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PILARES FUNDAMENTAIS DA PSICANÁLISE

Freud constituiu a mente humana como um aparelho psíquico


vivo, formado por componentes, um aparelho vivo, consome e
processa determinada energia, que ele denominou como
ENERGIA PSÍQUICA.
Essa energia deveria ter uma fonte, teria que vir de algum lugar.
Logo, propôs que ela só poderia ser originária e proveniente de
estímulos do próprio corpo humano e, a partir dele,
disponibilizada para os processos mentais.
Nos animais, a energia psíquica manifesta-se em forma de
instinto. Ele entendeu que o instinto é um padrão de
comportamento típico, geneticamente determinado conforme
cada espécie de animal.
Freud postulou então que o ser humano não apresenta o instinto
que encontramos nos animais, mas possui um tipo especial de
instinto, que denominou pulsão
A pulsão: refere-se à energia psíquica, proveniente das
necessidades biológicas do corpo humano.
Na teoria psicanalítica, descarga motora refere-se à necessidade
do corpo de movimentar-se em resposta a uma pulsão para
“gastar” ou “descarregar” uma certa quantidade de energia
psíquica.
Por exemplo: quando um bebê sente pouca fome, enquanto
aguarda sua mãe, chora pouco e pode mexer-se no berço
enquanto brinca com o móbile pendurado na cabeceira de seu
leito. Mas se está esfomeado, chora muito, grita e berra,
enquanto agita braços e pernas de maneira frenética, até que
sua necessidade seja atendida.
O objeto de uma pulsão pode ser uma pessoa total, parte de
uma pessoa ou um objeto real.
Por exemplo: quando namorando, uma jovem sente atração
sexual por seu parceiro. Para ela, o seu objeto de amor é a
pessoa do parceiro, como um todo (objeto total).
Por outro lado, para um bebê recém-nascido faminto, o objeto
de sua pulsão é o seio materno cheio de leite (o seio é um objeto
parcial, apenas uma parte de sua mãe). E para um adulto
faminto, o objeto de sua pulsão alimentar é um alimento, no
caso, um objeto real.
A primeira tópica de Freud é um modelo teórico que ele
desenvolveu para entender a estrutura da mente humana.
Ela consiste em três partes: o consciente, o pré-consciente e o
inconsciente.
1- Consciente: é onde temos pensamentos e percepções
atuais.
2- Pré-consciente: guarda informações acessíveis à
consciência.
3- Inconsciente: contém conteúdos reprimidos e impulsos
não conscientes que influenciam nosso comportamento.

Esse modelo foi posteriormente substituído pela segunda tópica,


mas ainda é fundamental para a compreensão da psicanálise.
A SEGUNDA TÓPICA de Freud é um modelo psicológico que ele
desenvolveu para compreender a estrutura da mente humana.
Ela é dividida em três partes: o Id, o Ego e o Superego.
1- Id: O Id é a parte mais primitiva e impulsiva da mente. É
onde os instintos básicos e desejos são armazenados, como
fome, sede e desejo sexual. Opera no princípio do prazer,
buscando satisfação imediata sem se preocupar com as
consequências ou com a realidade.

2- Ego: O Ego age como o mediador entre o Id e o mundo


exterior. Ele opera no princípio da realidade, considerando
as restrições do mundo real ao satisfazer os desejos do Id.
O Ego busca encontrar soluções realistas para atender às
necessidades do Id de maneira socialmente aceitável.

3- Superego: O Superego representa a moral e os valores


internalizados da sociedade e dos pais. Ele atua como um
"juiz interno", avaliando o comportamento do Ego em
relação a padrões éticos e morais. O Superego pode impor
sentimentos de culpa ou orgulho, dependendo se os
comportamentos estão de acordo ou em conflito com os
valores internalizados.

Na segunda tópica, a mente é vista como um conflito constante


entre essas três partes. O Ego tenta equilibrar as demandas do Id
e as expectativas do Superego, muitas vezes recorrendo a
mecanismos de defesa (como repressão, negação, projeção) para
lidar com conflitos internos e reduzir a ansiedade.

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