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Samuel Werlang e Gabriel Khayat

1. Se a política educacional diz respeito à educação, e a educação está em


diversos lugares, então a política educacional está onde está a educação
(p.14). Está correta essa afirmação? Justifique a resposta.
A afirmação citada não está correta, pois a educação é o ato de ensinar
determinado assunto ao outro, e não requer qualquer forma de estruturação.
Em contrapartida, o dever das políticas educacionais é orientar e dar sentido às
ações nas escolas, e sistematizar a forma ensino, universalizando a educação
para as diversas regiões do país e garantindo o acesso a todos. Portanto, é
válido salientar que a política educacional é diretamente relacionada à
educação, mas não necessariamente está presente em todas as ocasiões.

2. Justifique a relevância do estudo sobre as políticas educacionais


O estudo das políticas educacionais é essencial para compreender as
ações governamentais no campo da educação, ou seja, as leis e documentos
oficiais, pois são elas que sistematizam e dão sentido às ações nas escolas.
Ademais, políticas educacionais permitem que os governos e outras
organizações possam avaliar e melhorar a qualidade da educação oferecida
aos cidadãos. Isso inclui avaliar o currículo escolar, as práticas de ensino, a
formação de professores, o financiamento da educação, a inclusão social, entre
outros aspectos. O papel dos professores, nesse âmbito, é estudar as políticas
educacionais e adotar uma postura crítica em relação as mesmas, com o intuito
de melhorar a qualidade de ensino de seus alunos. Por fim, o estudo dessa
área é relevante porque permite que as pessoas possam entender os
processos políticos e sociais que influenciam a educação em diferentes países
e contextos. Isso permite que as pessoas possam se envolver de forma mais
consciente e crítica nos debates sobre educação e ajudar a moldar o futuro da
educação em suas comunidades e países.

3. Considerando o texto que trata das funções da escola, escolha um autor e


reflita duas ideias centrais do teórico escolhido.
Pierre Bourdieu foi um sociólogo que contribuiu imensamente para a
educação. Bourdieu argumentava que a educação reproduz as desigualdades
sociais existentes. Ele acreditava que as crianças de famílias mais ricas têm
mais oportunidades educacionais do que aquelas de famílias mais pobres e,
portanto, têm mais chances de alcançar sucesso na vida. De acordo com o
francês, a educação reproduz as desigualdades sociais porque as escolas
tendem a valorizar as habilidades e conhecimentos que são mais comuns nas
famílias mais ricas e privilegiadas. Isso resulta em um sistema onde as
crianças de famílias mais ricas têm uma vantagem injusta em relação às
crianças de famílias mais pobres. Além disso, Bourdieu também descrevia o
conceito de "capital cultural", que se refere ao conhecimento, habilidades e
valores que são valorizados em uma determinada cultura. Segundo o
sociólogo, as pessoas que possuem mais capital cultural tendem a ter mais
sucesso na vida, porque estão melhor equipadas para navegar no mundo e se
adaptar às expectativas da sociedade. Isso significa que a educação não é
apenas sobre a transmissão de conhecimento, mas também sobre a
transmissão de valores culturais e habilidades que são valorizadas pela
sociedade em geral. Bourdieu defendia que a escola tende a valorizar e
recompensar aqueles que possuem mais capital cultural, o que pode contribuir
para a reprodução das desigualdades sociais.

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