Tendo em visto que os hábitos estabelecido aio longo da infância e adolescência
tendem a repercutir e, muitas vezes, se manter na vida adulta; a obesidade na adolescência passa a ocupar um lugar de importante preocupação. Há um aumento da incidência da obesidade na população jovem e isso desencadeia uma série de consequências e, sobretudo, do aumento de comorbidades associadas.
Discute-se vários fatores envolvidos na causalidade deste fenômeno. Está muito
relacionada a características do ambiente obesogênico em que vivemos com alta oferta de alimentos palatáveis, ricos em açúcar e gorduras não saudáveis, estímulo ao consumo de alimentos industrializados, bebidas açucaradas, alimentos artificiais e com conservantes. Em detrimento do baixo consumo de frutas, verduras e outros alimentos saudáveis.
Aliado a este cenário alimentar desfavorável, soma-se o baixa frequência de atividade
física, muitas horas de exposição a TV, jogos, computador, celulares. As intervenções para prevenir e tratar a obesidade na adolescência devem levar em consideração as peculiaridades desta população. É importante promover este ambiente de escolha de hábitos saudáveis principalmente na escola por se tratar do principal local de convívio social do adolescente onde seus hábitos são moldados.
As mudanças comportamentais são o principal foco de intervenção da obesidade.
Entretanto, quando o tratamento clínico conservador se mostra insuficiente, o tratamento cirúrgico se mostra uma alternativa satisfatória.
No caso de adolescentes, é necessário identificar a maturidade puberal por meio da
avaliação da idade óssea. A legislação brasileira autoriza a cirurgia a partir dos 16 anos de idade. O acompanhamento dos adolescentes é de maior tempo de seguimento que os dos adultos e tem bom prognóstico.