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cultura. Com o passar dos anos Mezo conseguiu, através de seu tra-
balho e dedicação, tornar-se sócio em 50% dos negócios em Itararé.
Mezo era predominantemente agricultor, se dedicando
principalmente as culturas de milho, soja, feijão e trigo. Empre-
endedor arrojado e preocupado na diversificação das atividades
agrícolas, iniciou em meados dos anos 80, atividades de pecu-
ária de leite, com gado holandês. Era reconhecido do estado
de São Paulo e algumas regiões no Brasil, pois participava de
exposições de gado e recebeu alguns prêmios de destaque
como Expositor e Criador. Porém nos anos 90 teve que encerrar
as atividades leiteiras devido à crise do setor. Pensando ainda
na diversificação das atividades agrícolas, tornou-se também
suinocultor, sendo reconhecido pelos resultados produtivos e,
principalmente, por ser a primeira granja suinícola do estado de
São Paulo a produzir Energia Elétrica a partir dos dejetos suínos
com uso do Biodigestor.
Casou-se em 1979 com Jenneken Schipper, também imi-
grante holandesa. Tiveram 02 filhos, Marian e Frederik. Pai dedi-
cado, sempre estimulou os filhos a conhecer e participar das
atividades da fazenda, mas principalmente ensinando valores
como simplicidade, humildade e fé em Deus.
Mezo era um grande homem não só fisicamente, mas
principalmente como pessoa. Tinha um coração enorme, não
fazia distinção entre classes sociais, raciais, políticas ou religio-
sas. Conhecido por ser uma pessoa que buscava e transmitia
conhecimento, cheio de energia, sempre abraçava a classe do
Agronegócio. E sua marca registrada era a sua risada alta, forte
e contagiante.
Por essa razão, meritória esta singela homenagem que
se pretende, com a atribuição de seu nome ao dispositivo de
entroncamento, localizado no Km 262 da Rodovia Francisco
Alves Negrão - SP 258, no município de Taquarivaí, região onde
viveu e fez tantos amigos, por ele eternamente afeiçoados.
A competência para a iniciativa deste Projeto de Lei encon-
tra amparo nos artigos 21 e 24 da Constituição do Estado, bem
como no artigo 146, inciso III de nosso Regimento Interno.
Destarte, por ser justo e honroso o propósito aqui externa-
do, rogamos aos Nobres Parlamentares desta Casa, a aprovação
desta proposição.
Sala das Sessões, em 16/9/2020.
a) Frederico d'Avila – PSL
PROJETO DE LEI Nº 588, DE 2020
Denomina “Rubens Sverner” a Rodovia de Acesso, do Km
0 ao Km 1,5, localizada no Km 265 da Rodovia Francisco
Alves Negrão - SP 258, no município de Taquarivaí.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO
DECRETA:
Artigo 1º - Passa a denominar-se “Rubens Sverner” a Rodo-
via de Acesso, do Km 0 ao Km 1,5, localizada no Km 265 da Rodo-
via Francisco Alves Negrão - SP 258, no município de Taquarivaí.
Artigo 2º - Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.
JUSTIFICATIVA
Rubens Sverner,
Nasceu em Varsóvia, capital da Polônia, no dia 22 de maio
de 1907. Era o primogênito dos quatro filhos de Berel e Ester,
um casal de judeus praticantes, descendentes de linhagens
ortodoxas.
Sua trajetória seria marcada pelas vicissitudes da História
do século passado. Após a Primeira Guerra Mundial, quando
a Polônia foi invadida pelos alemães, a família instala-se na
Ucrânia, em Krementchuk, onde seu pai comercializa ferragens.
Após o triunfo da revolução bolchevique, em 1917, o exército
branco reage e a guerra civil se alastra, sendo a Ucrânia o palco
de batalhas ferozes, devastações e violências. A família foge,
correndo riscos de toda sorte, e retorna à Polônia, onde grassa
um antissemitismo ferrenho.
O jovem Rubens decide emigrar para o Brasil. Ele aporta
em Santos, na companhia do pai, no dia 25 de maio de 1929,
quando acabara de completar vinte e dois anos. Com pouco
dinheiro e sem falar português, não lhe faltam, no entanto,
coragem e ambição. Começa modestamente e evolui até tornar-
-se um grande comerciante.
Autodidata, curioso, infatigável trabalhador, ele consegue,
após a Segunda Guerra Mundial, estabelecer contatos com
grandes empresas americanas, como a Dupont e a Monsanto
e introduz no Brasil, pela primeira vez, o plástico, sob as mais
diversas formas, tais como cortinas, toalhas de mesa, placas
de acrílico e fórmica. Especializa-se, também, no comércio de
componentes eletrônicos.
Casara-se com uma jovem conterrânea em 1932 e ambos
criam uma família de seis filhos, a quem o patriarca incute os
valores da educação, do esforço e da compaixão. Ensina-os a
apreciar, como ele, a música, as artes, os livros. E transmite seu
profundo amor e gratidão ao país que o recebeu.
Diante da expansão urbana em São Paulo, e sempre em
busca de novos campos de atuação, ele envereda no ramo imo-
biliário. Compra terrenos, incorpora e constrói prédios no Bom
Retiro, em Higienópolis, no Guarujá.
Os filhos crescem e se formam, cada qual em sua espe-
cialidade. Impulsionado pela nova geração, associa-se a eles, e
ingressa no setor da industrialização. Funda a primeira fábrica
de plásticos flexíveis que viria a se tornar a Electroplastic.
Afasta-se da condução dos negócios, que delega aos filhos,
mas permanece sempre presente, aconselhando-os, com sua
fabulosa experiência de vida e inteligência ímpar.
Dedica-se a colecionar obras de arte e à filantropia: foi, por
exemplo, um dos primeiros a fazer doações ao Hospital Albert
Einstein. O berçário, construído em 1971, leva o nome de sua
esposa, Rosa Sverner, assim, dizia ele, “retribuo o acolhimento
e as oportunidades que nos foram concedidos, por esse grande
povo brasileiro”.
Agradecendo a toda Família Sverner na pessoa da Senhora
Dora Sverner a quem contribuiu com o texto da biografia,
cumprindo as exigências da Lei n. 14.707/2012, pelas razões
apresentadas e cumprindo os anseios da sociedade local, acre-
ditamos ser meritória esta singela homenagem que se pretende,
com a atribuição do nome de “Rubens Sverner” à Rodovia de
Acesso, Km 0 ao Km 1,5, localizada no Km 265 da Rodovia Fran-
cisco Alves Negrão - SP 258, no município de Taquarivaí, região
onde viveu e fez tantos amigos, por ele eternamente afeiçoados.
A competência para a iniciativa deste Projeto de Lei encon-
tra amparo nos artigos 21 e 24 da Constituição do Estado, bem
como no artigo 146, inciso III de nosso Regimento Interno.
Destarte, por ser justo e honroso o propósito aqui externa-
do, rogamos aos Nobres Parlamentares desta Casa, a aprovação
desta proposição.
Sala das Sessões, em 16/9/2020.
a) Frederico d'Avila - PSL
PROJETO DE LEI Nº 589, DE 2020
Declara o cachorro Terrier Brasileiro (Fox Paulistinha)
como animal símbolo, reconhecendo-o como patrimônio
cultural e genético do Estado de São Paulo.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO
DECRETA:
Artigo 1º Fica declarado o cachorro Terrier Brasileiro (Fox
Paulistinha) como animal símbolo do Estado de São Paulo.
Artigo 2º O cachorro Terrier Brasileiro (Fox Paulistinha) fica
reconhecido como patrimônio cultural e genético do Estado de
São Paulo, por constituir patrimônio natural portador de refe-
rência à identidade, à ação e à memória da Sociedade Paulista.
Artigo 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA
O presente Projeto de Lei que ora encaminho aos Nobres
Pares, tem o objetivo de resgatar e preservar a identidade
histórica, cultural e genética do cachorro Terrier Brasileiro (mais
conhecido como Fox Paulistinha), animal possuidor de signifi-
cativa vinculação histórica e que significativamente contribuiu
para o crescimento do Estado de São Paulo.
Diário Oficial Poder Legislativo
Como dito, a raça é conhecida coloquialmente como “fox
paulistinha” no Brasil, por conta de sua relação ou semelhança
com o fox terrier e por ter sido historicamente mais comum no
interior do Estado de São Paulo, apesar de existir em outras
regiões do país.
O nome oficial de “terrier brasileiro” foi criado por ocasião
do processo de registro e reconhecimento da raça junto à CBKC
(Confederação Brasileira de Cinofilia) e a FCI (Federação Cinoló-
gica Internacional). Informalmente também sempre foi conheci-
do no Estado do Rio Grande do Sul como “fox”, e no Estado de
Minas Gerais como “Foquinho”, um diminutivo abrasileirado de
“fox”. Fora do Brasil a raça é mais conhecida por seu nome de
registro oficial.
A história do Fox Paulistinha:
Existem algumas teorias da origem da raça:
1.ª Teoria
A que consta no padrão oficial da raça terrier brasileiro, diz
que descendem de cães do tipo terrier trazidos da Europa pelas
esposas dos filhos de fazendeiros, que muito comumente, a par-
tir de meados do século XIX e início do século XX, iam estudar
na Europa, e quando retornavam, muitas vezes casados, teriam
trazido estes pequenos cães, que eram muito comuns entre
as famílias mais abastadas de Londres e Paris nesta época.
Possivelmente eram das raças parson russel terrier, jack russel
terrier e fox terrier de pelo liso, que eram raças muito comuns
na Inglaterra neste período. E estes cães ao cruzarem com cães
das fazendas no Estado de São Paulo e no campo sendo apro-
veitados na caça, na guarda e em menor escala no pastoreio
de ovelhas, teriam criado em poucas gerações uma nova raça.
Com o desenvolvimento das grandes cidades, os fazendeiros e
suas famílias migraram para os grandes centros urbanos, desta
forma o fox paulistinha sofreu outra mudança de ambiente que
teria contribuído em sua formação. Onde inclusive teve a impor-
tante função de guardar as mercadorias dos armazéns da ação
predatória de roedores e guardar as residências de seus tutores.
Diz a lenda que o bandido da luz vermelha ( notório marginal
que aterrorizou São Paulo nos anos 50, em declarações aos jor-
nais quando foi preso disse que só não roubava casas que eram
protegidas pelos pequenos e valentes Foxs Paulistinhas que
desconheciam o tamanho e enfrentavam o vilão fazendo muito
barulho e lutando bravamente).
2.ª Teoria
Há outra hipótese bem forte e com dados históricos que diz
que cães de tipo terrier, sem precisão de raça definida, viajavam
como caçadores de ratos em navios mercantes, principalmente
nos ingleses, desde o século XIX. Os cães teriam sido tripulação
fixa nestas embarcações devido ao receio que a população
europeia tinha da peste negra, sendo que os cães ajudavam no
controle dos ratos. E ao aportarem em portos brasileiros, espe-
cialmente em Santos, teriam cruzado com cães locais adaptados
as características ambientais brasileiras, e assim acredita-se que
o terrier brasileiro teria se originado.
Esse mesmo processo teria criado outras raças em outros
países. Uma ultima hipótese menos difundida diz que o terrier
brasileiro é um cão autóctone da região onde é hoje o Estado
de São Paulo.
3.ª Teoria
Ainda há uma outra hipótese mais plausível do ponto de
vista fenotípico da raça, que diz que os cães “terrier” espanhóis
“ratonero bodeguero andaluz” e “ratonero valenciano” sejam
os verdadeiros ancestrais do terrier brasileiro, os quais estão
relacionados ao fox terrier. O “perro ratonero mallorquín” é
outra raça espanhola relacionada a estas duas já mencionadas.
Estas duas raças espanholas são extremamente semelhan-
tes ao terrier brasileiro, sendo verdadeiros sósias, muito mais
semelhantes do que as raças britânicas citadas anteriormente.
Por isso, aliando a História do Brasil, esta teoria diz que ao
invés dos cães britânicos, o terrier brasileiro descenda princi-
palmente destes dois cães espanhóis que muito provavelmente
teriam chegado em massa ao Brasil nos navios da Espanha
entre 1580 e 1640, época da União Ibérica, quando a Espanha
e Portugal estavam unidas politicamente em um só reino, assim
como todas as suas colônias de ultramar, incluindo o Brasil; ou
até mesmo depois deste período.
No tocante a aspectos históricos, hoje admitimos que há
fortes indícios de que efetivamente cães de tipo terrier, sem
precisão de raça definida, viajavam como ratoneiros nos navios
mercantes, principalmente nos ingleses, desde o século XIX. Se
estima que tais cães teriam sido acasalados com outros cães
autóctones e dado origem ao Terrier Brasileiro (Na região do
Estado de São Paulo).
O Terrier Brasileiro (ou Fox Paulistinha) foi adaptado tanto
ao campo como ao meio urbano. No meio urbano teve a impor-
tante função de guardar as mercadorias dos armazéns da ação
predatória de roedores e, no meio rural, também com eficiência,
passou a desempenhar atividades de caça e, inclusive, a de
boiadeiro junto aos rebanhos.
Uma outra hipótese menos difundida diz que o terrier
brasileiro ( Fox Paulistinha) é um cão autóctone da região onde
é hoje o Estado de São Paulo e como antigamente os criadores
davam preferência aos cães que fossem tricolores de preto, (
branco, preto e vermelho ) diziam que o Fox Paulistinha tinha
a cor do Estado de que era oriundo. Inclusive em 1998 o Fox
Paulistinha virou selo dos Correios.
Este Projeto de Lei tem por objetivo preservar as caracte-
rísticas comportamentais e morfológicas do Terrier Brasileiro
ou Fox Paulistinha, mantendo a sua aptidão para o trabalho de
caça e pastoreio, guarda e alarme, para o qual foi severamente
selecionado no ambiente rural, e agora adaptado no ambiente
urbano, numa contínua seleção natural durante anos, sendo um
animal adaptado ao nosso relevo, trabalhando tanto no meio
rural como no urbano, situações nas quais as raças introduzidas,
e não oriundas dessa região, apresentam dificuldade de realizar.
Hoje ele é usado, inclusive, como cão terapeuta, cão de
agility, cão de companhia além de ser um excelente cão de
guarda e alarme.
A IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO SA garante a autenticidade deste documento
quando visualizado diretamente no portal www.imprensaoficial.com.br
quinta-feira, 17 de setembro de 2020 às 00:25:35.
Cumpre salientar que a par das características já mencio-
nadas, o Fox Paulistinha possui uma personalidade animada,
gentil e alegre. Esse cãozinho também cria laços fortes com a
família, sendo apaixonada por seus tutores, por serem animais
que gostam de companhia e de estarem em contato com os
humanos, logo, não gostam de ficar sozinhos.
Por fim, para enaltecer as qualidades de desse pequeno
cão, vale a pena mencionar uma estória simples mas muito
emocionante.
Mark Henry Barraud, foi um pintor inglês que em 1899
recebeu de herança de seu recém falecido irmão, um gramofone
com um pequeno estoque de cilindros gravados, alguns com
a própria voz do falecido. Mas junto com o aparelho veio um
cãozinho terrier chamado "Nipper“ (em português: alicate).
O curioso é que todas as vezes que o pintor colocava um dos
cilindros gravados com a voz do falecido irmão, o pequeno
Nipper reconhecia a voz do dono e imediatamente fica junto ao
fonógrafo de “ouvidos colados” na corneta por onde sai o som.
Barraud pintou uma gravura com esta imagem e a vendeu
para a filial londrina da Gramophone Company (que ainda
pertencia a Emile Berliner, seu criador). A empresa passa a usar
a imagem como sua marca registrada. Em 1901 os direitos de
uso são transferidos para a Victor Talking Machine Company,
sucessora da Gramophone Co. A partir desta data Nipper é pre-
sença constante em toda a propaganda dos discos Victor e, pos-
teriormente, nos da RCA Victor. A empresa passa até mesmo a
recomendar em suas propagandas que não se compre nenhum
produto da Victor sem o símbolo do cachorro, pois neste caso,
não será original.
Segundo pesquisa, Nipper nasceu em 1884 em Bristol,
Inglaterra, e morreu em setembro de 1895. de causas naturais.
Foi enterrado em Kingston upon Thames, na Clarence Street, um
pequeno parque cercado por magnólias. Com o passar do tempo,
na área foi construído o prédio do Lloyds Bank, que agora ocupa
o lugar. No muro do banco, bem ao lado da entrada, há uma
placa em homenagem a Nipper que permanece lá até hoje.
Em 10 de março de 2010, uma pequena estrada perto
do local de descanso de Nipper em Kingston upon Thames foi
nomeada como Nipper Alley em homenagem ao seu residente.
Também uma pequena estátua de Nipper pode ser vista
acima de uma porta do Merchant Venturers Building, na esqui-
na do Park Row e da Woodland Road em Bristol.
Com a aprovação pelo Parlamento Paulista desta proposi-
ção, torna-se possível o necessário resgate da identidade cul-
tural e histórica, a preservação da diversidade e da integridade
do patrimônio genético animal contido no território paulista,
simbolizados pelo Cachorro Fox Paulistinha (Terrier Brasileiro),
pelo qual contamos com a colaboração dos nobres pares para a
tramitação e aprovação deste Projeto de Lei.
Sala das Sessões, em 16/9/2020.
a) Adriana Borgo - PROS
PROJETO DE LEI Nº 590, DE 2020
Autoriza a suspensão do pagamento de dívidas dos muni-
cípios com o Estado e empresas da administração indireta.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO
DECRETA:
Artigo 1º - Fica autorizada a suspensão, a partir de 1º de
setembro de 2020 até 31 de dezembro de 2020, dos paga-
mentos das dívidas, judiciais ou contratuais, dos municípios
que tiveram reconhecido o estado de calamidade pública em
decorrência da pandemia causada pelo coronavírus - Covid-19,
nos termos do Decreto Legislativo nº 2.495, de 31 de março de
2020, contraídas com o Estado ou empresas da administração
indireta.
§ 1º - Durante o período de suspensão previsto neste artigo
o Estado e as empresas da administração indireta se absterão
de adotar medidas para executar eventuais garantias das dívi-
das decorrentes de contratos de refinanciamento.
§ 2º - Enquanto perdurar a suspensão de pagamento referida
neste artigo, fica afastado o registro do nome do município em
cadastros restritivos em decorrência do não pagamento das dívidas.
Artigo 2º - Os valores que deixarem de ser pagos durante o
período de suspensão previsto nesta lei serão incorporados aos
respectivos saldos devedores em 1º de janeiro de 2021, para
pagamento pelo prazo remanescente de amortização da dívida.
Artigo 3º - As despesas decorrentes da execução desta lei
correm à conta das dotações orçamentárias próprias, suplemen-
tadas se necessário.
Artigo 4º - Esta lei entra em vigor na data de sua publica-
ção, retroagindo seus efeitos a 1º de setembro de 2020.
JUSTIFICATIVA
O presente projeto se justifica diante da preocupante situ-
ação financeira em que se encontram os municípios paulistas
em razão dos impactos econômicos causados pela pandemia
de Covid-19.
A pandemia de Covid-19, decretada pela OMS em março
atingiu o Brasil e o Estado de São Paulo no final daquele
mesmo mês e exigiu uma ação rápida e sem precedente do
poder público, em especial das administrações públicas muni-
cipais, que estando na ponta do atendimento dos serviços de
saúde tiveram que dar uma rápida resposta à população, antes
mesmo do governo estadual e federal definirem diretrizes.
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
O impacto nos serviços de saúde municipais foi imediato
diante da preocupação da população que, de um dia para o
outro, se viu cercada por informações sobre o novo vírus, for-
mas de contagio, sintomas e medidas preventivas, informações
estas inicialmente contraditórias ou incompletas e que passa-
ram a ser difundidas por todos os meios.
Assim, a população passou a procurar os serviços de saúde
municipais com mais frequência e os municípios precisaram
adotar ações de esclarecimento, bem como ações práticas para
diagnosticar os casos de Covid-19 e atender adequadamente os
pacientes com suspeita ou confirmação de contágio, ampliando
a capacidade da rede pública municipal de saúde, que é a porta
de entrada para os usuários do SUS.
Todos nós acompanhamos o que veio em seguida, os muni-
cípios e o Estado tiveram que adotar medidas restritivas para
diminuição da circulação e aglomeração de pessoas, barreiras
sanitárias, estímulo e monitoramento para promover isolamen-
to social, fechamento de comércio e serviços não essenciais,
entre outras medidas.
Se o primeiro impacto foi nos serviços de saúde, não tardou
para sentirem o impacto financeiro frente à necessidade de
garantir mais recursos para saúde e a constatação da queda na
arrecadação com o encolhimento da economia.
Mesmo tendo o reconhecimento da calamidade pública
municipal decretada em decorrência do Covid-19, o que auto-
rizou o manejo do artigo 65 da Lei Complementar Federal nº
101, de 2000; e obtido apoio financeiro do Estado da União,
não teve como os municípios fugirem do enfrentamento dos
problemas decorrentes da crise financeira.
Alguns municípios vêm enfrentando sérias dificuldades
para permanecer adimplente com os compromissos firmados
através de financiamentos ou refinanciamentos de dívidas
contraídas com o Estado ou com empresas da administração
indireta, uma vez que passaram a priorizar os recursos para as
áreas de saúde e assistência social.
Em relação às dívidas do Estado com a União foi editada a
Lei Complementar Federal nº 173, de 27 de maio de 2020, que
estabeleceu o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coro-
navírus, suspendendo o pagamento das dívidas do Estado com
a União até dezembro de 2020. Infelizmente, o Governo Esta-
dual não teve a mesma atenção que recebeu da União com os
municípios e continuou cobrando as dívidas contraídas por eles.
O presente projeto de lei pretende corrigir esta injustiça e
permitir que os municípios enfrentem os problemas financeiros
que os assolam neste momento de crise de saúde pública e
crise econômica, suspendendo o pagamento de suas dívidas
com o Estado até o final do presente exercício financeiro, afas-
tando o risco de paralisação de serviços públicos e o prejuízo à
população.
Pelo exposto, conto com o apoio dos nobres pares para aper-
feiçoamento, discussão e aprovação do presente projeto de lei.
Sala das Sessões, em 16/9/2020.
a) Edmir Chedid – DEM
MOÇÕES
MOÇÃO Nº 164, DE 2020
Sobre a polêmica em torno do filme “LINDINHAS” (Cuties,
em inglês), exibido pela Netflix:
- Não se trata de censura, de ser contra a liberdade de
expressão.
- Mas, sim de compreender que esta liberdade não deve
afetar o direito de outro.
- Ou seja, a liberdade não deve ser encarada de forma
absoluta, ela deve observar limites.
- E o limite é a lei e os valores consagrados de um povo.
- LIBERDADE é diferente de libidinagem, de libertinagem.
Buscando o significado de cada uma delas no dicionário, encon-
tramos:
- Liberdade: conjunto de direitos reconhecidos ao indivíduo,
isoladamente ou em grupo, em face da autoridade política e
perante o Estado; poder que tem o cidadão de exercer a sua
vontade dentro dos limites que lhe faculta a lei.
- Libidinagem: substantivo feminino Comportamento libi-
dinoso; sensualidade, lascívia. Busca incessante pela satisfação
sexual; vida de libidinoso.
- Libertinagem: conduta de pessoa que se entrega imode-
radamente a prazeres sexuais; a prática do libertino. (Ou no
sentido antigo) Libertinagem é a irreverência com relação a
dogmas e crenças oficialmente aceitos, especialmente no que
diz respeito à religião e às suas práticas ritualísticas.
- A pretexto de afirmar que a obra traz uma crítica a sexua-
lização infantil, a Netflix praticamente a promove.
- Como afirmado pela Ministra da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos Damares Alves: “É abominável uma produção
como a deste filme. Meninas em posições eróticas e com roupas
de dançarinas adultas”.
- Portanto, reafirmando o início desta Moção: não se trata
de censura, de ser contra a liberdade de expressão. Mas, sim de
respeito aos costumes e aos valores consagrados de um povo,
dentre os quais, o de refutarmos a sexualização infantil.
- Com tais considerações e estando evidenciados a rele-
vância e o interesse público de que a matéria se reveste, é que:
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO,
com fulcro no artigo 154 do regimento interno consolidado,
manifesta o seu REPÚDIO à NETFLIX pela veiculação do filme
LINDINHAS, em razão do mesmo expor, de forma despropo-
sitada, crianças em posições eróticas estimulando a precoce
sexualização infantil e até mesmo o crime de pedofilia. Que
desta manifestação seja dada ciência ao Ministério Público
Estadual, Federal e ao Ministério da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos.
Sala das Sessões, em 16/9/2020.
a) Carlos Cezar
REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÃO
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO
Nº 594, DE 2020
Consoante o artigo 20, inciso XVI da Constituição Estadual,
combinado com os artigos 133, inciso III e 166, ambos da XIV
Consolidação do Regimento Interno, Requeiro SEJA OFICIADO
AO SENHOR SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DE SÃO
PAULO, a fim de que preste as seguintes informações:
1- Quais são os autores e livros distribuídos aos alunos da
rede oficial de ensino do Estado de São Paulo?
2- Requeremos cópia de todos os livros e materiais didá-
ticos oferecidos pelo Estado às crianças de 0 a 14 anos, alunos
do Ensino Fundamental da rede pública.
JUSTIFICATIVA
Surpreendidos na presente data, tomamos conhecimento
do vídeo da aula ministrada na Central de Mídia e Educação,
órgão da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, em
que a professora explica a nova nomenclatura usada em mate-
riais didáticos da rede estadual para os termos “a.C.” (“antes
de Cristo”) e “d.C.” (“depois de Cristo”).
Segundo a docente, ao invés das expressões milenares
“a.C.” e “d.C.”, pretende-se usar os termos “a.E.C.” para
“antes da Era Comum” e “E.C.” para “Era Comum”.
Esta malsinada medida não deverá ser implementada.
Não há que prevalecer o argumento que a atual nomen-
clatura “a.C.” e “d.C.” possa ofender minorias que professam
outra fé. Esta é uma narrativa que não se sustenta. É, na verda-
de, um desserviço aos nossos educandos.
Entendemos que esta pretendida alteração na classificação
da linha do tempo histórico é contrária aos sagrados valores do
povo brasileiro, e propugnamos que ela não seja propagada e
incentivada pela Secretaria de Estado da Educação.