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ASPECTOS GERAIS DO EXERCÍCIO PARA PESSOAS COM FIBROMIALGIA

A Fibromialgia é considerada uma síndrome crônica composta por dor variável difusa pelo corpo,
fadiga, distúrbio de sono, alterações do humor, alterações autonômicas, alterações cognitivas e
sensação de rigidez no aparelho locomotor.

A Fibromialgia acomete 2% da população mundial, sendo 6 vezes mais comum em mulheres


acima de 18 anos, podendo coexistir com outras doenças reumáticas como por exemplo a artrite
reumatoide, osteartrite e o lúpus eritematoso. Como o principal sintoma é a dor difusa nos
músculos e articulações, alterações na fisiologia cerebral, em especial na atividade de
neurotransmissores relacionados à percepção de dor, alterações no eixo hipotálamo-hipófise-
supra renal e alterações na funcionalidade do sistema nervoso autônomo são as principais
hipóteses causais.

O tratamento da Fibromialgia consiste em abordagem medicamentosa em conjunto com a


abordagem NÃO MEDICAMENTOSA. Nesse sentido, a abordagem NÃO MEDICAMENTOSA
envolve:

1) Educar o paciente e a família sobre a necessidade de tratamento contínuo da doença para


promoção da qualidade de vida;

2) Educar o paciente para a necessidade da prática regular de exercício físico;

3) O profissional de Educação Física deve considerar na prescrição do exercício a condição


neuromuscular e aeróbica de cada aluno, tornando a prática de exercício tolerável, agradável e
motivante, para garantir maior adesão pelo paciente;

O objetivo da pratica regular de exercício físico é:

 Promover analgesia;
 Diminuição da percepção de dor muscular;
 Diminuição do estado de fadiga;
 Minimizar os distúrbios do sono;
 Aumento da capacidade aeróbica;
 Aumento da força e endurance muscular;
 Aumento da amplitude de movimento;
 Diminuição da rigidez muscular;
 Maximizar a qualidade de vida do paciente;

Nesse sentido, a combinação de exercícios aeróbicos, resistidos e de flexibilidade é indicada


segundo as diretrizes científica do American College of Rheumatology (2017). Por outro lado,
apesar das diretrizes que norteiam a tomada de decisões dos profissionais em relação à
prescrição do exercício, a organização do programa de exercício deve ser específica para cada
paciente, respeitando as limitações funcionais individuais.

As DIRETRIZES dizem que:

 Exercícios aeróbicos: devem ser realizados com frequência semanal de 2 a 3 vezes na


semana, preferencialmente em dias alternados, 20-30 minutos por sessão, com
intensidade variando entre 40-60% da FC máxima, observado o princípio de progressão da
carga. Evita exercícios com elevado impacto articular;
 Exercícios resistidos: devem ser realizados 2 vezes na semana, preferencialmente em
dias alternados, utilizar exercícios para grandes grupos musculares, com intensidade entre
40-80% de 1RM, entre 1 e 3 séries por exercício, observando se a progressão da carga;
 Exercícios de flexibilidade: utilizar exercícios para membros superiores, membros
inferiores e tronco, com objetivo de reduzir a rigidez articular, entre 2 a 3 vezes por
semana, cada exercício com duração de 30 segundos e com sessões de 20 minutos
aproximadamente.

Mas não se esqueça que, muitos pacientes com Fibromialgia, pelas condições momentâneas,
podem não sustentar as diretrizes descritas acima! Nessa situação, elabore sessões de exercício
com menor tempo ou intensidade para que, aos poucos, esses critérios possam ser
progressivamente aumentados até atingir as diretrizes!

“A PRÁTICA REGULAR DE EXERCÍCIO AJUDA MUITO NA MELHORA DOS SINTOMAS DA


FIBROMIALGIA”

Grande Abraço e Sucesso!

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