nada no CNIS nem no CADUNICO,
não sabe de onde apareceu essa informação, pois sobrevive apenas do
benefício que recebe.
Conforme parecer social (anexo), o beneficiário possui TRANSTORNOS
MENTAIS e mora sozinho em casa simples, sendo pessoa em condição de
MISERABILIDADE.
Não resta dúvida que a informação da renda foi equivocada, o beneficiário
é hipossuficiente, dependente da renda do seu benefício para sobreviver.

DO PEDIDO

ANTE O EXPOSTO, requer:

A manutenção do respectivo benefício por ser a mais inteira justiça.

Nesses Termos;

Pede Deferimento.

Cidade, data

Beneficíário

ILMO. SENHOR GERENTE DO INSS DE ..........

...................................., brasileiro(a), casado(a), portador(a) do RG nº ...........,


SSP/.., inscrito(a) no CPF sob o nº ..................., residente e domiciliado na Rua
.............., SN, Bairro............., na cidade de ............................., Estado
do ............, com CEP. ........................., vem, perante Vossa Excelência,
propor:
CARTA DE DEFESA DE REGULARIDADE DE
BENEFÍCIO ASSISTENCIAL

Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS),


Autarquia Federal, com sede na Praça .................................., n° ........, na
cidade de .........................., com CEP. ............, pelos fatos e fundamentos
jurídicos a seguir expostos:

DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS

A autora recebeu uma carta para comprovar a regularidade do seu


benefício (87/...............), pois foi detectado possível existência de renda per
capita superior a ¼ do salário-mínimo por pessoa, pois informa que seu pai
MANOEL DE SOUSA SILVA , faz parte do grupo familiar.
O fato não condiz com a realidade, pois a beneficiária possui outro grupo
familiar, reside com seu companheiro VANDERLEI DE JESUS OLIVEIRA e
uma filha LUDMILLA DA SILVA OLIVEIRA
O grupo familiar reside em outra residência, conforme comprova os
comprovantes de residência seu (CU 1650739-8) e de seus pais (CU
1526180-8).
O conceito de família do BPC envolve o requerente, o cônjuge ou
companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto,
os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados,
desde que vivam sob o mesmo teto.
Nos Moldes da Portaria Conjunta MDS n° 03, de 21/09/2018. Art. 8, § 1º
Não compõem o grupo familiar, para efeitos do cálculo da renda mensal
familiar per capita:
II - o filho ou o enteado que tenha constituído união estável,
ainda que resida sob o mesmo teto;
Dessa forma, resta comprovado que a renda decorrente do PAI não deve
ser computada no cálculo do grupo familiar, tendo em vista que, não
pertencem mais ao mesmo grupo familiar, nem residem sob o mesmo teto.

DO PEDIDO

ANTE O EXPOSTO, requer:

A manutenção do respectivo benefício por ser a mais inteira justiça.


Nesses Termos;

Pede Deferimento.

Cidade, data

Beneficíário

PENSÃO POR MORTE PARA DEPENDENTES DE INSTITUIDOR QUE


PERCEBIA BPC LOAS

Erro do INSS na concessão do benefício – Tese do melhor benefício.

Portaria 993/22. Art. 4º. Nos Processos Administrativos Previdenciários serão observados,
entre outros, os seguintes preceitos:
VII - o dever de prestar ao interessado, em todas as fases do processo, os
esclarecimentos necessários para o exercício dos seus direitos, tais como
documentação indispensável ao requerimento administrativo, prazos para a prática de
atos, abrangência e limite dos recursos, não sendo necessária, para tanto, a intermediação
de terceiros”.
Portaria 993/22. Art. 107. O INSS deve conceder o melhor benefício a que o segurado
fizer jus, cabendo ao servidor orientar nesse sentido.

Tema 225. TNU. É possível a concessão de pensão por morte quando o instituidor, apesar
de titular de benefício assistencial, tinha direito adquirido a benefício previdenciário não
concedido pela Administração.

- Beneficiário falecido Rural


- Beneficiário falecido Urbano

PAGAMENTO COMO FACULTATIVO


Portaria Conjunta MDS n° 03, de 21 de setembro de 2018. Art. 8. III, a) o salário de
contribuição não integra a renda mensal bruta familiar quando o requerente do BPC, o
beneficiário ou os demais membros do grupo familiar contribuírem como segurados
facultativos do Regime Geral da Previdência Social – RGPS.
Art. 29. A contribuição do beneficiário como segurado facultativo da Previdência Social
não acarretará a suspensão do pagamento do BPC.

OBS. Facultativo 5%

BPC PARA ESTRANGEIROS

Recurso Extraordinário (RE) 587970. Informativo 861. Os estrangeiros residentes no


país são beneficiários da assistência social prevista no artigo 203, inciso V, da Constituição
Federal, uma vez atendidos os requisitos constitucionais e legais.

REQUERIMENTO PELO INSS DIGITAL

- Documentação: Formulário preenchido


- Termo de representação
- Procuração
- Documentos pessoais
- Documentos pessoais do grupo familiar
- Comprovante de residência
- Requerimento administrativo
- Cadastro no Cadunico (basta ter ou será colocado em exigência)
- Parecer Social (Quando for fazer a avaliação social - Facultativo)
- Documentos médicos (Quando for fazer a perícia).

OBS. Marcação de Avaliação Social e Perícia somente pelo Meu INSS

AUXÍLIO-INCLUSÃO

O auxílio-inclusão é um benefício assistencial, criado pelo governo e que está


previsto na Lei 14.176 de 22 de junho de 2021.
Benefício criado para apoiar e estimular a inclusão de pessoas com deficiência que
estejam recebendo BPC a retornar ao mercado de trabalho, sem que percam toda sua
renda.
Para ter direito ao auxílio-inclusão é preciso que os beneficiários cumpram alguns
requisitos exigidos por lei. Veja quais são:

a) Estar recebendo ou ter recebido o BPC nos últimos 5 anos;


b) Começar a exercer atividade remunerada com pagamento inferior a 2 salários
mínimos;
c) Possuir renda familiar por pessoa igual ou inferior a ¼ do salário mínimo, antes do
retorno ao mercado de trabalho;
d) Ter inscrição atualizada no Cadastro Único;
e) Estar com CPF regularizado

De acordo com a lei, o beneficiário que conseguir retornar ao mercado de trabalho


receberá o auxílio-inclusão equivalente a 50% do valor do BPC.

O Auxílio-Inclusão NÃO pode ser acumulado com:


a) BPC;
b) Aposentadoria, pensões ou benefícios por incapacidade de qualquer regime de
previdência social; e
c) Seguro-desemprego.
O Auxílio-Inclusão não recebe desconto de qualquer contribuição nem gera direito a
13º salário.

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