Você está na página 1de 3

SEGUNDA SÍNTESE DAS POSTAGENS

Esse bimestre foi uma experiência muito legal e acolhedora para mim e de
muito aprendizado também eu acredito, quando entrei na turma eu era um
desconhecido e sofri um pouco no começo para me adaptar e me conectar com
a turma, os primeiros trabalhos foram meio complicados por eu não ter essa
relação com eles, porém já nesse segundo bimestre a relação foi
completamente diferente, fiz amizade com grande parte da sala e querendo ou
não, eu acredito que quando se tem essa relação mais próxima com as
pessoas que se trabalha, é espaço para criar mais, brincar mais e propor mais,
pois temos mais intimidade com o outro. Sei que no nosso mundo de trabalho
não deve ser assim, não devemos esperar essa intimidade e sim criar mesmo
sem conhecer a pessoa, mas infelizmente ainda sinto isso no momento, mas
ainda bem que foi cedo que consegui ter essa intimidade com a turma.
E quanto ao que foi aprendido em sala, eu por estar em outras turmas mais
avançadas, tinha ouvido falar e tinha um conhecimento prévio do que foi
passado, a questão de tempo, espaço, direção, cinesfera… enfim, tudo isso eu
tinha uma base, porém estudar a fundo o que elas são, é outro mundo, saber
que existem diversas direções e diversas formas de criar uma cena usando
essas direções ou tempos ou espaços, mesmo se eu tiver a mesma proposta
que outro grupo por exemplo, porém se um grupo faz com tempo diferente ou
com a cinesfera grande ou com espaço direto, a cena vira outra coisa, mesmo
a proposta sendo igual e é muito legal ver como isso influencia no jeito de fazer
uma cena.

A matéria “corpo cênico” é muito sobre o que seu corpo diz em cena, qual seu
objetivo em cena, o que você quer fazer o outro sentir, sei que nessa matéria
não trabalhamos apenas uma forma de fazer teatro, porém eu de certa forma
fiquei pensando muito no realismo e como essa matéria amplifica ele, por
exemplo, quando eu não sou o foco da cena, porém estou em cena como
“figurante”, mesmo assim eu preciso ter um objetivo, preciso fazer algo que
faça sentido nesse objetivo e preciso estar pronto para entrar em cena.

O trabalho que fiz com a Lary, Conrado e Gaby, sinto que podíamos ter feito
ainda melhor, mas o tempo estava apertado e não pudemos ensaiar muito,
assim tentamos propor uma cena em que nossos personagens tinham
problemas físicos e assim iam tentar fazer um ritual onde para consertar seus
problemas eles invocam monstros para ajudar eles.
O ritual de primeiro momento dava certo porém eles acabavam sendo
possuídos por esses monstros.
O personagem que eu criei possuía uma cinesfera media, era confidante e em
alguns momentos ficava meio confuse sobre o que aconteceria a seguir, o
andar dele era homolateral e de forma combinada pois ele se arrastava por
causa da perna direita dele que não era totalmente functional.

Essa matéria me fez refletir e analisar que uma das minhas maiores
dificuldades no Teatro é construir a expressão corporal, eu tenho manias
corporais que tenho que trabalhar muito em cima para poder atravessa-las, a
prof Silvia comentou que pra mim é difícil fazer personagens tristes
corporalmente falando, que é uma dificuldade minha, e eu concordo, é mesmo,
eu tive que fazer alguns personagens mais tristes esse semestre e foi bem
complicado de vencer essas dificuldades, um foi para o festival de Teatro de
pinhais e acredito que consegui vencer essa parte corporal um póuco, mas
quero cada vez mais conseguir fugir desses vicios que tenho e saber como foi
feito , não só fazer, mas sim saber o que eu fiz para poder reproduzir todas as
vezes com a mesma qualidade.
Um dos grandes nomes no mundo da atuação é o Stanislavski e eu não
consigo não associar o método dele com esses aprendizados corporais que
tive nesse semestre, após ele ver que o método dele poderia ser interpretado
de forma errada, ele deu muito mais importância para as ações físicas e ações
dramáticas, não engessando o modo de fazer cenas, ações físicas apenas
potencializam cada vez mais a cena e isso diz muito sobre a matéria de copro
cênico e o quanto ela é importante na construção de um ator, precisamos
conhecer nosso corpo, trabalhar nosso corpo e potencializar nossos
movimentos, fazendo assim uma grande performance.
Esse semestre está chegando ao fim e o ano junto dele, e o que ficou pra mim,
foi um ano de muito aprendizado, amizades, trabalhos, de longe foi o ano que
eu mais me envolvi com o Teatro e busquei conhecimento e acredito que tenha
sido as últimas matérias de corpo que eu tive (não tenho Certeza pois não
lembro a grade) porém eu espero ainda conseguir pedir auxilio no meu TCC,
pois sei que é necessário um nível bem alto Nessa performance e eu vi o TCC
da Maria e do Saymon recentemente e soube que eles pediram ajuda também
para desenvolver o corpo de seus personagens e foi algo incrível de assistir e
eu não quero fazer diferente, então agradeço port udo esse ano e até logo.

Você também pode gostar