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ÍNDICE

DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTO
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO............................................................................................................9

CAPÍTULO1 – FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA.....................................11

1.1. PROBLEMATIZAÇÃO.....................................................................................11

1.2. HIPÓTESE..........................................................................................................12

1.3. JUSTIFICATIVA...............................................................................................13

1.4. OBJECTIVO.......................................................................................................14

1.4.1. OBJECTIVO GERAL.................................................................................14

1.4.2. OBJECTIVO ESPECÍFICOS.....................................................................14

1.5. METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS............................................................15

1.5.1. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO DA PESQUISA.......................15

1.5.2. ESTRATÉGIAS..........................................................................................15

CAPÍTULO 2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO.....................................................16

2.1. A IMPORTÂNCIA DO IMOBILIZADO NA EMPRESA PARA A


TOMADA DE DECISÃO.........................................................................................16

2.1.1. DEFINIÇÃO DE TERMOS E CONCEITOS...........................................16

2.1.2. ABORDAEM HISTORICA........................................................................16

2.1.2.1. CONCEITO DE EMPRESA...................................................................17

2.1.2.2. CLASSIFICAÇÃO DE EMPRESAS...................................................18

2.1.2.3. AS EMPRESAS E OS MEIOS FIXOS................................................22

2.1.3.CLASSIFICAÇÃO DOS MEIOS FIXOS...................................................22

2.2. A IMPORTÂNCIA DOS IMOBILIZADOS NAS EMPRESAS.............26

2.3 DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO......................................................27

CAPÍTULO 3. ESTUDO DE CASO: UM ESTUDO DE CAMPO À EMPRESA


ABERSHEY LDA......................................................................................................32
3.1. BREVE HISTÓRIA DA ABERSHEY PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS LDA
.....................................................................................................................................32

3.2. PESQUISA .........................................................................................................34

3.3. ANÁLISE DOS RESULTADOS...........................................................................34

CAPÍTULO 4. CONCLUSÃO.....................................................................................36

CAPÍTULO 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................37

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho de investigação científica, enquadra-se no programa de final


de curso contabilidade e visa fundamentalmente abordar a temática: Importância do
Imobilizado nas Empresa.

A contabilidade é a ciência que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos


ocorridos no património das entidades, mediante o registo, a demonstração expositiva e
a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do
património, suas variações e o resultado económico decorrente da gestão da riqueza
económica. (Prof. Hilário Franco).

O Imobilizado é um bem tangível ou intangível , que é utilizado para a produção


de bens , serviços, aluguel de terceiros ou para fins administrativos da própria empresa e
que será utilizado por mais de um período. Conhecer e ter controle do imobilizado
possibilita que a organização cumpra correctamente sua obrigação fiscal, e ainda
permite potencializar a gestão, tornando-a mais competitiva.

Para Iudícibus et. al (2010 B, p. 222) a definição da Lei nº 6.404/76 sobre


Activo Imobilizado afirma que não precisa necessariamente pertencer à empresa pelo
ponto de vista jurídico para ser reconhecido. Uma entidade que exerça controle sobre
determinado Activo Imobilizado e que também usufrua dos benefícios e assuma os
riscos proporcionados por ele em suas operações, deverá reconhecê-lo em seu balanço
mesmo não detendo sua propriedade jurídica. (Iudícibus et. al 2010 B, p. 222).

Conforme o Iudícibu é classificado os seguintes itens no Activo Imobilizado:


terreno, obras civis, máquinas, móveis, veículos, etc. Há elementos do Activo
Imobilizado que podem ser classificados como tangíveis que são elementos que têm
corpo físico, como edifício ou máquina, e outros que podem se classificados como
intangíveis como patentes ou direitos autorais, onde o valor reside nos direitos da
propriedade.

Este trabalho está composto por três capítulos, nomeadamente:

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CAPÍTULO I – Fundamentação Metodológica, tratou-se dos da problemática,
hipótese, os objectivos que pretendemos alcançar com este trabalho e as metodologias
usadas para elaboração do mesmo.

CAPÍTULO II – Noção de Imobilizado sua Importância na Empresa Conceito de


Empresa

CAPÍTULO III – Tratou-se do caso prático da empresa, onde mostrou-se o seu


historial e dados contabilísticos.

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CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA

1.1. PROBLEMATIZAÇÃO

O activo imobilizado constitui grande parte do activo de uma empresa e, desta


forma, deve haver a preocupação dos gestores de entender esses termos e de alcançar as
melhores formas de administrar tais bens. Mais muitas empresas no decorrer do
tempo acabam perdendo o controlo de seus imobilizados, mas uma boa gestão
sobre os imobilizados traz benefícios, para as empresas. Sendo o problema a mola
propulsora de todo trabalho científico, logo temos a seguinte problemática:

Porquê que é importante ter o controlo do activo imobilizado na empresa?

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1.2. HIPÓTESE

H1: O controlo e do activo imobilizado pode fornecer conhecimento adequado sobre


esses bens, Um bom controlo dos activos pode reduzir o número de furtos e desvios do
bens de uma empresa. Isso porque ele aumenta a rigidez diante do controlo e
monitoramento do património.

H2: A falta de controlo do activo imobilizado pode trazer má gestão do património e a


empresa pode sofrer consequências por não ter a contabilidade bem organizada.

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1.3. JUSTIFICATIVA

A escolha do tema surgiu porque o imobilizado é um dos bens mais importante


para criação de uma empresa até porque uma empresa não funciona sem imobilizados e
pelo facto de constatarmos na realidade angolana a ausência de conhecimento com
aquilo que a contabilidade aborda sobre os imobilizados nas empresas bem como o seu
devido registo e sistema de controlo interno.

Entre outra a escolha do tema foi preferido porque o grupo vai estagiar em
actividades profissionais diferentes, por- todas as actividades profissionais o
imobilizado ser o que ajuda na actividade das empresas escolhemos este tema para
podemos ter uma noção básica do tema que ira de alegar-se (apresentar).

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1.4. OBJECTIVO

Nenhum pesquisador poderá ter N-êxitos no seu trabalho, se não traçar as metas
a atingir. Elas constituem um importante suporte da pesquisa. Assim sendo, para o
estudo que pretendemos realizar, formulamos os seguintes objectivos:

1.4.1. OBJECTIVO GERAL

 Conhecer a importância do imobilizado nas empresas.

1.4.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

 Definir termos e conceitos;


 Identificar a diferença entre imobilizado e mercadoria;
 Espelhar os diversos conflitos no registo das contas dessa classe.

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1.5. METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS

1.5.1. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO DA PESQUISA

A metodologia de pesquisa, abrange um conjunto de procedimentos que é


utilizado na produção de alguns conhecimentos científico. Procedimentos estes que
visam garantir a imparcialidade da produção e do valor académico do trabalho de fim de
curso, que ao ser assim, a metodologia escolhida gera confiabilidade para o trabalho, no
entanto utilizou-se técnicas de observação, bem como recorreu-se a livros, websites e
relatórios de contabilidade. Este estudo obedece a uma natureza exploratória e
metodologia qualitativa fonte secundaria.

1.5.2 - ESTRATÉGIAS

Pesquisa de campo: Para a pesquisa de campo fez-se uma entrevista na


empresa ABERSHEY LDA, nas quais as informações serviram de base para elaboração
do nosso projecto.

Recursos Materiais: Computador, internet, livros de gestão, lapiseiras, blocos


de nota, folha A4.

Recursos Financeiros: Foi -se feito uma quota semanal de 500,00 para auxiliar
financeiramente a elaboração do trabalho.

Recursos Humanos: Cada elemento do grupo participou directamente na


elaboração do trabalho.

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2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO
2.1. A IMPORTÂNCIA DO IMOBILIZADO NA EMPRESA PARA A TOMADA
DE DECISÃO

2.1.1. DEFINIÇÃO DE TERMOS E CONCEITOS

O Imobilizado define-se como bens permanente que não podem ser


transformados em dinheiro de forma momentânea. São utilizados para fins de produção,
Comercialização de mercadorias, locação, fins de utilização dentro da empresa. O bem
deve ter um valor superior a R$ 1.200,00 e com expectativa de serem utilizados por
mais de doze meses, um ano. Em tempos de crise financeira e instabilidade económica
no país, é importante resguardar o património do seu empreendimento a fim de obter
controlo sobre tudo que lhe acontece.

Além disso, muitas vezes, diante de épocas sociais e economicamente frágeis,


muitos empreendedores têm dificuldade de enxergar realisticamente as quão valiosas
suas empresas realmente são. Uma vez que isso é extremamente necessário, muitas
consultorias de contabilidade especializadas no assunto oferecem seus serviços a
empresas que precisam de uma análise completa de seus bens tangíveis (edifícios
utilizados, máquinas etc.), a fim de compreender os valores e custos contabilísticos de
tudo no mercado. Assim como, porque todas as empresas deveriam manter total
controlo sobre ele, sejam eles iniciantes ou veteranos no mercado.

2.1.2. ABORDAGEM HISTORICA

Segundo muitos autores e estudiosos, foi por volta de 1340, que os primeiros
indícios da aplicação da contabilidade com a escrituração no método de partidas
dobradas (crédito x débito), foram encontrados. Outros autores ainda afirmam que
aproximadamente 2.000 a.C. já foram encontrados sinais objectivos da existência de
contas. Embora haja indícios anteriores, foi em 1494, na Itália, que de fato o primeiro
livro que trata de contabilidade foi publicado. Seu autor era um frei franciscano e
célebre matemático chamado Luca Pacioli BN-(Paciolo) que vivia na cidade de Veneza,
e o nome do livro é “Summa de Arithmetica, Geometria proportioni et propornalità”, ou

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em português algo como “Colecção de conhecimentos de aritmética, geometria,
proporção e proporcionalidade”.

No livro supracitado, é enfatizada a teoria contabilística do débito e do crédito


correspondente à teoria dos números positivos e negativos. Este método teve rápida
difusão, sendo aceito de forma universal e adoptado desde então até os dias modernos.
Luca Pacioli nasceu na região italiana da Toscana, no então Borgo di San Sepolcro
(hoje Sansepolcro), por volta de 1445. Segundo estudos do reverendo Ivano Ricci, a
morte de Luca Pacioli se dá em 1517.

2.1.2.1. CONCEITO DE EMPRESA

Empresa é a organização de meios Humanos ,materiais e financeiros virados


para a produção e venda de bens e serviços a fim de obter lucro.

De modo geral é uma parte fundamental da economia moderna,


desempenhando um papel importante no desenvolvimento, produção, distribuição e
consumo de bens e serviços. Com o objectivo de satisfazer as expectativas e
necessidades dos consumidores, as empresas buscam desenvolver, produzir e
comercializar bens e serviços, além de oferecer empregos e contribuir para o
desenvolvimento económico e social.

Se você trabalha ou está interessado em trabalhar em uma empresa ou


empreender, e deseja ter sucesso, é importante ter uma compreensão clara do que são as
empresas, quais seus propósitos e como elas se estruturam e funcionam.

O Estudo do Mercado e a Tomada de decisão

Acredito que a missão dos estudos de mercado é ajudar as empresas a acertarem


mais e a reduzirem o risco. É uma Missão nobre. Ao estarmos a ajudar nestes dois
objectivos evitamos a tomada de decisões que gerem o caos nas empresas e nas
famílias, resultantes de decisões tomadas por impulso, sem ouvir quem vai comprar o
serviço ou produto que queremos vender. Vender é “ajudar a comprar de forma
profissional”.

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Devemos ouvir o nosso cliente sobre como quer ser ajudado por nós. O cliente
mais perigoso é o silencioso. Acreditarmos que a nossa intuição é essencial para o
sucesso, mas a validação das nossas ideias, junto de uma amostra do nosso mercado, ou
seja “as nossas ideias versus o confronto com a realidade” traz-nos segurança.

A beleza e o fascínio dos estudos de mercado está na descoberta do que vai na


cabeça e no coração das pessoas. Além da redução de risco vamos descobrir
oportunidades que nunca antes tínhamos imaginado. Aprender a ouvir – de forma
profissional – é essencial. Descobri isto quando tinha 15 anos, em 1983. Nesse ano
descobri o músico Armando Gama, nosso representante na Eurovisão, cantar a linda
balada “esta balada que te dou”. Achei-a tão bela que decidi ficar muito atento pois
estava convicto de que seria impossível serem criadas novas músicas, tão belas. Nada
disso! Esta balada continua única, mas surgiram muitas mais músicas –
também únicas.

Profissionalmente fui também descobrindo, ao trabalhar com grandes empresas,


e aqui permito-me um pouco de ironia, que estas, que todos nós conhecemos, e que
perduram há décadas, na verdade não eram admiráveis. Descobri que estas fazem
estudos, ouvem o seu cliente regularmente e, por isso, acertam mais. Não
são, portanto, admiráveis. Fazem o que deve ser feito. Empresas admiráveis são aquelas
que tomam decisões sem estudar o mercado e acertam. Destas empresas “admiráveis”
saem, no entanto, bastantes “especialistas de estudos de mercado a posteriori”, que
conseguem identificar de forma detalhada, mas só depois, os motivos pelos quais
falharam. Um processo que tem por vezes custos muito elevados.

2.1.2.2. CLASSIFICAÇÃO DE EMPRESAS

A classificação das empresas pode ser dada de várias formas pois para cada
categoria existe um tipo de empresa que se encaixa.

Por sector

Comercial – Se enquadram nesse sector, empresas que comercializam


determinados tipos de produtos, como lojas de vestuário.

Industrial – Fazem parte desse sector, as empresas que produzam algum tipo de
produto, indústrias de bebidas em geral, por exemplo.

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Rural – Estão presentes nesse tipo de sector, empresas estabelecidas em zonas
rurais, como indústrias que trabalham na plantação de frutas.

Prestação de Serviços – São elegíveis a esse sector, as empresas que ofereçam


algum tipo de serviço à população em geral, como escolas de inglês.

Pelo porte ou tamanho – Para indústrias

Microempresa – No máximo 19 colaboradores;

Pequena Empresa – De 20 a 99 funcionários;

Média Empresa – De 100 a no máximo 499 funcionários;

Empresa – A partir de 500 funcionários;

Pelo porte ou tamanho – Para prestadores de serviços ou Comércios

 Microempresa – No máximo 9 funcionários;


 Pequena Empresa – De 10 até no máximo 49 colaboradores;
 Média Empresa – De 50 até no máximo 99 funcionários;
 Grande Empresa – A partir de 100 funcionários;

1• Do ponto de vista jurídico

As empresas do ponto de vista jurídico podem se :

*Empresas de nomes individuais

*Sociedade por:

Quotas

Anónimas

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Em nome colectivo

Em comandita

As empresas de nomes individuais são aquelas em que existe uma única pessoa que é
detentor do património da empresa e estas empresas são de responsabilidades ilimitadas

Neste tipo de empresa a firma ,apresenta-se da seguinte forma:

*Nome civil completo do comerciante

Exemplo: Manuel Heitor

*Nome abreviado do comerciante:

Exemplo: M. Heitor

*Nome abreviado ou completo do comerciante seguido da actividade comercial:

Exemplo: Manuel Heitor----> bens alimentar

A sociedade por quotas é uma forma jurídica de empresa, com responsabilidade


limitada, constituída por dois ou mais sócios, cujo capital social da empresa está
dividido por quotas. Uma sociedade por quotas também pode ser unipessoal, quando é
constituída por apenas um sócio, que detém a totalidade do capital social.

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Sociedade Anónima (S.A.) ou Sociedade por Acções – assim se intitula a forma
jurídica de constituição de empresas na qual o capital social se encontra dividido em
acções a serem transaccionadas livremente.

Essencialmente, consiste numa empresa com fins lucrativos e funciona como uma
sociedade de capital dividido em acções, com a diferença de que prevê a obtenção de
lucros que são distribuídos pelos accionistas.

Os sócios destas sociedades, portanto os accionistas, têm responsabilidade limitada ao


preço das acções adquiridas. Para se formar esta sociedade é necessário existirem pelo
menos cinco sócios. No entanto, existe uma exceção: é possível formar-se só com um
sócio, caso o mesmo seja uma sociedade.

A sociedade anónima necessita de um nome (completo ou abreviado) de um ou de todos


os sócios e de uma denominação com uma expressão relativa ao ramo de negócio. Em
qualquer um dos casos tem de ser seguida obrigatoriamente pelo aditamento “Sociedade
Anónima” por extenso ou abreviado “S.A.”.

A sociedade em nome colectivo é um tipo de sociedade comercial:

criada necessariamente por duas ou mais pessoas singulares ou colectivas (sócios),

na qual estes, para além de responderem individualmente perante a sociedade, pela


realização da entrada a que se obrigaram (em dinheiro, em espécie ou em indústria);
respondem pessoal e ilimitadamente pelas dívidas da sociedade (perante os credores da
sociedade), subsidiariamente em relação à sociedade, mas solidariamente com os outros
sócios.

A sociedade em comandita simples é a caracterizada pela existência de dois tipos de


sócios: os sócios comanditários e os comanditados.
Os sócios comanditários têm responsabilidade limitada em relação às obrigações
contraídas pela sociedade empresária, respondendo apenas pela integralização das
quotas subscritas. Contribuem apenas com o capital subscrito, não contribuindo de
nenhuma outra forma para o funcionamento da empresa, ficando alheios, inclusive, da
administração daquela.
Já os sócios comanditados contribuem com capital e trabalho, além de serem
responsáveis pela administração da actividade de empresa. Sua responsabilidade perante
terceiros é ilimitada, devendo saldar as obrigações contraídas pela sociedade. A firma
ou razão social da sociedade somente pode conter nomes de sócios comanditados, sendo
que a presença do nome de sócio comanditário faz presumir que o mesmo é
comanditado, passando a responder de forma ilimitada.

Sociedade unipessoal por quotas


Figura jurídica criada recentemente para responder ao aparecimento e desenvolvimento

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de pequenas empresas, sinónimo de estabilidade, criação de emprego e revitalização da
iniciativa privada. Permite que os empreendedores se dediquem à actividade comercial,
beneficiando do regime de responsabilidade limitada, sem necessidade de recorrer a
sociedades fictícias indesejáveis.
A sociedade unipessoal por quotas funciona como uma sociedade normal, com um
único sócio que é titular de todo o capital social.
A firma destas sociedades deve ser formada pela expressão "sociedade unipessoal? ou
pela palavra "unipessoal" antes da palavra "Limitada" ou abreviada "Lda."
Exemplo: "Carlos Tavares, Sociedade Unipessoal, Lda."
Tomada de decisões
As decisões tomadas pelo sócio único em assembleia-geral têm de ser registadas em
acta. Quaisquer negócios jurídicos celebrados entre o sócio e a sociedade devem ser
públicos para qualquer interessado.

2.1.2.3. AS EMPRESAS E OS MEIOS FIXOS

Qualquer empresa, independentemente da sua natureza (agrícola, industrial, comercial,


ou de serviços), necessita de possuir no seu património, de forma contínua e
permanente, ou seja, necessita de possuir um conjunto de elementos que garantam o
respectivo funcionamento nas melhores condições. Este conjunto de elementos
destinados a servir de forma duradoura a empresa constitui os meios fixos. São
elementos patrimoniais que:
• Não se esgotam com a primeira aplicação, pelo contrário, permanecem a disposição da
empresa, contribuindo para a consecução dos respectivos objectivos, por prazos mais ou
menos dilatados, mas sempre superiores a um ano;
• Não se destinam nem à venda nem a transformação, no decurso da actividade normal
da empresa.

2.1.3CLASSIFICAÇÃO DOS MEIOS FIXOS

Os meios fixos e investimentos são classificado pelas imobilizações corpóreas,


imobilizações incorpóreas è investimentos financeiros. Uma breve definição de cada um
dos referidos elementos, de acordo com os critérios para reconhecimento das classes das
demonstrações financeiras, apresenta-se seguidamente:
Imobilizações corpóreas
Integra elementos patrimoniais tangíveis móveis ou imóveis adquiridos ou fabricados
pela própria empresa e que não se destinam a ser transformados, vendidos ou aplicados
financeiramente, mas a permanecer na empresa por um prazo superior a um ano.
De acordo com o Plano Geral de Contabilidade, fazem parte desta conta os seguintes
elementos:

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11Imobilizações corpóreas
11.1 Terrenos e recursos naturais
11.2 Edifícios e outras construções
11.3 Equipamento básico
11.4 Equipamento de carga e transporte
11.5 Equipamento administrativo
11.6 Taras e vasilhame
11.9 Outras imobilizações corpóreas
Cada uma destas contas engloba:
Terrenos e recursos naturais - nesta conta são considerados os custos referentes, entre
outros, aos seguintes elementos, afectos às actividades operacionais da empresa:
• Terreno para construção;
• Propriedades rústicas e pedreiras;
• Plantações de natureza permanente;
• Desbravamentos e movimentações de terras;
• Drenagens.
Edifícios e outras construções - nesta conta podem englobar os seguintes elementos:
• Edifícios fabris, administrativos e habitacionais, bem como as instalações fixas;
• Terrenos em bruto;
• Muros, silos e parques;
• Albufeiras, canais, cais e docas;
• Estradas e vias-férreas.

Equipamento básico - nela são registados não só os custos com a aquisição de objectos,
instrumentos e máquinas destinados à extracção, transformação elaboração de produtos
ou a prestação de serviços, mas também todo o material de carga, transporte respeitante
à actividade normal da empresa, bem como os gastos adicionais com a adaptação da
maquinaria e equipamentos.
Equipamentos de carga e transporte - nesta conta de Equipamentos de carga e transporte
registam-se os bens de carga ou transporte pertencentes a empresas cuja actividade não
é o transporte de mercadorias ou passageiros. Assim, se uma empresa adquire uma
carrinha de transporte para o seu pessoal, deve registar o seu valor de aquisição na conta
Equipamentos de carga e transporte; no entanto, se uma empresa de serviços para o
transporte de pessoas adquirir uma carrinha para tal fim, deverá registar o seu valor de

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aquisição na conta Equipamento básico. Nesta conta, englobam-se todos os bens
circulantes, comprados ou produzidos, que não estejam estritamente afectos à sua
actividade, tais como veículos automóveis ligeiros e pesados, aviões, barcos,
empilhadores, gruas, guindastes, etc.
Equipamento administrativo - aqui regista-se os custos de aquisição de bens de pequeno
valor, os mais heterogéneos, tais como:
• Mobiliário;
• Candeeiros, tapetes e alcatifas;
• Máquinas de escrever, de somar e de contabilidade;
• Mobiliário de refeitório, de cantinas, creches, centros de convívio, ou seja, o
equipamento social e o diverso mobiliário.
Taras e vasilhame - nesta conta são registados os valores de aquisição de objectos
destinados a conter e/ ou acondicionar as existências que são para uso interno.
Estes objectos para uso interno da empresa podem permanecer nela ou podem ser
facturados aos clientes, em simultâneo com a facturação das existências
transaccionadas, podendo ser susceptíveis de devolução, recebendo, neste caso, o nome
de embalagens retornáveis.
Outra imobilização corpórea - trata-se de uma conta residual. Nela é registado todo o
movimento que não pode ser incluído nas restantes contas de imobilizações corpóreas,
como são o caso de:
• Bibliotecas;
• Discos, filmes e cassetes para a formação do pessoal.
Imobilizações incorpóreas
Integra elementos patrimoniais não materiais, isto é, abstractos, que se mantêm, na
empresa, com carácter de permanência, o que permite usufruir de determinadas
vantagens perante as suas congéneres.
Como é referido, esta conta engloba um conjunto de direitos e despesas, que pela sua
natureza são intangíveis, isto é, elementos patrimoniais incorpóreos, impalpáveis ou
abstractos, sendo o respectivo desdobramento o seguinte:
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Imobilizações incorpóreas
12.1 Trespasses
12.2 Despesas de investigação e de desenvolvimento
12.3 Propriedade industrial e outros direitos e contratos

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12.4 Despesas de constituição
12.9 Outras imobilizações incorpóreas
Assim:
• Trespasses - conta que regista a diferença, quando positiva, entre o valor pago para
aquisição de um conjunto de activos e passivos, que constituam uma actividade
empresarial e o justo do valor dos activos, adquiridos desde que a actividade adquirida
seja continuada pelo adquirente.

• Despesas de investigação e de desenvolvimento - despesas relacionadas com a


investigação original e planeada, com o objectivo de obter novos conhecimentos
científicos ou técnicos.
° Propriedade industrial e outros direitos e contratos - inclui as despesas com patentes,
marcas, alvarás, licenças, concessões e direitos de autor, bem como outros direitos e
contratos assimilados.
• Despesas de constituição - correspondem às despesas com a constituição e
organização da empresa, assim como as relativas à sua expansão.

Diferencia de Mercadoria e imobilizado

Incontáveis vezes nos deparamos com casos em que na intenção de se registarem certos
imobilizados acabam confundindo com mercadorias e vice-versa por este motivo vimos
a necessidade de distinguirmos estes dois conceitos embora tenham certas semelhanças
na sua caracterização.

De acordo com o Plano Geral de Conta, um mercadoria albergando a conta 26 é


definida como todos os bens e serviços adquiridos com a finalidade específica de serem
comercializados posteriormente depois da sua aquisição. Por outro lado, no caso dos
imobilizados albergando a conta 11 e 12 do PGC (Plano Geral de Contas) é conceituado
como sendo bens tangíveis ou intangíveis adquiridos pela entidade com a finalidade

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exclusiva de serem usados durante a actividade normal da empresa. Também podemos
alugar certos imobilizados ficando assim em regime de locação financeira.

2.2. A IMPORTÂNCIA DOS IMOBILIZADOS NAS EMPRESAS

Muitas empresas no decorrer do tempo acabam perdendo o controle de seus


activos imobilizados, mas uma boa gestão sobre os activos traz benefícios para as
empresas. Sendo os activos imobilizados bens necessários à manutenção das actividades
da empresa, produção, comercialização, prestação de serviços, locação ou para suas
finalidades administrativas. O bem deve ter um valor moderado ou superior e com
expectativa de serem utilizados por mais de doze meses, um ano.

Os activos imobilizados são indispensáveis para a realização das actividades de


uma empresa e normalmente são utilizados por diversos períodos. Por isso, realizar o
controle desses bens de maneira eficaz vai muito além do cumprimento de leis e pode
representar um grande diferencial competitivo para o negócio. Entre os principais
benefícios que do controle do activo imobilizado, podemos destacar:

1. Facilita toda a actividade:

Permite maior controle sobre os bens da empresa, pois fica registado num
sistema dados como a localização, utilização, datas de manutenção, entre outras
informações importantes para a operação.

2. Proporciona segurança ao cálculo da depreciação:

Garante que as taxas de amortização e depreciação sejam precisas.

3. Ajuda a reduzir custos:

Possibilita que sejam feitas manutenções preventivas, o que aumenta a vida útil
dos bens e reduz gastos desnecessários.

4. Detecta “bens fantasmas”:

Com o inventário patrimonial é possível identificar inconsistências entre a


quantidade física e a quantidade contabilística. Também ajuda a identificar bens
avariados ou sem uso, que podem ser vendidos e assim gerar retorno para a empresa.

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5. Ajuda a reduzir furtos:

Um gerenciamento bem feito ajuda a detectar o desaparecimento de bens do


activo fixo e até mesmo criar métodos para recuperar e evitar esses incidentes.

6. Facilita a tomada de decisões:

Dados correctos e actualizados sobre os activos, significam que gestores têm em


mãos informações mais assertivas para a tomada de decisões.

2.3 DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO

Ao longo de sua vida o bem sofrer depreciação, a depreciação de um


Imobilizado interfere no resultado da empresa, como gera uma despesa a depreciação
acaba abatendo o lucro da empresa. Portanto, imprescindível para as empresas
manterem um mapa de bens na contabilidade que reflicta a realidade da empresa.

Depreciação e amortização são dois conceitos fundamentais quando se fala em


contabilidade para investidores, sendo muito importante entendê-los.

De facto, entender de depreciação e amortização pode ajudar muito na hora de


investir, especialmente para quem quer começar a investir mas ainda não deu o primeiro
passo.

Depreciação é a perda de valor de coisas materiais pelo desgaste ou perda da utilidade


pelo uso, obsolescência (quando surge algo mais moderno) ou acção da natureza.
Computadores, máquinas e equipamentos, além de veículos e edifícios dão alguns exemplos de
bens que sofrem depreciação. Por esse motivo, após certo período será necessário que a empresa
faça um novo investimento para repor um item que sofreu depreciação

Amortização é a forma pela qual se registar a desvalorização de bens intangíveis de uma


empresa, ou seja, aqueles que não são materiais, como os pontos comerciais, as licenças de
softwares e os direitos autorais, dentre outros.

Ou seja: esses dois conceitos referem-se à alocação do valor depreciável de um


imobilizado ao longo de sua vida útil. Essa é uma métrica fundamental na hora
de escolher uma acção para investir.

Isso significa que essa métrica mostra a redução do valor desses activos pela
obsolescência, desgaste e outros factores.

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Além disso, esses itens consistem em custos operacionais (ou seja, custos para
que a empresa mantenha as suas operações em dia). O limite desse valor é o valor do
próprio bem.

Sendo assim, é fundamental controlar a depreciação e amortização dos bens de


uma empresa para que seja possível manter a sua saúde financeira, além de entender
como funciona a depreciação e amortização de uma empresa.

Para entender o que é depreciação, é possível fazer uso de um exemplo prático


que costuma acontecer em qualquer empresa.

Por exemplo: uma máquina de uma companhia eléctrica é comprada pelo valor
de 50 milhões e possui uma vida útil de 10 anos.

Por conta de sua elevada vida útil, a empresa não pode deduzir o valor total do
bem no ano em que a compra ocorreu (por determinação da Receita Federal).

Sendo assim, a despesa com esse bem deve ser distribuída ao longo dos 10 anos
de sua vida útil (ou seja, a empresa deverá depreciar essa máquina em 5 milhões por
ano).

Outro detalhe importante para entender como funciona a depreciação é o de que


esta só começa a ocorrer quando o activo está disponível para utilização na empresa. Ou
seja: o maquinaria ou imóvel deve estar à disposição da empresa para sua utilização.

Por fim, vale notar que a depreciação deve ser considerada em uma análise de
qualquer activo de renda variável, pois essa maquinaria precisará ser substituído algum
dia.

De facto: ainda que um activo chegue ao final de sua vida útil, ele não precisa
ser imediatamente substituído.

É possível fazer uma avaliação da necessidade de troca do material. Em alguns


casos, ele pode continuar sendo utilizado com as devidas manutenções.

Por outro lado, a amortização funciona de uma forma diferente. Por isso, é
importante saber também o que é amortização para poder investir melhor.

O funcionamento da amortização é um pouco diferente, sendo esse conceito algo


análogo à depreciação, mas voltada para activos intangíveis.

28
Ou seja: para entender como funciona a amortização, basta compreender que um
activo intangível (licença de software, parente, etc.) também possui vida útil e deve ser
amortizado durante todo esse período.

Isso é muito comum, por exemplo, para empresas que possuem concessões de
serviços públicos, como é o caso de companhias de energia eléctrica, saneamento básico
e outros serviços essenciais.

De facto, muitos fundos de investimentos fazem uma análise apurada da


amortização das companhias para saber mais sobre as suas operações. Com isso, eles
podem tomar melhores decisões de investimento e aumentar a rentabilidade de seus
investidores.

Procedimento para controle dos activos.

Importando ao final de cada ano as empresas realizarem uma avaliação de seus


activos.

Fazer o levantamento físico dos activos e comparar esses itens com o mapa de
bens da empresa na contabilidade.

Notando divergência de informações da quantidade física para a contabilidade,


fazer o ajuste conforme normas legais para deixar o activo imobilizado da empresa
conforme a sua realidade.

Toda venda do activo deve corresponder a baixa desse bem no mapa


contabilístico da empresa.

Sempre que comprar um activo imobilizado, informar a contabilidade a


finalidade da aquisição desse bem para que possa registar no mapa de bens da empresa.

1. Amortizações
O imobilizado das empresas engloba, como já vimos, um conjunto diversificado
de bens, que se apresenta como fundamental para a actividade económica
desenvolvida. Se uma parte não sofre perda de valor, como, por exemplo, os
terrenos, a maioria dos bens está sujeita a depreciação, nome dado à perda de
valor a que estão sujeitos os bens do imobilizado. Esta perda de valor pode ser
motivada por variados factores, nomeadamente:
• De ordem física - desgaste provocado pela utilização, pelo decurso do tempo

29
(corrosão), por sinistros (colisões, inundações, curtos-circuitos,..), de natureza
espontânea ou devido a negligência;
• De ordem económica - o progresso e as inovações tecnológicas, bem como as
alterações nas necessidades e gostos dos consumidores, levam à obsolescência
dos bens e à respectiva depreciação (acelerada).
Nos pontos seguintes analisar-se-ão os princípios e regras básicas a observar nos
vários aspectos que se prendem com as reintegrações ou amortizações do
imobilizado das empresas, enquanto forma ou meio de repartição dos
respectivos custos (de aquisição ou de produção) pelos vários exercícios
económicos da vida útil do bem.
2. Na literatura contabilística aparece umas vezes referido o termo reintegração e
outras vezes o termo amortização com a mesma finalidade. Sendo
Reintegração - reconstituição do valor do imobilizado depreciado, ou seja,
substituir o bem totalmente depreciado por outro nas mesmas condições e com
as mesmas
funções do bem substituído;
Amortização - decréscimo de valor que o bem pertencente ao imobilizado vai
perdendo em todos os exercícios devido a várias situações.
Utilizar-se-á o termo amortização por ser o preconizado pelo Plano Geral de
Contabilidade.
De acordo com o artigo 29.° do Código do Imposto Industrial:
Ainda, e de acordo com o Código do Imposto Industrial, as amortizações e
reintegrações podem praticar-se:
- Relativamente aos elementos do activo imobilizado corpóreo, a partir da sua
entrada em funcionamento;
- Relativamente aos elementos do activo imobilizado incorpóreo, a partir da sua
aquisição ou do início da actividade.
Cálculo da quota de amortização
Chama-se quota de amortização à redução de valor sofrida pela imobilização em
determinado exercício.
Para o cálculo do valor da quota de amortização devem ser conhecidos
previamente
dois elementos:
a) O valor a amortizar (Va)

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O montante a amortizar resulta da diferença entre o valor inicial ou de origem do
bem e do seu valor residual.
Denomina-se valor inicial ou de origem o custo da imobilização no momento da
sua aquisição.
Este custo de aquisição varia de acordo com as circunstâncias em que a empresa
adquiriu. Assim:
° Se o bem foi adquirido a terceiros, o custo de aquisição é igual ao valor de
compra acrescido de todas as despesas adicionais necessárias para o colocar
operacional;
• Se o bem foi construído ou fabricado na própria empresa, o custo de aquisição
é igual ao custo de fabricação ou construção desses mesmos elementos.
Chama-se valor residual ao valor por que se espera vender o bem, uma vez
terminado a sua utilização pela empresa. Trata-se quem valor subjectivo e,
portanto, sujeito a erros.
Valor a amortizar = Valor inicial (Vo) - Valor residual (VI)
b) O período de duração do bem
O encargo que representa a depreciação deve ser repartido pelo período de
duração do bem. Algumas vezes, tal período é conhecido no momento de
aquisição do bem; No entanto, em geral, só uma duração provável pode ser
estimada. Tal estativa, porem, variável de empresa para empresa, de acordo, por
exemplo, cora causo dado ao bem, com a sua qualidade ou com o
a sua qualidade ou com os cuidados postos na sua conservação.
Uma vez conhecidos estes dois conceitos-base, vida útil e duração provável, é
possível calcular a quota de amortização.
Vários critérios de base teóricos têm sido adoptados para tal fim. Estes critérios
podem ser divididos em dois grandes grupos:
• Critérios rígidos - quando, desde que se adquire o bem, se fixam as quotas de
amortização, exercício a exercício;
• Critérios elásticos - quando as quotas de amortização são fixadas no final de
cada
exercício.
Dos vários critérios possíveis apenas faremos referência a dois critérios rígidos
por serem os mais utilizados, e que são:
a) O método das quotas constantes;

31
b) O método das quotas degressivas.
O Código do Imposto Industrial refere os seguintes métodos de calculo das
reintegrações e amortizações.
a)Método das quotas constantes ou linear
Consiste em repartir, equitativamente, a massa a amortizar pelos diferentes
períodos da reintegração. Assim, as anuidades sucessivas de reintegração são
iguais.
A quota de amortização (Qi) obtém-se:
Qi = Vo - Vr
Vo - Valor de aquisição
Vr - Valor residual
N - Vida útil do bem
Para cada bem susceptível de amortização, pode-se construir um quadro de
amortização, que apresenta o valor da depreciação sofrida pelo bem,
exercício a exercício.
No entanto, este método apresenta a desvantagem de não ter em conta as
despesas de conservação e manutenção que são maiores na segunda fase de
utilização do bem, em que, portanto, a perda de valor do bem é mais elevado.
b)Método de quotas degressivas
Neste método, a quota de amortização é maior nos primeiros anos de vida
útil do bem que nos últimos.
O método encontra a sua justificação no princípio de que o consumo do bem
é geralmente maior na primeira parte da sua utilização, uma vez que é nesta
fase que o bem se deteriora menos e os custos de manutenção são menores.
Este método é pouco utilizado e é mais difícil a sua utilização prática.

3. ESTUDO DE CASO: UM ESTUDO DE CAMPO À EMPRESA


ABERSHEY PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS LDA

3.1. BREVE HISTÓRIA DA ABERSHEY PRESTAÇÃO DE


SERVIÇOS LDA

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A ABERSHEY Prestação de Serviço Lda – É uma empresa de prestação de
serviços – foi constituída em 25 de Junho de 2005, com o objetivo principal e único de
prestar serviços de decoração. A sua sede está situada em Luanda, propriamente na
Corea, junto à Nova Marginal e ao Memorial do Doutor Antônio Agostinho Neto.
Tendo no início aproximadamente 40 cooperados/clientes, hoje possui 27 trabalhadores
com a uma media de idade que variam dos 24 a 47 anos de idade, e conta com mais 27
cooperadores/clientes.

Conta também com 23 trabalhadores do sexo masculino e 4 do sexo femenino,


onde 3 deles terminaram o ensino primário, referindo-se precisamente aos seguranças
do estabelecimento, 16 deles concluiram o ensino médio e finalmente 8 trabalhadores
que terminaram o ensino superior.

Em 2013 assina contrato com a Empresa JOMAJO (Empresa Sul Africana


fornecedora de flores naturais) mudando assim o rumo da ABERSHEY LDA nas
matérias-primas e na transformação dos produtos acabados oferecendo assim maior
qualidade e confiança nos seus produtos. O presente estudo de caso, socorreu-se ao
Mapa de Amortização e Reintegração de 31.12.2012da empresa ABERHSEY LDA.

Figura 1. Mapa de amortização e reintegração final.

Exemplo de aquisição de um imobilizado a pronto pagamento e respectiva amortização:

Lançamento Contabilístico

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D - 11.5 – Equipamento Básico / Cadeiras – (Pretas e Prateadas de decoração)

 72.200,00

C – 43.01 – Depósito a Ordem

Reconhecimento do Custo/Amortização2012

D – 73 - Custo das amortizações

 7.220,00

C – 18 – Amortização do exercício

Respectiva Regularização

D – 18 – Amortização do exercício

 7.220,00

C – 11.5 – Equipamento administrativo

3.2. PESQUISA

A pesquisa foi elaborada de acordo com os dados do Mapa de Amortização e


Reintegração de 31.12.2012 da ABERSHEY LDA. Nessa pesquisa buscou-se verificar
se os activos imobilizados estão sendo cadastrados e contabilizados conforme o PGC e
o CPC.

Foram analisados os processos do activo imobilizado desde a sua compra até a


sua incorporação e essa análise foi feita através da documentação da empresa, tendo um
foco nos activos imobilizados da empresa tais como computadores, impressoras, mesas,
cadeiras etc.

3.2. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Toda elaboração, analise e montagem desse artigo levaram em consideração


uma data base (mês) de todos os patrimônios, relatórios e figuras existentes no sistema
informatizado da empresa, verificando também que as contas estão de acordo com o
manual Código do Plano geral de Contas – CPC.

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Após análise, verificou-se o primeiro processo utilizado pela empresa para o
acompanhamento dos registros, onde verificou-se o primeiro procedimento da empresa
que foi a aquisição do bem Activo Imobilizado em Junho de 2011 e o seu respectivo
valor de aquisição no preço de 72.200,00, com uma vida útil de 10 anos.

O segundo processo analisado foi controle e registro do valor do imobilizado


no exercício anterior no de 3.610,00 e a taxa de amortização 10,00% que vão de
acordo com o tipo de imobilizado segundo o Decreto Executivo de Angola (Revogado).

O terceiro processo analisado foi a respectiva regularização da amortização e


reintegração do imobilizado, onde se pode constar a diminuição gradual do
imobilizado no valor de 61.370,00.

Conforme os estudos apresentados nesse artigo, podemos verificar que a


empresa utiliza os procedimentos das ordens de acordo com o Manual do Código de
Plano de Contas angolano – CPC.

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4. CONCLUSÃO

Entender o que são os activos, quais os seus tipos e sobre tudo a sua importância
é fundamental para cumprirmos com as obrigações contábeis. Eles compõem o Balanço
Patrimonial, que é usado para análise gerencial e de desempenho, possibilitando
enxergar o potencial de geração de lucro da empresa. Portanto, conhecimento
imprescindível para qualquer negócio!

Entretanto, a classificação dos activos de uma empresa em activo circulante,


imobilizado, intangível, dentre outros, pode ser uma tarefa complicada e que exige
profissionais competentes que saibam as características e exigências contábeis e fiscais
para cada activo, de forma a registrar tudo corretamente e evitar problemas futuros.

Afinal, cometer erros nessas questões pode levar a incidência de multas pesadas e
manchar a reputação da empresa perante parceiros de negócio

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHIAVENATO, Idalberto. Administração, teoria, processo e prática. São Paulo:


Makron Books, 1994.

DRUKER, Peter. A administração na próxima sociedade. São Paulo: Nobel, 2002.

Portal Sebrae Tipos de Empresas –


http://www.sebrae.com.br//sites/PortalSebrae/ufsempresas,af3db28a582a0610VgnVCM
1000004c00210aRCRDE- Acessado em 25/03/19.

Portal Sebrae Como abrir uma empesa -


http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/passo-a-passo-para-o-registro-da-
sua-empresa,665cef598bb74510VgnVCM1000004c00210aRCRD-> Acessado em
03/04/2019

SILVA, De Plácido e. Noções práticas de directo comercial. Rio de Janeiro.

Forense, 1996. ANSOFF, H. Igor. A nova estratégia empresarial. São Paulo: Atlas
1993.

DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e espírito empreendedor. São Paulo Pioneira,


1987.

Manual de contabilidade societária aplicável a todas as sociedades de acordo com


as normas internacionais e do CPC.

https://www.significados.com.br/empresa/?
fbclid=IwAR1einto4uGjGiePejRoDR8I0lRTRpuUQN9SUzKOfDolT6fOD5shMqbyq5
g

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_em_comandita_simples

https://www.sociedadescomerciais.pt/sociedade-em-nome-coletivo/

https://www.e-konomista.pt/sociedade-anonima/

https://www.vendus.co.ao/blog/sociedade-quotas/

37
https://www.leoa.com.br/blog/tipos-de-empresas?fbclid=IwAR1CbyO1-
TzDkjhWUyppXVYTAe5fOEk2g7romTExv4gzCUkr4HH1AlbO0OA

Manual: A CONTABILIDADE E A GESTÃO DIÁRIA (AIRES LOUSÃ CRISTINA


SALGUEIRINHO)

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