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Módulo: Trabalhar efectivamente num sistema de ensino baseado em competências

Nome do Formandoː Ivan Marlon Rosário de Pina

Qualificações e Unidades de Competências Padrão (UCPs)

Defina por escrito as características do Quadro Nacional de Qualificações da EP em


Moçambique.
No Quadro Nacional de Qualificações Profissionais de Moçambique (QNQP). Estes são:

 Certificado Profissional 1, representando Qualificações do Nível 1,

 Certificado Profissional 2, representando Qualificações do Nível 2

 Certificado Profissional 3, representando Qualificações do Nível 3

 Certificado Profissional 4, representando Qualificações do Nível 4

 Certificado Profissional 5, representando Qualificações do Nível 5, denominado Técnico


Médio.

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Saída: Permite
Nível de Certificado progressão directa
admissão: para o emprego,
Aprovação no Profissional para mais
Certificado 5 oportunidades de
Profissional ,4ou aprendizagem e
equivalente (com as formação dentro do
Unidades emprego, ou para
Vocacionais os estudos do nível
apropriadas). superior.

Saída: Permite
progressão directa
para o emprego,
Certificado para mais
Nível de Profissional oportunidades de
Admissão: 4 aprendizagem e
formação dentro do
Aprovação no emprego, ou para
Certificado
estudos
Profissional3, ou
posteriores.
equivalente (com as .
Unidades
vocacionais Saída: Permite
apropriadas). progressão
directamente para
Certificado o emprego, para
mais oportunidades
Profissional de aprendizagem
3 e formação dentro
Nível de do emprego, ou
admissão: no para estudos
mínimo, aprovação posteriores.
no Certificado
Té cnico Básicoou
na 10ª classe (ou
equivalente).
Certificado
Profissional
2

Certificado
Profissional
1

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Características do quadro nacional das qualificações
O quadro nacional das qualificações apresenta as seguintes características:
 Propósito claro – na qual a qualificação contribui para as metas e objetivos económicos,
sociais, tecnológicos e culturais nacionais, e representa a aquisição de algo significativo
claros para os candidatos e empregadores e foi endossada por intervenientes relevantes
da sociedade e mercado de trabalho;
 Indicadores de desempenho – deve ser feita a definição clara dos resultados de
aprendizagem a demonstrar pelos formandos, que devem ser alcançáveis, fáceis de agir,
coerentes, mensuráveis com práticas sólidas de avaliação;
 Coerência interna – a composição e conteúdo da qualificação devem ser apresentados
duma forma simples, fazer sentido e estar claramente relacionados com propósito dessa
qualificação;
 Estão incluídas quer habilidades genéricas amplas e transversais, quer requisitos
ocupacionais específicos;
 Há indicação clara das condições de acesso de formadores e das possibilidades de saída
dos futuros graduados;
 É indicada a especificação de quaisquer requisitos de controlo de qualidade em relação à
avaliação;
 É dada a informação sobre as relações com outras certificações.

Defina por escrito uma qualificação, explique os princípios que as regem e identifique e
indique a sua estrutura.

Nível 5 – Qualificação de nível pós-secundário não superior com créditos para o prosseguimento
de estudos a nível superior. Esta qualificação esta dividida em três partes designadamente
Conhecimento – aplicação de habilidades – grau de autonomia e atitudes, nas quais o formando:
 Demonstra um nível de conhecimentos teóricos e técnicos relevantes, onde se equilibra a
compreensão teórica, abstrata, técnica e factual;
 Realiza atividades de resolução de problemas em situações essencialmente rotineiras;
 Trabalha de forma independente em diferentes contextos familiares, desde que dentro de

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um ambiente operacional conhecido;
 Utiliza um grande número de habilidades em situações previsíveis e em algumas
situações novas relacionadas com a área de formação.

Defina por escrito uma UCP, e explique as normas a aplicar no desenvolvimento das UCPs.

Designa-se de unidade de competência a um saber agir responsável e reconhecido, que implica


mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor
económico à organização e valor social ao individuo.

Unidades de Competência

Uma Qualificação, é formada por uma série de Unidades de Competência e cada uma destas
unidades é composta por Elementos de Competência (com os respetivos Critérios de
Desempenho e Âmbitos de Aplicação). Os Critérios de Desempenho indicam os padrões
requeridos e o Âmbito de Aplicação é usado para indicar em que situação e circunstâncias a
Competência deve ser aplicada. A Figura 1 mostra o arranjo geral

Elemento de Competência 1 Critérios de Âmbito de


Desempenho Aplicação

Unidade 1 Elemento 2

Elemento (n)
Qualificação Unidade 2

Unidade (n)
Avaliação baseada no guião
de evidência da Unidade

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Os títulos das Unidades de Competência Padrão devem começar sempre por um
verbo, conforme demonstram os seguintes exemplos:

 Estabelecer limites ornamentais (Horticultura)


 Construir vedações (Agricultura)
 Operar fresadoras (Engenharia)
 Gerir o fluxo de documentos (Gestão e Administração
 Avaliar candidatos (Formação)

Os elementos de Competência são uma descrição das acções/actividades que um


candidato deve ser capaz de executar, como uma parte necessária de uma Unidade.
Por exemplo, na ilustração acima, para “Estabelecer limites ornamentais”, os elementos
de competência podem provavelmente ser os seguintes:

 Desenhar o limite com desenhos geométricos


 Criar esquemas de correspondência de cores
 Seleccionar plantas que garantam uma floração sucessiva.

Para cada um dos elementos de competência, são estabelecidos critérios de


desempenho. Estes. fornecem os padrões requeridos. Por exemplo, para a
competência em administração “Promover a venda de produtos a potenciais clientes”,
os critérios de desempenho podem os abaixo indicados:

Critérios de Desempenho

 Oferece informação apropriada e exacta sobre o produto/serviço;


 Identifica com exactidão e educação a situação do cliente e suas potenciais
necessidades;
 Oferece opções e alternativas quando os produtos e serviços não satisfazem
directamente as potenciais necessidades dos clientes;
 Oferece aos clientes oportunidade de fazer compras;
 Trata os potenciais clientes de maneira que promove a benevolência.

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Os Âmbitos de Aplicação são uma descrição das circunstâncias e situações em que o
elemento e os critérios de desempenho devem ser aplicados. Por exemplo:

Exemplo: Conduzir um Carro:


A Competência poderia ser “Conduzir um veículo motorizado”.
Porém, se fosse descrito apenas desta forma genérica, poderia dar origem a perguntas
como: aplica-se somente a carros ou também a camionetas? Será aplicável apenas em
Moçambique, aos países vizinhos, ou a toda a África Austral? Por isso, um âmbito de
aplicação deve especificar o mais possível todos os aspectos que possam suscitar
dúvidas. Para o nosso exemplo, o Ambito de Aplicação seria pois:
 Todos os veículos até 3 toneladas
 Todas as condições das estradas (iluminada, escura, molhada, seca)
 Todas as estradas incluindo auto-estradas e estradas com portagem
 Todos os países da África Austral.

Unidades de competências de experiência de trabalho aos módulos em que o formando deve


completar um mínimo de 23 créditos. E constituem um reconhecimento profissional,
significando que a pessoa foi formalmente avaliada e atingiu os padrões de desempenho
acordados a nível nacional.

Designa-se de unidades de competência obrigatória aos módulos em que o formando deve


completar um mínimo de 22 créditos. E constituem um reconhecimento profissional,
significando que a pessoa foi formalmente avaliada e atingiu os padrões de desempenho
acordados a nível nacional.

No desenvolvimento de uma unidade de competência é necessário ter em consideração, os


seguintes aspetos:

 Duração – neste contexto é necessário que se defina um período (tempo de inicio e de


termino) do modulo de modo que o formando seja capaz de ingressar no mercado de
emprego, caso se precise de mão de obra, de acordo com os critérios de desempenho

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propostos;
 Pesquisa do mercado – A pesquisa de mercado junto ao sector produtivo estabelece a
necessidade de Qualificações, os respetivos Módulos e grupos alvo adequado. Deve ser
muito claro e convincente que a Qualificação constituirá uma contribuição ímpar e
significativa para a provisão nacional existente nessa área.
 A Fundamentação para as componentes da Qualificação é clara. As componentes
oferecem uma clara indicação das metas e objetivos da Qualificação. As metas e objetivos
derivam, duma forma clara da pesquisa de mercado.

 A Estrutura Curricular corresponde ao estipulado no “Manual de Desenvolvimento


de Qualificações e Módulos Curriculares”:

o O título da Qualificação reflecte a competência global adquirida pelo formando


quando conclui com êxito, essa mesma Qualificação.
o Os Resultados de Aprendizagem, e os seus respectivos Critérios de
Desempenho, Âmbitos de Aplicação e Evidências Requeridas são alcançáveis.
o As componentes da Qualificação:

 Reflectem claramente as metas e objectivos da Qualificação;


 Demonstram uma progressão ordenada do conteúdo e experiências de
aprendizagem;
 Reflectem um aumento em complexidade do conhecimento e são
alcançáveis e mensuráveis;
 Oferecem uma oportunidade aos candidatos de participarem na revisão e
desenvolvimento curricular e
 Ajudam o candidato a progredir para Qualificações superiores ou para o
emprego.
Discutam as responsabilidades do Governo, Indústria e Educação nas formações baseadas
em competências. Elaborem um relatório das conclusões dessa discussão.

Responsabilidade do Governo

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 Assegurar que a qualificação existente seja integrada no Quadro Nacional de
Qualificações Profissionais
 Criar a legislação adequada e monitorar para que a educação profissional seja por padrões
de competência;
 Assegurar o licenciamento e fiscalização das IEP´s para garantia do sistema de qualidade;
 Alocar ou criar facilidades para alocação de recursos (infra-estruturas, equipamentos,
consumíveis) para a garantia de aulas práticas;
 Divulgar e fiscalizar a implementação da legislação de estágios.

Responsabilidade da industria

 Participar activamente nos comités multissectoriais para concepção de qualificações;


 Participar activamente na implementação dos instrumentos de garantia da qualidade,
sobretudo, na Verificação Externa das evidências;
 Colaborar na disponibilização de espaços para experiência de trabalho (estágio) e a
inserção laboral dos graduados;
 Apoiar as IEP´s através do fundo nacional de apoio a Educação Profissional.

Conclusão:
Entre o Governo e a industria existe uma boa correlação das expectativas dos intervenientes
neste tipo de, na qual o Ensino Técnico e Profissional assume um lugar de destaque na sociedade
moçambicana, encontrando-se enraizado e valorizado pela maioria dos seus intervenientes, do
passado e do presente, mas com lógicas e objetivos diferentes.

Explique o processo de desenvolvimento das qualificações e das UCPs.

As qualificações são desenvolvidas tendo em conta os seguintes processos, devendo:

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 ser baseadas numa demonstrada evidência de necessidades, expressas pelo sector
produtivo;
 ser diretamente baseadas ou demonstrarem uma relação com padrões ocupacionais
expressos como resultado de aprendizagem avaliáveis;
 permitir progressão direta para o emprego e para oportunidades adicionais de
aprendizagem e formação;
 ser concebidas para permitir que as pessoas se transfiram para outras Qualificações,
dentro da mesma área profissional;
 incorporar uma avaliação credível, válida e rigorosa em função dos resultados de
aprendizagem definidos;
 ter o apoio e envolvimento de empregadores relevantes e estruturas da educação,
incluindo o sector produtivo, organizações nacionais, associações profissionais, bem
como instituições de Ensino Superior;
 ser compostas por Módulos apropriados para a área profissional e conforme o
recomendado pelo sector produtivo. Os Módulos das Qualificações devem ser
actualizados dentro de um período de revalidação não superior a 5 anos, segundo a
recomendação do sector produtivo, dos provedores e dos CTS. A quando da revalidação,
será dado um novo código de registo às Qualificações e Módulos de cada programa, para
assegurar que os centros de formação utilizem sempre as versões correctas e validadas;
 ser constituídas por Módulos Obrigatórios de Habilidades Essenciais, Módulos
Obrigatórios de Habilidades Vocacionais, Módulos Vocacionais Opcionais e Módulos de
Avaliação Integrada/experiência de trabalho:

No desenvolvimento de uma unidade de competência é necessário ter em consideração, os


seguintes aspetos:

 Duração – neste contexto é necessário que se defina um período (tempo de inicio e de


termino) do módulo de modo que o formando seja capaz de ingressar no mercado de

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emprego, caso se precise de mão de obra, de acordo com os critérios de desempenho
propostos;
 Pesquisa do mercado – A pesquisa de mercado junto ao sector produtivo, coletando
informações importantes que auxiliem aos empregadores a tomar decisões mais seguras e
acertadas de que a qualificação constituirá uma contribuição ímpar e significativa para a
provisão nacional existente nessa área;
 Fundamentação para as componentes da Qualificação – na introdução de uma qualificação
é necessários que se indique o seu propósito ou seja aonde se pretende chegar, assim como
as tarefas especificas a serem realizadas diariamente, semanalmente, ou mensalmente para
que se alcance o objetivo final proposto de forma organizada e planejada;

 Currículo – a introdução de qualificação é feita com base na padronização de


conhecimento a ser ensinado, no entanto esta padronização deve ter em conta:

 O título da qualificação – reflete a competência global adquirida pelo formando


quando conclui com êxito, essa mesma qualificação;
 Os Resultados de Aprendizagem, e os seus respetivos Critérios de Desempenho,
Âmbitos de Aplicação e Evidências Requeridas são alcançáveis.

FIM

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