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UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE CABO VERDE

INSTITUTO PIAGET

CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM

HIPERTENSÃO NA GRAVIDEZ

VANDERLEY LOPES BANDEIRA ANTÓNIO

São Tomé, 2023


UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE CABO VERDE

INSTITUTO PIAGET

CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM

HIPERTENSÃO GRAVIDEZ

Trabalho de conclusão de Curso apresentado à


Universidade Jean Piaget de Cabo Verde, como requisito
parcial para obtenção do título de Licenciado em
Enfermagem.

Orientadora: Professora Doutora Ana Moniz

São Tomé, 2023


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................................4

2 JUSTIFICAÇÃO........................................................................................................................5

3 OBJECTIVOS............................................................................................................................5

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................................6

5 METODOLOGIA......................................................................................................................8

6 CRONOGRAMA.......................................................................................................................9

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................10
Introdução

No o âmbito do curso de licenciatura em enfermagem, no Instituto Jean Piaget, foi-nos


proposto a elaboração de um projecto. O principal objectivo é a obtenção de um estudo
de carácter científico e investigativo sobre a temática: Hipertensão na gravidez.

A hipertensão arterial é um problema médico comum na gravidez, e tem se verificado


através da evolução da ciência, a prevalência das complicações hipertensivas na
gravidez tem aumentando em todo mundo. As principais causas da hipertensão na
gravidez são os factos das mulheres engravidarem cada vez mais tarde, e o grande
aumento na prevalência da obesidade que se tem verificado em todo o mundo. Cerca de
15% das gravidezes são complicadas por hipertensão arterial, sendo que 20% destas
decorrem em mulheres previamente hipertensas; aproximadamente 5% a 6% das
mulheres grávidas vêem o seu estado clínico complicado por hipertensão gestacional,
que, em 1% a 2% dos casos, evolui para pré-eclâmpsia.

No mundo, a hipertensão arterial é responsável por cerca de um quarto dos


internamentos e é a segunda causa de morte materna.

Os distúrbios hipertensivos na gravidez estão relacionados a uma significativa


morbilidade e mortalidade materna, fetal e neonatal. Para além das possíveis
consequências imediatas para a mãe e para o bebé, tem-se comprovado que uma
gravidez complicada por hipertensão arterial revela uma predisposição para doença
cardiovascular e funciona como stress test que identifica mulheres em risco de doença
futura. Apesar dos avanços científicos, continua a não estar completamente esclarecido
como é que a gravidez instiga ou agrava a hipertensão.

A definição de hipertensão arterial na gravidez tem variado largamente ao longo do


tempo, mas nos últimos anos as diferentes recomendações têm sido mais uniformes no
valor de PA limite para a mesma a hipertensão arterial na gravidez define-se com PAS
maior igual de 140 mmHg e ou PA maior igual que 90 mmHg em duas ocasiões
diferentes com pelo menos quatro horas de diferença. Ao contrário da classificação
habitual por graus de hipertensão arterial para a população geral, na grávida existe
apenas a definição de hipertensão arterial e de hipertensão arterial grave. Esta última
define-se como PAS maior igual de 160 mmHg e PAD maior igual 110mmHg em duas
ocasiões diferentes com pelo menos quatro horas de diferença.
JUSTIFICAÇÃO

A hipertensão arterial constitui um problema de saúde pública, e associado á gravidez


constitui um factor causador da mortalidade e morbilidade materno infantil.

OBJECTIVO

Geral:

 Aprofundar e adquirir conhecimentos sobre a hipertensão na gravidez

Específicos:

 Conhecer as intervenções de Enfermagem prestados as grávidas com hipertensão


arterial
 Aprofundar os conhecimentos sobre a hipertensão arterial na gravidez
 Elaborar um folheto informativo para grávidas com hipertensão arterial
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A definição de HTA na gravidez tem variado largamente ao longo do tempo, mas nos
últimos anos as diferentes recomendações têm sido mais uniformes no valor de PA
limite para a mesma – a HTA na gravidez define-se como PAS ≥ 140 mmHg e/ou PA ≥
90 mmHg em duas ocasiões diferentes com pelo menos quatro horas diferença. Ao
contrário da classificação habitual por graus de HTA para a população geral, na grávida
existe apenas a definição de HTA e de HTA grave. Esta última define-se como PAS ≥
160 mmHg e/ou PAD ≥ 110 mmHg (em duas ocasiões diferentes com pelo menos
quatro horas de diferença).

A hipertensão arterial (HTA) é um problema médico comum na gravidez. Verifica-se


aliás, que ao contrário do que seria expectável, dada a evolução da ciência, a
prevalência das complicações hipertensivas na gravidez tem aumentado em todo o
mundo. As principais causas para este agravamento são o facto de as mulheres
engravidarem cada vez mais tardiamente, e o grande aumento na prevalência da
obesidade que se tem verificado em todo o mundo.

Os distúrbios hipertensivos na gravidez estão arrolados a uma significativa morbilidade


e mortalidade materna, fetal e neonatal. Para além das possíveis consequências
imediatas para a mãe e para o bebé, tem-se comprovado que uma gravidez complicada
por HTA revela uma predisposição para doença cardiovascular e funciona como um
stress test que identifica mulheres em risco de doença futura. Apesar dos avanços
científicos, continua a não estar completamente esclarecido como é que a gravidez
instiga ou agrava a hipertensão.

ALTERAÇÕES ADAPTATIVAS, FISIOLÓGICAS, DA PRESSÃO ARTERIAL


DURANTE A GRAVIDEZ.

A gravidez é normalmente acompanhada por um conjunto de alterações


hemodinâmicas e vasculares que começam desde muito cedo e tendem a atingir o seu
máximo durante o segundo trimestre, estabilizando depois até ao parto. No conjunto,
visam concorrer para o crescimento e desenvolvimento harmonioso fetal e para proteger
a mãe dos riscos inerentes ao stress (em particular, o hemorrágico) do parto. Regista-se,
assim, um aumento do débito cardíaco, com retenção de sódio e água e expansão do
volume sanguíneo (e da massa eritrocitária), e uma diminuição das resistências
vasculares periféricas e da pressão arterial sistémica. Durante o primeiro trimestre há
uma descida da pressão arterial (PA), em especial da pressão diastólica (8 a 15 mmHg),
relacionada com processos dependentes de mediadores autacoides vasodilatadores. Esta
“queda” inicial continua a fazer-se sentir até às 20-24 semanas, altura em que
hipertensão “de bata branca” e na identificação precoce das mulheres predispostas a
hipertensão da gestação ou a PE (com valores médios diurnos e nocturnos
significativamente mais elevados, durante o 1º trimestre, e com maior “embotamento”
do padrão de dipping nocturno, no 3º trimestre, nas mulheres em que ocorre PE).

A determinação do momento ideal para realizar o parto depende da avaliação adequada


do bem-estar fetal, da idade gestacional e do tipo de patologia hipertensiva. Nos casos
de HTA gestacional ou PE não grave, está recomendada a vigilância semanal até às 37
semanas idealmente com ecografia fetal, medição da PA e análises que incluam pelo
menos hemograma com plaquetas, transaminases, função renal. No caso de PE grave ou
eclâmpsia está recomendado o parto. Se a gestação ainda não tiver atingido as 34
semanas devem ser administrados corticoides para maturação pulmonar fetal, e
promover ao máximo a estabilização hemodinâmica da grávida. Seja como for, o parto é
o único tratamento eficaz para as emergências hipertensivas da grávida. A escolha entre
um parto vaginal/ eutócico ou cesariana depende da estabilidade e da decisão obstétrica
ou evolução esperada. O tratamento anti-hipertensor deve ser continuado no processo do
parto.
Metodologia

Para elaboração desse projecto estou baseando no método quantitativo através dos
procedimentos que incluem a colheita de dados que será aplicado um questionário
estruturado, com o objectivo de levar máximo de informações dos utentes.

Para identificar as fontes que possam interessar a pesquise, será realizado também uma
busca exploratório em material bibliográfico, pesquisa em livros, sites, artigos
científicos de base de dados, consulta pela Google, Wikipédia livre.

Este trabalho terá como campo de estudo o Centro de Saúde do Distrito de Lobata e os
Postos Sanitários precisamente no Centro de Promoção materno infantil (PMI), onde
será desenvolvido o estudo com 30 pacientes que vão a consulta pré-natal nesses
serviços. Os serviços está situado no Distrito de Lobata, Ilha de São Tomé, em São
Tomé e Príncipe, tem cerca de 19,4 mil habitantes e 105km quadrados e tem sua sede na
Vila de Guadalupe, os serviços funcionam diariamente das 8 às 16 horas.
Cronograma

Tempo da execução das actividades


Duração (mês)
Acções / Intervenções Fevereir
Março Abril Maio Junho
o
Semana Semana Semana Semana Semana
3-
1-2 3-4 1-2 3-4 1-2 3-4 1-2 3-4 1-2
4
ETAPA A1: Pré-projeto
1 Escolha do Tema

2 Levantamento bibliográfico

3 Elaboração metodológica

4 Entrega da proposta
ETAPA A2: Preparação do trabalho
Recolha, análise e
5
interpretação de dados
6 Redacção do Projecto

7 Entrega do Projecto
ETAPA A3: Consolidação/Conclusão final
8 Defesa do Trabalho
Referências Bibliográfica

Regitz-Zagrosek V, Roos-Hesselink JW, Bauersachs J, Blomström-Lundqvist C,


Cífková R, De Bonis M, et al. 2018 ESC Guidelines for the management of
cardiovascular diseases during pregnancy.

Brouwers L, van der Meiden-van Roest AJ, Savelkoul C, Vogelvang TE, Lely AT,
Franx A, van Rijn BB. Recurrence of pre-eclampsia and the risk of future hypertension
and cardiovascular disease: a systematic review and meta- -analysis.

World Health Organízatícn. Maternal mortality in 2005: estimates developed by WHO,


UNICEF, UNFPA and the Warld Bank [Internet]. [citado 2009 out 14]. Disponível em:
bttp://www:who.int/reproductive- -health/publications/maternal mortahty
2005/index.html,

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