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Disciplina: Fisioterapia Aquática

Discente: Camila Beatriz de Sousa Moura – Mat.: 20014559


Curso: Fisioterapia Turma: 6°Período – Manhã
Docente: Prof° Osmar Filho

ARTIGO: A EFICÁCIA DA HIDROTERAPIA NA REDUÇÃO DA SINTOMATOLOGIA


DOS PACIENTES COM FIBROMIALGIA

A fibromialgia é considerada uma síndrome dolorosa de etiologia desconhecida, tem


predominância em mulheres e gera limitações funcionais, interferindo diretamente na qualidade de
vida. Patologia crônica musculoesquelética, caracterizada por diversos tipos de dor (queimação,
pontada, peso, “tipo de cansaço” ou como uma contusão). Freqüentemente a fibromialgia é
acompanhada por fadiga generalizada, alterações do sono, rigidez matinal, diminuição da aptidão
cardiorrespiratória, dispnéia, ansiedade, mudanças de humor, que podem evoluir para um quadro de
depressão, sendo este um dos sintomas mais freqüentes em portadores da síndrome.
Para que o diagnóstico da fibromialgia seja realizado de forma adequada são utilizados
critérios como: dor difusa, dor crônica com mais de três meses, distribuído pelos quatro quadrantes
do corpo, e dor excessiva à palpação em pelo menos 11 dos 18 tender points, após uma pressão
superior a quatro Kg/cm2. Atualmente a fisioterapia visa a redução dos sintomas possibilitando ao
paciente maior tolerância ao desconforto e as limitações causadas pela dor, assim como melhorar e
promover a manutenção das Atividades de Vida Diária e Atividades de Vida Profissional.
A hidroterapia é um dos métodos terapêuticos mais integrados para os portadores da
síndrome fibromiálgica. Pois se trata de uma abordagem terapêutica abrangente que utiliza os
exercícios realizando a imersão do corpo, ou parte deste em meio aquático utilizando os efeitos
físicos, fisiológicos e cinesiológicos a fim de reduzir a perda da mobilidade e da força muscular,
prevenindo a instalação da fraqueza por desuso e as alterações das relações de comprimento e tensão
da musculatura, impedindo assim, a perda da função (BASTOS, 2003; BIASOLI et al., 2006;
BIEZUS, 2004; FRANZEN et al., 2004; CUNHA et al., 2003).
Os recursos hidroterápicos proporcionam uma redução dos sintomas da fibromialgia, pois os
movimentos na água são lentos, dando suporte às estruturas corporais permitindo um aumento da
mobilidade ocasionando alongamentos mais eficientes. As propriedades físicas da água promovem
alguns efeitos importantes no tratamento. A densidade relativa determina a capacidade de flutuação
do corpo, diminuindo o impacto dos exercícios sobre as articulações dolorosas em pacientes
fibromiálgicos. A Pressão Hidrostática associada a densidade relativa, gera uma compressão sobre
todos os sistemas do corpo, especialmente no sistema cardiovascular, encaminhando o sangue das
extremidades e vasos abdominais para os grandes vasos do tórax e do coração, aumentando a
circulação e por conseguinte, a oxigenação muscular e o fluxo sanguíneo.
O Empuxo oferece a sustentação ao peso corporal, diminuindo a sobrecarga nos membros
inferiores, auxiliando na execução dos exercícios com mais facilidade. A Viscosidade é outra
propriedade importante, pois gera efeitos de resistência aos exercícios, contribuindo para o
fortalecimento muscular dos pacientes com fibromialgia. A temperatura da água deve estar em torno
de 33-36 º C, devido a sua capacidade de reter e transferir calor melhorando a circulação periférica
induzindo a analgesia gerando conforto ao paciente.
Portanto, conclui-se que a hidroterapia é eficaz na melhora do quadro álgico e na
sintomatologia da fibromialgia para a uma melhor qualidade de vida e melhor desempenho
funcional. Estudos concluíram que durante a imersão é possível que a maior parte do débito cardíaco
aumentado seja redistribuído para a pele e músculos. A distribuição de oxigênio é aumentada
significativamente durante a imersão alterando a frequência cardíaca. Sendo que sua relação com o
gasto energético é de suma importância, pois a mesma é comumente utilizada para descrever e
regular a intensidade metabólica dos exercícios.

REFERÊNCIAS

BASTOS, Carina Correa; OLIVEIRA, Ediléa Monteiro. Síndrome da fibromialgia: Tratamento em


piscina aquecida. Lato & Sensu, Belém, v. 4, n°1, p. 3- 5,out, 2003.

BIASOLI, Maria Cristina; MACHADO, Christiane Márcia Cassiano. Hidroterapia: aplicabilidades


clínicas. Revista Brasileira de Medicina, n°.63, p. 6-9, maio de 2006.

DE OLIVEIRA, Camila Acevedo et al. A eficácia da hidroterapia na redução da sintomatologia dos


pacientes com fibromialgia. Revista Eletrônica Faculdade Montes Belos, v. 8, n. 3, 2016.
Disponívem em: http://revista.fmb.edu.br/index.php/fmb/article/view/188. Acesso em 04 de out de
2022. (REFERÊNCIA DO ARTIGO PESQUISADO)

BIEZUS, Juliana. Comparação da influência das modalidades terapêuticas aquáticas, exercícios


gerais e relaxamento passivo no comportamento da dor de pacientes com fibromialgia. Monografias
do Curso de Fisioterapia – UNIOESTE n. 01, p. 7- 9, 2004, ISSN 1678-8265.

CUNHA, Márcia Gouveia; CAROMANO, Fátima Aparecida. Efeitos fisiológicos da imersão e sua
relação com a privação sensorial e o relaxamento em hidroterapia. Revista Terapia Ocupacional da
Universidade de São Paulo, v. 14, n. 2, p. 95- 103, maio/agosto, 2003.

FRANZEN, C. G.; IDE, M. R. Influência do exercício aeróbico aquático na qualidade de vida de


pacientes com fibromialgia: Revisão narrativa. Arquivo Ciência da Saúde UNIPAR, Umuarama,
vol.8, janeiro/abril, p.55-62, 2004.

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