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Licenciado para - Leonardo Souza da Silva - 09730004730 - Protegido por Eduzz.com
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ÍNDICE:
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01. Apesar de sua dispersão geográfica e de sua fragmentação política, os gregos tinham uma
profunda consciência de pertencer a uma só e mesma cultura. Esse fenômeno é tão mais
extraordinário, considerando-se a ausência de qualquer autoridade central política ou religiosa
e o livre espírito de invenção de uma determinada comunidade para resolver os diversos
problemas políticos ou culturais que se colocavam para ela.
02. Em relação à ética e à justiça na vida política da Grécia Clássica, é correto afirmar:
B) Foram prerrogativas democráticas que não estavam limitadas aos cidadãos e que também
foram estendidas aos comerciantes e estrangeiros.
D) Foram introduzidas pelos legisladores para reduzir o poder assentado em bases religiosas e
para estabelecer critérios racionais de distribuição.
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A ética e a justiça que pautavam a vida política na Grécia amparavam-se em dois princípios:
a autonomia das pólis (as chamadas cidades-estados gregas, autônomas entre si) e a
participação ativa dos cidadãos (característica principal da política democrática ateniense).
03. “Democracia” é, como se sabe, uma palavra grega. A segunda metade da palavra significa
“poder” ou “governo” [...]. Démos era uma palavra de múltiplas significações, entre as quais “o
conjunto do povo” (ou, para ser mais preciso, o corpo de cidadãos).
Diante de tal definição, é fundamental que tenhamos em mente que a democracia grega teve
as suas primeiras manifestações na cidade de Atenas. De significado muito diferente do que
se tem definido atualmente, o termo, à época, era excludente por natureza, uma vez que
não incluíam, na participação política da cidade, os escravos, as mulheres e os metecos (ou
estrangeiros).
É importante considerar, neste sentido, que durante o governo de Péricles, no século V a.C.,
a população da cidade de Atenas era de cerca de 400 mil habitantes, sendo que os cidadãos,
ou seja, os habitantes que participavam ativamente da vida política, somavam cerca de 40
mil pessoas, aproximadamente 10% do total.
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Ainda que este seja um modelo de democracia por ser uma das primeiras - senão a primeira
das - manifestações de cidadania, é fundamental compreender que ele era muito restrito às
pequenas parcelas da população, sobretudo àquelas que detinham o poder político na
região, além da relevância do seu aspecto de nascença.
Neste sentido, a democracia nunca foi baseada de acordo com a igualdade econômica dos
indivíduos, nem na Grécia, tampouco em sua versão mais recente, erigida a partir das
Revoluções Burguesas nos séculos XVII e XVIII. Na cidade de Atenas podiam participar das
assembleias os cidadãos pertencentes a diferentes camadas sociais. Com a deflagração da
Revolução Francesa de 1789, estabeleceu-se a participação política do cidadão e a sua
igualdade jurídica. Pode-se compreender, dessa forma, que tanto em Atenas quanto no
mundo contemporâneo a democracia foi conquistada através da luta por direitos, sendo
adotada através de diferentes maneiras ao longo da História e nas diferentes sociedades,
com base nas diferentes experiências sociais.
(Fonte: https://incrivelhistoria.com.br/democracia-grega-caracteristicas/).
A) a eleição de representantes masculinos com direito a voz e voto pela assembleia da cidade-
estado, órgão político que incluía mulheres e estrangeiros.
C) a conquista pacífica de direitos por parte dos mais pobres, ainda que se mantivesse a marca
aristocrática de distinção social regulada pelo nascimento.
D) a ojeriza à guerra e ao conflito social, o que contribuiu para que Atenas fosse derrotada
sucessivamente pelos persas e pelos espartanos.
E) a participação política direta, exercida por um corpo de cidadãos ativos, sem a noção de
representação e restrita aos cidadãos masculinos.
A questão é clássica no que diz respeito aos estudos sobre a História Antiga. Norberto Luiz
Guarinello, historiador brasileiro que se dedica ao período mencionado, nos traz uma breve
descrição de aspectos essenciais da democracia ateniense.
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Neste sentido, a cidade grega de Atenas foi exemplo para algumas formas de participação
política no poder ao longo da história. Diante disso, podemos compreender a que
características da democracia a questão se refere.
No caso evidenciado, podemos destacar o aspecto da participação política, a qual era feita
de forma direta, ou seja, era exercida por um corpo de cidadãos ativos atenienses, sem a
necessidade de se escolherem representantes para tomarem a decisão pela comunidade.
Porém, é imprescindível apontar qual tipo de participação direta era esta, uma vez que o
corpo político dos cidadãos era muito restrito quanto a tal aspecto. Cidadão ateniense era,
em resumo:
homem grego, maior de idade (21 anos), filho de pai e mãe atenienses e que poderia ter
diferentes condições econômicas. Não eram cidadãos, portanto, os escravos, as mulheres e
os estrangeiros (metecos).
05. A decisão, ao final de cada combate dos jogos de gladiadores, estava nas mãos da multidão,
a testemunhar um ato de soberania popular que só teria equivalência, no mundo moderno, com
os referendos ou plebiscitos, em que todos se manifestam. O princípio da soberania popular
manifestava-se, na arena, de forma direta e incisiva. Se nas eleições as mulheres não tinham
direito ao voto, na arena todos podiam manifestar-se, prerrogativa que a cidadania moderna
atingiria apenas no século XX.
C) faziam parte da política social do Império, contribuindo para a redução das desigualdades.
O exemplo das lutas (ou jogos) de gladiadores é trazido, nesta questão, para apresentar um
importante aspecto existente na Roma Antiga (VIII a.C. – V d.C.), a saber, a participação da
coletividade na vida pública. Diante disso, é possível observar que o direito à manifestação
pública era evidenciado ao final das batalhas, quando a multidão poderia decidir se o
perdedor, caso não tivesse sido morto, permaneceria vivo ou seria executado. Tal
manifestação popular somente é observada, contudo, na cidadania moderna do século XX,
como os autores do texto nos apresentam.
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Acredita-se que as primeiras lutas têm origem no século III a.C., na região da Etrúria,
inicialmente nas ruas e praças e, posteriormente, em arenas específicas para isso. O exemplo
mais conhecido de tais arenas é o Coliseu, situado em Roma.
06. O grupo extremista islâmico autodenominado “Estado Islâmico” (EI) começou a destruir mais
um sítio arqueológico no norte do Iraque, segundo fontes curdas. No início desta semana,
militantes do grupo haviam começado a demolir as ruínas da cidade de Nimrud, antiga capital
do império assírio, situada no norte da Mesopotâmia e fundada no século 13 a.C.
Em relação à cidade citada no trecho, é correto afirmar que ficava localizada em uma região:
A) desértica, sem muitos recursos e sem a possibilidade de cultivar alimentos, o que fez do
lugar um sítio bastante inóspito e com uma ocupação sempre muito instável e irregular.
B) bem próxima ao vale do rio Nilo, o que favorecia o cultivo de alimentos nas terras férteis da
várzea do rio, tendo possibilitado o contato com os egípcios e o processo de sedentarização.
D) banhada por dois importantes rios, o Tigre e o Eufrates, em torno dos quais surgiram os
primeiros agrupamentos humanos que dominaram a técnica da escrita de que se tem notícia.
E) que oferecia água corrente em abundância, sem que se fizessem necessárias obras
hidráulicas, o que favoreceu o desenvolvimento de uma sociedade complexa e
institucionalizada.
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II. Ali viveram os povos que nos legaram grandes contribuições, como a escrita e o
calendário dividido em 360 dias. Disso, temos que a civilização mesopotâmica é conhecida
como o Berço da Humanidade;
07. A religião dos romanos era politeísta e antropomórfica com nítidas influências das crenças
etrusca e grega. Ao dominar grande parte do mundo conhecido, os romanos entraram em
contato com diversas religiões e tiveram por elas grande respeito. Algumas chegaram a erigir
seus templos na própria cidade de Roma. O Panteão, ou conjunto de deuses, dos romanos
chegou a incorporar alguns dos deuses gregos, com nomes trocados para nomes latinos, mas
com os mesmos atributos.
A tolerância que os romanos tiveram para com diversas religiões do mundo por eles
conquistadas não existiu, entretanto, para com a religião cristã, pois:
B) no momento em que surgiu o cristianismo, a sociedade romana vivia o período mais agudo
da sua crise política, social e econômica, o que aumentou a repressão à nova religião.
C) o cristianismo era, à época, uma religião fechada à conversão, assim como o judaísmo, o que
contrariava o esforço de expansão e a perspectiva universalizante da sociedade romana.
D) a figura do Papa e das outras autoridades da Igreja Católica, tais como cardeais, bispos e
arcebispos, ameaçavam simbolicamente a ordem, a hierarquia e a própria existência do império.
E) de início os cristãos foram perseguidos principalmente por motivos políticos, ainda que mais
tarde, no contexto de crise da sociedade romana, o cristianismo tenha se expandido.
Os adeptos do cristianismo, durante o período do Império Romano (27 a.C. – 476 d.C., com
o fim do Império Romano do Ocidente, e 1453, com o fim do Império Romano do Oriente)
tiveram uma série de entraves no que se refere à sua prática religiosa. Por não adotarem a
escravidão e a adoração ao imperador, aspectos estes fundamentais aos súditos romanos
como forma de lealdade para com o seu soberano, as perseguições aos cristãos tornaram-se
recorrentes desde o império de Cláudio (41- 54 d.C.). Tratar o imperador como a um “deus”
não fazia parte dos ritos cristãos, bem como a adoração a vários “deuses”, de acordo com o
politeísmo romano que vigorava na época.
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Dessa forma, podemos apontar como alternativa correta a letra E, uma vez que os cristãos
foram perseguidos de início e, posteriormente, expandiram-se em meio a uma crise na
sociedade romana, resultado das ameaças externas de invasão e tomada de território por
conta de sua falta de homogeneidade interna.
08. A cidadania nos Estados nacionais contemporâneos é um fenômeno único na História. Não
podemos falar de continuidade do mundo antigo, de repetição de uma experiência passada e
nem mesmo de um desenvolvimento progressivo que unisse o mundo contemporâneo ao
antigo. São mundos diferentes, com sociedades distintas, nas quais pertencimento, participação
e direitos têm sentidos diversos.
A) o aspecto militar, que no passado era considerado parte das responsabilidades particulares
de cada cidadão e hoje é um dever do Estado.
B) a concepção de cidadania, muito mais restrita à época do que hoje, de tal forma que
mulheres, estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos.
E) a questão econômica, àquela época comandada pelo poder público e hoje sob a
responsabilidade os agentes privados, que gozam de grande autonomia.
Dentre as principais diferenças que separam tais noções, podemos destacar que a cidadania
na Antiguidade esteve muito mais relacionada às questões sociais da época, visto que o
cidadão, na Grécia Antiga, era o homem grego, filho de pai e mãe atenienses, com mais de
21 anos.
A participação política era restrita a estes cidadãos, sendo que as pessoas que não fizessem
parte deste grupo (as mulheres, os escravos e os estrangeiros) não possuíam direitos
políticos e nem participavam das decisões tomadas nas cidades-estados.
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09. No século II a.C., os irmãos Tibério e Caio Graco defenderam a reforma agrária em Roma. Tal
proposta era consequência de um processo histórico anterior de concentração de terras na
sociedade romana, pois:
B) os patrícios eram os únicos que poderiam ser proprietários de terra em Roma, já que havia
uma clara limitação social relacionada ao direito de propriedade.
C) a escravidão vinha diminuindo, o que fazia com que os ricos proprietários ampliassem as suas
propriedades na tentativa de aumentar a produção em mais terras cultiváveis.
A concentração de terras nas mãos dos mais ricos era prática comum na sociedade romana.
No que diz respeito ao século II a.C., Tibério e Caio Graco foram eleitos como tribunos da
plebe e, dessa forma, passaram a elaborar leis que tinham, em seu escopo, a distribuição de
terras inutilizadas àqueles que mais necessitavam (o que chamamos, atualmente, de reforma
agrária) e a limitação da posse de terras pelos mais nobres (os patrícios).
10. No tempo de Péricles, a população de Atenas era de, aproximadamente, 400 mil habitantes.
Mas os cidadãos com direitos plenos não passavam de 40 mil.
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Na Grécia Antiga, apesar de democrática, o direito ao voto pertencia somente àqueles que
eram considerados cidadãos, ou seja, homens gregos, filhos de pai e mãe atenienses, com
mais de 18 anos.
Mulheres, escravos e estrangeiros (os metecos) eram, portanto, excluídos da vida política.
As decisões eram tomadas pelo corpo dos cidadãos gregos, de forma direta, através das
reuniões feitas em espaços públicos, as chamadas Assembleias.
11. O povo, em muitas coisas, julga melhor do que o indivíduo, seja quem for. Além disso, a
multidão é mais incorruptível (...) e, se um indivíduo se deixa dominar pela ira ou por outra
paixão semelhante, necessariamente corrompe o seu juízo; em compensação, é difícil que
todos juntos se inflamem de cólera ou pequem.
D) o poder político, em vez de ser exercido por um tirano ou uma oligarquia, deveria caber a
uma assembleia.
E) as disputas entre as cidades gregas foram causadas por indivíduos que não seguiram os
conselhos dos filósofos.
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a oposição existente entre o conjunto dos cidadãos (aqui denominado como povo) e o
exercício do poder através de uma única pessoa ou por um grupo minoritário.
Sua concepção política, portanto, está mais relacionada à ideia de democracia, sendo que o
poder político e suas decisões devem ser tomadas por meio de uma Assembleia, ou seja,
através do conjunto de pessoas aptas a tomarem as decisões para o bem comum e que, dessa
forma, por estarem reunidas coletivamente, seriam menos corruptíveis em relação ao
indivíduo, como ele bem destaca em seu texto.
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13. O que se entende por Corte do antigo regime é, em primeiro lugar, a casa de habitação dos
reis de França, de suas famílias, de todas as pessoas que, de perto ou de longe, dela fazem parte.
As despesas da Corte, da imensa casa dos reis, são consignadas no registro das despesas do
reino da França sob a rubrica significativa de Casas Reais.
Algumas casas de habitação dos reis tiveram grande efetividade política e terminaram por se
transformar em patrimônio artístico e cultural, cujo exemplo é
A) o palácio de Versalhes.
B) o Museu Britânico.
C) a catedral de Colônia.
D) a Casa Branca.
Desde a antiguidade, os palácios foram símbolos do poder imperial ou real, e acabaram por
expressar os valores artísticos da época em que foram construídos. No caso do Palácio de
Versalhes, foi construído a mando do rei Luis XIV no século XVII, tornando-se um símbolo do
Antigo Regime na França e uma obra que sintetiza a arquitetura do estilo rococó.
Em regiões como a do Sertão de Valongo, na cidade de Porto Belo, a fixação dos primeiros
habitantes ocorreu imediatamente após a abolição da escravidão no Brasil. O Iphan identificou
nessa região um total de 19 referências culturais, como os conhecimentos tradicionais de ervas
de chá, o plantio agroecológico de bananas e os cultos adventistas de adoração.
O texto acima permite analisar a relação entre cultura e memória, demonstrando que:
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15. O Cafundó é um bairro rural situado no município de Salto de Pirapora, a 150 km de São
Paulo.
E) possui moradores que são africanos do Brasil e perderam o laço com sua origem.
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16. Não só de aspectos físicos se constitui a cultura de um povo. Há muito mais, contido nas
tradições, no folclore, nos saberes, nas línguas, nas festas e em diversos outros aspectos e
manifestações transmitidas oral ou gestualmente, recriados coletivamente e modificados ao
longo do tempo. A essa porção intangível da herança cultural dos povos dá-se o nome de
patrimônio cultural imaterial.
Internet: <www.unesco.org.br>.
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17. Para escrever a História é necessário reunir fontes ou testemunhos, que são objetos e
documentos – restos do passado – que ajudam a compreender um contexto em determinado
período. Sobre as fontes documentais, é correto afirmar que:
A) não variam de modo algum; devem ser documentos escritos e registrados pela autoridade
competente da época e do local do qual fazem parte.
B) são criadas e elaboradas criteriosamente para fins de escrita por arqueólogos, etnólogos,
paleógrafos e paleontólogos.
C) são várias, como as escritas, as orais, as narrativas e os mitos populares, e diferentes tipos de
imagens.
18. O calendário é um sistema muito antigo utilizado para registrar e medir o tempo e
regulamentar os ritmos da vida humana. Nele temos a combinação de três elementos
astronômicos: o dia, o mês e o ano. No decorrer da história ocidental houve dificuldades de
combinar esses três elementos de modo satisfatório, resultando na elaboração de vários
calendários. Atualmente está em vigor o calendário:
A) Juliano.
B) Gregoriano.
C) Hebraico.
D) Metônico.
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete ao calendário Gregoriano. Este
calendário, utilizado oficialmente pela maioria dos países para facilitar o contato, foi criado
em 1582 no Papado de Gregório XIII. O calendário Gregoriano substituiu o calendário Juliano
criado por Júlio César em 46 a. C. A proposta do novo calendário era corrigir o calendário
anterior fazendo alguns ajustes.
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D) a existência social dos homens é múltipla e que os elementos que a compõem modificam-se
de forma desigual no decorrer do tempo.
Somente a alternativa [D] está correta. O grande historiador francês Fernand Braudel em sua
obra “Escritos Sobre a História” fornece elementos importantes para a teoria da História ao
trabalhar com a ideia da “longa duração”. Crítica, por exemplo, o hábito dos historiadores de
criar grandes períodos dentro da História e estudá-lo de forma unificada e homogênea. Este
tipo de abordagem engessa e atrapalha o bom entendimento da História. A vida humana é
múltipla e dinâmica modificando de forma desigual ao longo do tempo. Daí que Braudel
afirma que “as ciências, as técnicas, as instituições políticas, as ferramentas mentais, as
civilizações apresentam ritmos próprios de vida e de crescimento”. As demais alternativas
estão incorretas.
20. “A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado. Mas talvez não
seja menos vão esgotar-se em compreender o passado se nada se sabe do presente.” Marc
Bloch. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, p. 65.
Assinale a alternativa que contém a definição de história mais coerente com a citação do
historiador Marc Bloch.
A) A História é a ciência que resgata o passado para explicar o presente e fazer previsões sobre
o futuro.
B) A História é uma ciência que visa promover o entretenimento dos expectadores do presente
e um conhecimento inútil sobre o passado.
C) A História é, tal como a literatura, uma narrativa sobre o passado determinada pela
imaginação do historiador.
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E) A História é uma ciência que formula questões sobre o passado a partir de inquietações e
experiências vividas no presente.
Somente a proposição [E] está correta. A questão remete ao texto do historiador francês
Marc Bloch que integrava o grupo dos Analles. A questão pode ser respondida a partir das
alternativas incorretas. A História não visa fazer previsões sobre o futuro, não significa um
conhecimento inútil sobre o passado, não é determinada pela imaginação do historiador e
não se refugia no passado para não compreender o presente.
21. A diversidade dos testemunhos históricos é quase infinita. Tudo o que o homem diz ou
escreve, tudo o que fabrica, tudo o que toca pode e deve informar sobre ele.
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,
2001, p. 79. (Adaptado).
Sobre as fontes históricas, com base no texto acima, assinale a alternativa CORRETA.
Para o estudo da História, são necessárias fontes, que são criadas pelos próprios homens
durante sua evolução; portanto, tudo que o homem faz é História.
22. Um líder jihadista egípcio convocou a população muçulmana para destruir a Esfinge e as
Pirâmides de Gizé, informa o site árabe Al Arabiya. Murgan Salem al-Gohary, que afirma ter
ligações com o Talibã, pediu que os egípcios repetissem o que foi feito no Afeganistão, quando
estátuas de Buda foram removidas após a chegada dos fundamentalistas ao poder. “A
destruição da memória, da História, do passado é algo terrível para uma sociedade”.
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C) destruição dos bens culturais construídos ao longo da dominação imperialista sobre a região
do Oriente Médio.
D) ataque aos Patrimônios Culturais como forma de destruição de símbolos ocidentais que
representam o domínio estrangeiro.
E) projeto de diluição das fronteiras culturais por meio da tentativa de imposição de uma única
memória coletiva aos demais povos do Oriente Médio.
Somente a proposição [A] está correta. A questão aponta para a destruição de importantes
patrimônios históricos da humanidade na contemporaneidade, como as estátuas de Buda no
Afeganistão e a ameaça de destruir um grande acervo cultural deixado pelos egípcios antigos,
a Esfinge de Gisé e as Pirâmides. O historiador francês Jacques Le Goff alerta que a destruição
da memória, do passado e da história, não contribui para resolver problemas da atualidade,
sendo horrível para a sociedade. No tempo presente, há uma grande disputa pelo passado,
pela memória e pela história. Basta observar como recentemente na História do Brasil, os
militares queimaram documentos históricos sobre o regime militar. De certa forma, há uma
disputa de poder pelo passado e pela memória devido à construção de identidades coletivas.
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23. A destruição, que alguns grupos radicais islâmicos vêm fazendo nas últimas décadas, parece
fazer parte de uma estratégia de anulação da memória coletiva, como se, ao fazerem isso,
estivessem a consolidar essa ideia peregrina de que são os escolhidos que foram para uma
missão verdadeiramente civilizadora, pretendendo apagar o passado, primeiro instrumento que
nos faculta aceder à capacidade crítica. E esse é o medo dessa gente: que aqueles que são
dominados olhem para as estátuas agora quebradas dessas salas de memória e questionem a
legitimidade de quem os pretende dominar.
PINTO, Paulo Mendes. O Direito à Memória, ou quando do alto destas pirâmides, 40 séculos de
História nos contemplam! Lisboa: O Público, 2015. (Adaptado)
A) é uma obrigação religiosa islâmica, e os grupos radicais apenas cumprem com seus deveres
de fé.
B) não representa nenhuma ameaça à nossa compreensão de História. São apenas pedras.
E) é um objeto de preocupação apenas para os cidadãos dos países onde os atentados estão
ocorrendo.
A questão aponta para a relação entre terrorismo e a memória histórica coletiva. Grupos
radicais extremistas islâmicos têm cometido um verdadeiro atentado contra a memória ao
destruir estátuas e imagens que remetem às civilizações antigas como estratégia para apagar
o passado. Isso traz um prejuízo enorme para a humanidade por se tratar de um patrimônio
histórico cultural da humanidade.
“Se o homem comum não conhece as suas origens ele é como um macaco louco. Ele não
conhece ao certo as relações de sua grande família, é como um dragão descomunal. Ele que não
conhece as circunstâncias e o curso das ações de seu nobre pai e avô é como um homem que,
tendo preparado a dor para seus filhos, joga-os neste mundo”.
C) dialética socrática, valores teóricos e morais e busca pela verdade intrínseca da origem
humana.
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D) atitude crítica em relação ao registro dos acontecimentos, desinteresse pelo passado e árvore
genealógica.
25. A cultura material estudada pelo arqueólogo insere-se, sempre, em um contexto histórico
muito preciso e, portanto, o conhecimento da história constitui aspecto inelutável da pesquisa
arqueológica. Assim, só se pode compreender a cerâmica grega se conhecermos a história da
sociedade grega, as diferenças entre as cidades antigas, as transformações por que passaram.
D) A arqueologia não contribuiu para o estudo de regiões africanas como o Sudão e o Egito,
tendo em vista a exclusividade da análise das tradições orais no estudo dessas sociedades.
E) História e Arqueologia só constroem uma relação interdisciplinar nos estudos sobre a pré-
história e a antiguidade, em que a análise da cultura material é o cerne das pesquisas.
A alternativa [B] está correta. A História enquanto ciência necessita de outras disciplinas para
melhor compreensão do processo histórico. Neste sentido, a Economia, a Geografia, a
Sociologia, a Filosofia, a Antropologia, Arqueologia, entre outras, são fundamentais para a
compreensão do homem em sua totalidade. O trabalho do arqueólogo está sempre inserido
em um determinado contexto histórico. Só se compreende a arte cerâmica de uma civilização
se conhecer a história desta mesma civilização. As demais proposições estão equivocadas. A
arqueologia não negligencia as fontes escritas e orais. As escavações arqueológicas são
fundamentais para a melhor compreensão da Pré-História. Sem dúvida a arqueologia
contribuiu para o estudo do Egito. História e Arqueologia possuem uma relação
interdisciplinar nos estudos sobre a Pré-História, a Antiguidade bem como outros períodos
da História.
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26. É preciso advertir desde já que esse sistema quadripartite [dividido em quatro partes] de
organização da história universal é um fato francês. Em outros países, o passado está organizado
de modo diferente, em função de pontos de referência distintos.
CHESNEAUX, Jean. Devemos fazer tábula rasa do passado? Sobre a história e os historiadores.
Trad. de Marcos A. da Silva. São Paulo: Ática, 1995, p. 93.
O texto faz referência a um “sistema quadripartite”, ainda muito presente nos materiais
didáticos de História do Ensino Básico no Brasil. Esse “sistema” divide a história em Antiga,
Medieval, Moderna e Contemporânea. Sobre essa divisão, o autor observa que a:
Jean Chesneaux em sua obra “Devemos fazer tábula rasa do passado?” elabora uma
interessante reflexão sobre teoria da História e sobre a relação entre passado e presente.
Mostra como o passado é narrado a luz do presente ao afirmar que “o controle do passado
e da memória coletiva pelo aparelho ideológico de Estado dirige sua atenção para as fontes.
Ora se mutila e se deforma, ora se faz silêncio completo” e que o passado está organizado
de forma diferente em outros países. O sistema tripartite que divide a História em Antiga,
Média, Moderna e contemporânea tem como referência somente a História da Europa.
Queda de Roma em 476, queda de Constantinopla em 1453, Revolução Francesa em 1789.
Assim, Chesneaux entende que a organização da História é uma construção cultural
conforme aponta a alternativa [E].
27. “Os judeus tinham que usar uma estrela amarela, [...] tinham que entregar as bicicletas, [...]
não podiam andar de bonde, [...] ficavam proibidos de dirigir automóveis.[...] só podiam fazer
compras das três às cinco horas e só em casas que tivessem placa dizendo ‘casa israelita’. Os
judeus deviam recolher-se às suas casas às oito da noite [...]. Ficavam proibidos de ir a teatros,
cinemas e outros lugares de diversão.”
FRANK, Anne. Diário de uma jovem. São Paulo: Editora Mérito S. A., 1958, p. 14, 3ª edição.
Esse trecho, que foi retirado do diário de uma adolescente judia prisioneira num campo de
concentração, na Alemanha, onde morreu em 1945, revela:
B) detalhes das perseguições sofridas pelos judeus na Alemanha, durante a 1ª Guerra Mundial.
C) ideias falsas, pois os alemães não podiam abrir mão do dinheiro que os judeus gastavam em
locais como cinemas e teatros.
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D) aspectos importantes para nossa compreensão acerca das perseguições sofridas pelos
judeus, desde a 2ª Guerra Mundial até os ano de 1960, com o fim do apartheid.
E) a importância desse diário como documento histórico que registrou, para a posteridade, a
perseguição sofrida pelos judeus durante a 2ª Guerra Mundial.
A política desenvolvida pelo partido nazista durante a Segunda Guerra Mundial e um pouco
antes, baseava-se na superioridade da raça germânica, tida como pura. Deste modo, os
judeus foram acusados de macularem a pureza da raça alemã. Através das chamadas Leis de
Nüremberg, Hitler foi sistematicamente cerceando os direitos e liberdades dos judeus,
proibindo-os de sentarem em bancos de praça, tomarem transporte coletivo, terem rádios,
até a solução extrema de serem confinados em campos de concentração e serem
sistematicamente exterminados com usos de gás venenoso, nas chamadas câmaras da
morte. O relato de Anne Frank narra como ela e a população judia estava sentindo os efeitos
da política de perseguição dos nazistas.
28. Ao longo da história da humanidade, as pessoas têm produzido objetos com as mais variadas
intenções: machados de pedra, roupas, utensílios domésticos, casas etc. Nas mãos do
historiador, esses e outros registros, vistos como evidências históricas, são chamados de
documentos ou fontes históricas. Sobre as fontes históricas, é correto afirmar que:
A) as fontes não documentais perderam muito de sua credibilidade após o advento da escrita,
pois não são consideradas oficiais.
C) o patrimônio imaterial de uma sociedade também e considerado como fonte histórica, uma
vez que pode retratar a própria essência dessa cultura.
D) os documentos oficiais, como inventários “post mortem”, testamentos e certidões, têm maior
respaldo histórico, pois constituem conteúdo irrefutável.
A proposição [C] está correta. Os historiadores valorizam todos os registros históricos de uma
civilização seja ele escrito ou não. O patrimônio imaterial de uma sociedade como expressões
culturais, músicas, saberes, festas, danças, entre outros, são valorizados pelos historiadores
como forma de expressão de uma determinada cultura. O Positivismo do século XIX
valorizava apenas documentos escritos, daí o termo Pré-História, ou seja, onde não há escrita
não há história. Porém a partir de 1950 com a Nova História tributária da Escola dos Analles
ampliou-se a noção de documento valorizando outras fontes históricas não escritas. As
demais alternativas estão incorretas.
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29. O estudo e a escrita da História são realizados com base em pesquisas documentais e
interpretações de fatos históricos. Como não é possível reconstruir o passado tal como
aconteceu, os historiadores utilizam fontes, que podem ser interpretadas de maneiras
diferentes, e, por isso, existe uma grande diversidade de produções historiográficas a respeito
de um mesmo tema. No decorrer do tempo, o conceito, o uso e o critério de seleção das fontes
históricas mudou.
A) toda fonte histórica é necessariamente escrita, as demais são consideradas fontes pré-
históricas.
B) o historiador deve priorizar as fontes com notória imparcialidade, tais como jornais e revistas,
que retratam o dia a dia de uma cidade, um estado ou mesmo um país, da forma mais fiel
possível.
C) filmes, obras literárias, histórias em quadrinho e pinturas não podem ser consideradas fontes
históricas, pois não têm compromisso com a verdade.
D) as diversas manifestações artísticas, como escultura, pintura ou uma canção, podem ser
consideradas fontes históricas, na medida em que retratam o espírito de um tempo.
B) o historiador formula as perguntas a serem feitas aos documentos selecionados e ele o faz
com base em sua cultura e suas escolhas.
C) muitos historiadores, até meados do século XX, privilegiavam o estudo do documento escrito
e davam preferência aos documentos oficiais.
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E) o estudo das fontes e a crítica dos documentos são partes fundamentais do processo de
investigação histórica.
O estudo do historiador nunca é desinteressado: uma vez que ele se volta para uma fonte, é
para “questioná-la” sobre um assunto que configura seu objeto de estudo. Além disso, é
quase impossível ao historiador não imprimir seu próprio ponto de vista na investigação das
fontes históricas, uma vez que as maneiras de pensar e questionar são variadas e inerentes
a cada pessoa.
31. As pinturas rupestres são evidências materiais do desenvolvimento intelectual dos seres
humanos. Embora tradicionalmente estudadas pela Arqueologia, elas ajudaram a redefinir a
concepção de que a História se inicia com a escrita, pois
O enunciado propõe uma crítica à ideia tradicional de que a História se inicia com a escrita,
pressupõe que se inicia antes, com as próprias pinturas no interior de cavernas na chamada
“pré-história”, pois nos transmitem informações, usadas para entender o grupo humano que
a produziu.
32. De fato, que alternativa restava aos portugueses, ao se verem diante de uma mata virgem e
necessitando de terra para cultivo, a não ser derrubar a mata e atear-lhe fogo? Seria, pois,
injusto dessa maneira. Todavia, podemos culpar os seus descendentes, e com razão, por
continuarem a queimar as florestas quando há agora, no início do século XIX, tanta terra limpa
e pronta para o cultivo à sua disposição.
SAINT-HILAIRE Viagem às nascentes do rio S. Francisco [1847]. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo:
EDUSP,1975 (adaptado).
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D) entenderam que a queimada era uma prática necessária no início do séc. XIX.
Segundo o texto, os portugueses fizeram uma opção consciente, diante do problema efetivo
de ocupação da terra, desde seus primórdios até o século XIX. As queimadas eram realizadas
para facilitar a ocupação da terra e a prática da agricultura.
33. Para uns, a Idade Média foi uma época de trevas, pestes, fome, guerras sanguinárias,
superstições, crueldade. Para outros, uma época de bons cavaleiros, damas corteses, fadas,
guerras honradas, torneios, grandes ideais. Ou seja, uma Idade Média “má” e uma Idade Média
“boa”.
B) à tradição iluminista, que usou a Idade Média como contraponto a seus valores racionalistas,
e ao Romantismo, que pretendia ressaltar as “boas” origens das nações.
C) à indústria de videojogos e cinema, que encontrou uma fonte de inspiração nessa mistura de
fantasia e realidade, construindo uma visão falseada do real.
E) à religião, que com sua visão dualista e maniqueísta do mundo, alimentou tais interpretações
sobre a Idade Média.
A alternativa correta explica por si só as razões das diferentes visões da Idade Média em
diferentes contextos do pensamento, quais sejam, iluminismo e romantismo. O termo
romantismo pode ter vários significados dentre os quais, o relativo a narrativas medievais
escritas em românico (língua neolatina) empregado em oposição ao termo classicismo
relativo ao neoclassicismo contemporâneo do iluminismo (romântico x clássico).
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34. O texto a seguir reproduz parte de um diálogo entre dois personagens de um romance.
- Quer dizer que a Idade Média durou dez horas? Perguntou Sofia.
- Se cada hora valer cem anos, então sua conta está certa. Podemos imaginar que Jesus nasceu
à meia-noite, que Paulo saiu em peregrinação missionária pouco antes da meia-noite e meia e
morreu quinze minutos depois, em Roma. Até as três da manhã a fé cristã foi mais ou menos
proibida. (...) Até as dez horas as escolas dos mosteiros detiveram o monopólio da educação.
O ano de 476 d.C., época da queda do Império Romano do Ocidente, tem sido usado como
marco para o início da Idade Média. De acordo com a escala de tempo apresentada no texto,
que considera como ponto de partida o início da Era Cristã, pode-se afirmar que:
D) as peregrinações do apóstolo Paulo ocorreram após os primeiros 150 anos da Era Cristã.
35. “Consideremos o significado da palavra república. Ela vem do latim res publica, que quer
dizer ‘coisa de todos’. Denomina, portanto, uma forma de governo em que o Estado e o poder
pertencem ao povo.
No entanto, o que se observou na fase inicial da república romana foi a instalação de uma
organização política dominada apenas pelos patrícios. Não houve a distribuição do poder entre
todos, pois a maioria da população, os plebeus, não tinha, inicialmente, o direito de participar
das decisões políticas. Isso gerou grandes conflitos.”
(COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e geral. Vol.1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 124).
Por conta da situação acima mencionada, os plebeus iniciaram uma longa luta em busca dos
seus direitos, sobre a qual é incorreto afirmar-se que
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A) a “Lei das XII Tábuas”, ainda que favorecesse os patrícios, serviu para dar clareza às normas
e aos costumes.
C) o “Comício da Plebe” deu aos patrícios o direito de decidirem pelos plebeus assuntos relativos
aos interesses de ambos.
D) a “Eleição de Magistrados” deu aos plebeus a condição de ascenderem, aos poucos, aos
principais cargos públicos.
E) a proibição da escravização por dívidas fez com que nenhum romano fosse mais escravizado
por conta de dívidas existentes.
A questão remete a República Romana, 509-27 a.C., quando surgiram diversas instituições
políticas como os Comícios que consistiam em assembleias populares que eram
encarregados de votar as leis e eleger os magistrados. O Comício da Plebe não deu aos
patrícios a prerrogativa de decidirem pelos plebeus assuntos pertinentes a ambos.
36. As imagens reproduzem quadros de D. João VI e de seu filho D. Pedro I nos respectivos papéis
de monarcas. A arte do retrato foi amplamente utilizada pela nobreza ocidental, com objetivos
de representação política e de promoção social. No caso dos reis, essa era uma forma de se fazer
presente em várias partes do reino e, sobretudo, de se mostrar em majestade.
B) o quadro de D. João VI é mais suntuoso, porque retrata um monarca europeu típico do século
XIX.
C) os quadros dos monarcas têm baixo impacto promocional, uma vez que não estão usando a
coroa, nem ocupam o trono.
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D) a arte dos retratos, no Brasil do século XIX, era monopólio de pintores franceses, como
Debret.
37. Relacione corretamente os fatos históricos com seus respectivos períodos, numerando a
Coluna II de acordo com a Coluna I.
Coluna I
1. Revolução Industrial
3. Criação da democracia
4. Reforma e Contrarreforma
Coluna II
( ) Idade Média
( ) Idade Moderna
( ) Idade Antiga
( ) Idade Contemporânea
A) 3, 4, 2, 1.
B) 1, 2, 4, 3.
C) 2, 4, 3, 1.
D) 4, 2, 1, 3.
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38. Sobre o surgimento da arte cênica, todos falam em Grécia, mas o teatro aparece
exclusivamente, em Atenas, nas últimas décadas do século VI a.C. Nenhuma das versões sobre
o advento do teatro, na verdade, é conclusiva ou informa qual o momento exato em que se deu
o fenômeno da arte dramática.
(HELIODORA, Barbara. Caminhos do teatro ocidental. São Paulo: Perspectiva, 2013. p. 24.)
A) O marco inicial do teatro é a Paixão de Osíris, encenada em Abydos, no Egito, no ano de 2600
a.C.
B) A arte teatral surge ainda na Pré-história, em forma de dança ou canto, com o objetivo de
evocar a chuva, a caça ou outras atividades básicas.
E) O teatro, desde seu surgimento em Atenas, sempre foi uma arte elitista, sem muito apelo
popular.
39. “Eucrates, filho de Aristôtimos, do Pireu, fez a moção: Com a boa sorte do Povo de Atenas.
Que os legisladores resolvam: se alguém se rebelar contra o Povo visando implantar a Tirania,
ou juntar-se a conspiradores, ou se alguém atenta contra o Povo de Atenas ou contra a
Democracia, em Atenas, se alguém cometeu algum destes crimes, quem o matar estará livre do
processo(...).”
Lei Ateniense contra a Tirania, 337-6 a.C. FUNARI, P.P.A. Antiguidade Clássica: a história e a
cultura a partir dos documentos. Campinas: Editora Unicamp, 2003. p.90.
Somente a proposição [A] está correta. A questão remete a Lei contra a Tirania implantada
na Grécia Antiga.
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No período Clássico, século V a.C., a Grécia estava no apogeu econômico e cultural. Foi o
século de ouro, o século de Péricles, o auge da democracia com as polis que possuíam
autonomia política. No entanto, em 338 a.C. Filipe II da Macedônia conquistou a Grécia e,
desta forma, surgiu o império helenístico colocando fim a autonomia das polis. A Lei da
Tirania se insere neste contexto de transição da Grécia Clássica para a Grécia Helenística. As
demais alternativas estão incorretas.
40. O episódio da violência exercida por Sexto Tarquínio contra Lucrécia, mulher de Colatino,
um dos nobres romanos, narra e celebra em tom comemorativo “a expulsão dos Tarquínios”
como a libertação da tirania. Este evento marca:
O Rei Tarquínio foi o último rei romano antes do fim da Monarquia em Roma. Ele sofreu um
golpe de Estado promovido pelos patrícios devido às suas tentativas de favorecer os plebeus
em Roma.
41. O que implica o sistema da pólis é uma extraordinária preeminência da palavra sobre todos
os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a discussão, a
argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do jogo político.
Na configuração política da democracia grega, em especial a ateniense, a ágora tinha por função
B) permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado expostas por seus magistrados.
C) constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões da
comunidade.
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A Ágora era a praça pública onde os cidadãos atenienses discutiam os rumos da cidade.
42. TEXTO l
Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus
próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões
públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato
de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação.
TEXTO II
Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de
administrar justiça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao
tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela
mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados.
Comparando os textos l e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no
século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a)
A) prestígio social.
B) acúmulo de riqueza.
C) participação política.
D) local de nascimento.
E) grupo de parentesco.
Os trechos “olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida
apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil” (primeiro texto) e “um cidadão
integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça
e exercer funções públicas” (segundo texto) são demonstrativos das opiniões dos autores,
que julgam a cidadania pela participação política das pessoas.
43. Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos, as leis eram transmitidas oralmente
de uma geração para outra. A ausência de uma legislação escrita permitia aos patrícios
manipular a justiça conforme seus interesses. Em 451 a.C., porém, os plebeus conseguiram
eleger uma comissão de dez pessoas – os decênviros – para escrever as leis. Dois deles viajaram
a Atenas, na Grécia, para estudar a legislação de Sólon.
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A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo, descrita no texto, esteve relacionada à:
Como a própria questão deixa claro, quando a legislação era transmitida oralmente, as
classes superiores "manipulavam a justiça de acordo com seus interesses". Isso posto,
quando a legislação passou a ser escrita, houve o aumento do direito à cidadania pelas
classes inferiores.
44. No contexto da polis grega, as leis comuns nasciam de uma convenção entre cidadãos,
definida pelo confronto de suas opiniões em um verdadeiro espaço público, a ágora, confronto
esse que concedia a essas convenções a qualidade de instituições públicas.
A) Direta.
B) Sindical.
C) Socialista.
D) Corporativista.
E) Representativa.
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45. A figura apresentada é de um mosaico, produzido por volta do ano 300 d.C., encontrado na
cidade de Lod, atual Estado de Israel. Nela, encontram-se elementos que representam uma
característica política dos romanos no período, indicada em:
O período destacado foi marcado pelo apogeu do expansionismo romano, época do Império,
quando Roma dominava todos os territórios ao redor do Mediterrâneo, incluindo a Palestina.
O mosaico de animais demonstra a quantidade e diversidade desses territórios.
46. Um texto bastante famoso produzido na Idade Média foi o Exemplo dos carneiros, dos bois
e dos cães, que explicava:
“A razão de ser dos carneiros é fornecer leite e lã, dos bois é lavrar a terra, a dos cães defender
os carneiros e os bois. Se cada um cumprir sua missão, Deus protegê-la-á. Do mesmo modo, fez
com os homens: instituiu os Clérigos e os Monges para que rezassem, plenos de doçura, como
ovelhas; os camponeses, como os bois, para assegurar a subsistência, e os guerreiros para que
defendessem dos inimigos, semelhantes a lobos, os que oram e os que cultivam a terra.”
(Apud LE GOFF, Jacques. A civilização do ocidente medieval. Lisboa: Estampa, 1984, vol. 2, p.
10, adaptado).
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Partindo da análise dessa fonte, compreendemos que a Sociedade Feudal se dividia em três
ordens principais, registradas na alternativa:
A questão aponta para a sociedade feudal europeia no período medieval. A Igreja católica
era a instituição mais importante que organizava e explicava a sociedade. O texto citado pelo
historiador Jacques Le Goff foi elaborado na Idade Média e retrata muito bem a função social
de cada estamento. O clero (carneiro) deve cuidar da parte espiritual, os servos (os bois)
devem trabalhar e os nobres (cães) guerrear.
47. A produção feudal era agrícola, sendo a terra sua principal fonte de riqueza. O sistema
comunitário de cultivo reduzia o interesse por inovações técnicas, por isso, qualquer nova forma
de trabalhar a terra, exigia a aprovação de toda a aldeia. Além disso, todo aumento da produção
correspondia a mais tributos a serem pagos ao senhor feudal, desestimulando a produção
excedente pelos servos.
Entre os muitos impostos que estes pagavam, um deles era a corveia, que consistia em:
O Feudalismo tinha como fonte de riqueza a posse da terra que estava nas mãos dos
senhores feudais e da Igreja. Desta forma Clero e Nobreza tinham privilégios. Os servos não
tinham terras e estavam sujeitos a trabalhar nas terras dos senhores feudais e pagar diversos
impostos como a talha, banalidades, mão morta, tostão de Pedro, etc. Todos os impostos
eram pagos em produtos, exceto a corveia que consistia em trabalho dos servos no manso
senhorial alguns dias da semana.
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48. Sobre a Igreja Católica, durante o Período Feudal, é correto afirmar que
B) a figura do Papa, líder político mais influente durante toda a Idade Média, garantia a
centralização do poder.
C) a unificação da religião no Oriente e no Ocidente foi uma imposição apoiada pelo regime
político em todo território.
Somente a proposição [A] está correta. A questão aponta para a relevância da Igreja católica
durante o medievo. Com as invasões bárbaras e a subsequente queda do império romano do
ocidente em 476, a Europa viveu um processo de ruralização ou êxodo urbano. A fusão de
romanos e os germânicos não foi harmoniosa. Diante do caos que imperava na Europa, a
Igreja católica foi a única instituição capaz de organizar a sociedade através do controle da
fé e dos costumes colocando Deus (teocentrismo) em primeiro plano.
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O feudalismo, sistema político, econômico e social pelo qual a propriedade da terra está
diretamente associada ao modo de produção presente na Idade Média (séculos V-XV),
representa um aspecto essencial das relações entre os senhores de terra e os servos que
nela trabalhavam, a saber, a relação que ficou conhecida como suserania e vassalagem.
As imagens apresentadas, por sua vez, elucidam de forma substancial uma característica
fundamental da formação do feudalismo, marcada pela fusão de elementos romanos e
germânicos.
Com relação à conversão de Clóvis ao cristianismo, este processo foi seguido de uma
“cristianização” do reino franco, ao qual ele controlava, em busca de uma união entre as
tribos. A Igreja Católica, por sua vez, encontrou na conversão de Clóvis um importante
aliado que a protegesse das invasões bárbaras do período.
A coroação de Carlos Magno, no ano 800, por sua vez, impulsionou o poder da Igreja
Católica, uma vez que o seu reinado marcou um período conhecido como o Império
Carolíngio, no qual o reino franco teve grande participação e protagonismo na Europa
medieval.
50. O Oriente, com suas inúmeras e ricas cidades, economia desenvolvida, um campesinato de
pequenas propriedades, relativa unidade cívica e distância geográfica da violência dos ataques
bárbaros, sobreviveu. O Ocidente, com sua população mais esparsa e cidades mais fracas,
aristocracia grandiosa e campesinato explorado em arrendamentos, anarquia política e
vulnerabilidade estratégica às invasões germânicas, naufragou.
O excerto de texto, escrito pelo historiador Perry Anderson, nos apresenta, de forma
objetiva, a temática do Império Romano, em suas duas dimensões: o Império Romano do
Oriente, também chamado de Império Bizantino e que perdurou até o ano de 1453, quando
foi tomado pelos turcos, e o Império Romano do Ocidente, o qual vigorou até o ano de 476
d.C.
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No texto, o autor apresenta algumas diferenças entre os dois Impérios, sendo que o do
Oriente obteve mais sucesso e permaneceu por mais tempo, em virtude de suas cidades mais
ricas e desenvolvidas, além de uma distância geográfica considerável dos ataques bárbaros.
O Império Romano do Ocidente, por sua vez, durou até 476, sendo que as invasões externas,
a instabilidade social, divisões internas e a indisciplina do exército foram cruciais para o seu
declínio.
Dessa forma, o autor contrapõe a permanência da região Oriental e o fim da região Ocidental
enquanto marcos da passagem da Antiguidade à Idade Média.
51. A cidade contemporânea, apesar de grandes transformações, está mais próxima da cidade
medieval do que esta última da cidade antiga. A cidade da Idade Média é uma sociedade
abundante, concentrada em um pequeno espaço, um lugar de produção e de trocas em que se
mesclam o artesanato e o comércio alimentados por uma economia monetária. É também o
cadinho de um novo sistema de valores nascido da prática laboriosa e criadora do trabalho, do
gosto pelo negócio e pelo dinheiro.
A) do contexto árabe-islâmico.
E) do Império Carolíngio.
O texto escrito pelo historiador francês Jacques Le Goff apresenta características da cidade
medieval, no presente caso, daquela existente na Baixa Idade Média (aproximadamente
entre os séculos X-XV). É possível observar que a economia tinha um caráter agrário, no
entanto, tal período também é marcado pela crise do sistema feudal, sendo que, a partir de
então, passou a ocorrer um aumento na circulação das moedas, em contradição às trocas
até então estabelecidas.
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Essa imagem, retirada do Livro de Horas do Duque de Berry, representa um aspecto da vida
social na Europa medieval em um contexto no qual:
Os servos eram presos à terra e aos seus senhores, sendo que deviam algumas obrigações
aos senhores feudais, a saber: o pagamento da talha (o servo deveria dar metade de sua
produção ao senhor feudal), a corveia (o servo era obrigado a trabalhar alguns dias da
semana cultivando as terras do manso senhorial) e a banalidade (ou seja, o pagamento de
uma taxa referente ao uso dos equipamentos do senhor feudal, como o moinho e a
fornalha).
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53. Durante boa parte do período medieval, a marcação do tempo era controlada pela Igreja
Católica, preocupada com o tempo religioso e com os ofícios religiosos a ele relacionados.
Nos séculos XIV e XV, no entanto, os relógios mecânicos começaram a espalhar-se pela Europa
e popularizou-se a divisão do dia em 24 horas. A afirmação desse tempo leigo perante o tempo
religioso representou:
B) uma vitória dos servos sobre os seus senhores, pois eles vinham lutando para controlar o
próprio tempo.
D) o domínio do tempo pelos senhores feudais, que passaram a definir comportamentos com
base no relógio.
E) uma mudança cultural pouco significativa, pois as relações de trabalho continuaram a existir
da mesma forma.
De acordo com o historiador francês Jacques Le Goff (2002): “O tempo da Idade Média é,
em primeiro lugar, um tempo de Deus e da terra, depois dos senhores e dos que estão
sujeitos ao senhorio, depois – sem que os tempos precedentes tenham deixado de ser
presentes e exigentes – um tempo das cidades e dos mercadores, e, finalmente, um tempo
do príncipe e do indivíduo.”
Com o passar dos anos, porém, a forma de se marcar o tempo passou por uma série de
mudanças, sendo que na Europa, durante o período Medieval (sobretudo a partir dos
séculos XIV e XV), o tempo clérigo deu lugar ao chamado tempo leigo (ou laico).
Durante a Idade Média, o tempo era marcado através dos ritmos naturais e pelo
movimento do sol, sendo que a Igreja Católica passou a modificá-lo e inseriu, neste sentido,
o tempo circular da liturgia, cujas marcações se davam por meio dos eventos ligados à vida
de Cristo: Advento, Natal, Quaresma, Semana Santa, etc.
A partir do século XII, os monges introduziram mais duas formas de se controlar o tempo: o
toque dos sinos e as horas canônicas (de acordo com o Salmo 118.164: "Louvei-vos sete
vezes por dia."). Tais horas a que o salmo se refere são: as Matinas, Prima, Terça, Sexta,
Noa, Vésperas e Completas.
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Eis que, em outubro do ano de 1347 da Encarnação do Senhor, (...) muitos genoveses, em doze
galeras, fugindo à cólera divina que se abatera sobre eles em razão da sua iniquidade, acostaram
no porto da cidade de Messina. Os genoveses transportavam consigo (...) uma doença tal que
quem quer que tivesse falado com um deles era atingido por essa enfermidade mortal (...). As
pessoas odiavam-se umas às outras a ponto de, se um filho fosse atingido pelo mal, o pai se
recusar terminantemente a ficar do seu lado; e se ousasse aproximar-se dele, seria de tal modo
atingido pelo mal que não haveria modo de escapar à morte (...).
(Michel de Piazza. Historia secula ab anno 1337 ad annum 1361. Apud Georges Duby. A Europa
na Idade Média, 1988.)
A partir do trecho, pode-se afirmar que a peste negra era encarada como
A) uma manifestação de castigo divino e que teve como um de seus efeitos a desagregação das
relações sociais.
C) um produto da ação dos heréticos medievais e provocadora de novas ideias religiosas, como
a crença nos santos.
E) uma decorrência direta das atividades econômicas que buscavam o lucro e da defesa que a
Igreja fazia das indulgências.
A questão traz para a discussão um aspecto marcante do período conhecido como Baixa
Idade Média (séculos XI a XV): a presença da peste negra, doença que chegou à Europa em
decorrência do comércio entre a Ásia e o Mediterrâneo, cujas embarcações estavam
infestadas de ratos e pulgas.
Sua propagação ocorreu em decorrência das picadas de pulgas nas pessoas, sendo que, em
um nível mais avançado, chegou a ser transmitida através de espirros entre os humanos.
Com relação ao excerto apresentado, é possível destacar o seguinte trecho que nos
evidencia, assim, a forma pela qual a doença foi considerada como um castigo divino: “[...]
muitos genoveses, em doze galeras, fugindo à cólera divina que se abatera sobre eles em
razão da sua iniquidade [aquilo que é contrário à moral e à religião], acostaram no porto da
cidade de Messina [...]”.
Diante disso, percebe-se que que muito dos genoveses retratados no relato foram
divinamente castigados em decorrência de sua iniquidade, algo que prejudicava as relações
sociais e contribuía para o desconhecimento mais a fundo da doença.
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55. Maomé (570-632) uniu os povos árabes em torno dos princípios do Islã. Seus praticantes,
os muçulmanos, expandiram-se por diferentes regiões do mundo, o que resultou:
Quando ocuparam a Península Ibérica, em 711, a monarquia visigoda foi transferida para o
norte, sendo que os árabes somente seriam expulsos no decorrer do século XV, sob o
controle dos chamados reis católicos (Fernando de Aragão e Isabel de Castela).
56. “Maomé retirou-se às montanhas para rezar e meditar, vivendo como eremita. Em seguida,
começou a pregar a existência de um deus único, Alá, e a prática do Islã, submissão total a deus.”
(ORDOÑEZ, Marlene e QUEVEDO, Júlio. História. Coleção Horizontes. São Paulo: IBEP. Sd. p.58)
Somente a proposição [B] está correta. O excerto faz referência a algumas passagens da vida
do profeta Maomé (570-632). Este líder criou uma religião monoteísta denominada
Islamismo dando unidade política e religiosa aos árabes. Sendo perseguido pela elite de
comerciantes de Meca, Maomé, em 622, fugiu de Meca para Yatreb, uma pequena cidade
próxima de Meca. Lá Maomé converteu a cidade a sua nova religião. Hégira é o nome dado
a esta fuga do profeta que marca o início do calendário muçulmano.
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57. O islamismo, religião monoteísta fundada por Maomé (c. 570-632), mudou o cenário
religioso e político do Oriente Médio e de toda a bacia do Mediterrâneo. Os padrões islâmicos
de moralidade e as normas que regulam a vida cotidiana são fixados pelo Alcorão, que os
muçulmanos acreditam conter a palavra de Alá, tal qual revelada a Maomé. Para os
muçulmanos, sua religião é a conclusão e o aperfeiçoamento do judaísmo e do cristianismo.
Maomé conseguiu unificar as tribos árabes, envolvidas em constantes disputas, numa força
poderosa dedicada a Alá e à difusão da fé islâmica. Após a morte de Maomé, no entanto, seus
sucessores não conseguiram manter a unidade, por disputas sucessórias. Essas disputas
dividiram o Islã em dois grupos principais, que permanecem até os dias de hoje.
A) Monofisistas e nestorianos.
B) Monofisistas e maronitas.
C) Sunitas e xiitas.
D) Otomanos e assírios.
E) Xiitas e politeístas.
A questão remete ao surgimento do Islamismo bem como suas disputas internas. Maomé
fundou o Islamismo tendo como base o catolicismo e o judaísmo. Esta religião monoteísta
unificou as diversas tribos árabes. Após a morte de Maomé em 632 o Islamismo perdeu a
unidade surgindo dois grupos que permanecem até hoje: Xiitas e Sunitas. Xiitas. Partidários
de Ali, o jovem genro de Maomé, casado com Fátima. Defendiam o Corão e que a família de
Maomé (descendentes) deve governar. Os xiitas são minoria entre os muçulmanos. Eles são
maioria no Irã (90%) e Iraque (60%da população). Sunitas defendiam o Suna (livro sobre
Maomé) defendiam um Estado eleito pelos crentes. Defendiam que o califa (escolhido por
Deus) Abu Bahr, amigo de Maomé e mais experiente, deveria governar e não o inexperiente
Ali. Os sunitas são maioria entre os muçulmanos (Arábia saudita, Síria, Egito, Tunísia,
Paquistão, Jordânia). Os sunitas levam em consideração as transformações que correram no
mundo.
58. A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto, dividida em três: uns oram, outros
combatem, outros, enfim, trabalham. Essas três partes que coexistem não suportam ser
separadas; os serviços prestados por uma são a condição das obras das outras duas; cada uma
por sua vez encarrega-se de aliviar o conjunto... Assim a lei pode triunfar e o mundo gozar da
paz.
A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida durante a Idade Média. Um
objetivo de tal ideologia e um processo que a ela se opôs estão indicados, respectivamente, em:
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A ideologia apresentada no texto tem como objetivo reforçar a divisão estamental da Idade
Média – “uns oram, outros combatem, outros, enfim, trabalham”. E os movimentos que mais
se opuseram a isso foram as Revoltas Camponesas.
Os versos do poeta francês François Villon fazem referência às imagens presentes nos templos
católicos medievais. Nesse contexto, as imagens eram usadas com o objetivo de
As imagens das igrejas católicas do Medievalismo serviam para ensinar os fiéis os perigos
advindos da prática imperfeita da religião e os benefícios adquiridos a partir da boa prática.
O trecho “Um Paraíso com harpas pintado, E o Inferno onde fervem almas danadas, Um
enche-me de júbilo, o outro me aterra” é demonstrativo disso.
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60. A lei dos lombardos (Edictus Rothari), povo que se instalou na Itália no século VII e era
considerado bárbaro pelos romanos, estabelecia uma série de reparações pecuniárias
(composições) para punir aqueles que matassem, ferissem ou aleijassem os homens livres. A lei
dizia: “para todas estas chagas e feridas estabelecemos uma composição maior do que a de
nossos antepassados, para que a vingança que é inimizade seja relegada depois de aceita a dita
composição e não seja mais exigida nem permaneça o desgosto, mas dê-se a causa por
terminada e mantenha-se a amizade.”
O Edito de Rotário (Edictus Rothari) foi promulgado pelo rei lombardo Rotário em 643. Com
388 artigos e redigido em latim, abrangia não somente a tradição nacional lombarda, mas
também outras legislações bárbaras e também o direito romano (justiniano e pré-justiniano).
A maior novidade introduzida pela legislação de Rotário foi a abolição da faida, isto é, da
vingança privada, e sua substituição pelo guidrigildo, uma compensação em dinheiro do
ofensor a quem havia sofrido o dano (ou a seus parentes em caso de homicídio). O guidrigildo
representava o valor de uma pessoa e não era um valor fixo segundo a gravidade objetiva da
ofensa sofrida, mas variava segundo a condição jurídica e a função exercida pela pessoa que
havia sofrido o dano.
61. A Idade Média é um extenso período da História do Ocidente cuja memória é construída e
reconstruída segundo as circunstâncias das épocas posteriores. Assim, desde o Renascimento,
esse período vem sendo alvo de diversas interpretações que dizem mais sobre o contexto
histórico em que são produzidas do que propriamente sobre o Medievo.
A) a associação que Hitler estabeleceu entre o III Reich e o Sacro Império Romano Germânico.
B) o retorno dos valores cristãos medievais, presentes nos documentos do Concílio Vaticano II.
C) a luta dos negros sul-africanos contra o apartheid inspirada por valores dos primeiros cristãos.
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E) a tradição heroica da cavalaria medieval, que foi afetada negativamente pelas produções
cinematográficas de Hollywood.
A questão alude à inspiração de Hitler para a construção do III Reich, no Sacro Império
Romano Germânico, união de territórios de população predominantemente germânica da
Europa Central remanescente do Império de Carlos Magno que perdurou da Idade Média até
o início da Idade Contemporânea sob a autoridade do Sacro Imperador Romano (I Reich). O
II Reich compreende o Império Alemão entre 1871 e 1914, resultante do processo de
unificação da Alemanha iniciado em meados do século XIX.
62. O ano muçulmano é composto de 12 meses, dentre eles o Ramadã, mês sagrado para os
muçulmanos que, em 2001, teve início no mês de novembro do Calendário Cristão, conforme a
figura que segue.
A) 01 de novembro.
B) 08 de novembro.
C) 16 de novembro.
D) 20 de novembro.
E) 28 de novembro.
O Calendário Islâmico é baseado no mês lunar, iniciado no dia seguinte ao da lua nova, que
é justamente o início da fase crescente. Baseado nesta informação, que não foi fornecida no
enunciado, concluímos que o mês do Ramadã se iniciou em 16 de novembro.
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(...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no campo da filosofia para que
iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício de uma razão que se
torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé.
(Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio aos bispos da igreja católica sobre as relações
entre fé e razão, 1998)
A) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de São Tomás de Aquino, refletindo
a diferença de épocas.
B) a encíclica papal procura complementar São Tomás de Aquino, pois este colocava a razão
natural acima da fé.
C) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encíclica de João Paulo II.
D) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas, em nossos dias, não tem
relação com o pensamento filosófico.
E) tanto a encíclica papal como a frase de São Tomás de Aquino procuram conciliar os
pensamentos sobre fé e razão.
Interpretação de texto somada ao conhecimento geral. Desde a baixa idade média, época de
Tomás de Aquino, a Igreja Católica desenvolveu concepções de mundo que procuravam
conciliar fé e razão. Tomás de Aquino foi um dos precursores dessa corrente filosófica
denominada, na época, de escolástica. O texto do Papa, atual, é explicito quanto à essa
opção.
64. No século XI, o bispo Fulbert de Chartes foi convidado a escrever sobre a fórmula da
fidelidade e assim o fez:
Aquele que jura fidelidade a seu senhor deve ter sempre em mente estes seis princípios:
proteção, segurança, honra, interesse, liberdade, faculdade. Proteção, quer dizer, nada deve ser
feito em prejuízo do senhor quanto ao seu corpo. Segurança, nada em prejuízo da residência
onde ele habita ou de suas fortalezas nas quais ele possa se achar. Honra, quer dizer, nada em
detrimento de sua justiça ou do que possa sua honra depender. Interesse, quer dizer, nada que
possa prejudicar suas possessões. Liberdade e faculdade, quer dizer, o bem que o senhor possa
fazer não lhe deva ser tornado difícil e o que ele esteja fazendo tornado impossível (...)
Fonte: Fulbert de Chartres. Epistolae, LVIII, ano 1020. In: Jaime Pinsky. Modo de produção
feudal. 2 ed. São Paulo: Global, 1982.
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Os princípios apresentados na cerimônia descrita pelo texto fazem referência às relações sociais
entre
65. Segundo o historiador Demant, “em princípio, Maomé conseguiu converter à nova fé a
esposa e alguns amigos. Seu primeiro núcleo de ouvintes foi mínimo, mas suficiente para irritar
a elite comercial de Meca, cuja renda do turismo religioso foi ameaçada pela insistência de
Maomé em destruir as imagens dos deuses politeístas. A repressão contra essa pequena e
primeira comunidade muçulmana o levou a fugir com seus seguidores, no ano de 622 d.C, para
outra cidade, mais aberta às suas demandas: Iatreb, desde então nomeada de AlMedina (a
Cidade), situada a 300 quilômetros ao norte de Meca.
Com base na situação descrita sobre a fuga do fundador do islã, o Profeta Maomé, é correto o
que se afirma em:
A) Sua fuga é conhecida como a jihad (luta em favor de Deus) e marca o início do calendário
muçulmano.
B) Sua fuga é conhecida como a salat (reza que se faz cinco vezes ao dia) e marca o início do
calendário muçulmano.
C) Sua fuga é conhecida como a hijra (hégira ou migração) e marca o início do calendário
muçulmano.
D) Sua fuga é conhecida como o ramadan (ramadã - mês de jejum, entendido como purificação
e ascese para Deus) e marca o início do calendário muçulmano.
E) Sua fuga é conhecida como a shahada (testemunho – é a confissão que efetua a conversão) e
marca o início do calendário muçulmano.
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O texto narra a perseguição sofrida por Maomé em Meca e sua consequente fuga para
Medina. Esse episódio da história muçulmana ficou conhecido como hégira e marca o ano 1
do calendário muçulmano.
66. Os fragmentos de texto abaixo foram extraídos de VICENTINO e DORIGO (2011) e se referem
à Igreja Medieval.
I. Pouco a pouco, a Igreja foi “se transformando na maior proprietária de terras da Idade Média
e construindo fortes vínculos com a estrutura feudal”.
II. Viviam afastados das tentações do mundo por meio do isolamento em abadias e de votos de
castidade, pobreza e silêncio. Com o tempo, num mundo em que uma restrita minoria era
alfabetizada, as igrejas, os mosteiros e as abadias converteram-se nos principais centros da
cultura letrada.
III. Viviam apegados aos bens materiais e em contacto com a sociedade, a terra, a administração
e a exploração das riquezas.
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67. Os mosteiros eram em primeiro lugar casas, cada uma abrigando sua “família”, e as mais
perfeitas, com efeito, as mais bem ordenadas: de um lado, desde o século IX, os mais
abundantes recursos convergiam para a instituição monástica, levando-a aos postos avançados
do progresso cultural; do outro, tudo ali se encontrava organizado em função de um projeto de
perfeição, nítido, bem estabelecido, rigorosamente medido.
(Georges Duby. “A vida privada nas casas aristocráticas da França feudal”. História da vida
privada, vol. 2, 1992. Adaptado.)
B) recuperar a experiência histórica e pessoal do Salvador durante sua estada no mundo dos
vivos.
C) recolher-se a uma comunidade fechada para orar, estudar e combater a desordem do mundo.
D) identificar-se com as condições de privação por que passavam as famílias pobres, celebrar a
tradição escolástica e agir de forma ética.
E) reconhecer a humanidade como solidária e unida num esforço de salvação da alma dos fiéis
e dos infiéis.
A vida nos mosteiros era completamente fechada com relação ao mundo exterior, mas isso
não impedia os mosteiros de serem verdadeiras casas do saber, uma vez que cabia aos
monges estudar e aprimorar os preceitos da época e o latim.
68. Reproduz-se, abaixo, trecho de um sermão do bispo Cesário de Arles (470-542), dirigido a
uma paróquia rural.
“Vede, irmãos, como quem recorre à Igreja em sua doença obtém a saúde do corpo e a remissão
dos pecados. Se é possível, pois, encontrar este duplo benefício na Igreja, por que há infelizes
que se empenham em causar mal a si mesmos, procurando os mais variados sortilégios:
recorrendo a encantadores, a feitiçarias em fontes e árvores, amuletos, charlatães, videntes e
adivinhos?”
A partir desse sermão, escrito no sul da atual França, é correto afirmar que:
A) A Igreja Católica assumia funções espirituais e deixava à nobreza o cuidado da saúde dos
camponeses, através de ordens religiosas e militares.
C) Práticas consideradas menos ortodoxas por Cesário de Arles ainda encontravam espaço em
setores da sociedade e a elite da Igreja tentava se afirmar como o único acesso ao sagrado.
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D) O avanço do materialismo estava afastando da Igreja os camponeses, que, com isto, deixavam
de pagar os dízimos eclesiásticos.
As práticas consideradas não ortodoxas pela Igreja Católica – como feitiçaria, encantos e
videntes – foram, durante a Idade Média, usadas por parte da população, em especial na
zona rural. Diante disso, a Igreja tentava adentrar nesse meio para ampliar sua influência
sobre a sociedade.
A imagem pode ser associada à tradição dos conhecimentos desenvolvidos no mundo árabe-
islâmico durante a Idade Média e revela
A) a inexistência de instrumental médico nas sociedades islâmicas, que impediam qualquer tipo
de corte nos corpos.
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70. Eis dois homens à frente: um, que quer servir; o outro, que aceita, ou deseja, ser chefe. O
primeiro une as mãos e, assim juntas, coloca-as nas mãos do segundo: claro símbolo de
submissão, cujo sentido, por vezes, era ainda acentuado pela genuflexão. Ao mesmo tempo, a
personagem que oferece as mãos pronuncia algumas palavras, muito breves, pelas quais se
reconhece “o homem” de quem está na sua frente. Depois, chefe e subordinado beijam-se na
boca: símbolo de acordo e de amizade. Eram estes – muito simples e, por isso mesmo,
eminentemente adequados para impressionar espíritos tão sensíveis às coisas – os gestos que
serviam para estabelecer um dos vínculos mais fortes que a época feudal conheceu.
O texto e a imagem descrevem a cerimônia que acontecia para que fosse estabelecido o laço
da nobreza mais importante do Feudalismo: o laço de suserania e vassalagem.
71. A colisão catastrófica dos dois anteriores modos de produção em dissolução, o primitivo e o
antigo, veio a resultar na ordem feudal, que se difundiu por toda a Europa.
O autor refere-se a três tipos de formações econômico-sociais nesse pequeno trecho. A esse
respeito é correto afirmar:
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C) A economia romana, baseada na pequena propriedade familiar, foi transformada a partir das
invasões germânicas dos séculos IV a VI.
E) A transição para o escravismo feudal foi proporcionada pelos conflitos constantes nas
fronteiras romanas devido à ofensiva dos magiares.
A forma social de trabalho formada no Feudalismo foi uma síntese entre dois tipos de
relações sociais anteriores: o escravismo romano e o clientelismo bárbaro. Essa síntese
resultou na servidão feudal.
72. Observemos apenas que o sistema dos feudos, a feudalidade, não é, como se tem dito
frequentemente, um fermento de destruição do poder. A feudalidade surge, ao contrário, para
responder aos poderes vacantes. Forma a unidade de base de uma profunda reorganização dos
sistemas de autoridade […].
B) deriva da falência dos grandes impérios da Antiguidade e oferece uma alternativa viável para
a destruição dos poderes políticos.
E) ocupa o espaço aberto pela ausência de poderes centralizados e permite a construção de uma
nova ordem política.
Somente a alternativa [E] está correta. A questão remete ao poder político na Europa durante
o medievo. O texto do historiador francês Jacques Le Goff aponta para a “feudalidade”. O
pensador defende que o feudalismo não se caracterizou pela destruição de poder.
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Ao contrário, a feudalidade surgiu para preencher um vazio de poder que se deu com a queda
do Império Romano do Ocidente em 476 d.C. Com a queda de Roma, acabou a centralização
do poder político surgindo uma nova ordem social, econômica e política (conhecida como o
sistema feudal) através da fusão de romanos e germanos. Trata-se do surgimento da
Civilização Cristã Ocidental no começo da Idade Média. As demais alternativas estão
incorretas.
73. Os homens da Idade Média estavam persuadidos de que a terra era o centro do Universo e
que Deus tinha criado apenas um homem e uma mulher, Adão e Eva, e seus descendentes.
Não imaginavam que existissem outros espaços habitados. O que viam no céu, o movimento
regular da maioria dos astros, era a imagem do que havia de mais próximo no plano divino de
organização.
(Georges Duby. Ano 1000, ano 2000: na pista de nossos medos, 1998. Adaptado.)
Durante a Idade Média, a ideologia predominante era aquela criada e ditada pela Igreja
Católica, baseada no Cristianismo. Fundamentos como a terra ser o centro do Universo e a
criação do homem e da mulher por Deus faziam parte dessa ideologia.
74. Analisando as condições de trabalho da Europa medieval, o historiador Marc Bloch afirmou:
O servo, em resumo, dependia tão estreitamente de um outro ser humano que, fosse ele para
onde fosse, esse laço o seguia e se imprimia à sua descendência. Essas pessoas, para com o
senhor, não estavam obrigadas apenas às múltiplas rendas ou prestações de serviços. Deviam-
lhe também auxílio e obediência, e contavam com a sua proteção.
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(BLOCH, Marc. A sociedade feudal. Lisboa: Edições 79, s/d., p. 294-295. Adaptado)
D) garantia aos servos a participação nas decisões políticas dentro dos feudos.
75. No início foram as cidades. O intelectual da Idade Média – no Ocidente – nasceu com elas.
Foi com o desenvolvimento urbano ligado às funções comercial e industrial – digamos
modestamente artesanal – que ele apareceu, como um desses homens de ofício que se
instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão do trabalho. Um homem cujo ofício é
escrever ou ensinar, e de preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que,
profissionalmente, tem uma atividade de professor e erudito, em resumo, um intelectual – esse
homem só aparecerá com as cidades.
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76. Veneza, emergindo obscuramente ao longo do início da Idade Média das águas às quais devia
sua imunidade a ataques, era nominalmente submetida ao Império Bizantino, mas, na prática,
era uma cidade-estado independente na altura do século X. Veneza era única na cristandade por
ser uma comunidade comercial: “Essa gente não lavra, semeia ou colhe uvas”, como um
surpreso observador do século XI constatou. Comerciantes venezianos puderam negociar
termos favoráveis para comerciar com Constantinopla, mas também se relacionaram com
mercadores do islã.
A expansão das atividades de trocas na Baixa Idade Média, dinamizadas por centros como
Veneza, reflete o(a)
As chamadas cidades comerciais – como Gênova e Veneza – foram muito importantes para
o renascimento urbano-comercial e para a superação da crise agrícola do fim do Feudalismo.
Nessas cidades o comércio renasceu primeiro, a burguesia primeiro se formou, e as bases
econômicas da Era Moderna se fundaram.
DUBY, G. et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada da Europa Feudal
à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).
As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média,
quando elas assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos. Este processo está
diretamente relacionado com:
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78. Os últimos anos do século X foram marcados, na Europa Ocidental, pela diminuição das
invasões bárbaras e pela queda da mortandade por epidemias. Tais fatos geraram estabilidade
e crescimento demográfico. A partir do século XI, o continente experimentaria profundas
transformações que levariam ao que se conhece como Renascimento Comercial.
A) o Iluminismo gerou uma mentalidade de busca pela prosperidade material, o que levou ao
incremento de práticas comerciais.
A questão remete ao início da Baixa Idade Média. O texto aponta para o fim das invasões
bárbaras na Europa no século X e ao crescimento demográfico que ocorreu em seguida,
gerando a necessidade de aumentar a produção de alimento. Daí surgiu a “Revolução
Agrícola” com novas técnicas de plantio e desmatamento. Neste contexto surgiram o
“Renascimento Comercial e Urbano”, a crise feudal, as Cruzadas, a burguesia e o
desenvolvimento do comércio.
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Sobre o desenvolvimento urbano e comercial no Ocidente Medieval entre os séculos XII e XIII,
marque a alternativa INCORRETA:
A) Existia uma grande multiplicidade de moedas que circulavam paralelamente entre si, sendo
o cambista a principal figura responsável pelas conversões nas feiras.
A sociedade que se estrutura no meio urbano – que virá a originar a burguesia – não
reproduzia as relações básicas do Feudalismo – como a suserania e a vassalagem. Nas
cidades, a base das relações era o comércio.
80. Durante a Idade Média, havia um imaginário vinculado às cruzadas, pautado pela concepção
de que
A) Os nobres tinham a missão sagrada de proteger a população europeia dos “infiéis” que, após
a tomada da Península Ibérica, vinham impondo violentamente sua crença e cobrando altos
impostos a toda a cristandade.
B) os vassalos deveriam morrer por meio do “bom combate” pois, ainda que não houvesse
esperança alguma de reconquistar Jerusalém, o sacrifício humano fortaleceria a fé católica e o
poder do Papa.
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C) a Guerra Santa iniciada pelos muçulmanos era uma provação que os cristãos deveriam
enfrentar para que a tragédia da Peste Negra e outros castigos divinos não voltassem a incidir
sobre o Ocidente.
D) a longa peregrinação e os combates militares movidos pela fé, a fim de recuperar a Terra
Santa, assegurariam, a todos os participantes, o perdão de seus pecados e a purificação de suas
almas.
C) eram conduzidas por autoridades leigas, pois a Igreja Católica não tinha vínculo com a
perseguição e a punição dos hereges.
D) tinham caráter exemplar, expondo publicamente os réus forçados a pedir perdão, antes de
serem encaminhados para a execução.
E) visavam a executar os judeus e islâmicos, não atingindo protestantes nem católicos romanos
ou ortodoxos.
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Os autos de fé, promovidos pela Inquisição Católica, visavam, além de punir os hereges e os
infiéis, criar exemplos aos cristãos acerca das condutas aceitas ou não pela Igreja Católica.
Por isso, as cerimônias eram públicas.
82. Da mesma forma que a Terra Santa, ainda que com identidade menor, a Península Ibérica
possibilitava a reunião das ideias de paz (luta no exterior da Cristandade), de Guerra Santa
(engrandecimento da Igreja em terra anteriormente cristã) e de peregrinação (corpo santo
apostólico em Santiago de Compostela). A Reconquista revelou-se especialmente atraente, o
que é significativo, para o centro-sul francês (...) cujos cavaleiros foram os mais constantes
participantes ultramontanos da luta anti-moura na Península.
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83. A cidade é [desde o ano 1000] o principal lugar das trocas econômicas que recorrem sempre
mais a um meio de troca essencial: a moeda. [...] Centro econômico, a cidade é também um
centro de poder. Ao lado do e, às vezes, contra o poder tradicional do bispo e do senhor,
frequentemente confundidos numa única pessoa, um grupo de homens novos, os cidadãos ou
burgueses, conquista “liberdades”, privilégios cada vez mais amplos.
GOFF Jacques Le. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.
D) a Igreja romana, que se opunha ao acúmulo de bens materiais, enfrentava forte oposição da
burguesia ascendente e dos grandes proprietários de terras.
No final da Idade Medieval, quando o sistema feudal já vivenciava sua crise, as bases do
Feudalismo passaram a coexistir com o renascimento das cidades e o surgimento de uma
nova classe social: a burguesia. Nesse contexto, quando o Feudalismo sucumbiu, no século
XV, a burguesia assumiu papel central nas transformações que marcariam o início da Idade
Moderna.
84. Durante a Idade Média houve uma grande circulação de viajantes entre a Europa e o Oriente
Médio. Algumas dessas viagens eram peregrinações religiosas a locais considerados sagrados
como, por exemplo, a cidade de Jerusalém.
No início do século XI, entretanto, essa cidade estava sob o domínio dos muçulmanos, o que não
correspondia aos interesses da Igreja Católica, por isso, em 1095, o Papa Urbano II fez um apelo
à cristandade para que nobres e camponeses libertassem Jerusalém.
De acordo com as informações citadas, é correto afirmar que o apelo do Papa Urbano II deu
origem:
A) ao Renascimento.
B) ao Protestantismo.
C) à Inquisição.
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D) à Contrarreforma.
E) às Cruzadas.
Somente a proposição [E] está correta. O famoso discurso do Papa Urbano II no Concílio de
Clermont em 1095 chamando os fiéis para lutar contra os muçulmanos infiéis. O texto faz
referência as Cruzadas. Os muçulmanos dominavam algumas regiões sagradas para o
cristianismo e o Papa Urbano II pediu apoio dos nobres e camponeses para libertar os lugares
sagrados. Ocorreram oito cruzadas oficiais entre 1095-1270. Somente a primeira teve
relativo sucesso.
85. “O modo de produção feudal, tal como apareceu na Europa ocidental, deixava em geral aos
camponeses apenas o espaço mínimo para aumentarem o produto de que dispunham dentro
das duras limitações do sistema senhorial.”
A) havia classes distintas e opostas no feudalismo, embora a luta social fosse atenuada pelas
amplas oportunidades de lucro que os senhores ofereciam aos camponeses.
Devido à carga de impostos que os servos tinham que pagar no sistema feudal, a
possibilidade de melhora na qualidade de vida desse grupo social era muito difícil, porque
dependia, fundamentalmente, do aumento do nível de produção.
86. Chegam a Jerusalém a 7 de junho de 1099. Jejuam e fazem procissões em redor da cidade,
esperando que as suas orações deitem abaixo as muralhas, do mesmo que as trombetas de
Josué tinham derrubado as de Jericó. A chegada a Jafa de navios genoveses, pisanos e
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venezianos é para eles de um grande auxílio [...] A cidade tão cobiçada é tomada a 15 de julho
de 1099. Assistimos, então, à pilhagem e ao massacre sistemático de toda a população.
Tate, G. “Dois séculos de confronto entre o Oriente e o Ocidente”. In Arneville, M.-B. D’ e outros,
As Cruzadas. Trad. Cascais: Pergaminho, 2001, p. 22.
A data pode ajudar na resposta à questão, porém é uma exigência superficial na medida em
que os estudantes devem lembrar que as cruzadas se iniciaram no século XI, mas não
precisam decorar cada uma, sua numeração ou, muito menos, a data de realização. A
Primeira Cruzada foi a única que ocorreu neste século, já nos seus anos finais, conduzida por
líderes religiosos católicos da Europa, num momento marcado por forte sentimento
religioso.
87. “As teorias e práticas mercantilistas estão inseridas no contexto da transição do Feudalismo
para o Capitalismo, possuindo ainda características marcantes das estruturas econômicas
feudais e já diversos fatores que serão mais tarde identificados com características capitalistas,
não sendo nenhum dos dois sistemas, no entanto. O termo mercantilismo define os aspectos
econômicos desse processo de transição. Se o mercantilismo tem sua contraparte política no
Estado absoluto, no campo social tem relação com a estrutura social comumente conhecida
como sociedade do Antigo Regime.”
(SILVA, Kalina V. & SILVA, Maciel Henrique. “Dicionário de conceitos históricos”. São Paulo:
Contexto, 2009, p. 283-284).
Das práticas apresentadas abaixo, qual não pode ser identificada como pertencente ao
mercantilismo:
A) Metalismo.
B) Protecionismo alfandegário.
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C) Incentivo às manufaturas.
E) Liberalismo econômico.
A alternativa C também é incorreta, uma vez que o incentivo às manufaturas ocorria, mas
apenas nas metrópoles dos Estados Absolutistas, que impediam a criação de manufaturas
nas colônias, de tal modo a centralizar o comércio e fortalecer o poder do Estado.
88. “[...] devemos obedecer sempre a esta regra: vender mais aos estrangeiros em valor do que
consumirmos deles.”
(MUN, Thomas. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de história. Lisboa: Plátano,
1976.vol. II, p.223).
A) Colbertismo e Bulionismo.
B) Industrialismo e Colbertismo.
D) Industrialismo e Bulionismo.
E) Comercialismo e Colbertismo.
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A alternativa C também é falsa, uma vez que exclusivo colonial não é um nome dado ao
mercantilismo nem na Espanha e nem na França, ao passo que a colonização no
mercantilismo era uma ação estruturante que garantia as explorações e o acúmulos de
metais preciosos.
89. Durante a fase de transição do feudalismo para o capitalismo foi colocada em prática a
política econômica mercantilista. As grandes monarquias européias do século XVI, com maior
ou menor êxito, enveredaram pela via do intervencionismo econômico. Avalie as sentenças
abaixo sobre as características gerais do mercantilismo europeu.
I – entesouramento de metais como o ouro e prata advindos tanto do comércio externo como
dos territórios conquistados.
III – esforço para exportar mais e importar menos, deixando a balança comercial favorável.
Assim:
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D) Uma das características do mercantilismo foi o metalismo, que identifica o poder e a riqueza
de um Estado com a quantidade de metais preciosos que ele possui.
A alternativa A é incorreta, pois é fato que as expansões marítimas europeias dos séculos XIV
e XV favoreceram as práticas mercantilistas, de tal modo que a colonização advinda das
grandes navegações resultou na exploração e acumulo de metais preciosos, bem como na
política comercial centrada no enriquecimento das metrópoles, nos pactos coloniais e no
protecionismo.
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A alternativa B está correta, uma vez que o liberalismo econômico e a livre concorrência eram
contrários ao mercantilismo, uma vez que este era intervencionista e centralizador,
enquanto que os ideais liberais, aliados à burguesia ascendente, apostavam em um Estado
mínimo e no mercado alto-regulatório.
A alternativa C também é incorreta, pois de fato a balança comercial favorável era um dos
principais pontos do sistema mercantilista. A exportação da produção manufaturada e a
limitação do consumo interno de produtos estrangeiros, por meio do protecionismo
alfandegário, garantiam que o Estado exportasse mais do que importasse.
A alternativa D também é incorreta, ao passo que o metalismo era de fato uma característica
central do mercantilismo, resumindo o poder nacional na acumulação de metais preciosos
como principal e mais garantido meio de conservar e acumular riquezas.
91.
A imagem acima é um fragmento da pintura do teto da Capela Sistina, pintada por Michelângelo,
entre 1508 e 1512. Esse pintor, juntamente com outros artistas e pensadores, faz parte de um
período a que a História chamou Humanismo. De acordo com a imagem e as características do
Humanismo, é correto concluir que
A) o homem é entendido como ser especial da criação divina, que age e reflete sobre sua
existência, mas sob os desígnios da divindade.
C) a concorrência entre a religião católica e a protestante levou a igreja de Roma a decorar seus
templos com figuras humanas apelativas para atrair mais fiéis.
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Até mesmo a visão acerca da divindade, que era representada sob os traços humanos, de tal
modo a sustentar que o homem era uma criação divina, sendo a sua imagem e semelhança.
A alternativa B é falsa, pois a Igreja Católica, em razão do secularismo motivado por algumas
vertentes humanistas, acirrou e fortificou as suas relações de poder e prestígio, bem como a
aceitação repressiva por meio da Inquisição.
A alternativa C também é falsa, uma vez que as 95 Teses de Martinho Lutero, que
demarcaram simbolicamente a Reforma Protestante, só foram pregadas na porta da Igreja
do Castelo de Wittenberg em 1517. Ao passo que as representações dos templos católicos
com figuras humanas já eram feitas desde a Idade Média.
A alternativa D está incorreta, pois apesar de ter havido um Humanismo de inspiração laica,
não se pode afirmar que Deus e a religião eram completamente negados, pois a estrutura
dominante na época tinha a Igreja Católica como pilar central, definindo e determinando as
disputas e relações de poder.
(Piero della Francesca, Perspectiva de uma cabeça, desenho a bico de pena, in Sobre a perspectiva do pintar, 1474.)
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A alternativa A é a resposta certa, uma vez que a afirmação está reduzindo os estudos de
perspectiva do artista como um reflexo do antropocentrismo, por se tratar de uma face
humana. Mas o fato é que o desenho se trata de um estudo baseado na arte da medida, na
proporção, na mensuração, em regras e no cálculo: características definidoras da arte
renascentista.
93. A imagem abaixo é uma reprodução da célebre obra de Rafael Sanzio, A Escola de Atenas,
encomendada pelo Vaticano e pintada entre os anos de 1509 e 1510, e pode ser considerada
uma síntese perfeita do espírito renascentista em termos artísticos e intelectuais.
A partir da imagem, pode-se afirmar que os ideais estéticos e filosóficos do Renascimento são:
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A alternativa C também é falsa, pois a partir da imagem é possível constatar certa laicidade,
quando se evidencia a presença dos filósofos gregos e não as representações de figuras
divinas.
A alternativa D também é falsa, uma vez que no período renascentista, apesar da filosofia
aristotélica começar a passar por algumas revisões interpretativas, principalmente no que
tange aos seus postulados acerca da natureza física, não é correto deduzir que houve um
abandono da filosofia de Aristóteles.
94. Os séculos XV e XVI constituem a época dos desbravamentos e das descobertas. É quando
surge também uma nova mentalidade, que mais tarde será o Renascimento. São características
desse período na Europa, EXCETO:
A) Teocentrismo.
B) Antropocentrismo.
D) Renovação cultural.
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A alternativa A é a resposta certa, uma vez que é incorreto afirmar que o teocentrismo foi
uma característica do Renascimento europeu. Teocentrismo é a crença que considera Deus
como o centro de tudo, uma doutrina que foi amplamente sustentada durante a Idade Média
e que se não saiu de cena pelo menos entrou em declínio considerável durante o
Renascimento, pois o homem passou a ocupar o lugar de Deus, isto é, sendo o centro do
universo como a mais bela e perfeita obra criada pela natureza.
A alternativa B é falsa, pois o antropocentrismo de fato foi uma das características principais
do movimento renascentista europeu, colocando o homem como o centro de tudo,
principalmente por causa da proposta de fazer reviver as capacidades humanas e a valorizar
a razão.
A alternativa C também é falsa, de tal modo que o período das grandes navegações foi muito
importante no interior do renascentismo europeu, pois a descoberta de outros continentes,
de outros povos e de outras formas de vida natural diferentes da europeia, sobrevalorizou
as capacidades do homem europeu, levando-o a crer que o tempo e a natureza o pertenciam
e que ele deve usá-lo em benefício próprio.
95. “A reflexão humanista colocou o homem no centro do mundo e, como ele passou a ter
consciência de seus feitos no mundo, era necessário que esses feitos no mundo, era necessário
que esses feitos fossem relatados como realizações humanas.”
A partir da citação acima, com relação ao humanismo e ao renascimento, é correto dizer que:
B) as ações humanas eram expressões únicas da vontade divina, daí o seu caráter teocêntrico.
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A alternativa A é falsa, pois foi diante de uma postura de ruptura que os renascentistas se
relacionavam com a Idade Média, acreditando que deviam buscar inspiração na Antiguidade
Clássica da Grécia e Roma.
96. Alguns dos mais importantes fundamentos da civilização ocidental foram lançados na
Antiguidade Clássica (Grécia e Roma). Esse legado apresenta-se em múltiplos aspectos, entre os
quais podem ser citados as artes, a filosofia, a política e o direito. Nos mil anos que se seguem à
queda de Roma, a Europa se ruraliza, a economia mercantil sofre grande refluxo e verifica-se a
ascendência, não apenas religiosa, de uma instituição centralizada e de extrema capilaridade –
a Igreja Católica. A Baixa Idade Média anuncia profundas transformações que atingem a
culminância no início da Idade Moderna. Entre os séculos XVI e XVIII, o Ocidente se reinventa
geográfica, política e culturalmente. Em fins do século XVIII, a partir da Inglaterra, a Revolução
Industrial inaugura uma nova era para uma história crescentemente globalizada.
Tendo as informações acima como referência inicial, julgue o item, relativo à história do mundo
ocidental.
A divisão clássica da História indica que a Idade Moderna se inicia com o fim da Idade Média,
no século XV, quando ocorreu a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, e se
estende até o século XVIII, com as Revoluções Industrial e Francesa.
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Nesse período, o mundo ocidental vivenciou uma série de episódios que transformaram a
sua História, dos quais destacam-se: a consolidação das monarquias na Europa moderna, o
absolutismo, o Renascimento cultural e científico, a descentralização de Deus, a
descentralização da Terra, a expansão ultramarina europeia, o encontro com culturas de
outros continentes, a Reforma Protestante, a Reforma Católica, a Reforma Anglicana, as
práticas mercantilistas, a colonização da América, a escravidão indígena e africana, o
primeiro livro impresso na prensa de Gutenberg, a volta ao mundo por Fernão de Magalhães,
etc. A Idade Moderna, sem dúvida, é marcada pela abertura dos horizontes da civilização
europeia, considerando aí as conquistas materiais e as barbaridades movidas pelo
pensamento euro-centrista dominador.
97. “Voltemo‐nos pois, em primeiro lugar, ‘a pessoa interior’, para ver o que faz com que ela se
torne justa, livre e verdadeiramente cristão, isto é, pessoa espiritual, nova, interior. É evidente
que em absoluto nenhuma coisa externa, qualquer que seja o nome que se lhe dê, tem qualquer
significado para a aquisição da justiça ou da liberdade cristã [...]”
Martinho Lutero liderou a reforma protestante no século XVI na Europa, suas ideias que eram
consideradas até então absurdas pela igreja católica viriam desafiar a mesma, que era naquela
época quem ditava as regras. Essa nova forma de pensar de Lutero foi se espalhando primeiro
pela Alemanha e, posteriormente, por toda a Europa. A característica do mundo moderno,
também presente na doutrina Luterana, mesmo que com restrições, expressa na citação
anterior é:
A) A laicização do estado.
B) A afirmação do individualismo.
A alternativa A está incorreta, pois entre as propostas luteranas estava a existência de uma
Igreja nacional, sem as hierarquias religiosas como a que existia na Igreja Católica, em que o
papado estava acima de todos os cargos eclesiásticos.
A alternativa B está correta, uma vez que a Reforma Protestante rompeu com um estrutura
enrijecida, relativizando as concepções do mundo europeu e fortalecendo o sujeito
individual, especialmente ao afirmar que a fé (algo que é individual por excelência) constituía
a única e verdadeira fonte de salvação e que o dogma absoluto da religião reformada seria o
texto das Escrituras.
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A alternativa D também é falsa, pois no interior das famosas 95 Teses de Lutero estava
explicito o combate à profanação da fé que vinha sendo realizada pelo papa, especialmente
no que diz respeito a venda de indulgencias.
98. Durante a reforma protestante, surge um movimento em que a maioria dos convertidos era
recrutada nas massas camponesas e nos trabalhadores urbanos, cujas dificuldades materiais e
inquietações religiosas não foram levadas em conta por outros reformadores, identificados com
as classes dominantes. Identifique a qual corrente do movimento reformista o enunciado faz
referência.
A) Luteranismo.
B) Zwinglianismo.
C) Anabatista.
D) Calvinismo.
E) Anglicanismo.
A alternativa A está incorreta, pois o que está sendo tratado no enunciado da questão diz
respeito ao movimento que foi dissidente do luteranismo, por este privilegiar os interesses
da aristocracia.
A alternativa B também é falsa, uma vez que o zwinglianismo foi a doutrina baseada na
Segunda Confissão Helvética, promulgada por Ulrico Zuínglio (Huldrych Zwingli, em alemão)
na década de 1560. Zuínglio acreditava que o Estado governava com sanção divina, que tanto
a Igreja como o Estado são colocados sob o governo soberano de Deus. Em sua doutrina, os
cristãos são obrigados a obedecer ao governo. Ele descreveu preferência por uma
aristocracia sobre regra monárquica ou democrático.
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Este grupo admitia apenas o batismo dos adultos, pois as crianças não tinham maturidade
para optar. Sua proposta de maior apelo popular era o retorno ao igualitarismo do tempo
dos apóstolos, com a partilha das riquezas e especialmente da terra. A radicalização desses
grupos não tardou. Percebendo que as propostas luteranas beneficiavam prioritariamente a
aristocracia, um dos lideres camponeses, Thomas Münzer, rompeu com Lutero e estabeleceu
sua própria doutrina, que pregava o fim da propriedade privada. Lutero manifestou-se
contrário ao movimento, condenando Thomas Müzer publicamente. O movimento foi
reprimido, terminando com a morte de mais de 100 pessoas e a decapitação do líder.
A alternativa D também é falsa, pois o calvinismo foi uma doutrina que teve grande apoio
principalmente dos burgueses, por causa das suas ideias de vocação para o trabalho e de
puritanismo.
A alternativa E também é falsa, pois o anglicanismo foi a reforma religiosa realizada pelo Rei
inglês Henrique VIII, que rompeu com a Igreja de Roma e fundou a Igreja Anglicana na
Inglaterra.
(BOULOS JÚNIOR, 2009).
99. Artistas reinventaram a arte com novas noções de dimensão espacial, emprego das cores e
valorização dos planos e contrastes, como luz e sombra, ornamentação detalhada e equilíbrio
geométrico. Na escrita, autores detalhavam desejos, medos, qualidades e defeitos do ser
humano e de sua moral. Descreviam a utopia de um homem novo e do mundo perfeito, num
tempo em que sonhar era arriscado.
(Angelo Adriano Faria Assis. A razão brilha para todos. Revista de História da Biblioteca Nacional,
2013. Adaptado).
A) à Antiguidade Clássica.
B) ao Gótico.
C) ao Renascimento.
D) ao Barroco.
E) ao Realismo.
O historiador brasileiro Angelo Faria Assis nos apresenta, eu seu texto, aspectos de um
período fundamental para a compreensão da História, o qual é marcado pela transição da
Idade Média para a Época Moderna, a saber, o período que ficou conhecido como o
Renascimento Cultural.
Situado entre meados do século XIV e o século XVI, o Renascimento é marcado por uma
ampla valorização do homem (sobretudo com o desenvolvimento do humanismo) e do
pensamento científico, os quais moldaram as concepções artísticas e intelectuais.
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Com o incentivo de uma classe social emergente, a burguesia, as artes, através daquilo que
ficou conhecido como o mecenato (comerciantes e membros de tal camada social que
financiavam as produções artísticas, seja através de pinturas e esculturas), ganharam amplo
domínio em meio ao cenário europeu, sendo amplamente difundidas no período.
Como expoentes dessa época extremamente produtiva, tanto nas artes quanto nos escritos
teóricofilosóficos, podemos destacar Michelangelo, Rafael, Donatello, Leonardo da Vinci,
Giordano Bruno, Thomas Morus, dentre outros, os quais se destacaram em virtude de sua
ampla técnica e habilidade com as artes e as letras.
No caso das artes, por exemplo, temos a valorização dos contrastes claro-escuro (ou luz e
sombra) e do equilíbrio geométrico. Na filosofia, a valorização dos escritos sobre o homem
e sua racionalidade também ganham corpo neste período, evidenciando um novo tempo no
qual o antropocentrismo ganhava extrema relevância.
100. Se existe uma evolução na descoberta do indivíduo nesse contexto, ela se deve aos
procedimentos de análise do real, aos instrumentos e ao vocabulário: a prática da dissecação, o
hábito da frequente confissão, o uso da correspondência privada, a difusão do espelho, a técnica
da pintura a óleo. A Europa do período povoou-se de retratos, de início nas igrejas e nas capelas
familiares, onde os doadores e suas famílias conquistaram seu lugar ao lado da Virgem com o
Filho ou dos santos que os apresentam e os protegem.
C) da Renascença.
D) do Iluminismo.
E) do Império Napoleônico.
Georges Duby, importante historiador francês, traz uma breve descrição de um período que
ficou marcado pela produção artística na Europa, sendo que grande parte desta produção
era financiada por comerciantes e banqueiros, os quais ficaram conhecidos pelo nome de
mecenas.
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101. Se o homem moderno não consegue viver sem dinheiro, o homem medieval mal conhecia
seu significado, afirma Jacques Le Goff (um dos maiores medievalistas vivos). O historiador
francês demonstra como, numa sociedade dominada pelo cristianismo, a Igreja doutrinou a
atitude que um cristão deveria ter perante o dinheiro, tendo em vista as obras de teólogos e as
várias passagens bíblicas que o condenam. Para ele, a moeda começa a se desenvolver na
Europa medieval apenas nos séculos XII e XIII.
A) a Reforma Protestante.
B) a Contrarreforma.
C) o Renascimento Urbano.
D) o Mercantilismo.
E) o Absolutismo.
Jacques Le Goff, historiador francês que faleceu em 2014, nos deixou inúmeros trabalhos
sobre a Idade Média, os quais são referências mundiais desde as décadas de 1970 até os dias
atuais. No trecho apresentado, Carolina Ferro traz a visão de Le Goff acerca da interpretação
histórica sobre o dinheiro, que não existia como o conhecemos na contemporaneidade.
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102. As palavras de Lutero não foram ao encontro apenas das angústias espirituais de uma
Alemanha dividida, mas, também, revelaram-se interessantes às controvérsias humanas.
Cavaleiros, nobres, mercadores, muitos nutriam desconfianças por Roma, e, ao mesmo tempo,
mostravam-se ávidos por incorporarem suas riquezas. A defesa que Lutero fazia da dependência
exclusiva de Deus atraiu esses indivíduos.
O excerto abordado traz uma temática fundamental para os estudos do período da História
Moderna: a chamada Reforma Protestante, ocorrida sob a liderança de Martinho Lutero, em
31 de outubro de 1517, na Alemanha.
Lutero afixou uma série de questões que acreditava serem contrárias a determinadas
práticas da Igreja Católica, popularmente conhecidas como as suas “95 Teses”. Elas diziam
respeito à venda de indulgências (ou seja, o perdão dos pecados), ao luxo excessivo, dentre
outras práticas existentes no Catolicismo.
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A) como membros da nobreza europeia, característica evidenciada pelos trajes, pelo espaço em
que se encontram e pela atividade que estão desenvolvendo.
E) como pessoas simples e pobres, com poucos recursos, em um contexto histórico em que
burgueses e camponeses tinham a mesma situação econômica.
A obra acima, pintada no ano de 1514, é fruto de uma mentalidade da época conhecida como
a Idade Moderna. Como um dos marcos fundamentais deste período, podemos elucidar a
defesa da Igreja Católica em oposição à avareza das pessoas, que buscavam sempre o lucro
excessivo e os ganhos materiais.
O Catolicismo, desde o período medieval, defendia o fim da usura e da avareza, uma vez que
isto contribuía para o crescimento de propriedades privadas em detrimento do coletivo.
Assim, o quadro apresentado critica o ganho de lucros por parte da população, sob a figura
do banqueiro e de sua esposa, que desprezam as leituras sagradas (na imagem da Bíblia em
suas mãos), sendo ignoradas pelo casal. Criticam-se, assim, as vaidades humanas e a busca
pelo lucro.
A Monarquia Francesa, no século XVII, necessitava de quantias muito elevadas para sustentar
os seus gastos e luxos. Diante disso, para que tal situação se mantivesse, e diante de um
quadro de crise econômica em decorrência da baixa arrecadação de impostos, decidiu-se
propor a cobrança de tributos e realizar uma reforma fiscal.
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Tal medida não agradou as ordens sociais mais elevadas, visto que isto implicaria na redução
de seus lucros e, consequentemente, na redução das propriedades particulares. A situação
se agravou, sendo que tais características contribuíram para a redução da força da
Monarquia Absolutista, culminando com a Revolução Francesa, em 1789.
105. No início da Era Moderna, a Igreja Católica foi abalada por uma série de acontecimentos
que levaram a significativas mudanças internas e ao surgimento de novas religiões na Europa.
Entre as ideias dos principais reformadores e contrarreformadores, podemos encontrar a(o):
I. Criação do Index.
II. Predestinação.
Assinale, abaixo, a alternativa que apresenta ideias relacionadas com a Igreja Calvinista.
A) III, V e VI.
B) I, II e VI.
C) II, V e VI.
D) I, II e V.
E) II, IV e V.
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106. Com relação às Reformas Religiosas ocorridas na Europa no século XVI, podemos afirmar
que
A alternativa B também é falsa, uma vez que um dos motivos da Reforma era o protesto
contra a venda de indulgências, isto é, o comércio do perdão dos pecados, uma espécie de
compra de um terreno no reino dos céus.
A alternativa C também é falsa, pois o contexto do séc. XVI na Alemanha foi quando Martinho
Lutero começou a questionar as medidas da Igreja Católica. Naquele período, a Igreja recebia
doações de vários países para se organizar. No caso de países com monarquia consolidada,
como ocorria na França, as taxas eram menores como uma forma de protecionismo. A
Alemanha, que se encontrava dividida, colaborava com a Igreja romana. Com os sermões de
Martinho Lutero, contrários às práticas da Igreja Católica, os alemães começam a entender
que sua fortuna estava sendo apropriada por Roma. Em outubro de 1517, Martinho Lutero
afixou 95 teses em latim na porta da igreja de Winttenberg. Todas elas eram contrárias às
atitudes da Igreja.
A alternativa D também é falsa, uma vez que o Concílio de Trento, realizado de 1545 a 1563,
foi convocado pelo Papa Paulo III para assegurar a unidade da fé e a disciplina eclesiástica,
no contexto da Reforma da Igreja Católica e da reação à divisão então vivida na Europa
devido à Reforma Protestante, razão pela qual é denominado também de Concílio da
Contrarreforma.
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A alegação de Henrique era que sua esposa Catarina não havia lhe dado um filho homem
para sucedê-lo no trono. Henrique decidido a casar-se com a amante, a cortesã Ana Bolena,
enviou ao Papa uma carta de solicitação de divórcio. Entretanto, o divórcio não poderia ser
autorizado pela Igreja, pois para os católicos a dissolução do casamento era um pecado
gravíssimo. Aproveitando-se do impasse, Henrique VIII rompeu com a Igreja Católica,
declarando-se o novo chefe supremo da Igreja na Inglaterra. Em consequência, todos os bens
e as terras pertencentes à Igreja passam para as mãos do soberano. A nova Igreja fundada
por Henrique foi denominada de Igreja Anglicana.
(...) nos sejam dados poder e autoridade, para que cada comunidade possa eleger o seu pastor
e, da mesma forma, possa demiti-lo, caso se porte indevidamente.
(...) somos prejudicados ainda pelos nossos senhores, que se apoderaram de todas as florestas.
Se o pobre precisa de lenha ou madeira tem que pagar o dobro por ela.
(...) preocupam-nos os serviços que somos obrigados a prestar e que aumentam dia a dia(...) In
Antologia humanística alemã, apud Marques e outros. História moderna através de textos, 2010.
A) os movimentos camponeses foram liderados por Lutero contra a exploração feita pelos
nobres que, de forma ilegal, apropriavam-se das florestas e reprimiam violentamente os
movimentos trabalhistas.
B) os movimentos dos trabalhadores em favor das mudanças propostas por Lutero baseavam-
se na solidariedade entre os homens e em contraposição ao individualismo tão característico da
Idade Média.
E) as experiências dos camponeses contra os nobres, apoiados por Lutero, restringiram-se aos
aspectos religiosos, isto é, de domínio da Igreja Católica, pois a cooperação entre os
trabalhadores e os proprietários marcava a sociedade alemã.
A alternativa A está incorreta, pois a revolta dos camponeses alemães foi liderada não por
Lutero, mas por Thomas Müntzer, um pastor da Saxônia. A revolta camponesa alastrou-se
pelos campos e cidades da Alemanha.
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A alternativa B também está incorreta. Apesar de Thomas Müntzer ter tido contato com os
ensinamentos de Lutero em 1514 e como pregador na paróquia de Zwickau, no leste do país,
ter divulgado as teorias da Reforma, ao contrário de Lutero, ele acreditava que as pessoas
simples entendiam muito melhor sua pregação que os nobres e ricos. Sua conclusão de que
a Igreja sempre estava ao lado dos ricos e poderosos levou ao conflito com Lutero e seus
seguidores, sendo afastado da paróquia em 1521.
A alternativa C também está incorreta, pois o líder Thomas Müntzer os camponeses alemães
se revoltaram contra os senhores feudais, para os quais eram obrigados a trabalhar. A crise
do sistema feudal havia modificado a situação da população rural.
A alternativa D está correta. A Revolta dos Camponeses alemães foi uma revolta popular
generalizada nos países da língua alemã na Europa Central, entre 1524-1525. A revolta
incorporou alguns princípios e retórica na emergente Reforma Protestante, através do qual
os camponeses buscavam a liberdade e influência. Contudo, Lutero foi frente de combate às
ideias e ao carisma de Thomas Müntzer. A Revolta dos Camponeses falhou por causa da
intensa oposição da aristocracia, que abateu até 100 mil dos 300 mil camponeses e
agricultores mal armados e mal conduzidos. Os sobreviventes foram multados e obtiveram
poucos ou nenhum de seus objetivos.
A alternativa E é falsa, pois a Revolta dos Camponeses não se restringiu apenas aos aspectos
religiosos (que tampouco diziam respeito à Igreja Católica nesta época, mas à Igreja
Luterana).
(DW, 2012).
108. Em 1939, atendendo ao apelo do Papa Pio XII, o Conselho de Imigração e Colonização do
Ministério das Relações Exteriores do Brasil resolveu autorizar a entrada de 3 000 imigrantes de
origem “semita”. Condição sine qua non para obter “o visto da salvação”: a conversão ao
catolicismo. Pressionados pelos acontecimentos que marcavam a história do III Reich, os judeus,
mais uma vez, foram obrigados a abandonar seus valores culturais em troca do título de cristão.
B) repressão ao arraial de Canudos, no sertão baiano, pois recaiu sobre os sertanejos a acusação
de ateísmo.
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D) conversão obrigatória dos judeus na Espanha e em Portugal, a partir do final do século XV, o
que gerou a denominação cristão-novo.
E) separação entre Estado e Igreja no Brasil, determinada pelo Governo Provisório da República,
comandada por Deodoro da Fonseca.
A alternativa B também é falsa, pois o arraial de Canudos tinha como religião “oficial” o
catolicismo, sob orientação do líder Antônio Conselheiro.
A alternativa C também é falsa, uma vez que a conversão dos negros era obrigatória antes
mesmo de uma possível alforria, de tal modo que seus cultos de religiões de matrizes
africanas eram realizados às escondidas ou sob a apropriação de símbolos católicos que se
relacionassem às suas crenças.
A alternativa D está correta, uma vez que uma das condições de apoio da Igreja Católica aos
reinóis de Espanha e Portugal era a expulsão dos judeus de seus reinos ou a conversão
forçada ao catolicismo, se quisessem permanecer no território. Em Portugal, o édito de 5 de
dezembro de 1496 marca o surgimento dos cristãos-novos, que eram os judeus forçados à
conversão, inclusive devendo trocar os nomes e sobrenomes de batismo.
A alternativa E também é falsa, pois ao ser considerado o Brasil como Estado laico, em 1890,
não forçou nenhuma crença religiosa à conversão, mas o contrário, pelo menos em tese,
respeitando as diferentes manifestações.
109. A ligação entre os reformadores com o poder político pode ser verificada por meio:
A) da defesa que o duque Frederico da Saxônia fez de Martinho Lutero e da adesão dos príncipes
alemães às teses luteranas.
B) da ação de Henrique VIII que, pautado pela doutrina da predestinação divina, funda a igreja
nacional na Inglaterra, mas ainda ligada a Roma.
C) do decisivo apoio político de Martinho Lutero e dos seus seguidores à revolta dos camponeses
alemães, em 1524.
D) da efetivação da aliança, a partir de 1533, entre João Calvino e a monarquia francesa, ambos
interessados em reforçar o poder da Igreja católica.
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A alternativa A é a resposta certa. Frederico III, também conhecido como Frederico, o Sábio,
(1463 - 1525) foi um membro do Sacro Império Romano-Germánico, Príncipe-eleitor da
Saxónia entre 1486 e 1525. Ele protegeu Lutero do imperador e do papa ao ordenar que o
abrigassem no castelo de Wartburg após a Assembleia de Worms. Frederico, contudo, teve
pouco contato pessoal com Lutero, tendo permanecido católico romano. Lutero também era
protegido pela nobreza da Alemanha, a qual apoiou durante a Revolta dos Camponeses.
A alternativa B é falsa. A ação de Henrique VIII não era pautada pela doutrina da
predestinação divina e nem estava ligada a Roma, uma vez que a fundação da Igreja
Anglicana declarava justamente o rompimento com o papa.
A alternativa C também é falsa, pois Martinho Lutero não apoiou a Revolta dos Camponeses
Alemães, apesar deles terem sido inspirados pelos preceitos difundidos por ele. Lutero, de
seu lado, apoiou a nobreza da Alemanha, numa espécie de retribuição de favores.
A alternativa D também é falsa, uma vez que João Calvino não tinha interesse algum em
reforçar o poder da Igreja Católica, de tal modo que fazia várias críticas ao papa e ao clero
no geral.
A alternativa E também é falsa, pois luteranos e calvinistas romperam com o papa e a Igreja
Católica.
(ARAÚJO, 2018).
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A alternativa A é falsa, pois a tradução da Bíblia para as diversas línguas nacionais, chamadas
vulgatas, foi uma das bandeiras levantadas pela Reforma Protestante, contra a hegemonia
Católica que proibia a tradução da Bíblia em outra língua senão o latim.
A alternativa C também está incorreta, uma vez que a eliminação do batismo como um dos
sacramentos não era defendido pela Contrarreforma, de tal modo que esse é o primeiro
sacramento da Igreja Católica.
A alternativa D também está incorreta, pois a tradução da Bíblia para as diversas línguas
nacionais, a abolição da confissão e a crítica ao culto das imagens foram reivindicações da
Reforma Protestante e não da Contrarreforma.
A alternativa E é a resposta certa. De fato, a Contrarreforma, que tem como marco inicial o
Concílio de Trento convocado em 1545, reforçava as tradições e doutrinas da Igreja Católica,
como a manutenção do latim como língua litúrgica e franca, o estabelecimento do Tribunal
do Santo Ofício e a criação da Companhia de Jesus.
111. "(...) João Calvino (...) dinamizou o movimento reformista através de novos princípios,
completando e ampliando a doutrina luterana.
(AQUINO, Rubim Leão (et al.). "História das Sociedades: das sociedades modernas às sociedades
contemporâneas")
A alternativa A não é a resposta certa, pois de fato nas propostas calvinistas, diferentemente
nos luteranos e anglicanos, a separação da Igreja e do Estado é defendida. Além disso, a livre
interpretação da Bíblia também é pregada pelos calvinistas.
A alternativa B é a resposta certa, uma vez que a autoridade papal é contestada e não
reafirmada.
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Além disso, o livre-arbítrio era negado, em razão da doutrina da predestinação. Nas palavras
de Calvino, “quando se atribui ao homem o livre-arbítrio, quantos não haverá que
incontinenti se julgarão mestres e senhores do seu juízo e da sua vontade, e capazes de fazer
girar a virtude de um e de outro lado?” Portanto o que se afirma não condiz com as propostas
de Calvino.
A alternativa C também não é a resposta certa, pois Calvino, assim como Lutero, negava a
autoridade do Papa e o livre arbítrio.
A alternativa D também não é a resposta certa, de tal modo que o calvinismo realmente
justificava as atividades econômicas através da graça de Deus, exaltando o trabalho e os
frutos vindos dele.
A alternativa E também não é a resposta certa. Essa alternativa traz uma proposição que
condiz com a doutrina calvinista (separação da Igreja do Estado), fazendo a alternativa ser
falsa; e outra que não condiz com a doutrina calvinista (a aceitação do livre-arbítrio), fazendo
da alternativa a resposta certa. Mas, pela lógica, se uma das proposições é falsa, logo a
conclusão também é falsa. Portanto, essa alternativa também não é a resposta certa.
(CASTRO, 2011).
Que os membros consagrarão suas vidas ao constante serviço de Cristo e do Papa, lutarão sob
a bandeira da cruz e servirão ao Senhor e ao Pontífice romano como vigário de Deus na Terra,
de tal forma que executarão imediatamente e sem vacilação ou escusa tudo que o Pontífice
reinante ou seus sucessores puderem ordenar-lhes para proveito das almas ou para a
propagação da fé, e assim agirão em toda a província aonde forem enviados, entre os turcos ou
quaisquer outros infiéis, na Índia distante, assim como na região dos hereges cismáticos ou
indivíduo de qualquer tipo."
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A alternativa A, C e D são falsas, uma vez que a Ordem dos Jesuítas ou Companhia de é datada
do séc. XVI.
A alternativa B está incorreta, pois a Ordem dos Jesuítas esteve ligada ao movimento da
Contrarreforma, que foi uma resposta às Reformas Protestantes.
113. As reformas protestantes do princípio do século XVI, entre outros fatores, reagiam contra:
E) o princípio do livre-arbítrio, defendido pelo Santo Ofício, órgão diretor da Igreja Católica
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114. Podemos afirmar que as obras A divina comédia, escrita por Dante Alighieri no início do
século XIV, e Dom Quixote, escrita por Miguel de Cervantes no início do século XVII,
115. Os centros artísticos, na verdade, poderiam ser definidos como lugares caracterizados pela
presença de um número razoável de artistas e de grupos significativos de consumidores, que
por motivações variadas — glorificação familiar ou individual, desejo de hegemonia ou ânsia de
salvação eterna — estão dispostos a investir em obras de arte uma parte das suas riquezas.
Este último ponto implica, evidentemente, que o centro seja um lugar ao qual afluem
quantidades consideráveis de recursos eventualmente destinados à produção artística. Além
disso, poderá ser dotado de instituições de tutela, formação e promoção de artistas, bem como
de distribuição das obras. Por fim, terá um público muito mais vasto que o dos consumidores
propriamente ditos: um público não homogêneo, certamente (...).
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116. O fim último causa final e desígnio dos homens (...), ao introduzir aquela restrição sobre si
mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com
uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é
a consequência necessária (...) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder
visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de
seus pactos (...).
A) os homens são bons por natureza, mas a sociedade instiga a disputa e a competição entre
eles.
C) os castigos permitem que as pessoas aprendam valores religiosos, necessários para sua
convivência.
D) as guerras são consequências dos interesses dos Estados, preocupados em expandir seus
domínios territoriais.
E) os Estados controlam os homens, permitindo sua sobrevivência e o convívio social entre eles.
Como um dos maiores expoentes da filosofia moderna e defensor do Absolutismo como uma
condição necessária à coexistência pacifica entre os homens, Hobbes considerava que o ser
humano tendia ao conflito e à destruição coletiva (“estado de natureza”) se não fosse
colocado sob a tutela de uma autoridade superior capaz de deter o caos através da força e
coerção. Desse modo, acreditava que os próprios homens estabeleceram a sociedade civil e
o Estado como um esforço no sentido de preservar a sua própria existência. A superação do
“estado de natureza” só foi possível graças ao “contrato social” estabelecido entre os
homens e mantido pelo Estado.
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117. Quando sucumbe o monarca, a majestade real não morre só, mas, como um vórtice, arrasta
consigo tudo quanto o rodeia (...) Basta que o rei suspire para que todo o reino gema.
(Hamlet, 1603.)
C) ao poder mais simbólico do que verdadeiro do rei, expresso pela máxima “o rei reina, mas
não governa”.
118. (...) O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são
deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de
mais alto; deve-se acreditar que ele vê melhor, e deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o
murmúrio é uma disposição para a sedição.
A) O autor critica o absolutismo do rei e enfatiza o limite da sua autoridade em relação aos
homens.
B) Para Bossuet, o poder real tem legitimidade divina e não admite nenhum tipo de oposição
dos homens.
C) Bossuet defende a autoridade do rei, mas alerta para as limitações impostas pelas obrigações
para com Deus.
D) Os princípios de Bossuet defendem a soberania dos homens diante da autoridade divina dos
reis.
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E) O autor reconhece o direito humano de revolta contra o soberano que não se mostre digno
de sua função.
Somente a proposição [B] está correta. Inspirado na Bíblia, Jacques Bossuet escreveu sua
obra máxima chamada Política Tirada da Sagrada Escritura, defendendo o poder divino dos
reis absolutistas. Segundo ele, o rei é um intermediário entre Deus e os homens e que cabem
aos homens obedecerem a Deus e aos reis. As demais alternativas estão incorretas. O autor
não critica o absolutismo, “pois o trono real é o trono do próprio Deus”. Não defende
limitações do poder real e muito menos a soberania dos homens diante da autoridade dos
reis. Não cabe ao homem o direito de se rebelar contra o rei, pois seria se revoltar contra o
próprio Deus.
119. Entre os motivos que contribuíram para o pioneirismo português no fenômeno histórico
conhecido como “expansão ultramarina”, é correto afirmar que foi (foram) decisivo (a) (s):
E) as reformas pombalinas.
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A alternativa C também é incorreta, de tal modo que a luta contra os mouros ocorreu na
própria Península Ibérica e não no Marrocos.
A alternativa D também é incorreta, uma vez que desde 1383, quando ocorreu a Revolução
de Avis, por causa da vacuidade do trono português e a tentativa frustrada dos espanhóis em
tomar a coroa portuguesa, que Portugal e Espanha romperam as suas relações. Os burgueses
lusitanos venceram os espanhóis na batalha de Aljubarrota e conduziram Dom João I, mestre
de Avis, ao trono português.
120. As especiarias do Oriente, de reduzido volume e alto valor comercial, eram muito
apreciadas na culinária europeia, onde seu consumo dava prestígio a quem as possuía.
Entretanto, o acesso a elas era extremamente irregular e monopolizado. Analisando o
processo de Expansão Marítima europeia dos séculos XV e XVI, podemos destacar
CORRETAMENTE:
D) Entrave às Grandes Navegações foi a oposição da nobreza, que estava pouco disposta a
empregar seus recursos e conhecimentos técnicos em novas empreitadas, satisfeita com suas
rendas, herdadas dos antigos feudos.
E) Portugal foi um país que despontou por seu pioneirismo nas Grandes Navegações, resultado
de uma fragmentação política muito forte que colocava em disputa diversos grupos no interior
do país.
A alternativa A está incorreta, ao passo que o pioneirismo português nas grandes navegações
foi motivado, primeiro, porque Portugal possuía uma monarquia centralizada, antes de
qualquer nação europeia, tendo um rei com controle sobre todo o território nacional;
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segundo, porque Portugal havia tempos que praticava a pesca e o comércio de sardinha,
bacalhau e atum, o que estimulou o surgimento de uma burguesia próspera nas cidades
litorâneas; e, terceiro, por causa do desenvolvimento de técnicas e de conhecimentos
necessários à navegação como o aperfeiçoamento de mapas, da bússola e a invenção da
caravela.
A alternativa D é falsa, uma vez que a ordem feudal estava em decadência e as práticas
mercantilistas, em certa medida, já começavam a se instalar. A nobreza e a burguesia foram
os principais incentivadores das grandes navegações, buscando aumentar a lucratividade
comercial e o acumulo de metais preciosos, bem como a busca pelos produtos orientais.
A alternativa E também está incorreta, pois o pioneirismo português nas grandes navegações
ocorreu especialmente por causa do impulso da coroa de Portugal, que era centralizada e
controlava o território nacional. O apoio da nobreza e da burguesia comercial também foi
fundamental, mas sem o apoio monárquico, esses empreendimentos não teriam sido
possíveis. D. João I, conduzido ao trono com a Revolução de Avis, em 1383, estimulou a
criação de um centro de estudos náuticos conhecido como Escola de Sagres; ali se reuniam
cartógrafos, geógrafos, astrônomos, matemáticos, construtores e tradutores empenhados
em melhorar a navegabilidade e a segurança em alto-mar.
B) extenso domínio territorial, sobretudo na África e Ásia, onde existiam povos desenvolvidos e
com enormes riquezas industriais.
D) estranhamento, com o outro sendo visto, com frequência, por meio das crendices e lendas
que marcavam o imaginário europeu.
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A alternativa B está incorreta, uma vez que além das conquistas na África e na Ásia, os
europeus conquistaram territórios, sobretudo na América, onde concentraram a maior parte
das suas forças exploratórias. Outro fator é que não se tratava de povos com
desenvolvimentos industriais, aos moldes europeus, mas culturas diversificadas e com
sistemas organizacionais particulares.
A alternativa C também está incorreta, pois o convívio na maioria dos casos não foi pacífico.
Por mais que as ordens religiosas, como os jesuítas, que pregavam que os europeus deveriam
ter um tratamento mais próximo com os nativos sem o uso da violência, isso raramente
aconteceu. A verdade é que comunidades inteiras foram dizimadas ou escravizadas, tanto
por parte dos portugueses, quanto por parte dos espanhóis.
A alternativa D é a resposta certa. Na carta do escrivão português Pero Vaz de Caminha, que
estava a bordo das caravelas que chegaram no Brasil em 1500, por exemplo, foi registrado o
estranhamento dos europeus em relação os nativos das américas. Ele disse que era preciso
salvar aquela gente, tornando-a cristã. Essa mentalidade retrata o choque cultural no
encontro dos povos dos dois continentes, ressaltando ainda a sobreposição do europeu em
relação ao indígena, que o desqualificava por suas crenças, julgando que a salvação daquele
povo estava nas mãos dos brancos europeus.
122. A respeito da via portuguesa para as Índias Orientais, leia o fragmento abaixo.
“Em 1487, _____ descobre o cabo "das Tormentas", depois renomeado de Cabo da Boa
Esperança, e alcança o Oceano Índico. A partir de então, a via para o Oceano Índico e para os
tráficos das especiarias está aberta. Quando Colombo ofereceu o seu projeto de alcançar as
Índias navegando em direção ao Ocidente, Portugal recusou, pois já tinha outras perspectivas,
que se realizaram em maio de 1498: _____, que havia partido de Lisboa com três navios um ano
antes, aportava em Calicute.”
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A alternativa A é falsa, pois Gil Eanes foi o navegador que ultrapassou o Cabo do Bojador e
Gonçalo Coelho foi um navegador português, que comandou as duas primeiras expedições
exploratórias das terras descobertas por Cabral, em 1501-02 e 1503-04, as duas
acompanhado de Américo Vespúcio.
A alternativa B também é falsa, pois Diogo Cão foi o navegador que em 1482 chegou à foz do
Rio Congo e nos três anos seguintes conduziu seus navios mais para o sul. E Duarte Pacheco
Pereira foi um navegador, militar e cosmógrafo português, que é visto por alguns estudiosos
como o descobridor do Brasil, por ter comandado uma expedição secreta que possivelmente
atingiu a costa brasileira em 1498.
A alternativa D também é falsa, pois Cristóvão Colombo foi um navegador italiano que foi
financiado pela Espanha para descobrir uma rota para as Índias passando pelo oeste,
acabando por chegar na América, em 1492. E Pedro Álvares Cabral foi o conquistador
português que, a caminho das Índias, aportou na América em 1500, onde chamou de Ilha de
Vera Cruz (primeiro nome dado ao Brasil).
A alternativa E é a resposta certa. Bartolomeu Dias, entre 1487 e 1488, consegui chegar ao
extremo meridional do continente africano, que passou a ser chamado de Cabo da Boa
Esperança.
Em 1497, Vasco da Gama, nomeado pelo Rei D. Manuel I, partiu de Lisboa à frente de uma
expedição que descobriu o caminho marítimo para as Índias. Contornando a costa oriental
da África, a frota portuguesa passou por Moçambique e em 1498, finalmente chegou a
Calicute, na costa sudoeste da Índia. Em 1524, Vasco da Gama refez seu trajeto, implantando
as bases para o domínio português no Oceano Índico.
123. “O termo ‘donatário’ era utilizado para designar os particulares que recebiam uma doação
régia da coroa. O sistema das donatarias foi utilizado a partir do século XV com a expansão
ultramarina portuguesa, como forma de evitar despesas na administração das conquistas para
o tesouro régio. As conquistas ultramarinas, notadamente os arquipélagos atlânticos, Angola e
Brasil, foram concedidos a particulares portugueses, em forma de donatarias, durante os séculos
XV e XVI, com o intuito de assegurar as regiões conquistadas e promover o desenvolvimento das
capitanias e a expansão da fé católica."
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D) Administrar os aldeamentos (tribos indígenas que apoiavam a colonização sob o controle dos
jesuítas), impedindo a escravização indígena.
B) o aumento da força política dos camponeses europeus, em luta com seus senhores.
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C) a expansão das práticas escravistas nas terras incorporadas aos impérios europeus.
D) a disputa pelo controle das novas áreas, que opôs grupos católicos e organizações judaicas.
As Grandes Navegações Europeias, iniciadas a partir do século XIV, cujo maior período de
expansão se deu a partir do século XV, representa o avanço de grandes potências europeias
(como Portugal e Espanha, principalmente) rumo à Ásia, África e América.
Tais navegações são resultado da ampliação do comércio e da busca por novos produtos,
visto que as especiarias já não rendiam tanto quanto o que era obtido inicialmente e
procurava-se diversificar os produtos, em decorrência da concorrência na região do
Mediterrâneo.
Diante disso, é possível identificar um aspecto similar da colonização das terras recém
descobertas pelos europeus: a adoção de práticas escravistas nas terras, como forma de se
ter mão de obra gratuita e, assim, obter mais lucro sobre o que era explorado.
No Brasil, por exemplo, a escravidão foi utilizada desde a chegada dos portugueses, a partir
de 1500, quando estes subjugaram os indígenas e os fizeram trabalhar, inicialmente, em
troca de objetos de pouco valor (prática conhecida como escambo) e, posteriormente,
quando os negros vindos da África foram escravizados, até 1888.
Tais aspectos foram muito comuns nas colônias europeias, sendo que isto mostra um caráter
semelhante entre si.
125. No século XV, Portugal inicia um processo de expansão ultramarina, em que uma das
finalidades era de caráter mercantil. Esta situação criou, imediatamente, uma ameaça aos
interesses comerciais dos:
A) espanhóis.
B) árabes.
C) franceses.
D) venezianos.
E) holandeses.
Portugal foi o pioneiro nas Grandes Navegações e os principais fatores são a paz interna (fim
da guerra de reconquista) o ENC (Estado nacional centralizado – absolutista), uma burguesia
influente nos negócios do Estado, além de uma posição geográfica favorável e um avanço
tecnológico que permitia avanços na navegação oceânica como a bússola, astrolábio e
técnicas de mapeamento.
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Até o século XV quando Portugal tornou-se uma potência mercante marítima, as principais
potências eram as cidades estado italianas de Gênova e Veneza. Elas foram as primeiras a
enriquecer no século XII com a abertura do mar Mediterrâneo e o renascimento urbano
comercial.
126. O Tratado de Tordesilhas, assinado pelos reis ibéricos com a intervenção papal, representa
Os países ibéricos entraram em confronto por causa das conquistas ultramarinas. Em 1494,
logo após a viagem de Colombo e antes da descoberta do Brasil, com a mediação do papa,
os reis de Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, que regulou a questão dos
limites para exploração das colônias.
A) O Brasil ainda não havia sido descoberto pelos portugueses, portanto, não existia um
projeto de colonização sendo realizado.
C) Como o Brasil ainda não havia sido descoberto, não havia do que os portugueses tomarem
posse.
127. No século XV, o lucrativo comércio das especiarias - artigos de luxo - era praticamente
monopolizado pelas cidades europeias de:
A) Paris e Flandres.
B) Londres e Hamburgo.
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C) Gênova e Veneza.
D) Constantinopla e Berlim.
E) Lisboa e Madri.
Trata-se das cidades italianas que monopolizavam o comércio com o Oriente através do Mar
Mediterrâneo.
Estão incorretas:
A) Cidades francesas e flamencas que não participaram do comércio marítimo no século XV;
B) Cidades inglesas e Alemãs, que não participaram do comércio marítimo no século XV;
E) As cidades ibéricas farão o comércio via oceano Atlântico a partir do século XVI.
A) revela a convicção do navegador de que as novas terras oferecem riquezas imediatas e poder
planetário aos reis da Espanha.
E) mostra a decepção do navegador com o que encontrou na América, pois não havia riquezas
que justificassem a longa viagem.
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Somente a proposição [B] está correta. Cristóvão Colombo, um italiano que viajou
representando a coroa espanhola, chegou à América em 1492. Na Europa estavam se
formando os Estados Nacionais através de uma aliança entre rei e burguesia. Estes Estados
necessitavam de muitos recursos para montar e equipar exército, montar e equipar a
marinha bem como manter a burocracia estatal. Assim, havia os interesses econômicos nas
grandes navegações, ou seja, necessidade de metais preciosos e outras riquezas fáceis. Havia
no imaginário europeu a existência de um reino cristão no oriente associado à riqueza e ao
paraíso. Nutrido deste imaginário, Colombo chegou à América e se deparou com outra
realidade, as peculiaridades dos nativos da América Central. As demais alternativas estão
incorretas.
129. Após a morte do rei D. Fernando I em 1383, Portugal caiu em uma crise de sucessão que só
foi resolvida com a subida ao trono de D. João I (mestre de Avis), através da chamada “Revolução
de Avis”, finalizada na batalha de Aljubarrota em 1385.
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete à Revolução de Avis, 1383-1385.
Portugal manteve sua autonomia política, através de uma aliança entre a burguesia e a
realeza. O rei João I de Avis assumiu o trono e o país iniciou um processo de expansão
comercial e marítima a partir de 1415 com a tomada de Ceuta no norte da África. O século
XV foi o século das Grandes Navegações, tão importante para a história mundial, pode ser
considerado o início do mundo globalizado.
130. Entre os motivos do pioneirismo português nas navegações oceânicas dos séculos XV e XVI,
podem-se citar:
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A precoce formação monárquica (século XII) e as aptidões marítimas da dinastia dos Avis
(conhecimentos cartográficos e astronômicos) são algumas as explicações para o pioneirismo
português nas Grandes Navegações.
131. A propósito da expansão marítimo-comercial europeia dos séculos XV e XVI pode-se afirmar
que:
A) a igreja católica foi contrária à expansão e não participou da colonização das novas terras.
B) os altos custos das navegações empobreceram a burguesia mercantil dos países ibéricos.
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O aumento da produção de algodão nos Estados Unidos foi condicionado por alguns fatores,
entre os quais
O período ao qual o excerto faz referência alude aos séculos XVIII e XIX nos EUA, sendo que
o enfoque da questão é associar o aumento na exportação do algodão a um processo
histórico ocorrido na passagem do setecentos para o oitocentos. Diante disso, é fundamental
que se tenha em mente que a produção do algodão alcançou elevados índices neste período,
sobretudo após a Independência das 13 Colônias dos EUA, em 1776.
Para compreender tal processo, é fundamental entender que a produção agrícola nos EUA,
durante o período colonial, estava direcionada para o envio de matéria-prima à metrópole
(a Inglaterra), responsável pela enorme produção de têxteis através do algodão obtido. Nas
colônias inglesas do Sul, o território era composto por grandes propriedades escravistas que
organizavam a produção através da plantation (grandes propriedades monocultoras com a
produção voltada para a exportação, além da utilização da mão de obra escrava).
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De forma mais geral, foi no início do século XVIII, devido à necessidade de se fazer as
máquinas funcionarem, que surgiram os motores a vapor. No final do mesmo século, James
Watt inventou um motor a vapor capaz de acionar as máquinas das fábricas. Após pouco
tempo, a Revolução Industrial passou a abranger todos os tipos de produção. Agricultores
começaram a inventar novas máquinas para arar a terra e semear mais rapidamente as suas
plantações.
Ainda que as máquinas tivessem facilitado o trabalho na Europa sob certos aspectos, a rotina
nas fábricas, contudo, criou muitos problemas para os operários. Os donos das fábricas
enriqueceram com o aumento da produção. Os operários, por sua vez, ganhavam um baixo
salário, sendo que o trabalho era, muitas vezes, perigoso. Muitos deles cumpriam uma
jornada entre 12 e 14 horas por dia, sendo que homens, mulheres e crianças chegaram a
trabalhar nas fábricas.
Na colônia inglesa na América, por sua vez, percebem-se algumas peculiaridades no processo
de cultivo e extração do algodão: por exemplo, além de o trabalho utilizado ser o escravo,
amplamente explorado no período e que proporcionava grandes lucros aos proprietários de
terras, percebe-se que não havia uma preocupação em se estabelecer outras formas de
trabalho, por exemplo a imigrante.
133. Sob qualquer aspecto, a revolução industrial foi provavelmente o mais importante
acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades.
E foi iniciado pela Grã-Bretanha. É evidente que isto não foi acidental. Qualquer que tenha sido
a razão do avanço britânico, ele não se deveu à superioridade tecnológica e científica.
(HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998, p. 45).
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E) a irrelevância da produção têxtil inglesa devido à competição que sofria da produção francesa,
o que levou a Inglaterra a diversificar a produção.
O texto escrito pelo historiador Eric Hobsbawm procura destacar os possíveis motivos do
pioneirismo britânico, além das características que levaram a Inglaterra a iniciar o
movimento industrial. Diante disso, podemos compreender que tal processo não foi, como
o historiador mesmo aponta, algo acidental, mas foi resultado de uma alteração na forma de
os homens lidarem com a terra.
Neste sentido, os cercamentos de terras podem ser apontados como uma das razões para a
dianteira inglesa na industrialização, uma vez que os trabalhadores e camponeses que viviam
nas terras e de sua produção foram desapropriados de tais locais. Com isso, na transição do
feudalismo para o capitalismo, as terras se tornaram propriedades e os camponeses que
nelas trabalhavam se tornaram trabalhadores industriais ou, como ficariam conhecidos
posteriormente, operários.
134. A Assembleia Nacional elimina inteiramente o regime feudal (...). Todas as justiças
senhoriais são suprimidas sem indenização alguma (...). Todos os cidadãos, sem distinção de
nascimento, poderão ser admitidos a todos os empregos e dignidades eclesiásticas, civis e
militares.
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Como o próprio trecho trazido na questão afirma, “Todos os cidadãos, sem distinção de
nascimento, poderão ser admitidos a todos os empregos [...]”, ou seja, a sociedade que,
anteriormente, era estamental (dividida em ordens sociais), passou a eliminar tais divisões e
garantir condições iguais para todos os cidadãos, independentemente de sua origem social.
135. Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real para suspender as leis ou seu
cumprimento.
Que é ilegal toda cobrança de impostos para a Coroa sem o concurso do Parlamento, sob
pretexto de prerrogativa, ou em época e modo diferentes dos designados por ele próprio.
Que é indispensável convocar com frequência os Parlamentos para satisfazer os agravos, assim
como para corrigir, afirmar e conservar as leis.
A Declaração dos Direitos ou “Bill of Rights” foi um documento produzido com o desfecho da
Revolução Gloriosa, que eliminou o absolutismo da Inglaterra e fortaleceu o papel do
Parlamento enquanto instituição de governo no país.
136. A revolução industrial ocorrida no final de século XVIII transformou as relações do homem
com o trabalho. As máquinas mudaram as formas de trabalhar, e as fábricas concentraram-se
em regiões próximas às matérias-primas e grandes portos, originando vastas concentrações
humanas. Muitos dos operários vinham da área rural e cumpriam jornadas de trabalho de 12 a
14 horas, na maioria das vezes em condições adversas. A legislação trabalhista surgiu muito
lentamente ao longo do século XIX e a diminuição da jornada de trabalho para oito horas diárias
concretizou-se no início do século XX.
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E) a vitória dos partidos comunistas nas eleições das principais capitais europeias.
A questão refere-se às conquistas do início do século XX. Podemos considerar que, desde as
primeiras conquistas, restritas à Inglaterra, até aqueles que gradualmente se seguiram em
diferentes países, foram frutos das pressões exercidas pelos trabalhadores, muitas vezes
organizados em sindicatos ou partidos políticos. Vale lembrar que em muitos países do
mundo essas conquistas são incompletas ou apenas existem formalmente, mas não na
prática.
A) a ascensão das classes populares aos mesmos padrões de vida da burguesia e da nobreza.
D) a consolidação das práticas coletivas e dos ideais revolucionários, cujas origens remontam à
Idade Média.
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O texto deixa claro que a origem da palavra é popular, pois os restaurantes eram locais para
“restaurar as forças dos trabalhadores” e, gradualmente, se transformaram em locais mais
requintados, principalmente após a revolução, quando os nobres abandonaram a França e
os cozinheiros se tornaram proprietários, portanto negociantes.
138. “Declaramos que não podemos mais suportar, juntamente com a enorme maioria dos
homens, o trabalho e o suor em benefício de uma pequena minoria. Há muito tempo que menos
de um milhão de indivíduos vem desfrutando aquilo que pertence a mais de vinte milhões de
seus semelhantes. Jamais projeto mais vasto foi concebido ou posto em prática. Alguns homens
de gênio, alguns sábios, o mencionaram de tempos em tempos, com voz baixa e trêmula.
Nenhum deles teve a coragem de dizer toda a verdade. Povo da França, abri vossos olhos e
vossos corações à plenitude da felicidade. Reconhecei e proclamai conosco a República dos
Iguais!”
(Graco Babeuf. Manifesto dos Iguais. Citado em Edmundo Wilson. Rumo a Estação Finlândia)
A) da Revolução Gloriosa;
B) da Revolução Francesa;
E) da Comuna de Paris.
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete a formação da Conjura dos Iguais
que surgiu no período do Diretório (1795-1799) fase final da Revolução Francesa. Em 1796,
ocorreu a Conspiração dos Iguais, um movimento dos Sans-culottes, liderado por Graco
Babeuf, um jovem revolucionário que defendia a “ditadura dos humildes”, um ataque a
propriedade privada, Babeuf era um leitor de Rousseau, sendo considerado um precursor do
Socialismo do século XIX.
139. A Santa Aliança, coalizão entre Rússia, Prússia e Áustria, criada em setembro de 1815, após
a derrota de Napoleão Bonaparte, tinha por objetivo político:
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A Santa Aliança pretendia restaurar os ideais absolutistas na Europa, freando a difusão dos
ideais republicanos franceses.
140. Durante a colonização inglesa na América, as colônias do norte tiveram uma flexibilização
política ao monopólio, pois, durante algum tempo, permitiram o comércio entre as colônias e
com as Antilhas francesas e espanholas, além de a metrópole não reprimir o contrabando.
B) estarem localizadas em área de clima temperado, que não favorecia o cultivo da cana-de-
açúcar, tabaco e algodão, por isto não produziam produtos tropicais que interessavam à
Inglaterra.
C) terem sido formadas por pessoas da nobreza parasitária, que desejavam manter o “status
quo”.
D) serem de origem holandesa, colônia fundada por Giovanni Caboto, italiano radicado em
Amsterdã.
E) estarem numa posição geográfica próxima às Antilhas; além disso, a Inglaterra encontrava-se
em guerra com a França e por isso sofriam com a escassez de mão de obra especializada.
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141. O processo da emancipação das Treze Colônias Inglesas da América do Norte, na segunda
metade do século XVIII, é denominado de Revolução Americana, pois
B) rompeu o Pacto Colonial mercantilista e criou uma sociedade liberal e democrática para todos
os setores sociais.
C) foi a primeira etapa das Revoluções Liberais que, a partir de então, iriam propagar-se somente
na Europa.
D) assinalou o início de uma sociedade capitalista, baseada no trabalho assalariado, livre das
instituições feudais.
E) a ideologia de seus grandes líderes era a mesma que caracterizaria, pouco tempo depois, a
Revolução Inglesa.
Em meados do século XVIII, James Watt patenteou na Inglaterra seu invento, sobre o qual
escreveu a seu pai: “O negócio a que me dedico agora se tornou um grande sucesso. A máquina
de fogo que eu inventei está funcionando e obtendo uma resposta muito melhor do que
qualquer outra que tenha sido inventada até agora”.
Disponível em: <http://www.ampltd.co.uk/digital_guides/ind-rev-series-3-parts-1-
to3/detailed-listing-part-1.aspx>. Acesso em: 29 out. 2012. (Adaptado).
A revolução histórica relacionada ao texto, a fonte primária de energia utilizada em tal máquina
e a consequência ambiental de seu uso são, respectivamente,
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O texto versa sobre a Primeira Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra, marcada pela
invenção da máquina a vapor, movida a carvão mineral. Tal invenção, além de promover a
mudança da manufatura para a maquino-fatura e a aceleração do processo produtivo, fez
com que a poluição ambiental aumentasse substancialmente.
143. Qual das alternativas a seguir apresenta apenas características associadas ao Liberalismo?
E) Propriedade privada, livre comércio, igualdade perante a lei e mínima participação do estado
na economia.
O liberalismo foi a teoria econômica defendida pelos Iluministas que combatia a política
econômica do estado Absolutista – o Mercantilismo. Esta baseava-se na lei da oferta e da
procura, defendia a propriedade privada e preconizava que o Estado não deveria intervir na
economia. Utilizavam a seguinte frase: laissez faire, laissez passer, le monde va de lui-même
(em português "deixem fazer, deixem passar, o mundo vai por si mesmo").
144. A Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra no final do século XVIII e no século XIX:
D) mudou substancialmente a vida do homem, que não mais era dono de seu tempo, como os
mestres artesãos o eram.
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145. O Iluminismo foi um movimento intelectual, portador de uma visão unitária do mundo e
do homem, apesar da diversidade de leituras que lhe são contemporâneas, conservou uma
grande certeza quanto à racionalidade do mundo e do homem, a qual seria imanente em sua
essência.
B) Os atuais regimes socialistas do ocidente condenam a propriedade privada com base nos
textos de Rousseau.
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D) A teoria contratualista foi desenvolvida por Rousseau na obra Origem da desigualdade social
entre os homens.
147. O desenvolvimento de teorias científicas, geralmente, tem forte relação com contextos
políticos, econômicos, sociais e culturais mais amplos. A evolução dos conceitos básicos da
Termodinâmica ocorre, principalmente, no contexto:
A) da Idade Média.
C) da Revolução Industrial.
(Stephen Marglin. In: André Gorz (org.). Crítica da divisão do trabalho, 1980.)
A) o maior equilíbrio social provocado pelas melhorias nos salários e nas condições de trabalho.
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O texto deixa claro duas coisas que a Revolução Industrial produziu: (1) a divisão do trabalho
e (2) a criação do cargo de coordenador ou gerente, gerando uma hierarquia dentro das
fábricas.
Entre as críticas ao Antigo Regime, mencionadas no texto, podemos citar a rejeição iluminista
do:
B) livre comércio.
C) liberalismo econômico.
D) republicanismo.
E) absolutismo monárquico.
150. As redes de comércio, os fortes costeiros, as relações tecidas ao longo dos séculos entre
comerciantes europeus e chefes africanos, continuaram a ser o sustentáculo do fornecimento
de mercadorias para os europeus, só que agora estas não eram mais pessoas, e sim matérias-
primas.
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O texto refere-se à redefinição das relações comerciais entre europeus e africanos, ocorrida
quando:
Desse modo, o tráfico negreiro que criava instabilidade entre povos africanos e em sua
economia básica passou a ser condenada.
151. Observe a imagem, cena do personagem Carlitos no filme Tempos modernos, 1936.
Tempos modernos, de Charles Chaplin, representa a situação econômica e social dos Estados
Unidos da América dos anos trinta do século passado. No filme, as aventuras de Carlitos
transcorrem numa sociedade:
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C) imperialista e mecanizada, que aplicava os lucros adquiridos na exploração dos países pobres
em benefício dos operários americanos.
B) a instituição do voto censitário, sendo assim apenas pessoas com posses poderiam exercer o
poder de voto e se candidatar para mandatos eletivos.
C) a convocação dos Estados Gerais, órgão consultivo formado por representantes dos três
estados e que não se reunia desde 1614.
D) a criação do Diretório, órgão que desempenhava o poder Executivo e era composto de cinco
pessoas eleitas entre os deputados.
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154. A Revolução Francesa foi vivenciada, por muitos dos atores envolvidos, como uma ruptura
com o Antigo Regime. O próprio conceito de Antigo Regime era utilizado pelos revolucionários
para nomear a organização social e política anterior a 1789. As alternativas abaixo apresentam
transformações que representavam uma ruptura com essa organização. Assinale a alternativa
INCORRETA:
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A Revolução Francesa não promoveu o fim dos dízimos nem a abolição da propriedade
privada na França.
155. Durante o Congresso de Viena, estabeleceram-se as bases políticas e jurídicas para uma
nova ordenação da Europa destinada a durar um século redondo. O resultado dos pactos
inaugurou uma época na qual os conflitos externos foram poucos; por outro lado, aumentaram
as guerras civis e a “revolução” se fez incessante.
A) o incentivo aos movimentos de libertação colonial, como forma de reduzir os conflitos que
pudessem ameaçar o equilíbrio europeu.
C) a preservação das aspirações nacionais de vários povos europeus, com o objetivo de evitar
novos conflitos que colocassem em risco o equilíbrio da Europa.
D) a aceitação das fronteiras nacionais existentes em 1815, o que era visto como essencial para
o fim dos conflitos entre as grandes potências.
156. Classificada pela história como modelo clássico de Revolução Burguesa, a Revolução
Francesa deu sua contribuição para o Ocidente, seja no vocabulário político ou na influência das
constituições que adotaram alguns princípios da Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão.
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Os jacobinos representavam a baixa burguesia e seu modo de atuação era radical e, por
vezes, violento.
157. “O Terror, que se tornou oficial durante certo tempo, é o instrumento usado para reprimir
a contrarrevolução (...). É a parte sombria e mesmo terrível desse período da Revolução
[Francesa], mas é preciso levar em conta o outro lado dessa política.”
Michel Vovelle. A revolução francesa explicada à minha neta. São Paulo: Unesp,
2007, p. 74- 75.
São exemplos dos “dois lados” da política revolucionária desenvolvida na França, durante o
período do Terror,
C) a vitória na guerra contra a Áustria e a Prússia e o fim do controle sobre os salários dos
operários.
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A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão buscava, dentre outras coisas, acabar
com um dos maiores males da época do Antigo Regime: a valorização social a partir do
critério de nascimento. Tal valorização beneficiava a Nobreza e estabelecia uma
hierarquização social prejudicial às camadas mais baixas da sociedade.
159. Segundo Eric Hobsbawm, no final do século XVIII, “o preço do pão registrava a temperatura
política de Paris com a exatidão de um termômetro”. De acordo com este historiador, no ano de
1788, a safra de alimentos na França foi péssima; isto prejudicou os camponeses e os
trabalhadores urbanos, pois houve a alta dos preços, levando a várias agitações sociais.
(HOBSBAWM, Eric. A era das revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, p. 79-83. Adaptado.)
A crise alimentar mencionada por Hobsbawm teve, entre suas principais consequências,
B) a Primeira Guerra Mundial, pois os franceses foram buscar alimentos em outros países.
C) a Revolução Industrial, pois era necessário encontrar novos meios de produzir alimentos.
E) a Revolução Francesa, quando o povo se revoltou contra o governo absolutista de seu país.
Somente a alternativa [E] está correta. O texto do historiador inglês Eric Hobsbawm remete
aos antecedentes da Revolução Francesa ocorrida entre 1789-1799. Devidos a problemas
climáticos ocorreram crises agrícolas gerando aumento nos preços dos alimentos como o
pão. A população mais humilde tinha dificuldade econômica para comprar alimentos básicos
como o famoso pão francês. Assim, conforme cita o texto, o pão passou a ser o termômetro
da temperatura política no país. Começaram as agitações sociais que culminaram na
Revolução Francesa.
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160. No fim do século XVIII, a população francesa estava dividida em três ordens sociais.
Apresentava um quadro que pode ser compreendido da seguinte forma:
B) cerca de 98% da população compunha o Terceiro Estado, formado por artesãos, burgueses,
camponeses e trabalhadores em geral que sustentavam os dois primeiros grupos.
C) o Segundo Estado era formado por um grupo heterogêneo composto de burgueses, artesãos
e trabalhadores das cidades.
D) a França, no final do século XVIII, havia herdado um sistema feudal responsável pelo
enriquecimento da população.
161. Foi a partir das revoluções burguesas do século XVIII que o sistema capitalista se consolidou.
Assinale a alternativa que contém o conjunto das revoluções chamadas de burguesas.
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162. A cada um a sua função e o seu lugar na terra. No topo estão os religiosos, intermediários
indispensáveis entre a cidade terrestre e a cidade celeste (...). Depois vêm os nobres, que
receberam da Providência a qualidade de guerreiros e estão, portanto, investidos da missão de
manutenção da ordem. Finalmente, para o último lugar são relegados os trabalhadores,
destinados ao trabalho e ao sofrimento para o bem comum.
A) a um tipo de organização social que se apoiava nas diferentes aptidões dos seres humanos.
B) às crenças milenaristas, segundo as quais apenas os pobres alcançariam o reino dos céus.
O texto do dicionário faz menção à organização social da Idade Média, em que o clero seria
responsável por rezar, os nobres deveriam guerrear e os camponeses deveriam trabalhar
para sustentar essa ordem estamental. No período pré-revolucionário, houve a contestação
desse sistema social, pois não havia apenas camponeses “carregando” o Estado francês, mas
também trabalhadores urbanos (sans-culottes) e a burguesia, alguns dos grupos
responsáveis pela Revolução Francesa.
163. A independência dos Estados Unidos da América foi o primeiro grande indicador histórico
da ruína do Antigo Regime. Durante esse processo de independência,
A) a criação da Lei do Selo foi uma consequência do esforço inglês em fortalecer o pacto colonial
e levou os colonos americanos a efetuar um boicote comercial à Inglaterra.
D) os colonos americanos receberam apoio militar da Holanda e da Espanha nas lutas pela
emancipação.
E) Thomas Jefferson exerceu um papel importante, tendo sido nomeado comandante das tropas
americanas na guerra e se tornado o primeiro presidente americano.
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164. Em 1773, procurando aliviar as dificuldades financeiras da Companhia das Índias Orientais,
o governo britânico concedeu-lhe o monopólio do chá nas colônias. Os colonos reagiram e
disfarçados de índios, patriotas de Boston, abordaram navios que transportavam chá, lançando
a mercadoria nas águas do porto.
A ação descrita pelo texto levou o parlamento britânico a promulgar, em 1774, as Leis
Coercitivas ou, como foram chamadas pelos colonos, Intoleráveis. Tais leis:
B) interditavam o porto de Boston até que fosse pago o prejuízo causado pelos colonos;
C) proibiam a emissão de papéis de crédito na colônia que, até então, eram usados como moeda;
No episódio que ficou conhecido como “Boston Tea Party”, os colonos americanos
derrubaram cargas de chá de navios ingleses. A metrópole reagiu fazendo as “Leis
Intoleráveis” ou coercitivas, em 1774, interditando o porto de Boston, o principal da região.
165. A Guerra dos Sete Anos (1756-1763) conferiu à Inglaterra a condição de principal potência
marítima da Europa. Esse conflito:
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A Guerra dos Sete Anos envolveu Inglaterra e França e grande parte das ações militares
ocorreu na América do Norte, envolvendo colonos dos dois países e diversos grupos
indígenas. A vitória inglesa reforçou seu poderio naval e determinou a incorporação de terras
pertencentes aos franceses, como a região do Canadá e partes do interior do atual Estados
Unidos.
166. A expansão dos Estados Unidos em direção ao oeste, na primeira metade do século XIX,
envolveu, entre outros fatores, a:
C) Guerra de Secessão, que opôs os escravistas dos estados do sul aos abolicionistas do norte.
D) implantação de um sistema legal rigoroso nas áreas ocupadas, evitando conflitos armados na
região.
E) remoção indígena, transferindo comunidades indígenas que viviam a leste do rio Mississipi
para outras regiões.
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PERIODO COLONIAL I
167. Observe a imagem a seguir
A obra de Victor Meirelles, realizada à época do Império de D. Pedro II, tem o seu contexto de
produção associado à dedicação de vários membros da Academia Imperial de Belas Artes à
representação de momentos importantes da política e da história nacional, com vistas a
desenvolver um sentimento ufanista.
C) como uma projeção pretérita da importância das elites de grandes proprietários do século
XIX, ressaltando, com isso, o projeto dessas oligarquias em relação à derrubada da monarquia e
ao estabelecimento de uma República que contemplasse os interesses das várias regiões do
país.
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A obra produzida por Victor Meirelles, em 1860, ainda sob o Segundo Reinado (1840-1889),
é reflexo de uma preocupação, por parte dos membros da Academia Imperial de Belas Artes
(AIBA), em atribuir os valores nacionalistas e ufanistas de determinados acontecimentos
históricos brasileiros, recuperando a imagem positiva da colonização portuguesa no Brasil.
Dessa forma, a obra retrata que não houve resistência por parte dos nativos, pelo contrário,
coloca-os de forma pacífica e curiosa com relação ao que está acontecendo. Tal imagem
procura, dentre outros aspectos, transmitir uma visão que silencie os conflitos existentes no
passado e, consequentemente, no presente, como mencionados no texto apresentado pela
banca. Ademais, busca minimizar o impacto do genocídio indígena do século XVI e da
escravidão dos negros, sobretudo, no século XIX.
168. Já se disse, numa expressão feliz, que a contribuição brasileira para a civilização será de
cordialidade – daremos ao mundo o “homem cordial”, um traço definido do caráter brasileiro,
na medida, ao menos, em que permanece ativa e fecunda a influência ancestral dos padrões de
convívio humano, informados no meio rural e patriarcal.
B) à interiorização da ocupação no vale do Rio São Francisco, graças à expansão da pecuária que
abastecia os engenhos da zona da mata, centrada na figura dos vaqueiros.
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Dito isto, um exemplo claro em que se imiscuem as relações rurais e patriarcais, citadas pelo
historiador, encontra-se nos engenhos de açúcar, localizados em grandes porções de terras
pertencentes ao senhor de engenho e que, dessa forma, as relações sociais eram marcadas,
por
parte dos escravos, pelo trabalho compulsório e, por parte da autoridade senhorial, no
convívio da sua família em torno de sua figura.
Assim sendo, os engenhos de açúcar eram lugares nos quais as relações sociais refletiam as
diferenças existentes entre os mais ricos e aqueles que deveriam se dedicar ao trabalho
braçal, em torno da figura patriarcal do senhor de engenho.
169. A exaltação dos bandeirantes, em São Paulo, está presente na nomenclatura de estradas,
avenidas e monumentos. Monumentos que vão desde a bela obra do escultor Brecheret junto
ao Parque Ibirapuera até o assustador Borba Gato, gigante de botas plantado no bairro de Santo
Amaro. A estátua, aliás, é muito pouco realista, pois existem boas indicações de que muitos
bandeirantes marchavam descalços.
A exaltação dos bandeirantes descrita costuma omitir, mascarar e esconder algumas das suas
atividades. Trata-se de uma tentativa de esquecer e apagar da História algumas ações não tão
nobres dos bandeirantes, tais como
O texto apresentado pelo historiador brasileiro Bóris Fausto trata de uma temática
concernente ao período colonial brasileiro, no caso aqui mencionado, aquele em que os
bandeirantes ganharam ampla importância para a exploração do interior do Brasil.
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170. O principal motivo da criação da capitania de Mato Grosso, em 1748, foi impedir que os
espanhóis tomassem a região e chegassem a Goiás e Minas Gerais. Era a época em que Portugal
e Espanha discutiam as cláusulas do Tratado de Madri, finalmente assinado em 1750, que fixou
os contornos aproximados da atual fronteira brasileira, substituindo o Tratado de Tordesilhas
(1494).
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171. O vozerio interrompido e sempre repetido com que os negros levam de um lado para o
outro cargas sobre varas, o chiado de um tosco carro de bois de duas rodas, em que as
mercadorias são conduzidas pela cidade, os frequentes tiros de canhão dos castelos e dos navios
de todos os países do mundo que entram e o estrondo de foguetes com que os habitantes quase
que diariamente e já pela manhã festejam os dias santos, confundem-se num estardalhaço
ensurdecedor.
O texto, relativo à cidade do Rio de Janeiro no final da segunda década do século XIX, faz
referência:
O texto apresentado pela banca faz referência às dinâmicas sociais existentes na cidade do
Rio de Janeiro no século XIX, especificamente entre os anos de 1817 e 1820. É preciso se
lembrar, para a correta solução da questão, que no ano de 1808 ocorreu a transferência da
Corte Portuguesa para o Brasil, fruto de um projeto que já estava sendo pensado e que foi
antecipado em decorrência das invasões napoleônicas a Portugal.
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Nesta questão, é preciso identificar que o enunciado trata da economia colonial brasileira,
ou seja, diz respeito à economia entre 1500 (início da colonização) e 1815 (quando o Brasil
foi elevado à categoria de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves). Dito isto, devemos ter
em mente que o Brasil se beneficiou, sobretudo, de uma produção através do cultivo da terra
e da plantação de determinados produtos, com características monocultoras. Podemos
destacar, dentre os produtos cultivados, a cana de açúcar, presente em abundância
sobretudo no nordeste do país entre os séculos XVI e XVII, e as lavouras de café, na região
sudeste, principalmente a partir do século XIX.
Para a extração de tais produtos, houve a utilização de mão de obra cativa, primeiramente a
indígena e, posteriormente, a negra. Assim sendo, a alternativa “B” está incorreta porque
apresenta apenas a exploração de minério e uso da mão de obra indígena; a “C”, porque
apresenta a pecuária como presente no período todo, além do uso exclusivo de mão de obra
imigrante portuguesa; a “D”, pois destaca apenas a exploração madeireira (sobretudo o pau-
brasil), e a “E” por fazer referência ao trabalho livre, algo que somente foi feito
posteriormente ao período colonial. Dessa forma, a única alternativa correta é a “A”.
Durante o período colonial brasileiro, dentre os produtos que fizeram parte deste
mecanismo, destaca-se a cana de açúcar, sobretudo no nordeste brasileiro, pautada pelo uso
de uma grande propriedade rural e da mão de obra escrava. Estão incorretas:
1. A alternativa “A”, que fala sobre uma intensa vida urbana, uma vez que o Nordeste ainda
não possuía tais características e a maioria da população pertencia ao meio rural;
2. A alternativa “B”, pois a posse não era comunitária, mas pertencia a grandes proprietários
de terras, os chamados “senhores de engenho”;
3. A alternativa “C”, que discorre sobre a enorme chance de mobilidade social. Deve-se
destacar que neste período, a mobilidade social era mais restrita às pessoas que possuíam
terras e riquezas.
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Além disso, a adoção de minifúndio não era predominante no período, sendo o latifúndio o
uso predominante;
4. A alternativa “D”, pois a produção era voltada para o mercado externo, sobretudo para o
lucro da Metrópole. Ademais, o uso de trabalho escravo indígena e, posteriormente, negro,
foi adotado na Colônia.
A) ao fim da escravidão.
B) à produção de açúcar.
C) ao crescimento urbano.
D) à extração de ouro.
E) ao trabalho assalariado.
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175. De acordo com o historiador Stuart B. Schwarcz, durante o período da colonização, havia
um ditado popular que dizia: “Sem açúcar, não há Brasil; sem a escravidão, não há açúcar; sem
Angola, não há escravos”.
Esse ditado traz elementos que permitem concluir que a organização colonial
E) era baseada no trabalho assalariado, porém utilizava escravos nas atividades domésticas.
O ditado deixa claro uma tripla dependência: a Colônia precisa de Angola para fornecer
escravos, dos escravos para produzir açúcar e do açúcar para ter lucro. Logo, a Colônia se
organizava a partir da produção de Açúcar, no modelo de plantation (latifúndio monocultor,
agroexportador e escravista).
A [D] porque o açúcar só era produzido aqui e angola era para captura de africanos e a [E] o
trabalho era somente escravo.
176. "Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é
possível fazer, conservar e aumentar fazenda."
A) torna evidente que o trabalho escravo constituiu a base da exploração econômica em setores
essenciais da economia colonial.
B) fornece argumentos para o combate movido pela Igreja contra a escravização de indígenas e
africanos nos domínios coloniais portugueses.
C) explica por que a escravidão foi importante no empreendimento açucareiro, mas teve papel
secundário e marginal na exploração mineradora.
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A economia colonial brasileira estava totalmente atrelada à mão de obra escrava negra. Sem
os escravos, a economia perdia sua principal base de sustentação.
Estão erradas a [B], pois não fornece argumentos para a igreja, a [C] pois a escravidão foi
essencial na colônia seja na lavoura ou na mineração.
A [D] a escravidão não foi nada branda e a [E] porque Antonil escreveu no século XVIII e o
ciclo do café foi no Império em meados do século XIX.
Eu el-rei faço saber a vós [...] fidalgo de minha casa que vendo eu quanto serviço de Deus e meu
é conservar e enobrecer as capitanias e povoações das terras do Brasil e dar ordem e maneira
com que melhor e seguramente se possam ir povoando para exaltamento da nossa santa fé e
proveito de meus reinos e senhorios e dos naturais deles ordenei ora de mandar nas ditas terras
fazer uma fortaleza e povoação grande e forte em um lugar conveniente para daí se dar favor e
ajuda às outras povoações e se ministrar justiça e prover nas coisas que cumprirem a meus
serviços e aos negócios de minha fazenda e a bem das partes [...]
A criação do Governo Geral pelo rei de Portugal em 1548, foi motivada pelo fracasso do
sistema de capitanias hereditárias adotado para promover a colonização e administração do
Brasil. Com a implantação do Governo Geral, promoveu-se a centralização administrativa da
colônia, mas sem que fossem suprimidas as capitanias.
178. Seguiam-se vinte criados custosamente vestidos e montados em soberbos cavalos; depois
destes, marchava o Embaixador do Rei do Congo magnificamente ornado de seda azul para
anunciar ao Senado que a vinda do Rei estava destinada para o dia dezesseis. Em resposta
obteve repetidas vivas do povo que concorreu alegre e admirado de tanta grandeza.
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“Coroação do Rei do Congo em Santo Amaro”, Bahia apud DEL PRIORE, M. Festas e utopias no
Brasil colonial. In: CATELLI JR., R. Um olhar sobre as festas populares brasileiras. São Paulo:
Brasiliense, 1994 (adaptado).
Originária dos tempos coloniais, a festa da Coroação do Rei do Congo evidencia um processo de:
A) exclusão social.
B) imposição religiosa.
C) acomodação política.
D) supressão simbólica.
E) ressignificação cultural.
179. A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se acha
nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e
dessa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, nem peso, nem medida.
GÂNDAVO, P M.A primeira historia do Brasil: história da província de Santa Cruz a que
vulgarmente chamamosBrasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado).
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Durante o chamado período da União Ibérica, quando Portugal e Espanha passaram a ser
governados pelo mesmo Monarca, os Países Baixos (Holanda), então uma possessão
espanhola, decretaram sua Independência. O Rei espanhol, Filipe II, em retaliação, proibiu
todas as possessões espanholas – incluindo o Brasil – de fazer comércio com sua antiga
possessão. Os holandeses, reagindo a isso, decidiram invadir o Nordeste brasileiro para não
perder os lucros advindos da venda do açúcar brasileiro na Europa, pois esse comércio já era
feito por intermédio dos Países Baixos.
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O litoral colonial sempre foi mais populoso e desenvolvido que o interior, seja por uma
questão de solo e clima para a prática agrícola, seja pela necessidade de escoar a produção
e/ou extração colonial para a Europa pelos portos.
182. De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu,
vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com
arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro,
nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito
bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente.
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História
moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001.
A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra.
E) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho.
Ao afirmar que "o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar essa gente",
Caminha demonstra que o português buscaria, através da catequese, "civilizar" o indígena,
considerado selvagem por não ter "fé, lei nem Rei".
183. Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, muito antes dos europeus, foram os
próprios africanos trazidos como escravos. E esta descoberta não se restringia apenas ao reino
linguístico, estendia-se também a outras áreas culturais, inclusive à da religião. Há razões para
pensar que os africanos, quando misturados e transportados ao Brasil, não demoraram em
perceber a existência entre si de elos culturais mais profundos.
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O texto nos remete a uma situação muitas vezes ignorada, que os africanos provinham de
nações diferentes, que possuíam hábitos e língua diferentes. O senso comum do brasileiro
parte de uma ideia geral de africano, baseada principalmente na cor da pele. Destaca
também que as condições de cativeiro, que para todos os escravos eram iguais, acabou por
criar um elo entre os escravos, visto que na mesma senzala estavam pessoas de regiões
diferentes que, aos olhos de proprietários e capatazes, eram todos iguais, seres inferiores,
objetos de trabalho.
184.
O desenho retrata a fazenda de São Joaquim da Grama com a casa-grande, a senzala e outros
edifícios representativos de uma estrutura arquitetônica característica do período escravocrata
no Brasil. Esta organização do espaço representa uma:
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A imagem deixa claro que a “casa-grande” encontra-se no “centro” da fazenda, assim como
o “senhor de engenho” era o “centro” daquela sociedade, destacando, assim, o caráter
patriarcalista da mesma. Também do “centro” da fazenda, o senhor podia observar e
comandar todos os outros segmentos do seu engenho, mantendo tudo sob o seu comando
direto.
185. Próximo da Igreja dedicada a São Gonçalo nos deparamos com uma impressionante
multidão que dançava ao som de suas violas. Tão logo viram o Vice-Rei, cercaram-no e o
obrigaram a dançar e pular, exercício violento e pouco apropriado tanto para sua idade quanto
posição.
Tivemos nós mesmos que entrar na dança, por bem ou por mal, e não deixou de ser interessante
ver numa igreja padres, mulheres, frades, cavalheiros e escravos a dançar e pular misturados, e
a gritar a plenos pulmões “Viva São Gonçalo do Amarante”.
O viajante francês, ao descrever suas impressões sobre uma festa ocorrida em Salvador, em
1717, demonstra dificuldade em entendê-la, porque, como outras manifestações religiosas do
período colonial, ela
186. O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII,
durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua
procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e produzido
em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente
caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras.
CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.
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Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por
Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de:
187. Formou-se na América tropical uma sociedade agrária na estrutura, escravocrata na técnica
de exploração econômica, híbrida de índio — e mais tarde de negro — na composição.
Sociedade que se desenvolveria defendida menos pela consciência de raça, do que pelo
exclusivismo religioso desdobrado em sistema de profilaxia social e política. Menos pela ação
oficial do que pelo braço e pela espada do particular. Mas tudo isso subordinado ao espírito
político e de realismo econômico e jurídico que aqui, como em Portugal, foi desde o primeiro
século elemento decisivo de formação nacional; sendo que entre nós através das grandes
famílias proprietárias e autônomas; senhores de engenho com altar e capelão dentro de casa e
índios de arco e flecha ou negros armados de arcabuzes às suas ordens.
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PERIODO COLONIAL II
188. A ênfase fortemente regionalista dos inconfidentes inclinava-se, às vezes, para o
nacionalismo econômico. Isto era mais explícito nos pronunciamentos do alferes Tiradentes,
embora ele não estivesse isolado em tal posição. Silva elogiava a beleza de Minas e apontava
seus recursos naturais. Livre, republicano, industrializado, continuava o propagandista, o Brasil
não teria necessidade de importar mercadorias estrangeiras.
Os projetos defendidos pelos inconfidentes podem ser explicados pela conjuntura histórica de:
O trecho do livro de Kenneth Maxwell, historiador britânico especializado nos estudos sobre
a História Ibérica e as relações entre o Brasil e Portugal ao longo do século XVIII, é trazido
pela banca para dar subsídio a uma questão (muito bem elaborada, por sinal) sobre o período
colonial brasileiro. No caso em específico, aborda-se sobre uma das revoltas de caráter
separatista ocorridas à época e muito conhecida até os dias de hoje: a chamada Inconfidência
(ou Conjuração) Mineira, ocorrida no ano de 1789.
Para compreender melhor a sua origem, é preciso entender que a mineração, a partir do
século XVIII, foi um fator determinante para a expansão das fronteiras no interior do país,
sendo que muitas jazidas de ouro de aluvião (encontrado às margens dos rios) foram
descobertas desde o final do século XVII. A notícia dessas descobertas se espalhou pelo Brasil
e inúmeras pessoas foram em direção às Minas Gerais.
Com isso, a Coroa Portuguesa, que detinha o controle sobre o ouro extraído, criou as
chamadas Casas de Fundição, instituições responsáveis pela transformação do ouro em
barras e que, a partir de sua transformação, já teria retirado o “quinto”, ou seja, 20% de todo
o ouro extraído deveria ser pago, sob o título de impostos, à Portugal.
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Devido à alta exploração ao longo do século XVIII, uma grave crise econômica ocorreu, na
qual os mineradores não conseguiam mais pagar os impostos para a Coroa. Acreditando que
os mineradores estavam roubando o ouro que era extraído (o que de fato acontecia durante
a época, sobretudo em virtude dos contrabandos) devido à sua brusca redução, Portugal
determinou, em 1765, a existência de um novo pagamento, a Derrama, que representava o
pagamento compulsório dos impostos devidos pelos colonos.
Reivindicou o pagamento das dívidas do quinto real. Nesta ocasião, a derrama transformava-
se no dilema histórico, preâmbulo da Inconfidência Mineira.
Sob a ameaça do lançamento da Derrama entre 1788 e 1789 por Portugal, os mineiros
ilustrados, insatisfeitos com a situação ocasionada, organizaram uma revolta em 1789, que
ficou conhecida como a Inconfidência Mineira, de caráter separatista e sob a liderança do
alferes Tiradentes e de outros letrados, cujos referenciais iluministas já estavam presentes
em suas ações.
Denunciada, contudo, por Joaquim Silvério dos Reis, um dos membros do grupo, em troca
do perdão de suas dívidas, a revolta foi, por sua vez, suprimida e os seus líderes foram presos
ou exilados, à exceção de Tiradentes, membro mais pobre, que foi punido com o
esquartejamento e exposição a público.
Artigo 1º – Sua Sagrada Majestade El-Rei de Portugal promete admitir para sempre de aqui em
diante, no Reino de Portugal, os panos de lã e mais fábricas de lanifício da Inglaterra.
Artigo 2º – É estipulado que Sua sagrada e Real Majestade Britânica será obrigada para sempre,
de aqui em diante, de admitir na Grã-Bretanha os vinhos de Portugal, de sorte que em tempo
algum não se poderá exigir direitos de Alfândega nestes vinhos.
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O Tratado de Methuen, conhecido também por Tratado de Panos e Vinhos (em decorrência
das mercadorias que teriam privilégios no mercado entre Portugal e Inglaterra, sendo que os
britânicos reduziram a tarifa de importação do vinho português, enquanto os portugueses se
comprometiam a abrir o mercado para os produtos feitos a partir da indústria têxtil
britânica), estimulou o processo de industrialização da Inglaterra, deixando Portugal
“atrasado” e desfavorável economicamente.
Tal acordo comprometeu a economia portuguesa, uma vez que a tornou dependente da
Inglaterra e com dívidas que somente eram pagas (ainda que em atraso) através da extração
de minérios (sobretudo o ouro), que eram transferidos diretamente para a Inglaterra.
Dessa forma, Portugal teve de ampliar a exploração da sua colônia em terras americanas,
com o intuito de pagar suas dívidas. Diante deste contexto, a única alternativa correta que
se apresenta é a “D”, que retrata a transferência do ouro luso-brasileiro diretamente para a
Inglaterra.
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A alternativa D também é incorreta, de tal modo que a Companhia das Índias Ocidentais era
uma companhia holandesa e não portuguesa, que foi fundada em 1621.
(SHIKIDA, 2007).
191. Entre 1708 e 1709 o estado de Minas Gerais foi palco de um conflito marcado pela disputa
pelo Ouro. Tal guerra se baseou no conflito entre bandeirantes paulistas e forasteiros que
buscavam a riqueza oriunda dos metais preciosos. Tal conflito ficou conhecido como:
B) Inconfidência Mineira.
A alternativa A é a resposta certa, uma vez que a Guerra dos Emboabas (1707-1709) foi um
confronto que ocorreu pelo direito de exploração das recém descobertas jazidas de ouro, na
região das Minas Gerais. O conflito contrapunha, de um lado, os desbravadores vicentinos,
ou Bandeirantes, que haviam descoberto a região das minas e que por esta razão
reclamavam à exclusividade de explorá-las; e de outro lado um grupo heterogêneo composto
de portugueses e imigrantes das demais partes do Brasil (pejorativamente apelidados de
“emboabas” pelos Bandeirantes), todos atraídos à região pela febre do ouro.
A alternativa B é falsa, pois a Inconfidência Mineira foi uma tentativa de revolta abortada
pelo governo em 1789, em pleno ciclo do ouro, na então capitania de Minas Gerais, contra a
execução da derrama e o domínio português, visando a implantação de um República.
A alternativa C também é falsa, pois a chamada Revolta ou Levante de Vila Rica, também
conhecido como Revolta de Felipe dos Santos, aconteceu no ano de 1720, em razão do
descontentamento dos viventes com os impostos e imposições da Coroa Portuguesa.
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A alternativa D também é falsa, uma vez que a Guerra Mata-Maroto foi um movimento que
aconteceu na área do São Francisco, com disputas entre brancos nacionais, que participavam
da luta pela independência do Brasil em 1823, e portugueses.
192. Sobre a economia do período colonial do Brasil, todas as alternativas estão corretas, exceto
a:
A) O ciclo do ouro contribuiu para a formação de núcleos urbanos no interior do Brasil e para a
transferência da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.
C) O pau-brasil foi um dos primeiros produtos explorados no Brasil, sendo obtido pelos europeus
numa relação de escambo com os nativos.
A alternativa A é incorreta, pois de fato o ciclo do ouro contribui para o primeiro surto urbano
do Brasil. A notícia espalhou-se rapidamente e milhares de pessoas da Colônia e da
Metrópole dirigiram-se para a região das Minas Gerais. Essa alteração na ordem colonial
acabou exigindo que a capital colonial se transferisse para o Rio de Janeiro, que tinha menos
infraestrutura do que Salvador, mas era mais perto das minas de ouro, facilitando o controle
da situação.
A alternativa B também é incorreta, pois de fato a produção agrícola do período colonial foi
organizada aos moldes do sistema de plantation, isto é, baseado na monocultura e no
trabalho escravo, produzindo para a exportação e comercio metropolitano.
A alternativa D é a resposta certa, uma vez que é falso afirmar que o ciclo da cana-de-açúcar
contribuiu para a criação de um mercado econômico interno, ao passo que a produção de
cana- de-açúcar seguiu os moldes mercantilistas, firmando o pacto colonial que permitia o
comércio apenas com a metrópole e monopolizando a produção. Além disso, também é falso
dizer que o ciclo do açúcar fez a ligação entre o litoral e o interior da Colônia, de modo que a
atividade açucareira se concentrou especialmente na costa do nordeste brasileiro.
(VAZ, 2013).
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193. Na região das Minas Gerais, em fins do século XVIII, ocorreu uma revolta colonial contra a
dominação portuguesa. Esse movimento foi provocado pelos impostos abusivos cobrados sobre
a produção mineradora.
A) Revolução Praieira.
B) Inconfidência Mineira.
C) Guerra de Canudos.
D) Guerra da Independência.
A alternativa E também é falsa, pois a Revolta dos Farrapos (ou Farroupilha) aconteceu no
Rio Grande do Sul, entre 1835 e 1845, durante o Período Regencial, por conta do preço do
charque gaúcho e da concorrência com o charque importado.
(VAZ, 2013).
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194. Os holandeses estão entre os diversos povos que invadiram ou tentaram invadir o território
que hoje corresponde ao Brasil, durante o período colonial, no século XVII.
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete às invasões holandesas no Brasil,
no século XVII. Os holandeses eram parceiros comerciais de Portugal no que diz respeito ao
açúcar. A Holanda se separou da Espanha no final do século XVI e, durante a União Ibérica, a
Espanha boicotou o comércio do açúcar entre Holanda e Portugal. Desta forma, os
holandeses criaram a Companhia das Índias Ocidentais com o intuito de invadir o Brasil.
Ocorreu a invasão fracassada na Bahia em 1624 e, posteriormente, em 1630, ocorreu a
invasão em Pernambuco.
“(...) a aldeia é um espaço escolhido e organizado pelo próprio índio, e ‘o aldeamento é resultado
de uma política feita por vontade dos europeus para concentrar comunidades indígenas’."
(Aldeias que não estão no mapa. Entrevista com a Profa. Dra. Nanci Vieira de Oliveira por Maria
Alice Cruz. Jornal da Unicamp. 197, novembro de 2002, p.5.).
A) a catequese e a escravidão dos indígenas como mão de obra para a monocultura, o que
implicou para os índios a mestiçagem com os escravos negros e a modificação de sistema de
trabalho e organização social.
C) a catequese, o isolamento político e cultural dos jesuítas e o controle das áreas de fronteiras
com as colônias espanholas, o que implicou para os índios uma grande mortalidade por conta
dos confrontos com os espanhóis.
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E) a catequese, a proteção dos indígenas e a assimilação dos nativos ao sistema colonial, o que
implicou para os índios a modificação de hábitos, crenças religiosas, sistema de trabalho e
organização habitacional.
Somente a alternativa [E] está correta. A questão remete as missões jesuíticas na América
Latina durante o período colonial. No contexto da contrarreforma ou Reforma católica em
meados do século XVI foi criada por Inácio de Loyola a Companhia de Jesus com o objetivo
de angariar fiéis para o catolicismo e impedir o avanço protestante. Estes jesuítas
desempenharam um papel importante na América, criaram as missões para catequese dos
nativos. Daí que as aldeias que eram um espaço indígena passaram a ser um aldeamento, ou
seja, missões jesuíticas que ao catequizar os nativos contribuíram para o processo de
aculturação e destribalização. No caso do Brasil, os padres jesuítas foram expulsos em 1759
pelo ministro Pombal.
1. a ocupação de quase todo o litoral brasileiro estava esboçada nos dois primeiros séculos da
colonização portuguesa.
3. a colônia de Sacramento era periodicamente alvo de ataque dos espanhóis de Buenos Aires,
enquanto se consolidava o povoamento do Rio Grande do Sul.
4. a configuração do território brasileiro, tal como hoje se verifica foi, em linhas gerais, definida
pelo Tratado de Madri no século XVII.
A) 1, 4 e 5.
B) 1, 2 e 5.
C) 2, 4 e 5.
D) 1, 2 e 3.
E) 2, 3 e 4.
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197. O Tratado de Madri (1750) pretendeu atender à disputa de territórios entre Portugal e
Espanha, representando também uma estratégia para melhor administrar os domínios ibéricos
na chamada região das Missões. A tentativa de impô-lo gerou uma guerra que, ao seu final,
terminou por definir o controle sobre as colônias que ocupavam a região dos Pampas. Esse
tratado
A) determinou a troca entre os sete povos das missões, no Uruguai, e a colônia de Sacramento,
no Brasil.
C) permitiu aos jesuítas exercer um domínio que se estendeu por toda a região do Prata.
198. A União Ibérica (1580-1640) caracterizou-se quando Filipe II invadiu Portugal com suas
tropas e assumiu a coroa portuguesa, unindo Portugal e Espanha.
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B) Neste período, o Tratado de Tordesilhas não teve nenhum efeito entre os limites territoriais
portugueses e espanhóis na América. Isto favoreceu o avanço português para o interior da
colônia.
C) O principal motivo da União Ibérica foi a tentativa da França de anexar a Espanha ao seu
território. A União do exército espanhol com o exército português conseguiu afastar esta
ameaça.
199. A primeira metade do século XVII em Pernambuco foi marcada pela invasão holandesa à
capitania. A presença holandesa em Pernambuco durou 24 anos, de 1630 a 1654. A invasão foi
motivada por vários fatores, dos quais podemos destacar
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200. Com a união das coroas de Portugal e Espanha, ocorreu o início do período chamado de
União Ibérica (1580-1640). A Holanda, que enfrentou diversas lutas contra a Espanha, exerceu
influência direta na colônia portuguesa na América, pois
A) passou a pilhar e saquear as feitorias na costa africana dominada pelos espanhóis, interessada
no comércio de escravos e de marfim, invadindo, também, as cidades de Santos e Salvador, no
Brasil.
B) o embargo espanhol representou prejuízos para os interesses holandeses no Brasil, uma vez
que participavam do comércio de produtos tropicais nacionais, principalmente do pau-brasil.
D) ocupou o nordeste brasileiro para evitar a criação de bases e feitorias espanholas, visando
quebrar o monopólio da rota da prata advinda das demais colônias e também minar o prestígio
internacional ibérico.
201. A Historiografia do Brasil registra várias revoltas e insurreições ‒ ações situadas no âmbito
do contexto social, político e econômico do Brasil colonial que expressavam a insatisfação dos
vários grupos sociais com os poderes instituídos. Assinale a opção que apresenta somente
movimentos ocorridos nesse período.
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A) Minas Gerais e Bahia se comunicavam ativamente para que seus movimentos ocorressem.
Tanto é verdade que Tiradentes se tornou herói nacional por lutar nas duas revoltas.
D) Um dos grandes motivos para que as revoltas ocorressem foi a Independência dos Estados
Unidos. Os revoltosos da Bahia e de Minas Gerais foram em comitiva para o país recém-
independente conseguir apoio para suas revoltas.
203. Entre as formas de resistência negra à escravidão, durante o período colonial brasileiro,
podemos citar:
C) a preservação de crenças e rituais religiosos de origem africana, que eram condenados pela
Igreja Católica.
E) a adoção da fé católica pelos negros, que lhes proporcionava imediata alforria concedida pela
Igreja.
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Além das mais conhecidas formas de resistência à escravidão como as fugas e os Quilombos,
a resistência cultural foi também de extrema importância durante o período em que vigorou
a escravidão no Brasil. Mesmo sendo batizados ao desembarcar no Brasil e obrigados a
participar das celebrações católicas, muitos escravos mantiveram tradições de seus locais de
origem como maneira de resistir ao processo de aculturação que lhes era imposto. Isso era
feito na maioria das vezes com a associação de divindades de origem africana com santos da
liturgia católica, porém não devemos esquecer da Revolta dos Malês que teve como
característica fundamental em sua organização a coesão de um grupo de escravos de fé
islâmica e que mantiveram as características fundamentais de sua religião sem abrir espaço
para a influência do catolicismo.
A) assistência aos negros que fugiam de seus senhores, providenciando alojamento e laços de
solidariedade para arrecadar fundos para sua alforria, através da realização de festas de devoção
aos seus santos padroeiros.
As irmandades coloniais eram espaços de auxílio mútuo entre seus membros, em casos de
saúde, falecimento, assistencialismo e arrecadação monetária.
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206. Assinale a alternativa correta sobre o papel social e econômico das cidades no período
colonial da América Portuguesa.
A) As cidades nunca tiveram um papel significativo na economia colonial, pois toda a riqueza
que interessava ao comércio português era de origem agrária. Dessa forma, as cidades eram
núcleos administrativos sem qualquer povoamento significativo, que só se tornaram alvo de
investimentos após a vinda da Família Real portuguesa.
C) Mesmo com papel econômico secundário, a partir dos séculos XVII e XVIII, algumas cidades
foram valorizadas com o aumento da participação da colônia no comércio ultramarino, em
especial após as políticas pombalinas de incentivo às Companhias de Comércio. Além de
possuírem órgãos administrativos e políticos, as cidades agregaram boa parte dos elementos
sociais da colônia, definindo em seus espaços as diferenças de gênero, raça e status social.
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Grande parte das cidades, no período colonial brasileiro, ficou em segundo plano porque o
poder político e econômico estava descentralizado, de certo modo, nas mãos dos
fazendeiros. Uma outra razão está em que o Brasil, na divisão internacional do trabalho,
dentro da perspectiva colonial, assumiu o papel de produtor e exportador de produtos
agrícolas. Algumas exceções: Rio de Janeiro – capital; Vila Rica, Diamantina – ouro e
diamantes.
207. A Inquisição Portuguesa, ou Tribunal do Santo Ofício de Portugal, que esteve nas mãos do
poder real, utilizou-se da coerção para obter a confissão de culpa. Uma vez condenado, um dos
rituais consistia na execução pública do acusado na fogueira como forma de purificação.
A) A Inquisição atuou mais contra os inimigos da pessoa do Papa do que sobre os inimigos da
Igreja.
B) A Inquisição durou em Portugal até meados do século XX, tendo sido abolida pelo Concílio
Vaticano II.
C) A Inquisição, por intermédio de seu braço papal, o Tribunal do Santo Ofício, poupava judeus
e muçulmanos da execução.
D) No Brasil, a Inquisição atuou por intermédio das Visitações detendo judeus, mulheres e
sodomitas, os quais eram julgados em Portugal.
E) O Tribunal do Santo Ofício, após as reformas religiosas ocorridas no século XIX, transformou-
se na Encíclica Rerum Novarum.
Somente a proposição [D] está correta. A questão remete a Santa Inquisição em Portugal. O
Tribunal do Santo Ofício ganhou força no contexto da Contrarreforma ou a Reforma Católica
em meados do século XVI. Ao longo do período colonial, o Brasil recebeu as Visitações, isto
é, a visita dos membros da Inquisição que detinham mulheres, judeus e sodomitas para
serem julgados em Portugal. Muitos morriam aguardando o julgamento em prisões
subterrâneas. A Bahia foi visitada entre 1591-1593 e Pernambuco entre 1593-1595. Os
cristãos novos (judeus convertidos ao cristianismo) foram importantes para a construção do
Brasil Colonial. As demais alternativas estão incorretas.
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O PROCESSO DE INTEDEPENDÊNCIA DO
BRASIL
208. O dia 21 de abril, data do enforcamento de Tiradentes, tornou-se feriado logo após a
proclamação da República. Durante o Império, no entanto, a lembrança do episódio da
Conjuração Mineira era incômoda, pois:
E) os dois imperadores do Brasil eram contrários aos impostos defendidos pelos inconfidentes.
A Inconfidência Mineira ocorreu no ano de 1789 e foi uma Revolta de caráter separatista em
relação à Metrópole Portuguesa. Defendia, dentre outros fatores, a adoção de um regime
republicano como forma de governo, em detrimento ao regime monárquico. Seus líderes
eram letrados e tinham predileção pelos ideais franceses da Revolução e do Iluminismo,
ambos do século XVIII.
Dentre tais líderes, temos o alferes Tiradentes, um dos poucos que advinha de uma parcela
mais baixa da sociedade e o único a ser condenado à morte, sob a pena de esquartejamento.
Tal punição, severamente aplicada, representava uma forma de coerção social, a fim de se
evitar que novas insurgências ganhassem corpo.
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O quadro de 1881, cujo título “Iracema” faz referência ao romance indianista homônimo
escrito por José de Alencar, em 1865, no qual a índia Iracema se apaixona pelo português
Martim, cujo fruto de seu relacionamento, Moacir, é considerado, na obra, o primeiro
brasileiro.
A tela, bem como a obra de Alencar, são exemplos claros do Romantismo brasileiro, no qual
o indivíduo retratado se refere a uma figura essencialmente brasileira (o índio), o qual
representa a nação brasileira e que deve, dessa forma, resgatar as origens e os ideais
nacionalistas.
B) a regência do príncipe D. Pedro, e seu reinado como Pedro I, são marcados pela manutenção
da hegemonia dos latifundiários e pelo esvaziamento do ideal republicano e do federalismo.
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A alternativa D também é falsa, pois a elite brasileira estava revoltada com a Corte
portuguesa por causa do aumento das taxas alfandegárias sobre as mercadorias importadas
da Inglaterra. Isso propiciou a D. Pedro I o apoio das elites brasileiras.
C) por conta da grande parcela de analfabetos entre pretos e mestiços, escravos e libertos não
discutiam as notícias e projetos políticos que circulavam no Brasil no início da década de 1820.
D) os grandes proprietários não viam com apreensão o fato de escravos e libertos interpretarem
a noção de Liberdade também como liberdade jurídica.
E) no início da década de 1820, a noção de Liberdade era interpretada de forma unívoca por
todos os grupos sociais da América portuguesa.
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A alternativa A é falsa, uma vez que a noção de Liberdade, em ato, não se equiparava à noção
de Igualdade, ou pelo menos não à noção de Igualdade para todos, de modo que a Igualdade
era restrita aos brancos, especialmente à elite branca, que formava, portanto, um novo
conceito de Liberdade para si.
A alternativa C é incorreta, uma vez que nos documentos do Primeiro Reinado e dos
primeiros anos da Regência, a tropa e o povo aparecem atuando decisivamente em todos os
episódios, pois a população pobre e desvalida estava sempre presente. Não como elemento
figurante, mas conduzindo conjunta e efetivamente os fatos, gritando palavras de ordem em
defesa de uns e de outros, verdadeiros motes que incitavam atitudes diferenciadas de acordo
com as circunstâncias.
A alternativa D também é incorreta, uma vez que o fato de escravos e libertos interpretarem
a noção de Liberdade também como liberdade jurídica tronou-se um temor entre os grandes
proprietários, que trataram de agir para que isso não fosse estabelecido.
A alternativa E também é incorreta, pois os grupos sociais eram muito bem definidos,
especialmente pela cor da pele, de modo que até mesmo a noção jurídica de Liberdade era
aplicada de forma diferente, não resumindo apenas em livre e escravo, havendo, por
exemplo, o ex-escravo ou o forro, que permanecia em um estatuto menor do que o livre.
(RIBEIRO, 2002).
Tendo em vista o contexto da Independência do Brasil e o sentido dado pela charge a esse
importante momento da história do Brasil, assinale a afirmativa correta.
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A) A Independência do Brasil foi um processo liderado, em grande parte, pelos grupos que mais
se beneficiaram com a ruptura dos laços coloniais, ou seja, latifundiários e comerciantes.
B) O principal objetivo da Independência era organizar o novo Estado Nacional Brasileiro sem
colocar em risco sua autonomia econômica, conseguida a longo prazo através do pacto Colonial.
D) A aparência liberal construída pela elite agrária, que apoiara D. Pedro I a romper os laços com
a metrópole lusitana, foi descoberta pela população, que logo empreendeu uma série de
movimentos sociais.
A alternativa A é a resposta certa. A vinda da família real para o Brasil, em 1808, agradou os
grandes proprietários de terra e comerciantes da colônia. Com o fim do pacto colonial as
elites brasileiras poderiam avolumar suas transações comerciais e ampliar significativamente
seus lucros.
A alternativa B é incorreta, pois o pacto colonial não dava autonomia à América Portuguesa,
uma vez que o sistema colonial definia que o comércio brasileiro só poderia ocorrer com
Portugal, ao passo que o pacto colonial foi quebrado com a ascensão do Brasil a Reino Unido
de Portugal e Algarves.
A alternativa D também é incorreta, pois a elite agrária brasileira que apoiara D. Pedro I na
Independência era mais conservadora do que liberal, havendo alguns liberais, mas o número
de conservadores era maior.
213. Com a vinda da corte portuguesa ao Brasil, em 1808, não só os portos se abriram para as
Nações Amigas, mas também as portas para a entrada de estrangeiros. [...] Comerciantes,
especialmente ingleses, artistas franceses e imigrantes, além de viajantes naturalistas de várias
regiões do Velho Mundo, têm permissão de estudar o que o país desconhecido parecia prometer
em novidades. Esses visitantes serão autores de um novo descobrimento do Brasil [...].
LISBOA, Karen Macknow. A Nova Atlântica de Spix e Martius: natureza e
civilização na Viagem pelo Brasil (1817-1820). São Paulo: Hucitec, 1997. p. 29.
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O texto refere-se aos viajantes como autores de um “novo descobrimento do Brasil” porque eles
teriam
Diversos viajantes vieram para o Brasil após 1808, acompanhando ou seguindo a Família Real
portuguesa. A maioria desses viajantes, como Antonil, Graham e Debret, transformou seus
escritos e anotações em livretos, que passaram a circular pela Europa, mostrando aos
europeus como era o Brasil daquela época.
214. O Brasil assistiu, nos últimos meses de 1822 e na primeira metade de 1823,
B) ao esforço do imperador para impor seu poder às províncias que não haviam aderido à
Independência.
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A história do livro citado se passa no Rio de Janeiro do início do século XIX e a obra foi
publicada, em forma de folhetim, originalmente, na década de 1850. Logo, esse período de
tempo engloba a Independência do Brasil e a formação do Estado nacional brasileiro.
216. Neste país, que se presume constitucional e onde só deverão ter ação poderes delegados,
responsáveis, acontece, por defeito do sistema, que só há um poder ativo onímodo, onipotente,
perpétuo, superior à lei, e à opinião, e esse é justamente o poder sagrado, inviolável e
irresponsável. (Trecho do Manifesto Republicano, publicado no Jornal A República, do Rio de
Janeiro, em dezembro de 1870.)
D) ao estado de corrupção e fraudes que envolvia D. Pedro II e grande parte de seus assessores.
E) aos prejuízos econômicos do país nas negociatas que D. Pedro II realizou com a Inglaterra.
A questão faz uma crítica ao poder moderador instituído na constituição brasileira de 1824.
De acordo com este poder, o imperador poderia interferir nas demais esferas de poder, ou
seja, o regime era uma monarquia constitucional, mas com uma fachada absolutista. Esta
constituição foi muito centralizadora desagradando às elites locais. No mesmo ano em que a
carta foi outorgada, ocorreu a Confederação do Equador em Pernambuco com caráter
separatista e republicano.
Muitas críticas foram feitas a este documento como sugere o Manifesto Republicano de
1870.
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217. A partir da segunda metade do século XIX, vários intelectuais, escritores, jornalistas e
políticos discutiam a relação existente entre a utilização da mão de obra escrava e a questão do
desenvolvimento nacional. Enquanto as nações europeias se industrializavam e buscavam
formas de ampliar a exploração da mão de obra assalariada, o Brasil se afastava desses modelos
de civilidade ao preservar a escravidão como prática rotineira.
A campanha abolicionista ganhou força nacional, mas ainda encontrava alguns obstáculos, tais
como:
D) o apoio dos senhores de engenho para a abolição, principalmente do setor açucareiro, devido
à mecanização da agricultura nordestina.
A questão aponta para um grande debate que se estabeleceu no Brasil ao longo do século
XIX. A discussão era sobre a utilização da mão de obra escrava e o desenvolvimento
econômico nacional.
218. ...uma Constituição não é outra coisa que a ata do Pacto Social que fazem entre si os
homens, quando se juntam e associam para viver em reunião ou sociedade.
(Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo Caneca. Citado por Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota
in História do Brasil: uma interpretação).
B) Sabinada;
C) Cabanagem;
D) Balaiada;
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E) Confederação do Equador.
( ) Os revoltosos propunham a organização de uma república nos moldes dos Estados Unidos da
América.
( ) A adesão dos segmentos populares foi fundamental para unir todos os revoltosos.
A) F, V, V, V, F.
B) V, F, F, V, V.
C) V, F, F, V, V.
D) V, V, V, F, F.
A quarta afirmação é falsa, porque a Confederação era, originalmente, popular. Esse, aliás,
era seu grande diferencial;
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A) promovia uma relativa descentralização do poder, uma vez que o regente deveria ser eleito
pelo povo.
C) facilitava a manutenção de um vasto território nas mãos dos chefes de Estado e dos
proprietários rurais.
A) Apenas II.
B) Apenas I e II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
A questão se refere à primeira constituição do Brasil, outorgada em 1824. Por meio dela o
Brasil tornou-se um Estado unitário, monárquico e hereditário, com voto direto, censitário
(de acordo com a renda) e aberto. Estabeleceu o Padroado e o Beneplácito, ou seja, a Igreja
católica era submissa ao Estado. Não havia independência da Igreja diante do Estado, isto
surgiu apenas na constituição brasileira de 1891.
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222. A história da construção do Estado brasileiro na primeira metade do século XIX foi a história
da tensão entre unidade e autonomia. Por outro lado, no interior do Estado, de elites com fortes
vínculos com os interesses de sua região de origem e ao mesmo tempo comprometidas com
uma determinada política nacional, pautada pela negociação destes interesses e pela
manutenção da exclusão social, marcou não apenas o século XIX, como também o século XX.
Através do parlamento essas elites regionais têm imposto uma determinada dinâmica para o
jogo político que se materializa na imensa dificuldade de empreender reformas sociais
profundas.
Dolhnikoff, Miriam. O pacto imperial. As origens do federalismo no Brasil. São Paulo: Globo,
2005, p. 11-12.
A) a história brasileira é marcada por práticas de tolerância política acentuadas nas últimas
décadas com a redemocratização do país.
B) o parlamento é a única instituição política imune aos interesses e ao controle das elites
regionais brasileiras.
D) a dinâmica política do Estado nacional se constituiu com base em negociações entre as elites
regionais e a exclusão social de outros setores.
A autora, no trecho citado, salienta o caráter elitista da vida política brasileira, com arranjos
que excluíam a participação popular no processo político. O próprio fato de que durante
parte considerável do Império (século XIX) o voto era censitário, restrito a uma limitadíssima
parcela mais rica da população, reforça essa característica que a República não reverteu de
imediato.
Aspectos como o voto de cabresto e os currais eleitorais, típicos da República Velha, mostram
exatamente esse predomínio das elites locais no uso da política em benefício apenas de seus
interesses.
223. Em setembro de 1822, o príncipe regente Dom Pedro proclamou a separação do Brasil em
relação ao reino de Portugal. Sobre a independência do Brasil é correto afirmar:
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C) Modificou o país, pois a Lei de Terras propiciou um maior acesso à terra pela população.
D) Não chegou a modificar o país concretamente, pois as ideias de fim de escravidão e de adoção
de uma política agrária para o país não foram cumpridas, como queriam os cafeicultores.
E) Representou um avanço social, pois o país passou a ser governado por uma família real cuja
mentalidade era abolicionista.
224. Era “exclusivo do imperador e definido pela Constituição como ‘chave mestra de toda
organização política’. Estava acima dos demais poderes”.
(COTRIM, 2009)
A) Moderador.
B) Justificador.
C) Executivo.
D) Judiciário.
E) Legislativo.
O Poder Moderador foi uma criação da Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, e
dava ao imperador o controle sobre as estruturas políticas e judiciais do país, caracterizando
seu governo como centralizador e autoritário.
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A 1ª Constituição do Brasil foi outorgada (imposta) por Dom Pedro I. Esta Carta Constitucional
organizava os poderes de Estado em 4: Judiciário, Legislativo, Executivo, além do Poder
Moderador. Este era exclusivo do Imperador, sendo considerado a “chave-mestra” de toda
a organização da política do Império. Este poder permitia ao Imperador intervir em todos os
demais poderes do Estado.
C) instituir o voto universal, secreto, obrigatório, para maiores de 18 anos, independente de ser
alfabetizado ou não.
E) decretar o fim da escravidão, além de definir direitos, como a propriedade de terras, para os
indígenas e seus descendentes que ainda viviam no Brasil.
Somente a alternativa [A] está correta. A independência do Brasil ocorreu em 1822 e o país
necessitava de uma constituição. Em 1823 foi criada a Assembleia Nacional Constituinte para
elaborar o projeto constitucional. Porém o projeto da mandioca não agradou o imperador D.
Pedro I que dissolveu a Assembleia. Desta forma, a constituição de 1824 foi outorgada, ou
seja, imposta para o país. As demais alternativas estão incorretas. A Confederação do
Equador ocorreu em Pernambuco logo após a constituição. O voto não era secreto. Havia
quatro poderes sendo o quarto poder chamado de “Moderador”. A escravidão só foi abolida
em13 de Maio de 1888.
227. A liberdade política exige lutas e enfrentamentos, muitas vezes, violentos. Em Pernambuco,
a insatisfação da população levou à organização da Confederação do Equador, logo depois de
1822.
C) reforçar a centralização política, sem, contudo, alterar a Constituição de 1824 e suas normas
básicas.
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O SEGUNDO REINADO
228. De 1854 a 1858, foram construídas as primeiras linhas telegráficas e de navegação e as
primeiras estradas de ferro, a iluminação a gás chegou às cidades, e o número de escolas e de
estabelecimentos de instrução começou a crescer. A urbanização da capital passava por uma
revolução. Nos locais de maior acesso foram sendo edificados palácios, jardins públicos e amplas
avenidas. Ao longo do século XIX, a corte obteve, ainda, outras melhorias: arborização,
calçamento com paralelepípedo, iluminação a gás, bondes puxados a burro, rede de esgoto e
abastecimento domiciliar de água.
A partir do trecho, é correto afirmar que uma das principais características do Brasil no século
XIX era:
A) a oposição entre uma economia rural, desconectada das economias centrais do capitalismo,
e o processo de modernização dos centros urbanos.
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O excerto trazido nos apresenta uma das principais caraterísticas do Brasil oitocentista, o
qual procurava estabelecer um projeto de modernização e civilização das principais cidades
brasileiras, no que diz respeito à comunicação, iluminação, meios de transporte e
crescimento dos estabelecimentos de ensino, rede de abastecimento domiciliar de água,
dentre outros fatores.
A arquitetura da Estação da Luz e o contexto em que foi construída permitem que se estabeleça
uma relação entre:
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Tal estrada facilitaria a exportação do café para países da Europa e para os Estados Unidos.
Foi a responsável, também, pelo escoamento do café produzido no Oeste paulista até o Porto
de Santos.
Construída pela companhia inglesa “São Paulo Railway”, foi idealizada sob a estética
vitoriana, sendo que o Barão de Mauá foi o responsável por angariar a tecnologia e o capital
vindos da Inglaterra para o Brasil, contribuindo significativamente para o desenvolvimento
econômico brasileiro a partir da exportação cafeeira.
230. A Estrada de Ferro São Paulo Railway pôs fim ao isolamento do planalto paulista, rompendo
as dificuldades de transpor a grande inclinação da Serra do Mar, facilitando o transporte de
mercadorias e o contato cultural e comercial com a Europa por meio do Porto de Santos.
B) tornar viável a importação de mercadorias por São Paulo, que até então só recebia produtos
importados que entrassem no país pelo Rio de Janeiro.
C) facilitar o transporte do café do Vale do Paraíba para o porto de Santos, de onde seria
exportado para a Europa.
D) garantir aos trabalhadores imigrantes vindos da Europa que tivessem acesso livre e direto às
fazendas de café do interior e às fábricas da capital.
E) escoar o café produzido na região do então chamado “Oeste paulista”, para onde a
cafeicultura tinha se expandido recentemente.
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Neste cenário, a inserção da atividade cafeeira no Brasil obteve grande sucesso, sobretudo
na década de 1870, quando a economia paulista experimentava um desenvolvimento com
proporções nunca antes vistas. Assim, o café, em sua expansão para o Oeste paulista,
transpôs Campinas e alcançou Ribeirão Preto e Jaú.
O texto supracitado diz respeito à construção da Estrada de Ferro São Paulo Railway, a qual
ligava o município de Santos a Jundiaí, tendo como ponto de passagem a cidade de São Paulo.
Cruzava as cidades de Cubatão, Santo André (Paranapiacaba), Rio Grande da Serra, Ribeirão
Pires, Mauá, novamente Santo André (área central) e São Caetano do Sul até chegar à capital
paulista. Foi a responsável por escoar o café produzido no Oeste paulista até o Porto de
Santos, o qual exportaria o produto para a Europa e EUA.
231. [Foi] uma das revoltas que evidenciaram, no período regencial, as crises que marcaram a
organização do país independente, mobilizando a província do Rio Grande de São Pedro e
alcançando Santa Catarina, entre 1835 e 1845. (...) À diferença da repressão da maioria das
rebeliões do período regencial, nas quais a participação popular e dos grupos médios urbanos
foi expressiva, o governo imperial assumiu, nesse caso, postura que aliou negociação e
repressão.
O fragmento apresenta a
A) Confederação do Equador.
B) Farroupilha.
C) Sabinada.
D) Balaiada.
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Com a baixa nos impostos do charque estrangeiro para a importação ao Brasil, sobretudo
vindo do Paraguai, a elite rio-grandense, que já se encontrava insatisfeita, passou a se unir
contra o Império.
Em 1835, portanto, teve início a Farroupilha, que uniu negociações e conflitos armados entre
os defensores do Império e os que defendiam a proclamação da República. Dentre os grandes
nomes da liderança farroupilha, temos o brasileiro Bento Gonçalves e o italiano Giuseppe
Garibaldi, este último tendo aderido ao movimento ao entrar em contato com o brasileiro.
A) ao documento aprovado pelo Parlamento Inglês em 1845 que declarava lícito deter e capturar
navios que traficassem escravos africanos.
B) ao acordo firmado entre Portugal e Inglaterra em 1864 para pôr fim à escravidão nas colônias
portuguesas no prazo de dez anos.
C) ao conjunto de regras que previram o fim paulatino da escravidão nos Estados Unidos da
América como resultado do acordo de paz que pôs fim à guerra de Secessão.
D) ao tratado firmado entre quatro países europeus no ano de 1870 dando liberdade aos filhos
de escravos nascidos a partir de então, nas suas colônias.
A alternativa A é a resposta certa. Bill Aberdeen refere-se a uma lei aprovada pelo
parlamento britânico em março de 1845 e que concedia ao Almirantado Inglês o direito de
aprisionar navios negreiros (navios que transportavam escravos capturados no continente
africano), que realizassem o transporte de cativos da África para as Américas, incluindo-se aí
inclusive os casos de navios em águas territoriais brasileiras.
A alternativa B é falsa, pois não houve acordo firmado entre Portugal e Inglaterra em 1864
para pôr fim à escravidão nas colônias portuguesas no prazo de dez anos.
A alternativa C também é falsa, ao passo que o processo que pôs fim a escravidão nos EUA
se iniciou antes da Bill Aberdeen, sendo que desde 1808 já era proibido o comércio de
escravos para os norte-americanos, mas os estados do Sul estadunidense continuaram com
a mão de obra escrava, o que culminou numa guerra civil entre 1861 e 1865.
A alternativa D também é falsa, de modo que o fato histórico que se aproxima da afirmação
proposta é a Lei do Ventre Livre, de 1871, também conhecida como Lei Rio Branco, que
propunha, a partir da data de sua promulgação, a concessão da alforria às crianças nascidas
de mulheres escravizadas no Império do Brasil.
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A alternativa E também é falsa, pois nunca houve tal declaração e, na verdade, a Declaração
Universal dos Direitos Humanos, publicada em 1948, delineia os direitos básicos e as
liberdades fundamentais do ser humano.
B) implantou vasta mão de obra no mercado de trabalho que substituiu a mão de obra imigrante.
E) ocorreu por decisão isolada da corte, sem pressão da população ou de parte da elite
nacional.
A alternativa B é falsa, pois antes mesmo do fim da escravidão muitos donos de escravos já
estavam substituindo a mão de obra cativa pela mão de obra assalariada, principalmente de
imigrantes europeus que vieram para trabalhar nas plantações de café. Com o fim da
escravidão, essa substituição se intensificou, especialmente porque havia uma crença racista
de que a mão de obra branca seria melhor e mais produtiva do que a negra.
A alternativa C também é falsa, pois não houve política de inserção social dos ex-escravos. A
maioria deles viveram na mais completa miséria, sem trabalho, sem moradia, sem o que
comer, e malvistos pela sociedade. Aqueles que moravam nas cidades ou que saíram do
campo e foram para as cidades em busca de melhores condições, também não tiveram
recursos, sendo excluídos e marginalizados, de onde surgiram as primeiras favelas.
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A primeira medida tomada efetivamente foi a Lei Eusébio de Queirós (1850), que proibiu de
vez o tráfico através do Oceano Atlântico para o Brasil. Já vinte anos mais tarde foi a Lei do
Ventre Livre (1871), que declarou livres os nascidos no Brasil, criando um desconforto com
os cafeicultores do Vale do Paraíba, base importante de apoio ao governo.
Próxima à Lei Áurea, decretou-se a Lei dos Sexagenários (1885), que libertou os escravos com
mais de sessenta anos. Todas essas medidas, de alguma maneira, anunciavam o fim da
escravidão.
A alternativa E é incorreta, ao passo que o processo que levou à abolição da escravatura foi
motivado por pressões populares, por intelectuais, magistrados e militares, estes
especialmente após terem lutado ao lado de muitos escravos durante a Guerra do Paraguai
(1864-1870).
234. Os escravos, obviamente, dispunham de poucos recursos políticos, mas não desconheciam
o que se passava no mundo dos poderosos. Aproveitaram-se das divisões entre estes,
selecionaram temas que lhes interessavam do ideário liberal e anticolonial, traduziram e
emprestaram significados próprios às reformas operadas no escravismo brasileiro ao longo do
século XIX.
REIS, J. J. Nos achamos em campo a tratar da liberdade: a resistência negra no Brasil oitocentista.
In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000).
Ao longo do século XIX, os negros escravizados construíram variadas formas para resistir à
escravidão no Brasil. A estratégia de luta citada no texto baseava-se no aproveitamento das:
O texto deixa claro que uma das formas de resistência escravista era o aproveitamento, por
parte dos escravos, dos conflitos políticos entre a elite brasileira, com vista a buscar a
liberdade.
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235.
Art. 1º – O cidadão guarda-nacional que por si apresentar outra pessoa para o serviço do Exército
por tempo de nove anos, com a idoneidade regulada pelas leis militares, ficará isento não só do
recrutamento, senão também do serviço da Guarda Nacional. O substituído é responsável por o
que o substituiu, no caso de deserção.
A) forma como o Exército brasileiro se tornou o mais bem equipado da América do Sul.
D) envio de escravos para os conflitos armados, visando sua qualificação para o trabalho.
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E) Fato de que muitos escravos passaram a substituir seus proprietários em troca de liberdade.
237. Sobretudo compreendam os críticos a missão dos poetas, escritores e artistas, neste
período especial e ambíguo da formação de uma nacionalidade. São estes os operários
incumbidos de polir o talhe e as feições da individualidade que se vai esboçando no viver do
povo. O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba pode falar com igual
pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o damasco e a nêspera?
O texto do escritor José de Alencar está vinculado ao Segundo Reinado, 1840-1889. José de
Alencar, 1829-1877, é considerado um precursor do Romantismo no Brasil. Em suas obras
procurou valorizar a língua falada no Brasil no cotidiano das pessoas, as particularidades da
língua portuguesa. Daí o autor afirma que “o povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e
a jabuticaba pode falar com igual pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a
pera, o damasco e a nêspera?”.
Juiz de Fora progredia. A população subia, andava aí pelos doze a treze mil habitantes –
imaginem! Treze mil! e essa densidade exigia progresso. Esse começara em 1870 com a
inauguração dos telégrafos. Logo depois viriam os trilhos da Estrada de Ferro D. Pedro II. Em
1885 a cidade começa a ser dotada de encanamentos e de água a domicílio. No mesmo ano as
casas passam a ser numeradas. Em 1886, grande animação com uma Exposição Industrial que
reflete a pujança do município. (...) Meu avô teve certa pena de não terminar os serviços que
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NAVA, Pedro. Baú de ossos – memórias 1; 5ª. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1978, pp. 200-
201.
I. A nacionalização da língua falada no Brasil e a busca por uma literatura brasileira autônoma
foram tarefas assumidas pelos escritores ligados ao Romantismo, entre os quais se destacam
Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e José de Alencar.
II. A expressão “Brasil, ame-o ou deixe-o” foi difundida durante o governo de D. Pedro I como
propaganda contra os ideais restauradores do Partido Português, que defendia o retorno do
Brasil à condição de Vice-Reino de Portugal.
III. Um dos traços marcantes do modernismo dos anos 1920 foi propor um nacionalismo crítico
em que se conjugava a tradição cultural do Brasil com as vanguardas artísticas europeias,
enfatizando a mestiçagem e o caráter híbrido da formação nacional brasileira.
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e III.
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D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
A afirmativa [II] está incorreta porque a expressão “Brasil, ame-o ou deixe-o” foi cunhada
pelo governo militar brasileiro, durante a Ditadura Militar.
A charge ironiza o dístico “ordem e progresso”, presente na atual Bandeira do Brasil. A sua
origem e significado remetem a um contexto marcado
B) pela influência do positivismo francês entre os oficiais militares republicanos e uma postura
ideológica das elites dirigentes em evitar radicalismos políticos.
C) pelo desejo dos oficiais militares republicanos em romper os laços com a sociedade agrária
imperial, inspirando-se no liberalismo norte-americano.
D) pelo esforço das elites agrárias paulista e mineira em manter os seus privilégios sociais e
políticos, mas, ao mesmo tempo, buscando o progresso econômico.
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete ao conflito que ocorreu no Segundo
Reinado, entre a farda e o paletó, ou seja, entre militares e os políticos. Após a Guerra do
Paraguai, 1865-1870, os militares brasileiros adotaram ideias abolicionistas, republicanas e
positivistas. A ideia era conciliar “Ordem” e “Progresso”. A monarquia entrou em declínio
perdendo suas bases de apoio. A monarquia foi abandonada. Os militares ganharam
consciência de grupo, de corporação e, proclamaram a República em 15 de novembro de
1889.
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Somente a proposição [A] está correta. A questão remete ao Segundo Reinado, 1840-1889,
em especial, à crise e a o fim da monarquia no Brasil. A partir da segunda metade do século
XIX o Brasil passou por transformações na economia devido ao café e à Revolução Industrial.
Ferrovias, indústrias e a transição do trabalho escravo para o trabalho livre assalariado
compõem este cenário de modernização econômica do Brasil. Surgiram leis vinculadas à
escravidão como a Lei Euzébio de Queirós de 1850 que proibiu o tráfico de escravos, a Lei do
Ventre Livre de 1871, a Lei dos Sexagenários de 1885 e a Lei Áurea de 13 de maio de 1888
que aboliu a escravidão no Brasil.
Esta última lei não indenizou os proprietários de escravos que, por consequência,
abandonaram a monarquia.
242. O fato de ser a única monarquia na América levou os governantes do Império a apontarem
o Brasil como um solitário no continente, cercado de potenciais inimigos. Temia-se o surgimento
de uma grande república liderada por Buenos Aires, que poderia vir a ser um centro de atração
sobre o problemático Rio Grande do Sul e o isolado Mato Grosso. Para o Império, a melhor
garantia de que a Argentina não se tornaria uma ameaça concreta estava no fato de Paraguai e
Uruguai serem países independentes, com governos livres da influência argentina.
Segundo o texto, uma das preocupações da política externa brasileira para a região do Rio da
Prata, durante o Segundo Reinado, era:
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243. Em 1850, por meio da Lei Eusébio de Queiroz, o tráfico de escravos para o Brasil foi proibido
definitivamente. Sobre a importação de escravos e sua proibição, assinale a alternativa
CORRETA.
A) A Lei Eusébio de Queiroz foi uma resposta à pressão estrangeira, principalmente exercida
pela França sobre o Brasil, após a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
B) O fim do tráfico de escravos baseou-se em mais uma lei sem aplicação no Brasil, pois quando
ela foi promulgada, já não existia mais escravidão no país.
C) O fim do tráfico foi resultado dos crescentes movimentos armados empreendidos pelos
escravos brasileiros.
D) A proibição do tráfico de escravos para o Brasil não surtiu efeito, pois o trabalho realizado
por eles já não era economicamente relevante.
E) A Lei Eusébio de Queiroz levou ao aumento do comércio interno e do preço dos escravos
entre as regiões Nordeste e Sudeste do Brasil.
Somente a proposição [E] está correta. A questão remete à lei Eusébio de Queiroz aprovada
no Brasil em 1850. Esta lei proibiu o tráfico de escravos para o Brasil. Devido ao café, havia
uma grande demanda por mão de obra, assim, ocorreu um comércio interprovincial de
escravos e, ao mesmo tempo, aumentou o preço cobrado pelo escravo. Neste contexto,
intensificou a imigração para o Brasil.
244. A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864, a partir da ambição do ditador
Francisco Solano Lopes, que tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e obter uma
saída para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata.
A) acarretou para o Brasil uma redução considerável em sua dívida externa, bem como uma
crescente influência política e social do Exército na política vigente.
B) ocorreu a união entre Brasil, Argentina, Uruguai e Bolívia, para combater as tropas de Solano
Lopes e acabar com seu sonho de chegar ao Oceano Atlântico através da Bacia do Prata.
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D) acarretou a destruição para a indústria paraguaia, que ficou arrasada após a guerra.
A questão faz referência à Guerra do Paraguai e suas desastrosas consequências para a nação
Guarani, a grande derrotada neste conflito. Formou-se a Tríplice Aliança entre Brasil,
Argentina e Uruguai contra o Paraguai governado pelo ditador Solano Lopes. Com a derrota
do Paraguai, o país foi destruído economicamente perdendo grande parte da população
economicamente ativa.
245.
A pintura histórica alcançou no século XIX importante lugar no projeto político do Segundo
Reinado. Esse gênero artístico mantinha intenso diálogo com a produção do Instituto Histórico
e Geográfico Brasileiro. Por meio da pintura histórica, forjou-se um passado épico e
monumental, em que toda a população pudesse se sentir representada nos eventos gloriosos
da história nacional. O trabalho de Araújo Porto-Alegre como crítico de arte e diretor da
Academia Imperial de Belas Artes possibilitou a visibilidade da pintura histórica com seus
pintores oficiais, Pedro Américo e Victor Meirelles.
Como o texto deixa claro, “por meio da pintura histórica, forjou-se um passado épico e
monumental, em que toda a população pudesse se sentir representada”. Logo, as pinturas
eram usadas para fortalecer a identidade nacional.
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246. “Episódio que em princípio deveria ter marcado a memória popular foi a Proclamação da
República. Mas não foi o que aconteceu [...]. A participação popular foi menor do que na
proclamação da independência.”
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 17ª edição, Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2013, p. 80-81. (Adaptado)
Entre os principais grupos sociais, envolvidos na articulação do referido evento, destacam-se os:
A) empresários e imigrantes.
B) industriais e camponeses.
C) operários e intelectuais.
D) banqueiros e religiosos.
E) fazendeiros e militares.
A despeito da participação popular, nossa República foi proclamada a partir da ação dos
grandes fazendeiros (insatisfeitos com o governo devido à abolição da escravatura) e dos
militares (insatisfeitos com a falta de participação política e influenciados pelos ideais
republicanos europeus).
247. “Como resultado desse mecanismo, houve, em um governo de cinquenta anos, a sucessão
de 36 gabinetes, com a média de um ano e três meses de duração cada um. (...) Tratava-se de
um sistema flexível que permitia o rodízio dos dois principais partidos no governo, sem maiores
traumas. Para quem estivesse na oposição, havia sempre a esperança de ser chamado a
governar. Assim, o recurso às armas se tornou desnecessário”.
Boris Fausto. História do Brasil. 13ª ed. São Paulo: EDUSP, 2008, pp.179-180
O texto refere-se:
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Somente a proposição [B] está correta. A questão remete ao Segundo Reinado, 1840-1889.
Foi o longo governo de D. Pedro II. Este assumiu o trono com quinze anos incompletos após
o caos político e social do Período Regencial, 1831-1840. O retorno da monarquia era visto
por muitos como a possibilidade de restaurar a ordem social. O jovem imperador consolidou
a ordem aristocrática-latifundiária-escravista e criou o Parlamentarismo no Brasil em 1847
inspirado no modelo Inglês para buscar a estabilidade política através da acomodação no
poder de representantes dos partidos Liberal e Conservador. Daí a sucessão de 36 gabinetes,
um verdadeiro rodízio político entre os dois partidos. Vale lembrar que os dois partidos
“eram farinha do mesmo saco”, ou seja, não havia tantas diferenças ideológicas entre eles.
248. Na Itália, na 2ª metade do século XIX, a escassez de carne e o excesso de polenta na dieta
alimentar ocasionaram grande número de casos de desnutrição e de pelagra, sinais de grave
crise econômica que afetava muito o setor camponês. Essa situação articulou-se com a seguinte
realidade brasileira, na mesma época:
E) a expulsão dos colonos das terras do Sudeste e o favorecimento de nova mão de obra para
gerir a pequena e média propriedade rural.
Durante o Segundo Reinado brasileiro, devido à queda na importação de escravos (por conta
da proibição do tráfico intercontinental), o governo brasileiro passou a incentivar a vinda de
imigrantes para trabalhar nas lavouras de café. Coincidentemente, como mostra o texto, a
Itália, nessa época, passava por um período de crise econômica, o que propiciou a vinda de
muitos italianos para o Brasil.
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249.
A charge sobre o período da guerra do Paraguai demonstra o claro preconceito dos autores da
charge contra os soldados brasileiros negros que lutaram na Guerra do Paraguai. Sobre o
alistamento de soldados para essa guerra é CORRETO afirmar que:
C) Apesar da promessa de alforria para os que lutaram na Guerra do Paraguai, a lei não foi
cumprida.
E) Apesar de a charge retratar os brasileiros, o número de soldados negros do Brasil foi muito
reduzido em comparação aos negros argentinos e uruguaios.
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete a Guerra do Paraguai, 1865-1870.
A Guerra do Paraguai aconteceu dentro do Segundo Reinado, 1840-1889. Neste período
estava ocorrendo a transição do trabalho escravo para o trabalho livre assalariado com a
chegada dos imigrantes europeus. O nordeste brasileiro estava em grave crise econômica
desde a crise açucareira ocorrida no final do século XVII. Desta forma, a Guerra do Paraguai
foi utilizada pela elite branca e racista do Brasil para fazer uma limpeza étnica com
alistamento dos negros para lutar na Guerra do Paraguai. Ao compor o exército brasileiro, os
negros eram alforriados dos seus senhores. As demais alternativas estão incorretas.
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A) pela redução do deficit público com o corte de gastos em algumas áreas sociais, como a
educação.
E) pela aplicação de medidas liberais, tais como o congelamento dos salários para evitar o
aumento da inflação.
O Estado Novo foi a ditadura varguista entre 1937 e 1945. Era inspirado no fascismo europeu,
principalmente em Portugal de Salazar e a Itália de Mussolini: Ditaduras, governos
centralizados, uso intenso da propaganda política, manipulação do sistema de educação,
forte intervencionismo estatal (antiliberais na economia). Sua política econômica procurou
aumentar o poder do Estado, e estimular a modernização a partir de estatais, principalmente
na indústria de base, em empresas como CSN-Companhia Siderúrgica Nacional e CVRD-
Companhia Vale do Rio Doce. Apesar da manipulação, inserindo a imagem de Vargas em
todos os livros e fazendo apologia ao líder, a educação recebeu fortes incentivos, e já existia
o MEC. Tudo que diz respeito ao liberalismo econômico ou político, permite anular as
proposições como a [A] e a [E]. Entre os órgãos reguladores criados por Vargas, podemos
citar o CNP-Conselho Nacional do Petróleo, de 1939, mas tome cuidado, pois a Petrobrás
somente foi criada em 1953, em seu governo democrático.
251. Observe o quadro O lavrador de café, pintado por Candido Portinari, em 1934.
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A pintura traz informações sobre a história do Brasil, ao mesmo tempo em que exprime uma
perspectiva social, presente nas disputas políticas dos anos 30 do século passado, que
Cândido Portinari (1903-1962) foi um pintor paulista muito famoso por suas obras voltadas
ao homem. Em suas obras, o pintor brasileiro procurava apresentar ao grande público a força
de sua temática social. Ainda que este seu lado seja menos conhecido, Portinari também
procurava colocar em suas obras alguns dos elementos das reminiscências de infância na sua
terra natal: os meninos da cidade de Brodowski, com as suas brincadeiras, danças, cantos; o
circo; os namorados; os camponeses. De forma geral, retratava o ser humano em situações
de ternura, solidariedade e paz.
Pela importância de sua produção estética e pela sua atuação consciente na vida cultural e
política brasileira, Cândido Portinari alcançou reconhecimento dentro e fora do país, sendo
um dos mais importantes artistas brasileiros e um dos maiores do mundo.
No que diz respeito, precisamente, à pintura trazida na questão, O lavrador de café, a análise
que pode ser feita deve levar em consideração o período em que ela foi produzida (década
de 1930, precisamente no ano de 1934), e o que tal obra representa para o período.
Mais um elemento presente no quadro é o trem, colocado entre os pés de café e os montes
de grãos, reforçando, aí, a ideia de modernização do país através da força do trabalho. Sabe-
se que o trem era o principal meio de transporte utilizado na época para enviar a produção
cafeeira até a cidade de Santos, responsável por exportar o café a diversos países, sobretudo
aos Estados Unidos.
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Neste sentido, Portinari contribuiu de forma significativa com a arte brasileira, mas não
somente com ela: ele foi um dos responsáveis por retratar a figura do trabalhador brasileiro,
realçando aspectos discriminatórios da sociedade, as divergências entre classe trabalhadora
e grandes proprietários rurais e, finalmente, também foi responsável por apresentar a
organização da produção agrícola brasileira, mas sempre valorizando o homem trabalhador
em suas obras.
(Fontes: http://www.portinari.org.br/#/pagina/candido-
portinari/apresentacao; https://arteeartistas.com.br/o-lavrador-de-cafe-candidoportinari/;
https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/lavrador-de-cafe-candido-
portinari/).
252. Leia a seguir o trecho retirado do jornal O Estado de S. Paulo publicado no dia 8 de maio de
1945, à época da rendição da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial:
“Comemorando a paz que afinal foi conquistada, as nossas populações, pelo muito que fizeram,
hão de sustentá-la, ao lado de outros povos, com todas as suas forças e inteligência, para que o
sangue generoso da mocidade, derramado nas batalhas, tenha sempre a significação que hoje
todos lhe reconhecemos: o fim da opressão e o começo da liberdade, cuja existência se deve a
milhões de homens, mulheres e crianças sacrificadas.”
O trecho evidencia um dos fatores que contribuiu para a crise do Estado Novo, corretamente
identificado como:
E) a corrosão do apoio a Vargas devido à sua aliança formal com o campo fascista.
Tal aspecto se refere, portanto, ao contraste entre as políticas externa e interna de Getúlio
Vargas, as quais contribuíram, de forma significativa, para a própria crise dentro do Estado
Novo.
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Neste sentido, é importante compreender que a notícia contrapõe alguns dos próprios
modos de agir no Brasil ao longo dos anos ditatoriais: opressão, censura, perseguições
políticas, assassinatos, características então presentes no Brasil entre 1937 e 1945.
Pode-se concluir, dessa forma, que a posição do governo brasileiro, sob a presidência de
Vargas, em relação aos conflitos e ao cenário europeu no final da Segunda Guerra (1945) são
contrastantes e deixam em evidência os motivos de seu declínio.
É possível relacionar esse cartaz à disputa política em torno da criação da Petrobras, em que se
opunham:
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Tal situação colocou em contradição dois grandes partidos políticos, o PTB (Partido
Trabalhista Brasileiro), de tendência nacionalista e liderado por Getúlio Vargas, e a UDN, de
caráter mais liberal e que se mostrava fortemente contrário ao caráter estatal da Petrobras.
Nesta disputa política acerca da criação da Petrobras, o grupo vitorioso foi aquele liderado
por Vargas, fundando a estatal que possuía, portanto, a exclusividade na extração, refino e
transporte do petróleo nacional.
254. (...) foi o primeiro veículo de comunicação a chegar às residências e aos locais de trabalho.
Por causa de seu enorme impacto no dia a dia dos brasileiros, Getúlio impôs o controle das
informações transmitidas (…) durante o Estado Novo. Nem tudo podia ser dito, e a forma de dar
a notícia também era pensada com cuidado, para evitar que a voz da oposição chegasse aos
brasileiros. Interesses políticos e comerciais sempre interferiram nos meios de comunicação.
A) Rádio.
B) Televisão.
C) Jornal.
D) Revista.
E) Telefone.
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A alternativa B é falsa, pois foi só em 1950 que a televisão chegou ao Brasil, trazida pelo
jornalista e empresário Assis Chateaubriand, sendo ainda muito restrita aos que podiam
pagar o artigo de luxo. Ao passo que o Estado Novo vigorou de 1937 a 1945.
A alternativa C é incorreta, apesar do jornal ter permanecido sob a intervenção do DIP até o
final do Estado Novo (1937-1945), não é correto dizer que o trecho citado faz referência ao
jornal, especialmente porque não tinha tanta amplitude do que o rádio, mesmo sendo o
jornal um meio de comunicação mais antigo no Brasil, sendo que o rádio era só ligar e ouvir,
atingindo até mesmo o grande contingente de analfabetos.
A alternativa D também é incorreta, pois, assim como o jornal, as revistas tinham menos
amplitude do que o rádio, pelo próprio fato do rádio ser mais acessível ao grande contingente
de analfabetos do país. E, além disso, o rádio poderia ser ouvido em casa, no trabalho, na
rua, etc., não necessitando do tempo de dedicação e atenção exigidos pelo jornal e a revista.
A alternativa E também é falsa, uma vez que o telefone na época, além de ser um artigo que
poucos tinham acesso, era também simples, destinado apenas a telefonemas comuns e
dependia das centrais telefônicas, operadas por telefonistas que conectavam manualmente
os telefones dos usuários.
255. Analise a imagem, reflita sobre o conteúdo da faixa carregada pelos trabalhadores e
assinale a alternativa que completa corretamente o enunciado da questão.
O Estado Novo, implantado por Getúlio Vargas em 1937, promoveu mudanças na política e na
sociedade brasileira. Uma dessas mudanças foi a
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E) unificação da legislação trabalhista (CLT) que garantia alguns direitos, como a instituição do
salário mínimo, para os trabalhadores brasileiros.
A alternativa C também é incorreta, uma vez que uma das ações de Getúlio Vargas durante
o Estado Novo foi estabelecer uma série de acordos e negociações para empresas
estrangeiras, tentando mobilizar seus investimentos para uma usina siderúrgica no Brasil. É
notável que essa preocupação era vista como uma etapa para o objetivo maior de Getúlio:
engendrar a industrialização.
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A alternativa E está correta. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é uma compilação de
leis trabalhistas brasileiras elaborada, no governo do então Presidente Getúlio Vargas e
promulgada no Brasil em 1º de maio de 1943 por meio do Decreto-Lei n. 5243, durante o
regime autoritário do Estado Novo. Nesse documento legal, foram reunidas normas de
direito individual e coletivo de trabalho, de fiscalização do trabalho e de direito processual
do trabalho. Também foi nesse ano que a implantação da Justiça do Trabalho, os benefícios
de salário mínimo e estabilidade adquirida foram consolidados, o que marcaria a legislação
trabalhista brasileira até as primeiras décadas do século XXI.
256. No que diz respeito à Guerra de Canudos, pode-se afirmar corretamente que
A) a oposição ao Estado laico da República, que instituiu o casamento civil e a secularização dos
cemitérios, associada à miséria e ao abandono do povo, caracterizam a comunidade de Antônio
Conselheiro.
B) ocorreu no sertão nordestino, mas o objetivo de Antônio Conselheiro era espalhar aquele
modelo socialista de comunidade a todos os cantos do Brasil com apoio dos antimonarquistas.
D) apesar de alguma simpatia popular, Canudos não teve apoio das populações das cidades
vizinhas, devido aos saques e às invasões promovidas pelos jagunços liderados por Conselheiro.
A alternativa A está correta, pois Canudos (1893-1897) é talvez o melhor e mais trágico
exemplo das manifestações que associaram conteúdo religioso e carência social, durante a
Primeira República. O movimento, encabeçado por Antônio Conselheiro, ocorreu no interior
da Bahia, numa região às margens do Rio Vaza-Barris. A miséria, a fome e o desemprego
transformaram Canudos em uma possibilidade de vida melhor, que servia de alento para o
grupo de miseráveis da região.
A alternativa B está incorreta, uma vez que Antônio Conselheiro, na verdade, era
antirrepublicano, pois não concordava com as determinações laicas e seculares instituídas
com a Proclamação da República. Além disso, não se pode afirmar com certeza que seu
movimento era um modelo socialista, apesar na comunidade a terra, os rebanhos e o
produto do trabalho coletivo eram propriedade comum; sendo que apenas os bens móveis
e as residências constituíam propriedade pessoal.
A alternativa C também está incorreta, pois os latifundiários da região eram contra Canudos
e Antônio Conselheiro, de modo que se preocupavam com a possível escassez de mão de
obra e a elevação do preço da jornada de trabalho.
190
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B) a indignação popular causada pela repressão ao levante dos marinheiros negros contrários
aos castigos corporais nos navios da Marinha de Guerra, e as barricadas urbanas decorrentes da
intervenção policial nos morros cariocas, em perseguição aos capoeiras.
D) as tensões sociais urbanas causadas pelo deslocamento de populações pobres do centro por
causa das reformas urbanísticas do Rio de Janeiro e as tensões políticas envolvendo grupos
positivistas e liberais na Primeira República.
E) a insatisfação dos cariocas com a tentativa de golpe militar pelos partidários do Presidente
Prudente de Moraes, e a reação popular causada pela obrigatoriedade da vacinação contra a
Febre Amarela, extensiva a todos os bairros da cidade.
Comentários: Gabarito letra D
A alternativa A é incorreta, pois a crise de “encilhamento” foi uma bolha econômica que
ocorreu no Brasil, entre o final da Monarquia e início da República, e estourou durante a
República da Espada, desencadeando então uma crise financeira e institucional. Ao passo
que a Revolta da Vacina ocorreu em 1904, já no contexto da Política dos Governadores, isto
é, após a República da Espada.
A alternativa B é falsa, uma vez que tal afirmativa diz respeito à Revolta da Chibata, que foi
um motim naval no Rio de Janeiro, ocorrido no final de novembro de 1910. Foi o resultado
direto do uso de chibatadas por oficiais navais brancos ao punir marinheiros afro-brasileiros
e mulatos. Em 1888, o Brasil se tornou o último país do hemisfério ocidental a abolir a
escravidão, mas as práticas continuaram, ignorando o poder da lei.
A alternativa C também é incorreta, pois não houve uma rebelião popular organizada pelo
partido monarquista. Apesar disso, de fato o Presidente da República tinha em mente uma
Capital Federal nos moldes europeus, o que não passava, porém, de uma idealização elitista
que encontrava no projeto do Prefeito e Engenheiro Pereira Passos uma exclusão
populacional sem precedentes, já que a maior parte da população do Rio de Janeiro era
composta por sujeitos de renda baixa e que as más condições de habitação e higiene
alastravam-se pela cidade.
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A alternativa D está correta. O âmbito de uma manifestação de força popular como a Revolta
da Vacina vai além da própria insatisfação com a vacinação obrigatória. A força do povo foi
ao combate movida por ordem maior, quando grupos contrários à política republicana,
estabelecida desde Prudente de Morais, organizaram a movimentação social visando
usufruir seus interesses de retomar uma efetiva República nos padrões positivistas. Aqueles
que de armas e paus tomaram as ruas da Capital Federal foram talhados pela voz antipolítica
presente, que usou recursos demagógicos para convencer a população da ineficiência do
governo de Rodrigues Alves. Assim, seu ponto de partida foi atingir a população da forma
mais pratica, utilizando da revolta da população por causa da intromissão do governo no
cotidiano das pessoas, como a vacinação forçada e a expulsão dos pobres da zona urbana
para manifestarem contra as novas políticas.
A alternativa E também é incorreta, pois não houve tentativa de golpe militar pelos
partidários do ex-Presidente Prudente de Moraes. Apesar disso, de fato houve uma a
explosão da reação popular ao fato da aprovação pelo Congresso da lei que definia
obrigatória a vacinação contra a varíola. Por certo a violação dos meios populares já havia
iniciado uma indignação social, uma violação que no âmbito governamental era a luz que
abriria os olhos do mundo para o Brasil.
(PORTO, 2003).
C) cidadãos que não comprovassem renda de 100 mil réis anuais, e escravos.
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A alternativa B está incorreta, pois a Constituição de 1891 não excluiu o voto feminino, uma
vez que este não existia na Constituição Imperial de 1824. O voto feminino no Brasil só foi
instaurado em 1932, durante a Era Vargas.
A alternativa C é falsa, de modo que a Constituição de 1891 pôs fim ao voto por renda, como
era determinado pela Constituição Imperial de 1824. Além disso, a escravidão no Brasil
acabou em 13 de maio de 1888, ao passo que a República foi proclamada em 15 de novembro
de 1889 e a Constituição republicana é de 1891.
(SOUSA, 2019).
259.
Em 1910, o Almirante Negro João cândido abalou as estruturas da Marinha do Brasil quando,
juntamente com outros marinheiros, tomou os navios e apontou os canhões para o Rio de
Janeiro exigindo o fim dos maus tratos na Marinha. Esse movimento social foi a(o):
A) Revolta da Chibata.
D) Revolta da Armada.
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E) Revolta da Esquadra.
O Almirante Negro sobreviveu, mas foi encaminhado para um hospital para doentes mentais.
Foi julgado em 1912 pela participação na revolta do Batalhão Naval. Inocentado, morreu ne
miséria, de tuberculose, no final da década de 1960.
A alternativa C também é falsa, pois não houve um Levante dos Encouraçados. Apesar disso,
as embarcações Minas Gerais e São Paulo que os marinheiros usaram na revolta, apontando
seus canhões para a cidade do Rio de Janeiro, eram dois encouraçados.
A alternativa E também é falsa, pois não houve uma Revolta da Esquadra na história do Brasil.
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A alternativa A é falsa, pois o voto de cabresto foi uma prática política baseada na influência
dos coronéis que sustentou a política dos governadores durante a Primeira República.
A alternativa B é incorreta, uma vez que não se tratou de um projeto de embelezamento das
favelas, mas sim do centro urbano da cidade do Rio de Janeiro, de modo que expulsaram as
os moradores pobres dos cortiços no centro da então capital federal para as favelas.
A alternativa C também é incorreta, ao passo que a charge não retrata o projeto de reforma
da capital da República, comandado pelo prefeito e engenheiro Pereira Passos. Apesar disso,
o período retratado na charge é o mesmo das reformas do Rio de Janeiro, mas ela diz respeito
mais especificamente às medidas saneadoras de Oswaldo Cruz.
A alternativa E também é falsa, de modo que não houve um projeto de erradicação das
favelas, pois as reformas do prefeito e engenheiro Pereira Passos expulsaram muitos
moradores de baixa renda do centro urbano para as favelas.
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261. O Coronelismo, fenômeno social e político típico da República Velha, embora suas raízes se
encontrem no Império, foi decorrente da:
B) supremacia política dos Estados da região sul - possuidores de maior poder econômico - cuja
força advinha da maior participação popular nas eleições.
A alternativa C também é incorreta, pois o voto não era universal, sendo um direito apenas
dos homens maiores de 21 anos que comprovassem escolaridade básica. Portanto, o voto
era proibido para menores de 21 anos, analfabetos e mulheres, além de mendigos, militares
de baixa patente, indígenas e membros de ordens religiosas.
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262. O Coronelismo, presente nos primórdios da República Brasileira, representou uma variante
do fenômeno sociopolítico amplo denominado como clientelismo. O “Coronel” era responsável
por controlar os votos em sua região de domínio, recebendo em troca privilégios e favores dos
grandes grupos políticos da cena nacional, com o fim de manter seu poder e influência na região.
Contribuíram para o surgimento do Coronelismo, EXCETO:
A) A desigualdade social.
A alternativa A não é a resposta certa, uma vez que a desigualdade social contribuiu muito
para a manutenção do coronelismo, de modo que a sujeição dos menos favorecidos
economicamente ao coronel, em troca de proteção e pequenos favores, garantia o aumento
do curral eleitoral e, consequentemente, os votos ao candidato apoiado pelo coronel.
A alternativa B também não é a resposta certa, pois de fato a efetivação dos direitos dos
cidadãos era medida muito mais pela força econômica do que a força da lei, de modo que a
força econômica dos coronéis repousou tranquila no exercício de uma cidadania que, na
verdade, dizia respeito ao interesse privado e não ao público.
A alternativa C também não é a resposta certa, pois o Estado não tinha infraestrutura
assistencial alguma, ficando por conta dos coronéis a assistência diminuta e interesseira aos
indivíduos de seu curral eleitoral.
A alternativa D também não é a resposta certa, ao passo que quem ocupava os serviços
públicos eram principalmente os bacharéis indicados pelos coronéis, que usavam da sua
influência política para empregar seus “afilhados”.
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A alternativa E é a resposta correta, uma vez que é incorreto afirmar que o fortalecimento
das instituições estatais contribuiu para o coronelismo na Primeira República, ora, as
instituições estatais eram precárias e mal definidas, ligadas mais ao interesse privado dos
oligarcas do que às questões públicas e cívicas. Isso marcou profundamente a cultura política
brasileira, tanto pela desconfiança da postura de nossas instituições estatais, quando pelos
interesses que estão em jogo na cena política brasileira.
263. No início da Primeira República (1889-1930), a oligarquia governante teve que enfrentar,
no sertão baiano, um movimento social denominado:
A) Cabanagem.
B) Campanha Civilista.
C) Levante do Contestado.
D) Revolta de Canudos.
E) Revolução Farroupilha.
A alternativa A é falsa, pois a Cabanagem foi uma revolta popular do período regencial, que
ocorreu entre os anos de 1835 e 1840 na província do Grão-Pará (hoje, estado do Pará, região
Norte do Brasil), recebeu esse nome por causa dos muitos revoltados que moravam em
cabanas às beiras de rios e eram chamados de cabanos.
A alternativa B também é falsa, pois a Campanha Civilista é o nome pelo qual ficou conhecida
a participação do baiano Rui Barbosa na corrida presidencial de 1910, contra o marechal
Hermes da Fonseca. A campanha civilista representou a primeira grande fissura na política
do café-com-leite.
Afinal, em 1910, ao contrário de boa parte das disputas que ocorreram durante a República
Velha, Minas Gerais e São Paulo estiveram em lados opostos.
A alternativa C também é falsa, pois a Guerra do Contestado foi o conflito que surgiu entre
1912 e 1916, em uma área povoada por sertanejos, entre as fronteiras do Paraná e Santa
Catarina. Eram pessoas muito pobres, oprimidas, que não possuíam terras e também
padeciam com a escassez de alimentos. Subsistiam sob a opressão dos grandes fazendeiros
e de duas empreendedoras americanas que operavam ali, responsáveis pela implantação da
via ferroviária que uniu o Rio Grande a São Paulo, e uma madeireira.
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A) Benjamin Constant.
B) D. Pedro I.
C) D. Pedro II.
A alternativa A é falsa, pois Benjamin Constant não encabeçou a República brasileira durante
o Governo Provisório. Apesar disso, proclamada a República, Benjamin Constant integrou o
governo provisório na pasta da Guerra, e foi aclamado general-de-brigada em 1890, passou
a dirigir o Ministério de Instrução Pública, Correios e Telégrafos, no qual elaborou uma
reforma de ensino de nítida orientação baseada nos ensinamentos de Auguste Comte,
idealizador do positivismo, marcando a ditadura republicana dos cientistas e a educação
como prática anuladora das tensões sociais.
A alternativa B também é falsa, pois D. Pedro I foi o primeiro Imperador do Brasil, exercendo
o posto da data da Independência do Brasil, em 1822, até a sua abdicação do cargo em 1831.
A alternativa C também é falsa, pois D. Pedro II foi o segundo e último imperador do Império
do Brasil durante 58 anos, de 1831 até sua deposição em 1889, data da Proclamação da
República.
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A alternativa E está incorreta, pois o marechal Floriano Peixoto foi o primeiro vice-presidente
do Brasil e o segundo presidente, após a renuncia de marechal Deodoro da Fonseca, entre
1891 e 1894.
A) à Revolta da Chibata.
B) à Guerra do Contestado.
C) à comunidade de Canudos.
D) à Revolta da Vacina.
E) à Revolta Tenentista.
Observando-se a imagem apresentada e a data em que ela foi divulgada, na legenda da foto,
é possível perceber a qual acontecimento ela se refere, a saber, a chamada Revolta da Vacina
de 1904.
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Entre o final do século XIX e o início do XX, as principais cidades brasileiras ainda eram sujas
e sofriam com os problemas de saneamento e higiene, sendo que doenças como a varíola, a
febre amarela e a tuberculose eram comuns neste período. O Rio de Janeiro, até então a
capital brasileira, também era uma das cidades que sofriam com a falta de higiene e
prevenção de doenças.
Rodrigues Alves, que assumiu a presidência do Brasil a partir de 1902, adotou uma política
de saneamento e reurbanização das cidades, nomeando o médico Oswaldo Cruz como
diretor de saúde pública, efetuando uma campanha de saneamento e vacinação obrigatória
da população (como podemos observar, também na legenda, o título “O espeto obrigatório”,
em alusão à agulha e à obrigatoriedade da vacinação).
No entanto, a campanha não foi feita de forma a conscientizar e esclarecer a população sobre
os benefícios da vacinação e da higiene, mas de forma autoritária, na qual as casas eram
invadidas pelos agentes de saúde e as pessoas eram obrigadas à vacinação.
Em uma sociedade em que as pessoas não estavam acostumadas com tais formas de higiene,
tampouco em mostrar seu corpo para pessoas desconhecidas, tal ação do Estado gerou uma
insatisfação popular, culminando, portanto, naquela que ficou conhecida como a Revolta da
Vacina.
B) (1) o projeto americanófilo, que defendia que o Brasil se inspirasse no modelo de sociedade
dos EUA; (2) o projeto nativista, que defendia o parlamentarismo em uma monarquia
constitucional.
C) (1) os interesses da elite liberal e ilustrada, habitante das grandes cidades; (2) os interesses
da oligarquia paulista cafeicultora aliada ao exército, responsável pelo golpe da República de
1889.
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267. Em março de 1988, o modelo sindical levado por Lindolfo Collor para o Ministério do
Trabalho completou 57 anos de idade. Em todos estes anos foi olhado com suspeita pelos
empresários e com bastante desconfiança pelos grupos socialistas, comunistas e pela esquerda
em geral. Atribuía-se sua criação, na década de 30, à influência das doutrinas autoritárias e
fascistas então na moda.
Dentre as características do modelo sindical criado por Lindolfo Collor estavam a união
sindical de acordo com a profissão do trabalhador e a defesa do corporativismo trabalhista.
268. Em 1939, atendendo ao apelo do Papa Pio XII, o Conselho de Imigração e Colonização do
Ministério das Relações Exteriores do Brasil resolveu autorizar a entrada de 3 000 imigrantes de
origem “semita”. Condição sine qua non para obter “o visto da salvação”: a conversão ao
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catolicismo. Pressionados pelos acontecimentos que marcavam a história do III Reich, os judeus,
mais uma vez, foram obrigados a abandonar seus valores culturais em troca do título de cristão.
B) repressão ao arraial de Canudos, no sertão baiano, pois recaiu sobre os sertanejos a acusação
de ateísmo.
D) conversão obrigatória dos judeus na Espanha e em Portugal, a partir do final do século XV, o
que gerou a denominação cristão-novo.
E) separação entre Estado e Igreja no Brasil, determinada pelo Governo Provisório da República,
comandada por Deodoro da Fonseca.
A) foi resultado da política federal, que impedia a exportação do café de São Paulo para o
Ocidente europeu.
C) tinha, como principal objetivo, a separação do estado de São Paulo do restante da federação.
D) levou o governo federal a negociar com a oligarquia paulista e a fazer concessões a seus
interesses.
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270. Uma das metas mais importantes do tratado era [...] controlar a Alemanha (segundo uma
expressão usada naquela época), isto é, destruir sua força militar no presente e no futuro. [...]
ficou decidido que o exército alemão ficaria limitado a 100 mil homens, recrutados com base
em um compromisso voluntário de doze anos para os soldados e suboficiais.
A questão nos apresenta um tema clássico da História Contemporânea, sobretudo no que diz
respeito aos resultados da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e aos primórdios da
Segunda Guerra Mundial (1939-1945): o Tratado de Versalhes, assinado em 1919 e que
impôs uma série de punições aos países derrotados na Primeira Guerra, sobretudo à
Alemanha.
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Em linhas gerais, tais punições provocaram uma grave crise social e financeira na Alemanha,
agravada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929, sendo que tal situação
fez surgir um sentimento de revolta e revanchismo alemão, responsáveis pela criação de
partidos nacionalistas com ideologia antidemocrática, vinculados à extrema direita do país e
de características xenófobas (de aversão aos estrangeiros).
Em meio a este ambiente de crises, o Partido Nazista conquistou adeptos de diversos setores
da sociedade alemã, atraídos pelo sentimento nacionalista e corporativista dos nazistas. No
ano de 1932, durante as eleições para o Parlamento alemão, os nazistas obtiveram 37% dos
votos, sendo que o então presidente, Paul von Hindenburg, nomeou Hitler como chanceler
alemão.
Em 1933, Hindenburg aprovou uma lei que permitia que o chanceler legislasse
independentemente do Parlamento, o conferia um maior poder de decisão a Hitler. Diante
disso, e com a morte de Hindenburg em 1934, Hitler assume, também, o cargo de presidente,
sendo assim chamado de Führer (líder), detentor de plenos poderes e responsável por
instaurar a ditadura nazista alemã, findada somente em 1945, ao término da Segunda
Guerra.
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Trata-se de um cartaz:
B) das Brigadas Internacionais chamando voluntários para a luta contra o fascismo na guerra
civil espanhola, o que contribuiu fortemente para a definição do campo antifascista na Europa
da época.
D) dos partidos espanhóis que defendiam a política de apaziguamento empreendida por França
e Inglaterra e pretendiam, com isso, evitar uma nova catástrofe de guerra como a ocorrida entre
1914 e 1918.
O cartaz foi produzido entre os anos de 1936 e 1937, o qual diz respeito a um acontecimento
histórico que ficou conhecido como o prelúdio da Segunda Guerra Mundial (1939-1945): a
Guerra Civil Espanhola, ocorrida entre 1936 e 1939, colocando forças opostas em conflito.
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Diante deste cenário, o general Francisco Franco, contando com o apoio dos proprietários de
terras, clero e setores do exército, preparou-se para derrubar a República Espanhola,
instituída desde 1931.
272. Considerando a célebre frase de Karl Clausewitz: “A guerra é a continuação da política por
outros meios”, julgue (C ou E) o item a seguir, a respeito da participação brasileira no Teatro da
Guerra ao longo de sua história.
Essa afirmativa está errada, pois nos três primeiros anos da guerra, o Brasil permaneceu
neutro.
(RAMOS, 2020).
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273. No que se refere à Primeira e à Segunda Guerra Mundial, assinale a opção correta.
B) Os Estados Unidos da América participaram das duas grandes guerras desde a irrupção dos
conflitos até seu desfecho.
A alternativa E) é incorreta, pois o Japão nunca teve relações tão pacíficas assim com seus
vizinhos, tendo ocorrido algumas guerras naquela região em muitas ocasiões.
(SOUSA, 2020; VICENTINO; MARONE, 1997; LEMOS, 2015).
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274. Vivenciando boa parte dos eventos narrados, o historiador marxista Eric Hobsbawm analisa
os anos que vão da Primeira Guerra Mundial ao colapso da URSS, afirmando que este foi um
período marcado pela “guerra mundial de 31 anos”.
Assinale a alternativa que justifica CORRETAMENTE esse ponto de vista de Eric Hobsbawm:
A) a civilização que viveu o século XX não apenas experimentou duas guerras mundiais, mas,
mesmo em tempos de paz, foi marcada pelo colapso de suas bases e pela possibilidade de novo
conflito global.
B) a luta pela democracia, que uniu Estados e ideologias opostas em torno de um inimigo
comum, definiu o que se entende por guerra mundial.
D) o século XX foi marcado por guerras e revoluções que podem ser comparadas, na sua
abrangência e nos seus objetivos, aos conflitos europeus do século anterior.
E) o século XX viveu a expectativa de que conflitos globais envolvessem de fato todos os países
do mundo, já que ambos envolveram somente as grandes potências.
A alternativa A está correta, pois, para essa sociedade, as décadas que vão da eclosão da
Primeira Guerra Mundial aos resultados da Segunda foram uma Era de Catástrofe. Durante
quarenta anos, ela foi de calamidade em calamidade. Houve ocasiões em que mesmo
conservadores inteligentes não apostariam em sua sobrevivência. Ela foi abalada por duas
guerras mundiais, seguidas por duas ondas de rebelião e revolução globais que levaram ao
poder um sistema que se dizia a alternativa historicamente predestinada para a sociedade
capitalista e burguesa e que foi adotado, primeiro, em um sexto da superfície da Terra, e,
após a Segunda Guerra Mundial, por um terço da população do globo. Os imensos impérios
coloniais erguidos durante a Era do Império foram abalados e ruíram em pó. Toda a história
do imperialismo moderno, tão firme e autoconfiante quando da morte da rainha Vitória, da
Grã-Bretanha, não durara mais que o tempo de uma vida humana — digamos, a de Winston
Churchill (1874-1965).
As outras alternativas não representam o ponto de vista de Hobsbawm, pois o trecho acima
foi retirado de seu livro, e representa exatamente o ponto de vista do autor sobre o tema.
(HOBSBAWN, 1994).
A) Foi durante o reinado de Alexandre, o Grande, que o Império Romano alcançou o seu apogeu.
B) Durante a primeira Guerra Mundial, a chamada tríplice entente compreendia o Reino Unido,
a França e o Império Russo.
C) Durante a segunda Guerra Mundial, as Potências do Eixo eram a Alemanha, a Itália e a Rússia.
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D) Atualmente, diversos países que integraram a União Soviética fazem parte da Organização do
Tratado do Atlântico Norte – OTAN, inclusive a própria Rússia.
A alternativa A) é incorreta, pois Alexandre e suas façanhas eram admirados por muitos
romanos, especialmente generais, que queriam se associar com seus feitos. Políbio começou
sua obra Histórias relembrando aos romanos os feitos de Alexandre. Muitos líderes políticos
e militares romanos se comparavam com Alexandre Magno, usando-o como modelo. O
general e cônsul Pompeu também adotou o epíteto "Magno" ("Grande") e até tentou copiar
o estilo de cabelo de Alexandre. Ele ainda costumava usar uma capa vermelha, assim como
Alexandre, como um sinal de grandeza.
A alternativa B) é correta, pois exatamente a Tríplice Entente (em francês: Triple Entente) foi
uma aliança militar entre o Reino Unido, a França e o Império Russo.
Países do Leste Europeu: Polônia, República Tcheca, Hungria, Bulgária, Estônia, Letônia,
Lituânia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Croácia, Albânia e Turquia, além da Macedônia,
que é um país aspirante.
(VICENTINO; MARONE, 1997; FRANCISCO, 2020).
276. “A primeira Guerra mundial, segundo Hobsbawm, inaugura um período de Guerra Total, o
autor considera a primeira e a segunda guerra como um único conflito. Embasado por esse
conceito o autor na obra ‘A era dos Extremos’ ressalta o que esse confronto se diferencia dos
anteriores e o porquê pode ser considerado uma guerra total. Hobsbawn destaca que não há
como compreender o século XX, sem compreender a Guerra mundial. O conflito de 1914 foi tão
marcante que para aqueles que nasceram antes desse período, ‘a paz’ só existia antes desse
ano. A primeira guerra entrará na memória dos europeus, sobretudo dos ingleses e dos
franceses, maiores envolvidos no conflito, como a grande guerra.”
“Em 21 de agosto de 1941, Winston Churchill, em discurso feito no Parlamento, afirmou: ‘Esta
guerra, de fato, é uma confirmação da anterior’.”
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A) A disputa dos EUA pela hegemonia mundial, que acabou por enfraquecer as nações
europeias.
A alternativa A) é incorreta, pois os países europeus continuaram a ser fortes, mesmo com a
ascensão dos Estados Unidos na Segunda Guerra.
277. Ao declarar guerra às potências centrais da Europa, Woodrow Wilson, presidente dos
Estados Unidos, falou:
Esperamos que nosso esforço ajude a pôr fim à agressão alemã e abrevie o conflito na Europa.
A) O presidente dos EUA, que mantivera o país em paz, embora houvesse direcionado a
produção manufatureira para a indústria bélica, destinada aos aliados, e concedesse créditos
especiais à Inglaterra, decide declarar guerra contra o império japonês.
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D) A entrada dos EUA ao lado da Entente propiciou um rápido rearmamento das tropas aliadas
que conseguiram derrotar a Alemanha em todas as frentes de batalha, encerrando a Guerra,
dois anos depois do envio de tropas norte-americanas à Europa.
E) A Alemanha foi dividida, após discussão entre os líderes dos EUA e os da Europa, que
condicionaram o fim do conflito mundial à partilha do território em zonas de ocupação, o Leste
seria controlado pelos europeus e os territórios do Oeste, pelos norte-americanos.
A alternativa B) é incorreta, pois não há informações sobre esse eixo citado na questão.
A alternativa C) é incorreta, pois essas afirmações não tem relação com a Primeira Guerra
Mundial.
A alternativa D) é correta, pois no dia 6 de abril de 1917, os Estados Unidos declararam guerra
contra os alemães e seus aliados. Um grande volume de soldados, tanques, navios e aviões
de guerra foram utilizados para que a vitória da Entente fosse assegurada. Em pouco tempo,
as tropas alemãs e austríacas foram derrotadas. Em novembro de 1918, o armistício de
Compiègne acertou a retirada dos alemães e a rápida vitória da Tríplice Entente.
A alternativa E) é incorreta, pois esta afirmativa não tem relação com a Primeira Guerra
Mundial, tendo acontecido na Segunda Guerra, em que a Alemanha foi dividida em ocidental
e oriental, e a parte oriental era “comandada” pela URSS.
278. “Quando os nazistas levaram os comunistas, eu me calei, porque, afinal, eu não era
comunista.
O texto, em uma das versões atribuída ao pastor luterano alemão Martin Niemoller, faz a crítica
à Alemanha do III Reich. Entre as características do nazismo, é correto identificar:
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Algumas das principais características marcantes do período nazista alemão são evidenciadas
no trecho acima descrito, atribuído ao pastor luterano Martin Niemoller, em sua crítica à
Alemanha do III Reich. No presente caso, podemos observar que o pastor relata a prisão de
comunistas, socialdemocratas, sindicalistas e judeus, aspectos estes que deixam claro a
perseguição política que o regime nazista efetuava na Alemanha, no qual os opositores
deveriam ser perseguidos, presos e eliminados.
Ademais, o racismo e a intolerância religiosa também eram presenciados neste regime, uma
vez que Hitler considerava os alemães enquanto uma “raça” superior, a ariana (segundo ele,
uma “raça pura”), a qual deveria subjugar todas as demais raças ditas inferiores (negros,
judeus, ciganos, homossexuais e outros inimigos do Estado).
A) da Guerra Fria, no contexto da luta contra o comunismo, marcado pelo bloqueio econômico
à Cuba socialista e pelo apoio às ditaduras militares na América Latina.
B) da Segunda Guerra Mundial, no contexto da disputa pela hegemonia militar e pelo controle
geopolítico da América Central e do Oceano Atlântico entre os EUA e a Alemanha nazista.
C) do imperialismo, no contexto das atuações marcadas pela “política do grande porrete”, das
quais são exemplos as participações nas independências de Cuba e do Panamá.
D) da grande depressão econômica dos anos 1930, no momento em que os EUA saíam para o
mar em busca de matéria-prima e mercado consumidor para reaquecer a sua economia.
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Em meio a este cenário, notamos uma grande influência dos EUA no continente americano,
também em vista da recuperação do lema e da Doutrina Monroe, de 1823, intitulado
“América para os americanos”.
Foi também durante o governo de Roosevelt que passou a vigorar a chamada Emenda Platt,
um dispositivo legal adicionado à constituição da recém independente Cuba, pelo qual os
Estados Unidos poderiam intervir no país caso os seus interesses estivessem “ameaçados”.
Ademais, a independência do Panamá, na qual a atuação de norte-americanos foi
amplamente decisiva, uma vez que, independente o Panamá, ocorreram negociações para a
cessão da área do entorno do Canal do Panamá aos Estados Unidos, a qual permaneceria sob
o seu controle até o ano de 1999.
A) Um dos fatos que contribuiu para o final do confronto foi a entrada da Rússia na Guerra, pois
tinha um exército grande e bem preparado, impondo aos alemães derrotas vexatórias.
C) Temendo uma ofensiva alemã, Japão, Inglaterra e França formaram a Tríplice Aliança.
A alternativa A) é incorreta, pois, embora a Rússia tenha entrado na guerra, sua situação
interna não era das mais favoráveis: constantes crises de fome, superexploração dos
trabalhadores (urbanos e rurais), assim como movimentos que contestavam o poder do czar.
Nos campos de batalha a situação dos combatentes russos não era melhor, pois os soldados
eram obrigados a racionar munição e sofriam com a superioridade bélica dos inimigos – a
Rússia não tinha condições financeiras para manter seus soldados na guerra.
A alternativa B) é correta, pois uma das principais causas da primeira guerra foi a competição
por mercados consumidores, a disputa por terras coloniais importantes e a busca por
hegemonia, isso feito pelas principais potencias econômicas da época: França, Inglaterra e
Alemanha.
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A alternativa C) é incorreta, pois a Tríplice Aliança foi formada entre Alemanha, Italia e
Império Austro-Húngaro.
A) desencadeou inúmeras alianças entre países, como a Tríplice Entente, que unia França,
Portugal e Espanha.
B) foi o estopim para que ocorresse o avanço político- -econômico dos países europeus sobre
novos territórios africanos.
C) possibilitou que alguns países europeus, como a Bélgica e a Grécia, desenvolvessem indústrias
bélicas.
D) teve início com o bombardeio da base naval dos Estados Unidos, no Havaí (Pearl Harbor), por
aviões japoneses.
E) envolveu países Aliados de todos os continentes contra os países do Eixo, dentre eles,
Alemanha, Itália e Japão.
A alternativa A é falsa, pois a Tríplice Entente foi uma organização bélica que ocorreu durante
a Primeira Guerra Mundial e, além disso, as nações que formaram a Tríplice Entente foram
França, Reino Unido e Império Russo, que receberam o apoio de outras nações como os EUA,
na luta contra a Tríplice Aliança, formada pela Itália, Alemanha e Império Austro-Húngaro.
A alternativa C também é falsa, pois é incorreto dizer que países como a Bélgica e a Grécia,
desenvolveram indústrias bélicas. Por outro lado, os países do Eixo que se desenvolveram
belicamente em escala altíssima, como Japão, Alemanha e Itália, após a Segunda Guerra
Mundial, tornaram-se as duas grandes histórias de sucesso econômico dos últimos quarenta
anos.
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A sorte para a economia desses dois países foi terem perdido a Guerra pois, em consequência
disso, voltaram-se para conquistas civis, não militares. Foram obrigados pelos vencedores a
limitar seus gastos militares e a canalizar as energias para o êxito civil. Desta forma, houve
capital disponível para a indústria civil.
A alternativa D também é falsa, pois quando ocorreu o bombardeio da base naval dos Estados
Unidos, no Havaí (Pearl Harbor), por aviões japoneses, a guerra já estava em curso. O Japão,
que já estava em Guerra contra a China desde 1937, aproximou-se da Alemanha e ocupou a
Indochina.
282. Filas de rostos pálidos murmurando, máscaras de medo. Eles deixam as trincheiras, subindo
pela borda. Enquanto o tempo bate vazio e apressado nos pulsos, e a esperança, de olhos
furtivos e punhos cerrados, naufraga na lama. Ó Jesus, fazei com que isso acabe!
(Siegfried Sassoon citado por HOBSBAWN, Eric. A Era dos Extremos. São Paulo: Companhia das
Letras, 1994.)
A desesperada descrição refere-se às duras condições vividas nos campos de batalha da I Guerra
Mundial (1914-1918), embate bélico que transformou radicalmente as sociedades europeias.
Sobre esse primeiro conflito de âmbito global e seus desdobramentos, assinale a afirmativa
correta.
A) Os Estados Unidos abandonaram sua secular política de neutralidade e enviaram tropas para
lutar na frente oriental contra o exército russo.
B) A Revolução Russa em 1917 demarcou o ponto de virada da guerra com o exército vermelho
esmagando a resistência alemã.
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A alternativa D) é incorreta, pois as indenizações couberam muito mais à Alemanha, mas não
fizeram com que o país tivesse uma democracia forte, pois, nos anos 30, houve a ascensão
do Nazismo.
(SOUSA, 2020; FERNANDES, 2020).
283. “Um boato corre, há dias, pela cidade que tem enchido a uns de pavor, e a outros de
indignação, em cujo último número me coloco”, desabafou o médico Joaquim Cândido Soares
de Meirelles (1797-1868), diante do clima de pânico instaurado no Rio de Janeiro em 1831.
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D) no fantasma que assombrou por décadas os senhores escravistas do Brasil, receosos de que
se repetisse aqui o movimento haitiano, no qual convergiram abolição da escravidão e
proclamação da independência, incluindo o massacre de brancos.
E) no sentimento anticomunista existente no Brasil desde o início do século XIX, quando a elite
escravista assistiu assustada à tomada do poder no Haiti por revolucionários socialistas,
inspirados nas ideias do socialismo utópico de Saint-Simon.
A questão apresenta, como pano de fundo, a Revolução Haitiana (1791), liderada pelo negro
Toussaint L’Ouverture, na qual os escravos da colônia de São Domingos (atual Haiti) se
rebelaram contra os colonizadores franceses.
Sob os ideais iluministas e republicanos da Revolução Francesa (1789), este levante declarou
independência em relação à França e proclamou o fim da sua escravidão no ano de 1793.
Por ter sido a primeira revolta de escravos que obteve êxito, tendo abolido a escravidão na
região, a revolta do Haiti representou uma ameaça aos senhores de escravos de outras
colônias na América, inclusive no Brasil, os quais temiam que uma nova insurreição libertasse
os escravos e matasse os colonizadores.
Chamberlain acreditava que Hitler estava preocupado apenas com os Sudetos, e achava que a
guerra poderia ser evitada.
A) luta aliada.
C) frente antinazista.
D) campanha de pacificação.
E) política de apaziguamento.
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O evento ao qual o texto se refere, que marca um acordo feito entre a Alemanha, sob a
liderança de Adolf Hitler, e a Inglaterra, com o Primeiro Ministro Neville Chamberlain, faz
parte daquela que ficou conhecida como a Política do Apaziguamento.
Procurando colocar fim à política do expansionismo alemão, evitando-se, dessa forma, uma
nova guerra, Chamberlain acreditava que a reivindicação alemã dos Sudetos era possível,
tendo convencido os franceses a cederem a região de forma pacífica. Assim, a partir da
chamada Política do Apaziguamento, foi assinado o Tratado de Munique, que oficializava a
anexação dos Sudetos à Alemanha.
Tal política não surtiu o efeito desejado, uma vez que Hitler invadiu a Polônia em 1939 e,
diante disso, a Inglaterra declarou guerra à Alemanha. Assim, portanto, teve início a Segunda
Guerra Mundial.
285. O episódio considerado por muitos historiadores como o “prelúdio da Segunda Guerra
Mundial” e que opôs a esquerda à direita fascista foi:
B) o Congresso de Versalhes.
C) a Conferência de Berlim.
D) o Congresso de Viena.
E) a Guerra Franco-Prussiana.
O episódio que é considerado, por muitos historiadores, como o prelúdio da Segunda Guerra
Mundial é a Guerra Civil Espanhola, ocorrida entre os anos de 1936 e 1939, opondo a direita
fascista à esquerda política.
De um lado, a esquerda contava com uma Frente Popular, reunindo os setores mais
democráticos da sociedade. Do outro, a direita possuía um grupo chamado Falange, que
tinha como seu líder o General Francisco Franco, o qual procurava derrubar o governo
republicano espanhol.
Tal guerra foi resultado de crises sociais e políticas, sendo que houve milhares de mortes, as
quais foram retratadas, inclusive, na famosa pintura do artista espanhol Pablo Picasso, em
seu quadro Guernica (1937). A ditadura franquista perdurou até 1975, quando Francisco
Franco morreu e deuse, a partir de então, o processo de democratização espanhola.
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Um jovem preso por planejar um massacre contra alunos da Universidade de Brasília (UnB) é
suspeito de atuar como representante de grupos neonazistas no Distrito Federal. A Polícia
Federal (PF) investiga a ligação de Marcelo Valle Silveira Mello. 26 anos. com radicais da Região
Sul que pregam o ódio a negros, homossexuais e judeus.
Prática como essa tem como modelo o regime nazista (1933-45) que defendia
B) a xenofobia e o internacionalismo.
C) a democracia e o irracionalismo.
D) o nacionalismo e a intolerância.
Tal notícia apresenta uma situação ocorrida no Brasil, no ano de 2012, e elucida a ação de
jovens participantes de grupos de caráter neonazista. Tal prática é reflexo do modelo
adotado na Alemanha do período entreguerras (1918-1939), sendo que o seu auge foi a
ascensão de Adolf Hitler ao poder, em 1933.
B) Guerra Franco-Prussiana.
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A alternativa E) é a correta, pois todas essas descrições na questão dizem exatamente sobre
a Primeira Guerra Mundial, inclusive com alusão ao nacionalismo extremado e a divisão em
dois blocos de países, cada qual com suas peculiaridades.
288. Dentre os fatores responsáveis pela Segunda Guerra Mundial (1939-1945), é correto
mencionar
C) a ação belicista da Liga das Nações, que incentivou o rearmamento alemão, e a disputa por
territórios.
No fim dos anos 30 e no início dos anos 40, um dos grandes sentimentos que permeavam a
sociedade europeia era justamente o de tensão pré-guerra. Os alemães, tomados não só por
revanchismo, mas também por um governo autoritário nazista (1933 – 1945), buscavam a
todo momento ressaltar as fraquezas e debilidades do Tratado de Versalhes – acordo político
assinado pela Alemanha que sela o fim da primeira guerra mundial - e como ele apenas
enfraquecia a Alemanha.
Tomados por este sentimento, em 1939 a Alemanha Nazista empreende grandes campanhas
de anexação forçada ao redor de seu território. A primeira destas foi contra o território da
Áustria (1938), terra natal de Hitler, sendo seguida pela anexação da Tchecoslováquia (1938).
Por fim, ao subtrair o território da Polônia (1939) para si, a Alemanha Nazista dava indícios
de que não queria apenas os territórios que as circundavam, mas queriam ter controle sobre
toda a Europa, dando início à Segunda Guerra Mundial.
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289. Em 1979, o Congresso Nacional aprovou a Lei Orgânica dos Partidos, incluindo o
substitutivo que extinguiu a Arena e o MDB, e restabeleceu a liberdade partidária no país. Pela
aprovação do substitutivo, votaram 299 deputados e 41 senadores. Só nove deputados faltaram
à sessão.
(https://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=360461. Acessado em 06 de setembro de 2019. Adaptado)
AI-5, que enrijecia a perseguição aos opositores da ditadura. Foi decretado em 1968 por
Costa e Silva e revogado em 1978.
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O STF não foi fechado durante a ditadura, mas adaptado a ela, as eleições diretas somente
vieram em 1989 (a campanha pelas diretas não teve sucesso). Após a redemocratização o
PCB somente se restabeleceu em 1996.
291. Historicamente, o Brasil foi povoado, desde o início da colonização, a partir da região
litorânea. A rigor, foi a partir de meados do século XX que políticas públicas foram lançadas com
o objetivo de ocupar extensas áreas do território nacional com população rarefeita, como seria
o caso do Centro‐Oeste. É nessa perspectiva que se entende, por exemplo, a decisão de se
transferir a capital da República para o Planalto Central do País. A criação da Região Integrada
de Desenvolvimento (Ride) do Distrito Federal e Entorno inscreve‐se nesse esforço de
interiorização do desenvolvimento nacional, tendo Brasília como polo desse processo.
A ideia da transferência da capital do Brasil, do litoral em direção ao interior do país, não era
nova quando as obras para a construção de Brasília iniciaram, em 1956. Já durante o século
XIX, momentos antes da Independência do Brasil, tinha-se o anseio em transferir a capital,
uma vez que o país se encontrava vulnerável ao ataque de invasores de outros países com a
existência de uma capital litorânea (que já havia sido Salvador e, à época, era o Rio de
Janeiro), mas sem o sucesso desejado.
Sua transferência também pode ser remetida à Constituição Federal de 1891, que previa a
formação de uma expedição para estabelecer limites de um terreno no Planalto Central, mas
a ideia foi abandonada e só voltou à tona durante o Governo JK, como parte do seu Plano de
Metas (“50 anos em 5”).
Juscelino Kubitschek, eleito em 1955, assumiu a presidência no ano seguinte com o desejo
de transformar o país em um centro moderno e urbanizado, símbolo de um país
desenvolvido. Em 21 de abril de 1960, foi inaugurada a capital federal, Brasília, com base no
planejamento conjunto entre o arquiteto Oscar Niemeyer e o urbanista Lúcio Costa.
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Além de fatores modernizantes, JK também procurou um lugar que fosse afastado dos
grandes centros sociais, como o RJ, em razão de motivos geopolíticos: com a transferência
para o interior, a capital do país não estaria muito vulnerável em possíveis guerras, a pressão
popular em relação ao governo seria menor e, finalmente, a construção de Brasília
contribuiria para a ocupação e desenvolvimento do interior do país.
(Fonte: https://alunosonline.uol.com.br/historia-do-brasil/a-historia-transferencia-capital-
brasileira-para-centro-do-pais.html)
O presidente populista a que este texto se refere foi criador de várias leis trabalhistas e da
maior empresa brasileira (Petrobras), está há 60 anos longe do povo. Após 15 anos no poder,
entre 1930 e 1945, conseguiu assumir em 1951, mas sem a popularidade de outrora.
Com oposições ferrenhas, como a dos conservadores, que eram contra o aumento do salário
mínimo em 100%, e a de seu rival Carlos Lacerda, que o acusa publicamente de uma tentativa
de assassinato, o presidente nacionalista não se sustenta no poder e se enclausura no Palácio
do Catete, onde se suicida.
Após um longo tempo no poder (entre 1930 e 1945), Getúlio Vargas saiu novamente vitorioso
em 1950, quando ocorreram novas eleições para a sucessão de Eurico Dutra. Vargas
concorreu e venceu o brigadeiro Eduardo Gomes por 49% frente a 30% dos votos. Procurou
apagar a imagem de ditador, construída durante o Estado Novo (1937-1945), e instituir uma
figura de líder popular e democrático. Retomou duas diretrizes associadas à sua imagem: o
nacionalismo econômico e a política trabalhista.
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Contudo, a lei foi barrada no Congresso, com o apoio da UDN (União Democrática Nacional),
principal partido de oposição ao governo. Com o apoio de setores ligados ao capital
estrangeiro, Carlos Lacerda, político ligado à UDN, começou a conspirar para a derrubada de
Vargas.
Associado a isso, em 1954 Vargas autorizou uma medida que provocou protestos entre os
grandes empresários: o aumento em 100% no valor do salário mínimo, atendendo à proposta
do ministro do Trabalho à época, João Goulart. Diante disso, os políticos da oposição e a
imprensa atacaram duramente Vargas, acusando-o de corrupção.
A questão, portanto, diz respeito aos 60 anos da morte de Vargas, sendo a alternativa D a
correta.
II. Abertura da economia para o capital internacional com presença de empresas multinacionais,
sobretudo no setor automobilístico, provocou o escoamento dos recursos nacionais para o
exterior.
III. O alto custo da realização do Plano de Metas e a abertura para o mercado internacional,
gerou uma alta inflacionária e uma onda migratória de nordestinos e nortistas para as
metrópoles que se industrializavam.
A) II e III apenas.
B) I e III apenas.
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C) I e II apenas.
D) I, II e III.
Juscelino Kubitschek foi presidente do Brasil entre 1956 e 1960, além de ser o responsável
pelo chamado nacional-desenvolvimentismo brasileiro, marcado por grandes investimentos
em transporte, produção de energia e crescimento econômico capitalista no Brasil. Em meio
a tal cenário, um dos destaques de seu governo, pautado pelo seu conhecido Plano de Metas
(“50 anos em 5”), foi o processo de urbanização e modernização do país, como podemos
observar, por exemplo, através da construção de Brasília, que passaria a ser a nova capital
federal e símbolo de modernidade no país. Em meio a este cenário, analisemos as assertivas:
294. O Memorial JK, onde estão depositados documentos e objetos que pertenceram a Juscelino
Kubitschek e sua esposa, foi:
A) construído numa área de 2.000 m², recebendo inúmeras críticas por ocupar tanto espaço.
C) projetado pelo arquiteto Lúcio Costa, em colaboração com Paulo Mendes da Rocha.
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O Memorial JK foi construído no espaço em que, no dia 3 de maio de 1957, antes mesmo da
transferência da Capital Federal (do Rio de Janeiro para Brasília, que somente ocorreria em
1960), foi celebrada a 1ª missa de Brasília. Foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e
inaugurado em 12 de setembro de 1981. Está localizado na Zona Cívico-Administrativa do
Eixo Monumental.
A obra foi objeto de fortes críticas dos setores mais conservadores, que viam no monumento
uma referência a um dos símbolos do comunismo: a foice e o martelo.
No local, encontram-se o corpo de JK, diversos pertences, como sua biblioteca pessoal, e
fotos tanto dele como de sua esposa Sarah. Apresenta obras projetadas por Athos Bulcão em
sua área externa, um vitral desenhado pela artista Marianne Peretti sobre a câmara
mortuária e uma escultura de 4,5 metros de autoria de Honório Peçanha.
A respeito das alternativas, a letra A está incorreta, uma vez que o Memorial foi construído
em uma área de 25.000 m², e não 2.000 m². A letra B não é a correta por colocar a data de
sua inauguração como 2002, sendo que ele foi inaugurado em 1981. A alternativa C é
incorreta por colocar como uma obra de Lúcio Costa, sendo que foi Niemeyer o seu
idealizador. A letra D também está errada porque o Memorial não foi construído para
receber todos os restos mortais dos presidentes da República, mas somente os de JK. Resta-
nos, finalmente, a alternativa E como a correta.
(Fontes: http://www.conhecendomuseus.com.br/museus/memorial-
jk/; http://wbrasilia.com/memorialjk.htm; http://www.brasilia.df.gov.br/memorial-jk/)
Juscelino Kubitschek foi presidente do Brasil entre 1956 e 1960, além de ser o responsável
pelo chamado nacional-desenvolvimentismo brasileiro, marcado por grandes investimentos
em transporte, produção de energia e crescimento econômico capitalista no Brasil.
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Durante o seu governo, ficou famoso o lema 50 anos em 5, cuja administração estava
baseada no seu Plano de Metas, um programa que dava ênfase às obras de infraestrutura e
industrialização.
Além de tais obras, o governo JK se dedicou à construção da nova capital federal, Brasília.
Seu plano urbanístico foi traçado por Lúcio Costa, e os projetos arquitetônicos, por Oscar
Niemeyer. Foi inaugurada em 21 de abril de 1960. Para a sua construção, trabalhadores se
empenharam dia e noite ao longo de três anos, em busca de dinheiro e melhores condições
de vida, enxergando, em Brasília, uma nova “terra prometida”.
Por sua vez, as elites e as classes médias foram beneficiadas pelas medidas tomadas por
Juscelino, em um momento de prosperidade nacional que ficou conhecido como anos
dourados. O rádio e a inserção da televisão foram meios de divulgação e entretenimento da
sociedade, ainda que a televisão tenha ocupado um espaço restrito da sociedade em virtude
de seu elevado custo.
296. Com a renúncia de Jânio Quadros, em 1961, o Brasil mergulhou em grave crise política, na
qual se fez presente a perspectiva de guerra civil. O vice-presidente João Goulart, acusado de
esquerdista e de comprometido com o radicalismo sindical, teve sua posse contestada pelos
adversários do getulismo. A crise somente foi contornada por meio da aprovação de um Ato
Adicional à Constituição de 1946. Esse Ato Adicional estabelecia:
B) A convocação imediata de novas eleições, ato que não agradou a setores mais conservadores
do exército.
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D) A criação de um gabinete civil-militar para governar o país até a realização de novas eleições,
mas que terminou por precipitar o Golpe Militar, em 1964, antes da efetivação das eleições.
Nas eleições de outubro de 1960, Jânio da Silva Quadros, apoiado pela UDN, foi eleito
presidente do Brasil, com 48% dos votos sobre Henrique Teixeira Lott (coligação PTB-PSD).
Para vice, novamente João Goulart foi eleito.
Carlos Lacerda, líder udenista, acusou Jânio de estar se relacionando diretamente com o
comunismo.
Ainda que tivesse prestígio popular (sobretudo em vista de sua vitória expressiva), Jânio não
possuía o apoio das forças políticas para sustentá-lo no poder. Sem o apoio da UDN, dos
grandes empresários e da imprensa, Jânio Quadros renunciou ao cargo em 25 de agosto de
1961, deixando uma carta direcionada ao Congresso, pela qual alegava que “forças terríveis”
se levantavam contra ele. O Congresso aceitou o pedido de Jânio, sendo que um impasse foi
estabelecido em relação à sucessão ao cargo.
De acordo com a Constituição, o cargo deveria ser entregue ao seu vice, João Goulart, que
estava em visita oficial à China. Assim, a presidência foi entregue ao presidente da Câmara
dos Deputados, Ranieri Mazzilli. A partir de então, dois grupos se formaram: um contrário à
posse de Jango, acusando-o de ser comunista (liderado por militares, udenistas e grandes
empresários); outro, liderado por sindicalistas e trabalhadores, profissionais liberais e
pequenos empresários, apoiava a sua posse. Para representar este grupo, formou-se a
chamada Frente Legalista, que pretendia garantir o cumprimento da lei, tendo surgido no Rio
Grande do Sul, sob a liderança do governador Lionel Brizola.
A saída para o impasse foi a aprovação do Ato Adicional nº. 4 à Constituição de 1946. Por
meio dele, seria adotado o regime parlamentarista na República.
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Dessa forma, Jango seria empossado presidente, como os legalistas desejavam, mas não teria
plenos poderes (os quais seriam atribuídos ao primeiro-ministro, indicado pelo Legislativo),
atendendo, dessa forma, às demandas dos opositores de Goulart.
De forma prática, João Goulart assumiria a presidência, mas com poderes limitados pelo
Congresso Nacional. Jango aceitou as condições e tomou posse em 07 de setembro de 1961,
sendo Tancredo Neves o primeiro-ministro.
297.
“Criado em 1961, durante o governo de Jânio Quadros, foi resultado de vários anos de trabalho
e luta política, dos irmãos Orlando, Cláudio e Leonardo Villas‐Bôas, ao lado de outras
personalidades.
Localizado ao norte do Mato Grosso, numa área com cerca de 30 mil quilômetros quadrados, é
considerada a maior e uma das mais famosas reservas do gênero no mundo.”
(Adap. de http://www.brasiloeste.com.br/especiais/)
230
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A questão trata do Parque Indígena do Xingu (PIX), uma área de aproximadamente 2.600
hectares, localizada na porção norte de Mato Grosso, divisa com o Pará, em uma região de
transição entre o cerrado e a Floresta Amazônica, na qual vivem mais de 6 mil indígenas de
etnias variadas. Espalhase por cerca de 26 a 30 mil quilômetros quadrados.
O PIX foi criado em 1961, durante o a presidência de Jânio Quadros, por iniciativa de
sertanistas liderados pelos irmãos Villas-Bôas (Cláudio, Orlando e Leonardo), com o intuito
de garantir a sobrevivência, melhores condições de vida e a posse da terra à população
indígena da região e para preservar sua cultura, hábitos e religião.
Nele vivem indígenas pertencentes aos troncos linguísticos tupi e macro-jê. O português é
falado como uma das línguas entre as diferentes etnias. Nas escolas das aldeias, as aulas são
dadas na língua da etnia de seus moradores, mas o português é ensinado em todas elas.
- Parque Nacional da Chapada dos Guimarães: criado em 1989, durante a presidência de José
Sarney;
Essa fotografia foi tirada em 1961, na posse de Jânio Quadros na presidência da República, e
mostra João Goulart, recém-eleito vice-presidente; Jânio Quadros, discursando com a faixa
presidencial; Juscelino Kubitschek, antecessor de Jânio na presidência.
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D) apenas muito tempo depois um presidente civil, eleito pelo voto popular, tornaria a entregar
a faixa ao seu sucessor.
A imagem na qual estão presentes Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart é
icônica do período, os três últimos presidentes civis eleitos pelo voto popular, no período
imediatamente anterior à Ditadura Militar Brasileira (1964-1985). É preciso destacar,
contudo, que João Goulart foi eleito como vice-presidente em 1955 e 1960, nas chapas de
Juscelino e Jânio Quadros, respectivamente. Neste período, as eleições eram dissociadas, ou
seja, a população votava de forma separada para presidente e vice-presidente do Brasil.
JK, presidente entre 1956 e início de 1961, apresentou um programa de governo voltado ao
nacional-desenvolvimentismo, além de seu famoso plano de metas, autointitulado “50 anos
em 5”. Teve um grande enfoque na industrialização do país e na concretização de seu plano.
Eleito em 1960, Jânio Quadros tomou posse em 31 de janeiro de 1961 e seu governo é
marcado por uma intensa instabilidade política, fruto dos problemas socioeconômicos
brasileiros. Em 25 de agosto de 1961, renuncia ao cargo de chefe do Executivo, sendo que o
seu vice, João Goulart, então em viagem diplomática à China, tem problemas para assumir a
presidência do Brasil, a qual a ele pertencia por direito.
Em meio às acusações sofridas de comunista, João Goulart assume o cargo sob o regime
parlamentarista, porém, com poderes reduzidos pelo Congresso Nacional.
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A) aliança entre o governo trabalhista brasileiro e os países do bloco socialista em plena Guerra
Fria, o que contribuiu para atiçar a histeria anticomunista e foi um dos fatores que levou ao
golpe civil-militar de 1964.
C) estabilidade política característica dos anos 1950 e 1960 no Brasil, quando setores da direita,
apoiados pela UDN, aceitaram condecorar o revolucionário cubano, sem que tal gesto tivesse
grande repercussão.
D) animosidade nas relações entre Cuba e o Brasil depois que os revolucionários cubanos
tomaram o poder em 1959, o que levou o Brasil a tomar a dianteira da luta anticomunista na
América do Sul.
E) política externa independente instituída em 1961, o que contribuiu para o isolamento político
do governo, revertendo o alinhamento com os EUA estabelecido anos antes, quando o PCB
passou a atuar na clandestinidade.
Tal atitude diz respeito à sua Política Externa Independente (PEI), na qual Jânio procurava
dialogar com diferentes países, levando-se em consideração as relações diplomáticas e o
estabelecimento de acordos comerciais, deixando-se de lado a polarização até então
estabelecida entre os polos “Leste-Oeste” e ”Norte-Sul” entre os países capitalistas e aqueles
ditos socialistas e, consequentemente, a dependência em relação a estes países.
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A política idealizada em 1961 pelo então ministro das Relações Exteriores, Afonso Arinos,
procurava estabelecer uma certa “neutralidade” no cenário internacional, colocando o Brasil
de forma mais independente de quaisquer interesses de outras nações, sobretudo dos
Estados Unidos, revertendo o seu alinhamento estabelecido anos antes, no qual o Partido
Comunista Brasileiro (PCB) foi colocado na clandestinidade.
300. Ato institucional era o decreto utilizado pelos militares para legitimarem suas decisões. Em
dezembro de 1968, ocorreu a promulgação do Ato Institucional no 5 (AI-5) que, em seu
preâmbulo, dizia-se ser uma necessidade para atingir os objetivos da revolução, “com vistas a
encontrar os meios indispensáveis para a obra de reconstrução econômica, financeira e moral
do país”.
B) Castello Branco e fixou eleições indiretas para governadores e prefeitos das capitais, acabou
com a garantia do habeas corpus e ampliou a repressão policial.
E) Ernesto Geisel e deu ao executivo plenos poderes para cassar mandatos, além de suspender
a estabilidade dos funcionários públicos e militares.
A alternativa A é a resposta certa, pois foi no governo do general Costa e Silva que o AI-5 foi
decretado, em 13 de dezembro de 1968. O impacto do AI-5 na história brasileira é bem
conhecido, mas não custa reiterar alguns pontos básicos. Para além da imagem corrente de
“golpe dentro do golpe”, o mais significativo é que ele representou um aprofundamento da
ditadura, ou da “revolução” como diziam seus apoiadores. O novo instrumento autoritário
armou o Estado de poderes extraordinários, tal como o primeiro Ato Institucional, editado
em 1964. No entanto, diferente do primeiro Ato, o AI-5 não tinha prazo de expiração e
poderia abrir caminho para ditadura eterna dos militares. Ele permitiu o fechamento do
sistema político, suspendeu direitos políticos de oposicionistas, permitiu ao Executivo a
cassação de mandatos, restringiu a cidadania, e permitiu a ampliação da repressão policial-
militar.
A alternativa B é falsa, pois o marechal do Exército brasileiro Humberto Castello Branco foi
um dos organizadores do Golpe Civil-Militar de 1964, governando o país até 1967, isto é,
antes de promulgarem o Ato Institucional nº 5.
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A alternativa C também é falsa, pois o presidente militar João Batista Figueiredo assume a
presidência da República em 1979, ao passo que o AI-5 já havia sido revogado no ano
anterior.
A alternativa D também é falsa, pois o presidente militar Emílio Garrastazu Médici governou
o país entre 1969 e 1974, isto é, após a promulgação do Ato Institucional nº 5. Além disso,
vale dizer que Médici conseguiu apaziguar os quartéis ao permitir que as aspirações e
interesses dos militares direitistas radicais, que defendiam o emprego sistemático da
repressão policial-militar contra todos os opositores da ditadura, se expressassem em seu
governo.
A alternativa E também é falsa, pois foi no governo do presidente militar Ernesto Geisel, entre
1974 e 1979, que se deu início a abertura política, como ele dizia: “lenta, gradual e segura”.
Geisel era considerado um militar da área moderada e foi no seu mandato que o Ato
Institucional nº 5 foi revogado, em 13 de outubro de 1978.
(MOTTA, 2018; CANCIAN, 2019; NEVES, 2019).
301. Assim, se é verdade que de 1946 a 1964 houve regularmente eleições para presidente,
deputados, senadores e governadores, é preciso reconhecer que sempre foi com grande
dificuldade que os perdedores aceitavam a derrota, sobretudo nas disputas para a Presidência.
As pregações em favor de golpes, anulações de resultados eleitorais e ameaças de impedir a
posse dos eleitos, quer por meio das armas, quer por meio de expedientes jurídicos, foram
frequentes. A democracia esteve o tempo todo sob risco.
(Luiz Koshiba e Denise M. F. Pereira. História do Brasil no contexto da história ocidental. São
Paulo: Atual, 2003).
A) 1946, pois os partidários do Partido Comunista consideraram ilegal a eleição de Eurico Dutra,
pelo seu apoio à Ditadura Vargas.
B) 1951, momento no qual a Câmara dos Deputados não reconheceu como legítima a vitória do
candidato Eduardo Gomes.
C) 1954, após o suicídio do presidente Vargas, quando o Senado questionou a posse do vice-
presidente Café Filho em função da sua ligação com o Partido Comunista.
D) 1961, quando alguns setores da sociedade não aceitavam, após a renúncia do presidente
Jânio Quadros, a posse do vice-presidente, João Goulart.
E) 1964, quando a posse de Carlos Lacerda não era aceita pelos partidos políticos mais
conservadores, apesar de ele ser eleito com a maioria absoluta de votos.
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A questão diz respeito ao período pré-ditadura, o qual ficou marcado pela renúncia do então
presidente Jânio Quadros, em 1961. Seu vice, João Goulart, seria o substituto imediato. No
entanto, setores da sociedade, como o próprio corpo militar, acusando-o de querer
implantar um regime comunista no Brasil, procuraram deslegitimar a sua posse.
Jango, porém, teve parte de seus poderes constitucionais transferidos para o Primeiro
Ministro, cargo instituído com o parlamentarismo.
302. O presidente João Goulart procurou implementar um programa que incluía reformas gerais
na estrutura social e política brasileira. Entre elas estava a concessão do direito de voto aos
analfabetos, a extensão dos direitos trabalhistas ao campo e a reforma agrária. (...)
Em nenhum outro momento da história do Brasil as pressões populares haviam sido tão
intensas. A política deixava de ser privilégio das elites. A política era jogada nas ruas, quartéis,
universidades, fazendas e fábricas. (...) No entanto, os grupos conservadores também se
articularam. Proprietários rurais, grandes empresários, setores das classes médias e militares
conspiraram contra o governo.
(Flavio de Campos, Lidia Aguiar, Regina Claro e Renan Miranda, O jogo da história).
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303. A construção da cidade de Brasília fez parte do processo desenvolvimentista dos anos 1950
liderado pelo presidente Juscelino Kubitschek e seu vice, João Goulart. O projeto modernizante
de JK assentava-se na política do “50 anos em 5”, que preconizava, entre outras coisas, dotar o
país de uma infraestrutura suficiente para sustentar a industrialização.
Com base nos conhecimentos sobre a política econômica desse período histórico brasileiro,
assinale a alternativa correta.
A) Disseminou o ensino técnico para todas as regiões do país, por meio dos institutos técnicos
federais.
E) Privatizou a Companhia Siderúrgica Nacional, com a abertura do seu capital para investidores
estrangeiros.
A) como uma tentativa de limitar a migração para o Centro do país e de reforçar o contingente
de mão de obra rural.
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C) dentro do rearranjo político do pós-Segunda Guerra Mundial, que se caracterizava pelo clima
de paz nas relações internacionais.
305. “(...) eu comecei a defender a tese que me valeu o título de golpista e até de fascista.
Comecei a defender a tese de que a eleição de outubro de 55 – a sucessão de Café Filho – não
poderia ser realizada com a lei eleitoral em vigor, toda cheia de defeitos (...)”
(Carlos Lacerda, apud José Dantas Filho e Francisco F. M. Doratioto, A República bossa-nova – A
democracia populista (1954-1964))
Entre os “defeitos” da lei eleitoral em vigor entre 1946 e 1964, é correto apontar
A) a proibição de coligações eleitorais para os cargos majoritários, que tornou comum as traições
partidárias, nas quais um candidato ao executivo apoiava um candidato a parlamentar de outro
partido.
B) a realização de eleições gerais a cada quatro anos, em todos os níveis, que potencializava a
importância da eleição presidencial e retirava a atenção dos pleitos estaduais e das casas
legislativas.
Somente a alternativa [E] está correta. Ao longo da República Brasileira, havia eleições para
presidente e para vice-presidente, o que poderia gerar problemas políticos caso fossem
eleitos um presidente e um vice de chapas diferentes. Isso aconteceu na eleição indireta à
presidência da República em 1891 quando Deodoro ganhou para presidente e Floriano, da
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outra chapa, foi eleito para vice. Isso incomodou o político da UDN Carlos Lacerda na eleição
de 1955 quando foram eleitos JK e João Goulart. Desde a eleição presidencial de 1989 não
há mais eleição para vice-presidente.
306. Dirijo-me a todos os brasileiros, não apenas aos que conseguiram adquirir instrução nas
escolas, mas também aos milhões de irmãos nossos que dão ao Brasil mais do que recebem, que
pagam em sofrimento, em miséria, em privações, o direito de ser brasileiro e de trabalhar sol a
sol para a grandeza deste país. Aqui estão os meus amigos trabalhadores, na presença das mais
significativas organizações operárias e lideranças populares deste país. Àqueles que reclamam
do Presidente da República uma palavra tranquilizadora para a Nação, o que posso dizer-lhes é
que só conquistaremos a paz social pela justiça social. A maioria dos brasileiros já não se
conforma com uma ordem social imperfeita, injusta e desumana.
No evento conhecido como Comício da Central do Brasil, o Presidente João Goulart proferiu
discurso em que reafirmava algumas das propostas de seu governo, atendendo a demandas de
organizações sindicais.
A proposta desse governo mais diretamente associada à promoção da justiça social foi:
307. Leia o fragmento a seguir, extraído de um artigo do jornalista Carlos Lacerda, publicado no
jornal A Tribuna da Imprensa, em de junho de 1950.
O Sr. Getúlio Vargas senador, não deve ser candidato à presidência. Candidato, não deve ser
eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo
de governar.
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A) Marca o rompimento público com o trabalhismo, devido aos planos ditatoriais de Vargas.
B) Reflete a posição dos setores liberais contrários à aproximação do Brasil com os países do
Leste europeu.
Carlos Lacerda foi o maior opositor que Getúlio Vargas enfrentou em sua carreira política.
Parte da oposição que Lacerda fazia à Vargas centrava-se na crítica à política trabalhista
varguista, conhecida como trabalhismo.
I. A experiência parlamentarista brasileira, que durou pouco mais de um ano, foi recusada pelo
povo brasileiro através de um plebiscito.
II. Tancredo Neves foi o Primeiro Ministro durante o breve período em que ocorreu o
parlamentarismo brasileiro.
III. Com a renúncia do Presidente Jânio Quadros, João Goulart, o vice-presidente, assumiu a
Presidência; contudo, a emenda parlamentarista restringiu os seus poderes.
A) II e III apenas.
B) I e II apenas.
C) I e III apenas.
D) I, II e III.
A questão faz menção à experiência parlamentarista que o Brasil viveu entre setembro de
1961 até janeiro de 1963. Esta experiência começou logo após a renúncia de Jânio Quadros
em agosto de 1961, após uma grave crise política. A adoção do parlamentarismo era vista
como uma saída para esta crise política. Tancredo Neves foi o Primeiro Ministro, seguido por
outros. Jango assumiu o governo com um sistema parlamentarista de governo que limitava
sua esfera de atuação, o tendo em vista que era o Primeiro Ministro quem possuía mais
poder.
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309. Observe a capa do exemplar n.º 16 do jornal ex-16, publicado em novembro de 1975.
A) declaravam, de forma indireta, seu apoio ao regime militar, então em vigor no Brasil.
O jornal Ex- circulou no Brasil durante o período da Ditadura Militar, entre os anos de 1973
e 1975. Sua periodicidade era mensal e ele funcionou como um importante instrumento de
mídia alternativa neste período, em oposição aos militares.
A edição apresentada na questão traz a figura do jornalista Vladimir Herzog, preso, torturado
e assassinado em 25 de outubro de 1975 pelos militares, por se opor à Ditadura e estar
associado aos ideais comunistas.
O jornal, contrário ao regime militar, publicou a foto de Vladimir após a sua morte, sob os
dizeres contidos no Hino da República: “Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós”,
enquanto uma forma de denúncia às arbitrariedades do Poder Executivo, que poderia
determinar o fim dos direitos políticos de deputados e senadores, censurar os meios de
comunicação, além de ter um respaldo político e constitucional através da Constituição de
1967, que incorporava os Atos Institucionais elaborados pelos militares.
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Essa Constituição
(Ignacy Sachs. Quo Vadis, Brasil? In Ignacy Sachs, Jorge Wilheim e Paulo Sérgio Pinheiro (org.).
Brasil: um século de transformações, 2001.)
A) A economia brasileira cresceu de forma sustentável apenas na região mais pobre do país, o
Centro-Oeste.
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C) O pequeno aumento das riquezas nacionais permitiu que a maior parte dos brasileiros
conquistasse a cidadania plena.
Neste sentido, ainda que o país tenha se tornado uma das grandes potências econômicas
mundiais, isto se deu através de desigualdades sociais e má distribuição econômica,
sobretudo a partir da década de 1950. Os mecanismos de industrialização estiveram
inseridos desde a agricultura até no desenvolvimento das cidades, que ampliaram a
economia brasileira.
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O AI-5, que endureceu o poder dos militares, legalizou a censura e favoreceu as torturas aos
opositores políticos do regime, vigorou até dezembro de 1978, quando foi extinto.
Em 1979, foi promulgada, durante o governo de João Baptista Figueiredo (último dos
presidentes militares), a Lei da Anistia, que concedia o “perdão” político a deputados e
perseguidos políticos durante a Ditadura, além de possibilitar o retorno ao Brasil de exilados.
Simultaneamente, tal lei concedia o perdão aos militares que torturaram os opositores,
sofrendo críticas ao longo dos anos.
Elas somente ocorreram, contudo, somente em 1989, com a vitória de Fernando Collor de
Melo.
313. Um dos pontos altos da Constituição é o artigo 5.º, que garante amplas liberdades [...]
Foram asseguradas as liberdades de manifestação, opinião e organização. O crime de racismo
foi considerado inafiançável e imprescritível…
(Marco Antônio Villa. A história das Constituições brasileiras. São Paulo: Leya, 2011, p. 119)
Ela levou essa denominação pelo então deputado Ulysses Guimarães, por trazer e garantir
avanços sociais e políticos, sobretudo no que diz respeito às diferenças étnico-culturais, além
de ter sido elaborada em um contexto de redemocratização brasileira, após os 21 anos de
Ditadura Militar (1964-1985).
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O voto universal, eleições diretas para o Executivo, garantia do habeas corpus para presos
políticos, dentre outros direitos humanos que estavam em consonância com a Declaração
Universal dos Direitos Humanos de 1948.
314. Considerando o regime político brasileiro após a Constituição de 1988, pode-se dizer que o
Brasil é um/uma:
D) Parlamentarismo republicano.
1. Nepotismo
2. Corrupção
3. Clientelismo
4. Propina
5. Impeachment
( ) Ato de se utilizar do setor público para benefício próprio ou de colegas, obtendo sobretudo
ganhos financeiros ilícitos.
( ) No Brasil, diz respeito a uma quantidade de dinheiro oferecida a algum agente do Estado para
obter favores ilícitos. É um tipo de suborno.
( ) Troca de favores entre quem detém o poder e o eleitorado que tem como objetivo manter
alguém ou grupo de pessoas no poder.
A sequência correta é:
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A) 1, 2, 3, 4 e 5.
B) 3, 5, 2, 4 e 1.
C) 2, 1, 4, 3 e 5.
D) 4, 5, 2, 1 e 3.
E) 5, 3, 1, 4 e 2.
A) A privatização da Vale do Rio Doce foi encabeçada pelo governo de Fernando Collor de Mello,
que tinha uma postura política vinculada ao neoliberalismo mundial.
B) A privatização da Vale do Rio Doce, no governo de Fernando Henrique Cardoso, e teve como
principal objetivo atrair o capital produtivo internacional.
C) A privatização da Vale do Rio Doce foi negociada no governo do Itamar Franco, como medida
de combate à inflação, que alcançou o percentual de 1764 no ano de 1989.
D) A privatização da Vale do Rio Doce foi encabeçada pelo governo de Fernando Henrique
Cardoso e foi uma medida consensual do ponto de vista político, uma vez que nenhum partido
se opôs à ação.
E) A privatização da Vale do Rio Doce foi feita durante o primeiro governo Lula e teve como
principal objetivo atrair o capital especulativo internacional.
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B) A abertura da economia e a redução das tarifas externas, a partir dos anos 1990.
E) A valorização dos setores industriais ligados à tecnologia da informação, por meio da política
de substituição de importações a partir de 1980.
318. Um condicionante decisivo para o triunfo de Collor foi o “agressivo” marketing de sua
campanha. Collor e sua assessoria apostaram na construção da imagem de um candidato jovem,
moderno, decidido e, principalmente, diferente dos demais políticos. Além disso, prometia
moralizar a política e se apresentava como protetor dos “descamisados” e “pés-descalços”,
prometendo-lhes solucionar todos os seus problemas.
MACHADO, Fabiana Michelle de Sousa. Política econômica e política externa do governo Collor
1990-1992. Belo Horizonte: Centro Universitário, 2007.
O Plano Collor – nas suas duas versões, Collor I e Collor II – buscava trazer melhorias à
economia brasileira através de algumas medidas até certo ponto radicais, mas não atingiu
seus objetivos.
319. Na história republicana brasileira (1889-2015), os dois presidentes que governaram o país
por períodos mais longos, além de Getúlio Vargas, foram:
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FHC e Lula governaram por oito anos devido ao dispositivo da reeleição. Vargas governou
por 19 anos, somando seus dois governos.
320. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, sobre a história do Brasil
contemporâneo.
( ) O governo de José Sarney foi marcado pela aprovação do mandato presidencial de quatro
anos, pelo controle rígido da inflação com o Plano Cruzado e pela estatização das
telecomunicações no Brasil.
( ) O Brasil passou por um processo de integração política, social e econômica com países da
América Latina, após o período da transição democrática e da definição de uma nova carta
constitucional em 1988.
( ) A estabilidade monetária alcançada a partir do governo de Itamar Franco foi a principal causa
para o fim dos conflitos fundiários no Brasil, na década de 1990, contexto de democratização de
acesso à terra.
A) V – F – V – F.
B) F – F – V – V.
C) F – V – F – V.
D) V – V – F – F.
E) F – V – V – F.
A segunda afirmativa é falsa, porque o governo Sarney não alcançou o controle inflacionário
nem a estabilidade da moeda nacional;
A quarta afirmativa é falsa, porque não houve democratização do acesso à terra no Brasil
durante o governo Itamar Franco. Essa democratização, aliás, ainda não foi alcançada no
país.
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321. A imagem a seguir, divulgada no site do jornal O Estado de São Paulo, retrata o movimento
social de grupos que pedem o impeachment do governo de Dilma Roussef na manifestação de
16 de agosto de 2015.
D) Nas eleições de 1989, Fernando Collor de Melo contou com um amplo apoio da mídia, o que
contribuiu para a sua vitória. Em 1992, após grande pressão popular, a Câmara dos Deputados
votou pelo afastamento do presidente depois da investigação da CPI que, diferentemente do
contexto político atual, confirmou a sua participação direta em um esquema de corrupção.
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322. A imagem abaixo retrata cenas do movimento dos caras pintadas que marcou o Brasil
durante o ano de 1992.
Observe que, ao fundo, identificamos Brasília e, em destaque, dois jovens marcam o rosto com
tinta nas cores verde e amarela presentes na bandeira nacional. O país se transformou em um
palco de reivindicações e direcionou o futuro, exigindo:
Somente a proposição [D] está correta. A questão aponta para o “Movimento Cara Pintada”
em 1992 que contribuiu para o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello. O
vice-presidente da República Itamar Franco assumiu e concluiu o mandato.
323. Com o término da Ditadura Militar em 1985, os primeiros governos civis tiveram como
objetivos:
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324. O movimento dos caras pintadas ocorreu no ano de 1992, quando milhões de brasileiros
foram às ruas, liderados por jovens estudantes, pressionando pelo impeachment do então
presidente da república Fernando Collor de Melo. Na atualidade, dois grandes movimentos de
repercussão nacional levaram novamente milhões de jovens às ruas, sendo eles:
A) a luta contra o aumento das passagens de ônibus urbanos em 2013 e contra o fechamento
de escolas em São Paulo em 2015.
C) a luta contra a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil em 2013 e a favor da
permanência de Renan Calheiros na Presidência do Senado em 2014.
D) a luta contra a tomada de empréstimos do FMI em 2014 e contra a adesão do Brasil à guerra
ao terrorismo do Estado Islâmico em 2015.
325. O ano de 2016 destaca-se pela realização de um grande evento internacional em terras
brasileiras. Tendo sua origem histórica remontada na vida cultural grega, essa experiência foi
retomada e se apresenta como uma grande expressão de encontro da diversidade dos povos da
terra. Esse ano o Brasil será palco da XXXI edição:
A) do Lollapalooza.
D) do Campus Party.
A questão faz referência aos jogos olímpicos que começaram na Grécia Antiga visando à
confraternização das pólis e homenagear Zeus, o maior dos deuses do Monte Olimpo. No
final do século XIX, estes jogos foram retomados. Em 2016, a cidade do Rio de janeiro será a
sede desta competição.
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Ao longo da década de 1990, a referida política econômica manifestou-se no Brasil por meio da:
327. “O que se denominava partido político, na primeira metade do século XIX diferencia-se da
compreensão atual: era mais do que ‘tomar um partido’ e constituía-se em formas de
agrupamento em torno de um líder, ou através de palavras de ordem e da imprensa em
determinados espaços associativos ou de sociabilidade e a partir de interesses ou motivações
específicas, além de se delimitarem por lealdades ou afinidades (intelectuais, econômicas,
culturais etc.) entre seus participantes. Tais grupos eram identificados por rótulos ou
nomeações, pejorativos ou não”.
MOREL, Marco. O período das Regências (1831-1840). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. p.32).
Embora a análise do historiador seja do século XIX, o atual quadro político no Brasil tem
retomado as mesmas caracterizações ao partido que se encontra no poder. Como exemplo disso
podemos evidenciar:
II. Negação das contribuições sociais, obtidas no Brasil pelo governo do Partido dos
Trabalhadores.
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IV. Interdição do atual governo, sob a alegação de superação para a conjuntura atual.
São verdadeiras
B) apenas I, II e III.
C) apenas III e IV
E) apenas I e IV.
Embora seja discutível, o gabarito considera a alternativa [A] como correta. Há uma grande
polarização no debate sobre política nacional entre “coxinha” e “petralha”, há também muito
ódio permeando a discussão e a influência da mídia é inegável. Tudo isso tem empobrecido
o debate político o que não interessa ao país. Os partidos políticos deveriam trabalhar para
construir um projeto republicano para o Brasil, um projeto de nação e não construir um
projeto de poder como fazem os partidos políticos.
328. Associe os nomes dos presidentes brasileiros do período da Nova República (coluna A) às
características de sua Presidência (coluna B).
Coluna A
1. José Sarney
Coluna B
( ) Seu mandato foi marcado pela busca da estabilidade monetária, pelo controle da emissão de
moedas e pelo baixo crescimento industrial, devido aos efeitos negativos sobre a indústria,
decorrentes da abertura da economia brasileira ao mercado internacional.
( ) Sua presidência foi marcada pela estabilidade monetária, pelo crescimento da economia,
impulsionado pela exportação de commodities, e pelo incremento do consumo interno, através
de políticas de ampliação de renda e crédito, e de redistribuição de renda.
( ) Seu governo enfrentou uma forte inflação através de planos econômicos como o Plano
Cruzado, o Plano Cruzado II e o Plano Verão, que acabaram fracassando e gerando grande
impopularidade ao presidente no fim de seu mandato.
253
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( ) Tentou marcar o seu governo pelo slogan “Tudo Pelo Social”, promovendo a criação da
“farmácia básica” e do seguro desemprego, a extensão dos benefícios da previdência ao
trabalhador rural e a aplicação do Programa do Leite.
A) 1 – 2 – 3 – 4 – 3
B) 2 – 3 – 4 – 1 – 2
C) 3 – 1 – 4 – 2 – 4
D) 3 – 4 – 1 – 2 – 1
E) 3 – 4 – 2 – 1 – 4
A associação correta é:
3 – FHC – governo marcado pelo controle monetário a partir da criação do Plano Real;
4 – Lula – governo marcado por programas sociais que promoveram a redistribuição de renda
no Brasil;
1 – Sarney – governo marcado por tentativas frustradas de controle da inflação, através dos
Planos Cruzado, Cruzado II e Verão;
2 – Collor de Mello – governo marcado pelo confisco da poupança dos brasileiros e por graves
denúncias de corrupção;
1 – Sarney – “tudo pelo social”, farmácia popular, seguro desemprego e programa do leite
são feitos do governo de José Sarney.
329. O nascimento do Brasil como Estado Nacional, na primeira metade do século XIX, coincide
com o esforço das elites locais para estabelecer uma identidade nacional brasileira. Com o
advento da República, em 1889, vê‐se a preocupação de buscar no passado elementos que
legitimassem a nova ordem. É na Era Vargas (1930‐1945), especialmente durante a ditadura do
Estado Novo (1937‐1945), contudo, que o projeto de afirmação da nacionalidade adquire foros
de algo sistemático, conduzido pelo governo central.
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Conforme disposição legal, a disciplina história da África, a ser ministrada em todos os níveis de
ensino, deve se restringir, fundamentalmente, ao estudo da escravidão.
A afirmativa desta questão está errada, pois o atual texto da Lei 10.639/03 propõe novas
diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana,
englobando uma temática mais ampla do que o fenômeno da escravidão negra, mas também
a história do continente africano. Por exemplo, os professores devem ressaltar em sala de
aula a cultura afro-brasileira como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na qual
os negros são considerados como sujeitos históricos, valorizando-se, portanto, o
pensamento e as ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, a cultura (música,
culinária, dança) e as religiões de matrizes africanas.
(CARVALHO, 2019).
A afirmativa desta questão está certa, pois de fato o ensino da história e cultura afro-
brasileira e africana, após a aprovação da Lei 10.639/03, fez-se necessário para garantir uma
ressignificação e valorização cultural das matrizes africanas que formam a diversidade
cultural brasileira. Portanto, os professores exercem importante papel no processo da luta
contra o preconceito e a discriminação racial no Brasil. É importante assinalar também que
a contribuição da África para a cultura universal, a despeito da desqualificação cultivada por
alguns segmentos de opinião, tem sido crescentemente valorizada por um número cada vez
maior de centros acadêmicos e por organismos como a Organização das Nações Unidas para
a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
Apesar de nem sempre acompanhadas da devida atenção por parte de países que, como o
Brasil, deveriam ter pautado essa discussão como prioridade, tais iniciativas evidenciam, de
qualquer modo, a projeção que os estudos africanistas têm alcançado.
(SERRANO; WALDMAN, 2010; CARVALHO, 2019).
331. Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma nos itens abaixo sobre o
comércio de pessoas e mercadorias no continente africano.
( ) A história da África é marcada desde a antiguidade pelas relações entre tráfico de escravos e
diásporas.
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( ) Após a formação de Axum no século III d.C. ocorreu um incremento nos bens comerciais
com ampliação para a venda de escravos.
( ) com a consolidação do mundo muçulmano, desde o século VII d.C. tem havido uma
diminuição na correlação tráfico escravista e diáspora.
A) F, F, V, V.
B) V, V, F, F.
C) F, V, F, V.
D) V, F, V, F.
A alternativa D é a resposta certa, uma vez que a primeira proposição é verdadeira, a segunda
é a falsa, a terceira é verdadeira e a quarta é falsa.
A terceira proposição é verdadeira, uma vez que de fato após a formação de Axum no século
III d.C. ocorreu um incremento nos bens comerciais com ampliação para a venda de escravos.
Mas desde o século V a. C., onde hoje está a Etiópia, já se desenvolveu o Reino de Áxum. Em
certo momento, Áxum chegou a ser a potência dominante da região, entre o Império
Romano e o Império Persa.
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Através do porto de Adulis, no Mar Vermelho, tinham contanto com comerciantes da Arábia
antes de surgir o Islamismo, além de comerciantes da China e da Índia. Adulis exportava
escravos, marfim e chifres de rinoceronte. Apesar do reino sofrer perdas para os invasores
árabes e persas, manteve-se de pé e cristão durante os mil anos seguintes.
A quarta proposição é falsa, porque o contato efetivo e permanente dos europeus com os
africanos ocorre no século XV, quando intensifica o tráfico de escravos pelo atlântico, até
mesmo de regiões árabes. Além disso, mais tarde, no século XIX, quando vigorou o avanço
da industrialização, a escravidão proporcionada pelos árabes se intensificou, num cenário em
que o continente africano deixa de ser requisitado para fornecer escravos e passa a ser
solicitado para exportar guano, ouro, diamante, óleo de palmas e madeiras de lei.
(SERRANO; WALDMAN, 2010; SILVA FILHO, 2013).
A alternativa B está incorreta, pois a islamização do Sudão só atinge níveis sociais mais
amplos, homogeneizando-se, no princípio do século XVI, quando por volta de 1500, uma
confederação árabe e os Funjes (ou Fungues) puseram fim ao reino de Alódia, reino cristão
mais meridional do Sudão. Daí em diante, a metade norte do Sudão abrigaria povos
racialmente mesclados, na maioria muçulmanos e árabes.
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A alternativa C também está incorreta, pois a islamização do Sudão não poder ser
considerado um processo uniforme, na medida em que inicialmente apenas as classes
dirigentes se alinharam ao islamismo. Apenas na época moderna que o islamismo ganha
uniformidade no Sudão.
A alternativa D também está incorreta, pois o sincretismo, com grande difusão do sufismo
adaptado às culturas locais, é um fenômeno que advém da modernidade com a ampliação
da religião entre as classes sociais, não podendo ser considerado desde o período medieval.
Muitos sufis na África são sincréticos, praticando crenças folclóricas tradicionais. Salafistas
criticam os folcloristas sufis, pois alegam ter incorporado crenças "não-islâmicas" em suas
práticas, tais como a celebração dos vários eventos, visitando os santuários de "santos
islâmicos", dançando durante a oração (dançarinos dervixes ou "dervixes rodopiantes"). A
África Ocidental e o Sudão têm várias ordens sufis, considerados com ceticismo pelos mais
estritos ramos do Islã no Oriente Médio. A maioria das ordens sufis na África Ocidental
enfatizam o papel de um guia espiritual (marabu) ou a posse de poderes sobrenaturais,
considerada como uma africanização do Islã.
(FRANCISCO, 2019).
333. As relações entre o Egito e os outros Estados africanos do curso do Nilo, como de Napata e
Méroe, foram marcadas por trocas intensas e pela fundação de uma dinastia etíope ou
sudanesa, criada com a tomada do poder faraônico por reis kushitas.
A afirmativa desta questão está correta, de modo que a princípio uma colônia egípcia, Kush
mais tarde veio a dominar o Egito e boa parte do vale do rio Nilo. Sua civilização reunia a
cultura egípcia e a de outros povos africanos. O reino de Kush era muito rico. Além de possuir
minas de ouro e terras cultiváveis, ficava em uma ótima localização para comerciar com
outros povos. Os cuchitas transportavam mercadorias pelo rio Nilo e também por estradas
que levavam ao mar Vermelho.
Eles vendiam ouro, incenso, marfim, ébano, óleos, penas de avestruz e pele de leopardo. A
Núbia originalmente era parte do Egito antigo. Durante o século XV a.C., o Egito dividiu a
Núbia em duas partes. Kush era a parte sul. Por volta do século XI a.C., o Egito enfraqueceu.
No século VIII a.C., os cuchitas o conquistaram, mas não conseguiram dominá-lo por muito
tempo. No século VII a.C., os assírios, da Ásia, os repeliram de volta à Núbia. Kush tornou-se
um reino menor do vale do Nilo e assim permaneceu durante quase mil anos. Por volta do
ano 350 da era cristã, o reino de Aksum acabou por liquidá-lo.
(ENCYCLOPÆDIA-BRITANNICA; CAPES, 2019).
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A) Os dilemas decorrentes dos achados arqueológicos das ruínas do grande Zimbábue foram
esclarecidos com a descoberta de fontes escritas que permitiram desvendar a história desse
reino e, principalmente, as razões de seu declínio.
B) Os portugueses desconsideravam as organizações africanas, por isso o uso da força era a única
estratégia de dominação dos portugueses contra os africanos.
D) O Reino do Congo, cuja economia incluía atividades rurais e um rico comércio de tecidos,
metais e animais, entrou em decadência no século XV, momento em que foi rapidamente
conquistado por Portugal.
A alternativa A está incorreta, pois o declínio do grande Zimbábue ocorreu no período das
colonizações europeias na África subsaariana, principalmente com as investidas de Portugal
na região em busca de escravos. Os portugueses destruíram o comércio e começaram uma
série de guerras que deixaram o império em quase colapso no início do século XVII. Como
resposta direta à agressão portuguesa no interior, surgiu um novo estado Kalanga chamado
Império Rozwi.
A alternativa B é falsa, uma vez que os portugueses fizeram diversas investidas comerciais na
África, das quais utilizavam-se práticas “diplomáticas”. É certo que houve inúmeras
estratégias de dominação dos africanos, usando da força bélica principalmente, mas não
cabe generalizações. O próprio tráfico de escravos no Atlântico dependia de uma relação
com as organizações africanas que já estavam estabelecidas, de modo a realizar o comércio
com grupos que capturavam seus inimigos e comercializavam com os portugueses.
A alternativa C também é falsa, de modo que a África Oriental compreende à região mais a
Leste do continente, que é a região dos grandes lagos, com poucos rios, mas com realce para
o Nilo, que teve grandes povoações no seu entorno ao longo da História da África. A
população dessa região dedica-se principalmente à agricultura e criação de gado. As
principais culturas são: café, banana, copra, algodão, caju e amendoim. A criação de gado
bovino e de ovinos é habitual nesta região. Os países dessa região são: Tanzânia, Uganda,
Ruanda, Burundi, Quênia, Etiópia, Somália, Djibuti, Eritreia, Madagascar, Seychelles,
Comores, Maurício e Ilha da Reunião.
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A alternativa D também é falsa, pois o Reino do Congo não entra em decadência no século
XV, tampouco é rapitamente conquistado por Portugal. Só para se ter uma ideia da grandeza
desse reino, a capital tinha dezenas de milhares de habitantes, maior do que muitas cidades
europeias do século XVII e impressionou os portugueses pela organização e beleza das casas,
decoradas com tecidos nas paredes. No que temos relato, com a chegada das caravelas
portuguesas, o Reino do Congo, já em meados do século XV, possuía uma estrutura política
descentralizada, tendo por base as chefias das aldeias. O reino era constituído por uma
aristocracia dominante composta de 12 candas, ou clãs, localizados ao redor de Banza Congo,
sede do reino bacongo. O processo de escolha de um rei era eletivo com a participação da
aristocracia representada pelos muxicongos de cada canda de Banza Congo. O eleito, porém,
deveria ser descendente do rei. Como o rei podia casar-se com várias mulheres pertencentes
às candas, os chefes menores estavam ligados a ele por parentesco, assim o poder mantinha-
se circulando entre os aristocratas. Mas o modo de organização do reino, principalmente em
sua estrutura social, nos costumes e na religião, foi modificado devido a influência dos
portugueses, sobre os chefes locais. O catolicismo quebrou os alicerces que permitiam uma
harmonia na sociedade congolesa, pois o catolicismo em seus preceitos chocava-se com as
práticas da poligamia, da sucessão ao poder a partir da linhagem matrilinear e do direito de
primogenitura.
A alternativa E está correta. O Império do Mali foi um estado grande e rico que existiu na
África ocidental do século XIII ao XVI. Expandiu-se a partir de um pequeno reino chamado
Cangaba, às margens do rio Níger, para uma vasta área que incluía algumas das mais
importantes regiões comerciais da época. O comércio e a mineração de ouro foram
responsáveis pela riqueza do Mali. O Mali era um reino do povo malinqué. Seu fundador
chamava-se Sundiata Keita. Ele assumiu o poder em Cangaba por volta de 1230 e começou a
conquistar as terras ao redor, que eram ricas em minerais valiosos como ouro e sal. O império
cresceu rapidamente. O mais famoso imperador do Mali foi Musa, que ascendeu ao trono
por volta de 1307. Musa era muçulmano, embora muitos de seu povo cultuassem seus
deuses tradicionais. Sua grande peregrinação (viagem religiosa) em 1324 à cidade sagrada
de Meca tornou o Mali famoso na faixa que vai do centro-norte da África à Arábia. Dizem
que ele levou consigo 60 mil seguidores e escravos ricamente vestidos. Também se diz que
cada um dos oitenta camelos de sua caravana carregava 135 quilos de ouro. Musa
acrescentou as cidades comerciais de Tombuctu e Gao ao seu império. Em seguida, ordenou
a construção de muitos edifícios nessas cidades e em outros lugares. Alguns desses edifícios
eram lugares de culto muçulmano, como a Grande Mesquita de Tombuctu. Ele também
apoiou artistas e eruditos, tendo criado uma Universidade em Tombuctu durante seu
reinado. Como a cidade era um grande centro de estudos superiores islâmicos, havia intenso
comércio de livros de Matemática, História, Medicina, Lógica e Astronomia. Um velho
provérbio africano dizia que “O sal vem do norte, o ouro vem do sul, mas as palavras de Deus
e os tesouros da sabedoria vêm de Tombuctu”. O império começou a declinar no século XV.
Algumas das cidades se rebelaram contra os governantes e outras foram atacadas pelos
povos vizinhos. Em 1550, o Império do Mali havia perdido grande parte de seu poderio. Seu
nome permanece hoje no moderno país chamado Mali, que resultou de três impérios: o do
Mali, o de Gana e o Songai.
(SERRANO; WALDMAN, 2010; ENCYCLOPÆDIA-BRITANNICA; CAPES, 2019).
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Desde então, ela teve um papel principal na acumulação de capital gerado pelo comércio e pela
pilhagem, organizados em escala mundial.
M. Malowist. A luta pelo comércio internacional e suas implicações para a África. In: Allan Ogot
Bethwell (ed.). História geral da África: África do século XVI ao XVIII. Brasília: UNESCO, 2010, p.
2 (com adaptações).
A respeito de aspectos ligados ao processo histórico de que trata o texto apresentado, assinale
a opção correta.
B) A África subsaariana era, em sua totalidade, desconhecida dos europeus até sua costa ter sido
alcançada pelas embarcações portuguesas.
C) A África apresentava grande diversidade cultural, social e política. Em termos políticos, por
exemplo, os portugueses se depararam com potentados grandiosos, como o Império do Mali e
o Reino do Congo.
D) As regiões costeiras da África eram as únicas fontes de cativos para o tráfico atlântico.
E) As dinâmicas internas da sociedade europeia foram pouco influenciadas pelo contato com os
povos africanos e americanos, ocorrido a partir da expansão marítima.
A alternativa B também é falsa, pois os europeus podiam até não ter contato direto com
certas regiões da África subsaariana, mas não se pode afirmar que desconheciam por
completo da sua existência. Uma visão europeia do continente africano seria a de que este
enfrentasse uma condição de isolamento, observando relatos referentes à dificuldades em
ultrapassar barreiras, como as corredeiras dos rios, que podemos dar um exemplo das
Cataratas de Livingstone, localizadas num ponto onde o Rio Zaire limita com a declividade
das áreas planálticas, que configurariam um obstáculo a ser vencido. Entretanto, tais
discursos são exclusivamente europeus, pelo fato desses acidentes naturais dificultarem a
eles o acesso ao interior do continente. Já para as populações locais tais rugosidades nunca
se revestiram da dramaticidade pregada pela visão colonialista.
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Aliás, essas barreiras poderiam ser antes entendidas como muralhas naturais para deter a
invasão europeia, mas de forma alguma seriam obstáculos à civilização.
A alternativa C está correta, de tal modo que o continente africano teria sido o palco de
diversas sociedades organizadas e estruturadas muito antes dos europeus. Por exemplo,
desde o século XIII, numa região banhada pelo rio Níger, imperou o Reino do Mali. Já o Reino
do Congo contava com uma capital, por exemplo, que tinha dezenas de milhares de
habitantes, maior do que muitas cidades europeias do século XVII e impressionou os
portugueses pela organização e beleza das casas, decoradas com tecidos nas paredes.
336. Entre os séculos VIII e XVII, a África ao sul do deserto do Saara era habitada por vários povos
negro‐africanos, cada um com seu jeito próprio de ser. Alguns desses povos construíram
impérios e reinos prósperos e organizados, como o Império do Mali e o Reino do Congo. Há
poucos documentos escritos sobre o Mali; os vestígios arqueológicos (vasos, potes, panelas,
restos de alimentos e de fogueiras) também são reduzidos. Dentro do contexto da história
africana e de alguns impérios como o Mali, conferia‐se a importância notável aos griots, que:
B) Eram os líderes religiosos, que baseados em conhecimentos ancestrais, ainda mantêm intacta
a religião de seus antepassados.
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D) Detinham o poder entre as mais variadas tribos por serem os únicos proprietários de terras,
responsáveis por distribuir o trabalho e a produção.
A alternativa A é falsa, uma vez que os griots não eram guerreiros e nem eram um grupo
majoritário, ao passo que os griots eram guardiões da palavra, pessoas escolhidas,
geralmente entre os anciãos, para exercer a função de conduzir os ensinamentos na
comunidade em que vivia.
A alternativa B também é falsa, de modo que o griot não era um líder religioso, apesar de
que as histórias que contava certamente eram povoadas de figuras míticas e heroicas da
religiosidade. Em todo caso, o líder religioso nas comunidades africanas era considerado o
conselheiro mais importante, abaixo apenas do grande líder na hierarquia tribal.
A alternativa C está correta, pois de fato os griots eram os indivíduos que tinham o
compromisso de preservar e transmitir histórias, fatos históricos, os conhecimentos e as
canções de seu povo.
A alternativa D também é falsa, uma vez que os griots não eram proprietários de terras, mais
sim guardiões da tradição, estando presente ainda hoje em muitos lugares da África
Ocidental, incluindo Mali, Gâmbia, Guiné e Senegal, e entre os povos Fula, Hausá, Woolog,
Dagomba e entre os árabes da Mauritânia.
(SERRANO; WALDMAN, 2010; PEREIRA, 2019).
337. Os estudos africanos, área de crescente interesse entre os historiadores brasileiros, têm
revelado a existência de um grande número de sociedades e culturas na África que poderiam
ser estudadas nas escolas. Além disso, há algumas décadas, pesquisadores africanos produzem
qualificadas investigações que possibilitam o reconhecimento de importantes contribuições do
passado africano para o patrimônio histórico da humanidade.
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item a seguir, a respeito do processo
de humanização e das dinâmicas na formação das sociedades africanas.
O aparecimento dos Estados em África ocorreu por influência das sociedades orientais e
mediterrâneas; as sociedades africanas antigas desconheciam as organizações estatais.
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A afirmativa desta questão está errada, de tal modo que quando os europeus vieram a ter
contato direto com as comunidades africanas, eles se surpreenderam, pois encontraram
organizações sociais bem estruturadas. Além disso, desde tempos muito remotos, o que se
presenciava na África era uma intrincada rede de caminhos ou de trocas. Evidentemente, os
circuitos articulados pelo comercio de longa distância, tanto o marítimo quanto o saariano,
pela própria natureza que os animava, desdobraram-se em epifenômenos que diferem dos
relacionados com o mercado local. A intensificação das trocas induziu uma especialização,
engendrando centros urbanos cuja finalidade exclusiva era o intercambio. Temos assim uma
infinidade de grupos humanos que se organizaram em sociedades complexas desenvolvendo
atividades econômicas, políticas e culturais. Dois grandes grupos étnicos podem ser
identificados separados pelo Saara: ao norte, o grupo árabe Berbere com um patrimônio
genético mediterrâneo; e ao sul o grupo negro originado dos troncos sudanês e bantu e
algumas variantes locais. A expansão de grupos étnicos influenciou na criação dos reinos
africanos. A união de várias etnias e sua posterior organização política foram os primeiros
passos para o desenvolvimento dos reinos africanos. Alguns reinos se destacaram na história
da África, como o reino de Kush, o reino Songhai, o reino do Kongo, o reino de Mali. Deste
modo, entende-se que muitas ideias sobre a África são parte de uma impregnação de valores
que nunca se distanciaram da ambição de dominá-la. São ideias que mostram um certo
retrocesso, que partem de interpretações mal analisadas, impregnadas com discursos em
que a elevação do ego se vê na necessidade de manter a superioridade europeia, do homem
branco sobre o negro. Nesse sentido, é muito importante estudar a África com outros olhos.
Tentar vê-la como ela é: um continente plural.
(SERRANO; WALDMAN, 2010; ENCYCLOPÆDIA-BRITANNICA; CAPES, 2019).
338. O grande medievalista francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício
do historiador, inaugurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma
historiografia positivista que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com Lucien
Febvre, ele foi um dos criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos Anais
(Annales).
Uma característica marcante da nova história, na esteira das inovações trazidas pela Escola dos
Anais, foi o radical afastamento da história em relação às demais ciências humanas e sociais.
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A afirmativa dessa questão está errada, uma vez que uma das grandes inovações da Escola
dos Annales foi justamente a interdisciplinaridade, isto é, o aproveitamento e o diálogo com
outras disciplinas, como a sociologia, a geografia, a estatística, a demografia, a ciência
política, a psicologia, a linguística, a antropologia etc.: estiveram fornecendo
frequentemente conceitos e metodologias aos historiadores, e certos desenvolvimentos em
campos como História Cultural ou a História das Mentalidades não teriam sido possíveis,
certamente, sem os respectivos diálogos interdisciplinares com a Antropologia e com a
Psicologia. A Escola Positivista, que surgiu no século XIX, foi que segregou as disciplinas
definindo campos específicos de investigação demarcados com barreiras aparentemente
intransponíveis. A Escola dos Annales e, na esteira, a Nova História, ou terceira geração dos
Annales, rompeu com essa postura disciplinar enveredando para outras propostas
historiográficas, com novos problemas, novas abordagens e novos usos do passado. O fato
sobre a interdisciplinaridade é que, ao se colocarem em contato dois campos disciplinares
podem enriquecer sensivelmente um ao outro nos seus próprios modos de ver as coisas e a
si mesmos. Particularmente a História, no decorrer do século XX e além, foi beneficiada por
uma longa história de contribuições interdisciplinares às concepções e abordagens dos
historiadores.
(D'ASSUNÇÃO BARROS, 2012).
A) reconheça todos os componentes do conteúdo, datas, nomes e eventos, para que possa
transpô-los ao aluno de forma que este conheça como foi o passado.
C) conheça o conteúdo em aspectos como a sua historicidade, a natureza dos conceitos nele
presentes e reconheça sua relevância como fundamental para torná-lo significativo para o
aluno.
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A alternativa A é falsa, pois é errado a ideia que compara o professor de História a uma
enciclopédia, onde pode se encontrar a descrição pronta de todos os conteúdos, datas,
nomes e eventos históricos. Na verdade, o conhecimento do professor de História é
construído, remontado, adaptado aos contextos e cultura das salas de aula, não devendo ser
considerado como algo uniforme e horizontal.
A alternativa B também é falsa, pois mesmo que o conteúdo trabalhado pelo professor de
História esteja estritamente vinculado ao que já não é mais, isto é, o tempo passado, não que
dizer que seja algo inacessível. O trabalho do professor de História, bem como do historiador,
tem como chave de acesso ao passado algumas ferramentas específicas, como a memória,
os documentos, os artefatos, os monumentos, construções, relatos, contos, músicas, práticas
culturais, modos de viver etc.
A alternativa D também é falsa, ao passo que o aprendizado da História não se trata de uma
tabuada em que o estudante precisa decorar o conteúdo. O ensino de História deve ser
voltado muito mais para o objetivo de que os estudantes possam fazer relações orgânicas e
trabalhar o conhecimento mediante uma consciência histórica, do que um processo
mecânico de memória e decoração.
(LOWENTHAL, 1998; CAIMI, 2015).
340. Como o objeto da história (entendida como um constructo teórico) é o que aconteceu,
abstraído tanto do presente quanto do futuro, então o tempo torna-se um dos elementos
determinantes do conceito de história. Parece-me, no entanto, que nem a relação que o tempo
mantém com outros elementos nem o sentido específico do seu efeito na história foram
identificados até hoje com a clareza desejável, tampouco com a clareza possível.
Georg Simmel. O problema do tempo histórico [1916]. In: Simmel. Ensaios sobre teoria da
história. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011, p. 9 (com adaptações).
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte, relativos à relação
entre tempo e história.
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A afirmativa desta questão está certa. Fernand Braudel se tornou um dos mais conhecidos
expoentes da Escola dos Annales. A obra de Braudel definiu uma segunda geração na
historiografia dos Annales e foi muito influente nos anos 1960 e 1970, especialmente por sua
obra, O Mediterrâneo e o mundo mediterrânico na época de Felipe II. Talvez algumas das
contribuições mais criativas tenham sido as experimentações em torno das novas formas de
lidar com o tempo. É possível encontrar três formas de temporalidade diferentes: a primeira
é referente a uma história quase sem tempo, de longa duração (homem e ambiente); já a
segunda uma história das estruturas civilizacionais dos territórios banhados pelo
mediterrâneo, formando uma conjuntura (tempo lento); a terceira uma história dos
acontecimentos ou eventos (tempo curto). Braudel chega a falar das diferenças entre o
tempo do historiador e o tempo do sociólogo. Para ele, o historiador passaria do tempo curto
ao longo e depois ao muito longo, proporcionando uma análise aprofundada, dentro daquilo
que Braudel chama de história inconsciente (que ultrapassa a simples superficialidade dos
eventos). Já o sociólogo estaria mais voltado apenas para análise particular, não dando
ênfase ao todo. Sendo assim, segundo o pensamento Braudeliano, a história lidaria muito
melhor com a temporalidade do que a sociologia e as demais ciências sociais, proporcionado
uma análise completa e aprofundada. Por isso, ela seria superior às outras ciências.
(REIS, 2012).
I) Refere-se ao campo da história que se dedica aos estudos do período após a II Guerra ao final
do século XX.
II) Consiste na produção historiográfica na qual não houve ruptura cronológica entre o tempo
dos acontecimentos e o tempo da escritura de sua história.
III) Identifica-se com os estudos historiográficos da História Contemporânea, que utilizam como
metodologia a história oral.
IV) Campo da história em que o historiador é contemporâneo dos acontecimentos que ele
estuda, não havendo, portanto, o elemento de alteridade próprio dos estudos de períodos mais
afastados.
A) I, III e IV
B) II e III
C) I e III
D) I e IV
E) II e IV
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A noção de “história do tempo presente” remete a uma noção que é ao mesmo tempo
banalizada, controversa e ainda instável. Ela implica em uma reflexão sobre o “Tempo”, que
foi durante longa data o impensado da disciplina histórica. Mas uma boa definição é a história
do tempo presente é um campo dos estudos históricos voltado à análise das rupturas e
permanências do passado no presente. Baseando-se no entendimento ampliado do ofício do
historiador, a história do tempo presente pode ser pensada como mais uma renovação no
campo da disciplina História ao deslocar o centro da pesquisa histórica do passado para o
presente, colocando problemáticas que partem do presente para análise do passado. Deste
modo, o que os estudiosos do campo propõem é compreender, a partir do presente, a
constituição de permanências e rupturas temporais que, de algum modo, possuem eco ou
reverberação na atualidade. Diferentemente da História do presente, da História imediata
ou ainda do Jornalismo, a história do tempo presente busca colocar em contexto histórico as
sociedades atuais por meio da investigação da construção de seu passado e de seus usos
públicos e políticos, argumentando que o tempo presente não é uma dimensão ligada apenas
ao imediato, mas sim permeada por camadas de passados, lembranças e experiências.
(DOSSE, 2012).
342. “Defendo vigorosamente a opinião de que aquilo que os historiadores investigam é real. O
ponto do qual os historiadores devem partir, por mais longe dele que possam chegar, é a
distinção fundamental, para eles, absolutamente central, entre fato comprovável e ficção, entre
declarações históricas baseadas em evidências sujeitas a evidenciação e aquelas que não o são.
Nas últimas décadas, tornou-se moda (...) negar que a realidade objetiva seja acessível, uma vez
que o que chamamos de 'fatos' apenas existem como uma função de conceitos e problemas
prévios formulados em termos dos mesmos.”
A) alega que a realidade objetiva não é acessível, pois o passado não existe materialmente.
B) afirma que o passado é uma construção mental operada pelo investigador com base em
algumas evidências.
C) defende que a qualidade da operação histórica depende de como os fatos são agrupados,
verificados e interpretados.
D) sustenta que dizer a verdade na história é narrar as diferentes visões sobre o processo
histórico.
E) critica que seja possível apontar qualquer tipo de tendência para a história com base no
estudo do passado.
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A alternativa A é falsa, pois o que Eric Hobsbawm afirma no trecho é exatamente o contrário.
A realidade do passado é uma manifestação que precisa de certa abstração para que seja
compreendida. De fato, o passado já não é mais, mas os vestígios desse tempo que já se foi
podem ser encontrados de diversas formas e nisso consiste o trabalho do historiador, isto é,
trazer à luz os fatos comprováveis que ocorreram no passado através das mais variadas
fontes históricas que possam contribuir com essa tarefa.
A alternativa B também é falsa, uma vez que o passado não é uma construção metal, apesar
de ser exigido do historiador certo nível de abstração na interpretação e trabalho com os
fatos do passado. Mas a ideia de construção mental está mais ligada à ficção do que aos fatos
comprováveis. A ficção histórica, por exemplo, um romance histórico, pode até se atrelar a
fatos, datas, períodos e pessoas que realmente existiram, mas a linguagem ficcional é
diferente da linguagem do historiador, pois a ficção usa a construção mental como a sua
principal ferramenta, enquanto que o historiador tem nas fontes históricas o seu ferramental
e no método historiográfico o seu esteio.
A alternativa D também é falsa, de modo que a verdade na história pode ser entendida como
as declarações históricas baseadas em evidências sujeitas a comprovação através de fontes
históricas.
A alternativa E também é falsa, pois se não for possível apontar qualquer tipo de tendência
para a história com base no estudo do passado, então o trabalho do historiador deixa de
existir. O estudo do passado é o campo de ação dos historiadores, até mesmo daqueles que
trabalham com a História do Tempo Presente. Na verdade, o que diferencia o trabalho do
historiador é justamente a forma como ele vê a disposição temporal, seja ela de forma
processual, seja de forma serial, seja de forma recursiva, ou seja de forma hermenêutica, não
importa, o que importa é que o trabalho do historiador é voltado para as ações dos homens
no tempo, uma noção que pressupõe intrinsecamente o movimento, o passado.
Não obstante a grande obra de Marx ser a crítica ao modo de produção capitalista, sua análise
não se faz apenas pelo aspecto econômico. Sua teoria considera a economia como parte da vida
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social, parte da história que é a produção da existência humana. Falamos, assim, sobre as classes
sociais decorrentes da divisão social do trabalho, falamos da vida de homens e mulheres que
não apenas trabalham. Eles comem, reproduzem-se, vivem em sociedade, relacionam-se,
constroem laços de amizade e de colaboração e de competição, pertencem a diferentes grupos,
têm ideologias, afetos, filiação religiosa etc. E constroem sua história em espaços-tempos
determinados.
B) Diferentemente da história tradicional, que registrou a vida humana dando protagonismo aos
heróis, aos poderosos, aos grandes feitos, Marx eleva todos os atos da vida humana ao nível do
acontecimento.
C) A história é a produção social da existência (MARX, 1979), é sua concepção de história, tão
bem apropriada por alguns historiadores que incorporaram novos temas, novos objetos, os
grandes acontecimentos e os fatos do cotidiano (BURKE, 1991), como a École des Annales.
D) Mesmo sem admitir a influência de Marx em seus estudos, seus historiadores trabalham, “em
primeiro lugar, a substituição de uma história narrativa de acontecimentos por uma história
problema. Em segundo lugar, uma história de todas as atividades humanas e não apenas história
política”.
E) Como desfecho previsível desta ampliação de objetos e de concepção teórica da história, “em
terceiro lugar, visando completar os outros dois objetivos, a colaboração com outras disciplinas,
tais como a geografia, a sociologia, a psicologia, a economia, a linguística, a antropologia social
e tantas outras” (BURKE, 1991).
A alternativa A é a resposta correta, pois é falso afirmar que Auguste Comte é um autor que
apresenta sua teoria como um desdobramento da obra de Marx. Ora, Auguste Comte é o
fundador da escola de pensamento que surge no século XIX chamada de Positivismo, que
segue a perspectiva de que há um marcha teleológica da civilização para o progresso. O
Positivismo, como paradigma, já está praticamente pronto desde o início do século XIX, uma
vez que herda uma série de pressupostos do Iluminismo, embora por vezes invertendo a sua
aplicação social e vindo a constituir de fato uma visão de mundo tendencialmente
conservadora, ao contrário dos setores mais revolucionários do pensamento Ilustrado. O
pensamento Positivista está atrelado à ideia de que há a possibilidade de um conhecimento
humano inteiramente objetivo, de modo que também há possibilidade de construção de
uma história universal, comum a toda a humanidade, e mesmo da possibilidade de amparar
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A alternativa B não é a resposta certa, uma vez que de fato um dos desdobramentos do
paradigma de Marx é a historicização, isto é, elevar todos os atos da vida humana ao nível
do acontecimento no espaço e no tempo.
A alternativa C também não é a resposta certa, pois de fato a concepção de história para
Marx está disposta na ideia da procura das causas de desenvolvimentos e mudanças na
sociedade humana nos meios pelos quais os seres humanos produzem coletivamente as
necessidades da vida. Isso trouxe uma nova interpretação para os historiadores, pois é uma
concepção distinta que vê a história como produto social da existência.
A alternativa D também não é a resposta certa, pois é certo dizer que a Escola dos Annales
teve certa influência do marxismo, principalmente na interdisciplinaridade e
descentramento das disciplinas com barreiras intransponíveis. Além disso, a ideia de que o
trabalho humano é que produz a consciência e a história, o que também influenciou
fortemente a historiografia do século XX, abrindo diversos subcampos de estudo.
344. “Para deixar claro: o objetivo de se traçar a evolução histórica da humanidade não é antever
o que acontecerá no futuro, ainda que o conhecimento e o entendimento históricos sejam
essenciais a todo aquele que deseja basear suas ações e projetos em algo melhor que a
clarividência, a astrologia ou o franco voluntarismo [...]".
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evoluções históricas ou identificar avanços e recuos, o historiador não faz previsões sobre o
que irá acontecer.
A alternativa B também é falsa, de modo que a História não se constitui como uma linha
evolutiva com processos previsíveis e tecnicamente calculados pelo historiador.
A alternativa C também é falsa, pois nem mesmo a concepção de “História mestra da vida”
não traz essa ideia de ensino. A História, entretanto, tem sim algo a nos ensinar, mas não de
maneira linear, como uma fórmula que pode ser sempre empregada, uma vez aprendida
através de ciclos que sempre se repetem.
A alternativa D está correta, uma vez que é exatamente isso que o fragmento citado de Eric
Hobsbawn está afirmando. O trabalho do historiador não é fazer previsões, nem do passado,
tampouco do futuro. O historiador trabalha com fontes, pesquisas, evidências, resolve
hipóteses, organiza metodologicamente, utiliza ferramentas conceituais etc., coisas que o
futuro não oferece, afinal o futuro não é ainda.
A alternativa E está incorreta, pois a astrologia não tem nada a oferecer à História, senão
como objeto de estudo muito específico e, diga-se de passagem, um tanto irreverente.
345. Sobre a História produzida pela “Escola Metódica", também chamada “positivista", analise
as afirmativas.
I - O Historiador não é juiz do passado, deve apenas narrar o que realmente aconteceu.
III - A História (res gestae) existe em si, objetivamente, e se oferece por meio dos documentos.
A) II e IV.
B) I e II.
C) III e IV.
D) I e III.
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346. “A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa
experiência pessoal às das gerações passadas – é um dos fenômenos mais característicos e
lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente
contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por
isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais
importantes do que nunca no fim do segundo milênio.”
(HOBSBAWM, E. A Era dos extremos.O breve século XX. 1914-1991. São Paulo: Companhia das
Letras, 1995. p.13).
Com base nas questões suscitadas pelo texto acima é correto afirmar que:
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A alternativa A está incorreta, pois o texto supracitado de Eric Hobsbawm não ressalta a
necessidade da formação dos jovens no campo da História, mas constata a experiência
coletiva de uma espécie de presente contínuo no final do século XX, sem perspectivas ou
relações com o passado (o que se pode dizer que adentra pelo século XXI).
A alternativa B também está incorreta, pois o texto supracitado de Eric Hobsbawm não trata
de forma específica das políticas públicas para preservação de patrimônio. A preocupação
do autor é com a falta de lastro histórico entre as gerações, especialmente com o
imediatismo que surge no final do século XX.
A alternativa C também está incorreta, na medida em que não se trata de tarefa única do
historiador a arte de lembrar e preservar o passado, pois é algo que envolve desde a esfera
pública, até ao indivíduo envolvido numa comunidade de pessoas que compartilham uma
experiência coletiva. Mas o historiador é visto como ator importante na cena final do
segundo milênio, por causa da sua função de lembrar aquilo que os outros esquecem, numa
época em que as pessoas parecem viver um presente contínuo.
A alternativa E também está incorreta, uma vez que o trabalho do historiador não é treinar
a juventude para rememorar o passado. O fato é que o historiador é visto, aparentemente,
como o guardião dessas memórias e promotor de uma memória coletiva orgânica.
347. François Furet orienta pedagogicamente a “história-problema” como percurso para que os
alunos sejam investidos de um novo estatuto epistemológico – aquele de sujeitos ativos de seus
processos de aprendizagem, diferentemente dos percursos tradicionais. Na perspectiva da
“história-problema”, é correto afirmar:
C) A evolução recente da historiografia mostra que passamos de uma narração cronológica para
uma “históriaproblema” que visa o exame analítico de um problema, delimitando um período e
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a parte do conjunto de acontecimentos em que está inserido, para o qual buscamos respostas,
nunca definitivas.
A alternativa A é falsa, uma vez que a afirmação diz respeito ao método pedagógico
autoritário em que o professor é visto como o detentor de um conhecimento inquestionável
e o aluno como uma tábula rasa que é planificada para receber aquilo que o professor tem a
dizer. Esse tipo de metodologia, por sua vez, não traz contribuições na proposta de empregar
em sala de aula o modelo de uma História-Problema, pois o aluno é um mero receptor, uma
figura passiva dentro do ambiente escolar.
A alternativa B também é falsa, pois a ideia de que o historiador possa narrar tudo aquilo que
se passou de importante na história da humanidade é, no mínimo, pretensão. O historiador
não é uma enciclopédia que tem posse de todas os fatos e datas da História da humanidade.
Além disso, esse não é um método problematizador, pois também nesse caso os alunos são
figuras passivas dentro do ambiente escolar.
A alternativa D também é falsa, pois o verdadeiro objeto de estudo da história é a ação dos
homens no tempo, e não o tempo em si, ao passo que o estudo do tempo em si é um trabalho
essencialmente filosófico. Mas, acerca disso, o estudo sobre do tempo tem feito escola entre
os historiadores, mas não com a mesma investigação dos filósofos, pois os historiadores se
utilizam do tempo como categoria específica e distinguem o tempo histórico. Em todo caso,
é a ação dos homens no tempo o objeto de estudo dos historiadores, e através do recorte
desse objeto que a História-Problema é executada.
A alternativa E também é falsa, uma vez que a afirmação não diz respeito ao conceito de
História-Problema. Além disso, a noção de cidadania sugerida na afirmação também é falsa,
pois a cidadania não diz respeito aos programas veiculados pelos governantes, mas sim a
consciência de coletividade e participação que deve imperar categoricamente entre os
indivíduos de uma nação.
(D'ASSUNÇÃO BARROS, 2012).
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B) Na segunda geração da Escola dos Analles, surgiu a História Nova, idealizada por Jacques Le
Goff e Pierre Nora.
D) A Escola dos Analles, surgiu na França (1929), através da revista Analles d´histoire
économique et sociale, criada por Marc Bloch e Lucien Febvre.
E) Os historiadores positivistas acreditam que a história deve ser escrita através da estrita
observação dos fatos que permitam revelar a verdade histórica, onde o historiador não poder
ser uma pessoa neutra.
A alternativa A é falsa, uma vez que os historiadores citados fazem parte da corrente
historiográfica britânica, que de fato propôs um revisionismo dentre da metodologia
marxista.
Contudo, não se trata da História Cultural, apesar de eles terem se voltado mais o olhar para
as questões culturais, não postulando a economia como mero epifenômeno. Destarte, cada
um destes historiadores continuava trabalhando com os pressupostos fundamentais do
Materialismo Histórico: Dialética, Materialismo, Historicidade Radical. Utilizavam também,
como todos os historiadores materialistas históricos, conceitos básicos para este paradigma:
"modo de produção", "luta de classes", "classe social", "revolução". A questão é que estes
historiadores trabalham de modo mais flexível com estes conceitos, evitando
esquematismos muito simples e procurando apreender uma totalidade mais complexa da
vida social. Já a História Cultural propriamente dita se sobrepõe, em sua abordagem, ao
movimento francês da história das mentalidades e à chamada Nova História. Na França, um
dos expoentes mais conhecidos da História Cultural é Roger Chartier.
As alternativas B e C também são falsas, pois cometem equívocos acerca das gerações dos
Annales.
A segunda geração da Escola dos Annales teve como um dos mais conhecidos expoentes
dessa escola a obra de Fernand Braudel, que definiu uma segunda geração de historiadores
dos Annales e foi muito influente nos anos 1960 e 1970, especialmente por sua obra, O
Mediterrâneo e o mundo mediterrânico na época de Felipe II. Já a terceira geração dos
Annales que é conduzida por Jacques Le Goff e ficou mais conhecida como a Nova História,
segundo a qual toda atividade humana é considerada história. Além de Le Goff, nesse período
se destaca também seu companheiro de profissão, Pierre Nora.
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Marc Bloch foi morto pela Gestapo durante a ocupação alemã da França, na Segunda Guerra
Mundial, e Febvre seguiu com a abordagem dos Annales nas décadas de 1940 e 1950.
A alternativa E também é falsa, pois os historiadores positivistas estavam atrás de Leis Gerais
na História, acreditando que haveria uma universalidade humana. Para eles, as sociedades
humanas são reguladas por leis naturais, invariáveis, independentes da ação humana, de tal
modo que a História deveria seguir uma relação de identidade de métodos com as Ciências
Naturais. A objetividade científica seria encontrada na neutralidade. O objeto de estudo já
está na natureza, e o cientista dele se apropriaria. Separado de seu objeto de estudo, o
historiador poderia ser neutro e imparcial, indo de encontro à verdade dos fatos.
(D'ASSUNÇÃO BARROS, 2011; D'ASSUNÇÃO BARROS, 2012).
349. Um dos nomes mais importantes da Escola dos Annales foi o historiador medievalista
francês Marc Bloch. Sua proposta epistêmica buscou romper com o paradigma positivista em
que a ciência histórica estava apoiada no início do século XX, problematizando a própria noção
de história, que naquele momento definia o passado como um dado rígido, inalterável. Em
Apologia da História, publicado em 1949 por Lucien Febvre ou O Ofício do Historiador (2002),
último texto escrito por Bloch, inacabado por causa da sentença de fuzilado imposta pela
Gestapo em 1944, na cidade francesa de Saint Didier de Formans, por ter participado da
Resistência em Lion contra o nazismo alemão, o referido livro traz grandes contribuições
metodológicas para as ciências humanas, tendo influenciado muitos historiadores como
Braudel, Duby, Le Goff, Ferro, Lepetit, entre outros. Dentre as contribuições conceituais
desenvolvidas pela Escola dos Annales, também chamada posteriormente de História Nova,
destacamos algumas noções desenvolvidas por essa corrente teórica:
Indique a opção que representa os conceitos desenvolvidos por tal escola teórica:
A) I e III, apenas.
B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I, II e III.
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A alternativa B é a resposta certa, uma vez que apenas as proposições I e II são verdadeiras.
A Escola dos Annales, fundada por Lucien Febvre e Marc Bloch em 1929, propunha-se a ir
além da visão Positivista da história como crônica de acontecimentos, substituindo o tempo
breve da história dos acontecimentos pelos processos de longa duração, com o objetivo de
tornar inteligíveis a civilização e as mentalidades. O novo movimento historiográfico foi
muito impactante e renovador, colocando em questionamento a historiografia tradicional e
apresentando novos e ricos elementos para o conhecimento das sociedades. Apresentava
uma História bem mais vasta do que a que era praticada até então, apresentando todos os
aspectos possíveis da vida humana ligada à análise das estruturas. Seus principais objetivos
estavam no desenvolvimento de um tipo de História que levasse em consideração o
acréscimo de novas fontes à pesquisa histórica e realizasse um novo tipo de abordagem.
Outros nomes importantes seguiram-se ao de Bloch e de Febvre, como o de Fernand Braudel,
que se notabilizou, na década de 1940, por desenvolver um tipo de História que se mesclava
com a Geografia e levava em conta grandes estruturas temporais, que ele denominou de
longa duração. O maior exemplo disso é sua obra “O Mediterrâneo”, publicada em 1947.
Outro exemplo é o do especialista em história medieval Jacques Le Goff, que, junto a outros
historiadores herdeiros dos annales, como Pierre Nora, organizou o que ficou conhecido
como “História Nova”, um tipo de História que alargava ainda mais as possibilidades de
pesquisas abertas pela Escola dos Annales. O movimento dos Annales – ao lado do
Materialismo Histórico e das contribuições da Hermenêutica Historicista – constitui
certamente uma das influências mais impactantes e duradouras sobre a historiografia
ocidental. O impacto dos Annales sobre a historiografia ocidental como um todo, e sobre a
historiografia brasileira em particular, não deixa de ser produzido por uma parte efetiva de
contribuições substanciais e extremamente inovadoras para a historiografia, e também por
uma parte não menos significativa de recepção favorável do “mito” construído pelos
primeiros líderes do movimento em sua ascensão ao domínio do território institucional.
A proposição III é falsa, pois não existe uma corrente historiográfica definida como História
das Multidões ou História das Massas.
(D'ASSUNÇÃO BARROS, 2011).
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Professor de História
Material Específico
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01. Apesar de sua dispersão geográfica e de sua fragmentação política, os gregos tinham uma
profunda consciência de pertencer a uma só e mesma cultura. Esse fenômeno é tão mais
extraordinário, considerando-se a ausência de qualquer autoridade central política ou religiosa
e o livre espírito de invenção de uma determinada comunidade para resolver os diversos
problemas políticos ou culturais que se colocavam para ela.
02. Em relação à ética e à justiça na vida política da Grécia Clássica, é correto afirmar:
B) Foram prerrogativas democráticas que não estavam limitadas aos cidadãos e que também
foram estendidas aos comerciantes e estrangeiros.
D) Foram introduzidas pelos legisladores para reduzir o poder assentado em bases religiosas e
para estabelecer critérios racionais de distribuição.
03. “Democracia” é, como se sabe, uma palavra grega. A segunda metade da palavra significa
“poder” ou “governo” [...]. Démos era uma palavra de múltiplas significações, entre as quais “o
conjunto do povo” (ou, para ser mais preciso, o corpo de cidadãos).
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A) a eleição de representantes masculinos com direito a voz e voto pela assembleia da cidade-
estado, órgão político que incluía mulheres e estrangeiros.
C) a conquista pacífica de direitos por parte dos mais pobres, ainda que se mantivesse a marca
aristocrática de distinção social regulada pelo nascimento.
D) a ojeriza à guerra e ao conflito social, o que contribuiu para que Atenas fosse derrotada
sucessivamente pelos persas e pelos espartanos.
E) a participação política direta, exercida por um corpo de cidadãos ativos, sem a noção de
representação e restrita aos cidadãos masculinos.
05. A decisão, ao final de cada combate dos jogos de gladiadores, estava nas mãos da multidão,
a testemunhar um ato de soberania popular que só teria equivalência, no mundo moderno, com
os referendos ou plebiscitos, em que todos se manifestam. O princípio da soberania popular
manifestava-se, na arena, de forma direta e incisiva. Se nas eleições as mulheres não tinham
direito ao voto, na arena todos podiam manifestar-se, prerrogativa que a cidadania moderna
atingiria apenas no século XX.
C) faziam parte da política social do Império, contribuindo para a redução das desigualdades.
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06. O grupo extremista islâmico autodenominado “Estado Islâmico” (EI) começou a destruir mais
um sítio arqueológico no norte do Iraque, segundo fontes curdas. No início desta semana,
militantes do grupo haviam começado a demolir as ruínas da cidade de Nimrud, antiga capital
do império assírio, situada no norte da Mesopotâmia e fundada no século 13 a.C.
Em relação à cidade citada no trecho, é correto afirmar que ficava localizada em uma região:
A) desértica, sem muitos recursos e sem a possibilidade de cultivar alimentos, o que fez do
lugar um sítio bastante inóspito e com uma ocupação sempre muito instável e irregular.
B) bem próxima ao vale do rio Nilo, o que favorecia o cultivo de alimentos nas terras férteis da
várzea do rio, tendo possibilitado o contato com os egípcios e o processo de sedentarização.
D) banhada por dois importantes rios, o Tigre e o Eufrates, em torno dos quais surgiram os
primeiros agrupamentos humanos que dominaram a técnica da escrita de que se tem notícia.
E) que oferecia água corrente em abundância, sem que se fizessem necessárias obras
hidráulicas, o que favoreceu o desenvolvimento de uma sociedade complexa e
institucionalizada.
07. A religião dos romanos era politeísta e antropomórfica com nítidas influências das crenças
etrusca e grega. Ao dominar grande parte do mundo conhecido, os romanos entraram em
contato com diversas religiões e tiveram por elas grande respeito. Algumas chegaram a erigir
seus templos na própria cidade de Roma. O Panteão, ou conjunto de deuses, dos romanos
chegou a incorporar alguns dos deuses gregos, com nomes trocados para nomes latinos, mas
com os mesmos atributos.
A tolerância que os romanos tiveram para com diversas religiões do mundo por eles
conquistadas não existiu, entretanto, para com a religião cristã, pois:
B) no momento em que surgiu o cristianismo, a sociedade romana vivia o período mais agudo
da sua crise política, social e econômica, o que aumentou a repressão à nova religião.
C) o cristianismo era, à época, uma religião fechada à conversão, assim como o judaísmo, o que
contrariava o esforço de expansão e a perspectiva universalizante da sociedade romana.
D) a figura do Papa e das outras autoridades da Igreja Católica, tais como cardeais, bispos e
arcebispos, ameaçavam simbolicamente a ordem, a hierarquia e a própria existência do império.
E) de início os cristãos foram perseguidos principalmente por motivos políticos, ainda que mais
tarde, no contexto de crise da sociedade romana, o cristianismo tenha se expandido.
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08. A cidadania nos Estados nacionais contemporâneos é um fenômeno único na História. Não
podemos falar de continuidade do mundo antigo, de repetição de uma experiência passada e
nem mesmo de um desenvolvimento progressivo que unisse o mundo contemporâneo ao
antigo. São mundos diferentes, com sociedades distintas, nas quais pertencimento, participação
e direitos têm sentidos diversos.
A) o aspecto militar, que no passado era considerado parte das responsabilidades particulares
de cada cidadão e hoje é um dever do Estado.
B) a concepção de cidadania, muito mais restrita à época do que hoje, de tal forma que
mulheres, estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos.
E) a questão econômica, àquela época comandada pelo poder público e hoje sob a
responsabilidade os agentes privados, que gozam de grande autonomia.
09. No século II a.C., os irmãos Tibério e Caio Graco defenderam a reforma agrária em Roma. Tal
proposta era consequência de um processo histórico anterior de concentração de terras na
sociedade romana, pois:
B) os patrícios eram os únicos que poderiam ser proprietários de terra em Roma, já que havia
uma clara limitação social relacionada ao direito de propriedade.
C) a escravidão vinha diminuindo, o que fazia com que os ricos proprietários ampliassem as suas
propriedades na tentativa de aumentar a produção em mais terras cultiváveis.
10. No tempo de Péricles, a população de Atenas era de, aproximadamente, 400 mil habitantes.
Mas os cidadãos com direitos plenos não passavam de 40 mil.
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11. O povo, em muitas coisas, julga melhor do que o indivíduo, seja quem for. Além disso, a
multidão é mais incorruptível (...) e, se um indivíduo se deixa dominar pela ira ou por outra
paixão semelhante, necessariamente corrompe o seu juízo; em compensação, é difícil que
todos juntos se inflamem de cólera ou pequem.
D) o poder político, em vez de ser exercido por um tirano ou uma oligarquia, deveria caber a
uma assembleia.
E) as disputas entre as cidades gregas foram causadas por indivíduos que não seguiram os
conselhos dos filósofos.
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13. O que se entende por Corte do antigo regime é, em primeiro lugar, a casa de habitação dos
reis de França, de suas famílias, de todas as pessoas que, de perto ou de longe, dela fazem parte.
As despesas da Corte, da imensa casa dos reis, são consignadas no registro das despesas do
reino da França sob a rubrica significativa de Casas Reais.
Algumas casas de habitação dos reis tiveram grande efetividade política e terminaram por se
transformar em patrimônio artístico e cultural, cujo exemplo é
A) o palácio de Versalhes.
B) o Museu Britânico.
C) a catedral de Colônia.
D) a Casa Branca.
Em regiões como a do Sertão de Valongo, na cidade de Porto Belo, a fixação dos primeiros
habitantes ocorreu imediatamente após a abolição da escravidão no Brasil. O Iphan identificou
nessa região um total de 19 referências culturais, como os conhecimentos tradicionais de ervas
de chá, o plantio agroecológico de bananas e os cultos adventistas de adoração.
O texto acima permite analisar a relação entre cultura e memória, demonstrando que:
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15. O Cafundó é um bairro rural situado no município de Salto de Pirapora, a 150 km de São
Paulo.
E) possui moradores que são africanos do Brasil e perderam o laço com sua origem.
16. Não só de aspectos físicos se constitui a cultura de um povo. Há muito mais, contido nas
tradições, no folclore, nos saberes, nas línguas, nas festas e em diversos outros aspectos e
manifestações transmitidas oral ou gestualmente, recriados coletivamente e modificados ao
longo do tempo. A essa porção intangível da herança cultural dos povos dá-se o nome de
patrimônio cultural imaterial.
Internet: <www.unesco.org.br>.
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17. Para escrever a História é necessário reunir fontes ou testemunhos, que são objetos e
documentos – restos do passado – que ajudam a compreender um contexto em determinado
período. Sobre as fontes documentais, é correto afirmar que:
A) não variam de modo algum; devem ser documentos escritos e registrados pela autoridade
competente da época e do local do qual fazem parte.
B) são criadas e elaboradas criteriosamente para fins de escrita por arqueólogos, etnólogos,
paleógrafos e paleontólogos.
C) são várias, como as escritas, as orais, as narrativas e os mitos populares, e diferentes tipos de
imagens.
18. O calendário é um sistema muito antigo utilizado para registrar e medir o tempo e
regulamentar os ritmos da vida humana. Nele temos a combinação de três elementos
astronômicos: o dia, o mês e o ano. No decorrer da história ocidental houve dificuldades de
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A) Juliano.
B) Gregoriano.
C) Hebraico.
D) Metônico.
D) a existência social dos homens é múltipla e que os elementos que a compõem modificam-se
de forma desigual no decorrer do tempo.
20. “A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado. Mas talvez não
seja menos vão esgotar-se em compreender o passado se nada se sabe do presente.” Marc
Bloch. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, p. 65.
Assinale a alternativa que contém a definição de história mais coerente com a citação do
historiador Marc Bloch.
A) A História é a ciência que resgata o passado para explicar o presente e fazer previsões sobre
o futuro.
B) A História é uma ciência que visa promover o entretenimento dos expectadores do presente
e um conhecimento inútil sobre o passado.
C) A História é, tal como a literatura, uma narrativa sobre o passado determinada pela
imaginação do historiador.
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E) A História é uma ciência que formula questões sobre o passado a partir de inquietações e
experiências vividas no presente.
21. A diversidade dos testemunhos históricos é quase infinita. Tudo o que o homem diz ou
escreve, tudo o que fabrica, tudo o que toca pode e deve informar sobre ele.
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,
2001, p. 79. (Adaptado).
Sobre as fontes históricas, com base no texto acima, assinale a alternativa CORRETA.
22. Um líder jihadista egípcio convocou a população muçulmana para destruir a Esfinge e as
Pirâmides de Gizé, informa o site árabe Al Arabiya. Murgan Salem al-Gohary, que afirma ter
ligações com o Talibã, pediu que os egípcios repetissem o que foi feito no Afeganistão, quando
estátuas de Buda foram removidas após a chegada dos fundamentalistas ao poder. “A
destruição da memória, da História, do passado é algo terrível para uma sociedade”.
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C) destruição dos bens culturais construídos ao longo da dominação imperialista sobre a região
do Oriente Médio.
D) ataque aos Patrimônios Culturais como forma de destruição de símbolos ocidentais que
representam o domínio estrangeiro.
E) projeto de diluição das fronteiras culturais por meio da tentativa de imposição de uma única
memória coletiva aos demais povos do Oriente Médio.
23. A destruição, que alguns grupos radicais islâmicos vêm fazendo nas últimas décadas, parece
fazer parte de uma estratégia de anulação da memória coletiva, como se, ao fazerem isso,
estivessem a consolidar essa ideia peregrina de que são os escolhidos que foram para uma
missão verdadeiramente civilizadora, pretendendo apagar o passado, primeiro instrumento que
nos faculta aceder à capacidade crítica. E esse é o medo dessa gente: que aqueles que são
dominados olhem para as estátuas agora quebradas dessas salas de memória e questionem a
legitimidade de quem os pretende dominar.
PINTO, Paulo Mendes. O Direito à Memória, ou quando do alto destas pirâmides, 40 séculos de
História nos contemplam! Lisboa: O Público, 2015. (Adaptado)
A) é uma obrigação religiosa islâmica, e os grupos radicais apenas cumprem com seus deveres
de fé.
B) não representa nenhuma ameaça à nossa compreensão de História. São apenas pedras.
E) é um objeto de preocupação apenas para os cidadãos dos países onde os atentados estão
ocorrendo.
“Se o homem comum não conhece as suas origens ele é como um macaco louco. Ele não
conhece ao certo as relações de sua grande família, é como um dragão descomunal. Ele que não
conhece as circunstâncias e o curso das ações de seu nobre pai e avô é como um homem que,
tendo preparado a dor para seus filhos, joga-os neste mundo”.
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C) dialética socrática, valores teóricos e morais e busca pela verdade intrínseca da origem
humana.
D) atitude crítica em relação ao registro dos acontecimentos, desinteresse pelo passado e árvore
genealógica.
25. A cultura material estudada pelo arqueólogo insere-se, sempre, em um contexto histórico
muito preciso e, portanto, o conhecimento da história constitui aspecto inelutável da pesquisa
arqueológica. Assim, só se pode compreender a cerâmica grega se conhecermos a história da
sociedade grega, as diferenças entre as cidades antigas, as transformações por que passaram.
D) A arqueologia não contribuiu para o estudo de regiões africanas como o Sudão e o Egito,
tendo em vista a exclusividade da análise das tradições orais no estudo dessas sociedades.
E) História e Arqueologia só constroem uma relação interdisciplinar nos estudos sobre a pré-
história e a antiguidade, em que a análise da cultura material é o cerne das pesquisas.
26. É preciso advertir desde já que esse sistema quadripartite [dividido em quatro partes] de
organização da história universal é um fato francês. Em outros países, o passado está organizado
de modo diferente, em função de pontos de referência distintos.
CHESNEAUX, Jean. Devemos fazer tábula rasa do passado? Sobre a história e os historiadores.
Trad. de Marcos A. da Silva. São Paulo: Ática, 1995, p. 93.
O texto faz referência a um “sistema quadripartite”, ainda muito presente nos materiais
didáticos de História do Ensino Básico no Brasil. Esse “sistema” divide a história em Antiga,
Medieval, Moderna e Contemporânea. Sobre essa divisão, o autor observa que a:
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27. “Os judeus tinham que usar uma estrela amarela, [...] tinham que entregar as bicicletas, [...]
não podiam andar de bonde, [...] ficavam proibidos de dirigir automóveis.[...] só podiam fazer
compras das três às cinco horas e só em casas que tivessem placa dizendo ‘casa israelita’. Os
judeus deviam recolher-se às suas casas às oito da noite [...]. Ficavam proibidos de ir a teatros,
cinemas e outros lugares de diversão.”
FRANK, Anne. Diário de uma jovem. São Paulo: Editora Mérito S. A., 1958, p. 14, 3ª edição.
Esse trecho, que foi retirado do diário de uma adolescente judia prisioneira num campo de
concentração, na Alemanha, onde morreu em 1945, revela:
B) detalhes das perseguições sofridas pelos judeus na Alemanha, durante a 1ª Guerra Mundial.
C) ideias falsas, pois os alemães não podiam abrir mão do dinheiro que os judeus gastavam em
locais como cinemas e teatros.
D) aspectos importantes para nossa compreensão acerca das perseguições sofridas pelos
judeus, desde a 2ª Guerra Mundial até os ano de 1960, com o fim do apartheid.
E) a importância desse diário como documento histórico que registrou, para a posteridade, a
perseguição sofrida pelos judeus durante a 2ª Guerra Mundial.
28. Ao longo da história da humanidade, as pessoas têm produzido objetos com as mais variadas
intenções: machados de pedra, roupas, utensílios domésticos, casas etc. Nas mãos do
historiador, esses e outros registros, vistos como evidências históricas, são chamados de
documentos ou fontes históricas. Sobre as fontes históricas, é correto afirmar que:
A) as fontes não documentais perderam muito de sua credibilidade após o advento da escrita,
pois não são consideradas oficiais.
C) o patrimônio imaterial de uma sociedade também e considerado como fonte histórica, uma
vez que pode retratar a própria essência dessa cultura.
D) os documentos oficiais, como inventários “post mortem”, testamentos e certidões, têm maior
respaldo histórico, pois constituem conteúdo irrefutável.
29. O estudo e a escrita da História são realizados com base em pesquisas documentais e
interpretações de fatos históricos. Como não é possível reconstruir o passado tal como
aconteceu, os historiadores utilizam fontes, que podem ser interpretadas de maneiras
diferentes, e, por isso, existe uma grande diversidade de produções historiográficas a respeito
de um mesmo tema. No decorrer do tempo, o conceito, o uso e o critério de seleção das fontes
históricas mudou.
A) toda fonte histórica é necessariamente escrita, as demais são consideradas fontes pré-
históricas.
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B) o historiador deve priorizar as fontes com notória imparcialidade, tais como jornais e revistas,
que retratam o dia a dia de uma cidade, um estado ou mesmo um país, da forma mais fiel
possível.
C) filmes, obras literárias, histórias em quadrinho e pinturas não podem ser consideradas fontes
históricas, pois não têm compromisso com a verdade.
D) as diversas manifestações artísticas, como escultura, pintura ou uma canção, podem ser
consideradas fontes históricas, na medida em que retratam o espírito de um tempo.
B) o historiador formula as perguntas a serem feitas aos documentos selecionados e ele o faz
com base em sua cultura e suas escolhas.
C) muitos historiadores, até meados do século XX, privilegiavam o estudo do documento escrito
e davam preferência aos documentos oficiais.
E) o estudo das fontes e a crítica dos documentos são partes fundamentais do processo de
investigação histórica.
31. As pinturas rupestres são evidências materiais do desenvolvimento intelectual dos seres
humanos. Embora tradicionalmente estudadas pela Arqueologia, elas ajudaram a redefinir a
concepção de que a História se inicia com a escrita, pois
32. De fato, que alternativa restava aos portugueses, ao se verem diante de uma mata virgem e
necessitando de terra para cultivo, a não ser derrubar a mata e atear-lhe fogo? Seria, pois,
injusto dessa maneira. Todavia, podemos culpar os seus descendentes, e com razão, por
continuarem a queimar as florestas quando há agora, no início do século XIX, tanta terra limpa
e pronta para o cultivo à sua disposição.
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SAINT-HILAIRE Viagem às nascentes do rio S. Francisco [1847]. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo:
EDUSP,1975 (adaptado).
D) entenderam que a queimada era uma prática necessária no início do séc. XIX.
33. Para uns, a Idade Média foi uma época de trevas, pestes, fome, guerras sanguinárias,
superstições, crueldade. Para outros, uma época de bons cavaleiros, damas corteses, fadas,
guerras honradas, torneios, grandes ideais. Ou seja, uma Idade Média “má” e uma Idade Média
“boa”.
B) à tradição iluminista, que usou a Idade Média como contraponto a seus valores racionalistas,
e ao Romantismo, que pretendia ressaltar as “boas” origens das nações.
C) à indústria de videojogos e cinema, que encontrou uma fonte de inspiração nessa mistura de
fantasia e realidade, construindo uma visão falseada do real.
E) à religião, que com sua visão dualista e maniqueísta do mundo, alimentou tais interpretações
sobre a Idade Média.
34. O texto a seguir reproduz parte de um diálogo entre dois personagens de um romance.
- Quer dizer que a Idade Média durou dez horas? Perguntou Sofia.
- Se cada hora valer cem anos, então sua conta está certa. Podemos imaginar que Jesus nasceu
à meia-noite, que Paulo saiu em peregrinação missionária pouco antes da meia-noite e meia e
morreu quinze minutos depois, em Roma. Até as três da manhã a fé cristã foi mais ou menos
proibida. (...) Até as dez horas as escolas dos mosteiros detiveram o monopólio da educação.
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O ano de 476 d.C., época da queda do Império Romano do Ocidente, tem sido usado como
marco para o início da Idade Média. De acordo com a escala de tempo apresentada no texto,
que considera como ponto de partida o início da Era Cristã, pode-se afirmar que:
D) as peregrinações do apóstolo Paulo ocorreram após os primeiros 150 anos da Era Cristã.
35. “Consideremos o significado da palavra república. Ela vem do latim res publica, que quer
dizer ‘coisa de todos’. Denomina, portanto, uma forma de governo em que o Estado e o poder
pertencem ao povo.
No entanto, o que se observou na fase inicial da república romana foi a instalação de uma
organização política dominada apenas pelos patrícios. Não houve a distribuição do poder entre
todos, pois a maioria da população, os plebeus, não tinha, inicialmente, o direito de participar
das decisões políticas. Isso gerou grandes conflitos.”
(COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e geral. Vol.1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 124).
Por conta da situação acima mencionada, os plebeus iniciaram uma longa luta em busca dos
seus direitos, sobre a qual é incorreto afirmar-se que
A) a “Lei das XII Tábuas”, ainda que favorecesse os patrícios, serviu para dar clareza às normas
e aos costumes.
C) o “Comício da Plebe” deu aos patrícios o direito de decidirem pelos plebeus assuntos relativos
aos interesses de ambos.
D) a “Eleição de Magistrados” deu aos plebeus a condição de ascenderem, aos poucos, aos
principais cargos públicos.
E) a proibição da escravização por dívidas fez com que nenhum romano fosse mais escravizado
por conta de dívidas existentes.
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36. As imagens reproduzem quadros de D. João VI e de seu filho D. Pedro I nos respectivos papéis
de monarcas. A arte do retrato foi amplamente utilizada pela nobreza ocidental, com objetivos
de representação política e de promoção social. No caso dos reis, essa era uma forma de se fazer
presente em várias partes do reino e, sobretudo, de se mostrar em majestade.
B) o quadro de D. João VI é mais suntuoso, porque retrata um monarca europeu típico do século
XIX.
C) os quadros dos monarcas têm baixo impacto promocional, uma vez que não estão usando a
coroa, nem ocupam o trono.
D) a arte dos retratos, no Brasil do século XIX, era monopólio de pintores franceses, como
Debret.
37. Relacione corretamente os fatos históricos com seus respectivos períodos, numerando a
Coluna II de acordo com a Coluna I.
Coluna I
1. Revolução Industrial
3. Criação da democracia
4. Reforma e Contrarreforma
Coluna II
( ) Idade Média
( ) Idade Moderna
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( ) Idade Antiga
( ) Idade Contemporânea
A) 3, 4, 2, 1.
B) 1, 2, 4, 3.
C) 2, 4, 3, 1.
D) 4, 2, 1, 3.
38. Sobre o surgimento da arte cênica, todos falam em Grécia, mas o teatro aparece
exclusivamente, em Atenas, nas últimas décadas do século VI a.C. Nenhuma das versões sobre
o advento do teatro, na verdade, é conclusiva ou informa qual o momento exato em que se deu
o fenômeno da arte dramática.
(HELIODORA, Barbara. Caminhos do teatro ocidental. São Paulo: Perspectiva, 2013. p. 24.)
A) O marco inicial do teatro é a Paixão de Osíris, encenada em Abydos, no Egito, no ano de 2600
a.C.
B) A arte teatral surge ainda na Pré-história, em forma de dança ou canto, com o objetivo de
evocar a chuva, a caça ou outras atividades básicas.
E) O teatro, desde seu surgimento em Atenas, sempre foi uma arte elitista, sem muito apelo
popular.
39. “Eucrates, filho de Aristôtimos, do Pireu, fez a moção: Com a boa sorte do Povo de Atenas.
Que os legisladores resolvam: se alguém se rebelar contra o Povo visando implantar a Tirania,
ou juntar-se a conspiradores, ou se alguém atenta contra o Povo de Atenas ou contra a
Democracia, em Atenas, se alguém cometeu algum destes crimes, quem o matar estará livre do
processo(...).”
Lei Ateniense contra a Tirania, 337-6 a.C. FUNARI, P.P.A. Antiguidade Clássica: a história e a
cultura a partir dos documentos. Campinas: Editora Unicamp, 2003. p.90.
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40. O episódio da violência exercida por Sexto Tarquínio contra Lucrécia, mulher de Colatino,
um dos nobres romanos, narra e celebra em tom comemorativo “a expulsão dos Tarquínios”
como a libertação da tirania. Este evento marca:
41. O que implica o sistema da pólis é uma extraordinária preeminência da palavra sobre todos
os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a discussão, a
argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do jogo político.
Na configuração política da democracia grega, em especial a ateniense, a ágora tinha por função
B) permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado expostas por seus magistrados.
C) constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões da
comunidade.
42. TEXTO l
Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus
próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões
públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato
de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação.
TEXTO II
Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de
administrar justiça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao
tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela
mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados.
Comparando os textos l e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no
século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a)
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A) prestígio social.
B) acúmulo de riqueza.
C) participação política.
D) local de nascimento.
E) grupo de parentesco.
43. Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos, as leis eram transmitidas oralmente
de uma geração para outra. A ausência de uma legislação escrita permitia aos patrícios
manipular a justiça conforme seus interesses. Em 451 a.C., porém, os plebeus conseguiram
eleger uma comissão de dez pessoas – os decênviros – para escrever as leis. Dois deles viajaram
a Atenas, na Grécia, para estudar a legislação de Sólon.
A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo, descrita no texto, esteve relacionada à:
44. No contexto da polis grega, as leis comuns nasciam de uma convenção entre cidadãos,
definida pelo confronto de suas opiniões em um verdadeiro espaço público, a ágora, confronto
esse que concedia a essas convenções a qualidade de instituições públicas.
A) Direta.
B) Sindical.
C) Socialista.
D) Corporativista.
E) Representativa.
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45. A figura apresentada é de um mosaico, produzido por volta do ano 300 d.C., encontrado na
cidade de Lod, atual Estado de Israel. Nela, encontram-se elementos que representam uma
característica política dos romanos no período, indicada em:
46. Um texto bastante famoso produzido na Idade Média foi o Exemplo dos carneiros, dos bois
e dos cães, que explicava:
“A razão de ser dos carneiros é fornecer leite e lã, dos bois é lavrar a terra, a dos cães defender
os carneiros e os bois. Se cada um cumprir sua missão, Deus protegê-la-á. Do mesmo modo, fez
com os homens: instituiu os Clérigos e os Monges para que rezassem, plenos de doçura, como
ovelhas; os camponeses, como os bois, para assegurar a subsistência, e os guerreiros para que
defendessem dos inimigos, semelhantes a lobos, os que oram e os que cultivam a terra.”
(Apud LE GOFF, Jacques. A civilização do ocidente medieval. Lisboa: Estampa, 1984, vol. 2, p.
10, adaptado).
Partindo da análise dessa fonte, compreendemos que a Sociedade Feudal se dividia em três
ordens principais, registradas na alternativa:
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47. A produção feudal era agrícola, sendo a terra sua principal fonte de riqueza. O sistema
comunitário de cultivo reduzia o interesse por inovações técnicas, por isso, qualquer nova forma
de trabalhar a terra, exigia a aprovação de toda a aldeia. Além disso, todo aumento da produção
correspondia a mais tributos a serem pagos ao senhor feudal, desestimulando a produção
excedente pelos servos.
Entre os muitos impostos que estes pagavam, um deles era a corveia, que consistia em:
48. Sobre a Igreja Católica, durante o Período Feudal, é correto afirmar que
B) a figura do Papa, líder político mais influente durante toda a Idade Média, garantia a
centralização do poder.
C) a unificação da religião no Oriente e no Ocidente foi uma imposição apoiada pelo regime
político em todo território.
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50. O Oriente, com suas inúmeras e ricas cidades, economia desenvolvida, um campesinato de
pequenas propriedades, relativa unidade cívica e distância geográfica da violência dos ataques
bárbaros, sobreviveu. O Ocidente, com sua população mais esparsa e cidades mais fracas,
aristocracia grandiosa e campesinato explorado em arrendamentos, anarquia política e
vulnerabilidade estratégica às invasões germânicas, naufragou.
51. A cidade contemporânea, apesar de grandes transformações, está mais próxima da cidade
medieval do que esta última da cidade antiga. A cidade da Idade Média é uma sociedade
abundante, concentrada em um pequeno espaço, um lugar de produção e de trocas em que se
mesclam o artesanato e o comércio alimentados por uma economia monetária. É também o
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A) do contexto árabe-islâmico.
E) do Império Carolíngio.
Essa imagem, retirada do Livro de Horas do Duque de Berry, representa um aspecto da vida
social na Europa medieval em um contexto no qual:
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53. Durante boa parte do período medieval, a marcação do tempo era controlada pela Igreja
Católica, preocupada com o tempo religioso e com os ofícios religiosos a ele relacionados.
Nos séculos XIV e XV, no entanto, os relógios mecânicos começaram a espalhar-se pela Europa
e popularizou-se a divisão do dia em 24 horas. A afirmação desse tempo leigo perante o tempo
religioso representou:
B) uma vitória dos servos sobre os seus senhores, pois eles vinham lutando para controlar o
próprio tempo.
D) o domínio do tempo pelos senhores feudais, que passaram a definir comportamentos com
base no relógio.
E) uma mudança cultural pouco significativa, pois as relações de trabalho continuaram a existir
da mesma forma.
Eis que, em outubro do ano de 1347 da Encarnação do Senhor, (...) muitos genoveses, em doze
galeras, fugindo à cólera divina que se abatera sobre eles em razão da sua iniquidade, acostaram
no porto da cidade de Messina. Os genoveses transportavam consigo (...) uma doença tal que
quem quer que tivesse falado com um deles era atingido por essa enfermidade mortal (...). As
pessoas odiavam-se umas às outras a ponto de, se um filho fosse atingido pelo mal, o pai se
recusar terminantemente a ficar do seu lado; e se ousasse aproximar-se dele, seria de tal modo
atingido pelo mal que não haveria modo de escapar à morte (...).
(Michel de Piazza. Historia secula ab anno 1337 ad annum 1361. Apud Georges Duby. A Europa
na Idade Média, 1988.)
A partir do trecho, pode-se afirmar que a peste negra era encarada como
A) uma manifestação de castigo divino e que teve como um de seus efeitos a desagregação das
relações sociais.
C) um produto da ação dos heréticos medievais e provocadora de novas ideias religiosas, como
a crença nos santos.
E) uma decorrência direta das atividades econômicas que buscavam o lucro e da defesa que a
Igreja fazia das indulgências.
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55. Maomé (570-632) uniu os povos árabes em torno dos princípios do Islã. Seus praticantes,
os muçulmanos, expandiram-se por diferentes regiões do mundo, o que resultou:
56. “Maomé retirou-se às montanhas para rezar e meditar, vivendo como eremita. Em seguida,
começou a pregar a existência de um deus único, Alá, e a prática do Islã, submissão total a deus.”
(ORDOÑEZ, Marlene e QUEVEDO, Júlio. História. Coleção Horizontes. São Paulo: IBEP. Sd. p.58)
57. O islamismo, religião monoteísta fundada por Maomé (c. 570-632), mudou o cenário
religioso e político do Oriente Médio e de toda a bacia do Mediterrâneo. Os padrões islâmicos
de moralidade e as normas que regulam a vida cotidiana são fixados pelo Alcorão, que os
muçulmanos acreditam conter a palavra de Alá, tal qual revelada a Maomé. Para os
muçulmanos, sua religião é a conclusão e o aperfeiçoamento do judaísmo e do cristianismo.
Maomé conseguiu unificar as tribos árabes, envolvidas em constantes disputas, numa força
poderosa dedicada a Alá e à difusão da fé islâmica. Após a morte de Maomé, no entanto, seus
sucessores não conseguiram manter a unidade, por disputas sucessórias. Essas disputas
dividiram o Islã em dois grupos principais, que permanecem até os dias de hoje.
A) Monofisistas e nestorianos.
B) Monofisistas e maronitas.
C) Sunitas e xiitas.
D) Otomanos e assírios.
E) Xiitas e politeístas.
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58. A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto, dividida em três: uns oram, outros
combatem, outros, enfim, trabalham. Essas três partes que coexistem não suportam ser
separadas; os serviços prestados por uma são a condição das obras das outras duas; cada uma
por sua vez encarrega-se de aliviar o conjunto... Assim a lei pode triunfar e o mundo gozar da
paz.
A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida durante a Idade Média. Um
objetivo de tal ideologia e um processo que a ela se opôs estão indicados, respectivamente, em:
Os versos do poeta francês François Villon fazem referência às imagens presentes nos templos
católicos medievais. Nesse contexto, as imagens eram usadas com o objetivo de
60. A lei dos lombardos (Edictus Rothari), povo que se instalou na Itália no século VII e era
considerado bárbaro pelos romanos, estabelecia uma série de reparações pecuniárias
(composições) para punir aqueles que matassem, ferissem ou aleijassem os homens livres. A lei
dizia: “para todas estas chagas e feridas estabelecemos uma composição maior do que a de
nossos antepassados, para que a vingança que é inimizade seja relegada depois de aceita a dita
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composição e não seja mais exigida nem permaneça o desgosto, mas dê-se a causa por
terminada e mantenha-se a amizade.”
61. A Idade Média é um extenso período da História do Ocidente cuja memória é construída e
reconstruída segundo as circunstâncias das épocas posteriores. Assim, desde o Renascimento,
esse período vem sendo alvo de diversas interpretações que dizem mais sobre o contexto
histórico em que são produzidas do que propriamente sobre o Medievo.
A) a associação que Hitler estabeleceu entre o III Reich e o Sacro Império Romano Germânico.
B) o retorno dos valores cristãos medievais, presentes nos documentos do Concílio Vaticano II.
C) a luta dos negros sul-africanos contra o apartheid inspirada por valores dos primeiros cristãos.
E) a tradição heroica da cavalaria medieval, que foi afetada negativamente pelas produções
cinematográficas de Hollywood.
62. O ano muçulmano é composto de 12 meses, dentre eles o Ramadã, mês sagrado para os
muçulmanos que, em 2001, teve início no mês de novembro do Calendário Cristão, conforme a
figura que segue.
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A) 01 de novembro.
B) 08 de novembro.
C) 16 de novembro.
D) 20 de novembro.
E) 28 de novembro.
(...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no campo da filosofia para que
iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício de uma razão que se
torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé.
(Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio aos bispos da igreja católica sobre as relações
entre fé e razão, 1998)
A) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de São Tomás de Aquino, refletindo
a diferença de épocas.
B) a encíclica papal procura complementar São Tomás de Aquino, pois este colocava a razão
natural acima da fé.
C) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encíclica de João Paulo II.
D) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas, em nossos dias, não tem
relação com o pensamento filosófico.
E) tanto a encíclica papal como a frase de São Tomás de Aquino procuram conciliar os
pensamentos sobre fé e razão.
64. No século XI, o bispo Fulbert de Chartes foi convidado a escrever sobre a fórmula da
fidelidade e assim o fez:
Aquele que jura fidelidade a seu senhor deve ter sempre em mente estes seis princípios:
proteção, segurança, honra, interesse, liberdade, faculdade. Proteção, quer dizer, nada deve ser
feito em prejuízo do senhor quanto ao seu corpo. Segurança, nada em prejuízo da residência
onde ele habita ou de suas fortalezas nas quais ele possa se achar. Honra, quer dizer, nada em
detrimento de sua justiça ou do que possa sua honra depender. Interesse, quer dizer, nada que
possa prejudicar suas possessões. Liberdade e faculdade, quer dizer, o bem que o senhor possa
fazer não lhe deva ser tornado difícil e o que ele esteja fazendo tornado impossível (...)
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Fonte: Fulbert de Chartres. Epistolae, LVIII, ano 1020. In: Jaime Pinsky. Modo de produção
feudal. 2 ed. São Paulo: Global, 1982.
Os princípios apresentados na cerimônia descrita pelo texto fazem referência às relações sociais
entre
65. Segundo o historiador Demant, “em princípio, Maomé conseguiu converter à nova fé a
esposa e alguns amigos. Seu primeiro núcleo de ouvintes foi mínimo, mas suficiente para irritar
a elite comercial de Meca, cuja renda do turismo religioso foi ameaçada pela insistência de
Maomé em destruir as imagens dos deuses politeístas. A repressão contra essa pequena e
primeira comunidade muçulmana o levou a fugir com seus seguidores, no ano de 622 d.C, para
outra cidade, mais aberta às suas demandas: Iatreb, desde então nomeada de AlMedina (a
Cidade), situada a 300 quilômetros ao norte de Meca.
Com base na situação descrita sobre a fuga do fundador do islã, o Profeta Maomé, é correto o
que se afirma em:
A) Sua fuga é conhecida como a jihad (luta em favor de Deus) e marca o início do calendário
muçulmano.
B) Sua fuga é conhecida como a salat (reza que se faz cinco vezes ao dia) e marca o início do
calendário muçulmano.
C) Sua fuga é conhecida como a hijra (hégira ou migração) e marca o início do calendário
muçulmano.
D) Sua fuga é conhecida como o ramadan (ramadã - mês de jejum, entendido como purificação
e ascese para Deus) e marca o início do calendário muçulmano.
E) Sua fuga é conhecida como a shahada (testemunho – é a confissão que efetua a conversão) e
marca o início do calendário muçulmano.
66. Os fragmentos de texto abaixo foram extraídos de VICENTINO e DORIGO (2011) e se referem
à Igreja Medieval.
I. Pouco a pouco, a Igreja foi “se transformando na maior proprietária de terras da Idade Média
e construindo fortes vínculos com a estrutura feudal”.
II. Viviam afastados das tentações do mundo por meio do isolamento em abadias e de votos de
castidade, pobreza e silêncio. Com o tempo, num mundo em que uma restrita minoria era
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III. Viviam apegados aos bens materiais e em contacto com a sociedade, a terra, a administração
e a exploração das riquezas.
67. Os mosteiros eram em primeiro lugar casas, cada uma abrigando sua “família”, e as mais
perfeitas, com efeito, as mais bem ordenadas: de um lado, desde o século IX, os mais
abundantes recursos convergiam para a instituição monástica, levando-a aos postos avançados
do progresso cultural; do outro, tudo ali se encontrava organizado em função de um projeto de
perfeição, nítido, bem estabelecido, rigorosamente medido.
(Georges Duby. “A vida privada nas casas aristocráticas da França feudal”. História da vida
privada, vol. 2, 1992. Adaptado.)
B) recuperar a experiência histórica e pessoal do Salvador durante sua estada no mundo dos
vivos.
C) recolher-se a uma comunidade fechada para orar, estudar e combater a desordem do mundo.
D) identificar-se com as condições de privação por que passavam as famílias pobres, celebrar a
tradição escolástica e agir de forma ética.
E) reconhecer a humanidade como solidária e unida num esforço de salvação da alma dos fiéis
e dos infiéis.
68. Reproduz-se, abaixo, trecho de um sermão do bispo Cesário de Arles (470-542), dirigido a
uma paróquia rural.
“Vede, irmãos, como quem recorre à Igreja em sua doença obtém a saúde do corpo e a remissão
dos pecados. Se é possível, pois, encontrar este duplo benefício na Igreja, por que há infelizes
que se empenham em causar mal a si mesmos, procurando os mais variados sortilégios:
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A partir desse sermão, escrito no sul da atual França, é correto afirmar que:
A) A Igreja Católica assumia funções espirituais e deixava à nobreza o cuidado da saúde dos
camponeses, através de ordens religiosas e militares.
C) Práticas consideradas menos ortodoxas por Cesário de Arles ainda encontravam espaço em
setores da sociedade e a elite da Igreja tentava se afirmar como o único acesso ao sagrado.
D) O avanço do materialismo estava afastando da Igreja os camponeses, que, com isto, deixavam
de pagar os dízimos eclesiásticos.
A imagem pode ser associada à tradição dos conhecimentos desenvolvidos no mundo árabe-
islâmico durante a Idade Média e revela
A) a inexistência de instrumental médico nas sociedades islâmicas, que impediam qualquer tipo
de corte nos corpos.
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70. Eis dois homens à frente: um, que quer servir; o outro, que aceita, ou deseja, ser chefe. O
primeiro une as mãos e, assim juntas, coloca-as nas mãos do segundo: claro símbolo de
submissão, cujo sentido, por vezes, era ainda acentuado pela genuflexão. Ao mesmo tempo, a
personagem que oferece as mãos pronuncia algumas palavras, muito breves, pelas quais se
reconhece “o homem” de quem está na sua frente. Depois, chefe e subordinado beijam-se na
boca: símbolo de acordo e de amizade. Eram estes – muito simples e, por isso mesmo,
eminentemente adequados para impressionar espíritos tão sensíveis às coisas – os gestos que
serviam para estabelecer um dos vínculos mais fortes que a época feudal conheceu.
71. A colisão catastrófica dos dois anteriores modos de produção em dissolução, o primitivo e o
antigo, veio a resultar na ordem feudal, que se difundiu por toda a Europa.
O autor refere-se a três tipos de formações econômico-sociais nesse pequeno trecho. A esse
respeito é correto afirmar:
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C) A economia romana, baseada na pequena propriedade familiar, foi transformada a partir das
invasões germânicas dos séculos IV a VI.
E) A transição para o escravismo feudal foi proporcionada pelos conflitos constantes nas
fronteiras romanas devido à ofensiva dos magiares.
72. Observemos apenas que o sistema dos feudos, a feudalidade, não é, como se tem dito
frequentemente, um fermento de destruição do poder. A feudalidade surge, ao contrário, para
responder aos poderes vacantes. Forma a unidade de base de uma profunda reorganização dos
sistemas de autoridade […].
B) deriva da falência dos grandes impérios da Antiguidade e oferece uma alternativa viável para
a destruição dos poderes políticos.
E) ocupa o espaço aberto pela ausência de poderes centralizados e permite a construção de uma
nova ordem política.
73. Os homens da Idade Média estavam persuadidos de que a terra era o centro do Universo e
que Deus tinha criado apenas um homem e uma mulher, Adão e Eva, e seus descendentes.
Não imaginavam que existissem outros espaços habitados. O que viam no céu, o movimento
regular da maioria dos astros, era a imagem do que havia de mais próximo no plano divino de
organização.
(Georges Duby. Ano 1000, ano 2000: na pista de nossos medos, 1998. Adaptado.)
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74. Analisando as condições de trabalho da Europa medieval, o historiador Marc Bloch afirmou:
O servo, em resumo, dependia tão estreitamente de um outro ser humano que, fosse ele para
onde fosse, esse laço o seguia e se imprimia à sua descendência. Essas pessoas, para com o
senhor, não estavam obrigadas apenas às múltiplas rendas ou prestações de serviços. Deviam-
lhe também auxílio e obediência, e contavam com a sua proteção.
(BLOCH, Marc. A sociedade feudal. Lisboa: Edições 79, s/d., p. 294-295. Adaptado)
D) garantia aos servos a participação nas decisões políticas dentro dos feudos.
75. No início foram as cidades. O intelectual da Idade Média – no Ocidente – nasceu com elas.
Foi com o desenvolvimento urbano ligado às funções comercial e industrial – digamos
modestamente artesanal – que ele apareceu, como um desses homens de ofício que se
instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão do trabalho. Um homem cujo ofício é
escrever ou ensinar, e de preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que,
profissionalmente, tem uma atividade de professor e erudito, em resumo, um intelectual – esse
homem só aparecerá com as cidades.
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76. Veneza, emergindo obscuramente ao longo do início da Idade Média das águas às quais devia
sua imunidade a ataques, era nominalmente submetida ao Império Bizantino, mas, na prática,
era uma cidade-estado independente na altura do século X. Veneza era única na cristandade por
ser uma comunidade comercial: “Essa gente não lavra, semeia ou colhe uvas”, como um
surpreso observador do século XI constatou. Comerciantes venezianos puderam negociar
termos favoráveis para comerciar com Constantinopla, mas também se relacionaram com
mercadores do islã.
A expansão das atividades de trocas na Baixa Idade Média, dinamizadas por centros como
Veneza, reflete o(a)
DUBY, G. et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada da Europa Feudal
à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).
As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média,
quando elas assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos. Este processo está
diretamente relacionado com:
78. Os últimos anos do século X foram marcados, na Europa Ocidental, pela diminuição das
invasões bárbaras e pela queda da mortandade por epidemias. Tais fatos geraram estabilidade
e crescimento demográfico. A partir do século XI, o continente experimentaria profundas
transformações que levariam ao que se conhece como Renascimento Comercial.
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A) o Iluminismo gerou uma mentalidade de busca pela prosperidade material, o que levou ao
incremento de práticas comerciais.
Sobre o desenvolvimento urbano e comercial no Ocidente Medieval entre os séculos XII e XIII,
marque a alternativa INCORRETA:
A) Existia uma grande multiplicidade de moedas que circulavam paralelamente entre si, sendo
o cambista a principal figura responsável pelas conversões nas feiras.
80. Durante a Idade Média, havia um imaginário vinculado às cruzadas, pautado pela concepção
de que
A) Os nobres tinham a missão sagrada de proteger a população europeia dos “infiéis” que, após
a tomada da Península Ibérica, vinham impondo violentamente sua crença e cobrando altos
impostos a toda a cristandade.
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B) os vassalos deveriam morrer por meio do “bom combate” pois, ainda que não houvesse
esperança alguma de reconquistar Jerusalém, o sacrifício humano fortaleceria a fé católica e o
poder do Papa.
C) a Guerra Santa iniciada pelos muçulmanos era uma provação que os cristãos deveriam
enfrentar para que a tragédia da Peste Negra e outros castigos divinos não voltassem a incidir
sobre o Ocidente.
D) a longa peregrinação e os combates militares movidos pela fé, a fim de recuperar a Terra
Santa, assegurariam, a todos os participantes, o perdão de seus pecados e a purificação de suas
almas.
C) eram conduzidas por autoridades leigas, pois a Igreja Católica não tinha vínculo com a
perseguição e a punição dos hereges.
D) tinham caráter exemplar, expondo publicamente os réus forçados a pedir perdão, antes de
serem encaminhados para a execução.
E) visavam a executar os judeus e islâmicos, não atingindo protestantes nem católicos romanos
ou ortodoxos.
82. Da mesma forma que a Terra Santa, ainda que com identidade menor, a Península Ibérica
possibilitava a reunião das ideias de paz (luta no exterior da Cristandade), de Guerra Santa
(engrandecimento da Igreja em terra anteriormente cristã) e de peregrinação (corpo santo
apostólico em Santiago de Compostela). A Reconquista revelou-se especialmente atraente, o
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que é significativo, para o centro-sul francês (...) cujos cavaleiros foram os mais constantes
participantes ultramontanos da luta anti-moura na Península.
83. A cidade é [desde o ano 1000] o principal lugar das trocas econômicas que recorrem sempre
mais a um meio de troca essencial: a moeda. [...] Centro econômico, a cidade é também um
centro de poder. Ao lado do e, às vezes, contra o poder tradicional do bispo e do senhor,
frequentemente confundidos numa única pessoa, um grupo de homens novos, os cidadãos ou
burgueses, conquista “liberdades”, privilégios cada vez mais amplos.
GOFF Jacques Le. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.
D) a Igreja romana, que se opunha ao acúmulo de bens materiais, enfrentava forte oposição da
burguesia ascendente e dos grandes proprietários de terras.
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84. Durante a Idade Média houve uma grande circulação de viajantes entre a Europa e o Oriente
Médio. Algumas dessas viagens eram peregrinações religiosas a locais considerados sagrados
como, por exemplo, a cidade de Jerusalém.
No início do século XI, entretanto, essa cidade estava sob o domínio dos muçulmanos, o que não
correspondia aos interesses da Igreja Católica, por isso, em 1095, o Papa Urbano II fez um apelo
à cristandade para que nobres e camponeses libertassem Jerusalém.
De acordo com as informações citadas, é correto afirmar que o apelo do Papa Urbano II deu
origem:
A) ao Renascimento.
B) ao Protestantismo.
C) à Inquisição.
D) à Contrarreforma.
E) às Cruzadas.
85. “O modo de produção feudal, tal como apareceu na Europa ocidental, deixava em geral aos
camponeses apenas o espaço mínimo para aumentarem o produto de que dispunham dentro
das duras limitações do sistema senhorial.”
A) havia classes distintas e opostas no feudalismo, embora a luta social fosse atenuada pelas
amplas oportunidades de lucro que os senhores ofereciam aos camponeses.
86. Chegam a Jerusalém a 7 de junho de 1099. Jejuam e fazem procissões em redor da cidade,
esperando que as suas orações deitem abaixo as muralhas, do mesmo que as trombetas de
Josué tinham derrubado as de Jericó. A chegada a Jafa de navios genoveses, pisanos e
venezianos é para eles de um grande auxílio [...] A cidade tão cobiçada é tomada a 15 de julho
de 1099. Assistimos, então, à pilhagem e ao massacre sistemático de toda a população.
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Tate, G. “Dois séculos de confronto entre o Oriente e o Ocidente”. In Arneville, M.-B. D’ e outros,
As Cruzadas. Trad. Cascais: Pergaminho, 2001, p. 22.
87. “As teorias e práticas mercantilistas estão inseridas no contexto da transição do Feudalismo
para o Capitalismo, possuindo ainda características marcantes das estruturas econômicas
feudais e já diversos fatores que serão mais tarde identificados com características capitalistas,
não sendo nenhum dos dois sistemas, no entanto. O termo mercantilismo define os aspectos
econômicos desse processo de transição. Se o mercantilismo tem sua contraparte política no
Estado absoluto, no campo social tem relação com a estrutura social comumente conhecida
como sociedade do Antigo Regime.”
(SILVA, Kalina V. & SILVA, Maciel Henrique. “Dicionário de conceitos históricos”. São Paulo:
Contexto, 2009, p. 283-284).
Das práticas apresentadas abaixo, qual não pode ser identificada como pertencente ao
mercantilismo:
A) Metalismo.
B) Protecionismo alfandegário.
C) Incentivo às manufaturas.
E) Liberalismo econômico.
88. “[...] devemos obedecer sempre a esta regra: vender mais aos estrangeiros em valor do que
consumirmos deles.”
(MUN, Thomas. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de história. Lisboa: Plátano,
1976.vol. II, p.223).
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A) Colbertismo e Bulionismo.
B) Industrialismo e Colbertismo.
D) Industrialismo e Bulionismo.
E) Comercialismo e Colbertismo.
89. Durante a fase de transição do feudalismo para o capitalismo foi colocada em prática a
política econômica mercantilista. As grandes monarquias européias do século XVI, com maior
ou menor êxito, enveredaram pela via do intervencionismo econômico. Avalie as sentenças
abaixo sobre as características gerais do mercantilismo europeu.
I – entesouramento de metais como o ouro e prata advindos tanto do comércio externo como
dos territórios conquistados.
III – esforço para exportar mais e importar menos, deixando a balança comercial favorável.
Assim:
D) Uma das características do mercantilismo foi o metalismo, que identifica o poder e a riqueza
de um Estado com a quantidade de metais preciosos que ele possui.
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91.
A imagem acima é um fragmento da pintura do teto da Capela Sistina, pintada por Michelângelo,
entre 1508 e 1512. Esse pintor, juntamente com outros artistas e pensadores, faz parte de um
período a que a História chamou Humanismo. De acordo com a imagem e as características do
Humanismo, é correto concluir que
A) o homem é entendido como ser especial da criação divina, que age e reflete sobre sua
existência, mas sob os desígnios da divindade.
C) a concorrência entre a religião católica e a protestante levou a igreja de Roma a decorar seus
templos com figuras humanas apelativas para atrair mais fiéis.
(Piero della Francesca, Perspectiva de uma cabeça, desenho a bico de pena, in Sobre a perspectiva do pintar, 1474.)
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93. A imagem abaixo é uma reprodução da célebre obra de Rafael Sanzio, A Escola de Atenas,
encomendada pelo Vaticano e pintada entre os anos de 1509 e 1510, e pode ser considerada
uma síntese perfeita do espírito renascentista em termos artísticos e intelectuais.
A partir da imagem, pode-se afirmar que os ideais estéticos e filosóficos do Renascimento são:
94. Os séculos XV e XVI constituem a época dos desbravamentos e das descobertas. É quando
surge também uma nova mentalidade, que mais tarde será o Renascimento. São características
desse período na Europa, EXCETO:
A) Teocentrismo.
B) Antropocentrismo.
D) Renovação cultural.
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95. “A reflexão humanista colocou o homem no centro do mundo e, como ele passou a ter
consciência de seus feitos no mundo, era necessário que esses feitos no mundo, era necessário
que esses feitos fossem relatados como realizações humanas.”
A partir da citação acima, com relação ao humanismo e ao renascimento, é correto dizer que:
B) as ações humanas eram expressões únicas da vontade divina, daí o seu caráter teocêntrico.
96. Alguns dos mais importantes fundamentos da civilização ocidental foram lançados na
Antiguidade Clássica (Grécia e Roma). Esse legado apresenta-se em múltiplos aspectos, entre os
quais podem ser citados as artes, a filosofia, a política e o direito. Nos mil anos que se seguem à
queda de Roma, a Europa se ruraliza, a economia mercantil sofre grande refluxo e verifica-se a
ascendência, não apenas religiosa, de uma instituição centralizada e de extrema capilaridade –
a Igreja Católica. A Baixa Idade Média anuncia profundas transformações que atingem a
culminância no início da Idade Moderna. Entre os séculos XVI e XVIII, o Ocidente se reinventa
geográfica, política e culturalmente. Em fins do século XVIII, a partir da Inglaterra, a Revolução
Industrial inaugura uma nova era para uma história crescentemente globalizada.
Tendo as informações acima como referência inicial, julgue o item, relativo à história do mundo
ocidental.
97. “Voltemo‐nos pois, em primeiro lugar, ‘a pessoa interior’, para ver o que faz com que ela se
torne justa, livre e verdadeiramente cristão, isto é, pessoa espiritual, nova, interior. É evidente
que em absoluto nenhuma coisa externa, qualquer que seja o nome que se lhe dê, tem qualquer
significado para a aquisição da justiça ou da liberdade cristã [...]”
Martinho Lutero liderou a reforma protestante no século XVI na Europa, suas ideias que eram
consideradas até então absurdas pela igreja católica viriam desafiar a mesma, que era naquela
época quem ditava as regras. Essa nova forma de pensar de Lutero foi se espalhando primeiro
pela Alemanha e, posteriormente, por toda a Europa. A característica do mundo moderno,
também presente na doutrina Luterana, mesmo que com restrições, expressa na citação
anterior é:
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A) A laicização do estado.
B) A afirmação do individualismo.
98. Durante a reforma protestante, surge um movimento em que a maioria dos convertidos era
recrutada nas massas camponesas e nos trabalhadores urbanos, cujas dificuldades materiais e
inquietações religiosas não foram levadas em conta por outros reformadores, identificados com
as classes dominantes. Identifique a qual corrente do movimento reformista o enunciado faz
referência.
A) Luteranismo.
B) Zwinglianismo.
C) Anabatista.
D) Calvinismo.
E) Anglicanismo.
99. Artistas reinventaram a arte com novas noções de dimensão espacial, emprego das cores e
valorização dos planos e contrastes, como luz e sombra, ornamentação detalhada e equilíbrio
geométrico. Na escrita, autores detalhavam desejos, medos, qualidades e defeitos do ser
humano e de sua moral. Descreviam a utopia de um homem novo e do mundo perfeito, num
tempo em que sonhar era arriscado.
(Angelo Adriano Faria Assis. A razão brilha para todos. Revista de História da Biblioteca Nacional,
2013. Adaptado).
A) à Antiguidade Clássica.
B) ao Gótico.
C) ao Renascimento.
D) ao Barroco.
E) ao Realismo.
100. Se existe uma evolução na descoberta do indivíduo nesse contexto, ela se deve aos
procedimentos de análise do real, aos instrumentos e ao vocabulário: a prática da dissecação, o
hábito da frequente confissão, o uso da correspondência privada, a difusão do espelho, a técnica
da pintura a óleo. A Europa do período povoou-se de retratos, de início nas igrejas e nas capelas
familiares, onde os doadores e suas famílias conquistaram seu lugar ao lado da Virgem com o
Filho ou dos santos que os apresentam e os protegem.
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C) da Renascença.
D) do Iluminismo.
E) do Império Napoleônico.
101. Se o homem moderno não consegue viver sem dinheiro, o homem medieval mal conhecia
seu significado, afirma Jacques Le Goff (um dos maiores medievalistas vivos). O historiador
francês demonstra como, numa sociedade dominada pelo cristianismo, a Igreja doutrinou a
atitude que um cristão deveria ter perante o dinheiro, tendo em vista as obras de teólogos e as
várias passagens bíblicas que o condenam. Para ele, a moeda começa a se desenvolver na
Europa medieval apenas nos séculos XII e XIII.
A) a Reforma Protestante.
B) a Contrarreforma.
C) o Renascimento Urbano.
D) o Mercantilismo.
E) o Absolutismo.
102. As palavras de Lutero não foram ao encontro apenas das angústias espirituais de uma
Alemanha dividida, mas, também, revelaram-se interessantes às controvérsias humanas.
Cavaleiros, nobres, mercadores, muitos nutriam desconfianças por Roma, e, ao mesmo tempo,
mostravam-se ávidos por incorporarem suas riquezas. A defesa que Lutero fazia da dependência
exclusiva de Deus atraiu esses indivíduos.
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A) como membros da nobreza europeia, característica evidenciada pelos trajes, pelo espaço em
que se encontram e pela atividade que estão desenvolvendo.
E) como pessoas simples e pobres, com poucos recursos, em um contexto histórico em que
burgueses e camponeses tinham a mesma situação econômica.
105. No início da Era Moderna, a Igreja Católica foi abalada por uma série de acontecimentos
que levaram a significativas mudanças internas e ao surgimento de novas religiões na Europa.
Entre as ideias dos principais reformadores e contrarreformadores, podemos encontrar a(o):
I. Criação do Index.
II. Predestinação.
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Assinale, abaixo, a alternativa que apresenta ideias relacionadas com a Igreja Calvinista.
A) III, V e VI.
B) I, II e VI.
C) II, V e VI.
D) I, II e V.
E) II, IV e V.
106. Com relação às Reformas Religiosas ocorridas na Europa no século XVI, podemos afirmar
que
(...) nos sejam dados poder e autoridade, para que cada comunidade possa eleger o seu pastor
e, da mesma forma, possa demiti-lo, caso se porte indevidamente.
(...) somos prejudicados ainda pelos nossos senhores, que se apoderaram de todas as florestas.
Se o pobre precisa de lenha ou madeira tem que pagar o dobro por ela.
(...) preocupam-nos os serviços que somos obrigados a prestar e que aumentam dia a dia(...) In
Antologia humanística alemã, apud Marques e outros. História moderna através de textos, 2010.
A) os movimentos camponeses foram liderados por Lutero contra a exploração feita pelos
nobres que, de forma ilegal, apropriavam-se das florestas e reprimiam violentamente os
movimentos trabalhistas.
B) os movimentos dos trabalhadores em favor das mudanças propostas por Lutero baseavam-
se na solidariedade entre os homens e em contraposição ao individualismo tão característico da
Idade Média.
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E) as experiências dos camponeses contra os nobres, apoiados por Lutero, restringiram-se aos
aspectos religiosos, isto é, de domínio da Igreja Católica, pois a cooperação entre os
trabalhadores e os proprietários marcava a sociedade alemã.
108. Em 1939, atendendo ao apelo do Papa Pio XII, o Conselho de Imigração e Colonização do
Ministério das Relações Exteriores do Brasil resolveu autorizar a entrada de 3 000 imigrantes de
origem “semita”. Condição sine qua non para obter “o visto da salvação”: a conversão ao
catolicismo. Pressionados pelos acontecimentos que marcavam a história do III Reich, os judeus,
mais uma vez, foram obrigados a abandonar seus valores culturais em troca do título de cristão.
B) repressão ao arraial de Canudos, no sertão baiano, pois recaiu sobre os sertanejos a acusação
de ateísmo.
D) conversão obrigatória dos judeus na Espanha e em Portugal, a partir do final do século XV, o
que gerou a denominação cristão-novo.
E) separação entre Estado e Igreja no Brasil, determinada pelo Governo Provisório da República,
comandada por Deodoro da Fonseca.
109. A ligação entre os reformadores com o poder político pode ser verificada por meio:
A) da defesa que o duque Frederico da Saxônia fez de Martinho Lutero e da adesão dos príncipes
alemães às teses luteranas.
B) da ação de Henrique VIII que, pautado pela doutrina da predestinação divina, funda a igreja
nacional na Inglaterra, mas ainda ligada a Roma.
C) do decisivo apoio político de Martinho Lutero e dos seus seguidores à revolta dos camponeses
alemães, em 1524.
D) da efetivação da aliança, a partir de 1533, entre João Calvino e a monarquia francesa, ambos
interessados em reforçar o poder da Igreja católica.
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111. "(...) João Calvino (...) dinamizou o movimento reformista através de novos princípios,
completando e ampliando a doutrina luterana.
(AQUINO, Rubim Leão (et al.). "História das Sociedades: das sociedades modernas às sociedades
contemporâneas")
Que os membros consagrarão suas vidas ao constante serviço de Cristo e do Papa, lutarão sob
a bandeira da cruz e servirão ao Senhor e ao Pontífice romano como vigário de Deus na Terra,
de tal forma que executarão imediatamente e sem vacilação ou escusa tudo que o Pontífice
reinante ou seus sucessores puderem ordenar-lhes para proveito das almas ou para a
propagação da fé, e assim agirão em toda a província aonde forem enviados, entre os turcos ou
quaisquer outros infiéis, na Índia distante, assim como na região dos hereges cismáticos ou
indivíduo de qualquer tipo."
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113. As reformas protestantes do princípio do século XVI, entre outros fatores, reagiam contra:
E) o princípio do livre-arbítrio, defendido pelo Santo Ofício, órgão diretor da Igreja Católica
114. Podemos afirmar que as obras A divina comédia, escrita por Dante Alighieri no início do
século XIV, e Dom Quixote, escrita por Miguel de Cervantes no início do século XVII,
115. Os centros artísticos, na verdade, poderiam ser definidos como lugares caracterizados pela
presença de um número razoável de artistas e de grupos significativos de consumidores, que
por motivações variadas — glorificação familiar ou individual, desejo de hegemonia ou ânsia de
salvação eterna — estão dispostos a investir em obras de arte uma parte das suas riquezas.
Este último ponto implica, evidentemente, que o centro seja um lugar ao qual afluem
quantidades consideráveis de recursos eventualmente destinados à produção artística. Além
disso, poderá ser dotado de instituições de tutela, formação e promoção de artistas, bem como
de distribuição das obras. Por fim, terá um público muito mais vasto que o dos consumidores
propriamente ditos: um público não homogêneo, certamente (...).
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116. O fim último causa final e desígnio dos homens (...), ao introduzir aquela restrição sobre si
mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com
uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é
a consequência necessária (...) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder
visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de
seus pactos (...).
A) os homens são bons por natureza, mas a sociedade instiga a disputa e a competição entre
eles.
C) os castigos permitem que as pessoas aprendam valores religiosos, necessários para sua
convivência.
D) as guerras são consequências dos interesses dos Estados, preocupados em expandir seus
domínios territoriais.
E) os Estados controlam os homens, permitindo sua sobrevivência e o convívio social entre eles.
117. Quando sucumbe o monarca, a majestade real não morre só, mas, como um vórtice, arrasta
consigo tudo quanto o rodeia (...) Basta que o rei suspire para que todo o reino gema.
(Hamlet, 1603.)
C) ao poder mais simbólico do que verdadeiro do rei, expresso pela máxima “o rei reina, mas
não governa”.
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118. (...) O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são
deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de
mais alto; deve-se acreditar que ele vê melhor, e deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o
murmúrio é uma disposição para a sedição.
A) O autor critica o absolutismo do rei e enfatiza o limite da sua autoridade em relação aos
homens.
B) Para Bossuet, o poder real tem legitimidade divina e não admite nenhum tipo de oposição
dos homens.
C) Bossuet defende a autoridade do rei, mas alerta para as limitações impostas pelas obrigações
para com Deus.
D) Os princípios de Bossuet defendem a soberania dos homens diante da autoridade divina dos
reis.
E) O autor reconhece o direito humano de revolta contra o soberano que não se mostre digno
de sua função.
119. Entre os motivos que contribuíram para o pioneirismo português no fenômeno histórico
conhecido como “expansão ultramarina”, é correto afirmar que foi (foram) decisivo (a) (s):
E) as reformas pombalinas.
120. As especiarias do Oriente, de reduzido volume e alto valor comercial, eram muito
apreciadas na culinária europeia, onde seu consumo dava prestígio a quem as possuía.
Entretanto, o acesso a elas era extremamente irregular e monopolizado. Analisando o
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D) Entrave às Grandes Navegações foi a oposição da nobreza, que estava pouco disposta a
empregar seus recursos e conhecimentos técnicos em novas empreitadas, satisfeita com suas
rendas, herdadas dos antigos feudos.
E) Portugal foi um país que despontou por seu pioneirismo nas Grandes Navegações, resultado
de uma fragmentação política muito forte que colocava em disputa diversos grupos no interior
do país.
B) extenso domínio territorial, sobretudo na África e Ásia, onde existiam povos desenvolvidos e
com enormes riquezas industriais.
D) estranhamento, com o outro sendo visto, com frequência, por meio das crendices e lendas
que marcavam o imaginário europeu.
122. A respeito da via portuguesa para as Índias Orientais, leia o fragmento abaixo.
“Em 1487, _____ descobre o cabo "das Tormentas", depois renomeado de Cabo da Boa
Esperança, e alcança o Oceano Índico. A partir de então, a via para o Oceano Índico e para os
tráficos das especiarias está aberta. Quando Colombo ofereceu o seu projeto de alcançar as
Índias navegando em direção ao Ocidente, Portugal recusou, pois já tinha outras perspectivas,
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que se realizaram em maio de 1498: _____, que havia partido de Lisboa com três navios um ano
antes, aportava em Calicute.”
123. “O termo ‘donatário’ era utilizado para designar os particulares que recebiam uma doação
régia da coroa. O sistema das donatarias foi utilizado a partir do século XV com a expansão
ultramarina portuguesa, como forma de evitar despesas na administração das conquistas para
o tesouro régio. As conquistas ultramarinas, notadamente os arquipélagos atlânticos, Angola e
Brasil, foram concedidos a particulares portugueses, em forma de donatarias, durante os séculos
XV e XVI, com o intuito de assegurar as regiões conquistadas e promover o desenvolvimento das
capitanias e a expansão da fé católica."
D) Administrar os aldeamentos (tribos indígenas que apoiavam a colonização sob o controle dos
jesuítas), impedindo a escravização indígena.
B) o aumento da força política dos camponeses europeus, em luta com seus senhores.
C) a expansão das práticas escravistas nas terras incorporadas aos impérios europeus.
D) a disputa pelo controle das novas áreas, que opôs grupos católicos e organizações judaicas.
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125. No século XV, Portugal inicia um processo de expansão ultramarina, em que uma das
finalidades era de caráter mercantil. Esta situação criou, imediatamente, uma ameaça aos
interesses comerciais dos:
A) espanhóis.
B) árabes.
C) franceses.
D) venezianos.
E) holandeses.
126. O Tratado de Tordesilhas, assinado pelos reis ibéricos com a intervenção papal, representa
127. No século XV, o lucrativo comércio das especiarias - artigos de luxo - era praticamente
monopolizado pelas cidades europeias de:
A) Paris e Flandres.
B) Londres e Hamburgo.
C) Gênova e Veneza.
D) Constantinopla e Berlim.
E) Lisboa e Madri.
A) revela a convicção do navegador de que as novas terras oferecem riquezas imediatas e poder
planetário aos reis da Espanha.
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E) mostra a decepção do navegador com o que encontrou na América, pois não havia riquezas
que justificassem a longa viagem.
129. Após a morte do rei D. Fernando I em 1383, Portugal caiu em uma crise de sucessão que só
foi resolvida com a subida ao trono de D. João I (mestre de Avis), através da chamada “Revolução
de Avis”, finalizada na batalha de Aljubarrota em 1385.
130. Entre os motivos do pioneirismo português nas navegações oceânicas dos séculos XV e XVI,
podem-se citar:
131. A propósito da expansão marítimo-comercial europeia dos séculos XV e XVI pode-se afirmar
que:
A) a igreja católica foi contrária à expansão e não participou da colonização das novas terras.
B) os altos custos das navegações empobreceram a burguesia mercantil dos países ibéricos.
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O aumento da produção de algodão nos Estados Unidos foi condicionado por alguns fatores,
entre os quais
133. Sob qualquer aspecto, a revolução industrial foi provavelmente o mais importante
acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades.
E foi iniciado pela Grã-Bretanha. É evidente que isto não foi acidental. Qualquer que tenha sido
a razão do avanço britânico, ele não se deveu à superioridade tecnológica e científica.
(HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998, p. 45).
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E) a irrelevância da produção têxtil inglesa devido à competição que sofria da produção francesa,
o que levou a Inglaterra a diversificar a produção.
134. A Assembleia Nacional elimina inteiramente o regime feudal (...). Todas as justiças
senhoriais são suprimidas sem indenização alguma (...). Todos os cidadãos, sem distinção de
nascimento, poderão ser admitidos a todos os empregos e dignidades eclesiásticas, civis e
militares.
135. Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real para suspender as leis ou seu
cumprimento.
Que é ilegal toda cobrança de impostos para a Coroa sem o concurso do Parlamento, sob
pretexto de prerrogativa, ou em época e modo diferentes dos designados por ele próprio.
Que é indispensável convocar com frequência os Parlamentos para satisfazer os agravos, assim
como para corrigir, afirmar e conservar as leis.
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136. A revolução industrial ocorrida no final de século XVIII transformou as relações do homem
com o trabalho. As máquinas mudaram as formas de trabalhar, e as fábricas concentraram-se
em regiões próximas às matérias-primas e grandes portos, originando vastas concentrações
humanas. Muitos dos operários vinham da área rural e cumpriam jornadas de trabalho de 12 a
14 horas, na maioria das vezes em condições adversas. A legislação trabalhista surgiu muito
lentamente ao longo do século XIX e a diminuição da jornada de trabalho para oito horas diárias
concretizou-se no início do século XX.
E) a vitória dos partidos comunistas nas eleições das principais capitais europeias.
A) a ascensão das classes populares aos mesmos padrões de vida da burguesia e da nobreza.
D) a consolidação das práticas coletivas e dos ideais revolucionários, cujas origens remontam à
Idade Média.
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138. “Declaramos que não podemos mais suportar, juntamente com a enorme maioria dos
homens, o trabalho e o suor em benefício de uma pequena minoria. Há muito tempo que menos
de um milhão de indivíduos vem desfrutando aquilo que pertence a mais de vinte milhões de
seus semelhantes. Jamais projeto mais vasto foi concebido ou posto em prática. Alguns homens
de gênio, alguns sábios, o mencionaram de tempos em tempos, com voz baixa e trêmula.
Nenhum deles teve a coragem de dizer toda a verdade. Povo da França, abri vossos olhos e
vossos corações à plenitude da felicidade. Reconhecei e proclamai conosco a República dos
Iguais!”
(Graco Babeuf. Manifesto dos Iguais. Citado em Edmundo Wilson. Rumo a Estação Finlândia)
A) da Revolução Gloriosa;
B) da Revolução Francesa;
E) da Comuna de Paris.
139. A Santa Aliança, coalizão entre Rússia, Prússia e Áustria, criada em setembro de 1815, após
a derrota de Napoleão Bonaparte, tinha por objetivo político:
140. Durante a colonização inglesa na América, as colônias do norte tiveram uma flexibilização
política ao monopólio, pois, durante algum tempo, permitiram o comércio entre as colônias e
com as Antilhas francesas e espanholas, além de a metrópole não reprimir o contrabando.
B) estarem localizadas em área de clima temperado, que não favorecia o cultivo da cana-de-
açúcar, tabaco e algodão, por isto não produziam produtos tropicais que interessavam à
Inglaterra.
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C) terem sido formadas por pessoas da nobreza parasitária, que desejavam manter o “status
quo”.
D) serem de origem holandesa, colônia fundada por Giovanni Caboto, italiano radicado em
Amsterdã.
E) estarem numa posição geográfica próxima às Antilhas; além disso, a Inglaterra encontrava-se
em guerra com a França e por isso sofriam com a escassez de mão de obra especializada.
141. O processo da emancipação das Treze Colônias Inglesas da América do Norte, na segunda
metade do século XVIII, é denominado de Revolução Americana, pois
B) rompeu o Pacto Colonial mercantilista e criou uma sociedade liberal e democrática para todos
os setores sociais.
C) foi a primeira etapa das Revoluções Liberais que, a partir de então, iriam propagar-se somente
na Europa.
D) assinalou o início de uma sociedade capitalista, baseada no trabalho assalariado, livre das
instituições feudais.
E) a ideologia de seus grandes líderes era a mesma que caracterizaria, pouco tempo depois, a
Revolução Inglesa.
Em meados do século XVIII, James Watt patenteou na Inglaterra seu invento, sobre o qual
escreveu a seu pai: “O negócio a que me dedico agora se tornou um grande sucesso. A máquina
de fogo que eu inventei está funcionando e obtendo uma resposta muito melhor do que
qualquer outra que tenha sido inventada até agora”.
Disponível em: <http://www.ampltd.co.uk/digital_guides/ind-rev-series-3-parts-1-
to3/detailed-listing-part-1.aspx>. Acesso em: 29 out. 2012. (Adaptado).
A revolução histórica relacionada ao texto, a fonte primária de energia utilizada em tal máquina
e a consequência ambiental de seu uso são, respectivamente,
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143. Qual das alternativas a seguir apresenta apenas características associadas ao Liberalismo?
E) Propriedade privada, livre comércio, igualdade perante a lei e mínima participação do estado
na economia.
144. A Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra no final do século XVIII e no século XIX:
D) mudou substancialmente a vida do homem, que não mais era dono de seu tempo, como os
mestres artesãos o eram.
145. O Iluminismo foi um movimento intelectual, portador de uma visão unitária do mundo e
do homem, apesar da diversidade de leituras que lhe são contemporâneas, conservou uma
grande certeza quanto à racionalidade do mundo e do homem, a qual seria imanente em sua
essência.
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B) Os atuais regimes socialistas do ocidente condenam a propriedade privada com base nos
textos de Rousseau.
D) A teoria contratualista foi desenvolvida por Rousseau na obra Origem da desigualdade social
entre os homens.
147. O desenvolvimento de teorias científicas, geralmente, tem forte relação com contextos
políticos, econômicos, sociais e culturais mais amplos. A evolução dos conceitos básicos da
Termodinâmica ocorre, principalmente, no contexto:
A) da Idade Média.
C) da Revolução Industrial.
(Stephen Marglin. In: André Gorz (org.). Crítica da divisão do trabalho, 1980.)
A) o maior equilíbrio social provocado pelas melhorias nos salários e nas condições de trabalho.
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Entre as críticas ao Antigo Regime, mencionadas no texto, podemos citar a rejeição iluminista
do:
B) livre comércio.
C) liberalismo econômico.
D) republicanismo.
E) absolutismo monárquico.
150. As redes de comércio, os fortes costeiros, as relações tecidas ao longo dos séculos entre
comerciantes europeus e chefes africanos, continuaram a ser o sustentáculo do fornecimento
de mercadorias para os europeus, só que agora estas não eram mais pessoas, e sim matérias-
primas.
O texto refere-se à redefinição das relações comerciais entre europeus e africanos, ocorrida
quando:
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151. Observe a imagem, cena do personagem Carlitos no filme Tempos modernos, 1936.
Tempos modernos, de Charles Chaplin, representa a situação econômica e social dos Estados
Unidos da América dos anos trinta do século passado. No filme, as aventuras de Carlitos
transcorrem numa sociedade:
C) imperialista e mecanizada, que aplicava os lucros adquiridos na exploração dos países pobres
em benefício dos operários americanos.
B) a instituição do voto censitário, sendo assim apenas pessoas com posses poderiam exercer o
poder de voto e se candidatar para mandatos eletivos.
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C) a convocação dos Estados Gerais, órgão consultivo formado por representantes dos três
estados e que não se reunia desde 1614.
D) a criação do Diretório, órgão que desempenhava o poder Executivo e era composto de cinco
pessoas eleitas entre os deputados.
154. A Revolução Francesa foi vivenciada, por muitos dos atores envolvidos, como uma ruptura
com o Antigo Regime. O próprio conceito de Antigo Regime era utilizado pelos revolucionários
para nomear a organização social e política anterior a 1789. As alternativas abaixo apresentam
transformações que representavam uma ruptura com essa organização. Assinale a alternativa
INCORRETA:
155. Durante o Congresso de Viena, estabeleceram-se as bases políticas e jurídicas para uma
nova ordenação da Europa destinada a durar um século redondo. O resultado dos pactos
inaugurou uma época na qual os conflitos externos foram poucos; por outro lado, aumentaram
as guerras civis e a “revolução” se fez incessante.
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A) o incentivo aos movimentos de libertação colonial, como forma de reduzir os conflitos que
pudessem ameaçar o equilíbrio europeu.
C) a preservação das aspirações nacionais de vários povos europeus, com o objetivo de evitar
novos conflitos que colocassem em risco o equilíbrio da Europa.
D) a aceitação das fronteiras nacionais existentes em 1815, o que era visto como essencial para
o fim dos conflitos entre as grandes potências.
156. Classificada pela história como modelo clássico de Revolução Burguesa, a Revolução
Francesa deu sua contribuição para o Ocidente, seja no vocabulário político ou na influência das
constituições que adotaram alguns princípios da Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão.
157. “O Terror, que se tornou oficial durante certo tempo, é o instrumento usado para reprimir
a contrarrevolução (...). É a parte sombria e mesmo terrível desse período da Revolução
[Francesa], mas é preciso levar em conta o outro lado dessa política.”
Michel Vovelle. A revolução francesa explicada à minha neta. São Paulo: Unesp,
2007, p. 74- 75.
São exemplos dos “dois lados” da política revolucionária desenvolvida na França, durante o
período do Terror,
C) a vitória na guerra contra a Áustria e a Prússia e o fim do controle sobre os salários dos
operários.
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159. Segundo Eric Hobsbawm, no final do século XVIII, “o preço do pão registrava a temperatura
política de Paris com a exatidão de um termômetro”. De acordo com este historiador, no ano de
1788, a safra de alimentos na França foi péssima; isto prejudicou os camponeses e os
trabalhadores urbanos, pois houve a alta dos preços, levando a várias agitações sociais.
(HOBSBAWM, Eric. A era das revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, p. 79-83. Adaptado.)
A crise alimentar mencionada por Hobsbawm teve, entre suas principais consequências,
B) a Primeira Guerra Mundial, pois os franceses foram buscar alimentos em outros países.
C) a Revolução Industrial, pois era necessário encontrar novos meios de produzir alimentos.
E) a Revolução Francesa, quando o povo se revoltou contra o governo absolutista de seu país.
160. No fim do século XVIII, a população francesa estava dividida em três ordens sociais.
Apresentava um quadro que pode ser compreendido da seguinte forma:
B) cerca de 98% da população compunha o Terceiro Estado, formado por artesãos, burgueses,
camponeses e trabalhadores em geral que sustentavam os dois primeiros grupos.
C) o Segundo Estado era formado por um grupo heterogêneo composto de burgueses, artesãos
e trabalhadores das cidades.
D) a França, no final do século XVIII, havia herdado um sistema feudal responsável pelo
enriquecimento da população.
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161. Foi a partir das revoluções burguesas do século XVIII que o sistema capitalista se consolidou.
Assinale a alternativa que contém o conjunto das revoluções chamadas de burguesas.
162. A cada um a sua função e o seu lugar na terra. No topo estão os religiosos, intermediários
indispensáveis entre a cidade terrestre e a cidade celeste (...). Depois vêm os nobres, que
receberam da Providência a qualidade de guerreiros e estão, portanto, investidos da missão de
manutenção da ordem. Finalmente, para o último lugar são relegados os trabalhadores,
destinados ao trabalho e ao sofrimento para o bem comum.
A) a um tipo de organização social que se apoiava nas diferentes aptidões dos seres humanos.
B) às crenças milenaristas, segundo as quais apenas os pobres alcançariam o reino dos céus.
163. A independência dos Estados Unidos da América foi o primeiro grande indicador histórico
da ruína do Antigo Regime. Durante esse processo de independência,
A) a criação da Lei do Selo foi uma consequência do esforço inglês em fortalecer o pacto colonial
e levou os colonos americanos a efetuar um boicote comercial à Inglaterra.
D) os colonos americanos receberam apoio militar da Holanda e da Espanha nas lutas pela
emancipação.
E) Thomas Jefferson exerceu um papel importante, tendo sido nomeado comandante das tropas
americanas na guerra e se tornado o primeiro presidente americano.
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164. Em 1773, procurando aliviar as dificuldades financeiras da Companhia das Índias Orientais,
o governo britânico concedeu-lhe o monopólio do chá nas colônias. Os colonos reagiram e
disfarçados de índios, patriotas de Boston, abordaram navios que transportavam chá, lançando
a mercadoria nas águas do porto.
A ação descrita pelo texto levou o parlamento britânico a promulgar, em 1774, as Leis
Coercitivas ou, como foram chamadas pelos colonos, Intoleráveis. Tais leis:
B) interditavam o porto de Boston até que fosse pago o prejuízo causado pelos colonos;
C) proibiam a emissão de papéis de crédito na colônia que, até então, eram usados como moeda;
165. A Guerra dos Sete Anos (1756-1763) conferiu à Inglaterra a condição de principal potência
marítima da Europa. Esse conflito:
166. A expansão dos Estados Unidos em direção ao oeste, na primeira metade do século XIX,
envolveu, entre outros fatores, a:
C) Guerra de Secessão, que opôs os escravistas dos estados do sul aos abolicionistas do norte.
D) implantação de um sistema legal rigoroso nas áreas ocupadas, evitando conflitos armados na
região.
E) remoção indígena, transferindo comunidades indígenas que viviam a leste do rio Mississipi
para outras regiões.
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PERIODO COLONIAL I
167. Observe a imagem a seguir
A obra de Victor Meirelles, realizada à época do Império de D. Pedro II, tem o seu contexto de
produção associado à dedicação de vários membros da Academia Imperial de Belas Artes à
representação de momentos importantes da política e da história nacional, com vistas a
desenvolver um sentimento ufanista.
C) como uma projeção pretérita da importância das elites de grandes proprietários do século
XIX, ressaltando, com isso, o projeto dessas oligarquias em relação à derrubada da monarquia e
ao estabelecimento de uma República que contemplasse os interesses das várias regiões do
país.
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168. Já se disse, numa expressão feliz, que a contribuição brasileira para a civilização será de
cordialidade – daremos ao mundo o “homem cordial”, um traço definido do caráter brasileiro,
na medida, ao menos, em que permanece ativa e fecunda a influência ancestral dos padrões de
convívio humano, informados no meio rural e patriarcal.
B) à interiorização da ocupação no vale do Rio São Francisco, graças à expansão da pecuária que
abastecia os engenhos da zona da mata, centrada na figura dos vaqueiros.
169. A exaltação dos bandeirantes, em São Paulo, está presente na nomenclatura de estradas,
avenidas e monumentos. Monumentos que vão desde a bela obra do escultor Brecheret junto
ao Parque Ibirapuera até o assustador Borba Gato, gigante de botas plantado no bairro de Santo
Amaro. A estátua, aliás, é muito pouco realista, pois existem boas indicações de que muitos
bandeirantes marchavam descalços.
A exaltação dos bandeirantes descrita costuma omitir, mascarar e esconder algumas das suas
atividades. Trata-se de uma tentativa de esquecer e apagar da História algumas ações não tão
nobres dos bandeirantes, tais como
170. O principal motivo da criação da capitania de Mato Grosso, em 1748, foi impedir que os
espanhóis tomassem a região e chegassem a Goiás e Minas Gerais. Era a época em que Portugal
e Espanha discutiam as cláusulas do Tratado de Madri, finalmente assinado em 1750, que fixou
os contornos aproximados da atual fronteira brasileira, substituindo o Tratado de Tordesilhas
(1494).
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171. O vozerio interrompido e sempre repetido com que os negros levam de um lado para o
outro cargas sobre varas, o chiado de um tosco carro de bois de duas rodas, em que as
mercadorias são conduzidas pela cidade, os frequentes tiros de canhão dos castelos e dos navios
de todos os países do mundo que entram e o estrondo de foguetes com que os habitantes quase
que diariamente e já pela manhã festejam os dias santos, confundem-se num estardalhaço
ensurdecedor.
O texto, relativo à cidade do Rio de Janeiro no final da segunda década do século XIX, faz
referência:
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A) ao fim da escravidão.
B) à produção de açúcar.
C) ao crescimento urbano.
D) à extração de ouro.
E) ao trabalho assalariado.
175. De acordo com o historiador Stuart B. Schwarcz, durante o período da colonização, havia
um ditado popular que dizia: “Sem açúcar, não há Brasil; sem a escravidão, não há açúcar; sem
Angola, não há escravos”.
Esse ditado traz elementos que permitem concluir que a organização colonial
E) era baseada no trabalho assalariado, porém utilizava escravos nas atividades domésticas.
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176. "Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é
possível fazer, conservar e aumentar fazenda."
A) torna evidente que o trabalho escravo constituiu a base da exploração econômica em setores
essenciais da economia colonial.
B) fornece argumentos para o combate movido pela Igreja contra a escravização de indígenas e
africanos nos domínios coloniais portugueses.
C) explica por que a escravidão foi importante no empreendimento açucareiro, mas teve papel
secundário e marginal na exploração mineradora.
Eu el-rei faço saber a vós [...] fidalgo de minha casa que vendo eu quanto serviço de Deus e meu
é conservar e enobrecer as capitanias e povoações das terras do Brasil e dar ordem e maneira
com que melhor e seguramente se possam ir povoando para exaltamento da nossa santa fé e
proveito de meus reinos e senhorios e dos naturais deles ordenei ora de mandar nas ditas terras
fazer uma fortaleza e povoação grande e forte em um lugar conveniente para daí se dar favor e
ajuda às outras povoações e se ministrar justiça e prover nas coisas que cumprirem a meus
serviços e aos negócios de minha fazenda e a bem das partes [...]
178. Seguiam-se vinte criados custosamente vestidos e montados em soberbos cavalos; depois
destes, marchava o Embaixador do Rei do Congo magnificamente ornado de seda azul para
anunciar ao Senado que a vinda do Rei estava destinada para o dia dezesseis. Em resposta
obteve repetidas vivas do povo que concorreu alegre e admirado de tanta grandeza.
“Coroação do Rei do Congo em Santo Amaro”, Bahia apud DEL PRIORE, M. Festas e utopias no
Brasil colonial. In: CATELLI JR., R. Um olhar sobre as festas populares brasileiras. São Paulo:
Brasiliense, 1994 (adaptado).
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Originária dos tempos coloniais, a festa da Coroação do Rei do Congo evidencia um processo de:
A) exclusão social.
B) imposição religiosa.
C) acomodação política.
D) supressão simbólica.
E) ressignificação cultural.
179. A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se acha
nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e
dessa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, nem peso, nem medida.
GÂNDAVO, P M.A primeira historia do Brasil: história da província de Santa Cruz a que
vulgarmente chamamosBrasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado).
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182. De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu,
vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com
arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro,
nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito
bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente.
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História
moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001.
A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra.
E) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho.
183. Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, muito antes dos europeus, foram os
próprios africanos trazidos como escravos. E esta descoberta não se restringia apenas ao reino
linguístico, estendia-se também a outras áreas culturais, inclusive à da religião. Há razões para
pensar que os africanos, quando misturados e transportados ao Brasil, não demoraram em
perceber a existência entre si de elos culturais mais profundos.
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184.
O desenho retrata a fazenda de São Joaquim da Grama com a casa-grande, a senzala e outros
edifícios representativos de uma estrutura arquitetônica característica do período escravocrata
no Brasil. Esta organização do espaço representa uma:
185. Próximo da Igreja dedicada a São Gonçalo nos deparamos com uma impressionante
multidão que dançava ao som de suas violas. Tão logo viram o Vice-Rei, cercaram-no e o
obrigaram a dançar e pular, exercício violento e pouco apropriado tanto para sua idade quanto
posição.
Tivemos nós mesmos que entrar na dança, por bem ou por mal, e não deixou de ser interessante
ver numa igreja padres, mulheres, frades, cavalheiros e escravos a dançar e pular misturados, e
a gritar a plenos pulmões “Viva São Gonçalo do Amarante”.
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O viajante francês, ao descrever suas impressões sobre uma festa ocorrida em Salvador, em
1717, demonstra dificuldade em entendê-la, porque, como outras manifestações religiosas do
período colonial, ela
186. O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII,
durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua
procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e produzido
em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente
caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras.
CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.
Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por
Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de:
187. Formou-se na América tropical uma sociedade agrária na estrutura, escravocrata na técnica
de exploração econômica, híbrida de índio — e mais tarde de negro — na composição.
Sociedade que se desenvolveria defendida menos pela consciência de raça, do que pelo
exclusivismo religioso desdobrado em sistema de profilaxia social e política. Menos pela ação
oficial do que pelo braço e pela espada do particular. Mas tudo isso subordinado ao espírito
político e de realismo econômico e jurídico que aqui, como em Portugal, foi desde o primeiro
século elemento decisivo de formação nacional; sendo que entre nós através das grandes
famílias proprietárias e autônomas; senhores de engenho com altar e capelão dentro de casa e
índios de arco e flecha ou negros armados de arcabuzes às suas ordens.
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PERIODO COLONIAL II
188. A ênfase fortemente regionalista dos inconfidentes inclinava-se, às vezes, para o
nacionalismo econômico. Isto era mais explícito nos pronunciamentos do alferes Tiradentes,
embora ele não estivesse isolado em tal posição. Silva elogiava a beleza de Minas e apontava
seus recursos naturais. Livre, republicano, industrializado, continuava o propagandista, o Brasil
não teria necessidade de importar mercadorias estrangeiras.
Os projetos defendidos pelos inconfidentes podem ser explicados pela conjuntura histórica de:
Artigo 1º – Sua Sagrada Majestade El-Rei de Portugal promete admitir para sempre de aqui em
diante, no Reino de Portugal, os panos de lã e mais fábricas de lanifício da Inglaterra.
Artigo 2º – É estipulado que Sua sagrada e Real Majestade Britânica será obrigada para sempre,
de aqui em diante, de admitir na Grã-Bretanha os vinhos de Portugal, de sorte que em tempo
algum não se poderá exigir direitos de Alfândega nestes vinhos.
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191. Entre 1708 e 1709 o estado de Minas Gerais foi palco de um conflito marcado pela disputa
pelo Ouro. Tal guerra se baseou no conflito entre bandeirantes paulistas e forasteiros que
buscavam a riqueza oriunda dos metais preciosos. Tal conflito ficou conhecido como:
B) Inconfidência Mineira.
192. Sobre a economia do período colonial do Brasil, todas as alternativas estão corretas, exceto
a:
A) O ciclo do ouro contribuiu para a formação de núcleos urbanos no interior do Brasil e para a
transferência da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.
C) O pau-brasil foi um dos primeiros produtos explorados no Brasil, sendo obtido pelos europeus
numa relação de escambo com os nativos.
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193. Na região das Minas Gerais, em fins do século XVIII, ocorreu uma revolta colonial contra a
dominação portuguesa. Esse movimento foi provocado pelos impostos abusivos cobrados sobre
a produção mineradora.
A) Revolução Praieira.
B) Inconfidência Mineira.
C) Guerra de Canudos.
D) Guerra da Independência.
194. Os holandeses estão entre os diversos povos que invadiram ou tentaram invadir o território
que hoje corresponde ao Brasil, durante o período colonial, no século XVII.
“(...) a aldeia é um espaço escolhido e organizado pelo próprio índio, e ‘o aldeamento é resultado
de uma política feita por vontade dos europeus para concentrar comunidades indígenas’."
(Aldeias que não estão no mapa. Entrevista com a Profa. Dra. Nanci Vieira de Oliveira por Maria
Alice Cruz. Jornal da Unicamp. 197, novembro de 2002, p.5.).
A) a catequese e a escravidão dos indígenas como mão de obra para a monocultura, o que
implicou para os índios a mestiçagem com os escravos negros e a modificação de sistema de
trabalho e organização social.
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C) a catequese, o isolamento político e cultural dos jesuítas e o controle das áreas de fronteiras
com as colônias espanholas, o que implicou para os índios uma grande mortalidade por conta
dos confrontos com os espanhóis.
E) a catequese, a proteção dos indígenas e a assimilação dos nativos ao sistema colonial, o que
implicou para os índios a modificação de hábitos, crenças religiosas, sistema de trabalho e
organização habitacional.
1. a ocupação de quase todo o litoral brasileiro estava esboçada nos dois primeiros séculos da
colonização portuguesa.
3. a colônia de Sacramento era periodicamente alvo de ataque dos espanhóis de Buenos Aires,
enquanto se consolidava o povoamento do Rio Grande do Sul.
4. a configuração do território brasileiro, tal como hoje se verifica foi, em linhas gerais, definida
pelo Tratado de Madri no século XVII.
A) 1, 4 e 5.
B) 1, 2 e 5.
C) 2, 4 e 5.
D) 1, 2 e 3.
E) 2, 3 e 4.
197. O Tratado de Madri (1750) pretendeu atender à disputa de territórios entre Portugal e
Espanha, representando também uma estratégia para melhor administrar os domínios ibéricos
na chamada região das Missões. A tentativa de impô-lo gerou uma guerra que, ao seu final,
terminou por definir o controle sobre as colônias que ocupavam a região dos Pampas. Esse
tratado
A) determinou a troca entre os sete povos das missões, no Uruguai, e a colônia de Sacramento,
no Brasil.
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C) permitiu aos jesuítas exercer um domínio que se estendeu por toda a região do Prata.
198. A União Ibérica (1580-1640) caracterizou-se quando Filipe II invadiu Portugal com suas
tropas e assumiu a coroa portuguesa, unindo Portugal e Espanha.
B) Neste período, o Tratado de Tordesilhas não teve nenhum efeito entre os limites territoriais
portugueses e espanhóis na América. Isto favoreceu o avanço português para o interior da
colônia.
C) O principal motivo da União Ibérica foi a tentativa da França de anexar a Espanha ao seu
território. A União do exército espanhol com o exército português conseguiu afastar esta
ameaça.
199. A primeira metade do século XVII em Pernambuco foi marcada pela invasão holandesa à
capitania. A presença holandesa em Pernambuco durou 24 anos, de 1630 a 1654. A invasão foi
motivada por vários fatores, dos quais podemos destacar
200. Com a união das coroas de Portugal e Espanha, ocorreu o início do período chamado de
União Ibérica (1580-1640). A Holanda, que enfrentou diversas lutas contra a Espanha, exerceu
influência direta na colônia portuguesa na América, pois
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A) passou a pilhar e saquear as feitorias na costa africana dominada pelos espanhóis, interessada
no comércio de escravos e de marfim, invadindo, também, as cidades de Santos e Salvador, no
Brasil.
B) o embargo espanhol representou prejuízos para os interesses holandeses no Brasil, uma vez
que participavam do comércio de produtos tropicais nacionais, principalmente do pau-brasil.
D) ocupou o nordeste brasileiro para evitar a criação de bases e feitorias espanholas, visando
quebrar o monopólio da rota da prata advinda das demais colônias e também minar o prestígio
internacional ibérico.
201. A Historiografia do Brasil registra várias revoltas e insurreições ‒ ações situadas no âmbito
do contexto social, político e econômico do Brasil colonial que expressavam a insatisfação dos
vários grupos sociais com os poderes instituídos. Assinale a opção que apresenta somente
movimentos ocorridos nesse período.
A) Minas Gerais e Bahia se comunicavam ativamente para que seus movimentos ocorressem.
Tanto é verdade que Tiradentes se tornou herói nacional por lutar nas duas revoltas.
D) Um dos grandes motivos para que as revoltas ocorressem foi a Independência dos Estados
Unidos. Os revoltosos da Bahia e de Minas Gerais foram em comitiva para o país recém-
independente conseguir apoio para suas revoltas.
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203. Entre as formas de resistência negra à escravidão, durante o período colonial brasileiro,
podemos citar:
C) a preservação de crenças e rituais religiosos de origem africana, que eram condenados pela
Igreja Católica.
E) a adoção da fé católica pelos negros, que lhes proporcionava imediata alforria concedida pela
Igreja.
A) assistência aos negros que fugiam de seus senhores, providenciando alojamento e laços de
solidariedade para arrecadar fundos para sua alforria, através da realização de festas de devoção
aos seus santos padroeiros.
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206. Assinale a alternativa correta sobre o papel social e econômico das cidades no período
colonial da América Portuguesa.
A) As cidades nunca tiveram um papel significativo na economia colonial, pois toda a riqueza
que interessava ao comércio português era de origem agrária. Dessa forma, as cidades eram
núcleos administrativos sem qualquer povoamento significativo, que só se tornaram alvo de
investimentos após a vinda da Família Real portuguesa.
C) Mesmo com papel econômico secundário, a partir dos séculos XVII e XVIII, algumas cidades
foram valorizadas com o aumento da participação da colônia no comércio ultramarino, em
especial após as políticas pombalinas de incentivo às Companhias de Comércio. Além de
possuírem órgãos administrativos e políticos, as cidades agregaram boa parte dos elementos
sociais da colônia, definindo em seus espaços as diferenças de gênero, raça e status social.
207. A Inquisição Portuguesa, ou Tribunal do Santo Ofício de Portugal, que esteve nas mãos do
poder real, utilizou-se da coerção para obter a confissão de culpa. Uma vez condenado, um dos
rituais consistia na execução pública do acusado na fogueira como forma de purificação.
A) A Inquisição atuou mais contra os inimigos da pessoa do Papa do que sobre os inimigos da
Igreja.
B) A Inquisição durou em Portugal até meados do século XX, tendo sido abolida pelo Concílio
Vaticano II.
C) A Inquisição, por intermédio de seu braço papal, o Tribunal do Santo Ofício, poupava judeus
e muçulmanos da execução.
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D) No Brasil, a Inquisição atuou por intermédio das Visitações detendo judeus, mulheres e
sodomitas, os quais eram julgados em Portugal.
E) O Tribunal do Santo Ofício, após as reformas religiosas ocorridas no século XIX, transformou-
se na Encíclica Rerum Novarum.
O PROCESSO DE INTEDEPENDÊNCIA DO
BRASIL
208. O dia 21 de abril, data do enforcamento de Tiradentes, tornou-se feriado logo após a
proclamação da República. Durante o Império, no entanto, a lembrança do episódio da
Conjuração Mineira era incômoda, pois:
E) os dois imperadores do Brasil eram contrários aos impostos defendidos pelos inconfidentes.
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B) a regência do príncipe D. Pedro, e seu reinado como Pedro I, são marcados pela manutenção
da hegemonia dos latifundiários e pelo esvaziamento do ideal republicano e do federalismo.
C) por conta da grande parcela de analfabetos entre pretos e mestiços, escravos e libertos não
discutiam as notícias e projetos políticos que circulavam no Brasil no início da década de 1820.
D) os grandes proprietários não viam com apreensão o fato de escravos e libertos interpretarem
a noção de Liberdade também como liberdade jurídica.
E) no início da década de 1820, a noção de Liberdade era interpretada de forma unívoca por
todos os grupos sociais da América portuguesa.
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Tendo em vista o contexto da Independência do Brasil e o sentido dado pela charge a esse
importante momento da história do Brasil, assinale a afirmativa correta.
A) A Independência do Brasil foi um processo liderado, em grande parte, pelos grupos que mais
se beneficiaram com a ruptura dos laços coloniais, ou seja, latifundiários e comerciantes.
B) O principal objetivo da Independência era organizar o novo Estado Nacional Brasileiro sem
colocar em risco sua autonomia econômica, conseguida a longo prazo através do pacto Colonial.
D) A aparência liberal construída pela elite agrária, que apoiara D. Pedro I a romper os laços com
a metrópole lusitana, foi descoberta pela população, que logo empreendeu uma série de
movimentos sociais.
213. Com a vinda da corte portuguesa ao Brasil, em 1808, não só os portos se abriram para as
Nações Amigas, mas também as portas para a entrada de estrangeiros. [...] Comerciantes,
especialmente ingleses, artistas franceses e imigrantes, além de viajantes naturalistas de várias
regiões do Velho Mundo, têm permissão de estudar o que o país desconhecido parecia prometer
em novidades. Esses visitantes serão autores de um novo descobrimento do Brasil [...].
LISBOA, Karen Macknow. A Nova Atlântica de Spix e Martius: natureza e
civilização na Viagem pelo Brasil (1817-1820). São Paulo: Hucitec, 1997. p. 29.
O texto refere-se aos viajantes como autores de um “novo descobrimento do Brasil” porque eles
teriam
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214. O Brasil assistiu, nos últimos meses de 1822 e na primeira metade de 1823,
B) ao esforço do imperador para impor seu poder às províncias que não haviam aderido à
Independência.
216. Neste país, que se presume constitucional e onde só deverão ter ação poderes delegados,
responsáveis, acontece, por defeito do sistema, que só há um poder ativo onímodo, onipotente,
perpétuo, superior à lei, e à opinião, e esse é justamente o poder sagrado, inviolável e
irresponsável. (Trecho do Manifesto Republicano, publicado no Jornal A República, do Rio de
Janeiro, em dezembro de 1870.)
D) ao estado de corrupção e fraudes que envolvia D. Pedro II e grande parte de seus assessores.
E) aos prejuízos econômicos do país nas negociatas que D. Pedro II realizou com a Inglaterra.
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217. A partir da segunda metade do século XIX, vários intelectuais, escritores, jornalistas e
políticos discutiam a relação existente entre a utilização da mão de obra escrava e a questão do
desenvolvimento nacional. Enquanto as nações europeias se industrializavam e buscavam
formas de ampliar a exploração da mão de obra assalariada, o Brasil se afastava desses modelos
de civilidade ao preservar a escravidão como prática rotineira.
A campanha abolicionista ganhou força nacional, mas ainda encontrava alguns obstáculos, tais
como:
D) o apoio dos senhores de engenho para a abolição, principalmente do setor açucareiro, devido
à mecanização da agricultura nordestina.
218. ...uma Constituição não é outra coisa que a ata do Pacto Social que fazem entre si os
homens, quando se juntam e associam para viver em reunião ou sociedade.
(Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo Caneca. Citado por Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota
in História do Brasil: uma interpretação).
B) Sabinada;
C) Cabanagem;
D) Balaiada;
E) Confederação do Equador.
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( ) Os revoltosos propunham a organização de uma república nos moldes dos Estados Unidos da
América.
( ) A adesão dos segmentos populares foi fundamental para unir todos os revoltosos.
A) F, V, V, V, F.
B) V, F, F, V, V.
C) V, F, F, V, V.
D) V, V, V, F, F.
A) promovia uma relativa descentralização do poder, uma vez que o regente deveria ser eleito
pelo povo.
C) facilitava a manutenção de um vasto território nas mãos dos chefes de Estado e dos
proprietários rurais.
A) Apenas II.
B) Apenas I e II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
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E) I, II e III.
222. A história da construção do Estado brasileiro na primeira metade do século XIX foi a história
da tensão entre unidade e autonomia. Por outro lado, no interior do Estado, de elites com fortes
vínculos com os interesses de sua região de origem e ao mesmo tempo comprometidas com
uma determinada política nacional, pautada pela negociação destes interesses e pela
manutenção da exclusão social, marcou não apenas o século XIX, como também o século XX.
Através do parlamento essas elites regionais têm imposto uma determinada dinâmica para o
jogo político que se materializa na imensa dificuldade de empreender reformas sociais
profundas.
Dolhnikoff, Miriam. O pacto imperial. As origens do federalismo no Brasil. São Paulo: Globo,
2005, p. 11-12.
A) a história brasileira é marcada por práticas de tolerância política acentuadas nas últimas
décadas com a redemocratização do país.
B) o parlamento é a única instituição política imune aos interesses e ao controle das elites
regionais brasileiras.
D) a dinâmica política do Estado nacional se constituiu com base em negociações entre as elites
regionais e a exclusão social de outros setores.
223. Em setembro de 1822, o príncipe regente Dom Pedro proclamou a separação do Brasil em
relação ao reino de Portugal. Sobre a independência do Brasil é correto afirmar:
C) Modificou o país, pois a Lei de Terras propiciou um maior acesso à terra pela população.
D) Não chegou a modificar o país concretamente, pois as ideias de fim de escravidão e de adoção
de uma política agrária para o país não foram cumpridas, como queriam os cafeicultores.
E) Representou um avanço social, pois o país passou a ser governado por uma família real cuja
mentalidade era abolicionista.
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224. Era “exclusivo do imperador e definido pela Constituição como ‘chave mestra de toda
organização política’. Estava acima dos demais poderes”.
(COTRIM, 2009)
A) Moderador.
B) Justificador.
C) Executivo.
D) Judiciário.
E) Legislativo.
C) instituir o voto universal, secreto, obrigatório, para maiores de 18 anos, independente de ser
alfabetizado ou não.
E) decretar o fim da escravidão, além de definir direitos, como a propriedade de terras, para os
indígenas e seus descendentes que ainda viviam no Brasil.
227. A liberdade política exige lutas e enfrentamentos, muitas vezes, violentos. Em Pernambuco,
a insatisfação da população levou à organização da Confederação do Equador, logo depois de
1822.
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C) reforçar a centralização política, sem, contudo, alterar a Constituição de 1824 e suas normas
básicas.
O SEGUNDO REINADO
228. De 1854 a 1858, foram construídas as primeiras linhas telegráficas e de navegação e as
primeiras estradas de ferro, a iluminação a gás chegou às cidades, e o número de escolas e de
estabelecimentos de instrução começou a crescer. A urbanização da capital passava por uma
revolução. Nos locais de maior acesso foram sendo edificados palácios, jardins públicos e amplas
avenidas. Ao longo do século XIX, a corte obteve, ainda, outras melhorias: arborização,
calçamento com paralelepípedo, iluminação a gás, bondes puxados a burro, rede de esgoto e
abastecimento domiciliar de água.
A partir do trecho, é correto afirmar que uma das principais características do Brasil no século
XIX era:
A) a oposição entre uma economia rural, desconectada das economias centrais do capitalismo,
e o processo de modernização dos centros urbanos.
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A arquitetura da Estação da Luz e o contexto em que foi construída permitem que se estabeleça
uma relação entre:
230. A Estrada de Ferro São Paulo Railway pôs fim ao isolamento do planalto paulista, rompendo
as dificuldades de transpor a grande inclinação da Serra do Mar, facilitando o transporte de
mercadorias e o contato cultural e comercial com a Europa por meio do Porto de Santos.
B) tornar viável a importação de mercadorias por São Paulo, que até então só recebia produtos
importados que entrassem no país pelo Rio de Janeiro.
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C) facilitar o transporte do café do Vale do Paraíba para o porto de Santos, de onde seria
exportado para a Europa.
D) garantir aos trabalhadores imigrantes vindos da Europa que tivessem acesso livre e direto às
fazendas de café do interior e às fábricas da capital.
E) escoar o café produzido na região do então chamado “Oeste paulista”, para onde a
cafeicultura tinha se expandido recentemente.
231. [Foi] uma das revoltas que evidenciaram, no período regencial, as crises que marcaram a
organização do país independente, mobilizando a província do Rio Grande de São Pedro e
alcançando Santa Catarina, entre 1835 e 1845. (...) À diferença da repressão da maioria das
rebeliões do período regencial, nas quais a participação popular e dos grupos médios urbanos
foi expressiva, o governo imperial assumiu, nesse caso, postura que aliou negociação e
repressão.
O fragmento apresenta a
A) Confederação do Equador.
B) Farroupilha.
C) Sabinada.
D) Balaiada.
A) ao documento aprovado pelo Parlamento Inglês em 1845 que declarava lícito deter e capturar
navios que traficassem escravos africanos.
B) ao acordo firmado entre Portugal e Inglaterra em 1864 para pôr fim à escravidão nas colônias
portuguesas no prazo de dez anos.
C) ao conjunto de regras que previram o fim paulatino da escravidão nos Estados Unidos da
América como resultado do acordo de paz que pôs fim à guerra de Secessão.
D) ao tratado firmado entre quatro países europeus no ano de 1870 dando liberdade aos filhos
de escravos nascidos a partir de então, nas suas colônias.
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B) implantou vasta mão de obra no mercado de trabalho que substituiu a mão de obra imigrante.
E) ocorreu por decisão isolada da corte, sem pressão da população ou de parte da elite
nacional.
234. Os escravos, obviamente, dispunham de poucos recursos políticos, mas não desconheciam
o que se passava no mundo dos poderosos. Aproveitaram-se das divisões entre estes,
selecionaram temas que lhes interessavam do ideário liberal e anticolonial, traduziram e
emprestaram significados próprios às reformas operadas no escravismo brasileiro ao longo do
século XIX.
REIS, J. J. Nos achamos em campo a tratar da liberdade: a resistência negra no Brasil oitocentista.
In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000).
Ao longo do século XIX, os negros escravizados construíram variadas formas para resistir à
escravidão no Brasil. A estratégia de luta citada no texto baseava-se no aproveitamento das:
235.
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Art. 1º – O cidadão guarda-nacional que por si apresentar outra pessoa para o serviço do Exército
por tempo de nove anos, com a idoneidade regulada pelas leis militares, ficará isento não só do
recrutamento, senão também do serviço da Guarda Nacional. O substituído é responsável por o
que o substituiu, no caso de deserção.
A) forma como o Exército brasileiro se tornou o mais bem equipado da América do Sul.
D) envio de escravos para os conflitos armados, visando sua qualificação para o trabalho.
E) Fato de que muitos escravos passaram a substituir seus proprietários em troca de liberdade.
237. Sobretudo compreendam os críticos a missão dos poetas, escritores e artistas, neste
período especial e ambíguo da formação de uma nacionalidade. São estes os operários
incumbidos de polir o talhe e as feições da individualidade que se vai esboçando no viver do
povo. O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba pode falar com igual
pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o damasco e a nêspera?
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Juiz de Fora progredia. A população subia, andava aí pelos doze a treze mil habitantes –
imaginem! Treze mil! e essa densidade exigia progresso. Esse começara em 1870 com a
inauguração dos telégrafos. Logo depois viriam os trilhos da Estrada de Ferro D. Pedro II. Em
1885 a cidade começa a ser dotada de encanamentos e de água a domicílio. No mesmo ano as
casas passam a ser numeradas. Em 1886, grande animação com uma Exposição Industrial que
reflete a pujança do município. (...) Meu avô teve certa pena de não terminar os serviços que
começara, de dotar a cidade de luz e energia elétrica. A inauguração foi procedida a 5 de
novembro de 1889...
NAVA, Pedro. Baú de ossos – memórias 1; 5ª. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1978, pp. 200-
201.
I. A nacionalização da língua falada no Brasil e a busca por uma literatura brasileira autônoma
foram tarefas assumidas pelos escritores ligados ao Romantismo, entre os quais se destacam
Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e José de Alencar.
II. A expressão “Brasil, ame-o ou deixe-o” foi difundida durante o governo de D. Pedro I como
propaganda contra os ideais restauradores do Partido Português, que defendia o retorno do
Brasil à condição de Vice-Reino de Portugal.
III. Um dos traços marcantes do modernismo dos anos 1920 foi propor um nacionalismo crítico
em que se conjugava a tradição cultural do Brasil com as vanguardas artísticas europeias,
enfatizando a mestiçagem e o caráter híbrido da formação nacional brasileira.
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
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E) I, II e III.
A charge ironiza o dístico “ordem e progresso”, presente na atual Bandeira do Brasil. A sua
origem e significado remetem a um contexto marcado
B) pela influência do positivismo francês entre os oficiais militares republicanos e uma postura
ideológica das elites dirigentes em evitar radicalismos políticos.
C) pelo desejo dos oficiais militares republicanos em romper os laços com a sociedade agrária
imperial, inspirando-se no liberalismo norte-americano.
D) pelo esforço das elites agrárias paulista e mineira em manter os seus privilégios sociais e
políticos, mas, ao mesmo tempo, buscando o progresso econômico.
242. O fato de ser a única monarquia na América levou os governantes do Império a apontarem
o Brasil como um solitário no continente, cercado de potenciais inimigos. Temia-se o surgimento
de uma grande república liderada por Buenos Aires, que poderia vir a ser um centro de atração
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sobre o problemático Rio Grande do Sul e o isolado Mato Grosso. Para o Império, a melhor
garantia de que a Argentina não se tornaria uma ameaça concreta estava no fato de Paraguai e
Uruguai serem países independentes, com governos livres da influência argentina.
Segundo o texto, uma das preocupações da política externa brasileira para a região do Rio da
Prata, durante o Segundo Reinado, era:
243. Em 1850, por meio da Lei Eusébio de Queiroz, o tráfico de escravos para o Brasil foi proibido
definitivamente. Sobre a importação de escravos e sua proibição, assinale a alternativa
CORRETA.
A) A Lei Eusébio de Queiroz foi uma resposta à pressão estrangeira, principalmente exercida
pela França sobre o Brasil, após a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
B) O fim do tráfico de escravos baseou-se em mais uma lei sem aplicação no Brasil, pois quando
ela foi promulgada, já não existia mais escravidão no país.
C) O fim do tráfico foi resultado dos crescentes movimentos armados empreendidos pelos
escravos brasileiros.
D) A proibição do tráfico de escravos para o Brasil não surtiu efeito, pois o trabalho realizado
por eles já não era economicamente relevante.
E) A Lei Eusébio de Queiroz levou ao aumento do comércio interno e do preço dos escravos
entre as regiões Nordeste e Sudeste do Brasil.
244. A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864, a partir da ambição do ditador
Francisco Solano Lopes, que tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e obter uma
saída para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata.
A) acarretou para o Brasil uma redução considerável em sua dívida externa, bem como uma
crescente influência política e social do Exército na política vigente.
B) ocorreu a união entre Brasil, Argentina, Uruguai e Bolívia, para combater as tropas de Solano
Lopes e acabar com seu sonho de chegar ao Oceano Atlântico através da Bacia do Prata.
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D) acarretou a destruição para a indústria paraguaia, que ficou arrasada após a guerra.
245.
A pintura histórica alcançou no século XIX importante lugar no projeto político do Segundo
Reinado. Esse gênero artístico mantinha intenso diálogo com a produção do Instituto Histórico
e Geográfico Brasileiro. Por meio da pintura histórica, forjou-se um passado épico e
monumental, em que toda a população pudesse se sentir representada nos eventos gloriosos
da história nacional. O trabalho de Araújo Porto-Alegre como crítico de arte e diretor da
Academia Imperial de Belas Artes possibilitou a visibilidade da pintura histórica com seus
pintores oficiais, Pedro Américo e Victor Meirelles.
246. “Episódio que em princípio deveria ter marcado a memória popular foi a Proclamação da
República. Mas não foi o que aconteceu [...]. A participação popular foi menor do que na
proclamação da independência.”
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 17ª edição, Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2013, p. 80-81. (Adaptado)
Entre os principais grupos sociais, envolvidos na articulação do referido evento, destacam-se os:
A) empresários e imigrantes.
B) industriais e camponeses.
C) operários e intelectuais.
D) banqueiros e religiosos.
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E) fazendeiros e militares.
247. “Como resultado desse mecanismo, houve, em um governo de cinquenta anos, a sucessão
de 36 gabinetes, com a média de um ano e três meses de duração cada um. (...) Tratava-se de
um sistema flexível que permitia o rodízio dos dois principais partidos no governo, sem maiores
traumas. Para quem estivesse na oposição, havia sempre a esperança de ser chamado a
governar. Assim, o recurso às armas se tornou desnecessário”.
Boris Fausto. História do Brasil. 13ª ed. São Paulo: EDUSP, 2008, pp.179-180
O texto refere-se:
248. Na Itália, na 2ª metade do século XIX, a escassez de carne e o excesso de polenta na dieta
alimentar ocasionaram grande número de casos de desnutrição e de pelagra, sinais de grave
crise econômica que afetava muito o setor camponês. Essa situação articulou-se com a seguinte
realidade brasileira, na mesma época:
E) a expulsão dos colonos das terras do Sudeste e o favorecimento de nova mão de obra para
gerir a pequena e média propriedade rural.
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249.
A charge sobre o período da guerra do Paraguai demonstra o claro preconceito dos autores da
charge contra os soldados brasileiros negros que lutaram na Guerra do Paraguai. Sobre o
alistamento de soldados para essa guerra é CORRETO afirmar que:
C) Apesar da promessa de alforria para os que lutaram na Guerra do Paraguai, a lei não foi
cumprida.
E) Apesar de a charge retratar os brasileiros, o número de soldados negros do Brasil foi muito
reduzido em comparação aos negros argentinos e uruguaios.
A) pela redução do deficit público com o corte de gastos em algumas áreas sociais, como a
educação.
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E) pela aplicação de medidas liberais, tais como o congelamento dos salários para evitar o
aumento da inflação.
251. Observe o quadro O lavrador de café, pintado por Candido Portinari, em 1934.
A pintura traz informações sobre a história do Brasil, ao mesmo tempo em que exprime uma
perspectiva social, presente nas disputas políticas dos anos 30 do século passado, que
252. Leia a seguir o trecho retirado do jornal O Estado de S. Paulo publicado no dia 8 de maio de
1945, à época da rendição da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial:
“Comemorando a paz que afinal foi conquistada, as nossas populações, pelo muito que fizeram,
hão de sustentá-la, ao lado de outros povos, com todas as suas forças e inteligência, para que o
sangue generoso da mocidade, derramado nas batalhas, tenha sempre a significação que hoje
todos lhe reconhecemos: o fim da opressão e o começo da liberdade, cuja existência se deve a
milhões de homens, mulheres e crianças sacrificadas.”
O trecho evidencia um dos fatores que contribuiu para a crise do Estado Novo, corretamente
identificado como:
E) a corrosão do apoio a Vargas devido à sua aliança formal com o campo fascista.
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É possível relacionar esse cartaz à disputa política em torno da criação da Petrobras, em que se
opunham:
254. (...) foi o primeiro veículo de comunicação a chegar às residências e aos locais de trabalho.
Por causa de seu enorme impacto no dia a dia dos brasileiros, Getúlio impôs o controle das
informações transmitidas (…) durante o Estado Novo. Nem tudo podia ser dito, e a forma de dar
a notícia também era pensada com cuidado, para evitar que a voz da oposição chegasse aos
brasileiros. Interesses políticos e comerciais sempre interferiram nos meios de comunicação.
A) Rádio.
B) Televisão.
C) Jornal.
D) Revista.
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E) Telefone.
255. Analise a imagem, reflita sobre o conteúdo da faixa carregada pelos trabalhadores e
assinale a alternativa que completa corretamente o enunciado da questão.
O Estado Novo, implantado por Getúlio Vargas em 1937, promoveu mudanças na política e na
sociedade brasileira. Uma dessas mudanças foi a
E) unificação da legislação trabalhista (CLT) que garantia alguns direitos, como a instituição do
salário mínimo, para os trabalhadores brasileiros.
256. No que diz respeito à Guerra de Canudos, pode-se afirmar corretamente que
A) a oposição ao Estado laico da República, que instituiu o casamento civil e a secularização dos
cemitérios, associada à miséria e ao abandono do povo, caracterizam a comunidade de Antônio
Conselheiro.
B) ocorreu no sertão nordestino, mas o objetivo de Antônio Conselheiro era espalhar aquele
modelo socialista de comunidade a todos os cantos do Brasil com apoio dos antimonarquistas.
D) apesar de alguma simpatia popular, Canudos não teve apoio das populações das cidades
vizinhas, devido aos saques e às invasões promovidas pelos jagunços liderados por Conselheiro.
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B) a indignação popular causada pela repressão ao levante dos marinheiros negros contrários
aos castigos corporais nos navios da Marinha de Guerra, e as barricadas urbanas decorrentes da
intervenção policial nos morros cariocas, em perseguição aos capoeiras.
D) as tensões sociais urbanas causadas pelo deslocamento de populações pobres do centro por
causa das reformas urbanísticas do Rio de Janeiro e as tensões políticas envolvendo grupos
positivistas e liberais na Primeira República.
E) a insatisfação dos cariocas com a tentativa de golpe militar pelos partidários do Presidente
Prudente de Moraes, e a reação popular causada pela obrigatoriedade da vacinação contra a
Febre Amarela, extensiva a todos os bairros da cidade.
C) cidadãos que não comprovassem renda de 100 mil réis anuais, e escravos.
259.
Em 1910, o Almirante Negro João cândido abalou as estruturas da Marinha do Brasil quando,
juntamente com outros marinheiros, tomou os navios e apontou os canhões para o Rio de
Janeiro exigindo o fim dos maus tratos na Marinha. Esse movimento social foi a(o):
A) Revolta da Chibata.
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D) Revolta da Armada.
E) Revolta da Esquadra.
261. O Coronelismo, fenômeno social e político típico da República Velha, embora suas raízes se
encontrem no Império, foi decorrente da:
B) supremacia política dos Estados da região sul - possuidores de maior poder econômico - cuja
força advinha da maior participação popular nas eleições.
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262. O Coronelismo, presente nos primórdios da República Brasileira, representou uma variante
do fenômeno sociopolítico amplo denominado como clientelismo. O “Coronel” era responsável
por controlar os votos em sua região de domínio, recebendo em troca privilégios e favores dos
grandes grupos políticos da cena nacional, com o fim de manter seu poder e influência na região.
Contribuíram para o surgimento do Coronelismo, EXCETO:
A) A desigualdade social.
263. No início da Primeira República (1889-1930), a oligarquia governante teve que enfrentar,
no sertão baiano, um movimento social denominado:
A) Cabanagem.
B) Campanha Civilista.
C) Levante do Contestado.
D) Revolta de Canudos.
E) Revolução Farroupilha.
A) Benjamin Constant.
B) D. Pedro I.
C) D. Pedro II.
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A) à Revolta da Chibata.
B) à Guerra do Contestado.
C) à comunidade de Canudos.
D) à Revolta da Vacina.
E) à Revolta Tenentista.
B) (1) o projeto americanófilo, que defendia que o Brasil se inspirasse no modelo de sociedade
dos EUA; (2) o projeto nativista, que defendia o parlamentarismo em uma monarquia
constitucional.
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C) (1) os interesses da elite liberal e ilustrada, habitante das grandes cidades; (2) os interesses
da oligarquia paulista cafeicultora aliada ao exército, responsável pelo golpe da República de
1889.
267. Em março de 1988, o modelo sindical levado por Lindolfo Collor para o Ministério do
Trabalho completou 57 anos de idade. Em todos estes anos foi olhado com suspeita pelos
empresários e com bastante desconfiança pelos grupos socialistas, comunistas e pela esquerda
em geral. Atribuía-se sua criação, na década de 30, à influência das doutrinas autoritárias e
fascistas então na moda.
268. Em 1939, atendendo ao apelo do Papa Pio XII, o Conselho de Imigração e Colonização do
Ministério das Relações Exteriores do Brasil resolveu autorizar a entrada de 3 000 imigrantes de
origem “semita”. Condição sine qua non para obter “o visto da salvação”: a conversão ao
catolicismo. Pressionados pelos acontecimentos que marcavam a história do III Reich, os judeus,
mais uma vez, foram obrigados a abandonar seus valores culturais em troca do título de cristão.
B) repressão ao arraial de Canudos, no sertão baiano, pois recaiu sobre os sertanejos a acusação
de ateísmo.
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D) conversão obrigatória dos judeus na Espanha e em Portugal, a partir do final do século XV, o
que gerou a denominação cristão-novo.
E) separação entre Estado e Igreja no Brasil, determinada pelo Governo Provisório da República,
comandada por Deodoro da Fonseca.
A) foi resultado da política federal, que impedia a exportação do café de São Paulo para o
Ocidente europeu.
C) tinha, como principal objetivo, a separação do estado de São Paulo do restante da federação.
D) levou o governo federal a negociar com a oligarquia paulista e a fazer concessões a seus
interesses.
270. Uma das metas mais importantes do tratado era [...] controlar a Alemanha (segundo uma
expressão usada naquela época), isto é, destruir sua força militar no presente e no futuro. [...]
ficou decidido que o exército alemão ficaria limitado a 100 mil homens, recrutados com base
em um compromisso voluntário de doze anos para os soldados e suboficiais.
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Trata-se de um cartaz:
B) das Brigadas Internacionais chamando voluntários para a luta contra o fascismo na guerra
civil espanhola, o que contribuiu fortemente para a definição do campo antifascista na Europa
da época.
D) dos partidos espanhóis que defendiam a política de apaziguamento empreendida por França
e Inglaterra e pretendiam, com isso, evitar uma nova catástrofe de guerra como a ocorrida entre
1914 e 1918.
272. Considerando a célebre frase de Karl Clausewitz: “A guerra é a continuação da política por
outros meios”, julgue (C ou E) o item a seguir, a respeito da participação brasileira no Teatro da
Guerra ao longo de sua história.
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conflito, a despeito da pressão exercida pelo governo dos Estados Unidos da América para o
estabelecimento de um bloco americano contrário aos germânicos.
273. No que se refere à Primeira e à Segunda Guerra Mundial, assinale a opção correta.
B) Os Estados Unidos da América participaram das duas grandes guerras desde a irrupção dos
conflitos até seu desfecho.
274. Vivenciando boa parte dos eventos narrados, o historiador marxista Eric Hobsbawm analisa
os anos que vão da Primeira Guerra Mundial ao colapso da URSS, afirmando que este foi um
período marcado pela “guerra mundial de 31 anos”.
Assinale a alternativa que justifica CORRETAMENTE esse ponto de vista de Eric Hobsbawm:
A) a civilização que viveu o século XX não apenas experimentou duas guerras mundiais, mas,
mesmo em tempos de paz, foi marcada pelo colapso de suas bases e pela possibilidade de novo
conflito global.
B) a luta pela democracia, que uniu Estados e ideologias opostas em torno de um inimigo
comum, definiu o que se entende por guerra mundial.
D) o século XX foi marcado por guerras e revoluções que podem ser comparadas, na sua
abrangência e nos seus objetivos, aos conflitos europeus do século anterior.
E) o século XX viveu a expectativa de que conflitos globais envolvessem de fato todos os países
do mundo, já que ambos envolveram somente as grandes potências.
A) Foi durante o reinado de Alexandre, o Grande, que o Império Romano alcançou o seu apogeu.
B) Durante a primeira Guerra Mundial, a chamada tríplice entente compreendia o Reino Unido,
a França e o Império Russo.
C) Durante a segunda Guerra Mundial, as Potências do Eixo eram a Alemanha, a Itália e a Rússia.
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D) Atualmente, diversos países que integraram a União Soviética fazem parte da Organização do
Tratado do Atlântico Norte – OTAN, inclusive a própria Rússia.
276. “A primeira Guerra mundial, segundo Hobsbawm, inaugura um período de Guerra Total, o
autor considera a primeira e a segunda guerra como um único conflito. Embasado por esse
conceito o autor na obra ‘A era dos Extremos’ ressalta o que esse confronto se diferencia dos
anteriores e o porquê pode ser considerado uma guerra total. Hobsbawn destaca que não há
como compreender o século XX, sem compreender a Guerra mundial. O conflito de 1914 foi tão
marcante que para aqueles que nasceram antes desse período, ‘a paz’ só existia antes desse
ano. A primeira guerra entrará na memória dos europeus, sobretudo dos ingleses e dos
franceses, maiores envolvidos no conflito, como a grande guerra.”
“Em 21 de agosto de 1941, Winston Churchill, em discurso feito no Parlamento, afirmou: ‘Esta
guerra, de fato, é uma confirmação da anterior’.”
A) A disputa dos EUA pela hegemonia mundial, que acabou por enfraquecer as nações
europeias.
277. Ao declarar guerra às potências centrais da Europa, Woodrow Wilson, presidente dos
Estados Unidos, falou:
Esperamos que nosso esforço ajude a pôr fim à agressão alemã e abrevie o conflito na Europa.
A) O presidente dos EUA, que mantivera o país em paz, embora houvesse direcionado a
produção manufatureira para a indústria bélica, destinada aos aliados, e concedesse créditos
especiais à Inglaterra, decide declarar guerra contra o império japonês.
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D) A entrada dos EUA ao lado da Entente propiciou um rápido rearmamento das tropas aliadas
que conseguiram derrotar a Alemanha em todas as frentes de batalha, encerrando a Guerra,
dois anos depois do envio de tropas norte-americanas à Europa.
E) A Alemanha foi dividida, após discussão entre os líderes dos EUA e os da Europa, que
condicionaram o fim do conflito mundial à partilha do território em zonas de ocupação, o Leste
seria controlado pelos europeus e os territórios do Oeste, pelos norte-americanos.
278. “Quando os nazistas levaram os comunistas, eu me calei, porque, afinal, eu não era
comunista.
O texto, em uma das versões atribuída ao pastor luterano alemão Martin Niemoller, faz a crítica
à Alemanha do III Reich. Entre as características do nazismo, é correto identificar:
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A) da Guerra Fria, no contexto da luta contra o comunismo, marcado pelo bloqueio econômico
à Cuba socialista e pelo apoio às ditaduras militares na América Latina.
B) da Segunda Guerra Mundial, no contexto da disputa pela hegemonia militar e pelo controle
geopolítico da América Central e do Oceano Atlântico entre os EUA e a Alemanha nazista.
C) do imperialismo, no contexto das atuações marcadas pela “política do grande porrete”, das
quais são exemplos as participações nas independências de Cuba e do Panamá.
D) da grande depressão econômica dos anos 1930, no momento em que os EUA saíam para o
mar em busca de matéria-prima e mercado consumidor para reaquecer a sua economia.
A) Um dos fatos que contribuiu para o final do confronto foi a entrada da Rússia na Guerra, pois
tinha um exército grande e bem preparado, impondo aos alemães derrotas vexatórias.
C) Temendo uma ofensiva alemã, Japão, Inglaterra e França formaram a Tríplice Aliança.
A) desencadeou inúmeras alianças entre países, como a Tríplice Entente, que unia França,
Portugal e Espanha.
B) foi o estopim para que ocorresse o avanço político- -econômico dos países europeus sobre
novos territórios africanos.
C) possibilitou que alguns países europeus, como a Bélgica e a Grécia, desenvolvessem indústrias
bélicas.
D) teve início com o bombardeio da base naval dos Estados Unidos, no Havaí (Pearl Harbor), por
aviões japoneses.
E) envolveu países Aliados de todos os continentes contra os países do Eixo, dentre eles,
Alemanha, Itália e Japão.
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282. Filas de rostos pálidos murmurando, máscaras de medo. Eles deixam as trincheiras, subindo
pela borda. Enquanto o tempo bate vazio e apressado nos pulsos, e a esperança, de olhos
furtivos e punhos cerrados, naufraga na lama. Ó Jesus, fazei com que isso acabe!
(Siegfried Sassoon citado por HOBSBAWN, Eric. A Era dos Extremos. São Paulo: Companhia das
Letras, 1994.)
A desesperada descrição refere-se às duras condições vividas nos campos de batalha da I Guerra
Mundial (1914-1918), embate bélico que transformou radicalmente as sociedades europeias.
Sobre esse primeiro conflito de âmbito global e seus desdobramentos, assinale a afirmativa
correta.
A) Os Estados Unidos abandonaram sua secular política de neutralidade e enviaram tropas para
lutar na frente oriental contra o exército russo.
B) A Revolução Russa em 1917 demarcou o ponto de virada da guerra com o exército vermelho
esmagando a resistência alemã.
283. “Um boato corre, há dias, pela cidade que tem enchido a uns de pavor, e a outros de
indignação, em cujo último número me coloco”, desabafou o médico Joaquim Cândido Soares
de Meirelles (1797-1868), diante do clima de pânico instaurado no Rio de Janeiro em 1831.
D) no fantasma que assombrou por décadas os senhores escravistas do Brasil, receosos de que
se repetisse aqui o movimento haitiano, no qual convergiram abolição da escravidão e
proclamação da independência, incluindo o massacre de brancos.
401
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E) no sentimento anticomunista existente no Brasil desde o início do século XIX, quando a elite
escravista assistiu assustada à tomada do poder no Haiti por revolucionários socialistas,
inspirados nas ideias do socialismo utópico de Saint-Simon.
Chamberlain acreditava que Hitler estava preocupado apenas com os Sudetos, e achava que a
guerra poderia ser evitada.
A) luta aliada.
C) frente antinazista.
D) campanha de pacificação.
E) política de apaziguamento.
285. O episódio considerado por muitos historiadores como o “prelúdio da Segunda Guerra
Mundial” e que opôs a esquerda à direita fascista foi:
B) o Congresso de Versalhes.
C) a Conferência de Berlim.
D) o Congresso de Viena.
E) a Guerra Franco-Prussiana.
Um jovem preso por planejar um massacre contra alunos da Universidade de Brasília (UnB) é
suspeito de atuar como representante de grupos neonazistas no Distrito Federal. A Polícia
Federal (PF) investiga a ligação de Marcelo Valle Silveira Mello. 26 anos. com radicais da Região
Sul que pregam o ódio a negros, homossexuais e judeus.
Prática como essa tem como modelo o regime nazista (1933-45) que defendia
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B) a xenofobia e o internacionalismo.
C) a democracia e o irracionalismo.
D) o nacionalismo e a intolerância.
B) Guerra Franco-Prussiana.
288. Dentre os fatores responsáveis pela Segunda Guerra Mundial (1939-1945), é correto
mencionar
C) a ação belicista da Liga das Nações, que incentivou o rearmamento alemão, e a disputa por
territórios.
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289. Em 1979, o Congresso Nacional aprovou a Lei Orgânica dos Partidos, incluindo o
substitutivo que extinguiu a Arena e o MDB, e restabeleceu a liberdade partidária no país. Pela
aprovação do substitutivo, votaram 299 deputados e 41 senadores. Só nove deputados faltaram
à sessão.
(https://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=360461. Acessado em 06 de setembro de 2019. Adaptado)
291. Historicamente, o Brasil foi povoado, desde o início da colonização, a partir da região
litorânea. A rigor, foi a partir de meados do século XX que políticas públicas foram lançadas com
o objetivo de ocupar extensas áreas do território nacional com população rarefeita, como seria
o caso do Centro‐Oeste. É nessa perspectiva que se entende, por exemplo, a decisão de se
transferir a capital da República para o Planalto Central do País. A criação da Região Integrada
de Desenvolvimento (Ride) do Distrito Federal e Entorno inscreve‐se nesse esforço de
interiorização do desenvolvimento nacional, tendo Brasília como polo desse processo.
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O presidente populista a que este texto se refere foi criador de várias leis trabalhistas e da
maior empresa brasileira (Petrobras), está há 60 anos longe do povo. Após 15 anos no poder,
entre 1930 e 1945, conseguiu assumir em 1951, mas sem a popularidade de outrora.
Com oposições ferrenhas, como a dos conservadores, que eram contra o aumento do salário
mínimo em 100%, e a de seu rival Carlos Lacerda, que o acusa publicamente de uma tentativa
de assassinato, o presidente nacionalista não se sustenta no poder e se enclausura no Palácio
do Catete, onde se suicida.
II. Abertura da economia para o capital internacional com presença de empresas multinacionais,
sobretudo no setor automobilístico, provocou o escoamento dos recursos nacionais para o
exterior.
III. O alto custo da realização do Plano de Metas e a abertura para o mercado internacional,
gerou uma alta inflacionária e uma onda migratória de nordestinos e nortistas para as
metrópoles que se industrializavam.
A) II e III apenas.
B) I e III apenas.
C) I e II apenas.
D) I, II e III.
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294. O Memorial JK, onde estão depositados documentos e objetos que pertenceram a Juscelino
Kubitschek e sua esposa, foi:
A) construído numa área de 2.000 m², recebendo inúmeras críticas por ocupar tanto espaço.
C) projetado pelo arquiteto Lúcio Costa, em colaboração com Paulo Mendes da Rocha.
296. Com a renúncia de Jânio Quadros, em 1961, o Brasil mergulhou em grave crise política, na
qual se fez presente a perspectiva de guerra civil. O vice-presidente João Goulart, acusado de
esquerdista e de comprometido com o radicalismo sindical, teve sua posse contestada pelos
adversários do getulismo. A crise somente foi contornada por meio da aprovação de um Ato
Adicional à Constituição de 1946. Esse Ato Adicional estabelecia:
B) A convocação imediata de novas eleições, ato que não agradou a setores mais conservadores
do exército.
D) A criação de um gabinete civil-militar para governar o país até a realização de novas eleições,
mas que terminou por precipitar o Golpe Militar, em 1964, antes da efetivação das eleições.
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297.
“Criado em 1961, durante o governo de Jânio Quadros, foi resultado de vários anos de trabalho
e luta política, dos irmãos Orlando, Cláudio e Leonardo Villas‐Bôas, ao lado de outras
personalidades.
Localizado ao norte do Mato Grosso, numa área com cerca de 30 mil quilômetros quadrados, é
considerada a maior e uma das mais famosas reservas do gênero no mundo.”
(Adap. de http://www.brasiloeste.com.br/especiais/)
Essa fotografia foi tirada em 1961, na posse de Jânio Quadros na presidência da República, e
mostra João Goulart, recém-eleito vice-presidente; Jânio Quadros, discursando com a faixa
presidencial; Juscelino Kubitschek, antecessor de Jânio na presidência.
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D) apenas muito tempo depois um presidente civil, eleito pelo voto popular, tornaria a entregar
a faixa ao seu sucessor.
A) aliança entre o governo trabalhista brasileiro e os países do bloco socialista em plena Guerra
Fria, o que contribuiu para atiçar a histeria anticomunista e foi um dos fatores que levou ao
golpe civil-militar de 1964.
C) estabilidade política característica dos anos 1950 e 1960 no Brasil, quando setores da direita,
apoiados pela UDN, aceitaram condecorar o revolucionário cubano, sem que tal gesto tivesse
grande repercussão.
D) animosidade nas relações entre Cuba e o Brasil depois que os revolucionários cubanos
tomaram o poder em 1959, o que levou o Brasil a tomar a dianteira da luta anticomunista na
América do Sul.
E) política externa independente instituída em 1961, o que contribuiu para o isolamento político
do governo, revertendo o alinhamento com os EUA estabelecido anos antes, quando o PCB
passou a atuar na clandestinidade.
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300. Ato institucional era o decreto utilizado pelos militares para legitimarem suas decisões. Em
dezembro de 1968, ocorreu a promulgação do Ato Institucional no 5 (AI-5) que, em seu
preâmbulo, dizia-se ser uma necessidade para atingir os objetivos da revolução, “com vistas a
encontrar os meios indispensáveis para a obra de reconstrução econômica, financeira e moral
do país”.
B) Castello Branco e fixou eleições indiretas para governadores e prefeitos das capitais, acabou
com a garantia do habeas corpus e ampliou a repressão policial.
E) Ernesto Geisel e deu ao executivo plenos poderes para cassar mandatos, além de suspender
a estabilidade dos funcionários públicos e militares.
301. Assim, se é verdade que de 1946 a 1964 houve regularmente eleições para presidente,
deputados, senadores e governadores, é preciso reconhecer que sempre foi com grande
dificuldade que os perdedores aceitavam a derrota, sobretudo nas disputas para a Presidência.
As pregações em favor de golpes, anulações de resultados eleitorais e ameaças de impedir a
posse dos eleitos, quer por meio das armas, quer por meio de expedientes jurídicos, foram
frequentes. A democracia esteve o tempo todo sob risco.
(Luiz Koshiba e Denise M. F. Pereira. História do Brasil no contexto da história ocidental. São
Paulo: Atual, 2003).
A) 1946, pois os partidários do Partido Comunista consideraram ilegal a eleição de Eurico Dutra,
pelo seu apoio à Ditadura Vargas.
B) 1951, momento no qual a Câmara dos Deputados não reconheceu como legítima a vitória do
candidato Eduardo Gomes.
C) 1954, após o suicídio do presidente Vargas, quando o Senado questionou a posse do vice-
presidente Café Filho em função da sua ligação com o Partido Comunista.
D) 1961, quando alguns setores da sociedade não aceitavam, após a renúncia do presidente
Jânio Quadros, a posse do vice-presidente, João Goulart.
E) 1964, quando a posse de Carlos Lacerda não era aceita pelos partidos políticos mais
conservadores, apesar de ele ser eleito com a maioria absoluta de votos.
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302. O presidente João Goulart procurou implementar um programa que incluía reformas gerais
na estrutura social e política brasileira. Entre elas estava a concessão do direito de voto aos
analfabetos, a extensão dos direitos trabalhistas ao campo e a reforma agrária. (...)
Em nenhum outro momento da história do Brasil as pressões populares haviam sido tão
intensas. A política deixava de ser privilégio das elites. A política era jogada nas ruas, quartéis,
universidades, fazendas e fábricas. (...) No entanto, os grupos conservadores também se
articularam. Proprietários rurais, grandes empresários, setores das classes médias e militares
conspiraram contra o governo.
(Flavio de Campos, Lidia Aguiar, Regina Claro e Renan Miranda, O jogo da história).
303. A construção da cidade de Brasília fez parte do processo desenvolvimentista dos anos 1950
liderado pelo presidente Juscelino Kubitschek e seu vice, João Goulart. O projeto modernizante
de JK assentava-se na política do “50 anos em 5”, que preconizava, entre outras coisas, dotar o
país de uma infraestrutura suficiente para sustentar a industrialização.
Com base nos conhecimentos sobre a política econômica desse período histórico brasileiro,
assinale a alternativa correta.
A) Disseminou o ensino técnico para todas as regiões do país, por meio dos institutos técnicos
federais.
E) Privatizou a Companhia Siderúrgica Nacional, com a abertura do seu capital para investidores
estrangeiros.
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A) como uma tentativa de limitar a migração para o Centro do país e de reforçar o contingente
de mão de obra rural.
C) dentro do rearranjo político do pós-Segunda Guerra Mundial, que se caracterizava pelo clima
de paz nas relações internacionais.
305. “(...) eu comecei a defender a tese que me valeu o título de golpista e até de fascista.
Comecei a defender a tese de que a eleição de outubro de 55 – a sucessão de Café Filho – não
poderia ser realizada com a lei eleitoral em vigor, toda cheia de defeitos (...)”
(Carlos Lacerda, apud José Dantas Filho e Francisco F. M. Doratioto, A República bossa-nova – A
democracia populista (1954-1964))
Entre os “defeitos” da lei eleitoral em vigor entre 1946 e 1964, é correto apontar
A) a proibição de coligações eleitorais para os cargos majoritários, que tornou comum as traições
partidárias, nas quais um candidato ao executivo apoiava um candidato a parlamentar de outro
partido.
B) a realização de eleições gerais a cada quatro anos, em todos os níveis, que potencializava a
importância da eleição presidencial e retirava a atenção dos pleitos estaduais e das casas
legislativas.
306. Dirijo-me a todos os brasileiros, não apenas aos que conseguiram adquirir instrução nas
escolas, mas também aos milhões de irmãos nossos que dão ao Brasil mais do que recebem, que
pagam em sofrimento, em miséria, em privações, o direito de ser brasileiro e de trabalhar sol a
sol para a grandeza deste país. Aqui estão os meus amigos trabalhadores, na presença das mais
significativas organizações operárias e lideranças populares deste país. Àqueles que reclamam
do Presidente da República uma palavra tranquilizadora para a Nação, o que posso dizer-lhes é
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que só conquistaremos a paz social pela justiça social. A maioria dos brasileiros já não se
conforma com uma ordem social imperfeita, injusta e desumana.
No evento conhecido como Comício da Central do Brasil, o Presidente João Goulart proferiu
discurso em que reafirmava algumas das propostas de seu governo, atendendo a demandas de
organizações sindicais.
A proposta desse governo mais diretamente associada à promoção da justiça social foi:
307. Leia o fragmento a seguir, extraído de um artigo do jornalista Carlos Lacerda, publicado no
jornal A Tribuna da Imprensa, em de junho de 1950.
O Sr. Getúlio Vargas senador, não deve ser candidato à presidência. Candidato, não deve ser
eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo
de governar.
A) Marca o rompimento público com o trabalhismo, devido aos planos ditatoriais de Vargas.
B) Reflete a posição dos setores liberais contrários à aproximação do Brasil com os países do
Leste europeu.
I. A experiência parlamentarista brasileira, que durou pouco mais de um ano, foi recusada pelo
povo brasileiro através de um plebiscito.
II. Tancredo Neves foi o Primeiro Ministro durante o breve período em que ocorreu o
parlamentarismo brasileiro.
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III. Com a renúncia do Presidente Jânio Quadros, João Goulart, o vice-presidente, assumiu a
Presidência; contudo, a emenda parlamentarista restringiu os seus poderes.
A) II e III apenas.
B) I e II apenas.
C) I e III apenas.
D) I, II e III.
309. Observe a capa do exemplar n.º 16 do jornal ex-16, publicado em novembro de 1975.
A) declaravam, de forma indireta, seu apoio ao regime militar, então em vigor no Brasil.
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Essa Constituição
(Ignacy Sachs. Quo Vadis, Brasil? In Ignacy Sachs, Jorge Wilheim e Paulo Sérgio Pinheiro (org.).
Brasil: um século de transformações, 2001.)
A) A economia brasileira cresceu de forma sustentável apenas na região mais pobre do país, o
Centro-Oeste.
C) O pequeno aumento das riquezas nacionais permitiu que a maior parte dos brasileiros
conquistasse a cidadania plena.
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313. Um dos pontos altos da Constituição é o artigo 5.º, que garante amplas liberdades [...]
Foram asseguradas as liberdades de manifestação, opinião e organização. O crime de racismo
foi considerado inafiançável e imprescritível…
(Marco Antônio Villa. A história das Constituições brasileiras. São Paulo: Leya, 2011, p. 119)
314. Considerando o regime político brasileiro após a Constituição de 1988, pode-se dizer que o
Brasil é um/uma:
D) Parlamentarismo republicano.
1. Nepotismo
2. Corrupção
3. Clientelismo
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4. Propina
5. Impeachment
( ) Ato de se utilizar do setor público para benefício próprio ou de colegas, obtendo sobretudo
ganhos financeiros ilícitos.
( ) No Brasil, diz respeito a uma quantidade de dinheiro oferecida a algum agente do Estado para
obter favores ilícitos. É um tipo de suborno.
( ) Troca de favores entre quem detém o poder e o eleitorado que tem como objetivo manter
alguém ou grupo de pessoas no poder.
A sequência correta é:
A) 1, 2, 3, 4 e 5.
B) 3, 5, 2, 4 e 1.
C) 2, 1, 4, 3 e 5.
D) 4, 5, 2, 1 e 3.
E) 5, 3, 1, 4 e 2.
A) A privatização da Vale do Rio Doce foi encabeçada pelo governo de Fernando Collor de Mello,
que tinha uma postura política vinculada ao neoliberalismo mundial.
B) A privatização da Vale do Rio Doce, no governo de Fernando Henrique Cardoso, e teve como
principal objetivo atrair o capital produtivo internacional.
C) A privatização da Vale do Rio Doce foi negociada no governo do Itamar Franco, como medida
de combate à inflação, que alcançou o percentual de 1764 no ano de 1989.
D) A privatização da Vale do Rio Doce foi encabeçada pelo governo de Fernando Henrique
Cardoso e foi uma medida consensual do ponto de vista político, uma vez que nenhum partido
se opôs à ação.
E) A privatização da Vale do Rio Doce foi feita durante o primeiro governo Lula e teve como
principal objetivo atrair o capital especulativo internacional.
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B) A abertura da economia e a redução das tarifas externas, a partir dos anos 1990.
E) A valorização dos setores industriais ligados à tecnologia da informação, por meio da política
de substituição de importações a partir de 1980.
318. Um condicionante decisivo para o triunfo de Collor foi o “agressivo” marketing de sua
campanha. Collor e sua assessoria apostaram na construção da imagem de um candidato jovem,
moderno, decidido e, principalmente, diferente dos demais políticos. Além disso, prometia
moralizar a política e se apresentava como protetor dos “descamisados” e “pés-descalços”,
prometendo-lhes solucionar todos os seus problemas.
MACHADO, Fabiana Michelle de Sousa. Política econômica e política externa do governo Collor
1990-1992. Belo Horizonte: Centro Universitário, 2007.
319. Na história republicana brasileira (1889-2015), os dois presidentes que governaram o país
por períodos mais longos, além de Getúlio Vargas, foram:
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320. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, sobre a história do Brasil
contemporâneo.
( ) O governo de José Sarney foi marcado pela aprovação do mandato presidencial de quatro
anos, pelo controle rígido da inflação com o Plano Cruzado e pela estatização das
telecomunicações no Brasil.
( ) O Brasil passou por um processo de integração política, social e econômica com países da
América Latina, após o período da transição democrática e da definição de uma nova carta
constitucional em 1988.
( ) A estabilidade monetária alcançada a partir do governo de Itamar Franco foi a principal causa
para o fim dos conflitos fundiários no Brasil, na década de 1990, contexto de democratização de
acesso à terra.
A) V – F – V – F.
B) F – F – V – V.
C) F – V – F – V.
D) V – V – F – F.
E) F – V – V – F.
321. A imagem a seguir, divulgada no site do jornal O Estado de São Paulo, retrata o movimento
social de grupos que pedem o impeachment do governo de Dilma Roussef na manifestação de
16 de agosto de 2015.
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D) Nas eleições de 1989, Fernando Collor de Melo contou com um amplo apoio da mídia, o que
contribuiu para a sua vitória. Em 1992, após grande pressão popular, a Câmara dos Deputados
votou pelo afastamento do presidente depois da investigação da CPI que, diferentemente do
contexto político atual, confirmou a sua participação direta em um esquema de corrupção.
322. A imagem abaixo retrata cenas do movimento dos caras pintadas que marcou o Brasil
durante o ano de 1992.
Observe que, ao fundo, identificamos Brasília e, em destaque, dois jovens marcam o rosto com
tinta nas cores verde e amarela presentes na bandeira nacional. O país se transformou em um
palco de reivindicações e direcionou o futuro, exigindo:
323. Com o término da Ditadura Militar em 1985, os primeiros governos civis tiveram como
objetivos:
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324. O movimento dos caras pintadas ocorreu no ano de 1992, quando milhões de brasileiros
foram às ruas, liderados por jovens estudantes, pressionando pelo impeachment do então
presidente da república Fernando Collor de Melo. Na atualidade, dois grandes movimentos de
repercussão nacional levaram novamente milhões de jovens às ruas, sendo eles:
A) a luta contra o aumento das passagens de ônibus urbanos em 2013 e contra o fechamento
de escolas em São Paulo em 2015.
C) a luta contra a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil em 2013 e a favor da
permanência de Renan Calheiros na Presidência do Senado em 2014.
D) a luta contra a tomada de empréstimos do FMI em 2014 e contra a adesão do Brasil à guerra
ao terrorismo do Estado Islâmico em 2015.
325. O ano de 2016 destaca-se pela realização de um grande evento internacional em terras
brasileiras. Tendo sua origem histórica remontada na vida cultural grega, essa experiência foi
retomada e se apresenta como uma grande expressão de encontro da diversidade dos povos da
terra. Esse ano o Brasil será palco da XXXI edição:
A) do Lollapalooza.
D) do Campus Party.
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Ao longo da década de 1990, a referida política econômica manifestou-se no Brasil por meio da:
327. “O que se denominava partido político, na primeira metade do século XIX diferencia-se da
compreensão atual: era mais do que ‘tomar um partido’ e constituía-se em formas de
agrupamento em torno de um líder, ou através de palavras de ordem e da imprensa em
determinados espaços associativos ou de sociabilidade e a partir de interesses ou motivações
específicas, além de se delimitarem por lealdades ou afinidades (intelectuais, econômicas,
culturais etc.) entre seus participantes. Tais grupos eram identificados por rótulos ou
nomeações, pejorativos ou não”.
MOREL, Marco. O período das Regências (1831-1840). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. p.32).
Embora a análise do historiador seja do século XIX, o atual quadro político no Brasil tem
retomado as mesmas caracterizações ao partido que se encontra no poder. Como exemplo disso
podemos evidenciar:
II. Negação das contribuições sociais, obtidas no Brasil pelo governo do Partido dos
Trabalhadores.
IV. Interdição do atual governo, sob a alegação de superação para a conjuntura atual.
São verdadeiras
B) apenas I, II e III.
C) apenas III e IV
E) apenas I e IV.
328. Associe os nomes dos presidentes brasileiros do período da Nova República (coluna A) às
características de sua Presidência (coluna B).
Coluna A
1. José Sarney
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Coluna B
( ) Seu mandato foi marcado pela busca da estabilidade monetária, pelo controle da emissão de
moedas e pelo baixo crescimento industrial, devido aos efeitos negativos sobre a indústria,
decorrentes da abertura da economia brasileira ao mercado internacional.
( ) Sua presidência foi marcada pela estabilidade monetária, pelo crescimento da economia,
impulsionado pela exportação de commodities, e pelo incremento do consumo interno, através
de políticas de ampliação de renda e crédito, e de redistribuição de renda.
( ) Seu governo enfrentou uma forte inflação através de planos econômicos como o Plano
Cruzado, o Plano Cruzado II e o Plano Verão, que acabaram fracassando e gerando grande
impopularidade ao presidente no fim de seu mandato.
( ) Tentou marcar o seu governo pelo slogan “Tudo Pelo Social”, promovendo a criação da
“farmácia básica” e do seguro desemprego, a extensão dos benefícios da previdência ao
trabalhador rural e a aplicação do Programa do Leite.
A) 1 – 2 – 3 – 4 – 3
B) 2 – 3 – 4 – 1 – 2
C) 3 – 1 – 4 – 2 – 4
D) 3 – 4 – 1 – 2 – 1
E) 3 – 4 – 2 – 1 – 4
329. O nascimento do Brasil como Estado Nacional, na primeira metade do século XIX, coincide
com o esforço das elites locais para estabelecer uma identidade nacional brasileira. Com o
advento da República, em 1889, vê‐se a preocupação de buscar no passado elementos que
legitimassem a nova ordem. É na Era Vargas (1930‐1945), especialmente durante a ditadura do
Estado Novo (1937‐1945), contudo, que o projeto de afirmação da nacionalidade adquire foros
de algo sistemático, conduzido pelo governo central.
Conforme disposição legal, a disciplina história da África, a ser ministrada em todos os níveis de
ensino, deve se restringir, fundamentalmente, ao estudo da escravidão.
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331. Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma nos itens abaixo sobre o
comércio de pessoas e mercadorias no continente africano.
( ) A história da África é marcada desde a antiguidade pelas relações entre tráfico de escravos e
diásporas.
( ) Após a formação de Axum no século III d.C. ocorreu um incremento nos bens comerciais
com ampliação para a venda de escravos.
( ) com a consolidação do mundo muçulmano, desde o século VII d.C. tem havido uma
diminuição na correlação tráfico escravista e diáspora.
A) F, F, V, V.
B) V, V, F, F.
C) F, V, F, V.
D) V, F, V, F.
333. As relações entre o Egito e os outros Estados africanos do curso do Nilo, como de Napata e
Méroe, foram marcadas por trocas intensas e pela fundação de uma dinastia etíope ou
sudanesa, criada com a tomada do poder faraônico por reis kushitas.
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A) Os dilemas decorrentes dos achados arqueológicos das ruínas do grande Zimbábue foram
esclarecidos com a descoberta de fontes escritas que permitiram desvendar a história desse
reino e, principalmente, as razões de seu declínio.
B) Os portugueses desconsideravam as organizações africanas, por isso o uso da força era a única
estratégia de dominação dos portugueses contra os africanos.
D) O Reino do Congo, cuja economia incluía atividades rurais e um rico comércio de tecidos,
metais e animais, entrou em decadência no século XV, momento em que foi rapidamente
conquistado por Portugal.
Desde então, ela teve um papel principal na acumulação de capital gerado pelo comércio e pela
pilhagem, organizados em escala mundial.
M. Malowist. A luta pelo comércio internacional e suas implicações para a África. In: Allan Ogot
Bethwell (ed.). História geral da África: África do século XVI ao XVIII. Brasília: UNESCO, 2010, p.
2 (com adaptações).
A respeito de aspectos ligados ao processo histórico de que trata o texto apresentado, assinale
a opção correta.
B) A África subsaariana era, em sua totalidade, desconhecida dos europeus até sua costa ter sido
alcançada pelas embarcações portuguesas.
C) A África apresentava grande diversidade cultural, social e política. Em termos políticos, por
exemplo, os portugueses se depararam com potentados grandiosos, como o Império do Mali e
o Reino do Congo.
D) As regiões costeiras da África eram as únicas fontes de cativos para o tráfico atlântico.
E) As dinâmicas internas da sociedade europeia foram pouco influenciadas pelo contato com os
povos africanos e americanos, ocorrido a partir da expansão marítima.
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336. Entre os séculos VIII e XVII, a África ao sul do deserto do Saara era habitada por vários povos
negro‐africanos, cada um com seu jeito próprio de ser. Alguns desses povos construíram
impérios e reinos prósperos e organizados, como o Império do Mali e o Reino do Congo. Há
poucos documentos escritos sobre o Mali; os vestígios arqueológicos (vasos, potes, panelas,
restos de alimentos e de fogueiras) também são reduzidos. Dentro do contexto da história
africana e de alguns impérios como o Mali, conferia‐se a importância notável aos griots, que:
B) Eram os líderes religiosos, que baseados em conhecimentos ancestrais, ainda mantêm intacta
a religião de seus antepassados.
D) Detinham o poder entre as mais variadas tribos por serem os únicos proprietários de terras,
responsáveis por distribuir o trabalho e a produção.
337. Os estudos africanos, área de crescente interesse entre os historiadores brasileiros, têm
revelado a existência de um grande número de sociedades e culturas na África que poderiam
ser estudadas nas escolas. Além disso, há algumas décadas, pesquisadores africanos produzem
qualificadas investigações que possibilitam o reconhecimento de importantes contribuições do
passado africano para o patrimônio histórico da humanidade.
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item a seguir, a respeito do processo
de humanização e das dinâmicas na formação das sociedades africanas.
O aparecimento dos Estados em África ocorreu por influência das sociedades orientais e
mediterrâneas; as sociedades africanas antigas desconheciam as organizações estatais.
338. O grande medievalista francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício
do historiador, inaugurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma
historiografia positivista que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com Lucien
Febvre, ele foi um dos criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos Anais
(Annales).
Uma característica marcante da nova história, na esteira das inovações trazidas pela Escola dos
Anais, foi o radical afastamento da história em relação às demais ciências humanas e sociais.
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A) reconheça todos os componentes do conteúdo, datas, nomes e eventos, para que possa
transpô-los ao aluno de forma que este conheça como foi o passado.
C) conheça o conteúdo em aspectos como a sua historicidade, a natureza dos conceitos nele
presentes e reconheça sua relevância como fundamental para torná-lo significativo para o
aluno.
340. Como o objeto da história (entendida como um constructo teórico) é o que aconteceu,
abstraído tanto do presente quanto do futuro, então o tempo torna-se um dos elementos
determinantes do conceito de história. Parece-me, no entanto, que nem a relação que o tempo
mantém com outros elementos nem o sentido específico do seu efeito na história foram
identificados até hoje com a clareza desejável, tampouco com a clareza possível.
Georg Simmel. O problema do tempo histórico [1916]. In: Simmel. Ensaios sobre teoria da
história. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011, p. 9 (com adaptações).
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte, relativos à relação
entre tempo e história.
I) Refere-se ao campo da história que se dedica aos estudos do período após a II Guerra ao final
do século XX.
II) Consiste na produção historiográfica na qual não houve ruptura cronológica entre o tempo
dos acontecimentos e o tempo da escritura de sua história.
III) Identifica-se com os estudos historiográficos da História Contemporânea, que utilizam como
metodologia a história oral.
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IV) Campo da história em que o historiador é contemporâneo dos acontecimentos que ele
estuda, não havendo, portanto, o elemento de alteridade próprio dos estudos de períodos mais
afastados.
A) I, III e IV
B) II e III
C) I e III
D) I e IV
E) II e IV
342. “Defendo vigorosamente a opinião de que aquilo que os historiadores investigam é real. O
ponto do qual os historiadores devem partir, por mais longe dele que possam chegar, é a
distinção fundamental, para eles, absolutamente central, entre fato comprovável e ficção, entre
declarações históricas baseadas em evidências sujeitas a evidenciação e aquelas que não o são.
Nas últimas décadas, tornou-se moda (...) negar que a realidade objetiva seja acessível, uma vez
que o que chamamos de 'fatos' apenas existem como uma função de conceitos e problemas
prévios formulados em termos dos mesmos.”
A) alega que a realidade objetiva não é acessível, pois o passado não existe materialmente.
B) afirma que o passado é uma construção mental operada pelo investigador com base em
algumas evidências.
C) defende que a qualidade da operação histórica depende de como os fatos são agrupados,
verificados e interpretados.
D) sustenta que dizer a verdade na história é narrar as diferentes visões sobre o processo
histórico.
E) critica que seja possível apontar qualquer tipo de tendência para a história com base no
estudo do passado.
Não obstante a grande obra de Marx ser a crítica ao modo de produção capitalista, sua análise
não se faz apenas pelo aspecto econômico. Sua teoria considera a economia como parte da vida
social, parte da história que é a produção da existência humana. Falamos, assim, sobre as classes
sociais decorrentes da divisão social do trabalho, falamos da vida de homens e mulheres que
não apenas trabalham. Eles comem, reproduzem-se, vivem em sociedade, relacionam-se,
constroem laços de amizade e de colaboração e de competição, pertencem a diferentes grupos,
têm ideologias, afetos, filiação religiosa etc. E constroem sua história em espaços-tempos
determinados.
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B) Diferentemente da história tradicional, que registrou a vida humana dando protagonismo aos
heróis, aos poderosos, aos grandes feitos, Marx eleva todos os atos da vida humana ao nível do
acontecimento.
C) A história é a produção social da existência (MARX, 1979), é sua concepção de história, tão
bem apropriada por alguns historiadores que incorporaram novos temas, novos objetos, os
grandes acontecimentos e os fatos do cotidiano (BURKE, 1991), como a École des Annales.
D) Mesmo sem admitir a influência de Marx em seus estudos, seus historiadores trabalham, “em
primeiro lugar, a substituição de uma história narrativa de acontecimentos por uma história
problema. Em segundo lugar, uma história de todas as atividades humanas e não apenas história
política”.
E) Como desfecho previsível desta ampliação de objetos e de concepção teórica da história, “em
terceiro lugar, visando completar os outros dois objetivos, a colaboração com outras disciplinas,
tais como a geografia, a sociologia, a psicologia, a economia, a linguística, a antropologia social
e tantas outras” (BURKE, 1991).
344. “Para deixar claro: o objetivo de se traçar a evolução histórica da humanidade não é antever
o que acontecerá no futuro, ainda que o conhecimento e o entendimento históricos sejam
essenciais a todo aquele que deseja basear suas ações e projetos em algo melhor que a
clarividência, a astrologia ou o franco voluntarismo [...]".
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345. Sobre a História produzida pela “Escola Metódica", também chamada “positivista", analise
as afirmativas.
I - O Historiador não é juiz do passado, deve apenas narrar o que realmente aconteceu.
III - A História (res gestae) existe em si, objetivamente, e se oferece por meio dos documentos.
A) II e IV.
B) I e II.
C) III e IV.
D) I e III.
346. “A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa
experiência pessoal às das gerações passadas – é um dos fenômenos mais característicos e
lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente
contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por
isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais
importantes do que nunca no fim do segundo milênio.”
(HOBSBAWM, E. A Era dos extremos.O breve século XX. 1914-1991. São Paulo: Companhia das
Letras, 1995. p.13).
Com base nas questões suscitadas pelo texto acima é correto afirmar que:
347. François Furet orienta pedagogicamente a “história-problema” como percurso para que os
alunos sejam investidos de um novo estatuto epistemológico – aquele de sujeitos ativos de seus
processos de aprendizagem, diferentemente dos percursos tradicionais. Na perspectiva da
“história-problema”, é correto afirmar:
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C) A evolução recente da historiografia mostra que passamos de uma narração cronológica para
uma “históriaproblema” que visa o exame analítico de um problema, delimitando um período e
a parte do conjunto de acontecimentos em que está inserido, para o qual buscamos respostas,
nunca definitivas.
B) Na segunda geração da Escola dos Analles, surgiu a História Nova, idealizada por Jacques Le
Goff e Pierre Nora.
D) A Escola dos Analles, surgiu na França (1929), através da revista Analles d´histoire
économique et sociale, criada por Marc Bloch e Lucien Febvre.
E) Os historiadores positivistas acreditam que a história deve ser escrita através da estrita
observação dos fatos que permitam revelar a verdade histórica, onde o historiador não poder
ser uma pessoa neutra.
349. Um dos nomes mais importantes da Escola dos Annales foi o historiador medievalista
francês Marc Bloch. Sua proposta epistêmica buscou romper com o paradigma positivista em
que a ciência histórica estava apoiada no início do século XX, problematizando a própria noção
de história, que naquele momento definia o passado como um dado rígido, inalterável. Em
Apologia da História, publicado em 1949 por Lucien Febvre ou O Ofício do Historiador (2002),
último texto escrito por Bloch, inacabado por causa da sentença de fuzilado imposta pela
Gestapo em 1944, na cidade francesa de Saint Didier de Formans, por ter participado da
Resistência em Lion contra o nazismo alemão, o referido livro traz grandes contribuições
metodológicas para as ciências humanas, tendo influenciado muitos historiadores como
Braudel, Duby, Le Goff, Ferro, Lepetit, entre outros. Dentre as contribuições conceituais
desenvolvidas pela Escola dos Annales, também chamada posteriormente de História Nova,
destacamos algumas noções desenvolvidas por essa corrente teórica:
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Indique a opção que representa os conceitos desenvolvidos por tal escola teórica:
A) I e III, apenas.
B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I, II e III.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D A D E A D E B A B
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
D D A B B C C B D E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
B A D A B E E C D A
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
A B B A C E C C A A
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
C C B A E A A A B E
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
C B C A E B C A C C
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
A C E B C D C C D B
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
A E A A B A A C B D
431
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81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
D A A E C D E A B B
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
A A A A E Certo B C C C
101 102 103 104 105 106 107 108 109 110
C B C E C E D D A E
111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
B E A C B E A B B C
121 122 123 124 125 126 127 128 129 130
D E C C D D C B B B
131 132 133 134 135 136 137 138 139 140
C A D A B C B B D B
141 142 143 144 145 146 147 148 149 150
A E E D A A C E E D
151 152 153 154 155 156 157 158 159 160
D A B D B D A A C B
161 162 163 164 165 166 167 168 169 170
E E A B B E A C E C
171 172 173 174 175 176 177 178 179 180
C A E B A A A E D A
181 182 183 184 185 186 187 188 189 190
C A A C D A A D D B
191 192 193 194 195 196 197 198 199 200
A D B B E D B C C E
201 202 203 204 205 206 207 208 209 210
A C C D D C D A D B
211 212 213 214 215 216 217 218 219 220
B A D B C B B E D B
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221 222 223 224 225 226 227 228 229 230
C D B A E A D C B E
231 232 233 234 235 236 237 238 239 240
B A D D B E D B C B
241 242 243 244 245 246 247 248 249 250
A B E D D E B B B D
251 252 253 254 255 256 257 258 259 260
B A E A E A D A A D
261 262 263 264 265 266 267 268 269 270
D E D D D A B D D C
271 272 273 274 275 276 277 278 279 280
B errado D A B C D D C B
281 282 283 284 285 286 287 288 289 290
E C D E A D E A E B
291 292 293 294 295 296 297 298 299 300
certo D A E B A A D E A
301 302 303 304 305 306 307 308 309 310
D E B D E A D D E B
311 312 313 314 315 316 317 318 319 320
B C B C C B E E C A
321 322 323 324 325 326 327 328 329 330
D D A A E D A D errado certo
331 332 333 334 335 336 337 338 339 340
D A certo E C C errado errado C certo
433