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Profissionais em Educação
Introdução 3
1. Reflexão crítica – Texto 1: Chistolin, Sandra (2022). Uma política social que vem
de longe (pp.153-162). In: Pedagogia social e educação ambiental. Brasília:
Cátedra UNESCO de Juventude, Educação e Sociedade da Universidade Católica
de Brasília. 4
2. Reflexão crítica – Texto 2: Cortesão, Luiza (2010). O professor precisa de ser um
ator crítico e interveniente na escola. A página da educação. Série II. nº189.
pp.31-35. 8
3. Conclusão 11
Referências bibliográficas 12
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Introdução
3
1. Reflexão crítica – Texto 1: Chistolin, Sandra (2022). Uma política social que vem
de longe (pp.153-162). In: Pedagogia social e educação ambiental. Brasília:
Cátedra UNESCO de Juventude, Educação e Sociedade da Universidade Católica
de Brasília.
Por esta razão, a Outdoor education engloba ambos, pensar e fazer, e prepara
para uma aprendizagem completa de pensamento e ação; pensando e fazendo
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a experiência, refletindo sobre ela, aprende-se, assim como da experiência se
formula e se elabora o pensamento, das formas mais simples às articulações
mais complexas. O ambiente ao ar livre é adequado para a aprendizagem,
pois a criança observa, investiga, estuda com alegria e satisfação (Christolin,
2022, p. 154).
1
FORD, P. Outdoor Education. Definition and Philosophy. Las Cruces (NM), ERIC Clearinghouse on
Rural Education and Small Schools Digest, 1986.
2
SMITH, J. W.; CARLSON, R. E.; DONALDSON, G. W.; MASTERS, H. B. Outdoor Education.
Englewood Cliffs: Prentice-Hall, 1963.
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1. Aumento da capacidade de observação: Todos os sentidos estão presentes no
processo de aprendizagem e envolvem tanto professores como alunos;
2. Crescimento constante dos interesses e melhoria da qualidade da
experiência: As crianças desenvolvem novos interesses e os interesses
anteriores aumentam;
3. Disponibilidade de material de aprendizagem: Ao ar livre encontra-se tudo o
que os jovens precisam. Aliás, a natureza é o melhor laboratório que podemos
ter. As crianças são enriquecidas pela experiência sensível que lhes chega de
todas as partes do ambiente em que se encontram. Eles sentem a natureza como
um todo e gradualmente reúnem o que aprenderam em uma síntese significativa;
5. Contato mais amplo da turma coma vida fora da escola: Sair da escola e se
integrar aos recursos ambientais possibilita aos alunos vivenciar o aprendizado
escolar enquanto utilizam o que a comunidade oferece para enriquecer sua
educação;
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8. Desenvolvimento do conhecimento e da destreza: Na Educação ao Ar Livre, a
exploração prática amplia os caminhos do conhecimento, facilitando a abstração
pela compreensão direta das situações vividas. Frequentemente, um tema
estudado na escola é verificado ao ar livre, possivelmente em excursões,
resultando em uma nova abordagem ao retornar à sala de aula;
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2. Reflexão crítica – Texto 2: Cortesão, Luiza (2010). O professor precisa de ser um
ator crítico e interveniente na escola. A página da educação. Série II. nº189.
pp.31-35.
Maria Luiza Coelho Zuzarte Cortesão Abreu, conhecida como Luiza Cortesão, é
uma personalidade de referência no âmbito da pedagogia portuguesa. Atualmente, é
Professora Emérita da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da
Universidade do Porto e dedica-se à pesquisa no campo da educação, sobretudo em
relação às problemáticas interculturais e formação de professores. Compõe o Centro de
Investigação e Intervenção Educativas (CIIE/FPCEUP), onde coordena o núcleo
Problemáticas Interculturais e Estudos Freireanos. Tornou-se diretora do Instituto Paulo
Freire de Portugal e coordenadora do Centro de Recursos Paulo Freire da Faculdade de
Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto.
Em entrevista para a Revista A Página da Educação, Cortesão discorre sobre as
possibilidades do fazer educativo no ambiente escolar e as compreende a partir de uma
concepção antinômica da educação. Ou seja, defende que embora haja uma dimensão
estruturante que norteia o trabalho docente, como as regras impostas e a rotina
estabelecida pelo sistema educativo, o educador ainda sim tem a possibilidade de gerir
seu espaço de trabalho com autonomia: seja em relação à forma como cultiva seu
relacionamento com os estudantes, organiza o espaço da sala de aula, estabelece regras
e combinados ou propõe metodologias de ensino. Ao contrariar uma ideia instrumental
e passiva do trabalho docente, Cortesão sugere que o professor não deve apenas
compreender, mas operacionalizar o seu papel ativo no contexto educativo e adotar uma
postura crítica e interventiva. Esta mudança, portanto, implica na adoção de uma
posição ideológica.
Ao pôr em prática uma nova postura frente ao seu próprio trabalho, o educador
deve assumir a vigilância crítica, conceito elaborado e explorado por Cortesão em sua
obra Ser professor: Um ofício em risco de extinção? (2000), que “se traduz numa
atenção permanente ao significado, por vezes não explícito, de qualquer prática”
(Cortesão, 2010, p. 31). Trata-se, portanto, da capacidade de questionar a sua própria
prática no ambiente escolar. Sabe-se que o ato de refletir criticamente sobre seu próprio
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trabalho pode tornar-se um grande desafio, visto que a rotina pode impor uma postura
tecnicista e puramente operacional.
Fortemente influenciada pelos escritos de Paulo Freire, pedagogo e patrono da
educação brasileira, Luisa Cortesão retoma a importância da politização da profissão
docente como prática da aprendizagem significativa. Baseando-se na pedagogia crítica e
conscientizadora de Freire3, a autora defende a desvalorização e a desconstrução da
aprendizagem unidirecional, isto é, do processo educativo que se detém apenas na
transmissão do conhecimento e não busca atribuir um sentido ou uma utilidade pessoal
para os estudantes.
Outro aspecto muito sugestivo nas propostas dele [Paulo Freire] é a
permanente preocupação sobre a necessidade de as aprendizagens dos alunos
terem um significado para eles próprios, isto é, que não aprendam as matérias
apenas porque a Escola assim o determina, mas porque há um significado,
uma utilidade, uma importância naquilo que se estuda (Cortesão, 2010, p.
31).
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A pedagogia crítica, também conhecida como pedagogia emancipadora, originou-se a partir das
experiências vividas por Paulo Freire no projeto de alfabetização da comunidade da cidade de Angicos,
localizada no Estado do Rio Grande do Norte (Brasil). Em 1968, esta experiência culminou na produção
da obra mais popular de Freire: “Pedagogia do Oprimido”, amplamente reconhecida pela comunidade
acadêmica internacional e referenciada até os dias atuais. C.f. Brandão, Ulisses (Diretor). (2016).
Alfabetizacão em Angicos - A Pedagogia de Paulo Freire [Documentário]. Rio de Janeiro: Canal Futura.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ENks3CJeJ5E.
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diferentes identidades que permeiam a escola, a fim de que a instituição escolar cumpra
com seu compromisso democrático.
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3. Conclusão
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Referências bibliográficas
Cortesão, Luiza (2000). Ser professor: Um ofício em risco de extinção? Porto: Edições
Afrontamento.
Chistolin, Sandra (2022). Uma política social que vem de longe (pp.153-162). In:
Pedagogia social e educação ambiental. Brasília: Cátedra UNESCO de Juventude,
Educação e Sociedade da Universidade Católica de Brasília.
LEOPOLD, A. A Sand County Almanac and Sketches here and there. Nova Iorque:
Oxford University Press, 1949.
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