Enquanto relações de ideias são verdades que podem ser conhecidas
apenas através da razão e da análise lógica, conhecimentos de facto exigem a experiência sensorial para serem compreendidos. Hume concentrou sua investigação nessa distinção, argumentando que nosso entendimento do mundo é principalmente derivado da observação empírica e da relação causal que percebemos nos eventos. Portanto, ao diferenciar relações de ideias, que são verdades analíticas e a priori, de conhecimentos de facto, que são verdades sintéticas e a posteriori, Hume destacou a importância da experiência na construção do conhecimento humano.
Compreender por que razão os conhecimentos de
facto são o objeto essencial da investigação de Hume.
Hume afirmou que nosso conhecimento tem origem na experiência,
não na razão pura. Ele questionou a validade do raciocínio dedutivo como fonte principal de conhecimento, destacando a importância da indução baseada na observação empírica. Para Hume, as relações de ideias oferecem verdades universais, mas não ampliam nosso entendimento do mundo real. Em contraste, os conhecimentos de facto são cruciais, baseados na experiência sensorial. Sua investigação focou na aquisição de conhecimento sobre causas e efeitos, desafiando a ideia de que a causalidade pode ser deduzida logicamente. Hume concentrou-se na análise da natureza da experiência humana, ressaltando a importância dos conhecimentos de facto na formação de crenças sobre o mundo e questionando as concepções tradicionais de causalidade.