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REI SALOM‹O
Artigos Maçônicos
Trabalhos Digitais
Parte I
Projeto Companheiro

Ir.’. Jellis F. de Carvalho


REI SALOMÃO -Artigos Macônicos
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ÍNDICE

1- 47 PROPOSIÇÃO DE EUCLIDES...........................................................................3
2- A ALAVANCA............................................................................................................5
3- A ARTE DE PENSAR E A MAÇONARIA..............................................................7
4- A BÍBLIA.....................................................................................................................10
5- A CADEIA DE UNIÃO..............................................................................................11
6- A CÂMARA DO REI EM QUEOPS.........................................................................13
7- A PIRÂMIDE DE SAQQARAH................................................................................15
8- A CORDA DE 81 NÓS...............................................................................................16
9- A ESCOLA DE ELÊUSIS..........................................................................................18
10- A ESTRELA FLAMEJANTE I.. .............................................................................23
11- A ESTRELA FLAMEJANTE II...............................................................................25
12- A ESTRELA FLAMEJANTE III.............................................................................26
13- A ESTRELA FLAMEJANTE IV..............................................................................27
14- A IDADE DO COMPANHEIRO..............................................................................28
15- A INTELIGÊNCIA, A RAZÃO, A INTUIÇÃO......................................................29
16- A LETRA G – I...........................................................................................................32
17- A LETRA G – II..........................................................................................................34
18- A LETRA G – III........................................................................................................36
19- A MAÇONARIA EM CUBA.....................................................................................40
20- A ESPADA FLAMEJANTE......................................................................................42

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47 PROPOSIÇÃO DE EUCLIDES
Atualmente, a escrita simbólica da potência de um número ou de uma variável, constitui um assunto
elementar, mas fundamental. Dentro da Ordem Maçônica Universal tal Proposição se tornou muito importante e
significativa, pois a perfeição nas simetrias e ângulos, se tornaram os pontos de referência para o crescimento dos
estudos maçônicos. No entanto, foi necessário muito tempo e criatividade para se chegar ao simbolismo do conceito
de potência que hoje conhecemos. Muitos matemáticos, de diversas civilizações, contribuíram para o alargamento e
sistematização deste conceito, bem como para a simplicidade da sua representação através de símbolos adequados
e cômodos. A utilização da palavra “potência” é atribuída a Hipócrates de Quio. Hipócrates designou o quadrado de
um segmento pela palavra dynamis, que significa potência de expoente dois.

A generalização da palavra potência talvez se deva ao fato dos Pitagóricos ter enunciado o resultado de uma
proposição do livro “Elementos de Euclides” (Proposição - 47) como: “a potência total dos lados de um triângulo
retângulo é a mesma que a da hipotenusa”. Desta forma, “potência” significava potência de expoente dois.

A Geometria, como outros ramos da Matemática fazem parte do cotidiano do homem desde os tempos mais
remotos e assim foi introduzida também dentro da maçonaria. Na forma como conhecemos a Geometria, podemos
estabelecer seu ponto inicial na Grécia, por volta de 300 a.C, quando Euclides escreveu “Os Elementos”. Nesse
tempo a Geometria que chamamos de Geometria Euclidiana estava totalmente desenvolvida.

Começaram ocorrer vários questionamentos sobre essa geometria euclidiana, o que levou muitos matemáticos
estudarem sobre o assunto. Isso gerou um grande acontecimento na história da matemática que foi a descoberta
das geometrias não euclidianas, o que aconteceu por volta da primeira metade do século XIX. Esta descoberta
poderia ter acontecido séculos antes senão existissem os preconceitos de que a geometria euclidiana era a única
possível e que era a geometria do universo. Um preconceito tão forte que impediu Gauss de publicar os próprios
achados sobre o assunto. Assim a descoberta dessas novas geometrias representa uma vitória contra uma
concepção euclidiana do mundo. E a maçonaria dentro de seus conceitos simbólicos e místicos, utilizou as formas
geométricas para aumentar as suas colocações e aditamentos, enriquecendo ainda mais as interpretações e
doutrinar os seus membros de uma maneira filosófica e excêntrica.

Pouco se sabe sobre a vida de Euclides exceto que foi ele o criador da famosa e duradoura escola de
Matemática de Alexandria da qual foi professor. Nada se sabe sobre a data e local de seu nascimento, mas sua
formação matemática é bem provável que tenha sido na escola platônica de Atenas. Quando se compara Euclides
com Apolônio, de maneira desfavorável a este último, Pappus elogia Euclides por sua modéstia em comparação para
com os outros.

Embora Euclides fosse responsável por diversas obras, cerca de pelo menos dez trabalhos, sua fama se dá
principalmente sobre Os Elementos, já que nenhum vestígio restou de estudos anteriores. Tão logo foram publicados
seus trabalhos, ganhou o mais alto respeito e, dos sucessores de Euclides até os tempos modernos, a mera citação
do número de seus livros e o de uma proposição de sua obra-prima é suficiente para identificar um teorema ou
construção particular. Nenhum trabalho, exceto a Bíblia, foi tão usado ou estudado e, provavelmente nenhum
exerceu influência maior do pensamento científico.

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É lamentável que não se tenha descoberto nenhuma cópia dos Elementos de Euclides que date da época de
seu autor.

Outros tentaram fazer também uma compilação, a primeira


tentativa foi feita por Hipócrates de Quio e a seguinte por
Lêon, mas nenhuma se compara com a de Euclides. É bem
provável que os Elementos de Euclides sejam, na sua maior
parte uma compilação bem sucedida de trabalhos anteriores.
Não há duvidas de que Euclides teve que dar muitas
demonstrações e aperfeiçoar outras, mas a grandiosidade de
seu trabalho esta na feliz seleção de conteúdos, na
seqüência lógica, a partir de poucas suposições iniciais.

Em todo o triangulo retângulo o quadrado feito sobre o lado oposto ao ângulo reto, é igual aos quadrados
formados sobre os outros lados, que fazem o mesmo ângulo reto.

Desta forma observamos que a maçonaria dentro de seus conceitos milenares se encontra nitidamente ligada
a este tão intuspectivo teorema, que, coloca suas sínteses de uma forma abrangente e eloqüente, onde mostra uma
maçonaria justa e perfeita como a proposição é descrita, pois a perfeição do triangulo, do quadrado e do retângulo é
a base dos estudos originários de Euclides. E o maçom é a formação deste teorema, onde se propõe ser reto e
preciso em todos os seus passos, buscando construir uma vida melhor junto a todos os irmãos da Ordem Maçônica.

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A ALAVANCA

A Alavanca é formada essencialmente pela linha reta, assim como a Régua, sendo que a
Régua está ligada ao Espírito e a Alavanca à Matéria.
A Alavanca é um intermediário passivo, somente se tornando ativo pela força daquele que a
utiliza, por si mesma, a Alavanca é inerte. Ela está ligada ao Conhecimento que só se torna
iniciático quando aquele que o possui é, ele próprio, iniciável, isto é, capaz de compreender.
A Alavanca transforma-se então na Força fecunda, perigosa, e esse é o motivo pelo qual
essa Força só se deve exteriorizar quando controlada pela Régua, o Nível e a Perpendicular.
A Alavanca somente é levada na terceira viagem da Elevação nos ritos Escocês e Francês
e no rito dos Direitos Humanos (Maçonaria Mista ou Feminina) a Alavanca não aparece em
nenhuma viagem.
Em outro quadro sinótico para a Alavanca, é atribuído o significado de Poder da Vontade.
Lembremos que existem três modalidades de Alavanca, de acordo com a posição do Ponto
de Apoio, considerando-se: a Força; a Resistência; o Ponto de Apoio.
No primeiro tipo de Alavanca o Ponto de Apoio encontra-se entre a Força e a Resistência.
No segundo tipo a Resistência situa-se entre o Ponto de Apoio e a Força.
E finalmente no terceiro tipo a Força é colocada entre o Ponto de Apoio e a Resistência.

F R PA F PA R

PA R F
Esse ternário deve ser levado em consideração não só do ponto de vista físico, mas ainda
do duplo ponto de vista metafísico e iniciático.
Estas considerações podem parecer a primeira vista, meio complicadas, em especial para
aqueles que não estejam atentos ao posicionamento dos três elementos: Força, Ponto de Apoio e
Resistência.
De uma forma figurativa vamos representar a Força como sendo o Maçom, que possui o
Poder da Vontade. O Ponto de Apoio como sendo uma tese, o seu ponto de vista ou ainda o
argumento que sustenta a sua posição em relação a determinado fato ou ato. A Resistência seria
então a vontade contrária, o obstáculo, a barreira, o adversário ou o contrário.
Quem sabe com essa figuração seja mais fácil assimilar uma melhor compreensão dos três
elementos, e do significado da Alavanca.
Imaginemos então a seguinte situação:
O Maçom no pleno gozo de seus direitos, conhecedor das leis, normas e regulamentos da
Instituição, se depara com um fato ou um ato que fere algum dispositivo, legal, normativo,

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ritualístico ou litúrgico.
O que ele deve fazer? Calar-se e esperar que outro tome a iniciativa?
Se todos pensarem assim, ninguém fala e o erro, a ilegalidade ou até mesmo a injustiça se
concretiza em prejuízo da boa ordem. Ele deve se pronunciar e demonstrar o seu ponto de vista
(Ponto de Apoio) sobre a questão e aguardar que a Resistência se faça presente.
Dependendo da questão, pode ser até que não haja Resistência e o erro seja a tempo
corrigido (Errar é humano). Havendo Resistência, ou seja, a parte contrária se manifestando,
pode suceder o contrário, reverte-se a situação e a questão é aceita como boa e legal; se na
manifestacão do contrário, (a Resistência) ficar bem demonstrado que a tese da Resistência é
consistente e está amparada em argumentos inequívocos.
Nesse caso aquele que levantou a questão poderá retirá-la, se estiver convencido da tese
contrária, encerrando-se o caso. Não havendo acordo, cria-se o que em direito se dá o nome do
contraditório, ou seja, uma exposição bem detalhada de ambas as partes, e as conclusões finais
de cada um.
Isto feito, a questão é levada ao julgamento, que é feito através da aprovação ou não desta
ou daquela tese, isto ocorre muito em emendas propostas à redação de atas ou balaústres. o que
vem a ser um verdadeiro exemplo de julgamento, e do convencimento dos interessados na
questão.
Nesses casos de emendas, tanto o Secretário, como aquele que propôs a emenda se
vencido, não devem se sentir derrotados, a liberdade de pensamento e a livre manifestação é
assegurada a ambas as partes e uma emenda não deve ser motivo de desagrado ou
desentendimento entre as partes.
Fica aqui exemplificado o primeiro tipo de Alavanca.
No segundo tipo de Alavanca, a Resistência situa-se entre o Ponto de Apoio (tese) e a
Força (O Maçom que levantou a questão).
Poderíamos dizer que nesse tipo de Alavanca, a Resistência, alega que antes de se
examinar a tese (Ponto de Apoio) é esclarecido que a tese está invalidada, porque já foi
modificada a lei que a regia, (por exemplo) não havendo sustentação para o Ponto de Apoio.
Podendo se chegar a um julgamento ou não dependendo dos motivos apresentados.
No terceiro tipo de Alavanca, a Força, (O Maçom) é colocada entre o Ponto de Apoio e a
Resistência.
Poderíamos exemplificar dizendo que este tipo de Alavanca seria o próprio pedido do
Maçom (a Força) que a questão fosse a julgamento, uma vez que ele não se conformou com a
sustentação do opositor e acredita em sua própria tese.
Verificamos então que a Força se coloca entre o Ponto de Apoio (tese) e a Resistência
(antítese) ela se posicionou no centro, ou seja, não concorda com a antítese e se dispõe a se
submeter ao julgamento, lembrando esta posição a haste central e dos braços da balança da
justiça.
Este terceiro tipo de Alavanca se presta para a solução das questões levantadas no

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primeiro e no segundo tipo de Alavanca, quando não houver entendimento entre as partes, é o
julgamento, é o final, ao qual devem se submeter todo aquele que não estiver de acordo com a
tese ou antitese apresentadas, é o julgamento, é em uma última palavra a SÍNTESE.
Quem sabe se da Alavanca, poderemos entender melhor ainda o que é Tese, Antítese e
Síntese.
Convém acrescentar que a SÍNTESE é a composição, ou a reunião dos elementos
concretos ou abstratos de um todo, é a figura gramatical que consiste em reunir numa só, duas
palavras originalmente separadas.
BIBLIOGRAFIA:
The Mason – Frank Kurtt – 1978 – pág. 47/48
La Massoneria - Ir.’. Juan Alvarado Gonzales – 1994 – pág. 102
O Esquadro e o Compasso – Ir.’. José Alves de Souza – pág. 10/13
Considerações e adaptações de Rei Salomão – através do Ir.’. Jellis Fernando De Carvalho

A ARTE DE PENSAR E A MAÇONARIA

A arte de pensar e a arte de viver são o resumo de tudo o que é digno de ser pensado e
aprendido. Essas duas artes são indispensáveis.

A arte de pensar nos dá instrumentos para resolver problemas e entender os desafios


do momento; a arte de viver, por outro lado, nos educa para a produção daquilo que se
chama de qualidade de vida.
Qualidade de vida tem a ver com alegria, convivência, saúde mental, tranqüilidade, capacidade de
apreciar coisas criadas pela cultura - que vão da culinária e às artes até a espiritualidade e a maçonaria, que
são razões para viver.

De onde vêm nossas idéias? São reveladas por algum Deus ? Quais as leis do
pensamento? Como os filósofos mais atuais se manifestam sobre o pensamento? E o
Maçom como pensa?

Muitos irmãos maçons modernos, sob a influência do progresso da psicologia no


último século, passaram da teoria do conhecimento para o estudo do próprio pensamento.

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William James afirma ser o pensamento um instrumento e não ser o seu serviço que
presta numa situação.
Pensamos com vista a um objetivo; maçonicamente os irmãos em loja praticam este
tipo de atitude, visto que procuramos atuar de uma forma pensada em comunhão com a
opinião e pensamento de todos.

James ressalta, o progresso do pensamento, o interesse pela maneira que opera e se


pode tornar mais eficiente.

John Dewey deu-nos uma das análises mais claras, até então elaboradas sobre a
reflexão.

Identifica-a com a solução dos problemas e afirma que o homem não pensa, a menos
que tenha um problema a resolver.

Simples fantasias passageiras, devaneios e coisas semelhantes não representam


pensamentos, no sentido verdadeiro do termo.

Mas quando o individuo se vê face a uma situação para a qual não tem solução
pronta, passa então a pensar. Sendo isso, o principal objetivo de uma Loja Maçônica,
procurando soluções as situações onde exigem a presença dos irmãos para a resolução
de determinado assunto, procurando a loja pensar de uma maneira conjunta em busca de
uma solução harmoniosa.

Ora, o processo que se tem a seguir, para ser bem sucedido na obtenção da solução
do problema, consiste em dar vários passos mais ou menos bem definidos.

Primeiro deve haver um problema claramente definido.

Segue-se um período no qual se colhem os dados relativos ao problema.

Depois, com base nesses dados, chega-se a hipótese ou a solução possível.

O quarto passo consiste em examinar, mentalmente, a solução ou hipótese sugerida,


para se descobrir se há uma razão qualquer, que não seja a solução desejada.

Se o teste for bem satisfatório, generalizarás e aplicar-se-á o conhecimento adquirido


a outras situações similares, tornando-se assim, um princípio geral que poderá passar a
ser a base das idéias futuras.
Toda reflexão realiza-se deste modo, segundo Dewey.

Se executar cuidadosamente cada passo sem erros, haverá alto grau de


probabilidade de que a pessoa pensante chegará a uma adequada solução para o
problema.
Fato esse que deve sempre ocorrer dentro de uma Loja, pois somando as idéias e
pensamentos é que a Loja e o maçom poderá sempre chegar aos resultados positivos com

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a Arte de Pensar, maneira esta de harmonizar e solucionar os problemas que se


apresentam.

Mas se negligenciarem algum passo, ou não se seguir meticulosamente o processo,


poderá a hipótese aceita ser falsa.

Outros filósofos afirmam que, nesse ponto, considera-se apenas um tipo de


pensamento ou negligenciando-se do mais importante: o pensamento criador.

Estudos feitos parecem indicar que o pensamento criador observa três fases.

Primeira: há um período preparatório, durante o qual a pessoa pensante estuda o


problema cuidadosamente e colige os dados que lhe são pertinentes.

Segunda: deve haver um período de incubação, quando os


dados e
problemas são postos de lado, como estavam, a fim de serem assimilados isto é, dizem
eles, processo do subconsciente, que não pode ser precipitado e cujo resultado não se
pode predizer.

Se for bem sucedido, a terceira fase se manifestar-se-á, aquele em que o individuo


experimenta a inspiração, o clarão de uma possível solução para a hipótese.

A hipótese não é necessariamente a solução procurada: precisa ser testada mental e


praticamente para se descobrir se é adequada.

Se falha, o problema deve voltar ao subconsciente, continuando o processo de


incubação.

A filosofia moderna parece movimentar-se cada vez mais para direção sugerida por
James e Dewey, bem como, outros pragmáticos.

O filósofo - declaram eles - está interessado na vida e nas situações da


vida.

Nisso as idéias são instrumentos para a solução do problema.

O pensamento é o meio ao qual recorremos para enfrentar situações difíceis e sua


eficiência deve ser medida pelo êxito que o indivíduo experimenta ao emprega-lo.

Pensando, o indivíduo resolve o problema, o processo provou ser satisfatório e as


idéias verdadeiras.

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Concluímos que em Loja e individualmente o maçom deve sempre usar de seu
pensamento para a resolução e conclusão de problemas e fatos que venham a ocorrer,
contando sempre com a Luz do Grande Arquiteto do Universo.

BIBLIOGRAFIA:
CRUZANDO O SABER E O PENSAR – RUBEM ALVES
REVISTA INFOR MAÇÕES – IR.’. MURILLO CINTRA ROLIM
APOSTILA DE PESQUISAS/2001 – IR.’. JELLIS FERNANDO DE CARVALHO

A BÍBLIA

A palavra Bíblia quer dizer LIVRO, e reúne o Velho e o Novo Testamento, sendo que o
Velho Testamento é anterior a vinda de Jesus Cristo, e trata de uma coleção de escritos
hebráicose dividem-se em cinco partes principais: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio.
Os Profetas eram homens que Deus investia
diretamente do seu espírito, para uma missão espiritual no
meio do seu povo, em tempos de perigo ou necessidade
religiosa e moral.

Tornavam-se assim guias espirituais do povo de


Israel.
O ministério profético divide-se em dois períodos; nos três primeiros séculos,isto é,
por volta de 750 a.C. temos os profetas de ação, como por exemplo Elias, que pregam
energicamente, mas não escreveram, ao passo que os profetas escritores viveram todos
nos séculos seguintes.

Com base na extensão dos seus escritos eles se dividem em duas categorias:
Os profetas maiores e os profetas menores.
Em ordem cronológica os maiores são: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel.
Os profetas menores em número de doze são: Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas,
Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, e Malaquias.

Entre os menores encontramos o profeta Amôs , que não deve ser confundido com
outro Amós que era pai do profeta lsaias ( lsaias 1,1)
Amós, o profeta, nasceu em Técua, distante oito quilômetros de Belém, vivia do

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pastoreio e da plantação de sicômoros , frutos que servia para a alimentação da gente
pobre, uma espécie de figueira.
Os tempos eram prósperos nos reinados de Ozias em Judá ( 2 Rs. 15, 2,5 ) e de
Jeroboão II em Israel (783 a 743 a. C.)
Nesta altura Amós sente-se chamado a pregar o arrependimento aos desavisados,
revelando aos culpados os castigos iminentes.
Enfrentou corajosamente os sacerdotes de Betel, o principal santuário do reino.

Não se sabe exatamente o seu fim, em “Vidas dos Profetas”, de autor desconhecido
conta-se que foi atingido na têmpora com uma macã, pelo filho do sacerdote Amasias
vindo a falecer.
Destaquemos entre os escritos de Amós o seguinte trecho:

“Eu vi o Senhor que estava em cima de um muro rebocado, e tinha na sua mão uma
trolha de pedreiro. E o Senhor disse-me: Que vês tu Amõs? E eu lhe respondi uma trolha
de pedreiro. Então disse O Senhor: Eis que vou atirar a trolha para o meio de meu povo
Israel, nem lhe rebocarei mais os muros. ”

Há edições bíblicas que falam em prumo em vez de trolha.


Os pedreiros serviam-se do prumo para a correta execução da muralha, e o mesmo
cuidado empregará Deus para castigar o seu povo Israel.

A Cadeia de União
Espero apresentar com este tema o enriquecimento dos que conhecem a “Cadeia de União”
apenas como um ato litúrgico de transmissão da ”Palavra Semestral”, na realidade ela se
constitui numa cerimônia totalmente ligada à filosofia maçônica, porque está embutida numa série
de conceitos que se integraram ao alicerce da nossa Ordem, a Cadeia de União não é apenas
um símbolo de união fraterna mas sim a própria fraternidade.
É necessário, ter compreensão e obedecer com rigor a ritualística do acontecimento para
que se produza o efeito esperado de elevar nosso espírito ao nosso GADU.

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A Maçonaria, através dos tempos conseguiu reunir comportamentos retirados de todos os ra-
mos do conhecimento humano e de todas as raízes esotéricas e filosóficas, oriundas das outras
Instituições, como os mistérios de Ceres, os mistérios Egípcios, Rosacrucianos dos Alquimistas e
dos Essênios.
Um dos comportamentos que influenciou a Teoria do Magnetismo Animal de Masmer, foi a
Cadeia de União, é um instrumento místico que deve ser estudado e exercido com transparência
para que possamos colher no aperfeiçoamento da sua prática, os seus efeitos benéficos. A
Cadeia de União é formada no centro do Templo, composta de elos humanos exatamente iguais,
representando os espíritos maçônicos unidos pela solidariedade de idéias e pela comunhão de
sentimentos e aspirações. Não existe na corrente de União, um elo maior que outro, todos são
iguais na Instituição fraternal, não admitimos hierarquia, nem superioridade, todos são iguais nos
direitos e deveres.
A Cadeia de União, nos Ritos mais praticados no Brasil, é formada, exclusivamente, para a
transmissão da Palavra Semestral; a exceção é o Rito Schroeder, onde a cadeia é obrigatória
após o término de todos os Trabalhos.
Para transmissão da Palavra Semestral, somente os membros do quadro da Loja é que
poderão fazer parte da Cadeia, que terá uma forma circular ou oval, estendendo-se do Oriente ao
Ocidente.
No Rito Escocês, o Venerável ocupa o lado mais oriental da Cadeia, e terá à sua direita, o
Orador e à sua esquerda, o Secretário.
O Mestre-de-Cerimônias ocupará o lado mais ocidental, bem de frente para o Venerável,
tendo à sua esquerda, o 1º Vigilante e, à sua direita, o 2º Vigilante, isso no Rito Escocês. Os
demais Irmãos do quadro comporão a Cadeia de acordo com o seu lugar em Loja.
Para a transmissão da palavra o Venerável a diz, em voz baixa, na orelha esquerda do Irmão
que está à sua direita, e na orelha direita do que se encontra à sua esquerda, daí a palavra
circula pelos dois lados, sendo recebida pelo Mestre-de-Cerimônias, em ambas as orelhas,
ocasião em que esse oficial irá levar, ao Venerável, as palavras recebidas, dizendo, na orelha
direita a palavra recebida no lado direito e, na esquerda, a palavra correspondente a esse lado.
Se a palavra estiver errada, o processo é todo repetido.
Se estiver certa o Venerável dirá, simplesmente: “Meus Irmãos, a palavra está correta,
guardemo-Ia como condição de regularidade e penhor de nossa fraternidade”.
Desfaçamos a Cadeia e retiremo-nos em paz. Após isso, os Irmãos poderão fazer uma
saudação de regozijo, abaixando e levantando os braços, sem desfazer a Cadeia, por três vezes,
dizendo “Viva, Viva, Viva”.
Como a Cadeia é composta após o encerramento dos Trabalhos da Oficina, é óbvio que não
é feito nenhum Sinal, nessa oportunidade, nem o de ordem e nem a saudação.
Finalizando a Cadeia de União simboliza a igualdade mais preciosa e a fraternidade mais
pura se estende do Oriente ao Ocidente e do Norte ao Sul do Templo, da mesma forma como o
princípio da civilização se estendeu por todo mundo. Ela recorda que são verdadeiros Irmãos. A

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Cadeia de União lembra que a Instituição Maçônica é maior que as religiões, abraça todo Mundo
conhecido, unindo com ramos de flores, raças, povos, nações e continentes. Bem de longe das
preocupações da vida material, abre-se para o Maçom o vasto domínio do pensamento e da
ação. Antes de nos separarmos, elevamo-nos em conjunto para o nosso ideal, que ele inspire a
nossa conduta no Mundo profano, que guie a nossa vida, que seja a luz no nosso caminho.
Cruzam-se os braços para identificar a unificação de todos numa única concentração de vontade,
devotada à elaboração dos interesses da Ordem e da Loja.
Juntam-se as mãos para que o Venerável invoque a descida do verdadeiro espírito
maçônico, sobre a totalidade de seus componentes, numa preparação para que vençam todos os
obstáculos pessoais, limpando a atmosfera do Templo das vibrações impróprias ou maldosas à
evolução de cada Obreiro.
“A Cadeia de União”, é a mais bela e preciosa Jóia da Loja, ora móvel, ora fixa e quando
formada representa a Luz dos Astros em torno do Sol.
“A Cadeia de União”, simboliza o Universo e é eterna, como eternos e universais são o amor,
a bondade, o progresso e a Justiça. Os homens unidos se abraçam constituindo uma só Cadeia
de União, uma só família, orientada pela grandeza absoluta do Pai Celestial, que é o nosso
GADU.
A Cadeia de União é mais um motivo para o Maçom praticar a verdadeira caridade, ou seja,
a que o “Olhos não vêem”, mas o coração sente.
Que a sabedoria de Salomão nos inspire, que a Força de Hiram Rei de Tiro nos mantenha
firmes, unidos e que a beleza do Mestre Hiram Abif adorne os nossos pensamentos, as nossas
palavras, gestos e atitudes para que possamos passar essa IMAGEM DA MAÇONARIA, na
vivência de todos os instantes do cotidiano de cada um de nós.
Assim Deus nos Ajude.

A CÂMARA DO REI EM QUÉOPS


Na pirâmide de Quéops encontra-se a câmara do rei a um terço, aproximadamente, da altura do monumento.

Entra-se na pirâmide por uma abertura praticada na face norte, a uma dezena de metros do solo, e em seguida
penetra-se numa galeria semelhante a urna longa caverna, sem paredes, sem curvas definidas.

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A passagem é inicialmente uma passagem estreita de dez a vinte metros a que se poderia chamar gruta, com
cavidades, saliências e reentrâncias. Não se assemelha a qualquer figura geométrica, e seria vão pretender-se dar-
lhe medias exatas. Tem-se então a impressão de estar no fundo de um poço de onde se sobe por escadas e por
uma rampa íngreme; o visitante que sofra de claustrofobia deverá evitar a escalada.

O plano muito inclinado é revestido de placas de ferro contendo, a intervalos regulares, uma barra de madeira
destinada a firmar os pés. As paredes de pedra bruta são lisas e retilíneas.

No alto deste corredor ascendente, chamado grande galeria, chega-se finalmente à câmara do rei, cujas dimensões
são as seguintes: comprimento = 10,46 m; largura = 5,23 m; altura = 5,58 m. Dois buracos de respiração
astuciosamente feitos na argamassa permitem a entrada do ar do exterior, sem que por eles se possa ver a luz do
dia, devido ao seu percurso labiríntico.

Finalmente, à direita da entrada, está colocado o túmulo vazio, de granito vermelho polido, com 1,97 de
comprimento, 0,68 de largura e 0,85 de profundidade. As suas dimensões, segundo a tradição, seriam as do «Mar de
Bronze» dos Hebreus, o que constitui uma lenda, da mesma forma que as predições obtidas pela medida dos
pseudocorredores.

O mar de bronze - Yam Moustah, em hebreu - era. segundo a Bíblia (I - Reis,VII-23-26; II - Crônicas IV-25-; Josefo,
Antigüidade Judaicas, VIII-3-5.) a grande piscina redonda, de bronze fundido, que se encontrava à entrada do templo
de Salomão. Essa piscina tinha 6 metros de profundidade e 12 de diâmetro, ou seja, cerca de 38 metros de
circunferência. As bordas estavam ornamentadas com duas filas de flores cinzeladas, as paredes tinham a
espessura duma mão e todo o conjunto era suportado por doze bois, igualmente de bronze.

Era nessa piscina que os sacerdotes faziam as suas abluções. Foi depois quebrada pelos Caldeus, quando da
destruição do tempo, e transportado, em pedaços, para a Babilônia (II - Reis, XXV, 13; Jeremias, LII. 17.). Embora
sendo provável que a profundidade atribuída ao «Mar de Bronze» tenha sido grandemente exagerada, não pode,
contudo, haver qualquer comparação entre os seus 660 m3 e os 1,138 m3 do túmulo da pirâmide.

A câmara do rei é uma cavidade muito apropriada à mumificação natural, mas constitui também uma «câmara de
reflexão», de meditação, onde os poderes psíquicos seriam grandemente apurados.

Os iniciados egípcios sabiam, diz-se, praticar uma espécie de desintegração mental da matéria, que eles chamavam
separação da alma e do corpo.

No Papiro mágico Harris está escrito que «o adepto permanece três dias e três noites no cofre da pirâmide» antes de
poder desdobrar-se sob a irradiação das forças superiores. Nunca se soube se o túmulo da pirâmide de Quéops
alguma vez conteve um corpo. É provável que sim, o de um impostor.

Os operários de pirâmides e de túmulos dos faraós não eram, todos eles, ladrões e sim por vezes crentes que, para
ascenderem ao Paraíso Verde e à vida no Outro Mundo predita pelos sacerdotes, usurpavam o lugar de um
soberano a fim de beneficiar das propriedades fantásticas da «câmara de imortalidade».

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Os crentes estavam persuadidos de que se as suas famílias os exumavam numa pirâmide, as suas múmias
passariam sem obstáculo o cabo de três milênios que constituía a antecâmara de tempo (o purgatório, por outras
palavras) que lhes permitiria ter acesso a outra vida.

Se, durante essa espera, as múmias se desagregavam, os defuntos reencarnavam-se então num corpo de animal.
Ora, se até hoje alguns túmulos de faraós ou reis foram encontrados intactos, é curioso notar que a sua descoberta
se verificou passado o cabo dos 3000 anos!

Não se sabe por que defesa misteriosa, nunca um radiestesista ou um vidente conseguiram detectar, por exemplo,
no Vale dos Reis, um túmulo escondido nos flancos da montanha!

O djed dos Egípcios é um pilar de pedra ou de madeira, de uma só peça, cuja utilização se perde na noite da pré-
história. É provável que os Totens dos povos da América e da África ligados a uma idéia de geração e de
antepassados tenha uma certa relação com o djed cujo culto era celebrado sobretudo em Mênfins em honra do
iniciador Ptah.

Para os iniciados, o djed é o símbolo da coluna vertebral por onde passa o Prana dos Hindus, isto é, o, fluido vital
humano. Ele é a representação da Kundalini (Força vital de natureza indeterminada, assimilada a uma serpente na
região do sacro humano onde é suposto estar dormindo. 0 despertar da serpente provoca, segundo a direção que
toma, ou a erotomania, ou a ativação dos centros de percepção supra-sensorial e de ação supramaterial. Escreve-se
também hundulini) que transporta a força cósmica que condensa e envia para o alto não só as forças telúricas, mas
também as ondas nocivas que o djed tinha por missão neutralizar.

A PIRÂMIDE DE SAQQARAH
O mais genial dos arquitetos e dos médicos do Egito foi Imhotep, reconstrutor da antiquíssima pirâmide de Saqqarah
e curandeiro célebre em toda a bacia mediterrânea, há perto de 5000 anos.

Desde tempos imemoriais que vão até à criação de Mênfis, o lugar Saqqarah, 28 quilômetros ao sul do Cairo, era
chamado «a planície das felizes sepulturas», tal como o seria mais tarde o Vale dos Reis, defronte de Tebas das
Cem Portas.

Entre a pirâmide, que dataria da 3ª. dinastia, e Mênfis, encontrava-se também, desde a mais remota antigüidade, o
Serapeu hermeticamente fechado onde estavam mumificados os bois Ápis, símbolos dos primeiros iniciadores e
genitores que repovoaram o Egito após o Dilúvio Universal.

Os arqueólogos e egiptólogos anteriores não parecem ter-se preocupado em saber por que certos pontos do solo
egípcio, particularmente em Saqqarah, tinham gozado, tanto junto do povo como dos grandes sacerdotes, de uma
reputação milagrosa quanto a poderes de cura, de mumificação e de preparação para uma vida eterna. O faraó
Djéser I mandou edificar a sua sepultura na pirâmide de Saqqarah, e julga-se que Imhotep a remodelou
completamente tendo em vista garantir ao monumento propriedades ainda maiores, pois verificou-se que duas outras
pirâmides encaixavam-se na primeira, todas elas sendo pirâmides de degraus, quer dizer, construídas como os
túmulos do México (Imhotep foi o inventor da pirâmide em degraus no Egito. Além da sua intenção mágica, é

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possível que pirâmides e outeiros tenham sido a representação seja da Primeira Terra que emergiu da criação, seja
da Montanha que salvou o homem do dilúvio.) mas sem escada exterior e sem templo coroando o cume.

Galerias percorrem o subsolo, bem abaixo das superestruturas da Mastaba real, a qual se sobrepõe ao poço vertical
no fundo do qual se encontra o sarcófago real. O conjunto está dotado do poder de mumificar; os corpos da família
do faraó também ali repousam. Segundo alguns, a pirâmide é um condensador e um emissor de energias que se
propagam ao longo das arestas de força, a partir do cimo, para virem acumular-se no quadrado da base onde se
encontra a cavidade ou túmulo (Mastaba). Nas pirâmides, a cavidade encontra-se mais alto ou mais baixo. Em
Saqqarah, o túmulo situa-se no fundo do poço.

Essas energias são de origem cósmica, mas têm uma manifestação subterrânea por efeito da sua reflexão sobre as
camadas isoladoras da terra. Neste sistema, as cavidades são submetidas a ondas neutralizadoras que se denomina
Verde Negativo, o que deve corresponder ao vazio biológico.

Imhotep, pelos seus cálculos, teria descoberto o segredo do «buraco de vazio», associando a forma piramidal à
cripta interior e aos raios verdes negativos.

No «buraco de vazio» de Saqqarah estava disposto um djed que juntava o seu poder ao do monumento, e era nesse
local, antecâmara de eternidade para os mortos, que os iniciados conseguiam encontrar um ambiente apropriado de
paz, de cura e de repouso contra a fadiga das células.

Estas noções estão muito próximas da ciência dos mais antigos Hindus, entre os quais o Brâmane neutro devia ficar
em estado de graça, a sua identificação com a AUM, a alma eterna que tudo penetra e que é causa de tudo.

Dentre os muitos símbolos Maçônicos, a Corda de 81 nós é aquele que traz, para os
Irmãos, uma porção de interpretações segundo o raciocínio e o grau de espiritualidade de cada
um.

Representa a União Fraternal dos Irmãos espalhados pelo Universo.

Representa os 81 meses dos interstícios das elevações do grau de Aprendiz ao grau 33º.

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Representa o triplo ternário do número 03 na lenda de Hiran Abif.

Nove(09) horas em que o corpo do Mestre teria ficado escondido sobre os escombros do
Templo. Vinte e sete (27) dias sepultado no monte Mória, onde fora encontrado pelos Mestres. Oitenta
e uma (81) semanas a demora da construção do Túmulo, onde teve sepultamento condigno.

A Corda de 81 nós com suas borlas pendentes na entrada da porta do Templo, tem como
significado fazer com que as vibrações maléficas dentro do Templo sejam absorvidas pelas Borlas e
eliminadas pelas Borlas da entrada do Templo.

Os 81 nós da corda representam também os principais atributos da divindade, que


somados dão o número 81. Beleza 06, Sabedoria 07, Misericórdia Infinita 14, Conhecimento sem
limites 11,Eternidade 08, Perfeição 10, Justiça 07, Compaixão 10 e Criação 08.

A Corda de 81 Nós na sua representação do número 08 deitado como se encontra na Loja,


mostra duas curvas; uma de entrada e outra de saída, unidas num mesmo centro, presas à uma linha
central que se prolonga ao infinito (linha de coesão), da força centrífuga e da força centrípeta, nesse
ponto ambas se anulam produzindo o Equilíbrio do Globo Terrestre.

A Corda de 81 Nós na sua posição representa a corrente magnética que separa o mundo
Material do mundo Espiritual com suas 12 portas (Colunas do Zodíaco), por onde as Almas descem
ao mundo Material (Vida) e sobem ao mundo Espiritual após a Morte.

A Corda de 81 Nós representa a espiral serpentina, símbolo natural da involução do


espírito na matéria para elevar-se e enobrecer-se.

Luta exterior trabalhada para a renovação da vida interior.

Como representação astronômica, a Corda de 81 nós, representa um colar de pérolas


celeste ligando o grupo de planetas inferiores à imponente cadeia dos grandes planetas. As borlas
pendentes no interior do Templo representam as quatro relações harmônicas que regulam a situação
dos planetas do nosso sistema solar:

Relação: Sol a Mercúrio, espaço onde se esboçam os novos planetas.

Relação: Mercúrio a Marte, região dos pequenos planetas em que se move a nossa Terra.

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Relação: Netuno a Júpiter, tem o papel preponderante de fazer os dois mundos Maior e
Menor neles se combinarem, ficando Júpiter como um Sol nos limites dos dois sistemas.

Relação: Urano a Netuno, espaço onde se realiza a nota harmônica do universo num
acorde geral ou seja, o cimo de todo o sistema.

A ESCOLA DE ELÊUSIS
Os mais antigos mistérios gregos parecem ser os de Elêusis, pequena povoação, hoje Lefsina, do
noroeste de Atenas, pois eles datam dos tempos pré-micênicos, como o demonstram as pesquisas
arqueológicas realizadas no local.

Um hino homérico do século VII antes da nossa era conta, sob a forma de lenda, a fundação do
santuário. Zeus e a deusa mãe Deméter tinham uma filha querida, Cora, que um dia foi raptada por
Hades, deus dos Infernos.

Deméter, louca de dor, procurou a filha por toda a parte, mas em vão, certa vez, disfarçada de
velha, foi recolhida na corte do rei Chélios e pediu para beber uma mistura de cevada, água e erva-
dormideira. Atenderam ao seu desejo. Como agradecimento, ela encarregou-se de cuidar do filho
recém-nascido da rainha e, para torná-lo imortal, ungia-o de dia com ambrósia e à noite submetia-o
às chamas purificadoras de um fogo sagrado.

A rainha, surpreendendo este ritual, ficou deveras assustada, mas então a deusa revelou-lhe a sua
identidade: «Sou», disse, «Deméter, a Venerada, a que regenera os homens e faz crescer as plantas.
É meu desejo que se erga aqui um templo onde eu própria ensinarei os mistérios.»
Em seguida, desapareceu, deixando atrás de si uma claridade divina e os aromas maravilhosos de
todas as flores da Primavera. Zeus acabou por conceder a sua esposa o privilégio de tornar a ver Cora
durante um terço do ano, ficando outro terço reservado a Hades que desposara aquela que ele
raptara.

É este o primeiro mito de Perséfone.

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Tranqüilizada, Deméter revelou aos soberanos de Elêusis: Triptoleme, Diocles, Emuope e Cheleos,
os mitos que viriam a tornar-se célebres (Existem tantas versões como autores). Alguns dão um
lugar quase primordial a Dioniso, ou Baco (o deus Soma dos Arianos = bebida de iniciação), o que
bastante associa os Mistérios aos mais antigos cultos arianos da Gália e das Índias. Noutra versão,
dada por Clemente de Alexandria, o Mistério começa com Afrodite (Vênus) e os Coribantas, ou
Cabiros. Uma descrição da cena da bebida pedida por Deméter esclarece o rito do cesto (cofre) na
tradição completamente falsificada.

Eis o texto de Clemente de Alexandria, que torna ridículo o que ele considera uma fábula de mau
gosto:

«Contudo, Baubo (a rainha) recebe Deo (Deméter) na sua casa e apresenta-lhe a bebida chamada
cyceon. Mas a deusa, dominada pela dor, afasta a taça e recusa-se a beber. Então Baubo, triste com
este desprezo, despe-se e mostra-se em toda a sua nudez.

«Este gesto alegra a deusa e a vontade de rir que ela sente decide-a a tomar a bebida!

«Eis pois o que Atenas esconde nos seus mistérios, não o negueis, viso que tenho a meu favor a
descrição feita por Orfeu. «Citar-vos-eis os seus versos a fim de reproduzir, contra essa infâmia, o
testemunho do próprio mistagogo: «Proferindo estas palavras, ela ergueu a sua túnica e desnudou as
partes baixas do seu corpo, que se escondem aos olhares; a seu lado estava o pequeno Iaco que, com
a mão, acariciava, rindo, a parte inferior do seio de Baubo; ao ver isto, Deo teve vontade de rir, e ela
pegou então na taça decorada com pinturas na qual deitara o cyceon.»

«Eis um espetáculo admirável e muito conveniente para uma deusa!...

«Não há nada mais ímpio do que os mistérios... é uma lei sem valor, uma opinião vã, e o mistério do
dragão não passa de uma mentira, como o resto.

«A iniciação que se lhe associa é o contrário da iniciação verdadeira.»

É certo que Clemente de Alexandria (160 D. C.) era um filósofo grego cristão e parcial por princípio,
contudo não podemos senão aprovar as suas conclusões. Incontestavelmente, os mistérios egípcios,
há 4.000 anos, e os mistérios gregos, há 2.000 anos, eram paródias da iniciação autêntica, dos
conhecimentos que a classe sacerdotal tinha completamente esquecido.

Daremos, adiante, um apanhado dos ritos de Elêusis, mas há boa razões para se crer que o mistério
do cofre, tornado simples cesto, se referia a um falo de madeira ou de pedra, e a uma vulva,
consistindo o «trabalho» na introdução de um na outra. Compreende-se então toda a ironia do bom
Clemente de Alexandria, num século em que o cristianismo, novinho em folha, não era senão pureza e
espírito de sacrifício!

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Aliás, devemos recordar-nos de que os Gregos eram fundamentalmente anti-religiosos, dando que a
sua mitologia não era, em suma, mais do que uma sucessão de relações licenciosas, de incestos, de
adultérios, de raptos e de outras brincadeiras de velhos guerreiros e de deuses olímpicos!
Na lenda de Elêusis, a aventura inicia-se com uma nota escabrosa: « Júpiter uniu-se a Deo, sua
própria mãe, e depois a Prosérpina, sua filha. depois de tê-la gerado, desflorou Core.»

A propósito de um desses objetos encerrados no cesto, o falo, o bom Clemente indigna-se!

Evidentemente, ele ignorava que a sua própria religião cristã iria venerar a virgem de Airão, a
amêndoas mística em forma de vulva irradiante que envolve as imagens da Virgem. Amadores do
erotismo, estetas e incrédulos por natureza, os Gregos tiravam o caráter sagrado às divindades
integrando-as nas fábulas, como se, sabendo que os deuses tinham sido simples anjos iniciadores de
forma humana, viris e por vezes sem escrúpulos, tivesse sido sacrílego assimilá-los a criaturas
celestes...

O que, de resto, também não teria sido sério!

Para mais, o Olimpo dos Gregos era terrestre e tudo estava genialmente imaginado para atrair os
deuses à Terra e abolir a distância que os separava dos mortais. Neste estado de espírito, a iniciação
não podia ter um caráter religioso, pelo menos nas épocas historicamente conhecidas.
Os mistérios de Elêusis eram fundamentalmente os mesmos que os de Delos, consagrados a Apolo,
e os de Samotrácia, dedicados aos Cabiros. Em todos eles eram transmitidos os segredos dos
Iniciadores vindos do céu, a sua identidade, a crença em outra pátria situada em uma estrela, a
ciência da astronomia, da física, da química, dos encantamentos, da serpente voadora, do dilúvio, a lei
infringível da preservação do patrimônio biológico humano e a necessidade de uma transmissão
secreta.

Tais foram os segredos iniciais dos Mistérios, disto temos a certeza absoluta.
É de notar que, como acontecia com os Celtas (e no livro de Enoch), a iniciação a Elêusis é dada por
uma mulher: Deméter, com o ritual da bebida mágica: ambrósia ou cyceon.

Os Druidas Eumolpe e Musée, que foram grandes Mestres, ensinavam, de preferência, mulheres.
Consideram-se por vezes os Mistérios de Elêusis como provenientes dos.Mistérios Cabiros Fenícios, os
quais descendiam dos Mistérios Druidas votados a Taliesin, filho de Korrigan ou Gwyon, e de Koridwen.
No rito, o «cofre» tinha dupla importância: intrínseca, primeiro, e depois por encerrar o segredo «dos
objetos».

Como os mistérios foram instituídos para transmitir o conhecimento depois do dilúvio julgamos que
o cofre representava a arca, o barco que salvou alguns seres humanos.

Nos arredores de Roma, em 1696, descobriu-se um vaso que tinha a forma de um pequeno barril.
Datava de uma época grega muito antiga, e continha vinte casais de animais e mais de trinta e cinco

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figurinhas humanas, todas elas na postura de pessoas que procuram escapar a uma inundação. As
mulheres eram representadas aos ombros dos homens.

Pensa-se que este vaso servia para as festas chamadas Hidroforias, as quais, segundo Apolônius
citado por Suedas, se celebravam em memória dos que tinham perecido no dilúvio.
Vasos semelhantes teriam servido nos mistérios de Elêusis. Tudo isto se tornou bastante
compreensível, muito razoável para o nosso espírito de homens do século XXI, mas há dois ou três mil
anos a Criação do Mundo (Omphalos), a refração da luz e as funções da glândula pineal constituíam
mistérios tão grandes que só os iniciados os conheciam, não sendo conveniente revelá-los à
«maioria».

Os ritos Eleusinianos do período decadente eram tidos pelos sacerdotes tanto mais secretos quanto
a Verdade é que em nada os compreendiam. Assim, entendiam ser indispensável, para manter uma
aparência de dignidade, adotar ares misteriosos e dar aos objetos um significado nebuloso.

As Eleusínias, celebradas, originalmente, de cinco em cinco anos, tinham por oficiantes os sacerdotes,
ou Hierofantes, e as sacerdotisas, ou Tisíades, coroadas de mirto e portadoras de uma chave, símbolo
dos mistérios.

Decorriam durante, pelo menos, duas semanas, sendo nove os dias principais:

1º – dia da reunião dos neófitos.

2º – chamado «alaze, mystoï» (para o mar, mistos!): purificação pela água.

3º – jejum = preparava-se o leito nupcial da virgem divina. À noite, interrompia-se o jejum comendo
bolos de cevada e dormideira, e bebia-se cyceon, bebida sagrada.

4º – procissão do calathus (cesto).

5º – dia dos archotes, com procissão noturna.

6º – dia da partida de Atenas para junto de Elêusis. Cultos de Ceres, de Iaco e de Dionísio.

7º – dia do regresso ao templo, com cerimônias da figueira sagrada e brincadeiras da ponte. Esta
ponte era a Cephise, por onde passava a procissão por entre a gozação e brincadeiras maliciosas da
multidão. Aliás, a procissão tomava parte nelas.

8º – Cerimônias dedicadas a Esculápio que, em tempos tendo chegado nesse dia a Atenas, vindo de
Epidauro, depois das cerimônias, foi iniciado à noite, costume que se perpetuou para todos os que se
encontravam nas mesmas circunstâncias.

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9º – e último dia, chamado plémochoé, do nome de dois vasos que se enchiam de vinho colocando-os
um a ocidente e outro a oriente. Depois do que eram quebrados, ao mesmo tempo que se
pronunciavam palavras mágicas.

O sentido deste símbolo é claro: «O conhecimento (os vasos) vinha do ocidente através dos Pélagos
- Celtas, e do Oriente, pelos indo-europeus e os Persas. Os vasos podem ser partidos, a sabedoria foi
já transmitida ao iniciado.” As Eleusínias celebravam-se na Primavera e no Outono, os dois períodos de
sementeira dos grãos, correspondentes aos pequenos e grandes Mistérios obrigatórios para todos os
iniciados. Existia também um grau superior, a Epóplia ou Autópsia (do grupo autos = ele próprio, e
opsis = vista), isto é, visão interior, êxtase, pondo em comunicação com Deus e buscando um poder
paranormal. A iniciação era pois dada no templo de Deméter, situado no lado da colina, sob uma
fonte; a entrada do santuário era proibida aos profanos, sob pena de morte. O jejum incidia
principalmente sobre a carne de aves domésticas, peixe, favas, romãs e maçãs (fruta do
conhecimento). Os Hierofantes a fim de melhor suportarem a abstinência, tinham autorização para
beber sumo de cicuta (a cicuta é um veneno, mas dosada, possui virtudes medicinais e alucinógenas).

Na ilha de Céos, no mar Egeu, na antigüidade, os anciães inúteis à pátria deixavam habitualmente a
vida bebendo cicuta. Perto do fogo do sacrifício estava «o filho do lar», que tinha de ser de puro
sangue ateniense, nos últimos tempos, iniciavam-se os homens, as mulheres e as crianças, com
excepção dos bárbaros, dos assassinos, e dos cristãos. Os ritos misteriosos tinham lugar durante
vigílias sagradas, em Elêusis: percursos nas trevas, provas de terror e de ansiedade, visões de objetos
aterradores, vozes misteriosas e desconhecidas, e depois fulgor e fantasmas que desapareciam por
alçapões... numa palavra, todo o arsenal bem conhecido da Iniciação! O momento mais importante e
sem dúvida o menos afastado da verdade primitiva era o confronto dos objetos misteriosos e a
revelação das palavras sagradas.

Clemente de Alexandria dá um resumo desses Mistérios: «Eis», diz, «na fórmula Eleusiana: jejuei,
bebi cicuta, peguei no que havia dentro do cesto e, depois do meu trabalho, coloque tudo na bolsa; em
seguida, pegando outra vez naquelas coisas, coloque-as dentro do cesto.»
A cicuta não é a bebida simples reclamada por Deméter: água, cevada, dormideira, embora
semelhante mistura se revele, a priori, nitidamente alucinógena.Segundo os autores antigos, essa
bebida compunha-se principalmente de cevada primitiva, leite, mel, azeite ou vinho, mas há tantas
receitas quantos os autores!

Aquele que a bebia devia adquirir o conhecimento do passado e responder de às perguntas do


Hierofantes. Quanto aos «objetos misteriosos» encerrados no cofre, temos uma lista que certamente
seria maior ainda com a superstição, a ignorância dos sacerdotes e a deturpação do segredo inicial: as
seis cores do arco-íris, as seis plantas «eficazes», um falo, uma vulva, um Omphalos (ovos
primordial), uma serpente (a iniciadora), trigo, mel, uma pinha (símbolo da glândula pineal, ou 3º
olho), um torrão de terra, um «maná» e os xoanon (Parece haver uma aproximação etimológica a
fazer-se entre o xoana, pedra negra, e o xoarcam, o primeiro dos cinco paraísos da mitologia hindu.

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No xoarcam, trinta e três milhões de deuses e quarenta e oito mil penitentes julgados dignos da
felicidade vivem uma existência paradisíaca entre mulheres maravilhosamente belas, sensuais e
sábias) pedras negras milagrosamente caídas do céu no reinado de Cécrops e às quais estava ligada a
fortuna de Atenas. A tudo isto acrescentar-se-iam ainda os bustos de deuses e deusas, «ídolos de
madeira mal talhados», dizia Tertuliano, dos quais alguns estavam enlaçados por serpentes,
comemorando assim a união fecunda das mulheres terrestres com os Iniciadores do Céu. A
manipulação desses objetos devia, na crença geral, transmitir as forças misteriosas que os habitavam
e estabelecer uma espécie de filiação divina. Uma Iniciação era custeada pelo neófito devido aos custos
da Escola e custava trinta dracmas, mais um porco e ainda uma gratificação aos Sacerdotes de
Elêusis.

Ao falarmos de Estrela Flamejante, falamos de Pitágoras, que viveu no século VII aC. A
comunidade criada por Pitágoras tinha como símbolo distintivo uma estrela de cinco pontas, um
símbolo da magia (que Pitágoras praticava) que, desde a antiguidade, servia para representar os
corpos celestes que, aparentemente, eram menores que o sol e que a lua. Para os pitagóricos,
em sua posição normal (com uma só ponta para cima), a Estrela representava o homem em sua
espiritualidade, pois nela se inscreve uma figura humana, com a cabeça ocupando a ponta
superior e os membros as demais pontas. Por isso, ela é chamada de Estrela Hominal. Quando a
estrela está invertida, nela se inscreve a figura de um homem de cabeça para baixo, ou a cabeça
de um bode, representando então a materialidade e a animalidade com todos os seus atributos.
O médico, teólogo e cabalista Cornélio Agrippa, no início do século XVI, foi o primeiro a
chamar a estrela de cinco pontas de Estrela Flamejante. A Estrela de Cinco Pontas, Pentagrama
(cinco letras) ou Pentalfa (cinco princípios), foi introduzida na Maçonaria com o nome de Estrela
Flamejante a partir dos meados do século XVIII, pelo Barão de Tschoudy, o introdutor do rito
Adoniramita. Na Maçonaria teve a mesma interpretação dada no pitagorismo: estrela hominal,
que representa o homem em sua alta espiritualidade.
A Estrela de Cinco Pontas é um dos símbolos da magia que sempre aparece nos ritos de
diversas correntes iniciáticas e místicas. Na magia, de acordo com sua orientação, ela pode
acompanhar operações de magia branca ou negra. Quando orientada com a ponta isolada para
cima significa teurgia e conclama as influências celestiais que, por seu poder mágico, virão em
apoio ao invocador. Com a ponta isolada voltada para baixo significa goécia e, de acordo com as
intenções do mago, atrai maléficas influências astrais.
Teurgia, em essência, é a arte de fazer milagres, o ramo da magia que trata das influências
benéficas e do modo de invocá-las. Refere-se também a todas as obras cujas idéias envolvem o

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amor e o bem, e investiga em especial os fatos mais elevados da magia, os quais dependem do
mundo angelical. Dá ao homem os meios de se colocar em comunicação com as chamadas
potências celestes. A teurgia também é chamada de magia branca.
Goécia, por outro lado, é a arte de realizar malefícios e encantamentos, também conhecida
por magia negra, nigromancia e feitiçaria, é a antítese da teurgia, pois esta dedica-se às obras de
luz, enquanto aquela é dirigida às obras das trevas. É a parte experimental da magia, no que se
refere aos poderes que o homem desenvolve em si, através de determinados processos, e ao
domínio que poderá chegar a exercer sobre as entidades do astral. Enquanto isso, a teurgia
ensina o homem a relacionar-se com os planos superiores da espiritualidade, abrindo-lhe o
caminho para os grandes segredos do esoterismo.
A missão principal da estrela pentagonal, então, é testemunhar a obra que está sendo feita.
Se for uma obra de luz, a ponta estará voltada para cima. Se for uma ação das trevas, sua
posição estará invertida.
O ocultista Eliphas Levi explica o significado da estrela pentagonal:
“O pentagrama é o signo da onipotência e da autocracia intelectual. O signo do Verbo feito carne
e, segundo a direção dos seus raios, este símbolo absoluto em magia representa o mal, a ordem
ou a desordem, o cordeiro bendito de Ormuz e de São João, ou o bode de Mendes. É a iniciação
ou a profanação, a vitória ou a morte, a luz ou a sombra. Elevado no ar, com duas pontas para
cima, representa satã ou o bode da missa negra. Com apenas um dos raios para cima é o
Salvador. O pentagrama é a figura do corpo humano, com quatro membros e uma única ponta,
que deve representar a cabeça. Uma figura humana de cabeça para baixo representa,
naturalmente, o demônio, ou melhor, a subdivisão intelectual, a desordem e a loucura”.
Assim, para todos os ocultistas, todos os mistérios da magia e da alquimia mística, todos os
símbolos da gnose e todas as chaves cabalísticas da profecia se resumem no Pentagrama. Sen-
do a Maçonaria uma obra de luz, é evidente que nela a Estrela Pentagonal tem a sua ponta única
voltada para cima, mostrando, segundo Eliphas Levi, a figura de um homem em posição normal
(estrela hominal), representando os atributos da alta espiritualidade humana. De qualquer manei-
ra, é bom que se saiba, que os primeiros maçons não conheciam o pentagrama como símbolo
maçônico. Além disso, não são todos os ritos que adotam o pentagrama como símbolo.
A Estrela Pentagonal, também chamada de Pentalfa, é formada por penta (cinco) e alfa,
primeira letra do alfabeto grego e letra inicial dos vocábulos gregos utilizados para designar: ver,
ouvir, meditar, bem agir e calar. As cinco virtudes que devem ornar o Companheiro também são
simbolizadas pelas iniciais do Pentalfa, pois o perfeito Companheiro deve ser amável, benéfico,
incorruptível, casto e severo.

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A
ESTRELA FLAMEJANTE-II

A Estrela Flamejante (foco da verdadeira luz) foi introduzida na Maçonaria


pelos fundadores do Rito Adoniramita, a partir de 1767. É sabido de todos que eles
acreditavam ter sido a Maçonaria originária nas Cruzadas, já que ali os comandantes
usavam distintivos semelhantes e esse costume perdurou até hoje, sendo utilizado pelos
exércitos atuais; por aí pode-se inferir que a Estrela Flamejante não é um símbolo
maçônico genuíno.

Saliente-se ainda que em alguns ritos a Estrela Flamejante tem cinco


pontas (pentalfa) e em outros seis (hexalfa). Com cinco pontas é também
símbolo de magia e, por isso, é chamada de Pitagórica, pois Pitágoras, além
de matemático, era mago.

Verifica-se que a Estrela Flamejante contém no seu interior a letra G, que


significa Geometria ou quinta ciência (aplicável à construção universal).
Significa também geração, gravidade, gênio e gnose. Nas lojas primitivas,
correspondia à expressão IOD e era desenhada em seu piso, em seu centro
geométrico, sendo certo que ela pertence ao grau de Companheiro desde o
surgimento desse grau.

Os documentos maçônicos mais antigos mostram esses símbolos usa-


dos separadamente; a combinação de símbolos é mais recente. Além dessa
associação entre a Estrela flamejante e a letra G, surgiram outras como o
globo sobre colunas, etc.

O grau de Mestre surgiu em 1725. Assim, acabou levando para ele alguns
pertences do grau de Companheiro, todos constantes de rituais e painéis antigos desse
grau. A título de curiosidade, abaixo alguns diálogos extraídos de antigos rituais:

- Onde é o lugar do aprendiz sênior?


- No sul.
- Qual é o seu dever?
- Ouvir e receber instruções e dar boas vindas aos irmãos visitantes.
- Onde é o lugar do aprendiz junior?

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- No norte.
- Qual é o seu dever?
- Proteger a loja e todos os intrusos e bisbilhoteiros.
- Você esteve na cozinha?
- Sim, eu estive.
- Você agora janta na sala?
- Sim, eu janto.

O brilho da Estrela Flamejante não está na representação das chamas que a


rodeiam. Esse “brilho” está nela própria, como conseqüência de sua universalidade. Por
outro lado, ao representarem a Estrela sem os traços do Pentagrama fizeram desaparecer
ao mesmo tempo a continuidade de seu traçado “recruzado” e seu valor esotérico.
O que se relacionam os cinco sentidos do grau de Companheiro: A vista é a
percepção do mundo, o tato é a percepção da ação sobre a carne e da ação sobre o
espírito e o gosto é a percepção antecipada do pão e do vinho que, mais tarde, o cavaleiro
Rosa-Cruz deve romper e beber na ceia do 18° grau. O ouvido é a percepção da voz.
As insígnias da Franco-Maçonaria surgem em toda parte, na frente dos monumentos
públicos e no peito dos melhores homens, mesmo dos membros da Igreja: a Estrela é, não
um dos emblemas, mas o emblema da franco-maçonaria, escolhido de propósito.
A Estrela Flamejante é o centro de onde parte a verdadeira luz.
A Estrela Flamejante representa a luz, iluminando o discípulo dos Mestres, o operário
capaz de servi-los utilmente; ela é portanto o signo da Inteligência e da Ciência.
A Estrela Flamejante é o emblema do pensamento livre, do fogo sagrado, do gênio,
que eleva o homem às grandes coisas.

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No centro da Estrela Flamejante, esta colocada à letra G, essa letra é um enigma
maçônico e sobre ela paira muitos mistérios.
Antes de 1737, não se fala nada sobre a Estrela Flamejante ou sobre a letra G, em
nenhum ritual maçônico, sendo em meados desta data que foram adotados estes símbolos
junto a ordem maçônica francesa, apaixonadíssima pela filosofia hermética.
A Estrela Flamejante, ativa, rodeando a letra G, mostra o caminho que leva ao
Hexagrama, estrela equilibrada, ideologia clássica da Pedra Filosofal.
A Estrela Flamejante é, então, a Quintessência, no sentido hermético do termo, a letra
G torna-se a inicial do Graal que é o véu do fogo criador, fogo que brilha e que flameja.
Neste sentido iniciático, a Estrela Flamejante e a letra G nos mostram o Iniciado em
quem o fogo é despertado, fogo que pode conduzir-lo ao convívio caso ele saiba se
libertar do sentido puramente moral do símbolo e não se afunde nas glosas que abundam
em torno dos termos: Glória, Grandeza, Geometria, Gravitação, Gênio, Geração, Gnose,
etc.

A ESTRELA FLAMEJANTE-IV

Chegado ao quinto degrau de sua simbólica ascensão, o Iniciado adquire aquela iluminação ou visão
espiritual, que faz dele um vidente e o capacita para discernir a Estrela Flamejante que brilha diante e
por cima dele, na parte mais íntima de seu ser.

Esta Luz ideal, proveniente de seu Ser Espiritual o ilumina agora com toda a claridade e guia com
acerto seus passos na Senda do Progresso, que o converterá em "mais que homem", no verdadeiro
Mestre em toda a extensão da palavra.

A Estrela (emblema do homem perfeito ou do Arquétipo Divino do Homem, do verdadeiro Filho de


Deus feito ou emanado diretamente Dele, e por sua imagem e semelhança) tem cinco pontas que
correspondem aos quatro elementos e a quinta essência, ou seja dos metais ordinários ou faculdades
comuns do homem: o prumo de seus instintos materiais, o estanho de sua compostura vital, o cobre
de seus desejos e o ferro de seu templo, aos quais se une o mercúrio filosófico da Inteligência
Soberana e com todo o amor que o domina.

Representa em si aquele místico pentagrama que foi eleito pelos Magos como o símbolo do Poder
Soberano do Iniciado, ante o qual toda a natureza se inclina e obedece, reconhecendo aquela Imagem
Divina que, refletindo a verdade e a Nobreza, faz fluir o melhor de si, com sua única presença, todos
os demônios dos prejuízos e dos erros, dos instintos e das paixões.

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Como todo emblema, é suscetível de reversão e, enquanto sua posição direita mostra o Pentagrama
Luminoso do Ideal, o homem que adquiriu um domínio perfeito e equilibrado sobre si mesmo,
podendo-se escrever no mesmo a figura humana direita, com a cabeça para cima, quando sua posição
se inverte, o erro e o pecado, a Ilusão da matéria simbolizada pelo sexo que toma seu domínio sobre a
cabeça, triunfam e fazem ao homem o escravo de seus lúbricos instintos e das paixões animais, que
também representa uma cabeça de bode inscrita num pentagrama invertido.

A IDADE DO COMPANHEIRO
A idade do Companheiro foi fixada em cinco anos; dois anos mais que o Aprendiz; portanto, isto
significa, o tempo em que o Companheiro deve permanecer no seu Grau, antes de iniciar a última jornada
pelo caminho do simbolismo e alcançar, pela exaltação, o Grau de Mestre.

Como vemos, o questionário não diz respeito, propriamente, a “idade” maçônica do


Companheiro, mas o tempo de estágio.
Há uma prática em desuso, que é a de proceder-se a um exame para apreciar-se o adiantamento
do “candidato” ao mestrado.
Este exame deve conter os pontos principais do Grau 2, e será formulado pela Administração da
Loja.

Atualmente, o exame é substituído por “trabalhos” periódicos, escritos ou orais, sobre temas da
livre escolha do Candidato, o que tem resultado numa prática perigosa, eis que o despreparo mostra-
se alarmante, para os Companheiros que, ainda, não alcançaram a maturidade necessária ao
mestrado.
As Constituições, Regulamentos e Regimentos Internos que disciplinam os trabalhos prevêem Idades diversas para

o ingresso na Ordem Maçônica: 25 anos, no sentido geral; 21 anos para os casos excepcionais e 18 anos, sendo o candidato

“Lowton”.

Portanto, o Candidato só poderia atingir o seu Grau, com a idade de 28, 24 e 21 anos e
conseqüentemente, o mestrado, com a Idade de 33, 29 e 26 anos.
Isto não é observado, porque a idade simbólica, normalmente é menor no mundo moderno,
quando o homem evolui rapidamente e amadurece mais ligeiro, ainda.
O homem possui a “idade de sua espinha”, diz um dito japonês, significando que a idade física é
aquela revelada pela disposição do organismo; vemos, com freqüência, pessoas “velhas” em idade,
possuírem um organismo sadio; e ao contrário, jovens enfraquecidos, que não podem executar,
sequer os trabalhos corriqueiros de sua própria idade.
A idade “mental”, que é a luz de sua mente, é a correspondência de seus reflexos.

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A Idade “espiritual”, para o homem que compreendeu, realmente, a presença do Grande


Arquiteto do Universo em sua Vida.

Temos, portanto, a vida vegetativa, os cinco sentidos, já analisada.


Temos a idade mental, também exercida através dos mesmos cinco sentidos, na compreensão
do que simbolizam.
Temos a vida espiritual, sempre, com os cinco sentidos, quando usados no piano espiritual,
como uma visão espiritual, uma audição espiritual, o transporte espiritual, enfim, a vivência espiritual
dirigida pela Força superior.
O exame a que deve ser submetido o Companheiro, a que sempre é exigido, é o que se realiza
no Templo da Luz, a “auto-análise”, a “autocrítica”, em busca da “autoperfeição”.
É o exame silencioso da consciência; é a repasse do que aprendeu durante o período de escuta
e de realização de obras físicas.

O Companheiro deve “descobrir” através da Virtude que praticou, a “sua” Verdade.


Para cada ser humano, existe uma Verdade, que é a concepção do momento, em torno de um
assunto, problema de equação.

A “Verdade Verdadeira”, como ensinou o Mestre de Nazaré, difere da verdade comum, revelada
a qualquer um.

O homem passa por três fases: a Infância, a Maturidade e a Velhice.


Qual a fase realmente Importante na vida do Companheiro?

É evidente que a Vida é a soma das três fases e todas têm a mesma Importância; na Infância, o
homem está na fase experimental, na maturidade, executa o que aprendeu e na vida, medita sobre o
que realizou.

A INTELIGÊNCIA
Por meio dos sentidos se desenvolve a inteligência (o sexto sentido ou "sentido interior", chamado Buddhi na
terminologia indica) que corresponde ao centro do Pentagrama, ou seja a consciência individual e a faculdade de
perceber e reproduzir interiormente os objetos da sensação. Com sua Inteligência, e segundo o desenvolvimento da
mesma, o homem chega a conhecer mais ou menos intimamente todas aquelas coisas que por meio dos mesmos
sentidos se lhe revelam.
Os hindus fazem corresponder a cada órgão da sensação ou sentido exterior uma análoga faculdade ou sentido
interior, por meio do qual se efetua a percepção correspondente. Portanto nossa mente pode representar-se por uma
estrela de cinco pontas que indicam seus cinco sentidos, enquanto ao centro permanece a consciência com sua

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tríplice faculdade de reconhecer as percepções, reconhecer-se a si mesma e reconhecer as relações entre todas
estas coisas.
Esta faculdade é a da inteligência em seus diferentes graus de desenvolvimento, que caracterizam um diferente grau
de elevação ou evolução sobre o reino animal.
Primeiro existe a simples faculdade de perceber por meio dos sentidos, as coisas exteriores formando-se um
"reflexo" interior que reproduz a sensação como percepção. Várias percepções que se referem a um mesmo objeto
se condensam em um local, ou seja na recepção interior das mesmas como unidade, que origina a memória. Estes
dois primeiros estados se produzem no homem igual que nos animais.
Vem depois a faculdade de emitir conceitos concretos, reunindo-se ou sintetizando-se numa só imagem interior
vários locais da mesma natureza, ou que tem algo em comum entre eles. Assim, por exemplo, depois de ver vários
cavalos, se forma um único conceito geral do cavalo que não corresponde a nenhum destes cavalos particulares,
senão que os sintetiza e os compreende todos em uma única idéia; o mesmo pode dizer-se de todas outras coisas.
Esta faculdade é própria do homem e tem sua expressão natural no linguajar articulado que manifesta as idéias e
que se diferencia portanto do linguajar não articulado dos animais que expressa unicamente as impressões.
O mesmo linguajar mostra o desenvolvimento desta faculdade nas diferentes raças. Assim, por exemplo, o fato de
alguns povos tenham uma palavra para designar a vaca branca, outra para a vaca negra e outra para a vaca de cor,
sem ter uma só palavra genérica para designar a vaca, mostra que lhes falta a idéia ou conceito geral de "vaca". Os
povos intelectualmente mais evoluídos o são também e sobre tudo na faculdade de expressar em seus idiomas
conceitos e idéias gerais, em preferência dos conceitos e idéias particulares, considerados como aspectos daqueles.
Isto explica também a natural prioridade do politeísmo sobre o monoteísmo, toda vez que a imaginação predomine
sobre a reflexão e a razão, e como aquele sempre prevalece entre as massas populares, de uma forma ou de outra,
e só uma exígua minoria pode chegar a formar uma idéia mais universal da Divindade como sínteses preantimonica
e Unidade Transcendente e Absoluta do todo existente.
As primeiras duas destas faculdades, a percepção e a memória, são primordialmente subconscientes, em que
constituem a base necessária das faculdades propriamente conscientes. A terceira, a imaginação ou concepção,
constitui o laço de união e ponte, por assim dizer, entre a consciência e a subconsciência: sua atividade caótica ou
semi caótica nos sonhos e no estado de hipnose, nos faz ver com toda claridade até onde pode chegar, toda vez que
não seja regulada pela consciência e dirigida pela razão.

A RAZÃO
A Inteligência se desenvolve e evolui com a faculdade de abstrair e generalizar, procedendo constantemente do
particular para o geral, da visão concreta a percepção abstrata, do símbolo a realidade que nesta se revela, do
domínio da forma ao da essência, e do fenômeno a sua causa, ou seja do Ocidente ao Oriente simbólico.
Assim chegamos ao quarto e quinto graus que representam a evolução do poder intelectivo, caracterizados
respectivamente pela capacidade de conceber idéias gerais e abstratas. Por exemplo, da idéia particular do cavalo e
das outras idéias relativas a seres semelhantes, evoluciona a idéia geral de "animal",e desta, a sua vez, a idéia
abstrata da "vida", comum a todos os seres manifestados, sem aplicar-se particularmente a nenhum deles.
Com esta faculdade de comparação e abstração, se acompanha a de formar juízos das coisas, ou seja, a razão que
diferencia a inteligência humana da inteligência puramente instintiva dos animais.
Razão (do latim ratio) é uma palavra que tem originariamente vários sentidos, sendo entre eles fundamental o de
"divisão, parte ou medida" que implica exatidão e precisão, aplicando-se por extensão àquela faculdade da

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inteligência por meio da qual apreciamos devidamente as coisas e julgamos retamente delas e de suas recíprocas
relações.

De acordo com a simbologia maçônica, a Razão vem a ser o esquadro ou norma que se une a "faculdade
compreensiva" da Inteligência, representada pelo compasso. A união perfeita destes dois instrumentos ou faculdades
conduz ao homem a Verdade, representada pela letra G que em união com a estrela, se encontra entre o esquadro e
o compasso.
A lógica é o caminho que nos conduz a essa Verdade, enquanto, por meio do silogismo ou união dos dois discursos
ou juízos, sacando dos mesmos uma determinada conclusão, forma aquela cadeia ou concatenação inteligente que,
como a cadeia de união de nossos templos, parte do Ocidente simbólico para conduzir ao Oriente da Realidade, ou
seja a uma perfeita compreensão dos Princípios que governam as coisas visíveis.

A INTUIÇÃO
Sem dúvida, o poder da Inteligência e da Razão se acham constantemente relacionados com o desenvolvimento da
faculdade de abstração, sendo seus limites individuais os mesmos limites alcançados no indivíduo por essa
faculdade.
A aritmética e a geometria, sobre as quais o Companheiro há de exercitar-se com o auxilio da lógica, se referem
principalmente a disciplina das idéias abstratas e universais, só por meio das quais podemos chegar ao
relacionamento da Verdade que forma a meta de nossas aspirações filosóficas.
Neste caminho e mediante seu exercício chegamos a um ponto no qual os instrumentos ordinários da Inteligência
cessa de servir-nos. Aqui muitos se desorientam, e vendo inúteis os meios de que se serviram proveitosamente para
alcançar este estado se retiram decepcionados, na crença de que não é possível prosseguir adiante.
Efetivamente, todas as regras usadas até agora se confundem as línguas em certo ponto da construção da Torre de
Babel, de acordo com a lenda bíblica, já que é certo que nenhuma medida humana pode alcançar e medir o infinito.
Assim, se considera este limite, marcado pela mesma Aritmética e a Geometria, como o non plus ultra do
conhecimento humano, e se põe aqui as barreiras entre o conhecível e o incognoscível.
Porém onde não chega a razão alcança o poder da Inteligência, a faculdade destinada no homem a formar a mística
escada que une a Terra com o Céu. uma nova faculdade tem que manifestar-se e desenvolver-se aqui, constituindo
o sexto grau na evolução da Inteligência: a faculdade da intuição.Enquanto todos os esforços cumpridos até agora
procedem de baixo para cima, a Intuição vem de cima para baixo, como uma nova luz ou compreensão sintética e
imediata, que conduz a superar os limites fixados por Hércules da Inteligência Racional: discernindo esta Luz pode
assim lograr e estabelecer-se no sexto grau da mística escada, adquirindo uma nova consciência da realidade de si
mesmo e de todas as coisas.
Em outras palavras, o poente simbólico entre a Geometria e a Gnoses, significadas pela letra G, pode e deve
franquear-se por meio do Gênio individual, que nos guia neste caminho, e que Dante em seu poema imortalizou

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como Beatriz, ou seja a intuição da Realidade Supra-sensível e por onde beatífica, que guia ao homem aonde cessa
o poder da Razão simbolizado por Virgílio, uma vez que temos chegados com esta ao extremo limite que a
Inteligência Racional pode alcançar.

A LETRA “G” está escrita dentro da Estrela Flamejante. Mas, aqui cabe uma
pergunta: Deve ser a Letra “G” do alfabeto latino que ocupa este posto? A mente humana é
muito fértil. Todos os dicionários e manuais dão interpretações muito formosas sobre esta letra
“G” ou este sinal hieroglífico dentro da Estrela Flamejante. Da Letra “G” tiraram: GERAÇÃO,
GEOMETRIA, GÉNIO, GNOSE, GRAVITAÇÃO, GRAÇA, GOZO e, não sabemos porque, se
esqueceram de citar centenas de outros nomes e adjetivos grandiosos, que começam com a Letra
“G”.

Sentimos muito por desta vez não podermos compartilhar da mesma opinião de
milhares de maçons, porque tivemos que abrir e ler a Memória da Natureza.

A LETRA “G”, dentro da Estrela Flamejante, é a terceira letra do alfabeto


primitivo e expressa hieroglificamente a mão semicerrada, como a colher e
representa a GARGANTA.
A Garganta é o lugar onde se forma e se corporífica o VERBO ou a PALAVRA, nela concebida por meio

da MENTE. É o Verbo que se faz CARNE, é o mistério da Geração, em virtude da qual o Espírito se une à

carne, e mediante a qual o Divino se transforma em Humano. É, enfim, o filho, a humanidade, o Cosmos.

“G” significa o organismo em função.

Representa o dinamismo vivente.

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No Plano Espiritual é o poder de Expressão. No Plano Mental é a TRINDADE,


que representa o Espiritual, o Mental e o Físico (objetos do estudo do Grau de Com-
panheiro).

No Plano Material é a manifestação, a geração dos desejos, idéias e atos, que


expressam o gozo do exercício de nossos atributos. Vocalizar a letra “G”, promete
a criação de idéias, produção de riquezas, abundâncias, e triunfos sobre os
obstáculos.

A letra “A” é o princípio ativo (Pai); “E” é o passivo (Mãe); “a” é o princípio
chamado Neutro (Filho).

Esta é a letra “G” sagrada, da Maçonaria Iniciática, da qual, até agora, não se
haviam descoberto seus múltiplos simbolismos e significações emblemáticas.

A pronúncia de “G” na palavra — GARGAREJO —GARGANTA, surte o efeito


real. “G” nunca deve ter o som de “J” espanhol. Deve-se sempre pronunciá-la como
“GUE”.

Cada letra representa um número no alfabeto semita, mas o alfabeto latino se afastou muito da regra, ao

ordenar suas letras distintamente da primitiva; isto, talvez, porque suas letras necessitem de certas vozes,

que manifestam certos sons, e, por isso, tiveram que empregar duas letras para expressar um som apenas.

Um destes casos é o da letra “G.

Em resumo: “G”, na Estrela flamejante, significa o VERBO CRIADOR e o FOGO


CRIADOR.

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A LETRA "G" – II

A LETRA "G" está escrita dentro da Estrela Flamejante. Mas, aqui cabe uma pergunta: Deve ser a letra "G"
do alfabeto latino que ocupa este posto? A mente humana é muito fértil. Todos os dicionários e manuais dão
interpretações muito formosas sobre esta letra "G" ou este sinal hieroglífico dentro da Estrela Flamejante.

Da letra "G" tiraram: GERAÇÃO, GEOMETRIA, GÊNIO, GNOSE, GRAVITAÇÃO, GRAÇA, GOZO e, não
sabemos porque, se esqueceram de citar centenas de outros nomes e adjetivos grandiosos, que começam com a
letra "G". Inicialmente, cabe dizer que a LETRA "G", dentro da Estrela Flamejante, é a terceira letra do alfabeto
primitivo e expressa hieroglificamente a mão semicerrada, como a colher algo, e representa a GARGANTA.

A Garganta é o lugar onde se forma e se corporifica o VERBO ou a PALAVRA, nela concebida por meio da
MENTE. É o verbo que se faz CARNE, é o mistério da Geração, em virtude da qual o Espírito se une à carne, e
mediante a qual o Divino se transforma em Humano.

É, enfim, o filho, a humanidade, o Cosmos, "G" significa o organismo em função, representa o dinamismo
vivente. No Plano Espiritual é o poder de Expressão. No Plano Mental é a TRINDADE, que representa o Espiritual, o
Mental e o Físico. No Plano Material é a manifestação, a geração dos desejos, idéias e atos, que expressam o gozo
do exercício de nossos atributos.

Vocalizar a letra "G", promete a criação de idéias, produção de riquezas, abundância, e triunfos sobre os
obstáculos. A letra "A" é o princípio Ativo (Pai); "B" é o Passivo (mãe).

"G" é o princípio chamado Neutro (filho), o Princípio falado. O "G" é a letra sagrada da Maçonaria Iniciática,
aquela que até o momento não pôde ter seus simbolismos e significados emblemáticos descobertos.

Mas temos que aprender a pronunciar a Letra "G", como as crianças, quando estão contentes. A pronúncia
de "G" nas palavras GARGAREJO - GARGANTA, surte o efeito real. "G" nunca deve ter o som de "J" espanhol, mas
deve sempre soar como "GUE".

Cada letra representa um número no alfabeto semita, mas o alfabeto latino se afastou muito da regra, ao
ordenar suas letras distintamente da primitiva; isto, talvez, porque suas letras necessitem de certas vozes, que
manifestam certos sons, e, por isso, tiveram que empregar duas letras para expressar um som apenas.

Um desses casos é o da letra "G" com a letra "C"; "U" com "V"; "C" com "K"; sem embargo, a letra "C" é uma
consoante que possui autonomia própria.

Em resumo: "G", na Estrela Flamejante, significa o VERBO CRIADOR e o FOGO CRIADOR.

Na obra "A MAGIA DO VERBO OU O PODER DAS LETRAS", consta que a terceira letra do alfabeto
primitivo é o "G", que expressa, hieroglificamente, a garganta, a mão semifechada, como prestes a colher algo. A
garganta é o lugar aonde se forma e toma corpo o Verbo ou palavra concebida no e por meio do cérebro. É o verbo
que se faz carne. É o símbolo do envolvimento material das formas espirituais. É o mistério da geração, em virtude
do qual o espírito une-se à matéria e mediante o qual o Divino transforma-se em Humano.

É, enfim, o filho, a humanidade, o cosmos, simboliza o organismo em funcionamento, representa o


dinamismo vivo interpretado pelo "G".

Planeta: Júpiter. Cor: Púrpura. Nota musical: SI.

Representa, em nossos sentidos, o tato, a ciência da Psicometria, a conjunção das forças que tendem para
um mesmo fim. É a matriz universal no ato de dar à luz. No Plano Espiritual, é o conhecimento do Oculto e do
Manifesto, o que está Presente e vinculado ao Passado ou ao Porvir.

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É a imaginação feita ato. É o poder de expressão. No Plano Mental, é a trindade que representa o espiritual,
o mental e o físico; o positivo, o negativo e o neutro. Em Deus é o equilíbrio do Pai, o filho: com Deus o Espírito
Santo ou Pai e Mãe com filho.

No Plano físico é a manifestação, a geração dos desejos, idéias e atos que expressam o gozo do exercício
de nossos atributos. Promete ideação, produção, riquezas e abundância de bens materiais, assim como triunfo sobre
os obstáculos.

Temos de aprender a pronúncia do "G" através das crianças, quando estas estão contentes e produzem o
som laríngeo "Egggeee". As palavras "gárgara" e "garganta", bem pronunciadas, surtem efeito.

O exercício consiste no seguinte:

1. Deitar-se de costas.

2. Pensar, de antemão, que a letra "G" é uma consoante que se combina com todas as vogais e que cada
vogal a dota de uma virtude ou faculdade:

com o "A" confere confiança em si mesmo;

com "E", atenção;

com o "O", sensibilidade para captar e compreender os ensinamentos ocultos;

com o "U", desenvolvimento das previsões, clariaudiência e psicometria;

com o "I", opinião reta, verbo que manifesta a humanização de Deus e a divinização do Homem.

Colocar os dedos da mão esquerda na garganta como se fôssemos colher alguma coisa e levantar a mão
direita em direção ao céu, como se dali fôssemos receber algo. Praticar, nesta postura, o exercício respiratório
indicado e, ao exalar o ar dos pulmões, vocalizar: "GA", "GUE", "GUI", "GO", "GU".

Repetimos, que as letras representam, cada uma delas, um número, embora o alfabeto latino se tenha
afastado dessa regra ao ordenar suas letras de uma diferente da primitiva. Talvez por seus sinais careceram de
certas vozes manifestadoras de certos sons, os antigos tiveram de utilizar duas letras para expressar um único som.

O "C", no entanto, é uma consoante que possui autonomia própria. O "C" também tem o número 3, embora
não afine com todas as vogais e tenha de conservar o seu próprio som diante de todas elas, como, por exemplo, a
junção "CA", que não deve ser pronunciada como "KA", mas como "ÇA" ou como os ingleses pronunciam o ditongo
"Thank", muito semelhante ao "Z" do Espanhol.

A letra "C" afina muito com as vogais "A" e "I" , mas é desarmônica ou, pelo menos, não muito útil com
relação às demais para os objetivos a que nos propomos.

"ÇA", "ZA" ou "THA" têm muita relação com a glândula pineal.

Para praticar esta chave deve ser feito o mesmo exercício anteriormente descrito, com a diferença de que a cabeça
deve estar apoiada sobre a palma da mão esquerda e, assim, depois, de uma aspiração profunda e retida, vocalizar:
"CZA, CZA, CZA, CZA, CZA", mas com voz cortante, sem alargar o som do ditongo.

Outra indicação: os três dedos da mão direita (polegar, indicador e médio) devem estar estendidos, como no ato de
abençoar, enquanto o anular e o mínimo devem ficar abaixados. Representa a mão que recebe para dar e bendizer.

Os significados do "G" são:

No Divino: Deus Espírito, a força animadora universal.

No Humano: Adão-Eva, a Humanidade.

No Natural: o Mundo.

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Em Magia esta letra explica que "o Absoluto revela-se pelo Verbo e que esse Verbo tem um sentido idêntico
a si mesmo na sua inteligência". O aspirante deve afirmar o que é verdade e querer o que é justo para ter o
poder e o direito de criar por meio da palavra.

Evocar um espírito com o Verbo significa penetrar no pensamento dominante desse espírito, o que explica a
razão de haver necessidade de elevação moral pela atividade e pela retidão, a fim de trazer esse espírito a nós para
servir-nos.

A LETRA "G"-III
Dentro da Estrela Flamejante se encontra um signo ou hieróglifo, que se
identifica muito bem com a letra G do alfabeto latino, em que seu significado
originário fora talvez um pouco diferente. A letra G se acha exatamente no
centro do pentagrama, e é digno de nota que, inscrevendo no mesmo a
figura humana, tal centro corresponde exatamente as partes genitais.
É, pois, em extrema evidência, a relação fundamental desta letra com o
gênesis e a "geração" em todos seus aspectos, representando em primeiro
lugar o Centro Criador, origem de toda manifestação as diferentes
expressões da Força Criadora, manifestada tanto no homem como nos
demais seres viventes, por meio dos órgãos da geração.

A Força Criadora, que se acha no centro de todo ser e de toda coisa, e que
produz na ordem natural orgânica a geração, tem uma importância
fundamental no duplo processo da involução e evolução, como o demonstra
também a lenda bíblica da queda do homem, associada com o uso indevido
desta Força, procedente da misteriosa Árvore da Vida. Efetivamente,
segundo seja usada, esta Força, pode conduzir ao homem tanto a
degeneração como a regeneração; esta última é privilégio do Iniciado, que
havendo dominado os sentidos, canaliza a força geradora para o objetivo
supremo da criação: o engendramento ou produção dentro do mesmo
homem de um ser superior, o verdadeiro Mestre.
Este argumento da degeneração e regeneração será tratado mais
extensamente noutro "Manual" desta Série, com o qual essencialmente se
relaciona. Ao companheiro unicamente o compete saber que, segundo o seu
uso reto ou distorcido, esta Força conduz ao homem a liberação do Espírito
ou a Escravidão da Matéria, ao domínio nele da Realidade ou da Ilusão.
Medite pois, sobre seu profundo sentido, reconhecendo no mesmo um
Principio Divino que, ainda pervertido pela ignorância, tem o Poder de
enobrecer ao homem e impulcioná-lo sempre mais acima, sobre a simbólica
escada do sonho de Jacob, que une a Terra da materialidade e da ilusão com
o Céu da realidade espiritual.

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GEOMETRIA - GÊNIO - GNOSE

A mesma raiz de geração se acha expressa no grego Geo que significa


"terra" no sentido de "geradora" ou "mãe dos viventes"; desta palavra vem
geometria, que significa literalmente "medida da terra", ou seja, em seu
sentido mais amplo: "estudo das Leis ou Princípios Matemáticos
Fundamentais, que constituem a medida interior da criação manifesta ou
mundo fenomenico (terra)".
O grego gê é de um valor quase igual ao do latim natura, que tem a mesma
etimologia (originalmente gna-tura), significando a "engendradora " ou
"produtora" por excelência, e portanto a "mãe" do universo visível. Por
conseqüência, geometria é sinônimo de "naturimensura", ou seja "estudo da
medida interna da natureza, e dos Princípios Matemáticos aos quais se
reconduz e por cujo meio se faz manifesta a criação".
Aqui não se esgota, sem dúvida, seu significado: Geometria ou ge-meter, é
também um equivalente de Deméter ou "Diva Mater", enquanto significa a
Mater Genetrix da natureza. Precisamente assim deveriam entendem os
antigos helenos ao usar esta palavra que claramente nos apresenta a origem
de todas as coisas visíveis na pura Ciência das Formas, que é também a
ciência das medidas e das proporções, dado que mãe e medida são palavras
neste caso etmologicamente equivalentes.
É, pois, evidente, a estrita relação significativa entre geração e geometria,
sendo esta última a medida da primeira, enquanto nos mostra os Princípios
Matemáticos que presidem a Criação Universal das coisas. Igualmente
evidente se faz a nossa consideração etimológica e filosófica a conexão da
geração com gênio e gnoses, outro dos importantíssimos significados da
letra G.
No Gênio (palavra derivada da mesma raiz gê ou gen) encontramos pois a
mais elevada e sublime manifestação da geração: a criação ou produção do
que pode haver de mais belo, atrativo e agradável, de tudo o que eleva ao
homem e o conduz mais próximo de sua natureza divina. A Ciência, a Arte e
a Religião, em todos os seus aspectos, são igualmente obra do Gênio do
Homem, do engenho ou genialidade humana do que no homem é mais que
homem e tende a fazer dele um Magistrado.
O cultivo do Gênio (de seu próprio gênio ou genialidade inata) deve ser,
pois, o objeto fundamental do Companheiro, já que unicamente na medida
na qual seu próprio Gênio se manifesta, pode verdadeiramente aspirar ao

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Magistério e chegar a realizá-lo. Este é o sentido de sua regeneração, por
meio da letra G, ocultada e revelada na estrela flamejante de seu Ideal.
A etimologia de gnose mostra o estreito parentesco entre as duas classes de
ideais que se agrupam nos dois verbos "engendrar "conhecer". A raiz gno
(em sánscrito jña) do grego gnose e do latim gnosco ou cognosco, nomen
(de gnomen), notus (de gno-tus), nobilis (de gno-bilis), é muito semelhante
a raiz gê ou gen (sânscrito já ou jan) da qual temos visto derivar-se
geometria, gen-eratio, gen-ius e na-tura. Efetivamente, todo processo de
conhecimento é uma interna "geração de idéias", uma geração que se
produz na mente, outra palavra que mostra a idêntica relação entre as duas
classes de idéias, portanto deriva do grego metron "medida", com o
sanscrito manas e matra e com o latin memini, minitus, mensura, etc., da
mesma raiz ma-me ou man-men da qual deriva "mãe" (em latim mater,
grego meter, sânscrito matara), por ser a mente verdadeira "mãe das
idéias".
Gnose é, pois sinônimo de conhecimento ou "ciência" (de sci-re conhecer,
saber"), referindo-se melhor que ao conhecimento profano e a ciência
ordinária, àquela verdadeira ciência ou sapiência, que se acha
constantemente comprovada pela direta experiência individual e é
consciência interior da realidade e, portanto, patrimônio e prerrogativa dos
iniciados na senda da Verdade.
A aquisição da Gnose, por meio do Gênio Individual, será por conseqüência.
objeto dos esforços do Companheiro, esforçando-se em interpretar, com seu
estudo e prática da Geometria, o Grande Mistério da Geração Universal.

GRAVITAÇÃO - GRAÇA - GOZO

A Gnose conduz a reconhecer a Lei Universal da Gravitação (de gravis:


grave) que par o Iniciado tem um sentido mais intimo e profundo que para o
profano, já que não se limita a considerar as relações entre os corpos físicos
(celestiais e terrestres) senão que abarca o domínio moral e espiritual, numa
compreensão mais perfeita daquela Realidade, da qual vemos em qualquer
parte as manifestações e sentimos e expressamos constantemente a
presença e a vida.
A Força da Gravidade é pois, para o Iniciado, aquela Lei de Amor ou atração
universal, que conduz toda coisa e impulsiona todo ser para aquele centro
que cada qual reconhece e sente interiormente como mais grave, ou seja,
que manifesta uma vida mais profunda, ativa e real.

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O estudo e a perfeita compreensão desta Lei é, por conseqüência, de uma
importância soberana para a Arte Real da Construção Individual e Universal,
enquanto esta Arte tem de ser praticamente uma constante elevação ou
edificação de ideais, pensamentos, palavras, propósitos e ações. Esta
elevação não se pode conseguir, se não tiver sua base que se edifica sobre a
Lei do Amor que une todas as coisas por laços invisíveis de sua unidade
originária, e as atrai mutuamente segundo suas reciprocas afinidades para
uma finalidade harmônica.
Só o Mestre, com o estudo da música e da astronomia pode, portanto, chegar
a compreensão perfeita desta Lei, que da ao espiritual (o Gênio em nós) o
Centro do Poder e o domínio sobre toda gravidade ou atração material. E o
Companheiro se converte em Mestre na medida em que a compreende e a
pratica.
A compreensão da Lei da Gravitação abre a mente do Iniciado a Graça
Divina, e o faz partícipe de todas as Bênçãos, das quais a Suprema Realidade
é Causa e Fonte Perene: sintonizado com a Lei do Amor se estabelece numa
atitude de "não resistência"e ativa e sincera benevolência; assim chega a
mais perfeita harmonia com o universo, e se transforma no Canal para a
manifestação da Graça, da Sabedoria e de todos os Bens, uma expressão
sempre mais elevada e radiosa da Vida Una, da qual é Centro, Veículo e
Instrumento.
Esta transfiguração do ser humano, esta verdadeira metamorfose, que foi
equiparada a da crisálida em mariposa, é fonte e origem do gozo ou
Beatitude: aquele contentamento íntimo, aquela felicidade inefável que
pertence ao ser e que é manifestada em nosso interior, segundo logramos
estar em harmonia com o mais Elevado em nós. O Iniciado que realiza em si
mesmo, realiza a Grande Obra que é constantemente o objeto final de todos
os Mistérios e segue sendo Meta Suprema da Maçonaria: adquire aquela Paz
Sublime que se estende sobre ele como um Manto de Glória, o Verdadeiro
"velocino de ouro" objeto da expedição dos Argonautas.
De modo que quando a letra G revele-nos individualmente em seu séptuplo
sentido - prêmio e resultado do perfeito conhecimento dos anteriores -
cessaremos de ser homens, havendo realizado o Supremo Magistério, que
leva consigo a Conquista da Imortalidade sobre a terra e o domínio completo
sobre toda a natureza.
BIBLIOGRAFIA:
- A Origem da Maçonaria – Josephe P. Marrone – 1997
- Fundamentos da Maçonaria – Joaquim Cortez
- Buscas realizadas em sites maçônicos

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A independência de todas as Américas foi obra da Maçonaria. A crônica


particular de cada um dos países do Novo Mundo trata exaustivamente da forma
pela qual isto aconteceu, de sorte que não consideramos necessário insistir deste
assunto.

Cuba não foi uma exceção. Mas o que nem todos os historiadores sabem -
principalmente os menos informados -, é o fato de nossa sublime Ordem ter
crescido ali em importância a partir do momento em que Fidel libertou a Ilha. Não
há nada de incorreto nesta afirmação, porque pelo tratado de 1898, assinado em
Paris, Cuba foi libertada do jugo espanhol para, logo a seguir, cair sob o jugo norte-
americano. Tratou-se, pois, de uma falsa independência.

Vale a pena fazer um ligeiro retrospecto desse acontecimento ocorrido à revelia


da Maçonaria cubana. Uma vez declarada a “independência”, a ilha ficou ocupada
pelo exército norte-americano, sob o pretexto de que era preciso manter a paz e
organizar o país. Foram também os americanos e não os cubanos que elaboraram a
Carta-Magna do País, promulgada pela Assembléia Constituinte em 21 de fevereiro
de 1901. A essa estranha Constituição foi acrescido um documento ainda mais
estranho – a chamada “Emenda Platt” – que autorizava os EUA a intervirem no país
toda vez que fosse necessário, o que aconteceu muitas vezes. A Maçonaria lutou
bravamente até que, em meados dos anos 30 fosse promulgada nova Constituição
com a supressão da odiada “Emenda Platt”. Mas, os americanos continuaram
presentes e dominantes. Foi com a influência deles que se impôs o governo do
Sargento Batista (logo promovido a coronel) e que serviu com fidelidade aos EUA
em todas as questões internacionais em que a cooperação cubana fosse necessária.

Enquanto o antigo Sargento Batista enriquecia, os americanos eram os


verdadeiros senhores da ilha. As melhores terras lhes pertenciam. Eram também
donos das principais grandes empressas. Cubano só podia ser empregado, as vezes
bem remunerado, mas empregado. O povo cubano vivia mal. Dia a dia crescia, com
o apoio da Maçonaria, o movimento anti-americano.

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Esse ideal encarnou-se num jovem advogado chamado Fidel Castro. Em 28 de
julho de 1953, Fidel foi aprisionado pelas tropas de Fulgêncio Batista e teria sido
executado sumariamente, a exemplo do que ocorreu com outros revolucionários, se
não tivesse havido a intervenção do Tenente Sarriel que determinou aos seus
subordinados que o poupassem, argumentando: “Idéias não se matam!”. Sarriel,
embora oficial do exército de Fulgêncio Batista, era necessariamente maçom.

Foi ele que encaminhou Fidel para a Sierra Maestra, centro de ação dos
patriotas barbados. Aos poucos, as tropas de Batista foram sendo derrotadas. A
opinião pública, principalmente a Ibero-Americana, era favorável aos rebeldes.
Vendo-se perdido, Batista abandonou o governo e refugiou-se nos EUA.

Uma vez conquistada a ilha, Fidel organizou um governo revolucionário. Iniciou


uma campanha de nacionalização e de desapropriação de empresas e de terras em
mãos de cidadãos dos EUA. O governo americano protestou e propôs que Cuba
fosse excluída da OEA. Adotou, ademais, medidas econômicas restritivas à Cuba
que perduram até hoje. Pode-se dizer que, por mero interesse econômico, os EUA
jogaram Cuba nos braços de Moscou. As consequências de tudo isto resultaram na
situação que vem perdurando há quase 40 anos e que não interessa comentar aqui
por ser do conhecimento de toda gente.

O que de fato interessa saber é a situação da Maçonaria em Cuba depois de


implantada a Revolução. Seria impossível imaginar uma Loja maçônica nas
imediações da Praça de São Pedro, em Roma, nem tampouco na Praça da Paz
Celestial, em Pequim, na China. Mas, em Havana o esquadro e o compasso
convivem pacificamente, lado a lado, com a foice e o martelo. No centro de Havana,
na Avenida Salvador Allende (que foi maçom), 508, está localizado o Grande
Templo Nacional Maçônico, um edifício de 11 andares em cujo cimo resplandece o
esquadro e o compasso. É alí que despacha o Sereníssimo Grão-Mestre Raciel
Martinez Andreu que poder ser contactado pelos telefones 75732 ou 75065. A
Grande Loja Maçônica de Cuba congrega mais de dois mil membros e é reconhecida
pelas Grandes Lojas de 38 Estados norte-americanos. O Grande Oriente do Brasil é
reconhecido por apenas 17 Estados.

A Grande Loja Nacional de Cuba mantem um Asilo para Maçons idosos, além de
outras obras de benemerência, mas luta com muitas dificuldades, sobretudo de
ordem financeira. Muitos maçons pertencem ao Partido Comunista cubano, mas não
são ateus. Nesse particular, existe em Cuba uma curiosa mistura de Comunismo,
Cristianismo e Maçonaria, uma situação semelhante a que prevalece na Itália. O
próprio Fidel se criou num ambiente católico e fez o curso primário e médio num
colégio religioso. Sua adesão ao ateísmo e comunismo só se deu mais tarde, já na

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idade adulta. A convivência da Maçonaria cubana com o regime castrista se explica
pelo fato de os maçons terem tido uma justa participação na Revolução que libertou
Cuba do domínio econômico dos EUA.

Os dados que serviram de base para este resumo histórico foram colhidos na
INTERNET

Espada Flamejante
Antes de começarmos a falar da Espada Flamejante trataremos simplesmente da espada que todos nós
conhecemos. O uso dela vem de eras remotas. No mundo profano, tem-se o costume de considerar a Espada
com tradição essencialmente guerreira e portanto, motivo de temor. Mas felizmente, a Espada evoca outros
aspectos, que vão do mítico ao místico, ao social, ao metal, ao cívico, ao cultural, ao espiritual : traz-nos a
idéia de poder, de comando, portanto, de comandados, o que nos leva ao conceito necessário de ordem ,
disciplina, de hierarquia, de poder estatal, fórmulas criadas por necessidade pela instituição humana por
indispensáveis à sua estabilidade e permanência.
A Espada convida à admiração. Será justamente por este seu aspecto cavalheiresco que ela apresenta
irradiação, isto é, dela emana respeitabilidade tal, que se fez símbolo, até mesmo bíblico, da execração do
mal, de punição justa, do combate às trevas da ignorância e do espirito. Ela é um símbolo dotado de riqueza
e profundidade.
A Espada se presta a uma interpretação simbólica vastíssima, por isso que, tendo sido usada antigamente
pelos nobre e espadachins, passou a figurar, dentro da Maçonaria, já antes de 1789, como Símbolo de
igualdade, nivelando os Irmãos de várias castas, que tinham assento em nossa sublime Instituição. Não se
pode se quer imaginar a Maçonaria sem símbolos. Todo o seu alicerce – ideológico, doutrinário, místico,
mítico, cultural, social, cívico, filosófico, fraternal, universal – busca no símbolo sua razão de ser e sua
essencialidade.

A Espada é um símbolo de comando e por isto deve ser empunhada com a mão direita, salvo a Espada
Flamígera.

Passemos agora ao nosso tema que é a “Espada Flamejante”. Começaremos a abordá-la a partir da Bíblia.

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A Espada Flamejante na Bíblia

Este símbolo, por certo, surgiu na mística maçônica por haver sido retirado da Bíblia , o Livro da Lei, no
qual o nome que se lhe dá não é “flamejante”, mas “espada de fogo”, “refulgir de uma espada” e outras
expressões equivalentes, conforme o tradutor. Mas sempre perdura o sentido de uma espada envolvidas em
chamas.

Sempre a afirmação de que Deus pusera à porta do paraíso uma espada em fogo, envolvida de chamas,
acesa; portanto, fogo vivo.

Eis um símbolo que impressiona : essa “espada flamejante”. Foi criado pelo próprio Deus, que o tornou
mais significativo quando ao símbolo “espada” adicionou o símbolo “fogo”, da mais alta valia e expressão
na história da cultura e da mítica humana.

A expressão “espada flamejante” contém-se na própria Bíblia ( Gênesis, 3:24; Isaias, 27:1; Ezequiel 21:8 e
seguintes), independente da forma vocabular ( Flamejante, Flamífera, Flamígera, Flamifervente, Flamívola,
Flamipotente, Flamínea, cada uma com sua expressão originada da língua latina, será sempre aquela que
contém em si o Fogo e a Luz, mas sempre dentro do seu conteúdo). Tudo tem sua origem no hebraico. E
São Jerônimo, ao traduzir o grego para o latim, fê-lo assim: “Flammeus Glaudius Atque Versatilis”, a qual
faz parte do texto de Gênesis “Eiecitque Adam, et collocavit ante paradisum voluptatis cherubim et
flammeum glaudium atque versatilem ad custodiendam viam lini vitae”, o qual foi traduzido para o
português por Matos Soares: “E expulsou Adão e pôs diante do paraíso de delícias Querubins brandindo
uma espada de fogo para guardar o caminho da vida”. As traduções variam sem perder sua identificação e
sua veracidade lingüística. Na hoje denominada “Bíblia de Jerusalém”, esse “flammeum glaudium” é
traduzido como “espada fulgurante”, que bem expressa o seu conteúdo flamíneo. Eis alguns exemplos das
traduções:
Em português : espada de fogo, espada fulgurante , e outras;
Em espanhol : espada encendida;
Em italiano : spada fiammeggiante
Em francês : épé flamboyante
Em alemão : flammenden Schwert

Em esperanto : Flamma Glavo

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Vemos que nessas línguas, aproxima-se mais do texto original da Vulgata e do grego dos Setenta
“phlogínen rhomphaían”. “Phlógínos” é “ardente”, “cor de fogo”, portanto, bem no espírito da letra
primitiva.
Notemos ainda que o adjetivo biforme “versatis, ” significa móvel, flexível, variável, versátil, inconstante,
enquanto que o verbo correlato “versare” fornece entendimentos que bem expressam a dinâmica a espada de
fogo do Éden, pois traduz-se por: virar muitas vezes, revirar, revolver, rolar, variar, etc.
Uma espada que vira muitas vezes, que revira, que revolve, que rola, que é móvel, que é variável, que muda
de posição, eis o fiel retrato do quadro traçado pela Espada de Fogo, que guardou a porta do Paraíso e que,
em Loja, é aquela que se coloca no Altar do Venerável Mestre.
Segundo o entendimento dos hermeuneutas, a espada flamejante do Gênesis, bem como a presença à entrada
do Éden dos querubins será um simbolismo para significar que o acesso à “árvore da vida” e o retorno ao
Paraíso ficaram proibidos para o homem, por ordem divina. Vê-se que daí esplende um significativo
simbolismo, qual o de que o homem foi posto no mundo e deve viver com o trabalho e esforço e não menor
sacrifício para alcançar, um dia, a plenitude das bem-aventuranças de um, por enquanto, inacessível paraíso.
Desta forma, a Espada Flamejante será símbolo também de espiritualidade e vigilância, a atitude do homem
perante sua consciência, preservando-se para a grandeza maior do Espírito eterno. “Vigiai e orai” foi o
preceito a nós deixado por Jesus, enquanto que, mais tarde, São Paulo vinha advertir para que todos
estivessem, ou estejam, sempre preparados, o que é convite à postura de vigilância para consigo mesmo. A
espada dos querubins, chamejando em movimentos amplos e enérgicos, será, portanto, essa advertência aos
homens.
Pode ser dita “flamejante” quanto “flamígera”, como “flamífera”. Flamejante é precisamente o que
“flameja”. Flamejar é lançar chamas, estar inflamado, arder, brilhar, luzir, resplandecer. A palavra híbrida
“flamígera”, que contém poderoso significado, ou seja, aquilo que é dotado de uma Chama Antiga, Chama
Velha, Chama Senecta, portanto, chama dotada de elevados atributos místicos e misteriosos, provindos da
sabedoria e da experiência que os anciãos vão amealhado como patrimônio da sua vivência longeva – tal é
um étimo de muita expressão mesmo : faz compreender que uma Espada Flamígera é precisamente aquela
que é dotada de beleza antiga, porque é fonte de sabedoria, de sapiência.
A Espada Flamejante em Loja
A Convenção de Lausanne, na Suíça, em 1875, regulamentou o uso da Espada Flamígera.

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Em Loja, a Espada Flamígera ou Flamejante é a insígnia de poder e comando do Venerável Mestre. Ela não
é uma arma, na acepção do termo mas um aparelho transmissor e iniciático, razão pela qual, do seu punho
cruciforme se estende a lâmina ondulada e sem gume, e seu uso é privativo do Mestre instalado. Sua lâmina
ondulada, significando o movimento ondulatório e vibratório do fogo, é um dos mais antigos símbolos, pois
os Druidas já a usavam, cognominando-a do BELINO, ou seja, Deus do Sol. É também um símbolo de
segurança, porque o maior guardião do templo haverá sempre de ser quem a Oficina dirige. O seu lugar é no
Altar do Venerável, à sua esquerda. É por meio dela que o recipiendário é consagrado.
Embora os Ritos variem sobre a forma de fazer a consagração, a idéia essencial é, porém, a mesma. Na
maior parte dos casos, o Venerável, segurando a Espada com a mão esquerda, dirige a lâmina sobre a cabeça
do candidato, aplicando sobre a folha três golpes de Malhete. Outras vezes , coloca sucessivamente a
Espada sobre a cabeça, o ombro esquerdo e o ombro direito, o que relembra a Cavalaria antiga. Ela não é
somente usada na ocasião da admissão de novos Irmãos, mas também na elevação ou exaltação deles, nos
graus simbólicos , o Venerável a toma e é nela que seu Malhete, dá as pancadas ritualísticas próprias,
segundo o grau. Nos graus superiores, idêntico é o uso ritualístico-esotérico.
A Espada Flamejante é o Símbolo do pensamento vivo, da atividade espiritual. É essa interpretação que
explica por que o recipiendário é consagrado Maçom pela tríplice aposição da Espada sobre a cabeça (
pensamento); sobre o ombro esquerdo ( vigilância ) e sobre o ombro direito ( atividade ).
O Irmão Rizzardo da Camino em seu livro “Simbolismo do Terceiro Grau” coloca a Espada Flamejante
como ela sendo tortuosa, que expele chamas de fogo, é símbolo estático que permanece no Altar do
Venerável Mestre, que a usa para os juramentos; coloca a Espada como o faziam os antigos Reis e
Imperadores, para sagrar Reis ou cavaleiros, e, segundo o Grau, com o Malhete dá tantos golpes quantos os
necessários. Devido a sua forma, segundo o mesmo, ela simboliza “o Silêncio, o Sigilo, a Segurança e
haverá de ser sempre flamígera, porque estes três preceitos são dirigidos em todas as direções. A Espada
Flamígera simboliza as irradiações de calor da ciência maçônica, que através do fogo, purifica aqueles que
dela devam tomar conhecimento.
Quando o Maçom presta os seus juramentos o faz em direção a todos os “ventos”, pois ao pronuncía-los
emite vibrações sonoras que em ondas atingem a todos os pontos do cosmos.
As suas palavras passam pela purificação do fogo, das chamas que emanam da Espada Flamífera.
A Espada Flamejante , porém por convenção , só pode ser utilizada pelo Venerável para cerimônias de
proclamação e de juramento.

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Há estudiosos que dizem ser Símbolo do Verbo, ou dito de outra maneira, do pensamento Ativo. É a única
arma do Iniciado, que não saberia vencer senão pelo poder da idéia e pela força que ela leva em si mesma.
Segundo Ragon, a Espada Flamejante é uma arma simbólica que significa que a insubordinação, o vício e o
crime devem ser repelidos de nossos Templos.

Assim, A Espada Flamejante completa a linha dos símbolos maçônicos, inclusive o generoso Esquadro e o
harmônico Compasso. Sem dúvida, ela é um dos mais belos e significantes ornamentos de uma Loja pelo
muito que de si dimanda, pelo místico conteúdo, pela sugestão que oferece ao Buscador na senda do
Conheciemnto. E quando os homens tiverem o Conhecimento, então, eles serão Irmãos, não mais
contendendo. Todos serão “um só coração, uma só alma”. ( Atos dos Apóstolos, IV , 32). Todos os corações
vibrarão fraternos.

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