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SOKKAR, A NECRÓPOLE DA ETERNIDADE.

"Ali, entre a cidade dos mortos e a cidade dos vivos, meditei.


Pensei no silêncio eterno do primeiro e na tristeza sem fim do segundo.
Na cidade dos vivos encontrei esperança e desespero, amor e ódio, alegria e
tristeza, riqueza e pobreza, fé e infidelidade.
Na cidade dos mortos há terra enterrada no silêncio da noite, que a Natureza
converte em vegetação, e depois em animal, e depois em homem".
(Rameesu, da Cidade dos Mortos)

Quando as Terras Assombradas ainda se envolviam na selva úmida, a cidade de Sokkar


prosperava, uma metrópole no coração de um vale fértil.
Hoje, as colinas ao sul das Montanhas Sulcadas são um deserto assombrado, e tudo o
que resta de Sokkar é uma vasta necrópole protegida do mundo moderno por Al-Amzija,
Uma Nuvem Negra de Vingança gerando uma tempestade de areia titânica que nunca
falha, nunca morre.
A tempestade tem se cercado a necrópole por séculos, afastando caravanas e
devorando aqueles que se aventuram muito perto da Cidade da Eternidade. Poucos
sobrevivem ao seu furioso abraço.
No olho da ruína criada por esta tempestade eterna, uma cidade de túmulos e
mausoléus se estende por quilômetros em todas as direções.
No centro desta necrópole, em um pátio ladeado por templos, santuários proibidos e
majestosas pirâmides se erguem no céu cheio de tempestades.
Exploradores escaparam de Sokkar com histórias de tesouros inacreditáveis e
horrores inimagináveis esperando em seus mausoléus.
Talvez o rumor mais perturbador sobre a cidade pertença a uma misteriosa mulher que
afirma ser Ophidia, a mitológica princesa de Sokkar supostamente enterrada sob uma
das pirâmides.
Em alguns contos, Ophidia salvou viajantes perdidos e os guiou para fora da cidade
em segurança através de Al-Amzija;
Em outros, ela expulsou saqueadores das tumbas, que foram devastados pela fúria da
Nuvem Negra.
Os céticos argumentam que as histórias da tempestade e Ophidia são superstições,
feitas para impedir outros aventureiros de saquear os túmulos desprotegidos de
Sokkar.
A maioria dos habitantes do deserto, no entanto, mesmo os jann imprudentes, temem a
Nuvem Negra da Vingança, Al-Amzija.
E a verdadeira identidade de Ophidia, se é que ela realmente existe, permanece um
mistério.

HISTÓRIA DE SOKKAR
No início dos tempos, gigantes e gênios governavam as selvas que engolfavam o
terreno agora desolado da Terra do Destino.
Os gigantes fundaram e governaram a cidade de Sokkar com a força braçal de seus
escravos humanos.
A cidade foi próspera por mil anos.
Mas tudo o que existe, tem um começo, meio e fim, o de Sokkar começou com uma
maldição jogada sobre os gigantes:
Com o tempo, as gigantes de sexo feminino começaram a produzir apenas herdeiros de
sexo masculino, e a população de gigantes diminuiu constantemente até restar apenas
machos.
Renunciando ao seu governo de Sokkar, os gigantes construíram enormes montes de
pedras para si mesmos longe dos muros da cidade e se trancaram dentro de sua
necrópole.
Embora muitos gigantes tenham passado para a eternidade, os três membros mais
poderosos e de princípios não podiam descansar deixando sua amada cidade
desprotegida.
Noq, o Inspirado. Arun, o Sempre Vigilante. e Merodach, o Privado, todos ignoraram
suas próprias mortes.
Animados por suas forças de vontade, esses gigantes se tornaram rom, os Imortais.
Após o êxodo dos gigantes, os humanos se tornaram a maioria e, livres, começaram a
governar Sokkar de acordo com suas antigas leis.
Novos faraós humanos respeitaram a memória e as tradições de seus ex-mestres
gigantes.
Todos os anos, os governantes visitavam a necrópole para conversar com os rom e
ouvir sua sabedoria imortal.
Em pouco tempo, os roms foram elogiados como heróis nobres e adorados como deuses
em Sokkar.
Os cidadãos imploraram para serem enterrados perto de seus túmulos sagrados.
O rom saudou a expansão de sua necrópole e incentivou a reverência pelos mortos.
Com o passar dos séculos, uma vasta cidade de túmulos se expandiu ao redor do
complexo funerário dos gigantes, até que seus imponentes mausoléus se perderam nas
avenidas de túmulos.
Mais tempo passou e a cidade dos vivos diminuiu.
As guerras vieram e devastaram a população; as selvas e os campos secaram com a
mudança do clima;
E os cidadãos negligenciaram as fortificações de Sokkar, despejando toda a sua
riqueza e recursos em túmulos extravagantes.
Eventualmente, a maldição que atormentava os gigantes ressurgiu, e as mulheres de
Sokkar começaram a produzir apenas herdeiros do sexo masculino.
Sokkar caiu em ruínas e foi devorada pelo deserto.
Com a morte do último cidadão de Sokkar, os três Imortais - Noq, Merodach e Arun -
convocaram uma tempestade anciã para cercar sua cidade, protegendo-a da vista do
mundo exterior.
Este turbilhão é conhecido por Al-Amzija, uma Nuvem Negra de Vingança ligada à
cidade pelos misteriosos poderes dos Imortais.
Al-Amzija não pode entrar na necrópole, nem pode se afastar mais do que alguns
quilômetros de sua fronteira.
Enfurecida com seu aprisionamento eterno, a tempestade maligna enche o céu com uma
fúria de areia e vento enquanto se agita em torno de sua prisão, procurando um meio
de escapar.
A Cidade da Eternidade não recebe visitantes, mas com sorte tendo sobrevivido à
entrada, ninguém podem partir com segurança sem a permissão dos Imortais.
Inúmeros saqueadores, fugindo pela fronteira tempestuosa, foram interceptados e
destruídos pela Nuvem Negra.
A necrópole de Sokkar, construída para durar por toda a eternidade, é agora o único
legado sobrevivente de Sokkar e seus cidadãos.

A PRINCESA OPHIDIA:
Talvez o habitante mais visível da necrópole seja a princesa amaldiçoada da lenda:
Ophidia.
A princesa, uma lâmia, emerge de seu covil da pirâmide apenas à noite, para vagar
pelas tumbas e estátuas da necrópole em desespero silencioso.
Ela se torna um personagem central em qualquer aventura em sua cidade.

ENCONTRANDO SOKKAR:
Dentro da prisão varrida pela tempestade de Al-Amzija, a Cidade da Eternidade
ergue-se do terreno desolado,
Uma confusão silenciosa e aparentemente caótica de mausoléus, criptas, monumentos,
templos e pirâmides que se estende por quilômetros em todas as direções.

CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Dentro da grande necrópole, o vento não se enfurece, e as avenidas de túmulos são
pacíficas em Sokkar. A cidade dorme eternamente, sepultada em silêncio.
Três avenidas — Hama, Esfinges e Babuínos — levam dos arredores de Sokkar à praça
central, onde enormes pirâmides se inclinam para o céu.
As avenidas principais estão alinhadas com estátuas de pedra desgastadas pelo tempo
representando águias ferozes, leões alados e macacos sombrios, cada uma com 3
metros de altura.
Uma miríade de santuários e mausoléus se alinham nas avenidas e vielas menores
criando um labirinto vasto de sepulturas e catacumbas menores.
As criptas de Sokkar parecem notavelmente bem preservadas.
Ainda visíveis em suas superfícies de pedra estão inscrições erodidas em Chun, uma
língua hieroglífica.
Apesar da idade, muitas inscrições ainda proclamam de forma legível: o título, uma
data desconhecida e o nome do proprietário de cada túmulo.

DEFESAS DE SOKKAR:
. Al-Amzija, a tempestade da Nuvem Negra assola continuamente as fronteiras da
cidade.
É possível entrar e Sokkar, mas os rom deram à tempestade anciã a capacidade
de perceber a saída de valores de dentro da cidade.
. Além disso, os rom são capazes de convocar uma legião de mortos-vivos das
abundantes criptas da cidade, se assim o desejarem.
. Finalmente, as estátuas que revestem as três avenidas principais podem ser
animadas em um exército de golens de pedra no formato de águias gigantes, grifos e
gorilas gigantes.

O GRANDE TEMPLO:
O maior e mais visível dos edifícios de Sokkar fica no centro da cidade: é o Grande
Templo dos Rom Imortais.
Com vista para as pirâmides na Praça da Eternidade, o Grande Templo foi construído
em escala para gigantes, com enormes portais de granito abertos.
Degraus gigantes levam a salões cavernosos e abobadados, cujos tetos chegam a mais
de 30 metros de altura.
As paredes têm hinos de louvor inscritos para a orientação impecável e eterna de
Noq, Arun e Merodach.
Seus ídolos sombrios, espalhados pelas câmaras escuras e ecoantes do templo,
retratam os três Imortais como gigantes feiticeiros.

AS PIRÂMIDES:
As tumbas mais impressionantes da necrópole aguardam os aventureiros na Praça
Central.
Seis enormes pirâmides de base quadrada, que variam em tamanho, medindo entre 45 a
150 metros de lado:
. A Grande Pirâmide de Borsipa (150 metros).
. Ophidia (125 metros).
. Zerebet (100 metros).
. Nectanebo (75 metros) - saqueada.
. Kagamemni (50 metros).
. A Pequena Pirâmide de Tamuz (25 metros) - saqueada.
As pirâmides com entradas óbvias - as de Tamuz e Nectanebo - foram saqueadas e
despojadas de quaisquer objetos de valor.
Os ladrões de tumbas pereceram quando sua pilhagem atraiu Al-Amzija nas fronteiras
da cidade, um pequeno consolo para os espíritos inquietos que agora assombram essas
pirâmides.
As quatro pirâmides restantes não têm entradas aparentes e não possuem inscrições,
exceto epitáfios esculpidos.
Não está claro se as quatro contêm jazigos funerários ou simplesmente são
monumentos aos faraós humanos de Sokkar.
O COMPLEXO DOS IMORTAIS:
Longe da Praça Central e das principais avenidas da cidade, perdida em meio ao
labirinto de criptas e mausoléus, fica o complexo funerário dos Roms Imortais.
Sob um complexo murado, semelhante a uma fortaleza, guardado por sentinelas
encantadas e adormecidas (golens de pedra gigantes), os Três Imortais descansam em
suas antigas catacumbas.
Todas as noites, uma canção de lamento toma o ar, saindo do complexo e podendo ser
ouvida em toda a necrópole.
Aqueles que ouvem o som ficam tão curiosos quanto amedrontados.

MORTOS-VIVOS:
Sokkar está infestado com pequenos mobs de mortos-vivos, o castigo dos roms para os
saqueadores mortos por Al-Amzija.
Essas criaturas perigosas permanecem escondidas durante o dia, escondendo-se e
descansando em túmulos e templos saqueados.
À noite, esses monstros emergem e correm entre os becos da cidade em busca de
comida e redenção.

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