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Saúde Pública Oral, Medicina Dentária Preventiva e Saúde Oral

Comunitária

14ª AULA

Objetivos
Conhecimento do Programa de Saúde Oral Nacional
Conhecimento da organização dos Sistemas de Saúde Oral – Modelos Europeus

Maria de Lurdes Lobo Pereira


(mpereira@fmd.up.pt)
Plano Nacional de Saúde

o O Programa Nacional de
Promoção da Saúde Oral
(PNPSO) está inscrito no Plano
Nacional de Saúde
diminuir a incidencia e prevalencia qualquer plano

o Tem como objetivos a redução Para haver equidade pode nao haver
da incidência e da prevalência igualdade na disposição de resucrsos
das doenças orais, a melhoria
dos conhecimentos e nem sempre acaba por ser satisfeito
comportamentos sobre saúde
oral e a promoção da equidade
na prestação de cuidados de
saúde oral.
PROGRAMA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE ORAL (PNPSO)
basea-se mais no check dentista

Estratégia global de intervenção assente na promoção da saúde e


na prevenção primária e secundária das doenças orais mais
prevalente.
o Equipas de Saúde Escolar que se desolocam as escolas para prestar alguns cuidados
o Médico prestador aderente ao programa - Cheque- dentista
sao estes 2 agentes que fazem o PNPSO em pratica

Este programa tem permitido prestar cuidados médico-


dentários a grupos chave e especialmente vulneráveis que
sejam utentes do SNS

e um programa universal, visando em populações vulneraveis, sendo que


tmb abrange as gravidas
Plano Nacional de Saúde foi tendo atualizações
sucessivas

o Em 2014, o PNPSO passou a abranger a intervenção precoce no


cancro orofaringeo
cancro oral, com especial atenção no grupo de risco (homens,
fumadores, com idade igual ou superior a 40 anos e com hábitos
alcoólicos).

o Em 2015, foi estuado um alargamento prevê o alargamento aos


jovens de 18 anos que tenham beneficiado do PNPSO e
concluído o plano de tratamentos aos 16 anos.
Plano Nacional de Saúde

o Também em 2015 foi alargado contemplando bem como um


ciclo de tratamentos aos utentes infetados pelo vírus do VIH/Sida
que já tenham sido abrangidos anteriormente e que não fazem
tratamentos há mais de 24 meses.
a maiori parte das drogas causa inibição do fluxo salivar
o O mesmo Despacho governamental determinou que , às crianças
de 7, 10 e 13 anos com necessidades de saúde especiais,
incluindo portadores de doença mental, paralisia cerebral,
trissomia 21, entre outras que não tenham sido abrangidas pelo
PNPSO e sempre que não seja expectável a colaboração prevê o
seu encaminhamento para os serviços de estomatologia dos
hospitais da sua área de residência.
Plano Nacional de Saúde

Plano Nacional de Saúde


Os MD que trabalham nos centros de saude são muito poucos mais já é bom que hajam nos centros de saude

o Em 2016 foi determinado por despacho governamental


determina a implementação de consultas de saúde oral nos
cuidados de saúde primários, no âmbito do PNPSO de forma
faseada.

o Têm acesso doentes portadores de diabetes, neoplasias,


patologia cardíaca ou respiratória crónica, insuficiência renal em
hemodiálise ou diálise peritoneal e os transplantados, inscritos
nos Agrupamentos de Centros de Saúde com esta valência.
NAO VAI SER QUESTIONADO DA PNPSO

PROGRAMA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE ORAL (PNPSO)

o Mulheres grávidas em vigilância pré-natal no Serviço Nacional de


Saúde
o Pessoas idosas beneficiários do Complemento Solidário que
sejam utentes do Serviço Nacional de Saúde
o Crianças de 7, 10 e 13 anos que frequentam ensino público
privado e
IPSS
o Crianças de idades intermédias às citadas anteriormente
(8,9,11,12,14 e 15 anos)
o Crianças com idade inferior a 7 anos
o Utentes portadores de VIH/SIDA
o Alargamento da cobertura do cheque dentista às crianças entre
os 2 e os 6 anos foi contemplado no Programa XXII do Governo
Constitucional 2019-2023.
PNPSO e a Grávida

ACESSO ÀS CONSULTAS DE MEDICINA DENTÁRIA:

o A atribuição do primeiro “cheque-dentista” será efetuada pelo Centro de


Saúde na Unidade Funcional onde a grávida está a ser seguida.

o Cabe ao Centro de Saúde o registo obrigatório, no sistema de informação do


projeto, dos dados de identificação da utente.

o A atribuição do segundo e terceiro cheques, dependerá do plano de


tratamentos estabelecido na primeira consulta, pelo médico aderente.
o
PNPSO e a Grávida

CUIDADOS ABRANGIDOS PELO CHEQUE-DENTISTA:


o Os "cheques-dentista", no máximo de três, permitirão o acesso ao diagnóstico
e a cuidados preventivos e curativos de medicina dentária, de acordo com as
necessidades identificadas. Os cheques cobrem os tratamentos necessários,
de modo a garantir que a mulher grávida, no final do tratamento, fique livre
de lesões ativas de cárie dentária;

o A realização dos tratamentos pode ser concluída até 60 dias após a data
prevista para o parto ou da data efetiva do mesmo;

o O primeiro cheque será atribuído a todas as grávidas que optem por aceitar a
sua referenciação para medicina dentária. Os restantes cheques serão
atribuídos às grávidas só se a situação clínica se justificar.
PNPSO e os Idosos

CUIDADOS ABRANGIDOS PELO CHEQUE-DENTISTA:

o Os "cheques-dentista", no máximo de dois por cada período de 12 meses,


darão acesso a um conjunto de cuidados de saúde oral essenciais para
preparar a eventual aplicação de próteses dentárias, bem como para
identificar e tratar outros problemas de saúde oral neste grupo etário.
CHQUES DENSITAS NAO ENVOLVEM PROTESES

ACESSO ÀS CONSULTAS DE MEDICINA DENTÁRIA:

o Garantir o acesso dos utentes beneficiários do Complemento Solidário para


Idosos a um conjunto de cuidados de medicina dentária, nas áreas de
diagnóstico, prevenção e tratamento.
o A atribuição do segundo cheque ao utente dependerá do plano de
tratamentos estabelecido na primeira consulta pelo médico aderente.
PNPSO e as Crianças e Jovens

• 2 aos 6 anos
• 7 aos 9 anos
• 10 aos 12 anos
• 13 a 14 anos
• 16 a 18 anos

A consulta dos 15 anos pode ser inserida na faixa etária dos 13 aos 14 ou 16
aos 18 anos.
PNPSO e as Crianças e Jovens

ü Conforme a norma da Direção-Geral da


Saúde, todas as crianças dos 2, 3, 4, 5 e
6 anos têm acesso a tratamento
preventivo e curativo, caso se verifique
a existência de lesão de cárie em
2 aos 6 anos dentes decíduos através da emissão de
um cheque dentista pelo médico de
AINDA NI FERQUENTAM A ESCOLA É O família, ou médico assistente, sempre
MEDICO GERAL DE FAMILIA QUE
PROVIDENCIA O CHEK DENTISTA
que o utente não tenha médico
atribuído.

ü Para aceder ao cheque-dentista deverá


marcar uma consulta no seu médico de
família.
PNPSO e as Crianças e Jovens
ü Todas as crianças de 7 anos, independentemente da
escola ou instituição que frequentem, têm acesso
ao cheque-dentista emitido no centro de saúde da
área da escola. Este é entregue na escola aos
encarregados de educação ou aos alunos.

ü Tanto nos centros de saúde com higienista oral,


como onde esse profissional não existe, o trabalho é
7 aos 9 anos assegurado por enfermeiros das equipas de saúde
escolar.

ü Os cheques são entregues na escola, organizados


por turma para os diretores de turma entregarem
só são dado se a criança tiver
aos encarregados de educação.
usado o dos 7 anos
ü As crianças de 8 e 9 anos que tenham utilizado o
cheque aos 7 anos têm acesso, através do médico
de família, a um cheque intermédio.
PNPSO e as Crianças e Jovens

ü Todas as crianças de 10 anos, independentemente da


escola ou instituição que frequentem, têm acesso a
cheque-dentista emitido no centro de saúde da área
da escola. Este é entregue na escola aos
encarregados de educação ou aos alunos.

ü Tanto nos centros de saúde com higienista oral,


como onde esse profissional não existe, o trabalho é
10 aos 12 anos assegurado por enfermeiros das equipas de saúde
escolar.

ü Os cheques são entregues na escola, organizados por


turma para os diretores de turma entregarem aos
encarregados de educação.

ü As crianças de 11 e 12 anos, que utilizaram o cheque-


dentista aos 10 anos, têm acesso, através do médico
de família, a um cheque intermédio.
PNPSO e as Crianças e Jovens

ü Todas as crianças de 13 anos, independentemente da escola


ou instituição que frequentem, têm acesso ao cheque-
dentista emitido no centro de saúde da área da escola. Este é
entregue na escola aos encarregados de educação ou aos
alunos.
ü As crianças de idades intermédias (14 anos e 15 anos feitos
até ao fim de agosto do presente ano) têm acesso , através
13 aos 14 anos do médico de família, sempre que se detetem situações de
cárie em dentes permanentes e tenha sido utilizado o
cheque da faixa etária anterior aos 13 anos.
ü Os cheques são entregues na escola. Estes são organizados
por turma para os diretores de turma entregarem aos
encarregados de educação.
ü As crianças de 14 anos, que utilizaram o cheque-dentista dos
13 anos, têm acesso, através do médico de família, a um
cheque intermédio.
PNPSO e as Crianças e Jovens

ü Os jovens de 16 e 18 anos têm acesso desde que tenham


16 aos 18 anos utilizado o cheque dos 13 anos e o dos 16 anos,
respetivamente, por emissão do assistente administrativo do
Centro de Saúde.
PNPSO e Pacientes portadores de VIH- SIDA

OBJETIVOS:
o Garantir o acesso das pessoas com infeção por VIH/SIDA aos cuidados de
saúde oral;
o Avaliar a situação de Saúde Oral das pessoas que vivem com VIH/SIDA e
são seguidas no SNS.

POPULAÇÃO-ALVO:
o Pessoas infetadas por VIH/SIDA, em seguimento no SNS.
PNPSO e Pacientes portadores de VIH- SIDA

OPERACIONALIZAÇÃO:
o Os cuidados preventivos e curativos de medicina dentária, a prestar aos
utentes, serão efetuados nos consultórios onde os médicos aderentes
exerçam a sua atividade. Estes cuidados serão pagos através de "cheques-
dentista" personalizados.

CUIDADOS ABRANGIDOS PELO CHEQUE-DENTISTA:


o Os "cheques-dentista", no máximo de seis cheques, divididos em duas fases
de utilização, com a validade de 12 meses após a data de emissão. No seu
conjunto, os cheques permitirão o tratamento de um mínimo de 11 dentes,
podendo este número descer a 9, caso o plano de tratamentos inclua a
realização de endodontias.
PROJETO SOBE +

o A Direção-Geral da Saúde (DGS), a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e


o Plano Nacional de Leitura (PNL) celebraram, em 2011, um protocolo que
visou desenvolver ações de promoção da leitura, do saber e da saúde, no
âmbito do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral.

o O projeto teve início em setembro de 2012, com o intuito de trabalhar a


temática saúde oral, de forma flexível e integrada, dando autonomia criativa
às escolas, às bibliotecas e aos seus responsáveis. Este programa tem o apoio
da DGS em termos de recursos humanos.

o Foram criados materiais lúdicos ”Caixas SOBE”, oferecidas às bibliotecas da


Rede de Bibliotecas Escolares.
o Através de materiais e meios divertidos pretendeu-se favorecer o cruzamento
de vários domínios de competência e conhecimentos, nomeadamente na área
de saúde oral.
PROJETO SOBE+

o Em associação a este projeto, a DGS adquire anualmente kits de escovagem


(copo, escova e dentífrico), a serem distribuídos pelas escolas .

o Foi um subprojecto “Escovar na Escola”, incentivando a escovagem dos dentes


diariamente, em ambiente escolar, destinado prioritariamente aos jardins-de-
infância e escolas do 1.º ciclo, de rede pública e privada.
Periodicamente são produzidos e disponibilizados novos materiais e enviados
para as bibliotecas escolares, enriquecendo o acervo disponível para abordar
estas temáticas.
o saber
já é para

SISTEMAS DE SAÚDE ORAL


Os modelos de assistência médica dentária dentária são de vários
tipos:

o Privados
o Sistema de Segurança Social
o Sistemas estatais

Dependem de muitos fatores e os mais importantes para a sua


classificação são:
.
o Tipo de Financiamento
o Tipo de Provisão
SISTEMAS DE SAÚDE ORAL

ü SISTEMAS PRIVADOS existe na maior parte dos paises

o O próprio individuo é que controla o acesso aos cuidados de saúde oral- ,


individualmente ou por meio de intermediários.
o O médico dentista é um profissional liberal – e sua atividade está regulada
pela lei da oferta e da procura

Este modelo existe na generalidade dos países em coexistência


com outros modelos

CUSTOS - Assumidos pelo paciente;


COBERTURA E ELEGEBILIDADE- Estão determinados procura individual e
disponibilidade económica;
PROFISSIONAIS- Trabalham em clinicas privadas
REMUNERAÇÃO – Por ato médico
ESCOLHA DO MÉDICO DENTISTA – Responsabilidade do utente
em portugal temos sistema misto com privado e social
SISTEMAS DE SAÚDE ORAL
ü SISTEMAS DE SEGURANÇA SOCIAL

o A assistência é administrada por recursos humanos parcial ou totalmente


financiado pelo estado, sem serem considerados funcionários do estado.

CUSTOS - Estão cobertos na sua maior parte com fundos estatais recolhidos
através de contribuições e impostos gerais;
COBERTURA - Em muitos países inclui toda a população e noutros países só as
populações abrangidas pelos sistemas de segurança social;
PROFISSIONAIS- Normalmente a assistência é realizada em clinicas privadas
REMUNERAÇÃO – Por ato médico ou capitação
ESCOLHA DO MÉDICO DENTISTA – Responsabilidade do utente dentro dos
profissionais aderentes
SISTEMAS DE SAÚDE ORAL EUROPEUS
MODELO NÓRDICO (Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia)

o Implicação governamental significativa na organização, na


prestação de cuidados e financiamento da saúde oral;

o Existência de um Serviço Público Dentário muito potente;

o Normalmente os profissionais são pagos pelo estado;

o Periodicamente existe uma colheita de dados por parte do


Governo; faz falta em PT

o O pessoal envolvido é multidisciplinar MD, higienista,, enfermeira de saude oral…


SISTEMAS DE SAÚDE ORAL EUROPEUS

MODELO BISMARCKIANO (Áustria, Bélgica, França, Alemanha,


Luxemburgo)

o Pouca ou nenhuma implicação governamental no sistema,


baseado na obrigatoriedade de seguros socias;

o Os cuidados são realizados a nível privado;

o Peso residual do serviço dentário público ;

o Os dados de saúde oral são a maior parte das vezes


recolhidos para avaliação dos custo;

o De um modo geral não existe multidisciplinaridade (exceto


na Alemanha)
SISTEMAS DE SAÚDE ORAL EUROPEUS
MODELO BRITÂNICO
o Elevada implicação governamental:
GENERAL DENTAL SERVICE – GDS - Cerca de 85% dos dentistas privados
estão envolvidos cobram por capitação e/ou por ato médico
COMMUNITY DENTAL SERVICE (CDS) – dentistas assalariados que
trabalham em centros públicos dirigidos a populações de baixos recursos;

o Os cuidados são realizados maioritariamente a nível privado com


serviços contratualizados;

o Os dados de saúde oral são recolhidos à escala estatal com fundos


públicos;
o Pessoal clínico multidisciplinar sob supervisão do médico dentista.
SISTEMAS DE SAÚDE ORAL EUROPEUS

MODELO DO SUL EUROPEU (Chipre, Grécia, Itália, Portugal, Espanha


e Malta)
o Sistema maioritariamente privado;

o O financiamento pode depender do subsistema de saúde do paciente


ou estar totalmente a cargo do paciente;

o Os dados de saúde oral são recolhidos à escala regional ou estatal


o Pessoal clínico multidisciplinar sob supervisão do médico dentista.
SISTEMAS DE SAÚDE ORAL EUROPEUS
MODELO HÍBRIDO (Irlanda e Holanda))
o Modelo misto maioritariamente a cargo do estado para população
infantil e maioritariamente privado para os adultos;

o Os dados de saúde oral são recolhidos à escala governamental e com


periodicidade regular
o Utilização ampla de pessoal clinico auxiliar sob supervisão do médico
dentista.
SISTEMAS DE SAÚDE ORAL EUROPEUS
MODELO do LESTE EUROPEU (República Checa, Estónia, Hungria, Lituânia,
Letónia, Polónia, Eslováquia e Eslovénia)

o Raízes culturais com base num sistema estatal absoluto ;

o Desde a queda do Muro de Berlin (1989) a maioria dos tratamentos


deixaram de ser garantidos pelo setor público para começarem a ser
maioritariamente realizados em âmbito privado.
SISTEMAS DE SAÚDE ORAL EUROPEUS

nenhum modelo é ideal


o Nenhum Modelo está isento de pontos forte e pontos fracos.
texto

o Os modelos foram implementados com bases históricas e


culturais e foram evoluindo.

o Os resultados dos modelos por si só não garantem o sucesso em


termos de ganhos em Saúde pois do seu resultado dependem
numerosas variáveis que não são facilmente controláveis.

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