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08/08/2023, 22:57 Anais do VI Simpósio de Pós-graduação em Educação e V Semana de Arte - Pesquisa em educação: processos criativos e…
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maria luiza
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
GT 01 POLÍTICAS E GESTÃO DA EDUCAÇÃO
GT 08 EDUCAÇÃO E SUBJETIVIDADE
GT 13 ARTE E FILOSOFIA
GT 19 ENSINO DE FÍSICA
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A INFLUÊNCIA DAS RELAÇÕES FAMÍLIA-ESCOLA NO CONTEXTO
DA INSTITUIÇÃO FORMATIVA
Maria Luiza da Silva Leite. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
E-mail: luizamaria70583@gmail.com
Daniele Porto Bessa. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
E-mail: danielepbessa@gmail.com
Andreza Gabriela Dantas dos Santos Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
E-mail: gabrieladantass22@outlook.com
GT 7 Educação popular e formação humana
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A primeira instituição que a criança tem contato é a família, é lá que a mesma inicia sua
experiência social, apreende padrões comportamentais, cultura, costumes, atitudes e valores, como
também passa a ter seu primeiro contato com a linguagem, os símbolos e recebe da família a
educação informal (DESSEN; POLONIA, 2007).
Já a instituição chamada escola vem para favorecer a aprendizagem dos conhecimentos,
como também para facilitar e ampliar a socialização. A instituição escolar promove um tipo de
educação mais conhecida como a educação formal. Na perspectiva de Oliveira e Marinho-Araújo
(2010), ambas as instituições família e escola tem um objetivo comum de promover o
desenvolvimento da criança de forma global, contudo, há diferença entre suas tarefas e
responsabilidades, ou seja, a diferença está no que diz respeito à tarefa de ensinar, enquanto a
escola tem a função de favorecer a aprendizagem, a família tem a tarefa de promover a socialização
da criança, junto com padrões comportamentais, atitudes e valores aceitos pela sociedade.
Consideramos conforme Dessen e Polonia (2007, p. 23), que os diferentes contextos em
que o aluno está inserido refletem nas inúmeras composições de famílias e no perfil socioeconômico
de cada uma delas. Dessa forma, “o próprio conceito de família e a configuração dela têm evoluído
para retratar as relações que se estabelecem na sociedade atual”. Assim, precisamos considerar que
os processos formativos familiares não são homogêneos, nesse contexto a escola precisa está atenta
para compreender essa dinâmica familiar, observando que muitas vezes, pelos diversos contextos
familiares há, por parte dos alunos diferentes necessidades formativas básicas.
Na contemporaneidade, existem várias formas de entender o conceito de família, sendo que
suas definições tradicionais estão relacionadas a critérios como restrições jurídicas e legais,
aproximações genealógicas, perspectiva biológica de laços sanguíneos e o partilhar de um lar com
crianças (Petzold, 1996 apud Oliveira; Marinho-Araújo, 2010).
Com o passar do tempo, a família passou a ser entendida de forma mais abrangente, que
compreende as especificidades e está ligada principalmente ao afeto, ao cuidado, podemos definir
família como “quem cuida’’. O que define uma família não é o seu formato, mas sim a sua função, que
é o cuidado, a atenção, a afeição. Não é possível citar um conceito único sobre família, mas podemos
dizer que é um espaço de socialização no qual os membros podem ou não habitar o mesmo teto,
podem ou não ter laços consanguíneos (DESSEN; POLONIA, 2007). Inferimos, portanto, que há uma
variedade de conceitos de família, aos quais a escola deve reconhecer e buscar estabelecer uma
relação próxima.
Entendemos que, a criança após o nascimento, já está inserida e ao mesmo tempo
interagindo com o meio social. O ser humano participa de grupos internos e externos durante a sua
vida, os seus primeiros contatos e ciclos de formação acontecem na família de maneira informal. De
acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) n°9.394/96 (BRASIL, 2018), Lei brasileira
que se refere à educação, Art. 2º: “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios
de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Primariamente, a família tem o dever de participar do processo educativo da criança, “a
família é considerada a primeira agência educacional do ser humano e é responsável, principalmente,
pela forma com que o sujeito se relaciona com o mundo, a partir de sua localização na estrutura
social” (Oliveira; Marinho-Araújo, p.100), porém, a família não pode pensar sozinha nesse processo,
pois o Estado deve contribuir para que juntos possam somar uma formação e qualificação durante a
vida acadêmica, profissional e social do indivíduo.
Considerando a importância da relação escola-família para o desenvolvimento da criança,
podemos pontuar algumas formas de estudar essa relação. É de extrema importância estudar a
visão, dos professores, dos pais e também dos alunos.
Segundo Oliveira e Marinho-Araújo (2010, p. 104), para alguns professores, o modelo de
família, é uma família idealizada, que ofereça suporte e conforto, tendo diferentes funções para cada
fase da vida, contudo, entendemos que nem sempre a família se faz presente a escola ou consegue,
por diversos fatores, dá o suporte necessário ao aluno. Além disso, é necessário que os pais estejam
presentes de forma assídua nos aprendizados do aluno, ajudando-o sempre com os deveres, e o
conduzindo à escola. Para isso, é preciso, pensar estratégias para trazer os pais ou responsáveis
para o convívio escolar dos alunos.
Ainda segundo Oliveira e Marinho-Araújo (2010, p. 105), ao se referir às funções de cada uma
das instituições, suas devidas funções (pais e professores), mesmo que as duas partes possuam
interesse no desenvolvimento da criança, possuem tarefas diferentes, e quando falamos disso
também podemos dizer que existe certa hesitação sobre o papel do outro. O aluno é o elo que une os
dois lados, e a sua visão dessa relação é essencial. Portanto, a ponte para estabelecer a relação
família e escola é o próprio aluno, tendo em vista, principalmente, que o desenvolvimento cognitivo,
motor, afetivo, social e global do aluno é de interesse de ambas as instituições.
A escola, na visão de Dessen e Polonia (2007) é a grande responsável pela transmissão e
pela verificação da educação formalizada, sendo que neste espaço o sujeito deve evoluir em
conhecimento, estar apto ao convívio social, aprendendo a respeitar a pluralidade dos sujeitos e a
atuar com criticidade, conhecendo e preservando o meio ambiente, entendendo e favorecendo sua
sustentabilidade. Ela é o espaço que promove a análise e generalização da realidade: o pensamento
conceitual.
A família e a escola constituem os dois principais ambientes de promoção do
desenvolvimento humano e social, sendo fundamental que, para assegurar que isso ocorre de forma
segura, sejam implementadas políticas que assegurem a aproximação entre os dois contextos, para
que em colaboração possam reconhecer suas peculiaridades e também similaridades, sobretudo no
tocante aos processos de desenvolvimento, e assim, cumpram seus essenciais papéis na vida dos
sujeitos em formação (DESSEN & POLÔNIA, 2005, p.29).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9,394, de 20 de dezembro de 1996. Refere-se à educação. LDB: Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, Brasília, v. 2, p. 8-58, 2018. Disponível em: <
https://documentcloud.adobe.com/link/track?uri=urn%3Aaaid%3Ascds%3AUS%3Aeae62dd8-4197-44
3c-93cf-5bef0ee28ac6 >. Acesso em: 13 out. 2019.
DESSEN, Maria Auxiliadora; POLONIA, Ana da Costa. A família e a escola como contextos de
desenvolvimento humano. Paidéia (Ribeirão Preto), Ribeirão Preto, v. 17, n. 36, p. 21-32, Abril.
2007.
OLIVEIRA, Cynthia Bisinoto Evangelista de; MARINHO-ARAUJO, Claisy Maria. A relação
família-escola: intersecções e desafios. Estud. psicol. (Campinas). Campinas, v. 27, n. 1, p.
99-108, Mar. 2010.
PIAGET, Jean. Para onde vai à educação? Rio de Janeiro: José Olímpio, 2007.
POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA A PERMANÊNCIA DE MÃES
ALUNAS NO CURSO DE PEDAGOGIA (FE/UERN)
Andreza Gabriela Dantas dos Santos. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN),
gabrieladantass@outlook.com.
Fernanda Sheila Medeiros da Silva, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN),
medeirossheila999@gmail.com.
Maria Luiza da Silva Leite, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN),
luizamaria70583@gmail.com.
GT01: Políticas e Gestão Educacional
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
A presente pesquisa foi desenvolvida com base no enfoque qualitativo, sendo esse, segundo
Godoy (1995), um método que busca a fonte direta de dados no ambiente natural, com um contato
direto entre o pesquisador e o que está sendo estudado. Diante disso, procuramos refletir acerca de
algumas políticas educacionais que assistem as mães universitárias no curso de Pedagogia
(FE/UERN). Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, onde segundo Gil (2002), é desenvolvida tendo
por embasamento um material já elaborado, principalmente artigos científicos e livros desenvolvidos
sobre a temática em questão. Nesse contexto, ressaltamos a importância da elaboração de políticas
públicas voltadas para a permanência de mães nos cursos de nível superior, para que as mesmas
alcancem sucesso na vida profissional e não precisem abdicar de suas escolhas.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em meio a tantas cobranças e necessidades que a mulher enfrenta, não somente durante a
gestação, mas também durante sua vida, tornou-se necessário um novo olhar sobre sua realidade.
Uma forma de contribuir com o momento vivido após a gravidez seria visar um período mais longo de
licença, tendo em vista que as dificuldades são acentuadas com a chegada da criança. Além disso, o
regime de exercícios domiciliares é concedido por meio de laudo médico, ou seja, a política não tem
um olhar sensível sobre a realidade da mãe, sobre as dificuldades que a mesma tem em conciliar o
cuidado com os filhos, os afazeres domésticos, o trabalho e os estudos e sim entendida apenas como
um estado de saúde da mãe. Em suma, com a realização desta pesquisa, percebe-se a escassez de
políticas públicas educacionais voltadas para as condições de permanência das mães no ensino
superior. Percebe-se também que as limitações econômicas também influenciam no acesso dessas
mulheres a uma formação de qualidade, que muitas vezes proporcionará a independência financeira.
Também se faz necessário destacar que não basta apenas leis e resoluções que auxiliem as mães
universitárias, mas que profissionais envolvidos diretamente com esse tipo de realidade possam
contribuir de forma prática buscando compreender e adaptar-se a ela.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Congresso. Senado. Constituição (1975). Lei nº 6.202, de 17 de abril de 1975. A partir do
oitavo mês de gestação e durante três meses a estudante em estado de gravidez ficará assistida pelo
regime de exercícios domiciliares. Publicação Original. Diário Oficial da União. 17/4/1975, Coleção de
Leis do Brasil. v. 3, Seção 1, p 26.
CUNHA, Tassia Camila Martins. Mães Universitárias e trabalhadoras: um estudo de caso sobre as
alunas da (FE/UERN). Mossoró/RN, 2019.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. In: Revista de
Administração de Empresas. São Paulo: v.35, n.2, p. 57-63, abril 1995.
HENRIQUES, Cibele da Silva. Mulher, universitária, trabalhadora, negra e mãe: a luta das alunas
mães trabalhadoras negras pelo direito à educação superior no Brasil. In: ANDES-SN, 2016.
08/08/2023, 22:47 Anais do VII Simpósio de Pós-Graduação em Educação VI Semana de Arte da Faculdade de Educação I Rede de Convers…
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Total de artigos: 83
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08/08/2023, 22:47 Anais do VII Simpósio de Pós-Graduação em Educação VI Semana de Arte da Faculdade de Educação I Rede de Convers…
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Modalidade
Resumo Expandido
Área temática
GT 01 - Formação Humana e Desenvolvimento Profissional Docente
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DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA: RECURSO EFICIENTE NAS
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO
BÁSICA
INTRODUÇÃO
Na educação básica, é comum presenciar os primeiros contatos dos alunos com
conhecimentos culturais, artísticos e de diversas outras áreas de conhecimento. Também é um
momento no qual os estudantes aprimoram competências e habilidades, à medida que
entrelaçam conhecimentos novos aos já adquiridos (SILVA; FELICETTI, 2014).
Desse modo, ao falar sobre essa etapa educativa englobam-se diversas questões, tais
como: as amplas possibilidades de práticas e recursos pedagógicos a serem utilizados pelos
professores; as posturas e competências que os educadores devem apresentar em sala de aula;
entre outras pontuações de relevância no assunto.
Sabe-se que o dinamismo docente requer constante atenção para com os alunos, uma
vez que em suas práticas de ensino, o mentor é responsabilizado por identificar as dificuldades
e facilidades apresentadas por seus alunos. Seguindo tal compreensão, faz-se oportuno o uso de
recursos pedagógicos que contribuam para a eficácia no processo de ensino e aprendizagem, de
modo que, por meio deles, seja possível ampliar o alcance do professor para com o
entendimento dos sujeitos.
Nesse sentido, o presente trabalho busca apresentar a documentação pedagógica
enquanto instrumento válido para auxílio dos professores na educação básica. Para tanto,
consultou-se Mendonça (2013) e Raizer (2011), principais bases teóricas da atual investigação.
Além de tudo, esta pesquisa mostra-se relevante ao contribuir para o repertório pedagógico de
métodos avaliativos de professores da educação básica.
METODOLOGIA
A devida pesquisa se trata de uma análise bibliográfica. Essa é caracterizada por ser
fundamentada a partir de materiais já produzidos, como é o caso de artigos científicos, livros,
teses, entre outros (GIL, 2002). É um meio eficiente de pesquisa, na medida em que possibilita
ao pesquisador um leque extenso de informações, desde as mais antigas até as datadas na
atualidade. Segundo Gil (2002, p. 44) “[...] há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir
de fontes bibliográficas”, revelando a natureza confiável do método para coletar informações.
Para realizar a análise dos dados coletados, a pesquisa adotou uma formatação de cunho
qualitativo e exploratório. A abordagem qualitativa utilizada se destaca por permitir a
verificação detalhada das características e situações apresentadas, sem que haja a necessidade
de medidas quantitativas (RICHARDSON, 2012). Essa abordagem permite aos pesquisadores
um aprofundamento em informações não visíveis que necessitam serem expostas. Sobre a
pesquisa exploratória, para Gil (2002, p. 41) estas pesquisas “[...] têm como objetivo
proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a
constituir hipóteses. [...]” e, portanto, garantir maiores detalhes para a análise dos dados.
Ademais, destaca-se o interesse pelo atual estudo, fruto das discussões protagonizadas
no componente Concepções e Práticas de Educação Infantil, ofertado na grade curricular do
Curso de Pedagogia da Faculdade de Educação - FE, situada na Universidade do Estado do Rio
Grande do Norte - UERN.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nos ambientes educacionais, é bastante comum ver murais de exposição, contendo
fotografias de atividades realizadas com os alunos, principalmente durante a educação básica,
devido às subjetividades características dessa modalidade de ensino, como os constantes
registros de desenhos, colagens e outras formas de expressão das crianças frente ao papel. Esses
se assemelham bastante a documentos pedagógicos, no entanto, são menores em quesitos
descritivos, focando mais em aspectos visuais, tais como fotografias e pinturas.
A documentação pedagógica consiste no registro dos resultados espontâneos
protagonizados pelos alunos, bem como, na observação dos professores em relação às
construções desenvolvidas por esses. Além disso, compõe-se dos atos “[...] de analisar e refletir,
compartilhar interpretações para, pelo contemplar o passado, compreender o presente e projetar
o futuro do trabalho educativo” (MENDONÇA, 2013, p. 23803).
Contudo, para realizar o processo de documentar, o educador deve primeiro realizar a
observação e, posteriormente, o registro, como uma forma de descrever uma ação, seja por meio
da linguagem verbal, não verbal ou mista. Nesse sentido, é possível encontrar diferentes formas
de documentar durante o trabalho pedagógico, tais como: fotografias; atividades; anotações
realizadas durante a observação; gráficos; desenhos; frases ditas pelos estudantes, entre outros.
Vale ressaltar que “A documentação é mais que um compilamento de textos, tarefas,
instruções, fotos, filmes e tudo mais que se quiser acrescentar [...]” (MENDONÇA, 2013, p.
23805). Isso significa dizer que após o processo de documentar, o educador consegue realizar
reflexões e uma autoavaliação em relação às suas práticas.
Seguindo o raciocínio, a documentação pedagógica contribui para o trabalho do
pedagogo, visto que, conforme Raizer (2011, p. 1897), ela “[...] colabora com o planejamento
do professor, fazendo com que suas ações tornem-se intencionais e contribuindo para as
reflexões posteriores [...]”. A partir de então, o professor consegue aprimorar seu trabalho com
os alunos, pois, tendo em mãos os registros das atividades realizadas, poderá analisá-los e,
consequentemente, traçar novos rumos para seu cronograma pedagógico com a turma.
Salienta-se que a documentação pedagógica não deve ser elaborada de maneira instável,
desatenta ou duvidosa, considerando que, por meio dela, serão propostos os próximos caminhos
a serem percorridos em sala de aula. Dessa forma, é necessário olhar e selecionar os dados
coletados, dado que, “[...] Uma vez que coletamos nossas observações, precisamos editá-las e
prepará-las antes que possamos compartilhá-las, discuti-las e interpretá-las [...]” (GANDINI;
GOLDHABER, 2002, p. 153). Sendo assim, todos os registros precisam ser realizados de
maneira calma, detalhada e atenta, buscando sempre manter uma boa estrutura e organização
dos dados coletados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante a análise dos materiais estudados, foi possível identificar que o registro
pedagógico é de grande utilidade ao educador na hora de identificar as necessidades do aluno.
Por meio da referida documentação, o professor observará atentamente os registros coletados,
percebendo as mais variadas minúcias, como: o momento em que determinado aluno teve uma
maior dificuldade ou facilidade em fazer algo; o empenho do sujeito durante o procedimento;
o tempo que ele levou para cumprir a atividade; entre outros detalhamentos.
Nessa visão, entendeu-se que a documentação pedagógica é um material de apoio
educacional multi eficaz, que contribui tanto ao educador quanto ao aluno. Ainda nos casos em
que os educandos pré-disponham determinadas competências, a documentação pedagógica
servirá ao educador, pois, este notará que o aluno adquiriu determinadas habilidades. Assim,
poderá nortear seus próximos passos, visando desenvolver novas competências nos alunos ou
até, aprimorar as que esse já possui.
REFERÊNCIAS
GANDINI, L.; GOLDHABER, J. Duas reflexões sobre a documentação. In: GANDINI, L.;
EDWARDS, C. (Org.). Bambini: a abordagem italiana à educação infantil. Porto Alegre:
Artmed, 2002. p. 150-169.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. - 14. reimpr. - São
Paulo Atlas, 2012.
INTRODUÇÃO
Com o avanço da pandemia ocasionada pela Corona Virus Disease que surgiu em 2019
- COVID-19, o mercado de trabalho, a área da saúde, assim como, o âmbito educacional,
sofreram mudanças com o início do isolamento social realizado, evitando assim, a propagação
do vírus contagioso.
Tendo como base essa afirmação, os autores Furlan e Nicodem (2017, p. 3) relatam: “É
notório que a informação vem acelerando nos últimos tempos. Esse fato pode nos trazer grandes
vantagens, desde que se consiga obter equilíbrio entre a informação, o conhecimento e a
sabedoria”, ou seja, devemos extrair o melhor das tecnologias sem permitir que ela tome conta
de nossa vida de maneira desordenada, sem exageros, sem limites e sem controle. Ela vem
ganhando força e com isso trouxe para a humanidade o acesso mais rápido às informações.
Sendo assim, este trabalho tem como objetivo relatar nossas experiências com o uso das
tecnologias no ensino remoto, como também apresentar os pontos positivos e negativos que ela
nos proporciona. Faremos esse relato da nossa experiência com o uso das tecnologias no nosso
cotidiano com base nas discussões em sala de aula, bem como no livro Polegarzinha de Michel
Serres. Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizamos nossos relatos vivenciados nas
disciplinas do Curso de Pedagogia, da Faculdade de Educação - FE/UERN, sendo esta, fruto de
um trabalho oriundo da disciplina de Tecnologias e Mediação Pedagógica, presente na grade
curricular do nosso Curso.
METODOLOGIA
Este trabalho encontra-se caracterizado como qualitativo, reflexivo e por ser relatos
vivenciados por nós, discentes do Curso de Pedagogia, durante o sistema remoto de ensino.
Com o intuito de nos aprofundarmos acerca da temática escolhida, utilizamos a revisão
bibliográfica com os seguintes referenciais teóricos: Serres (2013), Freire (2000) e Furlan e
Nicodem (2017). Compreende-se que a pesquisa bibliográfica:
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Fazer esse comparativo do passado com o futuro, nos permite realizar essas reflexões,
já que “O mundo global não é mais o mesmo [...]” (SERRES, 2013, p. 16). De fato não é, pois,
não habitamos mais na mesma história e tempo dos nossos antepassados. Freire (2000, p. 16)
relata que:
Apesar de citarmos esses pontos negativos sobre o uso das tecnologias baseadas em
nossas experiências com as aulas remotas, também frisamos a existência de fatores positivos.
Já presenciamos algumas pessoas falarem que as tecnologias podem atrapalhar a aprendizagem
e o raciocínio lógico, mas acreditamos que essa afirmação precisa ser refletida. Quando o
isolamento social foi decretado pelo governo, o sistema presencial das instituições de ensino
precisou ser interrompido, e foi graças a tecnologia que conseguimos seguir adiante.
Houve vários fatores positivos que pudemos vivenciar, entre eles destacamos: o
aumento da oferta de cursos formativos sobre plataformas educacionais para professores e
alunos, em que foi importante para a nosso desenvolvimento nas aulas remotas; e a inovação
nas práticas de muitos docentes, onde precisaram se habituar durante suas aulas. Dessa forma,
os discentes também começaram a garantir habilidades no uso de tecnologias durante esse
período, conhecendo novas ferramentas e aplicando-as em seu cotidiano.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Relatar nossas experiências com o uso das tecnologias no ensino remoto, nos remeteu
recordar a trajetória de quando tudo iniciou. Não foi fácil realizar essa adaptação para nós,
discentes, e nem para os docentes. Houve esforços, mesmo em meio a tantas dificuldades, e
hoje, refletindo sobre os pontos negativos e positivos, pudemos compreender que ela foi
essencial para o nosso crescimento e desenvolvimento enquanto graduandas.
REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
OLIVEIRA, Elida. Quase 40% dos alunos de escolas públicas não têm computador ou
tablet em casa, aponta estudo. Globo.com Educação, 2020. Disponível em:
<https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/06/09/quase-40percent-dos-alunos-de-escolas-
publicas-nao-tem-computador-ou-tablet-em-casa-aponta-estudo.ghtml>. Acesso em: 20 de
nov. de 2021.
1 – Departamento de Educação (DE), Faculdade de Educação (FE), Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
Introdução
As discussões e reflexões voltadas para a educação inclusiva, vêm se tornando
cada vez mais comum, sendo fundamental para o processo de inclusão no âmbito
educacional. Dessa forma, a instituição formativa tem um papel essencial garantido
que a educação aconteça para todos e que mesmo com tantos avanços, ainda é um
desafio para os professores e em suas práticas pedagógicas. Entendemos que a
educação é direito de todos e de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB) n° 13.146, Lei brasileira que se refere a inclusão de pessoa com deficiência:
Objetivos
Objetivo geral: Compreender o processo de inclusão de um aluno com distrofia
muscular em seu contexto social.
Objetivos específicos: Identificar as dificuldades encontradas por esse aluno durante
sua trajetória de vida; Conhecer a realidade de acesso e locomoção do aluno com
distrofia muscular no meio universitário.
Metodologia
A metodologia aplicada, tem um foco cunho qualitativo e que nos permite
informações construtivas e relevantes para a nossa formação na docência, como
873
Resultados e Discussão
Elaboramos uma tabela com as perguntas e respostas do entrevistado, para
uma melhor compreensão.
Perguntas Respostas
1- Conte para nós qual a sua deficiência e como É distrofia muscular, é um problema genético ou
ela se desenvolveu. seja nasci com esse problema, mas ele só veio
se agravar depois dos 8 anos de idade, até que
chegou a um ponto em que parei de andar aos
13 anos.
2- Qual a maior dificuldade que você sente em A maior dificuldade é a mobilidade”. Utilizo
relação a ela? cadeira de rodas para se locomover e ao chegar
na universidade, o micro-ônibus, para em frente
a uma rampa que dá acesso ao bloco, facilitando
a minha locomoção.
4- Como faz para se locomover? Você recebe Geralmente recebo ajuda, mas consigo me
ajuda de seus parentes para te conduzir quando locomover sozinho em pequenas distâncias.
está fora de casa ou você se locomove de
maneira autônoma?
5- Na sua opinião o que falta na sociedade para Falta acessibilidade nos lugares, não frequento
melhorar a qualidade de vida de um cadeirante? muitos lugares por não serem muito acessíveis,
para evitar constrangimentos eu prefiro nem ir.
6- Como é sua relação com outros jovens da Boa, tenho muitos bons amigos da minha idade.
mesma idade?
8- Como é sua relação com os professores e Eu tenho um bom relacionamento com o pessoal
colegas de turma? da turma, fiz amigos aqui que com certeza quero
levar para a vida, também me dou muito bem
com os professores.
9- Você acredita que é preciso inovar o modelo Sim, vários aspectos podem ser mudados para
educacional para que a inclusão aconteça? melhorar a inclusão.
10- Você acha que as Leis de pessoa com Não, todas as conquistas são fruto de muita luta,
deficiência são realmente seguidas e até mesmo as coisas mais básicas são
respeitadas? complicadas de se conseguir as vezes.
11- Quais as melhorias que você considera Mais rampas, portas mais largas, banheiros
necessária para te dar mais conforto (em acessíveis e calçadas regulares.
relação a estrutura dos ambientes
frequentados)?
12- Por fim, qual mensagem você gostaria de Não tenho muito a falar em relação a isso, só
dar aos leitores dessa entrevista sobre inclusão pedir para as pessoas respeitarem as diferenças,
e preconceito? às vezes a pessoa acha que não desrespeita,
mas estaciona na frente da única rampa da
calçada, ou usa a vaga destinada a pessoas com
deficiência porque acha que vai demorar pouco
tempo, essas pequenas coisas dificultam muito a
vida de uma pessoa com deficiência.
Conclusões
Ao realizarmos essa entrevista percebermos a necessidade de um olhar
sensível a necessidade do outro, saber que devemos respeitar o espaço da pessoa
deficiente e tudo que lhe é de direito. É importante a continuidade das discussões,
reflexões e pesquisas com o objetivo de tornar o ambiente educacional mais
acessível.
Devemos desconstruir a ideia de homem padrão como se fosse um desenho
universal, pois sabemos que não existe ser humano perfeito. Pensamos que cada um
de nós carrega consigo alguma deficiência, já que não sabemos ou não somos aptos
a tudo, sempre haverá algo que nos limita e é por isso que somos seres em
construção.
Referências
CAMARGO, Eder Pires de. Inclusão social, educação inclusiva e educação especial: enlaces e desenlaces. Ciênc. educ. (Bauru), Bauru , v. 23, n. 1, p. 1-
6, mar. 2017 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-73132017000100001&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 20 mar.
2020. https://doi.org/10.1590/1516-731320170010001.
BRASIL, 2015, Lei n. 13.146, de 6 de jul. de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm > Acesso em: 18 jul. 2020.
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1Profa. Dra. Celi Langui (CPS); 2Dra.Gisleni Bertoni de Almeida (USP); 3Me.Rosineide Aparecida de Lira Volgarin (CPS).
Resumo: Adotando a metodologia quantitativa qualitativa este estudo objetivou entender e avaliar, num universo de 5.299
alunos do ensino médio e médio técnico de escolas públicas de um município da Grande São Paulo, quais as principais
formas de acesso que esses alunos dispunham para realizar as atividades propostas pelos professores e para participarem
das aulas que passaram a ser ofertadas remotamente de forma emergencial e sem planejamento prévio minucioso, para
atender as autoridades nacionais de saúde no comprimento da exigência do distanciamento social causado pela pandemia
de COVID-19 e, a partir desse entendimento, buscar estabelecer a relação entre o universo estudado e o possível impacto
no resultado da aprendizagem desses alunos tendo em vista as suas condições socioeconômicas.
Palavras-chave: Inclusão Escolar; Inclusão Digital; Ensino Remoto, COVID-19
Introdução
A crescente modernização da sociedade desde as últimas décadas do século
XX e, especialmente, a chegada do século XXI, promoveu mudanças de paradigmas
em todos os âmbitos, inaugurando novas necessidades e afetando concepções e
estilos de vida.
Para Goleman e Senge (2017), nessa fase da sociedade do conhecimento e
da informação (2017), a preocupação com as crianças e os jovens em idade escolar
ganha relevância, na medida em que vivem as experiências da era digital e, portanto,
estão em constante contato com a tecnologia cada vez mais cedo, o que alterou
profundamente as formas de interação social, comunicação e conhecimento. Trata-se
dos nativos digitais, conforme Palfrey e Gasser (2011), em referência a essa geração
imersa na cultura digital, ao que contrapomos a condição da maioria de nossos
professores, os quais, nessa dicotomia, são tidos como os imigrantes digitais.
Chegando ao final da segunda década do século XXI, temos vários registros e
evidências de que os processos educacionais vêm incorporando mudanças em suas
práticas pedagógicas, com apropriação da tecnologia aos métodos de ensino e
aprendizagem, entre outras coisas, o que significa que a escola tem buscado se
renovar de acordo com as demandas da sociedade, procurando articular-se com os
novos contextos socioculturais e, assim, cumprindo sua função social. Como disse